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COC COCCOOOOCOOOOOO OOOO EOE A LOGICA DA ACAO COLETIVA OS BENEFICIOS PUBLICOS E UMA TEORIA DOS GRUPOS socials © MANcUR OLSON 9 Tetgio Fabio Fernandez od 1B BoooZ#24 fo =690 “Tila do ovignal em inglés: The Lagic of Collective Acton: Publi Goods and the Theary of Groups Copyright © 1965 nd 1971 by the Pesiden and Fellow of Harvard College bhp siversidade do Brasilia : ‘Dados interacial de Caagas3 a Publicgo (CIP) (Camara Brasilia do Live, SP, Bras) Olson, Muncur ‘A Les da Agio Colevs + Os Beeticos Pabticas ee Teor: dos Grupos Secs / Mancar Olin 1 tadugto Fave Femandes.~ $50 Plo Elton ds Univeside de So Pato 1999. (Cssias 16) Thule origina: The lose felletive ation SAN 45.31.0302 3 |. Grupos socinis 2 lnerago social 1, Talo Seve 99.0816 600 ~ 301-15 Saices para cto sistance: 1. Goepos svisis Aga eoltiva ; Sociologia sous, Dries em agua omugvess eseevados usp ~ Editors ds Universidade de Sie Pato ‘Av Prof. Luciano Guan, Tress J, 94 andor. d Anis Reitaria~ Cade Uivesia 5308-900 ~ Sto Paulo SP ail Pex (011) 211-5988 Tel. (011) 818-4008 ou 81-4150 wr up bedusp~ eal usp @edasp br Prine io Brash 1990 Poi eo 0 dept og 4 CECOOOCECOEOCEEEEEEEEOECEOCEOCEEEECEECEECECOCECEECE 1 CO COOCOCOCOOCOOCCOCOCCCOCECCOOCOOCCCOOEOOCOCOCOCOEE SUMARIO. Prefécio (1971) Tntrodugao /(1. Ya Teoria dos Grupos Sociis¢ das Organizagdes 4.0 Objet da Organicagio b Benes Pablicose Grandes Gaps A Tei Taicional dos Grupos Socials @ Grupos Pequens ©. Gros "Ekcusivos”¢“Inlsios” (Uma Tastnomia dos Grpos 2. Tamanho de Grupo © Comportamento Grupal &. A Coesio © a Bficigncia dos Grupos Pequenos ‘i Problemas das Teorias Tradicionais «. Incentivos Socials e Comportamento Racional 3. O Sindicato ¢ a Liberdade Econdmica a. A Coergo nos Sindivatos b, O Crescimento dos Sindicstos na Teoria e na Prétic. ©. O Estabelecimento Fechado ¢ a Lierdade Econdmica no Grupo Latente 4. intervenglo Estatal e Liberdade Econdmica no Grupo Latente u B TA ra ar 28 34 49 38 65 65 69 R 79 79 90 102 106 A LOGICA DA AGRO COLETIVA 4, Teorias Ortodoxas do Estado € das Classes Sociais 4. A Teoria do Estado dos Eeonomistas b. A Teoria Marxista do Estado e das Classes Sociais 6A Logica da Teoria Marxista (Biers Ontos os Craps de reso (CTR isi sis dos Gs de Pes 0. tzanomsinstsonl rao de Pessa Jon Common €- Teoria Motes dos Gaps de Meso ~ Bel, Tush Leia 6.4 Les era dos Goes Sea (hermano ubproduto” e do “Interesse Especial” .. A Teoria do “Subpraduto” dos Grandes Grupos ée Pressio B, Lobbies Trabathistas ©. Lobbies Profissionais 4. A Teoria do “Interesse Especial” e os Lobbies Empresariais ©. Promos Governamental da Pressto Politica Cooperativas Rurais © Lobbies Rurais. & Lobbies "Nao-econémicos fh. Os “Grupos Esquecidos” — Os que Sofrem em Silencio ‘Apéndice (1971) indice Remissivo 0 1B 1B 7 120 125 125 128 131 139 “a7 7 150 152 156 163 168. 4 180 183 198 CECCEECEEEEEEEEEEECECEOCECECEEEECEEEEEEOEOCOECEEEE COCOOCOOOOOOOOOOOOO OOOO EEOC PREFACIO «ag71) Dado que tanto 4 edigio de capa dura quanto a edigo em brochura deste livro esto sendo reimpressas mais ou menos ao mesmo tempo, esta seria uma boa ocasiao para considerar a possibilidade de algumas alteragées. Seria posst- vel aprimorar a argamentagao da obra, adicionar varias idéias que me ocorre- ram desde que ela foi escrta ¢ abordar trabalhos recentes de outros autores a ela relacionados. Mas optei por no fazer nenhuma grande revistio desse tipo. Nao houve mudangas nes meus pontos de vista que justificassem reeserever 0 texto, Algumas das idéias que eu acrescentaria a qualquer nova edigio ja foram apre- sentadas em outros ensaios de minha autoria, e seria demasiado moroso atender adequadamente 20s trabalhos que outros autores andaram escrevendo a esse res- peito. Limitei-me, portanto, a preparar um breve apéndice. Ele fornece 20s Iei- {ores interessados um guia para os artigos que escrevi sobre o tema tratado nes- te livro e discute uma intrigante idéia para um trabalho futuro proposta por alguns comemtaristas da obra. Embora muitas vezes a lembranga de favores que nos fazem se desvaneca ‘em um curto espago de tempo, nao foi o que ocorreu com minha gratido para ‘com 0s eriticas que tanto me ajudaram enquanto este livro estava sendo escrito. Freqiientemente tenho oportunidade de constatar que a reagio a ele teria sido menos generosa (ou mais rese‘vada) se 0s esbogos iniciais nao tivessem sido t20 bem crticados. O eritico que mais me ajudou dentre todos foi Thomas Schelling, da Universidade de Harvard. Embora nem ele nem os ineus outros eriticos se A LOGICA Da AGao COLETWA Jam responsiveis pelos defeitos do tivro, muito da validez que a obra possa por ventura ter demonstrado, seja ela qual for, deve-se em grande parte ds suas ett ticas. Edward C. Banfield e Otto Eckstein também fizeram observagbes muito Steis quando 0 livro era ainda um rascunho de uma tese de doutorado em Har Yard. Quando o trabalho estava ja em fase de prospecgii, tirei também grande Proveito das eriticas de Samuel Beer, John Kenneth Galbraith, Cat! Kaysen ¢ Talcott Parsons. Quando comecei a revisar a tese para publicagio, recebi comen. os extremamente siteis de Alan Holmans, Dale Jorgenson, John Kain, Douglas Keare, Richard Lester e George von Furstenberg. E ainda, em diversos estigios do processo de feitura do livro, Witliam Baumol, David Bayley, Arthur Benavie, James Buchanan. Edward Claiborn, Aldrich Finegan, Louis Foust, Gerald Gat Xe, Mohammed Guessous, W. E. Hamilton, Wolfram Hantieder, Stanley Kelley, Roland McKean, Richard Musgrave. Robert Reichardt, Jerome Rothenberg, Craig Stubblebine, Gordon Tullock, Alan Williams e Richard Zeckhauser fire. ram criticas importantes e construtivas. Por fim, espero que a dedicatsria da obra 4 minha esposa evidencie o quanto estimo sua ajuda e incentivo. Além de todas 8s outras coisas que tem feito por mim e por nossos ids filhos, ela me auxilion na claboragdo tanto do estilo quanto da substancia do presente trabalho, Também me sinto muito agradecido ao professor F. A. von Hayek, que con- Seauiu que o livro fosse traduzido para o alemio e contribuiu com um preficio Para a edicio alema, Este trabalho contou com o generoso apoio do Social Science Research Council, da Shinner Foundation e do Center for International Studies at Princeton University, Estou também muito grato a Brookings Institution, euja hospitalidn. ‘de muito impulsionou meu trabalho neste livro € em outro anterior. MaNcur OLson, Departamento de Economia da Universidade de Maryland College Park, Maryland 2 eae et ene Aeeraee ie MAGUS Cr aM AM Os dat CeO nda HCT ICG, CO COCCOCOCOCOCOCOCCOCCOCOEC OOOO ECE CEE EEE EEE INTRODUGAO Frequenteniente é dado por certo, 20 menos quando ha objetivos econdmi- cos envolvidos, que grupos de individuos com interesses comuns usualmente ten: __[am promover esses interesses comuns, Espera-se qué 0s grupos de individuas 6 Terese comuns ajam icresses tanto quanto se espera que os indi vviduos isoladamente ajam por seus interesses pessoais. Esse senso comum S0- bre comportamento prupal emerge com frequéncia no apenas em trivia discus- ‘sdes cotidianas como também em textos académicos. Muitos economistas das mais diversas tradigdes metodol6gicase idcolégicas aceitaram implicita ou ex- plicitamente essa idéia, Essa vio foi importante, por exemplo, na elaboragio {de muitastcorias sobre a organizaco sindical, das tetas marxstas sobre a ago das classes sociais, de conecitos de “poder compensatrio” e-em vérias discus: sGes sobre instituigdes econdmicas. Tem ocupado, além disso, um lugar proemi- nente nas ciéncias politicas, ao menos nos Estados Unidos, onde 0 esiudo de grupos de pressio tem sido dominado por uma celebrada “teoria dos grupos so- ciais” baseada na idéia de que os grupos agitao quando a agao for necessdria para promover seus interesses comuns ou grupais. Finalmente, em desempenhado um importante papel em muitos estudos sociolégicos bastante conhecidos. postamente baseada na premissa de que, na verdade, os membros de um gaps “agem por interesse pessoal, individual. Se.os individuos integrantes de um seve aliruisticamente desprezassem seu bem-estar pessoal, nfo Seria muito provéve que n | 4 LOGICA DA AckO CoLerva eed em coletividade eles se dedicassem a lutar por algum egoistico objetivo comum Ow gnupal. Ta altrusmo é, de qualquer mancira, considerado uma excegag.« n comportamento centrad nos prépros interesses& em geralconsideyado a ropra pelo menos quando hi questoes econdmicas eriicamente envolvidas|Ningutrn se Surpreende quando um homem de negécios persegue individvalmente mais In 105, quando trabalhadores perseguem individualmente salétios mais altos, ou quando consumidores perseguem individusimente pregos mais baixos. A idsin de ave 0s grupos tendem a agir em favor de seus interesses grupals & concebide come uma extenso logica dessa premissa amplamente aceita do comportamento raeio nal ¢ centrado nos proprios interesses Em outras palavras, gcralmente se deds ‘que se 0s membros de um determinado grupo tem um interesse ou objetivo co, mum, €¢ todos ees ficariam em melhor stuagio se esse objetivo Fosse ating, logicamente os individuos desse grupo ito, se forem pessoas racionais e cenacag ‘os proprios interesses, agir para atingir esse objetivo, Mas ndo éverdade que a asia de que os grupos agirdo ara ating seus abjetivs seja uma seaincia lgica da premissa do comportamentoracional © "| centrado nos préprios interesses. Nao é fato que sé porque todos os individues de um determinado grupo ganhariam se atingissem seu objetivo grupal eles agirao / Para atingr esse objetivo, mesmo que todos eles sejam pessoas racionais e eentradas ‘os seus prprios imeresses. Na verdade, a menos que o ndmero de individuve dy frupo seja realmente pequeno, ou a menos que haja coerea0 out algum outro di Positivo especial que faga os individuos agirem em interesse proprio, or indivt duos racionais ¢ centrados nos préprios interesses ndo agirao para promover seus interests comuns ou grapas. Em ouraspalaves [mesmo que todos os in) divin dum ppo grande jam stn eninge ae ase Ses, ¢ que Salam ganhando se como BPO, aliem para ange seus objervee) oa ne eae cormuns ainda eles nko agifis"Voluntatfamente para prumaver cases in ies coRT [A nogiio de que 0s grupos de individuos sempre agi- ‘80 para promover seus interesses comuns ou grupais, longe de ser uma exten. | So l6gica da premissa de que os individuos de um grupo irdo racionalmente \ Promover seus interesses individuais, € na verdade incoeiente com essa mesma / Premissa, Essa incocréncia sera explicada no proximo capitulo fesmo que 05 membros de um grande grupo almejem racionalmente uma ‘paximizagio do sev bem-estar pessoal, eles ndo agirio para atingir seus objeti Yes comune ou grupals @ mengs que hala alguma coergto para forsiclos a tanto, menos que algum iferente da tealizagao do objetivo co: mum ou grupal, seja oferecido aos membros de grupo individualmente com a condigdo de que eles ajudem a arcar com os custos ou dnus envolvidos na conee, Chee eeere COCO EE ae ou gry COEECEEE CoE CC COCOCCOOCOOCOCOCOOCOOCOCOOCE COCO EE EEEEEE EEE istaopucho updo desses objetivs grupaist Nem ido tals grupos de grande porte formar or anizages para promover seus objetivos comuns na auséncia da coergdo ou in- centivos independentes acima menctonados. Essas afitmagGes permanecem vali ddas mesmo para situagdes em que ha acordo undnime dentro do grupo a respeito do bem comum e dos métodos para obté-lo A nogio amplamente difundida, presente em todas as ciéncias sociais, de ‘que 0s grupos tendem a promover seus interesses 6, portanto, injustficdvel, pelos menos quando se baseia, como geralmente ocorre, na pressuposigio (As veze#s, implicita) de que os grupos agem em interesse pr6prio porque os individuos tam- ‘bém 0 fazem. Ha, pacadoxalmente, a possibilidade l6gica de que grupos compo: 105 ou de individuos altruistas ou de individuos irracionais possam por vezes agi fem prol de interesses comuns ou grupais. Mas, como segdes empiricas deste es- tudo tentardo demonstrat mais adiante, essa possibilidade Igica geralmente no tem a ménor importéncia pratica, Portanto, a costumeira Visto de que grupos de individuos com interesses comuns tendem a promover esses interesses parece tet pouco mérito, se € que tem algum ‘Nenhuma das assergies acima se aplica integralmente a grupos pequenos, pois «em tais grupos 6 quadro é muito mais complexo. Nos grupos pequenos pode muito J bem ocorter alguma agio voluntéria em prol dos objetivos comuns dos individuos do grupo, mas na maioria dos casos essa agdo cessard antes que os resultados atinjam um nivel dtimo para os membros do grupo como um todofNos grupos { Pequenos hd, contudo, uma surpreendente tendéncia A “exploragio" do grande pelo pequemo na partlha dos custos dos esfargos para atingit um objetivo comum Af! AAs provas para todas as assertivas acima esto no capitulo 1, que desen- volve uma explicagio I6gica ou tedrica para certos aspectos do comportamento de grupos ¢ organizagdes. O capitulo 2 examina as implicagses dessa andlise em grupos de distintos tamanhos ¢ ilustra a'cone! 10 de que em myitos casos os ‘@BrUPOS pequenos svio mais eficientes e vidveis do que os grandes. O capitulo 3 ‘onsidera as implicagbes, dessa argumentagio sobre a questilo dos sindicatos & chega & conclusio de que*alaum tipo de afiliagao compulsérja 6, na maioria das circunstancias, indispensével para a sobrevivéncia do grupo” O capitulo 4 wtli- za a abordagem desenvolvida neste estudo para examinar a teoria das classes sociais de Marx e analisar as teorias do Estado desenvolvidas por alguns econo- mistas. O capitulo 5 analisa & luz da légica deste estudo a “teoria dos grupos sociais” utilizada por muitos cientistas politicos e argumenta que essa teoria, tal como costuma ser entendida, € lgica e racionalmente incoerente} O siltimo ca pitulo desenvoive uma nova teoria dos grupos de pressio, cogrente com as rela- gBes logicas delineadas no primeiro capitulo, que sigere que"® tamanho do cor s A LOGICA DA AGKO COLETIVA [po de membros € o poder dos grandes grupos de presto organizados nao deri- vam de seus éxitos lobisticos, sendo na verdade um subproduto de outras ativi dades do grupo¥) Embora eu seja um economista ¢ as ferramentas de andlise utilizadas neste livro sejam extraidas da teoria econdmica, 2s conclusées do estudo so tio relevan- tes para 0 soci6logo e para 0 cientista politico quanto para o economista. Evite portanto, usar a linguagem diagramético-matemética da economia Sempre que pos- sivel. Infelizmente, muitos ndo-economistas achario uma ou duas breves passagens do primeiro capitulo algo obscuras € adversas, mas todo 0 resto do livro devers parecer perfeitamente claro ao leitor, seja qual for seu background disciplinar. CETTE EEE EEE EEE EC EEE EEE EEE EEE EEE EEE COCOOCOCOCOCOOCOOCOOOCOCOOCOOCEC CECE OEE EEE CEE EEE UMA TEORIA DOS GRUPOS SOCIAIS E DAS ORGANIZAGOES 4. 0 Objetivo da Organizagao Visto que a maioria das aces (mas de forma alguma todas) praticadas por um grupo de individuos ou em nome dele se dio através de uma organizacao, serd proveitoso analisar as organizagGes de uma maneira genérica ou tedrica’. 0 ponto Iégico para iniciar qualquer estudo sistematico sobre organizagdes é 0 seu propésito, Mas existem organizagGes de todos os tipos, formas e tamanhos, mesmo em se tratando de organizayies econdmicas, ¢ hi ainda a diivida sobre se haveria algum propésito simples que poderia ser considerado caracteristico de todas as organizagies em geral. Nao obstante, um propGsito que de fato &ca- |. Os economists tim em sus mite parte negligencido a elaborgto de teoriss das organises, mas he algumasobvas que abevdam o assum sob aia dia econdmica Ver, por exemplo, wes esaios de Jacob Marschak, “Elements fora Theory of Teams". Management Scene jon. 1955. p. 1277. “Towards a8 Economic Theory of Organication sid iforation" em K. M.Tivall, CH. Combs & LL. Davis, Decision Processes, New York, Joba Wiley, 1954, pp. 187-220, e "Efficient and Viable Organization Forms" em Masoa tate, Modern Organtcation Theory, New Yor, Johe Wily, 1959. pp. 307-320, Dois enaios de R, Radner, “Application of Linear Pogrammiag to Team Decision Problems. Management Science.V. jan. 1959p. 143-150, Team Decision Problems", Annals of Mathematien! Stanstes, XXXUL, st. 1962, pp. 887-881, De CB, MeGuire, "Some ‘Team Models of a Sales Organizaton”, Management Science Vil, ae. 1961, pp. 101-130. De Oskar Morgenstern, Polegrea toa Theory of Organtition, Sata Monica. Cali, RAND Research Memorandam 734, 1981, De ars G. March & Herbert A. Simon, Orsaniatons, New York, Jobe Wiley, 1988; © de Kenaeth Bouldin, The Orgavicatwnat Revolution, New Yor, Haepe, 1953, ” A1661CA Da AGho COLETIVA facteristico da majoria das organizacdes, e com certeza de praticamente todas a8 OfgaTizagies com um importante aspecto econdmico, € « promogao das inte. esses de seus membros, Isso deve parecer 6bvio, a0 menos da perspectiva do ecoromista, Sem davida, algumas organizagoes podem, por ignorancta, fracas sat na promogo dos interesses de seus membros, ¢ outras podem ser tentadas a servir somente aos interesses de sua lideranga’. Mas as organizagées frequente- ‘mente perecem quando nao fazem nada para promover os interesses de seus membros, e esse fator pode reduzir severamente 0 nimero de organiza, no servem aos seus membros. A idéia de que as organizagdes ou associagdes existem pars promover os in- teresses de seus membros esté longe de ser uma novidade ou de ser uma nogao peculiar da teoria econémica. Remete aos tempos de Aristételes, que escreveu. “Os homens cumprem sua jormada-unidos tendo.em vista uma vantagem particular © como meio de. prover alguma coisa particular necesssria aos propSsites da vida, de maneira semelhante, a politica parece ter-se constituido original: ‘mente, © continuado a existr pelas vaitigeis gendis que triz”. Mais recenteyren. te 0 professor Leon Festinger, psicOlogo social, asinalou que “a atragdo que exer- e a ailiagdo a um grupo nio € tanto pela sensasio de pertencer, mas mais pela ossiblidade de conseguir algo através desse pertencer™. No final de sua carrei- considerava ponto pacifico que as “associa Ses existem para realizar propésitos que um grupo de pessoas tém em comum" ‘0 tipo de organizagées focalizado neste estudo é aquele que supostame! te promove os ini@@i588 dé seus membros®. Dos sindicatos se espera que lutem es que 2 Max Meberchamou a aengo pao caso em que uma oganinigo conus sexist Jane algum {empo apés ter perdido sua rzd0 de ser apenas porque algun funciona estévivendn ds enous cory Vera sua Theory of Sovial and Evonamic Organicatio, tad de Taleo Parsoos & A. M. Henson, New York, Oxford University Press, 1047, p38, 3. Bea vit. 9. 1160, 4 Leon Festinger, "Group Adastion and Membership’, em Dorwin Cartwright & Alvin Zander, Group Dynamics, Evanston, I, Row, Peterson, 1955, p98 5.4 Grammar of Pulites. 4, London, George Allen & Unwit. 1989, p63 6: De orgunizagdesfilanicpicasereligiocas nao se espera necessriament que srvam somente aos inte estes de seus membros is organizagdes tm Osos proposes considetados mas inersatea sak fendene do quanio seus membros “precisem™ petencr Ou se sintim melorador sunlados palo {ato de pertencer. Masa complesiade de is orzanzasies no precise sr debatidsexenramene ag argue este esto se conceirars em organizagies com um siuificativo camponente eccntmcn © fora deste trabalho recsrd sobre algo parecido a0 que Mak Weber ehamava de "grupo asostanve Weber classifica um grupo de“asociativo” se “a orientagso de sua ago socal funda se sobre umn acon, & racionalmente motivado”. Ele contratou seu “grupo associat” com 8 "repo comenal. laden ore alsos pessnis,relacionamentos exsicos et, como a familia (Ver Max Weber pp 136.159 6 Grace Coyle, Socal Proces in Organized Groups, New York, Richard Suit, Ino. 1950 pp 9.9) A '6eca do teova gu desenvolvids oe se senda a enpniapsescomunss, relsiae& plane 1 4 COCO E ELE « COECECEEEEOCEEE ce COCOCOCOCOCOCOCOOCOOCOCCOCOCOCOOCOOCEOCOEE EEOC OCEEE LUMA TEORIA DOS GRUPOS SOCIAISE DAS ORGANIZAGOES por salérios mais altos € melhores condigies de trabalho para seus afiliados; das organizagdes rurais espera-se que lutem por uma legislago favordvel a seus membros; dos cartéis espera-se que lutem por pregos mais altos para as empre sas integrantes; das companhias espera-se que defendam os interesses de seus acionistas”; e do Estado espera-se que promova os interesses comuns de seus cidadios (embora nesta nossa era nacionalista 0 Estado frequentemente tenha ineresses € ambigdes distanciadas das de seus cidadAos). E importante notar que 0s interesses que todos esses tipos de organi supostamente devem promover sio em sua maioriainteresses comuns: o interes comum dos membros de um sindicato por salérias mais altos, o interesse com dos produtores rurais por legislagdes mais favordveis, o interesse comum dos membros de um cartel por pregos mais altos, o interesse comum dos acionistas por dividendos mais altos e agbes valorizadas, o interesse comum dos cidados por um bom governo. Nao é urna éasualidade que de todos os tipos de organiza- ges listadas acima espere-se que trabathem pelo interesse comum: de seus mem- bros. Interesses puramente pessoais ou individuais podem ser defendidos, ¢ em! geral com muita eficiéncia, por agdes individuais independentes. Nao hé obvia- ‘mente nenhum sentido em formar uma organizacao quando urna ago individual independente pode servir aos interesses do individuo tio bem ou melhor do que uma organizacZ0, Nao teria nenhum cabimento, por exemplo, constituir uma organizagio simplesmente para jogar paciéncia. Mas quando um certo nimero de individuos tem um interesse comum ou coletivo ~ quando eles compartlham um simples propésito ou objetivo ~ a agao individual independente (como logo veremos) ou no te ‘ondigées de promover esse interesse comum de forma alguma, ou no serd capaz de promové-lo adequadamente*&s organizagdes po- ddem portanto desempenhar uma Fungo importante quando hd ioteresses comuas ou grupais a serem defendidos ¢, embora clas forqdentemente também sirvam a intesessee-pusamenie pessoais¢ individuals, sua fungao « egracteriston basica € Sua faculdade de promover interesse’.comuns.de grupos de individuos. A premissa de que as organizagbes existem tipicamente para promover os interesses comuns de grupos de individuos esté implicita na maior paste da lite ‘2s, mas ela ado ¢ pastcularmente stil no estado de do presente tivo. 7 sto, seus membros. Este estudo nto segue o wo terminelégica doe teSricoe que deserevernempreg os coma “menos” ca ecmqpaia para gual tabalham. qué mals coaveniente actor. em ver faguela, nguagem cotidiana = disinzuir os membros de um sindcato. por exerpl. des empresa. dos dessesiniesto. Similamente, 0s membros de um sndiato $er50 considerados cinpregador da ‘omyankis para 3 qual wabatham a patto que os saemyos dessa Companhia 80 seus aciomita. wos desse ipo Ver p73, aoa U7 «pp. 1742176 A LOGICA a acho CoLEnA ratura sobre orpanizagées. ¢ dois dos autores jd citados fazem essa pressuposi 0 explicitamente: Hardld Laski fnfatizou que as organizagées existem para ‘atingir propsitos ou Tnteresses que “um gripa-de homens tem em comum", e 40 que tudo indica Arist6teles tinha uma idéia similar em mente quando afirmou ‘que as associagdes politica so criadas © mantidas por causa das “vantagens ge- ais” que trazem. R. M. Maclver também asseverou essa idéia explicitamente 20 dizer que “toda organizagio pressupde um interease que todos os seus membros partilham”*, Mesmo quando grupos nio constituides em organizagio sto discutidos, 20 ‘menos em tratados sobre “grupos de pressio” e “teoria dos grupos sociais", a palavra “grupo” € usada de uma maneira que denota “um niimero de teFeSSE ComuM”. Obviamente seria razoavel rotular como “ po” até ‘mesmo um prupo de pessoas selecionadas aleatoriamente (e, portanto. sem ne- hum interesse comum nem nenhuma caracteristica unificadora), mas a maio- ‘a das discussdes a respeito de comportamento grupal parece lidar principaimen. {© com grupos que tém interesses comuns. Como diz Arthur Bentley, o fundador y° a “weoria dos grupos sociais” da cigneia politica madera, *ndo existe grupo sem seu interesse””. O psicétogo social Raymond Cattell foi igualmente explicito ¢ proclamou que “todo grupo tem seu yeresge"®, a palavra.grupo serd usada aqui.” E também nessa acepedo que 05 do mesmo BRUpS POF exempia, t&m um inte 9u_organiiZagms” Todos Os membros de um Sindh § RM Macher “teres”, Buselpacdif te Swit Sriences. Vl, New otk, Macmillan, 1932p, 147 9. Ashar Bentley. Me Process of Goveramew, Graeson, I Principia Press, 149, p S11. David Truman sdot uma sbordagem semelhante: vr seu The Goverumelial Pres, New York, Afed A Knopf, 1958, p. 33-38. Vr umm Sidney Vert, Smal Grup and Poin! Behavion Princocn 4, Princeton University Press, 1961, pp. 12-13, 40 Raymond Cate "Concepts sad Methods in the Measoremeat of Gioup Syntaity" ean A, Paul Hare Edgard F. Borgata & Robert F. Cals, Snall Gaps, New York. Alled A Kaope. 1955, pti "1. claro que qualguer grupo ou orgavizago enardunualmentedviido em subprapos ou Tacgoes an taptnicas. Ese fata no debits a ressposio fia aqui de que a oganizaroes exsem pans sear aes intressescomuns de sous membros, pogue essa pressuposigao no implies auc om eaatiing {ernos do grupo exijam sendo despezados, Os subgropos anagonicos dente de wma ortanoncde ‘sualmente partiltam algum ineresse comum (seo, par te manteriam a arganizngce”) anergy tempo que cada subzrupo ov facjo mb tem ur interesse comm indeprndeninc se ee anne 85 subgrapor om Fegitncia tela o interesse comm de derrtaralgum outta subgvape, Pose to. abordagem ulizada aqui ao desprezao conto det de pros € eganizagies mnguc sone (era cad organizagao como uma unidadesomente até o porto em gue ela de fato tenia sovine cae interes comum,¢ considera a vss feydcsoponent: para analsaevignono antagoniamy coe las, como unides. 20 CECCECHEECEECECEECECOOCEEOCOCOCEOCCEMECEEOCOCECOCELEE COCOCCOCOCOCOCOCOCCCCOCCOCEOCOECOCOEECECETEE CE ECEEECEEE LUMA TEORIA DOS GRUPOS SOCIAIS E DAS ORGANIZAGOES resse comum em saldrios mais altos, nas, ao mesmo tempo. cada trabalhador tem lum interesse Gnico em seus ganhos pessoais, que dependem nao somente dos indices salariais como também da quantidade de tempo que ele trabalha, b. Beneficios Pablicos e Grandes Grupos A combinagto de ineresses indviduaise comuns em uma organizago su sere uma analogia com o mercado compettvo. As empresas de um determinado setor industrial petTeTat@hiécompeTivo, For cxemplo, tem um intresse commum em pregs mas altos para 0 produto do setor. Dado que um prego uniforme tende ‘a prevalecer em um mercado desse tipo, uma empresa ndo pode esperar um prego mais alto para si sem que todas as outras empresas do setor tambémn obtenham se prego mais alto. Mas urna empresa em um mercado competitive também tern interesse em vender o maximo possvel, tendo como eto 0 ponto.em que o custo de produgao de uma nova unidade do produto excede o prego dessa unidade. Nisso nich nenhum interesse comun, O interesse de cada empresa é diametea- o.que todas as empresas Wir Iveneve &m pregor Was alto aiegs, no gue se refere 8 produto. Iso pode ser lstado com um simples F7aCuia. Como exemplo, suponha-se que Um setor industrial perfeitamente competitive esteja vivendo uma sitwago momentinea de desequi- Ifbrio, com os pregos excedendo os custos marginais de produgao para todas as ‘empresas em sua atual fase de produgio. Suponha-se também que todos os ajus- tes necessatios serio fetos mais pelas empresas é no stor do que pels reeém- chegadas, ¢ que esse sor industrial se veja no momento em ma seglo pouco eléstca de sua curva de demanda, Com o prego excedendo os custos marginats de produgio para todas as empresas. oprodugio cresce. Mas, quando todas as em- presas aumentam sua produgdo 0 prego ea. Ecomo a curva de demanda do seto industrial em questz0 est, como supusemas, inlexvel a receita total desse setor industrial declina. Aparentemente toda a empresa acha que com o prego exceden- do 0s custos marginals de produiglo vale a pena aumentar sua produgio, mas 0 resultado é que cada empresa acaba obtendo um fucro menor. Alguns economis- tas de tempos passados devem ter questionado esse resultado", mas 0 fato de que 12. Ver. M. Clark, The Economics of Overead Casts, Chicaso, University of Chicago Press, 1923.p 417. Frank H. Keight, Risk Unreriaiy and Pref, Boat, Houghton Mit, (921, p. 193, ALOGICA DA.AGKO COLE A 4 maximizayio dos Iucros das empresas em um sctor industrial perfeitamente competitive pode agir contrariamente aos interesses delas como grupo é hoje Perfeitamente compreendido e aceito. Um grupo de empresas ansiosas por uma maximizagao de seus luctos pode acabar agindo para reduzir seus lucros globars Porque em um quadro de competigio perfeita cada empresa €, por definigio, 0 Pequena que pode ignoraro efeito de sua produgio sobre o prego. Cada empresa Considerard vantajoso para si aumentar sua produsdo até 0 ponto em que os cus {os minimos de producto inualem o prego, ignorando os efeitos de sua produgio excedente sobre a posigao de seu setor industrial como um todo. E verdade que 0 fesultado final € que todas as empresas ficam em piot siactio, mas i850 AO sip nifica que elas no tenham maximizado seus Tueros. Se uma empresa, antevendo Dregos resultante do aUMMEMTO Ta produgao de seu setor industrial, res tringisse sua prépria producio, ela perderia mais do que nunca, porque sew prego cairia de qualquer maneira ¢ ainda por cima ela teria uma produsio menor para vender. Em um mercado perfeitamente competitivo essa empresa ficaria apenas com uma pequena parte dos beneficios (ou da receita extra) obtidos pelo setor industrial gragas 8 sua atitude individual de conter a produgio, Por essas razdes € hoje de compreensio geral que, se as empresas de um determinado setor industrial estio maximizando lucros, os lucros desse setor como um todo serio menores do que seriam sem essa maximizacio". E quase ‘odo mundo concordard em que essa conclusao teérica hate com os fatos em mer cados caracterizados por competigio pura. © ponto importante aqui & que isso € verdade porque, embora todas as empresas tenham um jnteresse comum em bregos.mais altos para o produto do seu setor industrial, é do intersse indivi- ual de cade via dels que as cutis paguenro tasto(andispensvel reduce sda pesdipia}-necessério para obicr pregos mais altos, Praticamente a Gnica coisa que pode impodir os precos de caitem de acor. do com a-processo-einug descrito em mercados perietamente competitivos se. tia a iplewvensio exteraa Pregos subsidiados pelo governo, tarifus,acondos de cane e coisss semélhantes podem protege is enipreas cry uaF ical oes astlvo de apirem conta-seus propos tneresees. Tl aida ov inn bastante comum. E, portanto, importante perguatar como ela se dé. Coma om 15. Edward H, Chambertia, Monapistic Compeiin 6.e0,Cambidge, Harvard Univesity Pess 1950, pa "4. Pata uma discuss3o mais complet sobre esa questi, ver Mancut Olson Je & David MeFarlsd, “The Restoration of Pare Monopoly andthe Concept ofthe lnlsty". Quavteals Jmvonat of Erongoans LXV, nov 1962, pp. 613.631, 2 (i eee eee Ce CeCe EEOC EOE CECE ECE EE EE EE ‘ CCCOCOCOOCOCOCOCCOCECOCOCOCOEE LUMA TEORIA DOS GRUPOS SOCIAI F DAS ORGANIZAGOES setor industrial competitive obtém assisténcia do governo para manter o prego de seu produto? A Considere-se um setor industrial hipotético, compettivo, ¢ suponha-se que 4 maioria dos produtores desse setor industrial deseje uma tarifa especial, um programa de protego de precos ou alguma outra intervengio governamental para aumentar 0 prego de seu produto, Para obter essa assisténcis do governo, 08 pr es dess sumivelmente tera fe she fio de se tornar um grupo de pressio ativo!™. Esse lobby poders tex de Tevar a cabo uma considerdvel campanha. Se for encontrada uma resist8ncia significa tiva, grandes quantidades de dinheiro serio necessarias"*. Os especialisias em re lagdes piblicas terBo de influenciar os jomnais, e pode ser preciso fazer alguma propaganda. Provavelmente ser necessério contratar organizadores profissionais para armar “manifestages populares espontineas” envolvendo os angustiados produtores do setor industrial em questio e fazer esses produtores escreverem cartas a seus congressistas"”. Bssa campanha pela assisténcia governamental to: sari tempo de alguns produtores do setor industrial ~ e dinheiro. Hd um notivel paralelo entre 0 problema que o setor industrial perfeitamen: te competitivo enfrenta quando Iuta para obter assisténcia do governo 0 pro- blema que ele enfrenta no mercado quando as empresas inerementam sua pto- dugdo e ocasionam quedas de pregos. A sint como ndo pareceria racional para Oa . sacrificar seu tempo e dinheiro para dar suporte a sum lobby que luia pela as oP yy siseencia do governo a esse mesmo setor industrial a aes to wet x COCOCCOCOCCOOCCOCOCE fe qve “0 principio de organizagao € uma con cial para a lua pobiien das tmasaae” Vero sev Pitt Parts, ang RP eck Dover Pusiatons, 195, pp. 21-22. Ver ambéan Rober A. Brady, Bu Sty Press, 1943, 9.193, 16, Alexander Heard, Phe Costs of Dem ty of North Carolin Pres, 1960, sp Sialmente anata I pp 95-96. Por exe pal Association of tar trers estou mais de U54,6 maths, e por u fan Medical Assoviationgstou 4 wesina ‘nmpertincia em uma campanta conta © seo de 17."Seeodaa vette ves um dias on [10 bbung, is 2 503 amass, os sr lama indsrablioninian” US. Congress, Hoaze, Sefer Cmuniiec on Layne Acne, Report. fiat Congres, 2nd Session, 1950, eonforme ciaySonno, CArdressional Quarterty Amana. 81s Congress, 2d Sesion, VI, pp. 74-765, 2 4 A LOGICA DA AGKO CoLETIVA ‘minado setor industrial, no receberdé nenhum amparo dos individuos centrados ‘nos proprios interesses racionais desse setor. Isso seria verdadeiro mesmo que nesse setor industrial todo mundo estivesse absolutamente convencida de que 0 projeto proposto pela organizagao € de seu interesse (embora na realidade sem pre havers quem pense de outra forma, tomando a tarefa da organizacio ainda mais dificil)". Embora a organizagao lobistica seja apenas um exemplo da analogia log: ‘ta entre organizagio e mercado. é um exemplo de considerdvel importincia pri- tica, Hé atualmente em atividade muitos lobbies poderosos, bem financiados ¢ com vasta.apaig, mas esses lobbies nio conseguem scu apoio por causa dos seus logros legislativos. Os mais poderosos lobbies da atualidade conseguem seus fur. dos e seus seguidores por outras razdes, como este estudo mostraré no final. Jeuns criticos podertio argumentar que, na verdade, uma pessoa racionsl Japoiard, sim, uma grande organizagio — como um lobby — que trabalhe pelos seus imteresses, porque sabe que se nio 0 fizer os outros tampouco o fardo, e entio a organizagio fracassaré c cla ficard sem 0 beneficio que a organizagao podersa terthe proporcionado,fE'ssa argumentacio evidencia a necessidade da analogia ‘com 0 mercado perteitamente competitivo: seria igualmente razodvel argumen tar que os pregos nunca cairiam abaixo dos niveis que um monopélio cobraria em um mercado perfeitamente competitivo, j4 que cada empresa poderia antever {que se incrementasse sua produgdo outras também o fariam c 0 prego cairia vy { portanto, nenhuma empresa iniciaria uma cadeia de destruigao de precos aumen. tando sua producio. Mas, na verdade, as coisas nao funcionam dessa maneira vi ur 2reado comretitive. Nem em uma grande ofganizagao. Quando 0 né imi at ampresas ca’ vidas é grande, ninguém notard 0 efeito sobre o prego "nd saprest “omer t sua produglo e, portanto, ninguém alterara seus pla: ‘Os por eras dio, Shuniamente, em uma grande arganizaclo a perda de um lid congue ide ncrerentard de maneita perceptivel a carga para Gua \ quer ouiro consnbvunte 2 FEF, uma pessoa racional nko acreditaria que a) Oweetirar da organ. ative. 7) ie Rao ontTOS Terabros a Tazerem > ESTO. (Esse racioeine: <0 "1 Sg (Hence aTguM pertinéncia no caso de organi zages econdmicas quy 200 edo.meios através dos quais os individuos | tentam ober as mesmag2s32 qe qbiémativés de suas atividades no merca- do. Os sindicatos, por exempt yin orginidacdes através das quais os traba- Thadores tuxgmn para bbter ‘sas que procuram obter com seus esfor 18, Para una excegzo togiean 2 deste pargrafo. mas insignificant a pric, ves nota GH deste capital CeeCCEECOECE OE COCEEEE 4 CCOCHHEEEE EEE CEE EE ‘ € OC COCOCCOCCCOCOOCOCOECOCOCOCOCOCE COCOCOOCOCOCCCOOEE {UMA TEORIA DOS GRUPOS SOCIAIS E OAS ORGANIZACOES {408 individuais no mercado: salérios mais altos, melhores condig6es de trabalho etc, Seria de fato estranho que os trabathadores no se confrontassem no sindi- ato com alguns dos mesmos problemas que encontram no mercado, ja que seus esforgos em ambas as esferas tém alguns propésitos em comum, Por mais semelhantes que sejam esses objetivos, os eriticos poderdo obje- tar que as atitudes e disposigbes dos membros nas organizagdes niéo so em ab- soluto iguais as suas atitudes e disposigdes no mercado. Nas organizacties.fin- Wentemente, hé também um elemento emocional ou ideol6gico em jogo. Mas serd que isso torma a argumentagio acima inadequada do ponto de vista prético? ‘Um tipo de organizagio mais importante -@ Estadg)- servird para testar «88a objecdo. Nos tempos modemos, o patriotisme € provavelmente a mais for: te motivago nfo-econémica para a lealdade organizacional. Esta nossa época é, algumas vezes, chamada de era do nacionalismo. Muitas nagdes obtém s unidade e forgas extras gragas a alguma poderosa ideologia, como a democt cia ou © comunismo, bem como através de uma religiéo, linguagem ou heranca ‘cultural comuns a scus cidadaos. Mas o Estado niio dispde somente dessas po: dderosas armas para angariar apoio. Ele também é muito impoctante economica mente. Quase todo governo € economicamente benéfico para seus cidadaos, no ‘sentido de que a FEET UE Cle prOparcTONa Sho Um pre-FeqUISTIO Cowen _Sial para toda € qualquer atividade econdmica caaada-Mas apesar da Torga dio patriotismo, do apelo da idelogia nacional, Gos lagos de_uma cultura comurn ¢ da indispensabilidade da lei e da ordem, nenhum Estado importante na hist6 fia moderna foi capuz de.se sustentar através db 10s OU EORTDUIGOES YolunLS “Tas eoneriBaigSes Hlantr’ ‘io nem mesmo uma fonte de receita sig- nifieativa para a maioria dos paises. Fazem-se necessérios os impostos ~ por definigio, pagamentos compulssrios. De fata, Catala ne Cessidade de impostos é tdo certa quanto a morte. Se o Estado, com todos esses recursos emocionai voto f paz de financiar suas atividades mais bésicas ¢ vitais 8egh recorter & contribuiglo compulséria, é natural que as grandes organizagGes ptivadas também tenham di- feuldades pais conseutcsuear MMTOgoe toe ge geiss meee “tain defender e promover fagam voluntariames itribuigdes necessanas" 19, Tanto oF soaslogos guano ot economists tém ie apenas motos idenkipieas no 80 Sulfcientes para propulsro esforga continuo de grange de genie. Max Weber formece ut notive exempt. "Toda ative ccondmica em umm gonna de meteado& sesteutada e pwada por indwidvosceatrados em seus propria: intresis mata 0a eas. rs, caro € igualmente verde se and avidats enn rents pls fies de dem Ge pes cranes |} “Mesmio que 1a sistema econdiico estvese organi sobre bases sccabsta, no have A LOGICA Da AGKO COLETIWA A raziio pela qual o Estado no pode sobreviver de cotas ou pagamentos voluntarios e precisa recorrer aos impostos & que os servigas mais fundament que ele fornece so, sob um importante aspecto™, equivalent ‘em um mereado Competitivo: esses servigos tém de estar dispontveis para ‘Se estiverem disponiveis para alguém. Os benehCTOs OIrserrigs fares proporcionados por um governo, como defesa militar, protegio policial e © sistema de lei ¢ ordem em geral, so beneficios ou servigos que aleangam a ou coletivos proporcionados pelo governo sio usualmente chamados de “bene. ficios piblicas” pelos economistas, ¢ 0 conceito de beneficio pablico & uma das idéiag mais antigas e mais importagtes no estudo das finangas publicas. Um be- neficio piblico, coletivo ou comunt € aqui definido como qualquer beneficio que se for consumido por qualquer pessoa X,em um grupo X), ou Xp ms Xy no pode Viavelmente ser negado aos outros membros desse grupo”. Em outras palavras ia diferenga fundamental esse aspeo[_] A estarura de interases¢ 8 conjumura Seria ditntas {05 meios de ut por interssesseriam outros, mas ess ftor fundamental permaneceri oo peti emte quanto antes. E claro que & verdade que a atvidade econdmica fanaa em bases purstrente ideotégicas vsando o interesse de tercirs existe, Ma € ainda mals veidadeio ue 3 grande malo os homens nao age dessa manera, e& uma indugio do experigncias cones de que ces aso pen {azer isso ¢ nunca 0 frto(.". "Em uma economia de mercado, o interesse pela maxiniasee dos Dn“ seasaiamentea fora motiz de toda ative ecanic.” (Weber, pp. 319.320.) Talcott 11°" vio ainda mais longe a postata ue na soxicade homana a perme € "noes" emolvidas. Vet, desses autores, Eronmy an Soctery Be Xe. te ot $cusivese lctsivs 31 ests sing nfs importantes no presente comtexta. O primeito & que & majors oe evs ets okoto5 ss” se definida com rolag salgum grupo especiin Um be “eligi cateuns Sr ee oto grup de pessoas, outo benefci coletso diige-sea outta Bro: um pode favors > oatro 563 duns pessoas. Alem do mais, aguas beneicios Ho Beneficios coleivos pr < ._s de um detenminado grapa e 40 mesmo tempo heneficor rivados pra os membra® % 1" °0, porque algusindividvos podem ser imped 8 deste, lar daguclebeneffen tos no jon, Teme-se come exemplo uma patada, que € wm henetione ‘oletivo para todos agscles que viveh cm ediicior aloe coin fot visiilidade sob rte do desi ‘mas que parecer um beneficio privada\ghraaqucles ve 36 podesio vero desile se comprarem em ‘rads parg um tugaras aribancaiat segando panto & gue, uma ves defnido © gre pestnee terest filicadanaletiniciu de bevels coletivo wada aga. como va de Musgrave invseiade ‘de exctir deste beteticio os mscnidr=x em poteacal Essa ahondogem & wands pongue os bene. ios eoletives sbtidas =r {todos os tipas parecem ser de fal natreen que a exelusio oemaimente rio vit» <=1c."'da 1 ago de alguns beneliio cletiva €fsteamente passive! praticar 3 exctasto. ‘sro, no €necessrio que a exeluso sea teameamente 2 a4 4 CUE CE EE CEE EHEE EE | eccccce COCOCCOCOOOCOCOOCO COCO EOCOCECOEE EEE t LUMA TEORIA DOS GRUPOS SOCIAISE DAS ORGANIZAGOES aqueles que no pagam por nenium ds benefiiospbicas on coletivos de que [esata nab podem ser exclutdos ou impedidos de participa do Consum Tes.| ‘ez Beneficios, somo podem quando se trata de beneficios nlo-coletvos. Os estudiosas das finangas pablicas tm, contudo, negligenciado 0 fato de que a consecuedo de qualquer objetivo comum ox a satisfagao de qualquer in- teresse comum significa que unt beneficio piblico ou coleivo foi proporciona- do ao grupo”. O simples fato de urna meta ou propésito ser comunt a um grupo significa que ninguém no grupo fieard excluido do proveito ou satisfagio pro- porcionada por sua consccugao. Como 08 parégrafos iniciais deste capitulo ex- plicaram, quase todos os grupos e organizagées tém 0 propésito de servir acs in- teresses comuns de seus membros] Como diz R. M. Maclver: “As pessoas [.--] tém interesses comuns no mesmo gray em que participam de uma cause (.-1 que (08 de mance Unde indivisivel™. & da propria esséncia da organ eralizado, Segue-se que @| rovimento de beneficios piblicos ou colctives & a fungio fundamental das or iamposivel: basta que sje invidvel ou antieconBimiea. Head também mostrou muito elramente que 2 iimposibildade de exclisia € somente wry dos dos elementos bisios na nog iradicional de bene= fico pibico.O outro, asinsla ele, € 4 “patlnaiidnd dos garhesproporcionados pelo beneico" ‘Um beneicio tem "pitihabildade” sea torso dsponivel para wm adividao signi que ele ode Ser Tacit on livremente said pars outros também. O caso extrem de parilabilidade sera o bene Fico pablico puro de Saimvelon, om benefice de ta natueza que o consumo adcional por um n= ideo udo divinai a quantiade depontvel pra os oats. Peta defniga usada aqui a parabili fie aio ¢ um suibuionecessiio do bensTiciophlico, Com este mesmo captulo mestaré ms ad tne, pelo menos um tipo de beacfciocoletve consderado aqui edo ene pariabilidadealgums, {poucos dees se house gum, tim ogra de patinabldadeneeessrio para se qualieaem como benefcio public pare. No obstante, a maiors dos benefcios eottivos seem estas nese ta bilo exibem urna graede dose de pontiaildade, Para una discuss sabe a dfinigio ea impor tela dos beeficios pabliccs, ver: John G, Head "Public Goods and Publi Policy" Public Foance, vol XVI w 3. 1962, 9p. 197-219, Richard Masgysve, Te Theory of Peblic Fiaane, New York, MeCiraw- Hill 1959: Pal A. Samuclon, “The Pute Theory af Public Expenditure”, "Diagrammatic Exposition ofa Theory of Public Expenaiute™ « “Aspects of Public Expenditure Theos”, Review of Eeonconies and Staite, XXXN1, BOX. 1984 pp. 387-380; XXXVI, now 1955, pp. 350-356 e XL. tiv 1958, pp. 332-478. Para opines diferentes sobre wildade do concito de benefice publica ‘er Jalivs Margolis, “A Conmeat on the Pure Theory of Public Expenditure”, Review of Eemorsies Land Statistics, XXXVM, a0, 1988, pp. 347-349, e Gerhard Coim, “Theory of Public Expenditures" ‘Anmats ofthe American Academy of Pura ond Sociel Science, CLXXXMI, jn. 1936, 9p. IV 22, Nao hi nenbura necessiade de uc um beneffcio pablico pas um determinad grupo seje nessa Fiamente do itcresee da soiedade como ur te. Assim como um taf poteia ser um benfico piblico para osctorindasnal que lato pore, arog da arifapodeia ser un benefciopablico fora aqueles que consomem 0 prodoto daquele stor Iso ¢ igualmente verdadciro quando o conceit Se teneficiopblico ¢epliad a yovermos, & que um gast ilies, ov wma taf, ou ums resto 8 igeagzo que seria benefcivs publicos pare um pais poderiam sex “malice piblicos” para 0 als prejudiss &sociedade mundial como um todo, 23, RIM. Moclse, em Enyelopaetia ofthe Sova Selenes, pit, VO. 187 ” BEES eee eee ee a aia araaaaaaiaatss! ‘A LOGICA DAAGAO COLETWA ce anizages em geral, Um Estado ¢ antes de mais nada uma organizagdo que pro- ¥é beneficios publics para scus membros, os eidadios. Similarmente, eutros tipos de organizagées provéem beneficios pablicos para seus membros, E.assim como um Estado ndo pode se sustentar com contribuigses voluntj- ut vendendo seus servigos basicos no meTCRIG, Tampouco nenhuma outra Brande organizacso pode se sustentar sem oferecer algum tipo de apoio ou atra- tivo distinto do beneficio pablico em gue Incentive or Individios wdc, SFEATCORTD Ohus de manter 3 30.10 ind WTHIG membro da grande or Sanizagdo pica calf em amma posigao andloga & da empresa em um mercado per- ilamente competitive, ou & do contibuinte em um Estado: seus esforgos indi Viduais no terdo um efeito sensfvel sobre a situagao de sua organizagho. ¢ a oderd desfrutar de quaisquer Vaniagens obtidas pelos outros quer renha au ni c6laborado com 9 gtupo. 420 hd aqui nenhuma insinuagio de que os estados ouroutras onganizagdes Proporcionem somente beneficios piblicos ou coletives, Com frequéncia os go- vemos fornecem beneficios nio-coletivos, como, por exemplo, a energia eléirr 4 qe Ceces & © stale vendon iss Feist mevedo do pees nencae as empress privadasofariam. Alem do mats cone ete cami enn ee : soar nara aflacto compustsiage vem proporcionar também alous benefcas niodiains here seus membros em potencial a se afiliarem a elas. Os beneficios coletivos sao be- comuns sempre podem ser alcangados através da ago individual, ¢ somente ‘quando ha propésitos comuns ou beneficios coletivos em jogo a organizagao ou -a¢%0 grupal se faz indispensdvel™, CCC E «A Teoria Tradicional dos Grupos Sociais oes Existe uma teoria tradicional do compovtamento grupal que parte implici- tamente da premissa de que os grupos privados e as associagdes operam de acor. do com principios completamente diferentes daqueles que governam os relacio nariientos entre as empresas iuintes ¢ “"weoria dos grupos sociais” parece ser uma das maiores preocupagdes de muitos COE 2% eso ado signifies. conta. cue aa gaps organizad om coordenada ej sempre acessia pars 58 otter um benefcincoetivo. Ver neste eapitulo “Grapes Paquonce= COCOE COCOCOCOCOCOOCOCOCOCOOOCCOOCOCOCOOCOOOCCOCE CECE OCEOCEEEE LUMA TEORIA DOS GRUPOS SOCIAKS E DAS ORGAMIZAGOES cientistas politicos nos Estados Unidos, bem como uma preocupagio de primei- 1a grandeza de muitos socidlogos € psicélogos sociais®. A teoria tradicional dos ‘grupos sociais, como tantas outras teorias, foi desenvolvida por diferentes auto- res com pontos de vista varidveis, e hi portanto uma inevitdvel injustiga em qual- quer tentativa de dar um tratamento comum a essas diferentes visdes, Contudo, ‘0 varios expoentes do entendimento tradicional da questo dos grupos tém de fato uma conexio comum com a argumentagao desenvolvida no presente estu- de uma maneira vaga ¢ algo licenciosa de a 1. desde que seja tragada uma distinglo entre as duas variantes basicas dessa teoria: a variante informal e a variante formal. Na fia VSR TATOMED visdo tradicional acredita que as organizagdes privadas ¢ os grupos sio fenémenos onipresentes na sociedade humana e que essa onipresenga se deve a uma fundamental propensio da espécie. a formar as- sociacdes‘ou se unir aelas. Como diz 0 famoso filésofo politico italiano Gaetano Mosca, os homens tém um “instinto” para “se unit em rebanho ¢ lutar com ou: tros rebanhos”. Esse “instinto” também "est na raiz. da formagao de todas as divisdes e subdivisdes [..J que se erguem dentro de uma determinada sociedade « ocasionam conflitos morais € algumas vezes fisicos"™. Aristoteles pode ter tido algum instinto gregdrio simitar em mente quando disse que o homem € por na~ tureza um animal politico”. O carater onipresente e inevitivel da afiliagio grupal foi ressaltado na Alemanha por Georg Simmel em um dos classicos da lit +a sociolégica”, e nos Estados Unidos por Arthur Bentley em um dos trabalhos mais conhecidos da ciéncia politica. Com freqiéncia se considera que essa ten- <éncia ou propensio universal & unio em grupos atingiv seu mais alto grau de intensidade justamente nos Estudos Unidos”. 25, Para uma discusso sobre 2 impontinci de “rapes” ae vatos pase ramznhos na evia plc, ver Yerba, Small Groups and Pltical Behavior op. eta Taman, The Governnental Process, op. ct € Bentley, The Process of Goverament. op. i. Para exemple da tipo de pesauists¢ tears Sobre 0S _Tupos socns as Seas cd priologia socal ed sovilagn, ver Cartwright & Zander, Grp Dani, Hare, Borgats & Bales, Saal Goa 26, The Ruling Clase, New York, McGraw Hil, 1939, p. 163 27, Raltigg 2.9.125}a, Muito outros também enfalzaram a propensio humana 3 format grupos: ver Coyle, Socal Process in Organized Groups, Robert Lomie, Stal Organization, New Yar, Rinehart & Co, 1948; Truman, especiaimente pp. 1-83. 28 Georg Simmel, Conflict andthe Web of Group Afliations, tad am. Kart WoT & Reinhard Ben Gencoe I, Fee Pres. 1980 29, Bentley The Process of Goserntent. pe "yin Ainerica, New York, New American Library 1956, p. 198: James Bryce, Te American Covmnonitealth, «ed, New York. Macmilin, 1910, pp. 281-282: Chases & Beard & Mary Revd, The Rive ofinerican Civitzaion New York, Macwillan, 1989, pp. 761-762; «Daniel Bell, Po End of leony, Glens, I, Fee Press, 1960, especialmente p30 A LAGICA ba acho coveriva A(Saaie Tl a visio wadicional amb enfatiza a univerahdade {dos grupos, mas néo toma como ponto de partida nenhum “instinto "ou “tendén- cutA.unis gpl onde diay Leung a Sten grap aula emo am apts de aoa a fata de que os “ars rian ™CeupGe Wo pena a espa de um elo faceaface com on demain caren hee ve mere co em geal, pedominsm nas socledadesumanen Crane en Se sons" bemabio gue om un sedate oe hd ee ne ® atentesco “domina" a estratura social: hd poueas estuturas concretas em que @ participa s¢ja independente do status de Parentesco”™?, Assim, nessas socie- Gade, somente a fafa ov 0s arose ene epee ss donna, RM. Maer gwerer sus endmene dane aera pec ofthe Socal Science. "S00 Conlsiee as one 2 expresso socal dos neretes fedora even ae ns Sei ou late, grupos de dae de prentco de vanhone eons de est ‘nao constituidas em organizacdo ou livremente organizadas”™, Sob condigdes Soeaia Se aetna cdl uate eee pont tinea cia ae ne Mat ~scmarm esses eicasrvine ~ A neil que a stidae ve de Senvolve ocome uma diferenciagio estrutural: novas assoclaQues emeigem : scum alguns es fs it anstmmeas teers ee redid Gue a fangs ocak sone oo ae ami" sx sociedad decinavam alguns tee pone aaa 2m 08 acanguam um ave eintrapo gue uaa elem oe aaa primarios”™. Diz Parsons: E evidente que mas sociedades mais “avangadas” um papel muito msiar & desempe- ‘ado por estruturas nio-familiares. como Fstados, igsejas, grandes empress, universida 34. Chars H. Cooley, Sorat Organon, New Vr Carles Seba’ Sons, 1909, p23, George” Homans, Te Human Grogp, New Yor, Harcout, Brace 1950, pI. Vetta, Small Grupa ent Pea Behaviour, op. et, pp. 1Ie1G 32 Talcott Parsons. Robert F Bales, Family, Glencoe, ree Press, 1985, p 9; ver também Taleoet Parsons, Robert F Bales & Edward A, Shils, Working Ppersin the Theory ofAcitn, Gleseoe Il hee Pret, 1953, 38 Mocive, Enyelopata f the Soil Steaces, pit, I pp. 4-148, epecalientep. (47. Ver também Truman, p25 24 Taman, ei Bp 35:36; ver tab tit Chapple & Caton Coos, Priciples of Anthro New York. Henry Hol, 1942, pp. 443-462, tec? 4 COCO CCC EEEE CEOCEOCEEEECEL EE eee ‘ CO COOCOCOCOCOOCOOO OOOO MEE ‘UMA TEORIA DOS GRUIPOS SOCTAIS E DAS ORGANIZAGOES des © associagDes profissionas (J © processo pelo qual unidades nip familiares assumem ‘um posto de primeira importancia na estrutura social envolve inevitavelmente uma “perda de Fungo” da parte de algumas ou mesma de todas as unidades fundadas em lagos de pa Se isso é verdade, © se. como diz Maclver, “a mais marcada distingo es- trutural entre uma sociedade primitiva © uma soviedade CITE : e_associagOes espectficas na pilmeTra© SU THUTUPTCTSGIE Te ; sentido, um equivalente do pequeno grupo na sociedade primitiva € que a gran- de associago moderna e © pequeno grupo primitivo devem ser explicados a luz de uma mesma origem ou causa fundamental”, (Qual seria entio a origem ou causa fundamental comam dos pequenos gru 0s primérios das sociedades primitivas e das grandes associagBes voluntérias dos tempos modernos? Isso € algo que os defensores da variante formal da teo- ria tradicional dos grupos socisis deixaram implicito, mas no claro. Poderia- mos supor que a resposta seria “instinto” ov “tendéncia” para formar asso ciagdes e se unira elas, nogio que € a marca registada da variante informal da teoria, Essa disposigo para formar e se unir a grupos se manifestaia, portan to, nos pequenos grupos familiares e de parentesco das sociedades primitivas e nas grandes associagies voluntirias das sociedades modernas. No entanto, essa inerpretagdo seria provavelmente injusta para com muitos dos tedricos que as: sinam a variante formal da teoria tradicional, posto que muitos deles, sem di- vida, ndo endossariam nenhuma teoria beseada em “instntos” ou "propensdes™ les tém consciéncia de que na verdade nenhum esclarecimento esta sendo pro- porcionado quando se afirma que a formagdo de associagdes ou a afliagdo a 45, Parsons & Bates p. 9. Ver também Bernard Barbe, “Petcpation and Mase Apathy in Associations", em Alvin W. Goulec (org), Sadist Leadership, New York, Harper, 1950, p. 477505. Nell) Smeset, Soial Change it the Industrial Revolution, London, Routledge & Kegan Paul, 1959. 36, Maclver, Eyetopadia of te Sovial Sciences, op et, WI, pp, 144-148, expscaleae p. M7. Vee também Lovis Wirt, "Urbanism 25a Way of Life", American Journal of Secilagy, XLI. jul 1938, £9.20, Waller Fee, "Coalition ana Schism n+ Regiorat Consersation Progtan’. Hanson Orgenicatin, XV, inverno de 1957, pp. 17-20; Herbert Goldhamer, “Social Clubs", et Seba Eldiége (or Development of Collective Enterprise, Lawseuce, Univeity oF Kansas Press 195, p. 163 37. Para uma inerpreiago diferente do fendmena da artoiagdo voluntiin, ver Oliver Garceau, The Paltical Life ofthe American MedielAssoviation, Cambridge, Hard Unversity ress, 1981p "Com o advento da intervensao do contcl= polices, pariularmente sobre a economia torvoa-e evidente que 2 elsboragdo de politiess govereamenais 0 podera ficarconfinads 4s was ov 4 legistaura Para preencher acura, 0 grapa volanro fo esgtada ao somenie peo individ que Se seniasozinko, coma também pelo pave, que ze senta ignorant i ALGICA DA AKO COLETA clas te deve au “istno" de peneacer, pois iso oerece apenas wna pal vs fo ume. Quer ahi poe rnp amp tse ds inns ou ropenses pra format grupos ese unr ase or ese Uda, ko qual podria sats vgn don efprsete srupee creo Ss, nese Featean, ofan ara tana? Prowl las vin das fngbet que oo grupos ow ssocngber defense toes cone nhs pon destiponr, Nos sieddes pitino, os pequrnon wovon rec mils prevalceram pore eram mal adequdos (ou polo nenos cuter) para descmpenharcetasFngBes para» povo deste secednare Neo ciel des moderns, em conte pesime se gue petoninem te grandes eoeca ¢hes porque na conjuntra moderna a8 elas snpazes de deseripener (ov eto pss aps a desempenh) seria uses Ses o pvo dear erodes A escbsea ce peste eiackicig vom tailgate ce slicada pelo ato de que cla devempenha na detcrminads fer wie fsxee a uma demand, slcenca um objeto ou val 29 corona ca mec ae ~ para um grande nde de pessoas cut ox pemenos genes no rae liam destrapenac (ow no poderiam cesempenta tuo bom) netenconjene moderna. Essa.necessidude ov objetivo & um ineentwvo a formagao ¢ manuten e80 da associagdo voluntiia Kenmare der 4 guns formas - ry We universal © que os pequenos grupos © as grandes oreanizagies tendem a atair membros.pe las mesmas razdes.. variante informal da teoria tradicional pressupunha uma Propensio a pettencer a grupos sem tragar nenhuma distingo entre grupos de diferentes tamanhos. Embora a variante mais sofisticada da teoria tenha 0 met to de tragar uma distingao entre as fungdes que podem ser mais bem cumpridas Por pequenos grupos e as que podem ser mais bem cumpridas por grandes asso- ciagdes, ela pressupde contudo que, quando houver necessidade de uma grande associagio, uma grande associagio provavelmente emergird e atrairsé membros, €, da mesma forma, um pequeno grupo emergiré quando houver necessidade de lum pequeno grupo. Portanto, ainda que a teoria tradicional trac ‘lo_entre grupos pequenos e grandes, aparentemente ela o, faz, tendo em vista a escala das fangGes que Blas WeseMMpENham, c no a extensao do éxito que eles teriaifi © desempenhar essas fungdes ou sua capacidade de atvair membros. Ela Parte do principio de que os grupos pequenos e grandes diferem em gray, mis do em tipo. iguma distin- | ‘ Coes ee eee CH COOCCECA | ‘UMA TEORIA DOS GRUPOS SOCIAIS£ DAS ORGANIZACOES Mas sera isso verdadeiro? Seré que grupos pequenos, primérios, e grandes associagdes atraem membros da mesma forma, sera que tém praticamente 0 mes- mo 1 de eficincia no desempenho de suas fungies e diferem somente em tamanho, mas’ndo em sua natureza essencial? Esca teoria tradicional 6 coloca- da em dévida pela pesquisa empirica, que mostra que, ipicamente, o home me dio ma verdade no pertence a grandes associagées yoluntérias e que a alegagao de que 0 note-americano tipico & um “grupista” & em grande parte um mi Portanto, pode valer 9 pena perguntar se € realmente certo que nao hd nenhuma telagio entre o tamanho de um grupo e sua congruéncia, ou sua eficiéncia, oo Seu apeto para potenciais membros, ¢ se no haveria alguma relago entre 0 ta- manho do grupo e os incentives individuais para contribuir na consecudo de metas grupas. Para que a teoria dos grupos sociais tradicional possa ser adequa- ddamente avaliada, hd algumas questées que t&m de ser respondidas. E preciso Saber, nas palavzas do sociélogo alemso Georg Simmel, “qual o comportemen to que 0 conjunto dos afiliados tem sob a forma de vida social". Um obsticulo evidente a qualquer argumentayio que sustente que grupos grandes e pequenos operam com base em prineipios fundamentalmente diferen te3 €0 fata, enfatizado antes, de que qualquer grupo ou oxganizagao, grande ‘04 pequeno, trbalha por algum beneficio eoletiva que p favorecerd a todos.08 membros do grupo ém questo bros do grupo tenham consequentemente um interesse comum em aleangar esse beneficio coletivo, eles nia ts es%e comum no que toca a pager 0 cysto do provimento desse benefcio caletivo. Cada membro preferitia que oF Joutros pagassem todo © custo sozinhos, e por via de regra desfrutariam de qual [quer vantagem provida quer tivessem ou nio arcado com uma patie do custo. Se essa & uma caracteris tea fundamental de todos os grupos ou organi: com objetivos econdmicos. parcceria improvavel que as grandes organizacdes fossem muito diferentes das ‘© que houvesse alguma razio para que um servigo coletivo fosse proporcionado mais facilmente a um grupo pequeno. do-que-s-um grande, Mesmo assim, ndo ltd como evitar a sensagdo intuitiva de ‘3. Murray Hausknecht, The Joiners A Soviologial Description of Voluntary Assoriation Membership ‘he United Sates, New York, Bedminster Press, 1962; Mira Komaravsky, “The Voluntary Assoeaies ‘of Urban Dwele", American Soviolagial Review, XI, de. 1946, pp, 686.498; Flay Ootzon,“Patns of Voluntary Membership Among Working Case Families". American Soiologeal Review, XV, ot 1951, p, 687 Jona C. Scot Jr. "Membership and Patcipasion sa Voluntary Associations, Amer an Sovitosiel Review, XXM, um. 1987, p 313. 39. Georg Simmel, Te Sociolagy of Georg Sune, sd 2m. Kut Wolf, Glencoe ML Fre Pes, | pst 0, 2 CO COCOCOCCOCOCOCOCOOOCOOTCOCOCOCOCOTCOOCE CE CE EO OCOECOCOCEE A Waics oA agio coLera que algumas vezes grupos adequadamente pequenos se provéem de beneficios Pablicos. Essa questto nao pode ser respondida satisfatoriamente sem um estudo dos ustos € beneficios dos cursos de ago alternativos dispontveis para 05 membros a oa GUenos", desenvolve esse estudo. Por sua natureza, essa questo exige a uiliza «20 de algumas ferramentas da andlise econdmica. A proxima parte contém uma Pequena dose de matemtica que, embora extremamente rudimentar, naturalmen- te poderd parecer obscura a leitores que nunca estudaram o assunto. Além dis 50, alguns pontos referem-se a grupos de mercado oligopolistas, c essas referen- cias a oligopslios provavelmente s6 interessario aos economistas, Portanto, para proveito daqueles que quiserem pular 0 grosso da préxima parte, 0s pontos mais importantes da mesma sero explicados de maneira plaustvel e compreensivel intuitivamente, embora algo vaga e imprecisa, no “Suntério Nao-téenico” 4. Grupos Pequenos A dificuldade de analisar a relagao entre o tamanho do grupo e 0 compor- tamento do individuo no grupo se deve em parte ao fato de que cada individuo em_um determinado grupo pode conferie um valor diferente a0 beteticio um determinado grupo pode confer u co almejado por seu grupo, Além disso, cali grupo Tmleressado em um benef Gio pablico Enfrenta ume Fungao-custoMistinta, Um ponto que permanecerd vi ido em todos as casos, contudo, € que a funcii otal serd ascendente, pois 05 beneficios coletivos sao com certeza parecidos com os beneficios ndo-coleti- vos na peculiaridade de que guanto mais se abtiver do beneficio, mais altos se~ Fo 0s cusios totais. Sem divida sera também verdadeiro em virtualmente todos fs casos que haverd custos iniciais ou fixos significativas. Algumas vezes, um _grupo tem de constituir uma organizaglo formal para poder lutar pela obtengo de um beneficio coletivo, « 0 custo de monar uma organizagto implica que a Primeira unidade do beneficio coletive obtido serd relativamente alto. Mesmo quando nenhuma organizagao ou coordenagio € necessaria, a morosidade ou outras caracteristicas téenicas dos beneficios pliblicos em si garantirlo que a primeira unidade de um beneficio coletivo seja desproporcionalmente cara. Qual- quer organizagio logo descobrirs também que, & medida que sua demanda pelo bencficio cresce além de um certo ponto e comega a ser considerada va", a resisiéncia e consequientemente © custo de unidades adicionais do bene cio coletivo sobem desproporcionalmente Em poucas pulavras, @ custo (C} sera ” CCH CEEOEE EEE CEH EEE EEE COCCEECHE EEE 1 CE 4 a7 fed Jagan ‘Bile - 321%. 2040 “g ie 2eves ‘ 9 a le COCOCOCOOOCOOOCOOCOOOCOOOOO OOOO OOOO EEE EE | ‘UMA TEORIA DOS GRUPOS SOCIAIS E DAS ORGANIZACOES luma fungao da taxa ou nivel (7) de obtengio do beneficio coletiva (C= fiT), € a8 curvas de custo médio terao a forma convencional de U. {Um ponto fica imediatamente Sbvio, Se uma determinada quantidade de wim beneficio coletivo puder ser obtida a um custo suficient a ~sio-3S vantagens que- acd. ponto de uma pessoa sozinha do grupo em ques- ‘Go sair ganhando, mesmo que tenha de arcar sozinha com esse custo, enti hi uma boa probabilidade de que o beneficio coletivo seja proporcionada. Isso ‘sige THTGia que o ganko toil Seva a grande com elgho wo cuto al aue he G40 de umn nico inivuo na patho benetco oletivo js superash euro tal de sua cbrengto Cada individuo obterd uma determinada frago do ganho total do grupo, Parte essa que dependerd do ndmero de integrantes do grupo e do quanto o in- dividuo seré favorecido com esse beneficio em celagio aos outros membros do ‘grupo. O ganho total do grupo dependerd da taxa ou nivel de obtencao do bene- ficio coletivo (1) ¢ do “tamanho” do grupo (S,), sendo que 0 “tamanho” depen- de ndo somente do niimero de individuos do grupo mas também do valor que uma Lunidade do beneficio coletivo tem para cada individuo no grupo. Iss0 poderia ser itustrado com muita simplicidade tomando-se como exemplo hipotético urn grupo de proprietirios de iméveis fazendo lobby para conseguir uma redugo nos im- Postos imobilidrios. O ganho total do grupo dependeria do “tammanho" (S,) do grupo, isto €, do valor total estimado de todas as propriedades dos membros do ‘grupo juntas, ¢ da taxa ou nivel (7) de reducao do imposto obtida para cada dé tar da quantia total definida na estimativa do valor total das proptiedades. O ganho individual para cada membro do grupo dependeria da “irago” (F,) que Ihe caberia do ganho total do grupo. © garho do grupo (S,7) também pode ser chamado de V, ~ valor para 0 grupo — € © ganho pata o individuo de V, ~ valor para individuo, A “fragdo” (F)) setia eno igual a V/V, 0 ganko para o individu seria FS,7. A vanta- gem (A) que qualquer individuo / teria obtendo qualquer quantidade do beneff- cio coletivo ou grupal seria o ganho do individuo menos 0 custo (C) © que 0 grupo faré dependers do que os individuos desse grupo fizerem, ¢ © que os individuos fardo dependersi das vantagens relativas que hes oferece- Flo 0s cursos de agdo alternativos. Portanto, © primteiro passo, agora que as va riantes pertinentes foram isoladas, € considerar o yanho ow a perda individual com a aquisigao de quantidades diferentes do benef 1 da maneira como a vantagem do individuo (A, ‘mudangas em T, isto é, er io coletivo. Isso depende- V, - C) mudaré conforme as coat A LO0ICA Da acho coveTWA dA /dT = dV/aT ~ ACHAT. Para um méximo, dA/dT = O". Ja que V, = FS,1,€ F,e S,sdo, de momento, * constantes pressupostas"!, dE SIVA - ACT = 0 FS, - dClaT = 0. Isso mostra a quantidade do beneficio coletivo que um individuo, agindo independentemente, adquiriria, se conseguisse adquiit alguma quantidade, Esse resultado pode ter um significado geral, de senso comum, Desde que 0 nivel 6ti- mo de obtengio do beneficio seja atingide quando dA/dT = dV,/dT - dCidT = 0 e desde que dV /dT = F(dV,/dT) FdV,/dT) - dCMdT = 0 FAV, aT) = ACHAT. Isso significa que a quantidade 6tima de um beneficio coletivo a ser obtida por um individuo, se cle conseguir obter alguma quantidade, é atingida quando a taxa de ganho do grupo multiplicada pela fragio do ganko grupal que o individuo ‘obtém iguala a taxa de crescimento do custo total do beneficio coletivo. Em ou tras palavras, a taxa de ganho grupal (dV, /AT) deve exceder a taxa de creseimen- to do custo (4C/dT) pelo mesmo miltiplo que 0 ganko do grapo excede o ganho do individuo envolvido (I/F, = V,V)". Mas 0 que mais importa aqui nao € que quantidade do beneficio coletivo seré proporcionada, se é que alguma quantidade serd proporcionada, ¢ sim sc al- ‘puma quantidade do beneficio coletivo sera proporcionada. E esta claro que no 40. As condigdes de segunda ordem pra um mximo também dever ser precchias, isto € a4, <0 441, Em casos em que F,¢S,ndo sho constante, c milena 36d quando AES Iyer scitt = 3 BS, LEMS 1) + STP AT) dC 42, A’mesma conctusto poeria Ser dedyzdaenfacando se &atengio nas fue de cust €beneticic do individu islado,desprezando os gino tts do grupo. Mas iso dessiari a ateng30 do objewso ‘Principal da anise, que € estar 3 relagto entre aman do grupo es prababilidade qu el tert {Ge obter 9 hereicio caletivo eee? COCCECECCCCCE EOE OE COLES CO COOCOCCOOCOOCOOCOOOOOCEOE ECO COCO MOE OEEE LUMA TEORIA DOS GRUPOS SOCIAIS F DAS ORGANIZACOES nivel timo para o individuo que age independentemente o beneficio coletivo ou grupal ser presumivelmente provide se F, > C/V, Porque se Foy, VV, > CM, entio Vi>e Porianto, se F, > C/V,.0 ganho pars o individuo que se empenhar para que seja, provido 0 beneficio coletivo excederé o custo. Isso significa que hi uma presun gto de que o beneticio coletivo ser provide se seu custo for, no ponto dtimo de | dobtengao do beneficio para qualquer individuo do grupo, to pequeno em rela- | {0 a0 ganho do grupo como um todo com esse mesmo beneficio coletivo que © ganho (otal exceda o custo total por tanto ou mais do que o ganho grupal exce- de 0 ganho individual. Em sintese, porlanto, a regra & que hé uma presungdo de que o beneficio coletivo sera provido se, quando os ganhos do grupo com esse beneficio coleti- vo estiverem crescendo a I/F, vezes a taxa de crescimento do custo total do pro- vimento desse benelicio (isto é. quando dV,/aT = I/F(dC/dT)), 0 beneficio to- tal para o grupo for um miltiplo maior do custo desse beneficio do que os ganhos do grupo sao dos ganhos do individuo em questio (isto &, V,/C > V/V) O rau de generalidade da idgia bésiea do modelo acima pode ser ilust do aplicando-o a um grupo de empresas de um determinado mercado. Tome-se ‘um setor industrial com um produto homogeneo e suponha-se que as empresas, desse setor almejem intdependentemente aumentar seus Iueros. Para maior sim plicidade, suponta-se também que o custo marginal de produgio Soja zero. A fim de evitar a introdugio de novos sfmbolos grificos € de evidenciar a aplicabilidade dda andlise acima, estabelegamos que T agora se refere a prego, S, 20 volume fi sico das vendas do grupo ou setor industrial ¢ S, a0 tamanho ou volume fisico das vendas de uma determinada empresa i. F; ainda indica a “fragio™ do total correspondente a determinada empresa ou membro do grupo (indica agora a fra~ {80 das vendas (otais do setor ou geupo que cabem & empresa i em um determi- nado momento: F, = $/S,). 0 prego, T, afetart a quantidade vendida pelo setor industrial em uma extensao dada pela elasticidade da demanda, E. A elasticida Ge E = -TIS,(dS,/dT), € disse se segue uma itil equaco para a inclinagio da A tO9ICA Da ago CoLETIA Curva de demanda (d8,/4T): dS,/aT = -ES,/T. Sem custos de produsio, 0 ponto timo de produgdo para uma empresa se dard quando AAMT = aSTVAT = 0 S,+ Mas /aT) = 0 FS, + Tid /aT) = 0. Aqui, presumindo-se que a empresa age independentemente, ou seja a nenhuma reagio da parte das outras empresas, dS, = d5,, portanto FS, + 10dS /€7) = 0 desde que dS,/dT = -ES./7, FS,~ NEST) =0 SPE 180 36 pode acontecer quando F, = E. Somente quando a clasticidade da dlemanda para o sctor industrial for menor ou igual & fragio da produgo total dio setor correspondente a uma empresa em particular, essa mesma empresa tend algum incentivo para restringir sua produgdo. Uma empresa gue estiver tentan do deci Se festringird ou no sua produgao d fim de obter um preco mais alto ted Compara o casio, O7 perda da produgio, previsto ante on gan obter com o “beneficio coletivo": 0 prego mais alto. A elasticidade da demands serd a thedida, Se for TeUaT aE eso significa que a elasticidade da demanda do setor industrial € igual & parcela da produgio do setor cortespondente em. Presa em questio, Sea clasticidade da demanda for, digamos, 1/4. isso signifiea ue uma redusdo de 19% na produgio tard 4% de aumento de prego, 0 que torna evidente que, se determinada empresa tem um quarto da produgio total do sviey industria, ela deveria parar de aumentar sua produgdo ou restringi-la, Se hou ‘esse, digamos, mil empresas do mesmo tamanho operando em um determined Setor industrial, « elasticidade da demanda para o produto desse seior tris de Ser 1/1000, ow menos, para que se tomnasse necesséria qualquer contengdo de Produgao. Portato, no hé equilfrie de hucros em qualquer stor industrial que Conte com um nimero muito grande de empresas. Quando, 3 medida que mais T (© prego mais alt) é provido, a taxa de erescimento dos ganhos do grupo torem iF vezes to grande quanto a taxa a que os custos totais de retro de produ. $¥o sumentam, uma empresa que almeje um aumento de lucros comegard por * que poder Cee ere Perera rege acer ever rea ee rae COECCECEOCEEEE COCOCOCOCOOCCOOCOCOCOCCECOCOCCOCECCEECE CECE EEE EEECE LUMA TEORIA DOS GRUPOS SOCIAIS E DAS ORGANIZACOES restringir sua produgio, isto & comecaré agindo de maneira coerente com os interesses do setor industrial como um todo. E 0 mesmo critério de comporta- mento grupal usado no caso mais genético explicado anteriormente. Essa andlise de um determinado mercado € idéntica & de Cournot®. O que niio é surpreendente, visto que a teoria de Cournot é em essénci cial de uma teoria mais geral sobre a relago entre os interesses de um membro de determinado grupo e os interesses do grupo como um todo. A teoria de Cournot pode ser encarada como um caso especial da andlise aqui desenvolvi da. A solugio de Cournot leva portanto & conclusio de senso comum de que uma empresa agiré para manter alto o prego do produto que seu setor industrial ven de somente quando o custo total de manter esse prego alto néo for maior do que sua parte do ganho que 0 setor obteré com esse prego alto. A teoria de Cournot 6. assim como a anélise da ago grupal fora de um contexto de mercado, uma tum caso espe- “teoria que questiona quando seria do interesse de uma unidade individual dé um, grupo agir pelo interesse do. grupo como um todo, fa um ponto em que 0 caso de Cournot é mais simples do que a situagio do grupo fora do contexto de mercado, principal objeto deste estudo, Quando um grupo visa a um beneficio coletivo corriqueiro, ao invés de um prego mais alto através de uma contengio de produgao, ele logo descobre, como se mostrou no pardgrafo inicial desta parte, que a primeira unidade do beneficio coletivo obti da serd mais cara em si do que algumas unidades subsequentes do mesmo bene: icio. Isso se deve A morosidade € outras caracteristicas técnicas dos beneficios coletivos e também ao fato de que algumas vezes pode ser necessério moniar uma organizagio para obter o deneficio coletivo. Isso chama a atengdo para 0 fato de que hi duas questées distiatas que um individuo em um grupo fora do contexto de mercado deve considerar. Uma é se o ganho total que ele obterd com © provimento de determinada quantidade do beneficio coletivo excederé 0 cus- to total dessa quantidade de heneficio coletivo. A outra questi € a de saber que quantidade do beneficio coletivo ele deveré prover, se alguma quantidade for pro- vida, © a resposta depende, claro, da relagao entre custos © ganhos marginals, mais do que totais. Similarmente, hé também duas questdes distintas sobre 0 grupo como um todo que precisam ser respondidas. Nio € suticiente saber se um grupo pequeno ‘conseguird prover-se de um beneffcio cotetivo ou ndo. E também necessirio de terminar se a quantidade do beneficio coletivo que o grupo ira obter, se obtiver 43, Avastin Coumot, Researies ino the Matheratical Priasiples ofthe They of Wealth rad. am Rathaniet Bacon. New York, Macmillan, 1897, especialmente o Cap. vi pp. 79-90, A LOGICA DAAGAO CoLETIVA aleum, tenderd a ser um “otimo de Pareto” para 0 grupo como um todo. Ou seja: Ser timo o nivel de ganho total com relagio as necessidades do grupo comme tum todo? A quantidade 6tima de um beneficio coletivo para um grupo como um todo, se ele obtiver alguma quantidade, seria dada quando 0 ganho do grupo es tivesse crescendo na mesma taxa que 0 custo do beneficio coletvo, isto €, quan- do dV,/aT = dCI4T. Dado que, como foi demonstrado acima, cada individuo do Brupo teria um incentivo para se prover mais do beneticio coletivo até F(dV,/a7 = ACU, ¢ dado que ZF; = 1, poderia parecer & primeica vista que a soma do que 08 individuos, agindo independentemente, proveriam ira bater com o ponto ot. ‘mo para 0 grupo, Pareceria também que, assim, cada individuo do grupo estaia arcando com uma fragdo, F, do Onus total. de maneira que o custo do provimen. {0 do beneficio coletivo estaria sendo compartithado de maneira “correte" no sentido de que seria compartido na mesma proporeo que os beneticios, Mas no é 0 que acontece. Geralmente, a quantidade de beneficio coletivo Provida serd surpreendentemente substima, e a partilha do Gnus seré surpreen denfemenie arbitréria. Isso ocorre porque a quantidade x de beneficio coletivo {ue cada individuo obtém pata si id também automaticamente para os outvos Fat palit da mesma definigao de beneficio coletive que um membro no pode excluir os outros membros do grupo das vantagens trazidas pela quentidade x de beneficio publico de que ele se proveu". Isso significa que ninguém no grupo terd um incentivo independente para prover qualquer quantidade do beneticio oy Ictivo uma vez que a quantidade que seria adquirida’pelo individuo com 0 mai or F, do grupo jd estivesse disponivel. Isso sugere que, assim como hd uma ten Géncia a que os grupos grandes mio consigam prover-se de quantidade aleuma de beneficio coletivo, hd nos grupos pequenos una tendéncia a un proviments do beneficio coletivo abaixo do nivel étimo para o grupo camo um todo. Esen Subotimidade sera tanto mais grave quanto menor for 0 F, do “maior” individuo do grupo. Jd que quanto maior o nimero de membros do grupo, no mais nih. vendo diferengas, menores serao as F,, segue-se que quanto mais individuus hhowver no grupo, mais grave sera a subotimidade. Fica cla, portanto, que os ‘4 No reso desta pat sr conveniente it spor gue todos os membros do grupo recehem mesma _Hantade do benelicio pio. Na verdad, €isso que ocote sempre que obeneicks colette ta, REsRo iblico pao", no sentido da desinigio de Samuclon. Esa saposigage contd race isponive para os outs edagbes marginais a quanti at SPAT, of Oto, a conclstesqultntivs de que haver stbatimidiee parse desmeie 4 ae ‘ COCHTCEECE CECE Cece? ‘ COC OCOCOCOCCOCOCCOCOCOCOCE COE ECE CECT ECEEECT EE EE ‘UMA TEORIA DOS GRUPOS SOCIAIS E DAS ORGANIZACOES + grupos com mais membros geralmente desempenhardo com menos eficiéncia do ‘que 08 grupos com menos membros. io 6 suficiente, porém, considerar apenas 0 nimero de individuos ou uni- dades de um grupo, pois a F, de qualquer membro dependeré nao apenas de quanto membros hé no grupo como também do “tamanho" (S,) de cada membro toma do individuaimente, ou seja. a medida em que ele ser& beneficiado por um de- terminado nivel de provimento do beneficio coletivo. Um proprietério de vastas fazendas pouparé mais com uma determinada redugio de impostos sobre pro- priedades rurais do que 0 proprietirio de apenas uma modesta casa de campo, 2, no mais no havendo diferengas, teré um F, maior’, Um grupo composto por membros de S; desigual e, portanto, F; desiguat exibirs uma tendéncia menor & subotimidade (¢ ter mais probabilidade de prover-se de alguma quantidade de determinado beneffcio coletivo) do que um grupo, & parte essa caracteristica, idéntico porém composto por membros de tamanho igual. Considerando-se que ninguém tem incentivo para prover mais nenhuma quantidade do beneficio coletivo uma vez que 0 membro com o maior F, tenha obtido a quantidade que desejava, é também exato que em um grupo pequeno a paritha do dnus envolvido no provimento do beneficio coletivo néo sera proporcio- nal aos ganhos individuais trazidos pelo beneficio coletivo para cada membro do ‘grupo. O membro com o maior F, arcaré com uma parte desproporcional do énus". 45, As diferengas de tamanho tm podem ter aguima importaes em eaatextos &e mercado. Lina _rande empresa em um determinao meteado bts wa (ego maior do ganho wl para o sto com ‘qualquer prego mais ato do que uma empresa pequenae ter, potante aio inevntivo para resin irs prodesdo Iso sugere que a competgio de algunas povess grandes empresas no mio de st {as pequenas,contrariamente a algunas opnides, pode cont 2 na ma ulacagaa de recursos, Para uma visio diferente desta queso, ver Willard D. Atant, “The Competition of the Fea among. the Many", Quarery Journal of Economics, XXX, 929. 1956. pp. 327-345. 1 dscsszo no texto € demasiado breve e simples para fever total juga aXé mesmo a algumas das swags reas mais comuns. Naquele que €talvez oso mais comim, onde 9 beeficioeoleti nde uma grafico em dineire a cada memnbro de deestiaado grupo e mio € alga que ead indivi 0 do grupo passa vender por dinhcre, a individu do graro deve comparat © custo aicion de mais uma unidade do benefcio coletivo com 3 “vantage” adicional qe thes proporciomaria a sauisgao desa undade. les nao paderiam, como a argomentagSo do texto presunde, merameste ‘compara uin custo em dnhezo com um retorno em diaheio, e portant at earese de indferengs n= bem tram de Ser usadas na aniine. A lars marginal de sutitituigho serie aftaa nit soment pel fato de que 9 deseo por unidades adicionais do Benefiio cleivediminwiia quanto masse cons imisse do beneffeio mas também plas “eteitos dy renda”. Os efetos brenda Hearn a membeo ‘que tivesse surifcado uma quonidade desproporcional da sua rea prs ober hereto pico 2 ‘ar mais valor sua rend do que dais se tives obtido oKeneficiocoktivo gratuitamente de ows ‘membros do grupo. Em semi inverse, aqueles que aso houvesiem:arcado com nenhums pate das usta do provimento do beaetci coletivo de eve estivessem deerutsndo acharam suas rendas ele tivas msotes, a menos que o bereicio cleo fosse wm bere inferior, esse sanko em rena 4 A w0aica Da acho coverHA Portanto, no que concerne a pequenios grupos com interesses comuns, fu lna ten déncia sisteméticad “expleracdo" do grande pelo pequesia! © comportamento dos pequenos grupos interessados em beneficios coleti Y08 pode algumas vezes ser bastante complexo ~ muito mais complexo do que os parigrafos precedentes poderiam sugerir, Hé alguns acertos institucionais ¢ hi- B6teses comportamentais que nem sempre conduzem subotimidade ¢ despro- Borcionalidade que os pardgrafos acima descreveram. Qualquer andlise adequn- dda da tendéncia a um provimento subdtimo de beneficios coletivos ¢ a urna Parttha desproporcional-dos nus para consegui-los seria muito longa para caber confortavelmente neste estudo, que esté preocupado acima de tude com os gran- des grupos ¢ taz & baila 0s pequenos principalmente para fins de compatagao e ontraste. A questo dos grupos pequenos que almejam beneficios coletivos & de onsicerdvel importancia tanto teérica quanto prética", © nao foi adequadamente C/V, 0 racioeinio pode ser exposto ainda com inais simplicidade dizendo-se que, se em algum nivel de aquisigiio do beneficio 51. Um raciocinio semethante poder ser wilizad sigamss vezes para ajudat a expliar a como inc éncia de “decrpitudepiblica" no se. do “esplendorprivado™ sta & um provimento sbi de beneficiospablicos. Ta raciociaio sera pertinence pelo menos maquels siaagdes em que gastos pi ‘blcessupostomente "Paeto-otimizadosbeneiciam um arupo de pessass menor do que 0 grupo ge [pga por esses gastos (via mpostas). A observagso de que of memes gastos pbices "Pareto ‘limizados"usualmente bereiciam gropos menores do que 0 gpa gue aga por esses gas08 me 1 sugerda pelo proveitoso “The Stuctue of Goverament asi Public Investment” de Julius Margolis na Anievican Eceaamic Review: Pagers and Proceedings. LIV, mato 964, pp. 246-247. Vejase ta ‘hem mia “Discussion” sobre o enaio de Margolis ( otros) no mesmo ndmera da Ameria Eeur nomic Review. pp. 250.251, para ume rgetso de ira maneita como us modelo do tipo desenvoi do neste estodo pode ser utiizado pura expicae a sbangincis vada ea pendria publics. € antere sane que John Head, Finaxzarhiv, XXIM, pp. 453.454, ¢ Lai Jobanen, International Economie Review, IV, p. 353, emboraadctando patos de paridadifereas dos meus eweando a abordsgemn de Lindahl tcaham aie assim cheyado a conclasdes com relagso 3 este pont que AiO diferm com Pletimente das minhas. Pa interessantes argumenapées que apontam fogas que poder levat 3 niveissuperoumos de gastos governamenais,vejam-se dois outros atzoe sabe o sssula a Ave ‘can Eronomic Review scima citada a saber: James M. Buchanan, “Fiseal Institutions and Ethcrney Collective Outlay" pp. 227-285, e Roland N. McKean, ‘Divergencestetween Individual and To. tal Costs within Government”, pp. 243-268, 52, Se F, ado for uma constant, e58pooto Sis ini acu dado quando: F/dV,/40) + Vida) = feuer Cece eeaece ie eee ee Cee eee Cees LUMA TEORIA DOS GRUPOS SOCIAIS E DAS ORGANIZACOES RR> AB FG coletivo 0 ganho para 0 grupo excede 0 custo total por uma margem maior do que excede o ganho individual de algum membro, endo pode-se presumir que 0 beneficio coletivo seré provide, porgue nessas condigdes 0 garho do indiv(- duo excederé.o custo total do provimento do beneficio coletivo para o grupo. 1x0 6 ilustrado no gréfico acima, que mostra que um individuo presumivelmente fi card em melhor situagtio ao ter conseguido o beneficio coletivo, quer ele tena conseguido a quantidade V ou W ou qualquer uma entre as duas. Se qualquer uantidade do beneficio coletivo entre Ve W for obtida, mesmo que no seja a quantidade dtima para o individuo, F, exceders C/V, Sumario Nao-técnico A parte técnica desta segio mostrou que certos grupos pequenos podem prover-se de beneficios coletivos sem recorrer 8 coergdo ou a qualquer estimulo A LOGICA DA AGO CoLETVA além do beneficio coletivo em si mesmo" sso ovorre porque em alguns grupos Pequenos cada uni dos membros, ou a0 menos um deles, achard que seu ganho Bessoal a0 obter 0 beneficio coletivo excede 0 custo toal de prover, determine da quantidide desse benicio. Hé membros que fcasiam melhor og 6 heen coletivo fosse provido:-mesmo que tivessem de arcar com todos os custos aunt. hos, do que 38 0 beneticio nio fosse provido. Em tas situagdes pode se press. iit que 0 beneficio coletivo seré provido. Tal situagdo existré apenas quando.o Banho para o grupo com a obtengio do beneficio coletivo exceder o custo total Por uma margem maior do que excede o ganho individual de um ou mais mem bros do grupo. Assim, cm um grupo muito pequeno, onde cada n dima porsao substancial do ganho total simplesmente porque hi poucos membros ne grupo, um berfici eletvo feeqdentemente pe set providoauaide dren ‘oluntitia, centrada nos priprios ineresses dos membros do grupo. E hos pru Pos menores, caracterizados por um considerdvel graw de desigualdade isto €. em grupos de membros de “amano” desigual ou desigualprau de interesse pelo beneficio coletivo ~ que hia probabilidade maior de que 0 bencticio coletivo sla PrOvido, jf que quanto maior o interesse da parte de cada membro pelo benef, cio, maior a probsbilidade de que cada membro obtenha uma porgao tio signi fcativa do ganho total trazido pelo beneficio que saia ganhando a0 se esforyar Para que o beneficio seja provido mesmo que tenha de atcar com todo 0 euxto sozinho. $3. Teno uma avid para com o professor John Rawls, do Departamento de Fiosofa da Unive Hanan, por me er lembrado gue o Gsofo David Hume pecebeu aut o pequens ononos em stisaces as sus propositos comune mas os seas nn O vaciocno de Hives mene erent do mes, Em A Tree of Hanan Nate. London), M. Dent. 1982. lef: 29), None oe Yet {Nao Nd enhuma qualidade da aatireza humans que case es mat le aa nore none ‘ARiaue sauce ue 0s leva prefer algo presente e medio, © que gut que tej slgn denne emoto ¢ nos fat descar a colses mat por su sitagio do que por seu aloe ievooees Pde a hos Poder concordat em drenar uma pradria que possuem cm clmum pois fill sae cla ona, ‘Sefem as intengies um do outro e ambos perchom que a conseqaéncainedats de wm fsecre an “ 7 CUCEEOCER ECE EO OEE ‘ CO COCCOOCOOCCOCOCOCECE CE CEEE CECE EEE E EEE CELE v LUMA TEORIA DOS GRUPOS SOCIAISE DAS ORGAWIZNCOES Mesmo nos grupos menore, contudo,o benefico coletva geralmente nto seri provido em um nivel 6timo, Ou seja, os membros do grupo nfo prover. toda a quantidade de beneficio coleivo que seria de seu imeresse comum pro- ver, Sé déterminados acertos institucionais especificos darto aos membros in- dividuais um incentivo para adquitir quantiades do beneficio coletivo em um nivel que satisfaria aos interesses do grupo como um todo. Essa tendéncia & su- botimidade deve-se a0 fato de que um beneficio coletivo é, por definigao, de natureza tal que os demais individuos do grupo nio podem ser impedidos de consumi-lo uma vez que qualquer membro do grupo tenha se provido dele. E, se esse membro obtver somente umm pequeno reforno de qualquer novo gato que tver para obter mais quantidades do beneliiocoletivo, ele itd imterromper sua quis do beneffcio anes que a quantidad étima para o grupo como um todo tenha sido obtidav/Além disso, as quantidades de beneficio coletivo que deter mina membre do grup rset deinen de anes MEao io eva sel “incentive para provet mais. desse. beneficio bs suas pxntias custas. Portanto, ‘quanto maior o grupo, mais longe ele ficard de atingir 0 ponto dtimo de provi memo do beneficio coletivo : Essa subotimidade ou ineficincia seré menos grave em grupos compostos por membros de tamanhos, ou graus de interesse pelo benefivio coletivo, muito diferentes enire si. Em grupos desse tipo, porém, hd uma tendéncia a uma parti- Iha arbitraria do nus de prover o beneficio coletivo. O membro maior, aquele ue, mesmo que fosse por sua propria conta, proveria a maior quantidade do beneffcio arca com uma parie desproporcionalmente grande do Onus. © mem- bbro menor obtém por definicio uma fraga0 menor do ganho proporcionado por qualquer quantidade do beneficio coletivo provida do que © membro maior e, portanco, tem menos incentivo para prover quantidades adicionais do beneficio 1 coletivo. F, sempre que o membro menor obtém sua porso de benef vo gratuil jo coleti ymente do membro maior, ele tem mais do beneficio do que teria ad- ‘quirido por si préprio € ndo tem mais nenhum incentivo para obter novas quan- tidades do beneficio coletivo as suas préprias custas. Em grupos pequenos com nteresses comuns hi, portanto, wma surpreendente tendéncia a “exploragao” do | grande pelo pequeno. © argumento de que os grupos pequenos que se provém de beneficios co- letivos tendem a prover quantidades subétimas desses beneficios e que os ct tos de prové-los so pantilhados de uma maneira desproporcional ¢ arbitréria nao se sustenta em todas as possibilidades I6gicas. Alguns acertos institucionais ou ‘operacionais podem conduzir a resultados diferentes. Esse é um tema que no pode ser analisado adequadamente em uma breve discussao. Por essa razdo, € 4 LOGICA Da acho coLEnWA ~ Porque 0 principal foco deste livro sio os grandes grupos, muitas complexida- des € peculiaridades comportamentais dos pequenos grupos foram omitidas neste estudo. No entanto, uma argumentago do tipo da recém-esbogada caberia per. feitamente em algumas importantes situagbes praticas e deve bastar para suge- ‘ir que uma andlise mais detalhada do género da desenvolvida acima podetia aju- dar a explicar a aparente tendéncia a que as grandes nag6es arquem com partes desproporcionais da carga nas organizages mukinacionais, tais como a ONU @ 4 OTAN, © poderia ajudar a explicar parte da popularidade do neutralismo entre 5 mages de menor porte, Tal andlise também tenderia a explicar as continuas queixas de que as organizagdes e aliangas intemacionais ndo recebern quantida. des adequadas (6timas) de ecursos™. Poderia ainda sugerir que os governos mu- nicipais vizinhos em dreas metropolitanas que provéem beneficios coletivos (Como estradas vicinais ¢ melhorias na dea educacional) que favorecem a po- ulacto de dois ou mais municipios da regia téndem a prover quantidades ma. dequadas desses servigos ¢ que 0 municipio maior (como, por exemplo, ame. = tr6pole) arcaria com uma parte desproporcional dos custos de prove-los"”. Uma anilise do tipo da elaborada acima deveria,finalmente, contribuir para uma melhor compreensio do fendmeno da lideranca de pregos, particularmente as Possfveis desvantagens de ser a maior empresa de um setor industrial = Contudo, 0 ponto mais importante no que se refere aos grupos pequenos NO presente contexto é que cles podem ser perfeitamente capazes de proverem- se de um beneficio coletivo pura e simplesmente por causa da atracao individual le © benefcio tem para cada um de seus membros. Nisgo.os grupos pequenas /) dos geandes, Quanto maior for o grupo, mais longe ele ficaré de atingit P ponto dtime de obiengao do beneticio coletivo e menos provivel serd que cle | ni para obter até mesmo uma quantidade minima desse beneficiaEm sintese,| = juanto maior for o grupo, menos ele promoverd seus interesses comuns. ~ ¢ iF - 54, Algumas complexidades comportamentsis dos peaucs grupos so sbordadas cm Mancur Olson te & Richard Zechtauser, “An Economie Theory of Alliances, Review of Econamies and Seorun ago. 1966, pp. 266-279, em "Collective Goods, Comparative Advantage and Allene Eeleney rm Roland MeKan (rg) suer of Defoe Ecauamcs: A Conference ofthe Untversines National Burecu-Commite for Economies Revrarch, New Yor, National Boreew of Eecuenee a search, 1967, pp. 25-48. 55, Tenbo uma divida para com Alan Wiliams, da Univesidade de York. Ingles, cojo estudo solve gover musieipalchamow & minhs atenga para 2 importinciadesse tipo de problem de ineceso ‘entre governs municipais, “ CHEECH EE q] errr —C LUMA TEORIA DOS GRUPOS SOCIAIS F DAS ORGANIZAGOES ©. Grupos “Exclusivos” ¢ “Inclusivos” O movimento de entrada ¢ saida do grupo j4 nao pode ser ignorado, Essa 6 uma questéo importante, j4 que os setores industriais e os grupos inseridos no contexto de mercado diferem fundamentalmente dos grupos nao inseridos nes se contexto nas suas atitudes relativas ao movimento de entrada e saida do gru po. Uma empresa de determinad setor industrial querer evitar que novas em. resas venham Compartir GE Seu meread ejard qu possivel “das empresas js no setor saiam dele, Ela | querera que © grupo de empresas de seu setor industrial se reduza até que sobre de preferncia apenas uma empresa _no setor: ela. Esse € q ideal do monopélio..Portanto, as empresas atuantes em SE ore © oposto, Usvalment para paihar of bencficios os cusios, melhor im aumento no tamanho do Tiimguéin € pode levar'a custos mais baixos para aqueles que j6 estao no grupo. A veracidade desse ponto de vista fica evi- dente com a simples observagao do cotidiano. Enquanto as empresas, inseridas no contexto de mercado, lamentam qualquer aumento na competi¢ao, as asso- ciagdes que lutam por beneficios coletivos em situagdes fora do contexto de mer ‘ado quase sempre dio as boas-vindas a novos membros. Na verdade, t2is or- ganizagdes algumas vezes até tentam tomar compulséria a afiliago a elas. Por que existe essa diferenca entee grupos inseridos no contexto de met cado e grupos ndo inseridos no contexto de mercado, grupos que as partes ante- rites deste mesmo capitulo mostraram ter Fortes semelhangas em outros aspec- tos? Se 0 homem de negdeios atuante no mercado © © membro de uma organi- ‘ago lobistica assem ham-se pelo fato de que ambos acham que os ganhos pro venientes de qualquer esforgo realizado para atingir as metas grupais irio favorecer principalmente a outros membros do grupo, entdo por que eles sto Wo diferentes no que se refere & maneira de encarar a questo da entrada e saida de membros do grupo? A resposta € que em uma situacio de mexcado 0 “beneficio coletivo” —o prego mais alto ~& de tal natureza que se uma empresa vender mais T esse prego as OMITAS vended ms de de ganho que 0 beneficio coletive pode proparcioner a9 grupo ¢ fixa, Mas em ““simMagdes Tora do contexto de mercado a quantidade de ganho que o beneficio coletivo pode proporcionar ndo é fixa, Apenas uma determinada quantidade de unidades de determinado produto pode ser vendida em um determinado merca- do sem conduzir 0 prega a uma queda, mas qualquer nimero de pessoas pode COC COO COO OCC EEE EEE EEE EEE EEE CE EE A LOGICA DA ACKO COLETIVA se afiliar a uma organizayio lobistica sem reduzir necessariamente os gantos, para os demais membros". Em uma situagio de mercado, por via de regra, 0 que ‘uma empresa obtém, outra no poderd obter. Essencialmente, em uma situagio fora do contexto de mercado, o que alguém consome, outro também pode usu- fruir. Se uma empresa, em um contexto de mercado, prospera, ela se torna um rival mais preocopante. Mas, se um individuo em um grupo fora do contexto de mercado prospera, ele pode ter com isso um incentivo para pagar uma parte maior do custo de obtengao do beneficio coletivo. Por causa da quantidade fixa, e portanto limitada, de ganho que pode de- rivar do “beneficio coletivo” (0 prego mais alto) em uma situagio de mercado ~ que leva os membros de um grupo inserido no contexto de mercado a tentarem, amare de seu grupo —, esse ipo de Benicio coletivo sera chamado aqui.de “ "ean soleigtenlesnoy E, pelo fato do provimento de os bene: ficios caletivos em sitvagdet Fora do contexto de mercado, em eontraste, pandirem automaticamente quando 0 grupo se expande, esse tipo de beneficio pablico seré chamado aqui de “beneficio coletivo inclusiv ‘56, Em um cube social que confer sams a0 veus membros por se um clube “encusiv", 0 beneficio olevo em questo egivale a um prego suprocompetitivn ao comtento de mercado, ¢ xn uma situt- ‘Go fora do context de mercado, Se "os 00 129" se ternassem vs "4000", cs gnhos pra 0s novos Tnembros acoretariam perdts para os atigt membros, que team uocado uma associng20 de alto Stas social por outa apenas respeitve Esse emprga da conceit de benefci cote é, sem divida,excessivamenteabrangente sab alguns spect, tendo em vista que 0 eonceito de beneficio cole nio € necessirio para uma ailise de comportumento de meseado (narkerbeavtor, Ovtrs tedias costumam ser mats adequahs pa esse proposita, Mas éproveiove neste contextoespecifico Ua um prego supracompeiio como um ipo sper beneficin clei E wm recurs espsitiva dil para tazer 3 ora pallos€ contrasts entre sitagies de mereadoe siwagSes fora do cowteno de mercado 90 Locate as relagées ene ineresses indvidaiseaplo erupal Espero que not pina epuines essa argamentgsn também Lance gua tz soe a questio dst erganagaes que tm fangs toto deatro quant fra do mercado, e também sea questo ds borganha denvo de grapes inseridos eno inseridos no contexte de mercado. 58, Ha alguns paraels interessames entre meus conceios de beneteio coletivo "exclasivo” “inlas ‘oe alguns nabsthosrecentes de outos economists. Em plinelvo lugar, hi una conexdo eite es Ses concetos eo artigo anteriormente cidade Joh Head, "Public Goods and Public Policy". Publi Finance, XVI pp. 197-219) Eu proprio no havin comprecndidotodss a8 implicages da int ds cussio sobre benetcis caletivs exlusvos¢ inclusive até lero ensaio de Head Como agora perce fo. esics consites podem se explicdes aos termine de dstinlo que Head faz ene as dua carace i Qa nem ent pc aca mpi sada © {be doe ganos proporionados pels Berets Meu enelcioeoletvo exclsivo €,povtan' us be ‘nelicie de Tl natseza due, 0 menos dere de wn grupo determinado, a exclusio no € vdvel as an mesmo tengo um benefico que nip tem aeoham tipo de artthabiiéade de ganhos. 230 pels dual os membros do grupo dessjam que os obtres possam ser exclfdos dle. No mew béneffeh cle: tho inclusive exclinio tambem é ividvel, a0 menos deatco de wm grapo determinado, mas, nfo state, ess ipo de beveci se caracerza por pelo menos wm consierdvel grav de parla te dos ganhos. so exlice fata de gue membros adicionas pass desta do heneficio care LUMA TEORIA DOS GRUPOS SOCIAIS E D4S ORGANFEACOES Se um grupo se comportard de maneira exclusiva ou inciusiva dependeri, ‘no entanto, da natureza do objetivo que o grupo tem em vista, e nil de alguma caracteristica do seu corpo de integrantes. Na verdade, o mesmo grupo de em Presas ou individuos pode ser um grupo exclusivo em um determinado contexto € inclusivo em outro. As empresas de um determinado setor industrial poderiars ser um grupo exclusive quando buscassem um prego mais alto para o produto de seu setor restringindo sua produgdo, mas seriam um grupo inclusivo, ¢ anga- riariam todo 0 apoio possivel, quando perseguissem uma redugao de tributos, ou uma alfquota favordvel, ou qualquer outra mudanga na politica do govern, A questio de que a exclusividade ou inclusividade de um grupo depende mais do objetivo envolvide do que de qusisquer caracteristicas de seu corpo de membros €impontante,.jé que muitas organizagées operam tanto no metcado, para elevar 198 pregos restringindo a produgdo, quanto no sistema politico e social, para pro- mover outros interesses comuns. Seria interessante, se 0 espago 0 permitisse, es- tudar tis grupos com a ajuda dessa distingo entre beneficios coletivos exclusi- ‘vos ¢ inclusivos. A légica dessa distingZo sugere que tais prupos teriam atitudes ambivalentes com relago a novos membros. E na verdade assim 6. Os sindica- tos, por exemplo, as vezes clamam pela “solidariedade da classe trabalhadora © pedem o estabelecimento fechado ao mesmo tempo que estipulam regras de aprendizagem que limitam a entrada de novos membros na “classe rabalhado- ra” em metcados de trabalho especificos. Na verdade, essa ambivaléncia é um fator fundamental com o qual qualquer andlise adequada daquilo que os sindi- catos pretendem maximizar deve lidar®. {amo pouc ow nessa rego do usaato do mesmo pasos memos anges do snap en segundo lugar, uma ceesioerte minha sfererciag ocsivtectsio eum cose uk anes Buchanan, “Aa Economic Theory of Clas" Oenssio de Bushanan presse ques exclsio’ res sivel, mas que am cet gu (severament lito) de patihabdae de gonhor cust, ¢ esos Aue nessa hitter timo de usitce de am dterminado bevefeio pubes ests or fit, varia de caso pra caso e pot alas vezer se bastante pequci. A sige de Ducane minha liam no ato de que ambos indagamnoecqsgos meses dem memivore detcnion grupo gue desta de um beetciocoleivo sein senda eles amnenlo ou donawican ne so de ensumidors dese enuliio Ambes etvemos tabainge mse probleme ndspeocene mene at pouuiso tempo ars gnvando por completo aimee tn da dara por coe pone fem particles Buchanan dz generosuerte qu eu devote feta esa perguta sess ae oo fasso que eu 6 toque aquest por ats pens pata ire ever ours snpetos de mio argumenagio cle desenvolie un ovlo interessante e ends que moat a felevneia Genes ts ‘Ho para um amploAmbito de problemas de potta govemeinct 39. Haalgamainereza a espe dag geo sincere ats maiizan. Alina aes se peasa uc na verdad, eles no maximiam indies sla ja qu salinos mas ates autora amide 4 de frga de abso demandads pelo empresador¢coseqdenteemte o mimeo de meres ‘indicate Essa veusso no wimero de sndeato , porem sana 3s nese incr 4 sida prejudicial ao presi ode doe dere sndica. Aina lg sndcatos con s ipo. Ccceccnee COC CeE ae (CCC CEE COCO ‘ COCOOCOCOOOCOCOCOOCOOOOCOOCOOCOOCOOCE CCC CE OCOCOOCEE A wcica DA Agho COLETYA Mais uma diferenga entre grupos exclusives e inclusivos fiea evidente quan 4o ha uma tentativa de agdo formalmente organizada ou mesmo informalmente coordenada. Quando hi esforgo organizado ou coordenado em um grupo inclu sivo, todos os que puderem ser persuadidos a colaborar sero inclufdos nese es- forgo. Ainda assim (exceto em easos excepcionais isolados em que o beneti- io coletive mal vale seu custo), no serd essencial que cada individuo do grupo participe da organiza¢ao ou acordo, Em esséncia isso se d& porque normalmen- te 0 ndo-participante nao tira dos participantes os ganhos tazidos por um bene ficio coletivo inclusivo.\Um beneficio inclusivo €, por definigdo, de tal navureza que o ganho que um = ador recebe no ocasiona perdas corresponden- tes Aqueles que cooperam*" 0 United Mine Woskers, de fatoconseguem auments nos indices sala, at 9 ponto em que como © proprio sindicatoadmitia no caso do UMW, esse aumento comeqaia 3 reduzt 0 adeero de postos eral no setr: Urn explicaga possve é que ot sinless almejam benetcios cles inc sivos do govero tanto quanto saris mais altos no mercado. Ness condo extrameresdo, todo sindicato ter intcesse em adgutr novos memos, tanto fra de dpi cetur ou afilo quan to dent dele. Sakirios mais alessio colocam vbsticuos 3 expansio de um sindiato para oUt Setoresindustrinis ov eategorias profisionis. Na verdad. quano malas ocem 0s indies salon qu wn sindicato conseguir em qualquer inzeado de taal, maior ees a prestigio de ses lees maior o sev apto para tratalhadores de outros mereados d= uaa, 0 que, poxtanto feta eres cierto do corp de sindicasios Fra de Smit da clieatea riginal do,sindicao. Iso € algo que ‘qualquer sindeato deve comemovay,poigue 0 ajadaré 3 cumpriraasfongdes polities e lobisties. & ‘mteressante que o C10 (Congres of Industrial Organnations) eo tentacusr Dist $0 da United Mine “Workers avez se tenia deixadoifluéaciar por John L. Lew pela UMW no setido de procura em seexpandir nos momentos em que as txa$ de contibuigo sindca itavam o emprega no se ‘or da mineragio de earvio. Sow gyato a um des meus aatizos alunos, Jobn Beard, pox me extimula dei ste esse posto 60. O imeressantearghmens de Riker om Te Theory of Pouca Coalition, de que hover wa tendo ‘ia. aum minimo de coaizses bem-sucedidas em mis comexts polics, de maneira alguma debi lita a conclusio aqui de que os grupos inchsivastendem 3 querer suinentarscu corp de membros [Nem debits nenhms das coaclusdes dst her, pois oarzumet de Riker & relevantesomente ara situagdes em que a soma dos ganhosigulaa soma dos perdas (serum), enenhuma stung dese ‘ipo €analisadauesie veo. Qualquergrpa que vise a um beneicin coletiva Inclusivo nao estan em ‘uma situagio em que a soa des ganhos igual 3 soma das pers, que © gambo, por defn aumenta em qusatidade quanto mais member se nivtn a0 grepoe quanto maiores quanidedes do bene(icio coetvo focem provid. Metma os grupos que visam 2 Beneficicecoltivos exclusives vio seeneaivam no modelo de Riker, pos embors a quantidade de we dtermimado produte que pode set ‘end 2 qualquer pro detrminao seja fa, 0 quanto o prego srs aumentado econseqbentemen {eo quanto o grupo ganhard sta vaiéveis.E uma pens que © eximlant el lve de Riker abode ‘certs fendmenos, como as aliangas militares, paras quai sua pressuposigso de uma stagao de ero-sun € bastante nadequads Ver Wiliam H Riker, The Tory of Pbtial Coalitions, New Haven, Conn. Yale University Press, 1962, G61. Se bereficio coletivo fesse um “beneciy pico pero” no senda da definigho de Samuehon, © _ganho do membro n30.cooperamte nao somente ado statetatia win pea coeespondene pra aie les que evoperassem como eao Ines eausatinpendas de neabum 0 Ov quantidade, O cance de be seficiopablieo puro parece ser contudo, desnecessarament rgovs0 para 0s propéstos do presente ‘UMA TEORIA DOS GRUPOS Social & BAS ORGAMIEACOES a Quando um grupo visa a um beneficio coletivg exclusive, at acordo ou organizag3o entre as empresas no mercado ~ ist® &, se hi conluio ex- Plfcito ou mesmo técito no mercado ~, a situagio é muito diferente. Em tal caso, embora todos desejem que 0 nlimero de empresas no setor industrial scja 0 me- no possivel, paradaxalmenie quase sempre é essencial que haja.cem por-cento de panicipagao dos que permanecerem no grupo. Em esséncia isso se 48 porque nese contexto mesmo um nio-paricipante pode, por via de regra, tomar para si todos os ganhos trazidos pela ago das empresas conluiadas. A menos que os custos da empresa no-participante subam demasiado rapidamente com 0 aumen- o da produgio, ela poderd expandir sua produgio imediatamente para tirar vantagem dos pregos altos conseguidos pela agio conluiada, até que as empre- sas do conluio, supondo-se que elas continuem irtesponsavelmente a manter 0 reco elevado, reduzam sua produgio a zero, tudo para vantagem da empresa ‘o-participante. A empresa nio-participante pode privar as empresas conluiadas de todos os ganhos resultantes de seu conluio, porque © ganho proveniente de qualquer prego supracompetitivo é fixo em quantidade. Portanto, 0 que quer que ela tome para si, as empresas do conluio perdem. H. uma caracteristica de “tudo ou nada” nos grupos exclusivos, no sentido de que, freqentemente, se n3o_houver cem por cento de patticipago niio havera conluio, Essa necessida- de de cem por cento de participagiio tem os mesmos efeitos em um setor indus- trial que uma medida constitucional estabelecendo que todas as decisdes dever ser undinimes tem sobre um sistema de votagio. Sempre que é necesséria uma Participagio uninime, um tinico membro do grupo que Se recuse a entrar em és de um ‘studo, Com cetera, feqdentemente€ verdadero que depois de umn certo ponto 0 edvenio de novos ‘membros redor a quimtiade disponivel do benefcio caletive para os anges membros do supe por ‘mais sul que seja essa redupto, A argumentagio do texto pho reyeer, portant, que 0s benetiios «oltivosinclsivos sejam benefiiospublicas pars. Quando ui benef cletiv inelusivo nd foe um beneficiopblieo puro, conto, os members do grupo gue desfruta do benefice ie aceite 30 "um novo membro que nto pague as devidss ass contribwivas. As tans 6 se adeguadat se Foe "no mii eqsivalentes em valor 3 redu;3o do coasamo dae atiges membwos do apa scsionad pela cots de consumo do nove memo. Enguantocotnuarexistindo um ge significative e pat {nabitidade cos gsnhos propoccionsdos pelo beneicio coltve, ao enlano, us gahon para Os howe membros excederio as psgainenios dis tas connibatinae necessinas para parame que oF aunigos ‘membros sejam adequadamenteconmpersados po gualiuerreduyao em seu consumo, Desea ase, ‘3 o grupo permaneceri sendo genvinament “inelsina™ {62 Ses custo marginassubissem de mare's mito fagreme,rando conseqientementeo incentvo de ‘ualquer empresa para aumentar com muita itersidade cm produgGo em resposia ao prego mai a0, © fata de aver ama dnica empresa que se recusise a fochor acrdo com a demas rs tena ober ‘vantagens com um borganhe aio seria necesariamente fal para as empresas conieadas, Mas, me. ‘mo assim. uma empress que tomasse fl atitude seri, com certea,un Gaus para o grupo, porque ela ‘enderia a ganhar mas do conlio do que qualquer empress cealiads, etado 9 que ela zanhase cermpresas do conluio perdeiam, x Ceeoeeecet eee? rr CEECOEECEECE CE COC COOCOCOCOOCOCOCOCOCOCOOCOOCOOCOCOOCO OOOO EEE OEE A LOGICA ba aGKO COLETIA acordo com a intengdo de obter vantazens terd um extraordinério poder de bar- ‘ganha: ele poderd ter condigdes de requerer para si a maior parte dos ganhos decorrentes de qualquer ago grupal®. Além do mais, qualquer membro do gru- po pode tentar fazer isso exigir uma fatia maior do ganho grupal em troca do seu (indispensavel) apoio. Esse incentivo 3 recusa de colaborago torna qualquer ago grupal menos promissora do que seria de outra forma, Também implica que cada membro tem um grande incentivo & barganha. Ele pode ganhar tudo com ‘uma boa barganha ou perder tudo com uma ruim. Isso significa que é provével que ocorra muito mais barganha em qualquer situagio em que seja indispensé- vel cem por cento de participagae do que em situagdes em que uma poreenta: ‘gem menor de participagdo pode garantir suficiente suporte & ago grupal ‘Segue-se que 0 relacionamento entre individuos em grupos inclusivos exclusivos é bastante diferente, desde que 0s grupos sejam 120 pequenos que a ago de win membro tenha um efeito perceptivel sobre gue, portanto, os relacionamentos individuais tenham importancia. As empresas integrantes de um grupo exclusivo querem tio poucas empresas no grupo qu to possivel, ¢, portanto, cada uma otha com desconfianga para a outra, com medo de que tentem emputré-la para fora do setor industrial. Cada empresa deve, an- tes de tomar qualquer iniciativa, ponderar se provocard uma “guerra de precos ou uma “briga de foices”. Isso significa que cada empresa integrante de um grupo exclusive deve ser sensfvel com relagdo as outras empresas do grupo e conside- rar as reagdes que elas podem ter a qualquer ago sua, A mesmo tempo, qual- quer ago grupal em um grupo exclusiva iré por via de regra requerer cem por cento de participagio, de maneira que cada empresa em um setor industrial é aio somente uma rival de todas as demais no setor mas. também, uma colabotadora indispensdvel para qualquer agio do conluio. Portanto, sempre que houver conluio, niio importa qui técito ele for, qualquer empresa do setor poderé con- siderar a possibilidade de barganhar ou de se recusar a entrar em acordo para tentar obter uma fatia maior dos ganhos do grupo. A empresa que melhor puder adivinhar que reago as outras terdo a cada movimento seu levard uma conside- rivel vantagem nessa barganha, Esse fato, aliado ao desejo geral de todas as em: presas de manterem © niimero de empresas de seu setor industrial tao reduzido Igum outro membro & 63. Sobve as impleagies do pé-requisio de unanimidade, vero imporanie Huro de James M, Buchanan & Gosdon Tullock, Pe Caleulas of Consent: Logical Foundations of Constiutional Demavrary. Ast “Arbor, University of Michigan Pees, 1962, especialmente 0 Cap Vill pp 96-116, Acredito gue algu- mas complicages dese provetoso¢esimulant estudo poder sr esclrcidas coma sud de 3: gumas das ides desenolvdas no presente abalho, ver por exemplo, minha resent sabre 9 lv ‘encionado.a American Econmnis Review, Lil, dee. 1962, pp. 1217-1218. ‘UMA TEORIA DOS GRUPOS SOCIAIS & DAS ORGAMIZAGOES quanto possivel, deixa cada uma delas muito ansiosa com relagao &s reagBes das outras a cada agio sua, Em outras palavras, tanto o desejo de limitar 0 tamanho do grupo quanto a usual necessidade de cem por cento de participagio em qual- ‘quer tipo de contuio aumentam a intensidade e complexidade das reagées oli- opolistas. A constatagio de que os setores industriais com pequeno nimero de empresas se caracterizardo por uma interagao oligopolista de reconhecida depen- déncia métwa ¢ obviamente familiar a todos os economistas. ‘ontudo, nao é de compreensio geral o fato de que, por outro lado, em _Btupof inclusivos ~ mesmo nos pequenos ~ a barganha ou a interaclo estratégi- casio mito menas camuns e importantes, Isso se dé em parte porque no grupo inclusivo ninguém deseja eliminar ninguém do grupo. E também, em parte, por- ‘que normalmente nao € requerido nada semnelhante & participagio undnime, de forma que nao é to provavel que urn individuo no grupo inclusivo se recuse a colaborar para tentar obter com esse estratagema uma parte maior dos ganhos ddo grupo. Isso tende a reduzir a quantidade de barganha (e também torna a ago grupal mais promissora). Embora 0 problema seja extremamente complexo ‘ainda no existam algumas das ferramentas necessévias para determinar exata mente que quantidade de barganha ocorrers em determinada situagio. parece tante prayével que haja muito menos interagao,estratégica nos grupos inclu- sivos ¢ que a hipstese da alo independente ira com frequéncia caracterizat os membros desses. grupos com razodvel fidelidade. J Uma Taxionomia dos Grupos ‘Sem dvida pode haver também muitos casos de grupos inclusivos ou fora to de, mercado nos quais os, membros levem em consideragio as rea- {:0¢8 dos outros membros aos seus atas quando decidem que atitude tomar 6 ca503 em que ha aquela interagao estatégica entre os membros do grupo ca facteristica de setores industria oligopolistas em que a dependéncia miitua ére- ‘conhecida, Pelo menos em grupos de um determinado tamanho, essa interagio estratégica tende a ser relativamente importante. Referimo-nos ao ambito de ta ‘manho em que 0 grupo nao € pequeno o bastante para que uin individuo julaue vantajoso adquirir uma certa quantidade de beneficio coletivo sozinho, mas € pe- queno o bastante para que as tentativas ou falta de tentativas de cada membro para obter o beneficio coletivo ocasione notéveis diferengas no bem-estar de al uns ou de todos os outros membros do grupo: Isso pode ser mais bem entendi 40 supondo-se que um beneficio coletivo inclusivo jd esteja sendo provido em isto COCO ECE OE HE qeee COC EE « COCEEEECEEE COOCOOCOOCCOCOOCCOOCOCOCOOOCOCOOCE CEE CEE OECEOCOCOEEE ‘ALOGICA DA AGRO COLETIVA tum grupo dessas dimensGes através de uma organizagio formal e depois pergun- tando-se 0 que aconteceria se um membro do grupo parasse de pagar sua parte do custo do beneficio coletivo. Se, em uma organizagio razoavetmente peque nna, uma pessoa em particular pra de pagar pelo beneficio coletivo de que des- fruta, os custos subirdo perceptivelmente para cada um dos outros membros do grupo. Em consequéncia, eles poderio se recusar @ continuar fazendo suas con- tribuigbes ¢ 0 beneficio coletivo poderé ndo ser mais provide. Contudo, talvez 0 primeiro individuo da cadeia se desse conta de que sua recusa em pagar algo pelo beneficio coletivo poderia desencadear esse processo ede que ele ficaria em pior situagao se 0 beneficio cotetivo nao fosse mais provido do que se fosse provido € ele pagasse sua parte dos custos. Portanto, esse membro talvez mudasse de idéia e continuaria contribuindo para a obteng3o do beneficio coletivo. Talvez Ou talvez no. Como em um oligopélio numa situagio de mercado, o resultado 6 incesto. © memibro racional de um grupo desse tipo enfrenta um problema es\ tratégico, e embora a teoria dos jogos € outros tipos de andlise possam ser mu to tieis, no nivel de abstragio deste capitulo parece no haver atualmente nenbu: ma maneira de obter uma solugio geral, vilida e exata para essa questo” Qual serd 0 Ambito dessa indeterminabilidade? Provavelmente, o beneficio coletivo seria provido no caso de um pequeno grupo ém que um membro ficasse com uma fragio tio grande do ganho otal que sua situagéo, se comparada & de ficar sem o beneficio coletivo, melhoraria mesmo que ele tivesse de pagar sozi- tho todo 0 custo. No entanto, 0 resultado seria incerto no caso de um grupo em que nenhum membro ficasse com uma parte do ganho trazido pelo beneficio co- 64, € interessante observar de passagem que ooligopalio no context de mercado sob alguns aspectos andlogo an eonchavo interparicrio ma polis. Se 2 “iaiora” de que winos partidos necessita ein luna Assembizia Legislativa for vista como um beeficiecoteti ~ algo qu um partido cm particular ‘io pode obter a mene que oios paris tmbém o desejem - entioo paralelo € bastants px ‘mo, O custo que a congreststagostaria de evitar

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