CALOR

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FRESQUI MA
NHA?

Segunda-Feira, 9 de Agosto 2010 | Ano I N.º7 www.pcnewsnetwork.com * www.abcpcn.ca *www.abcpcn.com DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Dar a conhecer Portugal Rita Pereira trouxe-nos

em concurso de fotos o seu sorriso
Toronto Olivia Chow entendeu a mensagem. Não foi preciso muito. Veio até
nós pela mão de Gente da Nossa.
já dá O Embaixador de Portugal no
Canadá dissera-lhe, há tempos, em
Espalhou sorrisos.

a mão
conversa mais ou menos informal,
ao Futebol que Portugal precisava de quem desse
a conhecer as suas belezas e paisgens.
Olivia Chow pensou... pensou...
e está a fazer um concurso de fotos.
Vale a pena.
Pág. 5
Tentou conhecer-nos ainda
melhor. Esteve por cá durante
dois anos e aqui nasceu uma das
suas irmãs. Tanto bastou para
que muita e muita gente tivesse
estado com ela. Rita Pereira
trouxe-nos o seu sorriso. Leva o
nosso abraço. Pág 10

O Inter de Milão veio aí. Por acaso até perdeu.

Deu-nos, no entanto, a dimensão de que Toronto
começa a dar a mão ao chamado Soccer. E vai ver os
jogos. Foto especial (e óptima) de Phil Lameira.

Em tempo de Verão
Danforth
ganha asas
Peter Fonseca, Deputado provincial e actualmente
Ministro do Trabalho reuniu ontem, domingo, muita e Não sabemos se foi até lá. A Danforth, nestes últimos dias, ganhou nova vitalidade. E viveu a grande festa
muita gente em Mississauga Valley Park. Pág. 24 chamada “dos gregos”... mas que é, afinal, de todos nós. Pág. 7

Incêndios a mais
em País já pobre...
Um mar de chamas. Números
da Autoridade Florestal Nacio- Os (Super)
nal indicam que os incêndios Dragões
ocorridos em Portugal de Janeiro ganharam
a Julho deste ano consumiram a primeira
19.346 hectares - 7.919 hectares prova oficial
de povoamentos florestais e
11.428 hectares de mato. Pág. 18 A Taça é minha! em que
entraram.
 2 . Nossa Gente
Fome ainda
é drama
Pedro Jorge
Costa Baptista
Já o dissemos. Continuamos hoje. O crescimento no
continente asiático no sul e no oriente deve-se sobre-
tudo ao surgimento como grandes potencias produto-
ras e económicas da Índia e da China que ao crescerem
facilitam o crescimento dos seus vizinhos e seus par-
ceiros comerciais. Ao contribuir para tudo isto, temos o
crescimento dos volumes de trocas e de investimentos
dos países ricos nestas regiões, em especial a China e
a Índia, a qualidade de vida está a crescer. Os chineses,
por exemplo, cada vez têm mais poder de compra e o
mercado deste país fica cada vez mais desenvolvido e
complexo assim como as exportações. E, claro, a eco-
nomia cresce.
Contudo, tanto no caso chinês como no indiano, isto
não é homogéneo em todo o território. Nestes países,
a qualidade de vida difere de interior para litoral e de
certas cidades muito ricas e fortemente ocidentaliza-
das com indústria e comércio de países tanto do velho
como do novo continente.
Temos de compreender também que enquanto econo-
mias como a nossa (canadiana) e as demais desenvolvi-
das estão a passar certas dificuldades e temos um cres-
cimento “magro” de 1.5% do PIB (GPD) a 2.2% nestes
países observamos uma média de 6% o que é fantástico.
A verdade é que estes países estão a tornar-se os maio-
res fornecedores dos países desenvolvidos e não só,
estão a ficar os parceiros comerciais por excelência de
Diga lá...
* O gosto da cidade (Hamilton)
é maior que os indices de poluição.
Por: Edgar Quinquino
Com mais de meio milhão de habitantes, Hamilton é uma cidade portuária no extremo oeste do lago Ontario,
cuja base económica é liderada pela produção de aço e pela industria pesada, actividade que afecta a quali-
dade de vida das pessoas. Mas a poluição parece nao ser preocupação do citadino comum! Eles preferem
deleitar-se com as coisas boas que a cidade ofrece. Eis aqui o testemunho de alguns residentes de Hamilton.
ARMANDO FERREIRA - Veio
de Viseu (Portugal) há 19 anos.
Hoje conta 46. Armando Ferreira,
ex-trabalhador da construção cívil,
não teme nem está preocupado com
a poluição da cidade. “Gosto de cá
estar. Isso é uma terra maravilhosa,
sobretudo quando tudo corre bem”.
O homem que veio de Viseu diz
que gosta do ambiente noturno da
cidade onde a maioria dos portu-
gueses se junta em restaurantes,
de preferencia com gerencia por-
tuguesa, para entre amigos e con-
hecidos relaxar da ázafama do dia.
9 de Agosto 2010
MANUEL MARTINS - Saiu de Fátima (Portugal). Vive há 37 anos em
Hamilton, mas antes experimentou outras paragens, França, por exem-
plo, durante 8 anos. “Sempre vivi aqui e aqui gosto de viver”. Embora
resida na parte alta da cidade – na montanha, onde se diz que os niveis
de poluição são baixos – gosta de disfrutar o ambiente nocturno com
amigos e conhecidos na James Street North, uma das zonas da cidade
baixa dominada pelo comércio português, entre restaurantes, clubes e
lojas diversas. Também ele é amante da música (toca acordeão).
RICARDO AGUIAR - Tal
como a maioria dos residen-
tes da área, Ricardo Aguiar
não está preocupado com a
poluição. Chegou a esta cidade
com 14 anos de idade, hoje,
somados 25 anos, identifica-se
JOSÉ CÂMARA - Para José
com gente com quem cresceu,
Câmara, Hamilton “é uma ci-
“boa gente” – diz ele – e está
dade muito bonita, especial-
contente de aqui estar na com-
mente com a familia aqui”. Na
sua opinião, a poluição “só é
panhia de pai e mãe.
preocupante para as pessoas
Saudação e Parabéns
que vivem ao lado das fábri-
cas”. José Câmara veio de S.

ao novo jornal ABC

quem queria comprar e vender. Por outras palavras, as
nações ricas estão a pagar o crescimento e crescimento
destes mesmos, pois não podemos esquecer que em es-
tatísticas internacionais estes países – China e Índia –
são considerados países em desenvolvimento.
Em relação só à tragédia da fome e da extrema pobreza,
é possível nós imaginarmos pessoas que vivem com
menos de $1 USD por dia? É uma realidade que nos
passa completamente ao lado, na nossa sociedade te-
mos pessoas que ganham cerca de $2000 USD por mês
e na reforma conseguimos uns $600 USD é para nos
possível compreender um mundo assim, ainda há muito
trabalho a fazer em especial na região das Caraíbas e
em todo o continente africano mas fica a aberta a expec-
tativa, talvez o interesse que se mostrou em investir na
China talvez um dia passe para África.
Uma última nota sobre o crescimento económico, va-
mos esperar se um dia vamos observar e contemplar um
mundo onde a China, Índia e Brasil estejam ao nível de
um Canadá, EUA, Alemanha, Japão e outros. Vamos
ver se há espaço para todos, não esquecendo estes va-
lores: no mundo em $ USD no ano de 2009 foi atingido
o valor de $ 57,937,460 e a China ainda não estava no
valor de 5 000 000 000, que o deverá atingir ainda este
ano.
Para já... até para a semana!
Como ele mesmo disse em tom Miguel (Açores), faz 39 anos
e, tal como a maioria dos inter-
cómico, apesar de ter 3 filhos, “ sou locutores do ABC, diz que ficou
livre e independente e gosto de me a viver em Hamilton porque a
divertir”. No entanto, diz que a de- pessoa que enviou a carta de
cisão de ficar por Hamilton só foi chamada aqui vivia. Dos anos
tomada porque o seu irmão aqui aqui vividos recorda que, por
vivia. nove anos, cantou fado e vari-
os ritmos populares da musica
Portuguesa nos “Gold Star”.
Neste momento, tem dois cd’s
gravados e continua a fazer da
música o seu hobby preferido.
Também gosta da vida noturna
da cidade que oferece oportuni-
dade de convivio entre amigos
e faz esquecer o tema da polu- O Orfeão Stella Maris saúda e congratula o novo jornal
ição. “ABC Portuguese Canadian Newspaper”, na pessoa do seu
director, Fernando Cruz Gomes - cidadão dedicado e exem-
EDUARDO PESSOA - Veio de Aveiro (Portugal) faz 4 anos. Ele é
o dono do restaurante “Jamesville Café Ltd”, ponto de encontro ob- plar, que mais uma vez diz “presente” à comunidade por-
rigatório para uma boa parte de portugueses da área. Eduardo Pessoa tuguesa canadiana de Toronto e outras cidades em Ontario,
tem sobradas razões para gostar de Hamilton, pois como disse. “o Canada.
negócio vai... que nem um espectáculo”. Tem, porém, saudades da sua
Por nossa parte, obrigado, bom trabalho e parabéns a todos
Aveiro: “tenho saudades da pesca lá. Eu vivi sempre junto ao mar
e sempre gostei de pescar”, acrescentou. A preferencia por Hamilton os funcionários e ao Fernando pela nobre e corajosa inicia-
deveu-se ao facto da sua filha ja estar morando na área quando ele tiva a bem da nossa comunidade e sociedade multicultural,
chegou ao Canada. que ficam agora “mais ricas”.
Na verdade tanto a vida diária da cidade como a vida noturna ofer- Bom começo. Bom sucesso!
ecem multiplas opções de trabalho, estudo e diversão e talvez por isso
os citadinos vivem longe da preocupação dos efeitos eventualmente As) R. Rodrigues, Relações Publicas.
-Que é que havemos de dizer? Só... obrigado.
devastadores da poluição do ar. De resto, as entidades ligadas a área
afirmam que os níveis de poluição da cidade “estão sob controlo”.

R E F E Ê N C I A
D E P
S E L E C Ç Ã O
A NOS S A

SAGRES
 9 de
12 Agosto
Julho 2010
2010 Material
MaterialEditorial
Editorial. .33
EDITORIAL
EDITORIAL

*De longe...
Batota vê-se melhor...
a mais
tugal deu ao mundo, sob a batuta de Sócrates. Ser a favor da espectáculo que estão agora a governar o País.
Europa num dia... e ser contra no dia seguinte não é mais do Ainda agora, Marques Mendes – durante vários anos presi-
que pantominice... que só nos deixa ficar mal. dente do PSD e agora afastado das lides políticas – acusou o
Para já, acredita-se que os homens de mão do primeiro- primeiro ministro de “não ter vergonha na cara”, a propósi-
Não restam dúvidas. Começa a ser cada vez mais real... a ministro tivessem estudado – mal, já se vê – o panorama do to da “golden share” do Estado na PT, e de estar, afinal, a
imagem de que temos, em Portugal, um problema bicudo. chefe. Viram-no a descer nas sondagens. Viram-no a perder “tentar limpar a sua imagem nas sondagens”. Considera por
ECá
só não é insolúvel,
de longe, porque a memória
acompanhamos, colectiva da muitas
naturalmente, Nação popularidade.
Acusações, Edenúncias,bater nos espanhóis... era bem capaz
fontes anónimas, de dar
perguntas isso
reiocorrecta
da Manhã, e atéqueesperada
Ministros a decisão de Bruxelas
e secretários sobre a
de Estado,
não deixa. E porque o nosso Povo vai acordar, em breve, dividendos. Se for assim – e assim será, na visão de muitos utilização pelo Governo da chamada “golden share” na PT,
das acoisas
para que que
realidade se passam
é ter umem Portugal.
Governo que éE–como
como até
aindahá para o primeiro-ministro
analistas – José Sócrates não parece que ficaram no papel,
estar a servir a já
Portugal... sejam
para do aPS,
evitar PSD da
compra ouVivoCDS, pelanunca foram
espanhola acusados,
Telefónica.
há dias dizia Medina Carreira – constituido por gente doa
quem diga que, de longe, se vê melhor... pode ser que célebre falta de tempo para concluir as
nem até a PT. Estaria, ao contrário, a tentar servir-se da PT investigações Não gostámos de ouvir, mas, pelos vistos, Josésabe
julgados e condenados por corrupção. Já se que
Sócrates
nossaEvisão
circo. avançamsejacom
mesmo interessante
o espectáculo porquede seguir. E se não
pretendem, tão e, qual
para cerejaoem
aumentar índicecima de do bolo, o inquérito mandado
popularidade. em Portugal polícias
comportou-.se com ume magistrados
mau aluno. Ou do então
Ministério
como Pú- um
somente, enganar a sociedade.
for tão interessante assim... dá, pelo menos, para fazer No fundo, tudo
instaurar peloisto parece batota, já que
procurador-geral se pretende com
da República alterara “homem
blico trememde duas decaras”.
medoSim, porque
sempre queagora,
lhes pelos
cai novistos,
colo
De resto, O
pensar. o José
que Sócrates
já não é que
mau.seria um homem de espectá- aspompa
regras doe aJogo – já estabelecidas
circunstância no TratadoDizia
do costume. de Lisboa
alguém –a parece querer defender
um qualquer processoa que identidade
envolva nacional...
gente domas, antes,
poder.
culo, desde a primeira hora, está agora de novo na corda meio do campeonato. Batota, e da baixa, já que o primeiro- bateu-se por que não houvesse as tais “golden share” no
bamba das coisas do dia-a-dia. Agrada-lhe estar sempre a que esteatira-se
ministro caso é para
mesmo rir.ao
Hálíder
quemda entenda
Oposição,que é mesmo
Passos Coel- chamado Tratado de Lisboa. É que os princípios da livre
Hojeospor
fazer hoje, comhabituais.
malabarismos o mês de Agosto
A dizer queavamos
avançar no
cresc- ho, acusando-o de estar de cócoras perante os Espanhóis.de-
mas é... para chorar convulsivamente. O resultado Assim sendo,natalvez
concorrência Europanem estãovalha a pena
inscritos andarem
no Tratado por
de Lis-
calendário
er... para aí ume 0.1
com poroscento,
que quando
trabalharam todo oque
isso é menos ano (os
nada. sta quase
Baixa palhaçada
política. é igual a zero.
Mau ambiente. Uma Vai guerraficardesnecessária
tudo como lá a perder
boa... tempo
que Portugal deucom pacotessobcontra
ao mundo, a batuta a de
corrupção.
Sócrates.
Dá
queparatêmenganar a cova
trabalho) de um de
a entrar dente. Talvez
férias (nempara um café
sempre de
mer- contra
dantes,Bruxelas. Uma guerra
quartel-general em que só levaJáaosedescrédito
Abrantes. sabe que em ea Ser a favor
Bastava da Europa que
decretarem num ministros
dia... e ser econtra no dia se-
secretários de
três em trêsvai-se
ecidas)... dias. Será
vendoissoque
que está
restitui a confiança
aceso o debate ao sobre
Povo dizer aos eventuais
Portugal há muita investidores...
corrupção,que masnão somos
nunca hádepolíticos
fiar, que guinte
Estadonão é maisencher
podem do queos pantominice...
bolsos à vontade.que só nosQuedeixa
não
Português? Será isso que faz entender estar o Governo no fazemos batota no jogo... que somos, afinal, maus, bastante ficar mal.
o caso
bom Freeport.
caminho para Polícias e magistrados
fugir à tal cauda da Europa...do Ministério
que já se corruptos.
maus, para o Isto é, a corrupção chega às autarquias e
negócio. há investigações.
Para já, acredita-seAo quemenos
os homensassim... sabia-se
de mão até onde
do primeiro-
Público andam a sacudir a água do
aproxima? Decerto que não, a não ser na mente enevoadacapote. A partir parou.
Não restam dúvidas. Começa a ser cada vez mais real... a poderíamos ir... e até onde esses magistrados
ministro tivessem estudado – mal, já se vê – o panorama poderi-
de agora
dos homens é um fartote. Noque
de espectáculo jeitoestão
do vale
agoratudo... e comoa
a governar imagem de que temos, em Portugal, um problema bicudo. E amchefe.
do decretar e investigar.
Viram-no a descer Enquanto isso nãoViram-no
nas sondagens. acontecer,a
País.
procissão a estar ainda só a sair do adro. só não é insolúvel,
Ainda agora António porque Ribeiro
a memória colectiva
Ferreira da Nação
dizia no Cor-não perder
cá vamos popularidade.
cantando eE rindo...
bater nos espanhóis... era bem ca-
Ainda agora, Marques Mendes – durante vários anos presi- deixa. E porque o nosso Povo vai acordar, em breve, para a paz de dar dividendos. Se for assim – e assim será, na visão
dente do PSD e agora afastado das lides políticas – acusou o realidade que é ter um Governo que é – como ainda há dias de muitos analistas – José Sócrates não parece estar a ser-
primeiro ministro de “não ter vergonha na cara”, a propósito dizia Medina Carreira – constituido por gente do circo. E vir Portugal... nem até a PT. Estaria, ao contrário, a tentar

Ainda a Reunião da CPLP

da “golden share” do Estado na PT, e de estar, afinal, a “ten- avançam com o espectáculo porque pretendem, tão somente, servir-se da PT para aumentar o índice de popularidade.
tar limpar a sua imagem nas sondagens”. Considera por isso enganar a sociedade. No fundo, tudo isto parece batota, já que se pretende al-
correcta e até esperada a decisão de Bruxelas sobre a utiliza- De resto, o José Sócrates que seria um homem de espectácu- terar as regras do Jogo – já estabelecidas no Tratado de
ção pelo Governo da chamada “golden share” na PT, para lo, desde a primeira hora, está agora de novo na corda bamba Lisboa – a meio do campeonato. Batota, e da baixa, já que
evitar a compra da Vivo pela espanhola Telefónica. das coisas do dia-a-dia. Agrada-lhe estar sempre a fazer os o primeiro-ministro atira-se mesmo ao líder da Oposição,
Não gostámos de ouvir, mas, pelos vistos, José Sócrates com- malabarismos habituais. A dizer que vamos crescer... para aí Passos Coelho, acusando-o de estar de cócoras perante os
portou-.se com um mau aluno. Ou então como um “homem um 0.1 por cento, quando isso é menos que nada. Dá para en- Espanhóis.
de duas caras”. Sim, porque agora, pelos vistos, parece que- ganar a cova de um dente. Talvez para um café de três em três Baixa política. Mau ambiente. Uma guerra desnecessária
rer defender a identidade nacional... mas, antes, bateu-se dias. Será isso
dos Chefes de que
Estado restitui a confiança
da CPLP, dado o ao Povoavançado
estado Português? das contra Bruxelas. Umareservados
CPLP mostraram-se guerra que porsóvários
leva ao descrédito
factores, entre eos
por que não houvesse as tais “golden share” no chamado Será isso quee faz
discussões entender
análises estar odoGoverno
por parte no bomMas...
grupo técnico. caminho não aquais
dizeroaos eventuais
facto de naqueleinvestidores...
país, o único queem nãoÁfrica
somosque de fala
fiar, a
Tratado de Lisboa. É que os princípios da livre concorrência para fugirdesta
foi ainda à tal vez
caudaqueda se Europa... que jájurídica
forjou a norma se aproxima? De-
que oficial- que fazemos batota no jogo... que somos, afinal,
língua espanhola, se praticar a pena de morte. O assunto foi maus, bas-
na Europa estão inscritos no Tratado de Lisboa... que Por- certo
izasseque não, a não
o Cidadão ser na mente
Lusófono, apesarenevoada dos homens
de já o sermos de
de facto. tante maus,
discutido à para o negócio.
exaustão, mas como os pontos anteriores, ficou
Humberto Costa Os países que se opuzeram a tal proposta sustentam não se pelas intenções e numa próxima ocasião, se o interessado
Jornalista (Luanda) tratar apenas de se eliminar o visto, existem outras questões apresentar passos positivos, poderá merecer a confiança de
As coisas que a Câmara permite...
tanto de segurança como laborais que alguns estados não es- pertinente. É que as entidades camarárias têm de ser bem
todos os membros.
dirigidas. Têm de ter ordens firmes e bem dadas. E essas or-
tão preparados a dar resposta, por enquanto.
A semana 17 à 23 de Julho passado transformou a cidade Andamos,
O Acordo há uma semana
Ortográfico que –já dia após dia
conheceu – a ver,
várias em deter-
versões, tendo dens, de umaAngola
Finalmente, forma geral,
assumiu partem – ou deveriam
a presidência da CPLPpartirpor
– dos
um
minada zona da nossa Dundas um montão
sido ratificado por seis países, com excepção de Angola, de papéis e de vereadores.
período de dois anos, sucedendo a Portugal. O mandatonós
Que nós elegemos para que nos sirvam. Que de
de Luanda em capital da Língua Portuguesa, com a visita caixas que não há maneira de sairem do lugar. Talvez agora,
Guiné-Bissau e Moçambique, elegemos...
Angola vai ecentralizar-se
que nós vamos na eleger no dia 25tantode Outubro.
de ilustres figuras dos oito países que fazem da língua de quando estas linhas forem lidas, também ainda)quem
já tenha saido não foi desta
sabe?!) solidariedade,
O caso do lixo reciclável que não é recolhido e está por ali às
assim que
Camões o seu meio de comunicação principal e que vieram Evez
nem que reuniu
sequer nosconsenso. Apesarsede
interessa saber sematerial
esse reconhecer que se
reciclável, o lema para eosàsdois
intempéries ondasanosdeécalor
“Solidariedade
que tivemos naesta
Diversidade”.
semana...
cá discutir temas como o Estatuto do Cidadão Lusófono, o todosse
como oschama
países amembros
tudo aquilo,escrevessem
deveria terda sido
mesma formapelos
retirado seria mais não é do que um caso. Que nos faz puxar mais mem-
Além do reforço da solidariedade entre os Estados a ter-
Acordo Ortográfico, a possível entrada da Guiné Conacry uma mais
serviços da valia,
Câmara e de ouque não.este processo
O que sabemosrepresentaria
é que, assim, uma bros, oespera-se
reiro caso dasque AngolaÉcontribua
eleições. que cada de vezforma
mais eficiente para
é necessário
como membro de pleno direito da Comunidade dos Países riqueza,
não as reticências
está bem. Não pode surgem precisamente
estar bem... deixar porque os países
tudo aquilo, dia a expansão
saber da língua
escolher quem nos portuguesa no mundo.
represente. Ali naquela zona, que
de Língua Portuguesa (CPLP), sobretudo a passagem da após dia, noite
que ainda não após noite, àprecisam
ratificaram espera que de um actopor
passar tresloucado,
processos fica na fronteira do chamado Bairro 18... tem havido de-
presidência da organização de Portugal para Angola. por exemplo,muito
legislativos incendeie tudo e ponha
dispendiosos. em pantanas
Enquanto toda uma
isso, vamos ter masiadas coisas defenderam
Muitos analistas que afectamque a nossa
apesarmaneira de sereme de-
de os pontos de
zona.
que esperar mais alguns meses ou anos… estar. E que
bate não teremsereunido
devem,consenso
muitas vezes,durante aoa facto
cimeiradosrealizada
nossos
O Estatuto do Cidadão Lusófono era tido como o único pon- E mesmo que nos digam que, nesse caso, era melhor o pro- representantes
em Luanda, valeu não saberem
o facto de – ou não quererem
se iniciar o debate,saber – dia-
e que tão
prietário
Quanto adoentrada
estabelecimento recolher de
da Guiné Conacry, osnovo
paísestudo... e espe-
membros da logar com os
logo sejam munícipes.
criadas E isso não
as condições é bom...
as coisas irão nem pode le-
acontecer.
to com grandes oportunidades de ser aprovado pela Cimeira rar que os serviços actuem... entendemos nós que não é assim var a nossa cidade ao ponto em que a queremos ter. Bela,
que se protege a cidade e os seus moradores. Este caso leva- saudável, limpa. De acordo com os códigos de excelência
nos, afinal, a insistir num tema que nos parece mais do que em que sempre a tivemos.
 4 . Comunidade 9 de Agosto 2010

Rita Pereira entre nós

Já foi “Canadiana” por dois anos e nem sempre foi famosa
Rita Pereira – Rita Andreia Martins Pereira, de seu nome
completo - é uma actriz e modelo portuguesa. Azougada de
quanto baste, bonita em todas as suas vertentes, achou que
deveria encontrar-se, há dias, com meia dúzia de elemen-
tos ligados à Informação, em restaurante que é, entre nós,
sinónimo de qualidade, o “Chiado”.
E logo por ali deixou ditas muitas coisas que foi dizendo por
aí, nesta digressão a terras do Canadá.
Desde telenovelas a programas de continuidade, passando
por anúncios televisivos, Rita Pereira parece estar no camin-
ho do sucesso. E a sua estada entre nós, com o programa
Gente da Nossa, serviu-lhe, como disse a ABC, no encontro
com a Imprensa, para... reviver tempos idos. Sim, porque ela
já viveu por cá.
Já foi “canadiana” por dois anos
“Vir cá – ela o disse – é assim reviver os tempos antigos
em que aqui vivi”. Viveu por aí e a sua irmã nasceu por cá.
Estados Unidos, para Los Angeles, para o The Lee Stras- ou um “modo de morte”. Percebeu a pergunta. Percebeu que
berg Institute. Ali estarei por menos seis meses, estudar e falávamos por nós... e foi dizendo: “Concordo a 100 por
aprender novos métodos e, depois, a seguir, em Março, a cento consigo...”
TVI já tem outros projectos para mim...” A verdade é que Rita Pereira é, agora, uma actriz famosa. Jo-
Jovem. Planos bem definidos. vem como é, a actriz tem sonhos. E está a concretizar muitos.
Um “modo de morte” Vai concretizar mais ainda...
Meio a rir, meio a sério, perguntámos à Rita Pereira onde é
que ela falhou. Ou melhor, se falhou em algum lado. “Nós
falhamos sempre, aqui e ali. Não digo que estou abor-
recida por ser licenciada em Comunicação e Jornalismo,
mas se soubesse o que sei hoje, em vez de estar quatro
anos a estudar Comunicação e Jornalismo – que serve
sempre para alguma coisa, nem que seja para podermos
falar melhor e sabermos estar perante as pessoas – mas,
se calhar, teria ido pelo Conservatório...”
A esse propósito, ainda deixámos cair a pergunta sobre se
acha – como alguns e nós nem dissemos que éramos nós...
– que a profissão de Jornalista é mesmo um “modo de vida”

De resto, veio cá, assim, rever familiares e amigos.

“É também tentar uma nova conquista... depois de ter
conseguido conquistar Portugal, com muito orgulho e
muita dedicação... tentar conquistar, agora, um novo
País. Que, para mais, me fala muito ao coração por eu
cá ter vivido”. A vinda é assim como que a reentrada numa
porta “que deixei semi-aberta”, como diz.
Em conversa fomos dizendo que tínhamos encontrado um
menino – o Fábio Maria, de 9 anos – que, ao ver o retrato
da Rita, nos atirou logo com montes de coisas que nós nem
sabíamos. Conhecia a Rita melhor do que nós.
“É óptimo. Maravilhoso. Uma coisa que já é habitual. Já
me aconteceu ver crianças de dois anos e meio, que mal
sabem falar... e apontarem para mim e dizerem o meu
nome. Isso para mim deixa-me completamente de rastos.
É o reconhecimento do nosso trabalho, das horas imensas
que nós trabalhamos, nos dedicamos ao trabalho em vez,
se calhar, de andar com a família ou com os amigos... as
doze horas que estamos fechadas num estúdio... o público
recompensa-nos assim”.
Agora... o sonho leva-a para LA

Pois... a Rita Pereira não foi sempre assim. Durante cinco

anos, trabalhou numa pizzaria, numa rádio local e como
modelo. Iniciou-se na moda aos 22 anos e teve formação em

A acompanhar
comunicação e interpretação.
Conta-nos que, em 2004, se inscreveu na chamada L´Agence,
que lhe deu o papel de vilã... nos “Morangos com Açúcar”
(lembram-se?!). O sucesso bateu-lhe à porta quando fez de
Soraia naquela série. Talento. Sucesso. Telenovelas e mon-
tes de anúncios televisivos. “Doce Fugitiva” e “Feitiço do
Amor” vieram a seguir.
o dia-a-dia das comunidades
Agora... e agora? “Neste momento vou realizar o que era
para mim um grande sonho, que era ir estudar para os
9 de Agosto 2010 Comunidade . 5

À volta do “tacho” Dar a conhecer Portugal

em concurso de Fotos
* Olivia Chow está a “desenhar” a iniciativa
A deputada federal Olivia em Otava, e em que Pedro
Chow esteve, sábado, na Moitinho de Almeida lem-
Fernando Cruz Casa dos Açores. Objec- brou que valia a pena dar a
Gomes tivo: dar a conhecer uma conhecer Portugal.
competição de fotografias. Olivia concordou e juntou-
A um cronista minimamente capacitado começa a ser cada É importante que os seus se com três elementos de um
vizinhos – ela assim o diz júri que começou a trabalhar
vez mais difícil olhar em frente e analisar os casos. No
– visitem Portugal. As fo- nesse sentido. Suzy Soares
nosso País de origem... são muitos os malabarismos e são tos serão mostradas na tela não é das menos activas.
poucas as tentativas de melhorar um “status quo” que já do Bloor Cinema, 506 da Deu as suas voltas, de resto,
ninguém parece desconhecer. Encolhem os ombros. Sol- Bloor, no dia 15 de Setem- e conseguiu fazer com que
tam como que um bocejo de enfado. bro, às 6 horas da noite. O o prémio fosse mesmo uma
Pensando bem... estamos a assistir, em Portugal, a um jogo nome do vencedor será, viagem a Portugaç.
do faz-de-conta. E não é como o das criancinhas dos tem- então, também anunciado. Suzy Soares, Ruth Fer- parl.gc.ca ou mesmo enviar Imagens fantásticas dos
Para já... ao vencedor será nandes e Gilberto Prioste as fotos para o escritório oceanos e dos peixes que lá
pos idos, não. Joga-se com o Povo em si. Com o Povo que
atribuida uma viagem a são, de resto, os elementos da deputada no 144 da Au- habitam. Pretende-se, c om
não tem emprego, que vê cortados os apoios sociais, que gusta Avenue, até ao dia 7 de o filme, proteger o trabalho
olha o futuro e não vê nem sequer o meio do túnel, quanto Portugal, oferta da Accord do Júri. Que vão escolher
Travel. as fotos premiadas e fazer Setembro. dos pescadores, enaltecer a
mais o fim. E que já vai gemendo sob o fardo dos impostos Na noite da apresentação sua acção. Dar visibilidade,
Trata-se de um concurso com que tudo esteja em
cada dia mais gravosos. Dizia alguém que mais parecia das fotos, será apresentado o de resto, aos que se ocupam
com fotos das mais recentes condições para ser apreciado
– designadamente na tristíssima discussão do Estado da visitas a Portugal... para que por quantos forem ao Cin- filme “The End Of the Line”. das rudes fainas do mar.
Nação – um conjunto de meninos que estão a discutir o todos possam ver e apreciar. ema da Bloor.
sexo dos anjos, na Constantinopla da nossa angústia. Onde Para aguçar o desejo de visi- Fácil e simples
não há sequer a tal esperança... que deveria ser a última tar as nossas terras. Olivia Chow entende que
coisa a morrer. O Embaixador vale a pena incentivar quan-
também teve “culpa” tos têm fotos do Portugal
No dia-a-dia dos meses, o Estado pretende, cada vez mais, Uma iniciativa que pa- de maravilha. Para partici-
tirar o máximo de quem trabalha. E em plenas férias – rece, de facto, interessante. par, basta inserir as fotos no
para os que as conseguem ter – assistimos a diatribes mil, Nasceu, segundo Olivia chamado “Flick” e colocar
em demanda de formas de fazer com que nem sequer ven- Chow nos disse, num en- a indicação portugalpho-
contro que teve com o tos2010 ou enviar 3 fotos
ham ao de cima... os sonhos dos que os gostavam de ter.
Embaixador de Portugal para o e-mail chowolc@
Sim, porque o Governo vai negando as evidências mais
visíveis. E a Oposição vai... encolhendo os ombros e ati-
rando para a fogueira com alguns resquícios do que pare-
cia “boa medida”.
Victor Ferreira, EPC, RFC
Há quem veja, e à vista desarmada, que ao Governo nada www.lifehealthandwealth.ca
mais interessa do que deixar estar tudo como está. Evitar
que se fale na situação crítica. E negam-se os laivos da
realidade que estariam, normalmente, mesmo à mão de
semear. O Governo olha para o lado. É capaz mesmo de Corrector de Seguros
assobiar. Importante, importante... é que não se faça nada. Corrector de Investimentos
Que quem vier atrás... que feche a porta.
Conselheiro Financeiro
Não sabemos – cada vez sabemos menos – até onde irá esta
situação em que vivemos. Até porque são muitos os con-
Seguros Investimentos
strangimentos, muitos os contornos de um “não te rales”
doentio, muitas as incapacidades de um Poder político Seguros de Vida RRSPs/RIFs/LIFs
que... está agora de férias. Em férias como tem andado
nestes últimos tempos. De resto, Governo e Oposição Seguros de Hipoteca RESPs (Educação)
vão fazendo férias a seu belo prazer. E quando se fala em Seguros de Invalidez Planos de Poupança
Oposição... fala-se muito mais no PSD, o único que pode
ter legítimas aspirações a voltar ao Poder. E como já aju-
Doenças Graves Fundos Mútuos
dou o Governo uma vez... pode muito bem voltar a fazê-lo. Cuidados a Longo Prazo Fundos Segredados
Planos de Saúde e Dentários Planeamento Financeiro
Tudo dependerá da cenoura com que lhe acenarem. Ag-
ora... “descobriu” o sr. Passos Coelho que, afinal, há der- Visitantes e Viagens Planeamento de Legados
rapagem nas contas públicas logo no primeiro semestre do Empregados (Grupo) Planeamento de Reforma
ano. Foi-se mesmo aos Jornais e Televisões afivelar a sua
máscra de imdignação. E quis mesmo ouvir o ministro das
Finanças. Agora que ele está de férias... quis que ele se O insucesso MEMBER
desunhasse e viesse cá para fora a dizer o que sabe. Advocis MILLION
Member não é planeado ... DOLLAR
ROUND
Esqueceu-se, afinal, que há uns tempos atrás, foi ele que
salvou o Governo de morte certa. Deu-lhe a mão. Deixou é falta de planeamento! TABLE
fazer tudo. Desde aumentar retroactivamente os impos-
tos e fazer vista grossa ao que muitos queriam, que era o Ferreira Insurance & Investment Concepts Inc
de parar com as grandes obras públicas. Era como que a ...assegurar e investir hoje, para garantir o seu futuro!
reedição do Bloco Central. A aumentar as dificuldades nos

416-709-2716
bolsos dos que nada tinham.

Agora quer pedir contas. Esquecendo que ele também teve

culpa.
6 . Cidade
Um Café de 40 anos
a servir uma área “nobre”
Nos tempos que correm, não
é muito fácil uma empresa
de média dimensão aguen-
tar-se quarenta anos. Café
Diplomático, na esquina da
College com a Clinton, está
por ali há mais de quarenta
anos. E o interessante... é
que pertence à mesma famí-
lia que o fundou. A família
Mastrangelo, de origem ital-
iana, continua a obra do seu
progenitor, agora já na ter-
ceira geração. E no sábado,
ao fim da tarde, e durante a
Paul Mastrangelo noite, houve festa de recon-
hecimento a clientes e ami-
gos.
Muitas centenas de
pessoas ali se
juntaram.
Rocco Mastrangelo ainda
conheceu o avô. Diz que ele
era um trabalhador fora de
série. E que, de facto, foi ele
que movimentou toda aquela
zona da College, tendo pedi-
do mesmo aos seus filhos
para manterem o negócio e
Rocco Mastrangelo para continuarem o que ele
começou.
9 de Agosto 2010
Se o fundador
pudesse ver...
Na conversa que fomos
entabulando com muitos dos
clientes – de todas as origens
– ficámos com a certeza de
que aquele cantinho da Col-
A casa estava cheia
lege e Clinton entrou já no guntámos se o pai estaria o Marco – o irmãos mais falava, como que a dizer
agrado de toda a gente. Nas satisfeito – se pudesse ver – velho, ao que cremos – que que estava por ali – entre as
festas da Little Italy nin- com o que os filhos têm es- também passou por lá. muitas centenas de pessoas
guém dispensa uma visita tado a fazer, Paulo não teve que iam e vinha – muita e
ao Café Fiplomático. dúvidas. “Com certeza que A Língua... da variada origem. Para ele, a
ficava...” Até porque “esta- Música grande Língua... “é a Lín-
No sábado, era a celebração mos a fazer o que ele queria gua da Música. Ao vivo”,
dos 40 anos de existência. que fizéssemos”. Ao músico que esteve a insistiu.
Fechou-se aquele troço da actuar durante toda a noite, 40 anos. A mesma família.
Clinton. Houve, até às 11 Já antes Rocco Jr nos tinha Dacosta, ainda perguntá- Café Diplomático está por
horas da noite, Música ao dito o mesmo. E a Dina. Até mos quantas Línguas ele ali para durar.
vivo. E mesmo o DJ, quan-
do o houve, era “nosso”, se
assim nos podemos expres-
sar, já que era o TNT, do
Tony da Silva.
Para Paulo Mastrangelo –
um dos filhos do fundador
– tudo aquilo vale a pena,
exactamente porque “lidar
bem com os clientes sempre
foi o nosso lema”.
De resto, quando lhe per- Bons momentos ali se passaram...
 9 de Agosto 2010 Cidade . 7
“Taste of the Danforth” John Tory
em tempo de Verão Multicultural não vai à “corrida”
Guida Micael
Chama-se “Taste of the Danforth”. Mas o nome pouco diz.
Música... muita música. Entusiasmo a rodos. Muita gente
de… muitas origens, porque a Danforth, há muito, virou área
de “todos nós”. É a festa da comunidade grega, sem dúvi-
da. Mas é também a festa de uma comunidade multirracial
como é nossa. De uma comunidade diversificada e oriunda
de vários mundos.
“Taste of the Danforth” é um festival annual celebrado na
chamada “Greektown”, a que a Danforth Avenue serve de
baliza.
O Festival decorre todos os anos, durante três dias, no mês Nas últimas horas… ficámos todos a saber que a “luta” pelo
de Agosto. Dizem, por lá, que o Festival é lugar de Mayor vai continuar como até aqui. E deu-nos a di-
considerado uma “fotocópia” de “Taste of Chicago”. Que é feito em pleno Chicago, Estados Unidos. mensão de que começamos todos a estar fartos de uns quan-
Atenção positiva A “nossa” Taste of the Danforth começou, em 1994, a cel-
ebrar a comunidade Grega. Numeros de visitantes em anos
tos jogos de bastidores, entre políticos e não sós, para nos
darem mais do mesmo...
e... atenção negativa passados chegaram a atingir números altos como 1 milhão
de visitantes. O Festival estende-se por quase 2 quilómetros
John Tory, que muitos queriam ver como Mayor da cidade
de Toronto – e nós já o dissemos – afastava essas mesmas
e a própria Danforth Avenue é fechada ao tráfego desde a hipóteses. Acentuou que a sua não ida às urnas tem a ver
Broadview até à Jones Avenue. Estivemos lá. Entendemos com a ideia de que pode fazer coisas mais úteis fora da vida
o entusiasmo das pessoas. Debicámos algumas das iguar- política.
ias presentes. E ficámos com a certeza de que para o ano lá Tudo visto, parece estar a chegar a hora do reconhecimento
voltaremos. de que é cada vez mais difícil ser governante, a qualquer
Guida Micael nível, neste nosso País. É que são muitas as dificuldades a
vencer, muitos os obstáculos a saltar, muitos os “sapos vi-
vos” a engolir como diz o nosso povo. Hoje mais do que
No ultimo artigo, mencionei que uma criança, quando ontem, ser Político não é, de forma alguma, pera doce. É
pede atenção por alguma razão é, seja ela por querer al- trabalho que exige estômago e coração. Coração para en-
guma coisa ou simplesmente por querer chamar a atenção tender o chamamento dos eventuais eleitores. Estômago para
dos pais. aguentar os muitos socos que o político tem de sofrer.
Quando uma criança não se comporta bem é fácil os pais O Povo que nós somos – aqui, também, a despeito de ser
repreenderem. Aqui se dá a atenção negativa. Mas quando muito mais visível noutros locais que todos conhecemos –
uma criança faz algo de importante ou bonito... muitos tem muito a ver com isto. Exige demais dos que elege. Ex-
pais não reconhecem e é nessa ocasião que se devia dar ige que tudo seja transparente e visível, Mesmo aquilo que,
mais atenção porque essa, sim, é atenção positiva e a mais agradando a uns quantos milhares, pode desagradar a uns
importante das duas. milhões. Exige em suma que os seus problemas – por pouco
Atenção negativa: digamos que a sua filha decidiu brin- colectivos que sejam – sejam tratados em primeiro lugar.
car com um objecto em cima da mesa que ela não pode
mexer. Você diz-lhe que não se deve tocar e até pode ficar Casa do Alentejo
chateado e reprende-a pelo que fez. Neste caso, a atenção de Toronto
positiva: seria chegar ao pé dela com calma e dar-lhe uma
actividade para a manter ocupada, sem mencionar se ela Um Cruzeiro que
devia estar a mexer no objecto ou não porque só a palavra promete
NÃO é o que basta para ela voltar lá e mexer outra vez. É
mais fácil falar do que fazer e ainda mais difícil lembrar A Casa do Alentejo de Toronto
de fazer isto. Mas... tente fazê-lo o mais possível e vai ver tem por hábito levar a cabo um
o resultado mais cedo ou mais tarde. Cruzeiro, por esta altura do
É facil um pai ou uma mãe exaltarem-se com os filhos, ano. Em tempo de verão, vale a
mas quanto mais se ralha e se diz não... é pior porque pena. E a Casa do Alentejo pa-
rece contar por êxitos todos os
eles assim continuam a fazer aquilo que você pensa que cruzeiros do género. Armando
não devem por causa do interesse. Se um dia tiver que Viegas, o presidente da colec-
dizer não é melhor você tirar ums segundos para explicar tividade, deixa, por nosso inter-
porquê. Pode haver a altura em que eles voltem só para médio, um convite para os que
testarem as águas –como se diz - mas se você for consis- estão por aqui “residindo perto
tente com o processo de explicação ele se tornará mais de mim e em género de anún-
fácil. É melhor tirar uns minutos e explicar... do que ela cio para os outros que apesar de
partir o objecto para a próxima vez que o interesse apa- estarem longe, também eles es-
reça. Quando você oferece uma explicação, você está ao tão sempre no meu pensamento
mesmo tempo a ensinar. como bons e especiais amigos”.
É ele quem o diz.
Infelizmente, a nossa sociedade tem a ideia de que as cri- A efectivacao do “III Cruzeiro
anças se devem comportar sempre bem em todo o lado e Annual” da Casa do Alentejo
automaticamente pensa que a crianca é má quando não se em Toronto vai decorrer no Do-
comporta bem mas esse não é o caso. Se a criança age de mingo, dia 29 de Agosto.
uma maneira fora do normal é porque está aborrecida, o Pela experiência colhida nos
que não acontecia se ela estivesse ocupada com uma ac- anos anteriores, este evento
tividade produtiva. promete uma vêz mais, tornar-
Não pense que este tipo de ensino – digamos - só pode se numa agradabilíssima tarde
ser usado em crianças mais velhas. Até uma criança de 18 de relaxamento e confraterniza-
meses consegue comprender. É só preciso paciência e, o ção, aproveitando o navegar nas
àguas do sempre maravilhoso
mais importante, compreensão. Lembre-se, então, para a Lago Ontário a bordo do el-
próxima vez, que se os seus filhos fizerem alguma coisa egante paquete “Obsession III”.
interessante, dêem-lhe um sorriso e os parabéns por um Durante a tarde, será servido
trabalho bem feito. Até os mais velhos que já estejam na um saboroso bufete fornecido
universidade, ou até já casados, tirem um tempo e digam- pelo restaurante “Lisbon By
lhe como estão orgulhosos deles. Night” e o entretenimento está
Nada acontece de um dia para o outro. É preciso ser con- a cargo da jovem canconetista
sistente com o processo. Ninguém nasceu ensinado e, Jessica Amaro e ainda por um
como pais, é fácil sentirem-se que estão com as mãos che- DJ com música para dançar.
ias, mas não há mal nenhum em pedir ajuda e conselhos O embarque está marcado para
o meio-dia. As reservas podem
para poderem lidar com certos problemas que tenham com ser feitas pelo telefone 416 537
os filhos. 7766.
 8 . Postal de Hamilton
Ontario celebra
a aptidão
para a instrução
* O Premio deste ano foi para Hamilton
O Governo McGuinty acaba de anunciar os vencedores de
um Prémio de excelência para galardoar os que se dedicam,
especialmente, à aptidão para o Ensino e Instrução.
Leah Morris, uma activista comunitária e considerada uma
apaixonada pela instrução, na area de Hamilton, foi recom-
pensada com a medalha de 2010 do Ontario. A chamada
Council of the Federation Literacy Award foi, assim, para
Hamilton.
O Premier Dalton McGuinty homenageou Leah Morris pela
sua liderança e dedicação na ajuda aos adultos a melhorarem
os seus conhecimentos de leitura e escrita na zona de Ham-
ilton. A homenageada é, actualmente, directora executive da
Associação de Educação Básica para Adultos, em Hamilton,
e que tem estado a apoiar a aprendizagem para toda a vida
desde 1983.
Por Alturas de 2020, cerca de 70 por cento dos novos pos-
tos de trabalho vão exigir educação post-secundária e treino.
Apoiando uma forte aptidão para a leitura, por forma a de-
senvolver uma força laboral bem treinada é parte do chama-
do “Open Ontario Plan” do Governo.
Importante até para a economia
A “Literacy abre as portas a um mundo de oportunidades.
Líderes como Leah Morris inspiram os outros a realizar os
seus sonhos e a ser os melhores. Isto é óptimo para as famí-
lias do Ontario, para as nossas comunidades e para a nossa
economia”, disse o Premier.
Para Leah Morris, “trabalhar em Literacy é um esforço de
equipa e eu sinto-me orgulhosa de desempenhar o meu papel
“, até porque “onde queremos ir amanhã deve ser preparado
hoje”.
Um cartão que pode ser útil...
Hamilton, no início do processo de auscultação
Um novo Plano para a criação
de infraestruturas sociais
Edgar Quinquino
Hamilton
O ministro da energia e infraestruturas da província do
Ontario, Brad Duguid,
manifestou-se satisfeito com a contribuição dada pelos pre-
sentes à primeira sessão de auscultacão de propostas para o
novo plano do Governo provincial, que prevê construir in-
fraestruturas sociais num período de 10 anos.
Brad Duguid manifestou a sua satisfação no fim da cerimo-
nia que marcou, quarta-feira ultima (4 de Agoto), na cidade
de Hamilton, o início do processo de auscultação que se es-
tenderá até ao proximo ano.
Falando ao ABC, no final da sessão, Brad Duguid mostrou-
se optimista com o plano, oficialmente designado “10 year
Infrastructure Plan”, que, segundo disse, terá um impacto
positivo directo na melhoria da vida da população.
“Foi um óptimo pontapé de saída para as nossas consultas”,
disse o governante, acrescentando que o êxito do programa
depende da participação das entidades e indivíduos da pro-
vincia de Ontario, sem os quais “nada poderá ser feito”, con-
siderou.
Presente também Ted McMeekin, deputado provincial por
Ancaster-Dundas-Flamborough-Westdale.
Na consulta de quarta-feira, estiveram presentes respon-
saveis locais ligados aos hospitais, cuidados de saude, asso-
ciaçoes de constructores, câmara do comércio, turismo, edu-
cação, para alem de entidades parlamentares de Hamilton e
arredores.
9 de Agosto 2010
Modernizar e expandir infraestruturas
Envolvido na politica ha mais de 23 anos, Brad Duguid foi
eleito para a legislatura de Ontario em Outubro de 2003 e
foi nomeado ministro da Energia e Infraestructura em 2010.
O processo de auscultação prevê, entre outros aspectos,
identificar as principais áreas a ser abrangidas e definir as
prioridades do programa que visa modernizar e expandir as
infra-estruturas públicas nos próximos 10 anos.
Para escutar o maior numero possivel de residentes, o min-
isterio da energia e infraestruturas tem uma página, na in-
ternet, onde qualquer interessado pode deixar a sua opinião.
Ao ministerio da energia e infraestruturas compete trabalhar
em parceria com outras entidades governamentais e não-
governamentais para a construção de escolas, transportes
publicos, hospitais e fontes de energia sustentavel para asse-
gurar o bom desempenho economico da provincia e garantir
que o Ontario seja um dos “melhores lugares no mundo para
viver, trabalhar, investir e cuidar da familia”, le-se na nota da
pagina web do ministerio.
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10 . Cronicas de Opinião 9 de Agosto 2010

Planear no presente Quero de volta o meu Passado...

para proteger o futuro
Éramos o que éramos. Sabía- vilhoso! Éramos puros. nosso lugar e em conversas
mos que com o tempo podía- Acreditávamos no pai Natal! de adultos não nos metía-
mos mudar o que queríamos. Sabíamos que a cegonha é mos. Muito menos fazer
A água era bebida até da que trazia os nossos irmãos chantagens como se vê hoje
mangueira. E não havia nen- e quando queríamos ovinhos em dia.
Lara Ingrid huma mangueira ligada que de Páscoa era ao coelhinho Naquele tempo era tudo
a gente não tentasse saltar que pedíamos. Não era pre- mais simples e puro. Se es-
no meio dela. Brincávamos ciso psicólogos nem muito távamos aborrecidos com
lá fora até às tantas, e não menos sabíamos o que era alguém passava dentro de
Vamos voltar a uma era de era preciso ninguém a vigiar. uma depressão. horas e os vizinhos não iri-
Pedro Maia quando todos se davam bem.
Quando todos brincavam
Brincávamos as escondidas. Se nos dessem uma prenda am saber. Nem iam saber as
Acordávamos cedo para ver estávamos realmente gratos pessoas através dum Face-
A maioria das pessoas enfrenta muitas mudanças previ- com as mais simples coi- os desenhos animados. e não a dizer que queríamos book daquela epoca...
síveis na vida. A parentalidade, a compra de uma casa, o sas. Uma simples bola. Uma Para nós, tudo era mara- outra. Sabíamos estar no Tudo era mais simples.
ingresso ou a saída do mercado de trabalho, os problemas boneca de pano. Um pião.
de saúde e as alterações nas relações pessoais são exem- Moedas. E vamos voltar a
plos de transições normais na nossa vida. A existência de uma época onde comíamos
um planeamento eficaz de segurança financeira ajudará a todas as guloseimas sem
preparar-se financeiramente para essas transições. estar a verificar as calorias.
Produtos de risco, como um seguro de vida, constituem a Chocolates sem conta. Pas-
base de um plano sólido de segurança financeira. A fun- tilhas elásticas. Sugos de
ção principal do seguro de vida é clara: proteger os bens fruta. Pipocas com fartura.
e o rendimento futuro de catástrofes e oferecer segurança Guarda chuvas de chocolate
financeira em caso de morte. Todavia, o seguro de vida ou até de kinder. Saltávamos
também acrescenta valor a outros aspectos da vida. à corda. Cabra-cega. Aos
Reforma - A maioria da população canadiana aguarda ladrões e polícias. Em todo
com expectativa a chegada da reforma, com a esperança o sítio onde íamos fazíamos
de viajar pelo mundo ou iniciar o seu negócio por conta amigos. E não havia diferen-
própria. Porém, alguns nem sempre possuem um plano de ça nenhuma. Não havia nin-
reforma eficaz que vise atingir tais objectivos. guém a dizer não fales com
A existência de um seguro de vida permanente permitirá este... porque ele é diferente.
acumular valor em numerário, dentro de determinados Corríamos. As vezes caía-
limites legais, sem pagar imposto sobre o rendimento em mos, ficávamos cortados,
crescimento. Pode-se aceder ao valor em numerário para mas levantávamo-nos e con-
obter um rendimento de reforma. Poderá utilizar a apólice tinuávamos as nossas aven-
como garantia para um empréstimo ao consumidor. Ou os turas. Púnhamos ketchup em
valores em numerário poderão ser utilizados para ajudar a tudo. Não tínhamos manias
financiar uma oportunidade de negócio, a proteger o modo de não comer isto, aquilo e
de vida do seu cônjuge ou a disponibilizar o rendimento aqueloutro. O ketchup tapa-
necessário para pagar uma assistência de longa duração. va todos os sabores.
Da mesma forma, a combinação de uma pensão vitalícia a O peso... ai o peso... não era
prémio único e de um seguro de vida permanente poderá algo que nos preocupasse.

optimizar o rendimento da pensão e disponibilizar fundos
para o cônjuge sobrevivente.
Invalidez - Ao longo da vida, você poderá vir a enfrentar
uma invalidez de curta ou longa duração. Ou até poderá
precisar de se afastar do emprego por algum tempo ou de
fundos para pagar uma assistência domiciliária de longa
duração.
Muitos seguros de vida oferecem a possibilidade de acres-
centar uma cláusula adicional que visa proteger o seguro
em caso de invalidez. Algumas cláusulas a considerar:
contribuição por incapacidade total; exoneração de paga-
mento do prémio de seguro; contribuição de montante
único por invalidez; e contribuição avançada por morte,
no caso do indivíduo segurado passar à situação de doente
em fase terminal.
Planeamento dos bens - Os seus familiares mais próximos
poderão ter de enfrentar muitas decisões financeiras após
a sua morte, para as quais poderão não estar preparados ou
não saber resolvê-las.
Por exemplo, poderá vir a ser necessário pagar impostos
sobre o rendimento ou outras despesas resultantes da dis-
tribuição dos seus bens imobiliários. As receitas prove-
nientes de um seguro de vida poderão disponibilizar aos
herdeiros e ao património a liquidez necessária para pagar
tais impostos e outras despesas, conservando o mais pos-
sível o património para os herdeiros.
Porque gritamos?
Um dia, dei por mim a questionar-me porque é que as pes-
soas gritam quando estão aborrecidas? E cheguei a uma con-
clusão: Gritamos porque perdemos a calma.
Mas o que me faz ainda mais confusão é porque razão grita-
mos quando a outra pessoa está ao nosso seu lado? E só pode
ser por uma razão: porque desejamos que a outra pessoa nos
ouça.
Mas será que não é possível falarmos em voz baixa? Infeliz-
mente ainda ninguém me conseguiu dar uma explicação que
me convença.
Então, depois de muito pensar porque se grita com uma pes-
soa quando se está aborrecido, concluí que quando duas pes-
soas estão zangadas, os seus corações afastam-se muito. Para
cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se
mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte
terão que gritar para se ouvirem um ao outro, através da
grande distância.
Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão apa-
ixonadas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê?
Porque os seus corações estão muito perto. A distância entre
Cristina Alves
jornalista (Lisboa)
elas é pequena. Às vezes os seus corações estão tão próxi-
mos que nem falam,
somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não
necessitam sequer de sussurrar, apenas se olham... e basta.
Os seus corações entendem-se. É isso que acontece quando
duas pessoas que se amam estão próximas.
Como dizia Mahatma Gandhi: “Quando vocês discutirem,
não deixem que os vossos corações se afastem, não digam
palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em
que a distância será tanta que não mais encontrarão o
caminho de volta”.

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 9 de Agosto 2010 Desporto . 11

Toronto viu “craques” do Inter Cristiano Ronaldo

volta a brilhar
que... perderam frente ao Panathinaikos O Real Madrid derrotou o LA Galaxy, por 3-2, e terminou
Fotos de Phil Lameira da melhor maneira a sua digressão de 12 dias nos Estados
agressão a Materazzi.
O Panathinaikos venceu o Unidos. Cristiano Ronaldo, que apenas jogou na segunda
Na segunda metade, os mais de 36 mil espectadores presen-
Inter por 3-2, em jogo de parte, voltou a ser a principal figura dos “blancos”. Desta
tes no M&T Bank Stadium, em Baltimore, assistiram a mais
preparação disputado, na vez, Mourinho decidiu dividir os seus principais jogadores
dois golos do Inter. O primeiro aos 54 minutos, novamente
noite de terça-feira, no pelas duas metades do encontro, fazendo cada uma alinhar
por Obinna, na conclusão de um contra-ataque; o último
Rogers Centre, em Toronto, 45 minutos, embora a da segunda parte tenha sido bem mais
pelo jovem Cristiano Biraghi, num tiro disparado a mais de
que começa, assim, a ver forte que a da primeira. Com uma equipa mais de acordo
25 metros da baliza.
jogos das grandes equipas com os pergaminhos do clube, na segunda parte, o Real teve
A antiga equipa de Mourinho não contou com algumas das
europeias e mundiais. em Cristiano a melhor arma. Jogou e fez jogar. Deu um golo
suas maiores estrelas, como Sneijder, Milito ou Lúcio.
Cissé (12 e 22 min) deu a marcar e marcou outro.
vantagem de dois golos à
formação helénica,
pertencendo a Etoo (32 min)
o tento que reduziu a
diferença para os “
nerazzurri”.
Ainda na primeira parte, o
argentino Leto
(40 min) voltaria a dar dois
golos de avanço ao Panathinaikos. O brasileiro Philippe
Coutinho, reforço do Inter para a próxima época, fixou o
resultado a cinco minutos dos 90.
Foi um jogo morno. Daqueles de que os adeptos normais
não gostam, mas que se compreende se tivermos em linha
de conta que as equipas estavam em tempo de preparação.

Inter vence Manchester City

O Inter de Milão venceu, entretanto, o Manchester City por
3-0. O nigeriano Obinna foi a estrela do encontro ao apontar
os dois tentos iniciais dos nerazzurri.
O primeiro golo só chegou aos 38 minutos, quando Obin-
na recebeu uma bela assistência de Cambiasso e rematou
forte, junto ao poste esquerdo do guarda-redes do City. An-
tes, no entanto, já os ingleses tinham ficado reduzidos a 10
jogadores, em virtude da expulsão de Vieira, por alegada
 12 . Desporto
(Super)Dragões vencem Supertaça
André Villas-Boas iniciou,
no sábado, a carreira de trei-
nador de primeiro nível com
uma vitória em toda a linha,
categórica, sobre o mestre
Jorge Jesus.
Não era uma corrida entre
treinadores, mas o favor-
itismo concedido ao Ben-
fica sofreu um revés bem
pesado e grande parte da
justificação encontra-se nos
equívocos do treinador en-
carnado, a começar por não
*Uma lição de mestre ao campeão
ligar importância à influên-
cia histórica: o FC Porto
aumentou para 10-1 a dife-
rença esmagadora em finais
de Supertaça com o grande
rival.
Sistematizado em 4x3x3,
o FC Porto viu o Benfica
“copiar-lhe” a táctica depois
da entrada de Jara no minuto
59’, altura em que Aimar
cedeu o seu lugar depois de
também ele ter denunciado
fragilidades enormes no que
diz respeito ao controlo emo-
cional. Ruben Amorim foi o
único a não ser amarelado
na defesa, Martins também
viu amarelo e tanto Cardozo
como Peixoto deveriam ter
sido expulsos na sequência
de agressões a Sapunaru e
a Varela (aos 15’ e 41’, re-
spectivamente). Em pior
plano do que os campeões só
esteve mesmo o árbitro, que
terá perdoado um penálti de
Sapunaru sobre Coentrão
(30’) e um vermelho a Da-
vid Luiz quando este atingiu
por trás o citadíssimo Sapu-
naru no minuto 57.
Quem sofre nos
primeiros 5 minutos...
Dizia a “Bola” que, pela
quarta vez nesta temporada,
o Benfica sofreu um golo
nos primeiros 5 minutos, en-
trando a perder sob o “efeito
Roberto”, embora nenhuma
culpa directa possa ser as-
sacada ao guarda-redes es-
panhol no canto de Belluschi
concluído à queima-roupa
por Rolando. O problema
que se pensava ser do guar-
da-redes alastrou ao sistema
defensivo encarnado, que já
sofreu este ano mais golos
de canto do que em toda a
época transacta.
O golo tolheu os encarna-
dos e soltou os portistas,
mantendo-se uma pressão
sobre a área encarnada du-
rante mais de meia hora.
O Benfica, com a excep-
ção de bolas paradas, não
conseguiu filtrar o jogo a
meio-campo e só perto do
intervalo criou situações de
algum espaço no flanco es-
querdo, com mais apoio de
Peixoto a Fábio Coentrão,
que regressou, sem sucesso,
à sua posição original de ex-
tremo-esquerdo no 4x4x2 da
época passada. Na segunda
parte, os jogadores do Ben-
fica preferiram o confronto
físico e desperdiçaram os
primeiros 20 minutos, tran-
quilizando ainda mais o
adversário. A maturidade
portista e o gradual ganho
de confiança de Silvestre
Varela, no flanco esquerdo,
fizeram o resto. Um contra-
ataque lançado por Álvaro a
tirar partido do desposicio-
namento encarnado colocou
Varela na linha de fundo a
servir Falcão para uma final-
ização frontal, ao seu jeito.
Eram decorridos apenas 66
minutos, mas o Benfica já
9 de Agosto 2010
estava derrotado há muito.
BENFICA: Roberto, Ruben
Amorim, Luisão, Sidnei,
David Luiz, César Peixoto,
Airton, Carlos Martins,
Fábio Coentrão, Gaitán,
Aimar, Jara, Saviola,
Cardozo
TREINADOR:
JORGE JESUS
FC PORTO: Helton, Sapu-
naru, Miguel Lopes, Rolan-
do, Maicon, Alvaro Pereira,
Fernando, Moutinho, R.
Meireles, Belluschi, Hulk,
Varela, C. Rodríguez, Falcão
TREINADOR:
ANDRÉ VILLAS-BOAS
Jorge Jesus: “FC
Porto acabou por ser
justo vencedor”
Jorge Jesus analisou a
vitória do FC Porto na Su-
pertaça Cândido de Oliveira,
em declarações à TVI. Con-
siderou justo o triunfo do
FC Porto no primeiro “clás-
sico” da época. O técnico
dos campeões nacionais
lamentou o facto dos seus
jogadores terem sido “sur-
preendidos por um golo aos
3’” de jogo, mas reconheceu
que o FC Porto “esteve mel-
hor que o Benfica em termos
de eficácia”.
“Foi um bom jogo e gan-
hou a equipa mais eficaz.
Vamos começar no domin-
go o campeonato, que é o
nosso grande objectivo. O
FC Porto acabou por ser um
justo vencedor. O Benfica
fez quase sempre golos, hoje
não, mas há jogadores que
começaram a trabalhar mais
tarde e isso notou-se hoje”,
prosseguiu.
 9 de Agosto 2010
Golo de Maniche acaba com dúvidas
e apura Sporting
O Sporting apurou-se para o play-off da Liga Europa de-
pois de uma vitória tremida (2-1) frente ao Nordsjaelland, da
Dinamarca. O jogo complicou-se, mas Maniche tranquilizou
o leão.
Depois de uma vitória (1-0) na primeira partida e num jogo
em que teve tudo para construir uma vitória folgada, o
Sporting acabou por sofrer para vencer (2-1) na partida da
segunda mão da terceira pré-eliminatória da Liga Europa,
resultado que, somado ao da primeira mão, garante a pas-
sagem ao play-off.
O Sporting até entrou melhor no jogo e depois de desperdiçar
várias oportunidades de golo viu Hélder Postiga, aos 24,
fazer o 1-0. O avançado leonino, que realizou uma boa exi-
bição, aproveitou uma bola que sobrou na área após remate
de Liedson e cabeceou para o fundo da baliza dinamarquesa.
Até ao intervalo o Sporting desperdiçou várias oportuni-
dades de golo, mostrando mesmo boa qualidade de jogo. No
regresso dos balneários, no entanto, algo mudou na partida.
O Sporting perdeu ligação entre sectores e mesmo tendo al-
gumas ocasiões para marcar, acabou por tremer perante a
Quem segura este Braga?!
* Sp. Braga perde (1-2) mas avança na Champions
O Sp. Braga qualificou-se na quarta-feira para o play-off de
apuramento para a Champions League, ao eliminar o Celtic
na terceira pré-eliminatória apesar da derrota sofrida (1-2)
na Escócia.
A equipa portuguesa partiu para o jogo com três golos de
vantagem, diferença conseguida na primeira mão, há uma
semana. Tranquilo, apesar do ambiente ensurdecedor nas
bancadas de Celtic Park, o Sp. Braga acabou por matar a
eliminatória aos 20 minutos de jogo, altura em que Paulo
César, no centro da área, cabeceou para golo após um bril-
hante passe de Alan, da direita.
O Celtic acusou o golo – teria, agora, de marcar cinco golos
e não sofrer nenhum de modo a chegar ao play-off da Liga
dos Campeões – e a verdade é que durante toda a primeira
parte acabou por ser o Sp. Braga a equipa mais próxima de
fazer outro golo.
O treinador Neil Lennon fez entrar Fortuné ao intervalo e
pouco tempo depois foi compensado. O número 10 entrou
na área do Sp. Braga, cruzou rasteiro e serviu Hooper, para
o golo do empate. O Celtic procurou a vitória e acabou por
reacção do Nordsjaelland.
Os dinamarqueses voltaram a discutir a eliminatória quando,
aos 80 minutos, Lawan surgiu na cara de Rui Patrício e em-
purrou para o 1-1.
O Nordsjaelland procurou o segundo golo e teve mesmo
uma excelente oportunidade para consegui-lo. Praticamente
na resposta, Maniche concluiu um contra-ataque com um
pontapé colocado que só parou no fundo da baliza.
O leão acabou por vencer, fazendo justiça no total das duas
mãos da eliminatória.
SPORTING - Rui Patrício; João Pereira, Daniel Carriço,
Polga e Evaldo; André Santos, Maniche, Vukcevic e Valdés;
Hélder Postiga e Liedson.
NORDSJAELLAND - Hansen, Kildentoft, Parkhurst, Dan-
iel Jensen, Bengtsson, Patrice Bernier, Adu, Stokholm, Mik-
kelsen, Andreas Laudrup, Nicki Nielsen
“Assobios” merecidos
O treinador do Sporting, Paulo Sérgio, admitiu que os asso-
bios dirigidos à equipa do Sporting nos últimos minutos do
jogo com o Nordsjaelland foram legítimos. Assim, o técnico
aponta a solução: jogar melhor...
“Queremos agradecer apoio de muita gente que aqui veio.
Vamos continuar a trabalhar para cada vez ouvirmos mais
palmas e menos assobios”, disse Paulo Sérgio na flash inter-
view da SportTV, mal a partida acabou.
“Nao podemos querer ter estádios cheios e não reconhecer
quando não estamos bem. Quem anda nesta vida não pode
ter determinado tipo de coragem quando ouve palmas e um
diferente quando ouve assobios. Há é que inverter. Há que
ter personalidade e jogar. O adepto manifesta-se e nós quere-
mos sempre casa cheia.. Nós é que temos de saber viver com
o assobio. Temos que ter personalidade para assumir a bola
e o jogo”, explicou o treinador, desdramatizando o descon-
tentamento dos adeptos.
consegui-la quando, aos 79, o mexicano Juárez surgiu na
área a cabecear para o fundo da baliza, após cruzamento de
Samaras.
O Sp. Braga está nos play-offs de apuramento da Liga dos
Campeões. O Celtic vai disputar o play-off de apuramento
para a Liga Europa.
Desporto . 13
Sporting “optimista”
para embate
com Brondby
Após o sorteio da Liga Europa, que colocou o Brondby no
caminho do Sporting, o técnico leonino mostrou-se optimis-
ta quanto ao apuramento da equipa de Alvalade para a fase
de grupos da competição.
“É um adversário que temos que respeitar e que vamos es-
tudar com toda a atenção para podermos cumprir o nosso
objectivo que é o de seguir em frente na prova. Queremos
permanecer nesta competição porque um dos nossos grandes
objectivos é o de entrar na fase de grupos”, refere em decla-
rações ao site oficial do Sporting.
Depois de eliminar o Nordsjaelland na 3.ª pré-eliminatória,
Paulo Sérgio desvalorizou o facto de defrontar nova equi-
pa dinamarquesa: “Para mim é igual. Tinha de sair um ad-
versário e o que importa é encararmos todos os jogos com o
pensamento positivo e espírito de vitória.”
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 14 . Desporto
Novo “camisola amarela” na Volta a Portugal
O galego David Blanco (Palmeiras Resort-Pio) venceu, on-
tem, domingo, a 4ª etapa da Volta a Portugal em bicicleta,
entre Barcelos e o alto da Senhora. da Graça e é agora o
9 de Agosto 2010
novo camisola amarela, com o registo de 4:43:50.
André Cardoso, colega de equipa de Blanco, conseguiu o
segundo lugar.
Cândido Barbosa perdeu, assim, a camisola , bem como a
possibilidade de pensar em ganhar a Volta a Portugal, ao
perder o contacto com o pelotão. O português terminou
em 32º, mas ainda é lider da camisola branca.
Já Oleg Chuzhda que ganhou dois prémios de montanha,
um de 1ª e um de 3ª categoria, não conseguiu acabar nos
dez primeiros, mas é o novo detendor da camisola verde.
O colega de equipa de David Blanco, que este domingo
venceu a 4ª etapa da Volta a Portugal e lhe “retirou” a
camisola amarela, admitiu que a sua grande dificuldade
«são as montanhas». «A idade não perdoa», disse Cândido
Barbosa no final da prova. No entanto destacou o apoio
que o público lhe transmitiu durante toda a etapa e diz que
dificilmente o esquecerá.

Manchester vence Chelsea e conquista Supertaça

O Manchester United venceu ontem, domingo, o Chelsea
por 3-1, em Wembley, e conquistou a 18.ª Supertaça inglesa
da sua história. Berbatov selou a vitória dos “red devils”
com grande golo após assistência de Nani. A formação de
Old Trafford vingou assim derrota sofrida diante os londri-
nos na Supertaça do ano passado.
Luis Valencia levou o United para o intervalo a vencer por
1-0. O equatoriano marcou aos 41 minutos após cruzamento
de Rooney, que recebeu grande passe de Paul Scholes na
direita.
Na segunda parte, Valencia voltou a estar em evidência ao marfinense aproveitou defesa incompleta de Van der Sar
fazer o cruzamento que deu origem ao segundo golo da eq- a remate de Danny Sturridge.
uipa de Alex Ferguson. O mexicano Javier Hernandez apa- Com a equipa de Carlo Ancelotti balanceada na frente à
receu ao segundo poste para rematar em queda, com a bola procura do golo do empate, o Manchester United acabou
a embater-lhe na face antes de entrar na baliza à guarda de por selar a vitória numa joga construída por Nani e final-
Hilário. izada por Berbatov, dupla que entrou após o intervalo. O
O Chelsea, também com Paulo Ferreira no “onze”, reduziu internacional português lançou o búlgaro que surpreen-
por intermédio de Kalou à passagem do minuto 82. O costa- deu Hilário com um exemplar “chapéu”.

A data oficial de Abertura vai ser divulgada

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 9 de Agosto 2010
Desmoronamento a norte de Vancouver
Uma notícia de Pemberton diz que um forte desmoronamen-
to a norte de Vancouver obrigou a evacuar várias pessoas na
zona.
Ian Indridson, do Ministério de segurança pública da pro-
vincial, disse que a polícia e pessoal de busca e salvamento
levaram a cabo a evacuação de quase duas dezenas de pes-
soas, na densamente arborizada área de Pemberton, a mais
de 250 quilómetros de Vancouver.
A “mare negra” do Golfo do México
não é única
A maré negra do Golfo do México desde a explosão e o
afundamento da plataforma da British Petrolium, no último
dia 20 de abril, tem o potencial de causar danos ambientais
de grande alcance. Mas não é, nem de longe, um dos maiores
vazamentos de petróleo já registrados na história.
Nos últimos 70 anos, mais de 80 episódios de média e alta
gravidade lançaram nos mares e oceanos cerca de 7,4 bil-
hões de litros de petróleo - o correspondente ao volume de
quase 3000 piscinas olímpicas. Os dez maiores desastres re-
spondem por 68% desse total.
Seriam necessários meses para o acidente da BP se igualar ao
do Ixtoc I, um superpetroleiro que explodiu há 30 anos e der-
ramou 454 mil toneladas de petróleo na baía de Campeche ,
no México. E anos para alcançar a magnitude dos 2 bilhões
de litros derramados pelas forças iraquianas durante a Guer-
ra do Golfo, em 1991, o maior da história. O volume de óleo
jorrado pelo poço da BP - cerca de 11 milhões de litros, até
agora - ainda é dez vezes menor que o liberado em 1967 pelo
Torrey Canyon, um dos primeiros supertanques petrolíferos,
que, após colidir com um recife, despejou 119 mil toneladas
do óleo na costa sudoeste do Reino Unido.
Se o vazamento no Golfo do México não for controlado a
tempo, talvez suas consequências se igualem às do Exxon
Valdez, que entrou pra história não como um dos maiores
acidentes petrolíferos, mas como um dos mais graves e em-
blemáticos. Em 1989, a embarcação americana contaminou
2.000 quilômetros de um litoral intocado, matando milhares
de aves marinhas, focas, lontras e orcas. Duas décadas de-
pois, ainda restam 95 mil litros de óleo na região, a maior
parte debaixo da terra, segundo um estudo publicado em ja-
neiro na revista Nature Geoscience.
Os dez maiores acidentes
A seguir conheça os dez maiores acidentes petrolíferos da
história, suas cronologias e dimensões de vazamento:
1- Guerra do Golfo , Kuwait , Golfo Pérsico (janeiro/1991)
Volume: 1 milhão e 360 mil toneladas (753 piscinas olím-
picas)
O pior vazamento de petróleo da história não foi propria-
mente acidental, mas deliberado. Causou enormes danos à
vida selvagem no Golfo Pérsico, depois que forças iraqui-
anas abriram as válvulas de poços de petróleo e oleodutos ao
se retirarem do Kuwait .
2- Ixtoc I, Campeche , Golfo do México (junho/1979)
Volume: 454 mil toneladas (251 piscinas olímpicas)
A plataforma mexicana Ixtoc 1 se rompeu na Baía de
Campeche, derramando cerca de 454 mil toneladas de
petróleo no mar. A enorme maré negra afetou, por mais de
um ano, as costas de uma área de mais de 1.600 km2.
3- Poço de petróleo Fergana Valley , Uzbequistão (mar-
ço/1992)
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Indridson disse não ter indicações de que alguém tenha fica-
do ferido e mesmo os que foram evacuados, na maior parte
camponeses, foram levados para Pemberton.
O deslizamento das terras, localizado entre Meager Creek e
Lillooet River, criou um outro canal.
Indridson disse que funcionários do Ministério estão ainda a
fazer o levantamento da situação, por forma a verificarem as
medidas de segurança que são necessárias.
Volume: 285 mil toneladas (158 piscinas olímpicas)
Trata-se de um dos maiores acidentes terrestres já registra-
dos. Em março de 1992, a explosão de um poço no Vale da
Fergana afetou uma das áreas mais densamente povoadas e
agrícolas da Ásia Central.
4- Atlantic Empress, Tobago, Caribe (julho/1979)
Volume: 287 mil toneladas (159 piscinas olímpicas)
Durante uma tempestade tropical, dois superpetroleiros gi-
gantescos colidiram próximos à ilha caribenha de Tobago .
O acidente matou 26 membros da tripulação e despejou mil-
hões de litros de petróleo bruto no mar.
5- Nowruz, Irã, Golfo Pérsico (fevereiro/1983)
Volume: 260 mil toneladas (144 piscinas olímpicas)
Durante a Primeira Guerra do Golfo, um tanque colidiu com
a plataforma de Nowruz causando o vazamento diário de
1500 barris de petróleo.
6- ABT Summer, Angola (maio/1991)
Volume: 260 mil toneladas (144 piscinas olímpicas)
O superpetroleiro Libéria ABT Summer explodiu na costa
angolana em 28 de maio de 1991 e matou cinco membros
da tripulação. Milhões de litros de petróleo vazaram para o
Oceano Atlântico, afetando a vida marinha.
7- Castillo de Bellver, Africa do Sul (agosto/1983)
Volume: 252 mil toneladas (139 piscinas olímpicas)
Depois de um incêndio a bordo, seguido de explosão, o navio
espanhol rachou-se ao meio, liberando cerca de 200 milhões
de litros do óleo na costa de Cape Town, na África do Sul.
Por sorte, o vento forte evitou que a mancha alcançasse o
litoral, minimizando os efeitos ambientais do desastre.
8 - Amoco Cadiz, França (março/1978)
Volume: 223 mil toneladas (123 piscinas olímpicas)
Um dos piores acidentes petrolíferos do mundo aconteceu
em 1978, quando o supertanque Amoco Cadiz rompeu-se ao
meio perto da costa noroeste da França. O vazamento matou
milhares de moluscos e ouriços do mar. Esta foi a primei-
ra vez que imagens de aves marinhas cobertas de petróleo
foram vistas pelo mundo.
9 - M T Haven, Itália (abril/1991)
Volume: 144 mil toneladas (79 piscinas olímpicas)
Outro superpetroleiro, o navio gêmeo do Amoco Cadiz ex-
plodiu e naufragou próximo da costa de Gênova, matando
seis tripulantes. A poluição na costa mediterrânea da Itália e
da França se estendeu pelos 12 anos seguintes.
10 - Odyssey, Canadá (setembro/1988)
Volume: 132 mil toneladas (73 piscinas olímpicas)
O poço petrolífero localizado na província canadiana de
Newfounland explodiu durante uma operação de perfuração
da plataforma americana Odyssey. Uma pessoa morreu e
outras 66 foram resgatadas sem ferimentos.
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De tudo um pouco . 15
Uma História
(que devia ser) Conhecida
Carlo Miguel Cruz Gomes
Era uma vez um sapo. Chapinhava no rio de um lado para
o outro. Um dia calmo. Ele, no fundo, esperava alguma
mosca gorda para satisfazer a sua fome. Nisto ouviu-se uma
voz à beira-rio. “Ó Sapo… Sapo!!!” A voz chamava. Pedia
que ele se aproximasse, já que tinha um pedido a fazer lhe.
Depois de tantas insistências daquela voz estranha, o Sapo
aproximou-se. Era também a curiosidade a ganhar a batalha
com a fome que lhe fazia procurar a mosca gorda. Decidiu
aproximar se. Viu, então, a figura a quem a voz pertencia.
Era o escorpião. O escorpião era um inimgo feroz do sapo.
Sabia-se que uma só picada deste seu inimigo era sufficiente
para paralizar o sapo durante bastante tempo. O sapo, ao ver
quem era, virou o andamento. Fugiu.
Depois de algum tempo, o sapo ouviu uma vez mais a voz
do esporpião. Chamava-o. Chamava-o: “Sapo, vem cá…
Sapo!”. E a cena repetiu-se várias vezes até que o sapo foi.
Pelo sim e pelo não, ficou a uma certa distância do escorpiao
a quem foi +erguntando: “O que é que queres de mim... que
estás sempre a chamar-me?”
O escorpião respondeu: “Sabes, sapo, é que a minha familia
está do outro lado do rio, e su tu pudesses dar me boleia nas
tuas costas até lá... eu ficaria muito agradecido.” “O quê?”
disse o sapo, “se eu acreditar na tua conversa tu chegas ao
meio do rio e vais picar-me...”
O escorpião olha frontalmente para o sapo e respondeu: “Ó
sapo, pensa bem! Se eu te picar ao meio do rio... nós mor-
remos afogados os dois, pois eu nao sei nadar...”
O Sapo pensou, e viu que o escorpião tinha razão. “Está
bem! Eu levo-te até ao outro lado do rio, salta la…”
Já a meio do rio... o sapo sentiu a picadela. Foi picado. As
suas pernas de sapo pararam de mexer, e a água já lhe batia
no nariz. Olha, tristemente, para o escorpião e pergunta-
lhe: “agora vamos morrer os dois, e porquê… porque é que
fizeste isto?” O escorpião olha para o sapo, também tris-
temente, e diz: “Porque eu sou escorpião. Isso é o que os
escorpiões todos fazem. Eu tenho que te picar, não posso
fingir aquilo que não sou...”
Na vida fazemos por vezes coisas que não devemos, e se
Deus quiser, arrependemo-nos, aprendemos com os nossos
erros e fracassos, e mudamos o nosso caminho. Nós temos
escolha. Não somos escorpiões. Todos nascemos crianças,
bebés inocentes, e a vida à nosso volta transforma-nos, por
vezes, em coisas que não somos verdadeiramente, e faz-nos
acreditar que... temos de morder um ao outro, e de morrer
quando nos picamos... e, no entanto, não somos escorpiões.
Um abraço a todos.
K
Ambiente Aco
lhedor
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16 . Menssagens 9 de Agosto 2010

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 9 de Agosto 2010
Riqueza do País concentrada em Lisboa
Sines, Porto Santo e Alcochete são as surpresas na lista
dos quinze concelhos mais ricos do País, que, como
expectável, é liderada pelos municípios da região de
Lisboa.
O Indicador per Capita do Poder de Compra em Portu-
gal, com base em dados de 2007 divulgados pelo Insti-
tuto Nacional de Estatísticas (INE), revela que Sines,
com 127,61 pontos, é o concelho mais rico do Alentejo
e o 14º de todo o País. Um facto que pode ser justi-
ficado com a forte actividade industrial que rodeia o
Porto de Sines.
Ainda mais surpreendente é a entrada para o sétimo
lugar da tabela de Porto Santo. A ilha ao largo da Ma-
deira depende fortemente da actividade turística, que
tem vindo a crescer consideravelmente nos últimos
anos, e tem agora um poder de compra de 139,92.
A terceira surpresa desta classificação é o quinto lugar
de Alcochete justificado pelo presidente da câmara,
Luís Franco, com o aumento demográfico no concelho
e a presença de vários estabelecimentos comerciais, in-
cluindo o Freeport, no município.
Sem surpresas, Lisboa lidera a tabela com mais 62,79
Uma Portuguesa assassinada no Brasil tinha herança de milhões
*A Polícia quer ouvir Duarte Lima advogado da vítima
A polícia brasileira quer ouvir Duarte Lima, advogado, an-
tigo líder parlamentar do PSD, a propósito do homicídio de
Atrasado na Redacção
Homenagem a Aristides de Sousa Mendes
* Mário Silva esteve presente
O deputado Mario Silva assistiu a uma cerimónia de home-
nagem a Aristides de Sousa Mendes e Luis Martins de Souza
Dantas
Esteve em Nova Iorque, onde participou na homenagem, para
comemorar a dedicação de muitos que, ao longo dos tempos,
tiveram uma postura moral e apelaram à sua consciência no
intuito de salvar outros da perseguição e da morte.
Aristides de Sousa Mendes foi um diplomata português co-
locado em Bordéus, na França, durante a Segunda Guerra
Mundial. Contrariando as ordens do governo, Mendes emi-
tiu milhares de vistos para refugiados aterrorizados que ten-
tavam escapar do regime nazista na Europa. Ele dizia “ O
meu desejo é de estar com Deus contra o Homem e não com
o homem contra Deus”. A sua forma de actuar custaram-lhe
a carreira e morreu na pobreza e no esquecimento. Mas a
verdade é que salvou a vida a umas 30 mil pessoas, das quais
12 mil judeus.
pontos do que o segundo classificado – Oeiras, com
172,95 pontos. Ambos os concelhos têm um poder
de compra superior ao do Porto, que ocupa o terceiro
lugar desta lista.
INDÚSTRIA É CAUSA DE SUCESSO
O presidente da Câmara de Sines, Manuel Coelho, não
hesita em atribuir a riqueza do concelho alentejano ao
desenvolvimento dos complexos industrial e portuário
da cidade.
“Sendo o maior pólo de produção industrial e da
economia nacional, Sines tem uma concentração ex-
traordinária de técnicos superiores, como engenheiros,
economistas, gestores e outros quadros técnicos, que
trazem uma massa crítica significativa para o concel-
ho”, sustentou o autarca.
Manuel Coelho destacou ainda que o concelho tem
vindo a desenvolver “uma rede de Pequenas e Médias
Empresas (PME) que tem uma dinamização notável de
apoio às grandes actividades económicas”, o que con-
tribui para “um nível de vida bastante significativo”
relativamente ao País.
Rosalina da Silva Cardoso Ribeiro, portuguesa de 74 anos,
ocorrido a 7 de Dezembro a 90 quilómetros da Praia do Fla-
mengo, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde residia .
A vítima disputava uma herança com a filha do seu com-
panheiro, Lúcio Feteira, empresário português falecido em
2000, aos 98 anos, tendo deixado uma enorme fortuna. O ad-
vogado, que defendia os interesses de Rosalina Ribeiro em
Portugal, encontrou-se com ela no Brasil horas antes da tra-
gédia. Entretanto, já se disponibilizou para ser ouvido deste
lado do Atlântico por carta rogatória.
Segundo conta o jornal brasileiro Extra Online, Rosalina Ri-
beiro foi morta a 7 de Dezembro com dois tiros, na testa e
no peito, à queima-roupa, com um revólver calibre 38. Os
assassinos não tocaram nem no relógio de pulso, nem nos
dois anéis ou no par de brincos da vítima. Levaram somente
todos os documentos.
O corpo foi abandonado numa sucata de carros roubados e
só foi encontrado na manhã do dia seguinte, 8 de Dezembro,
por uma equipa de guardas municipais. O cadáver foi levado
para o Instituto de Medicina Legal de Cabo Frio, e ali ficou
Da mesma forma, Luis Martins de Souza Dantas foi um dip-
lomata brasileiro que serviu como embaixador na França sob
o governo de Vichy e, contrariando ordens, emitiu centenas
de vistos aos refugiados, falsificando datas para garantir uma
viagem segura até o Brasil. Seus actos heróicos ajudaram
pelo menos 800 judeus a escapar do terror nazista.
Os dois homens morreram no anonimato e isolados de seus
respectivos governos. A sua convicção foi, entretanto, pre-
miada pela medalha “Righteous Among the Nations” (Justo
entre as Nações) e, desde então, eles conseguiram reconhe-
cimento internacional enquanto homens de consciência e de
princípios.
Em 19 de julho de 2010 – o 125o aniversário de nascimento
de Aristides de Sousa Mendes – um evento foi organizado no
Museum of Jewish Heritage – um memorial do Holocausto
em Nova Iorque que imortalizou Aristides de Sousa Mendes
e Luis Martins de Souza Dantas na “Rescuers Gallery”. Foi
uma cerimónia inspiradora e emocionante que incluiu o Liv-
ro de Registo dos Vistos de Bordéus, que foi emprestado à
Galeria pelo Ministério das Relações Exteriores de Portugal.
Portugal . 17
A ponte Vasco da Gama facilitou o desenvolvimento
económico de concelhos como Alcochete
durante 12 dias à espera de ser identificado. Rosalina foi sep-
ultada a 22 de Dezembro no Cemitério São João Batista, em
Botafogo, na Zona Sul do Rio.
Como conta o “Diário de Notícias”, de Lisboa, a portugue-
sa seria a única herdeira de um espólio de mais de 34 mil-
hões de euros só no Brasil, sem contar os milhões de euros,
imóveis e indústrias na Europa.
Porém, surgiu a reivindicar parte da fortuna uma mulher que
se diz filha legítima do seu companheiro falecido em 2000
com 98 anos - o milionário português Lúcio Tomé Feteira,
dono do terreno onde foi construído o autódromo do Estoril.
O empresário, para além de detentor de uma patente na área
de vidros, dedicava-se à construção civil. Em Portugal terá
construído pelos menos 32 prédios. Tinha também empresas
em França e Inglaterra. O seu único filho, com necessidades
especiais, faleceu em 1975. A sua mulher também há tinha
falecido. Para herdar a fortuna sobrava Rosalina, que após
ter ficado viúva, aos 34 anos, foi trabalhar para o empresário
como sua secretária, acabando sua companheira durante
mais de 30 anos.
Diz Mário Silva: “Eu tive a honra de ser convidado a assistir
à cerimônia junto com o diretor do Museu, David Marwell,
o embaixador de Portugal junto das Nações Unidas, Jose
Filipe de Moraes Cabral, a ex-cônsul de Toronto, Amelia
Paiva, Alan Coelho de Sellos, conselheiro junto à Missão
Permanente do Brasil nas Nações Unidas e o coordenador do
evento, João Christomo.
Aristides de Sousa Mendes e Luis Martins de Souza Dantas
são, de facto, heróis. Esses homens deram uma definição
precisa do que é coragem e continuam a ser exemplos de
dignidade e devoção, não somente aos que trabalham na vida
pública, mas a todos. E deveríamos aprender com eles como
nos devemos tratar uns aos outros”.
Quando o Parlamento reabrir, Mário Silva diz que vai con-
tinuar a trabalhar na moção que cria o “Dia da Consciência”,
em homenagem a todos aqueles que agiram em situação de
adversidade no sentido de salvar a vida de seus pares.
18 . Portugal
Até o pão sobe
em Portugal
As notícias de que dispomos dizem-nos que o preço do
pão vai aumentar na próxima semana em alguns locais
de venda e a recente escalada do preço do trigo pode
implicar novas subidas.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da direção
da ACIP explicou que o aumento do preço final do pão
- já anunciado por algumas empresas para a próxima
semana - resulta da subida acumulada de 30 por cento
no preço da farinha, resultante de uma actualização feita
no mês passado e de uma outra agendada para a próxima
semana.
Uma situação que Carlos Santos teme poder vir a ser
agravada com a recente escalada do preço do trigo, que
atingiu agora o valor mais alto em 23 meses, no mesmo
dia em que a Rússia, o terceiro maior produtor do
mundo, decretou a proibição das exportações depois da
pior seca do pais nos últimos 50 anos.
Segundo o presidente da ACIP, “os empresários vão
ter de ir analisando dia a dia, semana a semana, e ir
actualizando as tabelas se for necessário”.
Alertando que “o sector está descapitalizado e não tem
qualquer hipótese de aguentar novos aumentos do preço
da farinha”, Carlos Santos admitiu a eventualidade de vir
a ser necessário criar um “gabinete de crise”.
Mais ricos do País
têm 9% do PIB
Os mais ricos de Portugal sofreram com a crise, mas o pat-
rimónio combinado das 25 maiores fortunas do País repre-
senta 9 por cento do produto interno bruto (PIB). São 14,7
mil milhões de euros repartidos por alguns milionários.
O império da cortiça e a participações na Galp concedem
a Américo Amorim o título do homem mais rico do País,
pelo terceiro ano consecutivo. O empresário tem uma for-
tuna avaliada em 2,2 mil milhões de euros.
O segundo lugar é ocupado pelo patrão do império Sonae,
Belmiro de Azevedo. A crise económica tem tido o seu
impacto nos negócios do empresário, que tinha em 2007
uma fortuna de três mil milhões de euros. Agora, tem me-
nos: cerca de 1,3 mil milhões de euros.
A família mais rica do País, os Guimarães de Mello, têm
um património avaliado em 1017 milhões de euros. Para
além de Vasco de Mello, que lidera a Brisa, os membros
da família controlam a José de Mello e detêm participa-
ções na EDP. Os parentes da família Cunha José de Mello
estão em oitavo lugar, com 605 milhões de euros. A fortu-
na dos dois lados da família teve origem no império CUF.
O homem-forte da Jerónimo Martins falha o pódio, mas
no quarto lugar tem motivos para sorrir. Alexandre Soares
dos Santos viu a fortuna crescer mais de 52 por cento, para
1015 milhões de euros em apenas um ano.
Joe Berardo e Teresa e Paula Roque, filhas do Horácio
Roque, fundador do Banif, encerram a lista dos dez mais
ricos de Portugal. Apesar dos milhares de milhões de eu-
ros que as pessoas da lista da revista ‘Exame’ têm, essa
fortuna sofreu uma quebra.
Os 25 milionários da lista têm hoje menos 800 milhões de
euros para gastar do que há um ano.
Incêndios devastam florestas
e ameaçam populações
Números da Autoridade Florestal Nacional indicam que os
incêndios ocorridos em Portugal de Janeiro a Julho deste ano
consumiram 19.346 hectares - 7.919 hectares de povoamen-
tos florestais e 11.428 hectares de mato. A maior parte das
ignições ocorreu em Julho. No mesmo período, foram regis-
tadas 8.753 ocorrências de fogo (1.390 incêndios florestais
e 7.363 fogachos), 40 por cento delas no distrito de Braga.
Apesar dos valores de área ardida se manter bem abaixo da
média dos últimos anos, os números continuam a crescer.
No Domingo...
A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) registava
50 incêndios às 15:50 de ontem, domingo,. sendo os mais
preocupantes os fogos que continuavam a lavrar no concelho
de São Pedro do Sul e no Parque Nacional Peneda-Gerês.
Na página da Internet, a ANPC destaca pela sua dimensão
sete fogos florestais nos distritos de Viseu, Braga e Viana do
Castelo, que mobilizam um total de 462 bombeiros.
Além do incêndio em São Pedro do Sul, o distrito de Viseu
tem também ativo um outro fogo no concelho de Tabuaço.
Segundo a ANPC, no combate às chamas em São Pedro do
Sul estão 250 bombeiros, 63 viaturas e cinco meios aéreos
(três helicópteros e dois aviões canadair), dois dos quais es-
panhóis.
A Protecção Civil adianta ainda que povoação de Carvalhais
e o festival Andanças, a decorrer naquela localidade até on-
tem, foram evacuados devido à progressão do incêndio.
O fogo que lavra no Parque Nacional Peneda-Gerês abrange
os concelhos de Terras de Bouro (Braga) e Arcos de Valde-
vez (Viana do Castelo), estando no local um total de 132
bombeiros, 36 viaturas e três meios aéreos.
No distrito de Braga está ativo um outro incêndio no con-
celho de Celorico de Bastos e em Viana do Castelo lavra
ainda outro fogo em Ponte de Lima.
Segundo a ANPC, 310 incêndios já deflagraram desde as
00:00 de domingo e no sábado registaram-se 477 fogos.
Dia de sábado foi terrível
O 20 de Julho de 1969 já lá vai há muito
Um “salto gigantesco” para a Humanidade
Fernando Cruz Gomes
Folheando os livros. Estudando os seus dizeres. Olhando,
por eles, o que aí vem, em termos de Futuro (e até de
Presente), para este mundo cheio de contradições e de
ondas de desamor. E se é facto que as efemérides valem
o que valem, não deixa de ser facto, igualmente, que elas
podem dar um certo significado e colorido à vida. Deixar
antever soluções, às vezes. Se até há quem acredite que
as efemérides (de ontem) podem quase fazer adivinhar
o Futuro.
Em 20 de Julho de 1969, o homem chegava à Lua. Fez
esta semana anos. Na sequência do que previra, no início
da década, o antigo presidente dos Estados Unidos, John
F. Kennedy, era um passo em frente na descoberta de
outros mundos. E mesmo que na altura se não soubesse,
na verdadeira acepção do termo, o que isso significava... o
mundo viu o astronauta norte-americano Neil Armstrong a
pisar o solo lunar, logo seguido de Edwin Aldrin.
“Um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco
para a humanidade”, disse então Armstrong. Como que
em previsão do que poderia acontecer. Como que em
antevisão de muitos anos de progresso. Talvez a sondar
o futuro.
A verdade é que a ida à Lua não deve ter trazido – pelo menos
Os asteróides também
entram no “compasso”
geral.
9 de Agosto 2010
O dia de sábado foi o que mais incêndios florestais registou
nos últimos 20 dias, com 477 fogos contabilizados pela Au-
toridades Nacional de Protecção Civil (ANPC).
Os 477 fogos registados no sábado envolveram mais de seis
mil operacionais e em 154 situações foi necessário recorrer
a meios aéreos.
Desde a meia noite de sábado a Protecção Civil contabilizou
198 fogos florestais, dos quais 22 ainda estavam em curso
às 11:30.
O que mais meios mobilizava era o de S. Pedro do Sul, que
deflagrou sexta feira e tem agora quatro frentes. Mais de 200
homens combatem as chamas, apoiados por 58 veículos,
quatro helicópteros e dois aviões pesados.
Na área do Parque Nacional da Peneda Gerês estavam em
curso três incêndios – Aguieira (Arcos de Valdevez) e Vilar-
inho das Furnas e Calcedónia (Terras de Bouro) - combati-
dos por mais de 100 homens.
No total, às 11:30 estava em curso seis fogos mais signifi-
cativos, combatidos por mais de três centenas (369) de ho-
mens.
Entre janeiro e julho deste ano os incêndios florestais
destruíram 19 346 hectares de floresta (7 919 hectares) e
mato (11 428), segundo o relatório provisório da Autoridade
Florestal Nacional.
que se saiba – grandes benefícios para a Humanidade.
Mesmo acreditando-se que a Ciência continua a andar
e visiona outras Luas e outros astros, o Mundo continua
envolto em problemas, com a crise a instalar-se, um pouco
por toda a parte. E sem remédios duradouros a serem
perspectivados a curto espaço de tempo. É possível que
o Futuro venha mais risonho, em determinados esquemas
internacionais, mas – hoje... por hoje... - para o Povo em
si pouco ou nada evoluiu. Há ainda muita miséria, muito
desamor, muito ódio.
É evidente que a ida à Lua não poderia modificar estas
coisas. É evidente que este “pequeno passo para o
homem” deveria ser, de facto, “um salto gigantesco para a
Huamnidade”. Em toda a dimensão do conceito. Limpando
as guerras. Criando ondas de melhoria de vida para tantos
milhões de seres. Dando um ar de futuro sadio a tantos
milhões de crianças no mundo.
Apenas... notas de meditação. Agora que se comemorou
a chegada do homem à Lua, há mais de quarenta anos. E
em que valeria a pena meditar sobre um futuro que aí vem
e que temos de deixar aos mais novos mais limpo e mais
sadio.
 9 de Agosto 2010
Policia Municipal de Ponta Delgada
Uma vontade pública que se cumpre
A Polícia Municipal de
Ponta Delgada já está no
activo, o que acontece oito
anos depois de se ter sido
iniciado o processo de cria-
ção deste corpo policial. Um
marco histórico, uma von-
tade pública que se cumpre
e uma longa batalha ganha
pelo Município, como refer-
iu Berta Cabral.
Os 28 agentes da Polícia
Municipal de Ponta Del-
gada, a primeira do género
nas regiões autónomas dos
Açores e da Madeira, as-
sumiram já o compromisso
de honra, numa cerimónia
pública que decorreu nas
Portas da Cidade e que con-
tou com a presença de mais
de duas centenas de pessoas,
entre as quais o Represent-
ante da República para os
Açores, José António Mes-
quita, o executivo camarário
e várias entidades civis e
militares.
A Presidente da autarquia
dirigiu as primeiras palavras
aos novos agentes, dizendo
que estes são, a partir de
agora, “o rosto da Câmara
Municipal de Ponta Delgada
nas ruas, no contacto com
as pessoas, na prevenção e
na formação de mais e mel-
hores práticas de usar e fazer
a cidade.
O espírito de missão
em foco
Berta Cabral referiu que
chegou ao momento de os
agentes difundirem, junto
da comunidade, o espírito
de missão. Uma missão
que, adiantou, “privilegia a
prevenção e sobrevaloriza a
formação de atitudes”, além
de eleger “a confiança como
base do relacionamento com
as pessoas e a cooperação
como competência com as
forças de segurança”.
A Presidente quer que “Pon-
ta Delgada se orgulhe da sua
Polícia Municipal e que os
novos agentes se orgulhem
de pertencer a este con-
celho”. Por isso mesmo, sa-
lientou que os novos agentes
terão uma “conduta digna,
profissional e altruísta, e
capacidade pedagógica para
fomentar comportamentos
normativos através da prox-
imidade com as pessoas”.
A Presidente da Câmara não
esqueceu a dura batalha que
a autarquia a que preside
empreendeu, ao longo de
oito anos, para ver cumprida
a promessa de instalar a pri-
meira Polícia Municipal dos
Açores na cidade de Ponta
Delgada. Disse mesmo que
“não foi fácil chegar ao dia
da instituição da Polícia Mu-
nicipal. Só o conseguimos
porque persistimos. A consti-
tuição de um corpo de Polí-
cia Municipal é um projecto
defendido por esta autarquia
desde 2001 e faz parte do
nosso contrato com Ponta
Delgada” - referiu a autarca,
recordando que a autarquia
deu o primeiro passo para
cumprir a promessa eleitoral
em 2002, ao arrancar com os
trabalhos de elaboração do
processo de candidatura.
Depois de, a 30 de Junho
de 2003, a Assembleia Mu-
nicipal de Ponta Delgada
ter aprovado o regulamento
da organização e funcio-
namento do serviço desta
força policial, a Comissão
dos Contratos-Programa das
Polícias Municipais deu pa-
recer favorável à sua consti-
tuição no ano seguinte, sen-
do o projecto aprovado pelo
Ministério da Administração
Interna no que respeita à
componente de formação.
Com os dados lançados e
numa altura em que Ponta
Delgada já se preparava para
ter o seu corpo de Polícia
Municipal, surgiu uma al-
teração ao quadro legal que
obrigou à suspensão do pro-
cesso de instalação então em
curso. Um contratempo que,
no entender de Berta Cabral,
“não fez abrandar os nos-
sos propósitos de cumprir a
promessa. Pelas pessoas. Por
Ponta Delgada. Quatro anos
depois de muita insistência e
persistência da nossa parte,
o Governo da República re-
toma o projecto da Polícia
Municipal. A 5 de Fever-
eiro de 2009, é ratificada em
Conselho de Ministros a cri-
ação da Polícia Municipal”.
Não se trata
de substituir a PSP
Berta Cabral fez questão de
referir que a Polícia Munici-
pal não pretende substituir a
Polícia de Segurança Públi-
ca (PSP), mas sim cooperar
com esta e “contribuir para a
manutenção da tranquilidade
pública e para a protecção
das comunidades locais.
Uma cooperação definida
com respeito recíproco pelas
esferas de actuação próprias
e pela partilha de informação
relevante e necessária para a
prossecução das respectivas
atribuições”. Aliás, a inter-
venção da Polícia Municipal
será ao nível do trânsito, do
estacionamento, da seguran-
ça de estruturas municipais e
da fiscalização e protecção
sição de um elemento à PSP
para coordenar o novo corpo
policial e dos contactos fei-
tos com entidades nacionais
com vista à sua formação.
Na altura, inscreveram-se
197 candidatos, os quais
foram submetidos a um rig-
oroso processo de selecção.
A 1 de Março último, arran-
cou a formação dos 28 se-
leccionados e a 6 de Agosto
- dia que entra para o reg-
isto histórico do concelho de
ambiental. Acções que,
como referiu a Presidente
do maior Município dos
Açores, “não se perdem em
modelos reactivos”.
A autarca deixou ainda uma
palavra de reconhecimento
e de incentivo a Alberto
Peixoto, Comandante da
Polícia Municipal também
hoje empossado, e uma pa-
lavra especial a todos os co-
laboradores da autarquia que
estiveram envolvidos, desde
a primeira hora, no projecto
de candidatura e de acom-
panhamento deste corpo
policial.
Foi há precisamente um ano
que a Câmara de Ponta Del-
gada iniciou os procedimen-
tos legais para a contratação
dos agentes da Polícia Mu-
nicipal, isto depois da requi-
Ponta Delgada - iniciam
funções os primeiros agen-
tes.
A inauguração da sede da
Polícia Municipal, que vai
dispor de quatro viaturas,
um ciclo-motor e um seg-
way, realizou-se também,
logo a seguir à cerimónia de
compromisso de honra. A
sede do novo corpo policial
de Ponta Delgada fica situa-
da na Rua Manuel da Ponte,
nº 34.
Portugal . 19
Enough is enough
Processo Casa Pia pode
voltar à “estaca zero”
“Enough is enough.” As palavras - ditas ipsis verbis por
Lopes Barata, juiz adjunto do processo Casa Pia - foram di-
rigidas aos advogados dos arguidos. O magistrado acusou-
os frontalmente de serem os responsáveis pelo atraso no
processo e avisou - numa das poucas vezes que falou numa
sessão do julgamento que já dura há quase seis anos - que,
assim, nem a 3 de Setembro o acórdão será lido. Em causa, a
“nova batalha jurídica” suscitada pelo advogados de defesa.
“Em cada audiência, os advogados têm reiteradamente sus-
citado irregularidades e nulidades a que não assistimos em
nenhum outro processo no País”, ditou Lopes Barata para a
acta.
No entender do juiz do colectivo, esta actuação “entra em
contradição com a urgência não só dos sujeitos processuais
mas também do tribunal em que seja proferida uma decisão
final”.
E vaticina: “Prevejo que, pelo conhecimento que tenho deste
processo há já seis anos, não seja possível que a minha cole-
ga relatora do acórdão profira a decisão a 3 de Setembro.” A
concretizar-se, esta será a terceira data marcada para a leitura
da decisão final a ser adiada.
E se a juíza titular, Ana Peres, no final de Julho, justificava
o adiamento de 5 de Agosto para 3 de Setembro, “pela com-
plexidade do processo”, na sessão que decorreu no Campus
de Justiça, em Lisboa, o magistrado adjunto garantia que
“este processo é de mediana complexidade, já que não tem
mais de 200 páginas de pronúncia, comparando ao volume
de outros processos que já foram julgados”, justifica o juiz.
Assim sendo, Lopes Barata, para tentar que o adiamento não
se confirme, pediu ao Conselho Superior da Magistratura,
juntamente com a sua colega Ester Santos, que lhes seja con-
cedida, mais uma vez, a exclusividade no processo. Exclu-
sividade essa que perdeu em Setembro de 2009.
“Estes magistrados estão há 20 meses para redigir o acórdão”,
diz Ricardo Sá Fernandes, à saída da sessão de julgamento.
“Sempre demonstrei lealdade com este colectivo de juízes,
mas hoje senti-me pessoalmente ofendido pelo juiz Lopes
Barata”, diz o advogado de defesa de Carlos Cruz. Que avisa
que vai “agir em conformidade com isso”. Paulo Sá e Cunha,
advogado de Manuel Abrantes, é mais moderado nas pala-
vras ao defender: “Até parece que nós é que temos estado a
adiar a sentença estes meses todos.”
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 20 . Coisas e loisas 9 de Agosto 2010

Prémios Literários da Estoril Sol

Cristina Alves - Lisboa
Em cerimónia solene, o Auditório do Casino Estoril acolheu,
há dias, a entrega dos Prémios Literários Fernando Namora
e Revelação Agustina Bessa-Luís, respectivamente, a Mário
de Carvalho e a Raquel Ochoa pelos seus romances “A Sala
Magenta” e “A Casa-Comboio”. O Presidente da República,
Prof. Aníbal Cavaco Silva, presidiu a este evento, que contou
com a presença de Mónica Baldaque e Lourença Agustina
Baldaque, filha e neta de Agustina, em sua representação.
Para o Presidente da República, depois de saudar os
vencedores e o Júri presidido pelo escritor e ensaísta Vasco
Graça Moura, dissertando sobre o conteúdo de cada uma
das obras premiadas, referiu, a propósito, que “ celebrar a
cultura nas suas diversas vertentes é uma missão grandiosa
para aqueles que se propõem chamar a si o que de melhor
se faz em Portugal e no Mundo, na Arte, a Literatura, na
Música e no Espectáculo”.
E Cavaco Silva concretizou, dizendo, felicitar a Estoril Sol
”pela sua relevante actividade na promoção e divulgação
da actividade artística, musical e literária, de que estes
dois Prémios são exemplo, e faço votos para que continue
empenhada em associar à sua dimensão empresarial esta
função de relevo no domínio da cultura, provando o muito
que os cidadãos e as empresas podem e devem fazer neste
domínio”.
A escolha dos “santos padroeiros”
Já Vasco Graça Moura, depois de se referir longamente aos
romances vencedores, fundamentando e enquadrando as
escolhas do Júri a que preside, observou no inicio da sua
intervenção que “ a escolha dos “santos pedroeiros” destes
dois Prémios justifica-se por si mesma e dispensa qualquer
outro desenvolvimento que não seja o de realçar o significado
de assim ser prestada uma grata homenagem a dois astros
de primeira grandeza das nossas Letras, como Agustina e
Fernando Namora”.
A seguir ao momento maior da entrega dos Prémios aos dois
Raquel Ochoa, Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís, elaborou uma das obras literárias mais consistentes do século
e Mário de Carvalho, Prémio Fernando Namora, na
mesa de honra com o Presidente da República, Cavaco Na abertura da cerimónia, o presidente da Estoril Sol, Mário
Silva, e Mário Assis Ferreira, Vasco Graça Moura e
António Capucho.
O Presidente da República, Cavaco Silva, ladeado
pelos vencedores dos Prémios Literários da Estoril
Sol, Raquel Ochoa e Mário de Carvalho
vencedores pelo Presidente da República, foi Raquel Ochoa
quem, primeiro, se dirigiu à numerosa assistência referindo,
a propósito do seu romance vencedor, que a Estoril Sol “ao
criar este Prémio, cujo nome Agustina Bessa-Luís evoca com
solenidade toda uma nação literária, consegue de uma só
penada homenagear esta brilhante autora, criar um ambiente
de esperança entre a comunidade de escritores mais novos
e levar ao grande público, com uma visibilidade de outro
modo impossível, uma obra que o Júri acredita acrescentar
algo ao nosso panorama cultural”.
Lembrar Fernando Namora
Por seu lado, Mário de Carvalho, recordou “Este prémio
literário é também uma ocasião para relembrar Fernando
Namora, quando a opacidade do esquecimento, numa espécie
de persistência da treva, tende a apagá-lo ou a obnubilá-lo.
Trata-se de uma dos grandes escritores portugueses que
XX, e em certa altura, uma das mais traduzidas para outras
línguas”.
Assis Ferreira, sublinhou que “temos um compromisso
com a Cultura. Um compromisso a que, devotadamente,
nos entregamos e que se vem desdobrando em múltiplas
iniciativas: desde o Espectáculo, na criação de produções
originais, à Música, incluindo a erudita, ao Teatro, com não
poucas peças de natureza experimental, às Artes Plásticas,
abrindo espaço à coexistência dos mais jovens com nomes
já consagrados, à publicação da “Egoísta” – agora a celebrar
dez anos – revista cultural múltiplas vezes premiada pelas
mais reputadas instituições nacionais e internacionais, e na
qual têm colaborado os mais destacados mestres do grafismo,
da fotografia e escritores de Língua portuguesa”.
Recorde-se que Júri dos Prémios Literários instituídos pela
Estoril Sol, presidido por Vasco Graça Moura, foi integrado
por Guilherme D`Oliveira Martins, em representação do
CNC – Centro Nacional de Cultura; José Manuel Mendes,
pela Associação Portuguesa de Escritores; Maria Carlos Gil
Loureiro, pela Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas;
Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos
Críticos Literários e por Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz,
convidados a título individual; e, ainda, por Nuno Lima de
Carvalho e Dinis de Abreu, em representação da Estoril Sol,
a quem cabe a iniciativa deste Prémio atribuído desde 1987.

UM ROMANCE QUE O NÃO É

Qualquer semelhança com Tozé fosse também demasiadamente forte para pesar no prato da balança.

casos ou factos da vida real
pode não ser pura coincidência
Livro a editar ainda este ano e que vamos apresentar
aos leitores de ABC como extractos em fascículos
(continuação)
Maiato torcia o nariz. E nem sequer insistia muito nos seus pontos de vista. Até por não
querer instalar o desânimo na sua companheira e na família. Precisava de manter uma certa
“fé” no futuro, sim, mas com os preparativos, pelo menos mentais, bem apurados e atentos.
E dava razão à Guida, ensaiando como que um sorriso de quem pensara melhor e rectificara
a anterior ideia.
Os rapazes da casa iam ouvindo. Mesmo de tenra idade, entendiam que algo estava
de facto a nascer...
Eram, efectivamente, dois companheiros inseparáveis. Cresceram juntos, viviam na
mesma casa e, agora, tantos anos depois, nada nem ninguém os separava. Viam, um e outro,
certas discrepâncias da sociedade em que cresciam. Anotavam um certo ar de enfado quando
ambos iam aos mesmos locais... mas para Domingos - mais do que para Tozé, menos “passa-
culpas”... - isso “eram coisas de garotos”. Gostavam ambos de filosofar e entretinham-se
muitas vezes a falar no futuro. Naquilo que gostavam de ser.
Ao Tozé interessava-lhe ser militar. Queria ir para a Escola de Guerra e atingir um
posto alto, para ter voz activa em muitas coisas.
- Havias de ver... o que eu fazia!
Para o Domingos, que não gostava da guerra, a carreira da Medicina ou coisa
parecida, fascinava-o mais. Entendia que poderia, assim, também, ajudar o povo... “o nosso
povo”, como fazia questão de sublinhar quando adregava de falar no assunto ao Tozé.
- A tua mãe sempre vai amanhã...?
- Claro. Eu também gostava de ir, mas...

- Vamos fazer um acordo. Na véspera de Natal... vamos os dois lá. Eu peço ao meu
A GRANDE FOGUEIRA pai e nós saimos de manhãzinha e, à noite, já estamos de volta.

Mariana já avisara com tempo. Queria ir passar o Natal com os pais que já não via
há muito. Aceitara, entretanto, que o Domingos ficasse, para lhe não prejudicar a escola,
e a rogo do Tozé que não via outra coisa que não o companheiro de casa, da escola e das
brincadeiras.
A Guida aceitara, até porque a mãe vinha nessa altura e ajudaria a tomar conta da
casa. A Mariana poderia, assim, partir quando desejasse e passar o Natal com a família no
Vale do Loge relativamente perto da cidade. Maiato ainda dissera que, se fosse caso disso,
passava por lá a deixar o Domingos, mas a Mariana esvaziou de sentido a ideia, ao dizer que
os pais tinham de vir à cidade, logo a seguir, e veriam, então, o neto.
- Mas o menino... tu queres ir?
Domingos, de quando em vez, ainda se enganava, e chamava ao Tozé “menino”,
à maneira da época. Corrigido, logo a seguir, quer pelo companheiro, quer pelos pais, lá
emendava a mão e seguia na conversa. Para ele, seria penoso viver doutra maneira. Estava
em casa do Maiato, que lhe não era nada, mas a verdade é que entrara na escola com o Tozé,
afeiçoara-se a ele, e toda a sua vida, agora, estava ligada àquela família. Quando alguém
comprava um par de calças para um, comprava para outro. Não havia nada que fosse só do
Domingos ou só do Tozé. Era, efectivamente, uma família. Talvez estranha, como dizia o
Tomás... mas uma família feliz.

Domingos ainda regateou. Não gostava de se afastar da mãe, embora a amizade do Nas brincadeiras próprias da idade, Domingos saia-se melhor em tudo o que fosse
 9 de Agosto 2010 Coisas e loisas . 21

S I LVA W I N E S
(Em frente ao Joe’s Garden)

A Família Silva
convida
toda a Comunidade
para
a Grande Abertura
no Próximo Uma Companhia ao dispor de toda a
comunidade para melhor servir. Sempre
Dia 21 de Agosto os melhores vinhos feitos ao seu gosto.
Para mais informações
Contacte-nos 416 656-7250
desporto, música, actividades físicas. Ao Tozé avolumavam-se os dotes em temas diferentes,
como História, Línguas, Matemática. Agora, e frente à casa do Maiato, estava
um popular a chamar a senhora. Era preciso ir
Um dia, Tozé, ao olhar o amigo - uma cor quase negra, cabelo em carapinha - ao hospital. E era bom que o Domingos também
atirou-lhe com uma pergunta: fosse...

- Porque é que as pessoas não são todas iguais... todas da mesma cor... brancas? Tozé correu a chamar o amigo. Alguma
coisa lhe dizia que havia problemas. Foram os
- Eu não sei... mas eu queria que fossem todas negras... dois a correr para o hospital da cidade.

- Gostavas que eu fosse negro? Domingos adivinhou, desde logo, a

tragédia. Não saberia explicar porquê... mas algo
- Nem sei... talvez. Ou então... lhe dizia que iria ficar sem mãe. Era o seu íntimo
a anunciar-lhe a tragédia, a despeito do Tozé, que
- ...que fosses tu branco! foi quase a correr com ele para o velho Hospital
do Uige, lhe dizer que não, que estivesse calmo,
Desataram os dois à gargalhada e a conversa morreu por ali, quando a Guida, de que não haveria de ser nada... Que às vezes é
longe, os chamou para o jantar. tudo menos o que nos vem à cabeça...

*** - Olha, ainda há dias, o meu pai pensava

que...
capa.indd 1
20-04-2010 23:46:08

Mesmo que em casa ouvisse dizer a toda a hora, que todos eram iguais, e que
Deus tinha feito negros e brancos, a verdade é que Tozé reparava, abertamente, nas gritantes - Tozé! Eu sei o que está a acontecer...
diferenças. As lavadeiras e os muleques eram de cor negra. Os senhores do Governo, das
lojas e das fazendas eram brancos. Cresceu com o Domingos. E foi ele que, aos poucos, Era tão peremptória a afirmação, tão segura a forma como o amigo a dizia que Tozé
lhe conseguiu meter na cabeça que ser branco não é sinónimo de ser bom... nem ser negro é achou preferível estugar o passo, para andar mais depressa, e deixou de falar. Aos poucos,
sinónimo de ser mau. Nos primeiros tempos, ainda discutiu, mas o contacto com o Domingos começava a matutar-lhe na cabeça a ideia de que o amigo era bem capaz de ter razão. No
e a maneira como ele o ajudava, a forma como ele falava de tudo e de todos... fizeram cimentar espaço de segundos, passaram na sua cabeça as imagens dos muitos acidentes que ocorrem
uma amizade quase indestrutível. A alma do Domingos - “mais branca do que a minha”, um pouco por toda a parte. Às vezes, é o álcool a provocá-los. Outras... é o azar. Tozé, neste
como Tozé dizia às vezes - fazia-lhe ver coisas que ele nem sequer imaginava. Contava como em muitos casos, acreditava no azar e queria lutar contra ele.
lendas que só os mais velhos sabiam, desfiava rosários que só a “mãe preta” que havia em
todos eles sabia desfiar. Cantava canções em que se abordavam homens e mulheres... em vez Chegaram ambos ao Hospital afogueados. O empregado que os chamara ficara para
de negros e de brancos. trás a falar com a Guida e com o Maiato que, entretanto, vinham a correr, chamados pelo
telefone.
Foi com o Domingos que aprendeu que é feio um homem chorar. Mas aprendeu
essa teoria, vendo-o a chorar. Mais... chorando com ele.
(Continua)
A Mariana tinha ido para a terra há pouco mais de 8 dias. Tomara uma camioneta
ronceira que fazia a carreira por toda aquela zona... e deveria ter chegado à fazenda dos pais
ao cair de uma noite quente, como quentes eram todas as noites nesta parte de Angola.
22 . Passatempos 9 de Agosto 2010

Gossip Horóscopo
Carneiro
Lindsay Lohan é retratada em filme erótico. 21-3 A 20-4
A produtora especializada em filmes e conteúdos para adultos No trabalho conseguirá a técnica perfeita para ter mais
lança o filme inspirado na actriz intitulado “Lindsay Lohan vai rentabilidade e eficiência profissionais.
para a prisão”.
É mais uma paródia pornográfica sobre a vida da cantora e Touro
actriz Lindsay Lohan lançada no mercado. O papel principal é 21-4 A 20-5
desempenhado pela sósia Scarlett Fay e o tema desta vez é sobre a Evite situações que possam ser prejudiciais, pratique desporto e
sua recente pena de prisão correspondente a 90 dias. dê alguma atenção ao relacionamento no seu local de trabalho.

A produtora americana Hustler lançou desta feita: “Hustler’s

Untrue Hollywood Stories: Lindsay Goes to Jail”, e parte desta Gémeos
produção já foi exibida pelo site TMZ. Na época em que a actriz 21-5 A 20-6
deixava escapar as suas partes íntimas em micro vestidos e Embora as motivações, no tempo, sejam diferentes, concluirá
mantinha o relacionamento com a DJ Samantha Ronson, a Hustler que há uma relação entre atitudes passadas e a vivência actual.
reproduziu os maiores escândalos. O filme está programado para
ser lançado em DVD no final deste mês.
Caranguejo
21-6 A 20-7
A sua presunção de ter as melhores ideias, julgando-as por isso
intocáveis, poderá não ter consistência e gerar oposições.

Sudoku Palavras Cruzadas Leão

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 21-7 A 20-8
6 8 9 3 Esta pode ser a altura de pôr em marcha um projecto desejado
1 e que está relacionado com as suas posses e bens materiais.
7 6 4 8 2
3 Virgem
9
21-8 A 20-9
4 Boa altura para partilhar aquilo que tem guardado para si.
9 1 6 3 Colabore e os seus projectos se converterão em realidade.
5
8 7 6
Balança
5 3 1 2 7 21-9 A 20-10
Pode sentir angústia e nervosismo por a sua mente se envolver
8 em pensamentos vagos, o que lhe causa essa intranquilidade.
4
9
5 7 2 4 10 Escorpião
11 21-10 A 20-11
3 8 5 1 Tendência para se isolar, entusiasmando-se com actividades
mais espirituais como sejam a leitura ou a meditação.
11- Assomaram 11- Assolaram Horizontais Verticais
10- Atais; Vaga 10- Amo; Ga 1- Desporto que consiste em 1- Recinto reservado para
ascensões às grandes altitudes; corridas de automóveis;
Sagitário
9- Ar; Ie 9- Orco; Tear
2- União Europeia/Cerce; 2- Preceitos emanados de
8- Mandela; Toa 8- Marcha; IVA

21-11 A 20-12
7- Ml; 7- OC
6- Isola; Vagão 6- Rádio; Ileso 3- Ponta de cigarro (pop.)/ autoridade soberana/Encara;
5- NE 5- Is Camada gordurosa que se 3- Comunidade Europeia/Ré- As suas sugestões poderão ter impacto positivo no trabalho e
4- Ira; Dicções 4- Ose; Ladras
forma à superfície do leite; do-chão (abrev.); se forem bem delineadas poderão dar lugar a uma promoção.
4- Nome genérico dos glícidos 4- Sentimento que nos estimula
3- CE; RC 3- Tica; Nata
2- Leis; Acara 2- UE; Rés
1- Autódromo 1- Alpinismo simples que não se desdobram contra quem nos ofendeu/
VERTICAIS HORIZONTAIS por hidrólise (quím.)/Aquelas maneira de dizer; Capricórnio
que roubam habitualmente; 5- Nordeste (geog.);
21-12 A 20-1
Palavras Cruzadas
5- Vogal (pl.); 6- Põe incomunicável/Veículo
Está activo, eficiente, exigente consigo mesmo e tem mais
6- Osso mais curto e externo dos ferroviário, que pode ser
1 7 2 6 5 9 8 3 4 confiança em si próprio e sabe o rumo que quer tomar.
dois que formam endosqueleto uma automotora, destinado
6 4 3 2 7 8 5 1 9 do antebraço/Incólume; normalmente a transporte de
7- Palavra que, no dialecto mercadorias;
8 9 5 3 1 4 7 6 2
provençal, significava sim; 7- Símbolo da unidade mililitro Aquário
9 2 1 8 6 7 3 4 5 8- Acto de marchar/Designação (fís.); 21-1 A 20-2
corrente e abreviada do imposto 8- Político sul-africano, nasceu Pode sentir maior tensão por tudo o que tem de fazer. Momento
sobre o valor acrescentado;
7 5 4 1 9 3 6 2 8
a 18 de Julho de 1918 em ideal para ultrapassar essa insatisfação e fazer planos.
3 8 6 4 2 5 1 9 7 9- O Inferno, segundo a crença Umtata, na África do Sul/Corda
dos antigos pagãos/Conjunto de de rebocar;
todas as rodas de um relógio; 9- Aparência (fig.)/Isto é
5 6 7 9 3 2 4 8 1

2 1 8 5 4 6 9 7 3 10- Tenho amor a/Símbolo do (abrev.);

Peixes
gálio (quím.); 10- Amarrais com nó/Grande 21-2 A 20-3
11- Deitaram por terra; quantidade (fig.); Terá, da vida em geral, uma visão mais global e algumas
4 3 9 7 8 1 2 5 6 Sudoku
11- Apareceram em lugar alto; soluções poderão começar a desenhar-se no horizonte.

LEIA E DIVULGUE ABC

9 de Agosto 2010
Isto e um motor. Clubes e Associações
Envie-nos a sua lista de eventos semanais
CASA DA MADEIRA – Sábado, 14, e domingo, 15 de
Agosto, Festa em honra de Nossa Senhora do Monte, Pa-
droeira da Madeira, a realizar-se no Madeira Park, que abre
às 10 horas da manhã. Sábado, haverá romagem, às 17 horas,
seguindo-se a novena celebrada pelo Padre Lúcio Couto.
Segue-se procissão de velas. Domingo, celebração da mis-
sa pelas 12 h., seguindo-se a actuação do grupo Searas de
Portugal e da Banda Lira do Espírito Santo de Cambridge.
Haverá depois a procissão.
CASA DOS AÇORES - Quinta-feira, 26 de Agosto: Ex-
cursão a Fall River, para as grandes festas do Divino Espírito
Santo. Regresso a 29 de Agosto.
FIRST PORTUGUESE - Segunda-feira, 9 de Agosto (hoje,
portanto) - Passeio a Wards Island.
Coisas e loisas . 23
CASA DO ALENTEJO – 1130 Dupont St.: Domingo, 15 de
Agosto, “Sidewalk Sale” em iniciativa da juventude da casa.
O início está marcado para as 10 horas da manhã.
CASA DOS AÇORES – 1136 College Street: Quinta-feira,
26 de Agosto, excursão a Fall River, para as Festas do Di-
vino Espírito Santo. A excursão regressa a 29.
CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS – 53 Queen St. W.,
Mississauga, sábado, 14 de Agosto, Baile de Verão com o
conjunto Santa Fé. No sábado, 21 de Agosto: Baile de Verão/
Sócio com o conjunto Panteras.
ORIENTAL SPORTS CLUB – 1054 Shellard Road, Cam-
bridge: 21 e 22 de Agosto, 18 e 19 de Setembro e 2 e 3 de
Outubro, “Touradas à Corda”.

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Presidente; Paulo Fernando, Vice-Presidente; interlocking e landscaping,
Carlo Miguel, Tesoureiro; e Lara Ingrid, Secretária. com alguma experiência.
Redacção:Fernando Cruz Gomes, Lara Ingrid, 416-554-9372
Carlo Miguel, Fernando Jorge, Sérgio Alexandre, Assistente de Apoio para
Sónia Catarina, Cristina Alves (Lisboa), John Paz Serviços ao Domicílio, com
(Bradford), Humberto Costa (Luanda) curso PSW (Personal Sup-
Raul Quinquino (Hamilton) port Worker), com experiên-
Secretária de Redacção: Lara Ingrid cia e fluente em português e
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Chefe Gráfico: Sérgio Alexandre idosos. Enviar resumé via
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 ainda a tempo ainda a tempo ainda a tempo ainda a tempo ainda a tempo ainda a...

Peter Fonseca
em “show” OS CLIENTES JÁ O DISSERAM...
de popularidade SOMOS OS MELHORES

Tony & Dina Araujo

Uma casa
que já começa
a ter
tradição
de bem servir
Peter Fonseca, Deputado provincial e actualmente Ministro
do Trabalho reuniu ontem, domingo, muita e muita gente porque sabe
em Mississauga Valley Park. Não exageraremos se disser-
mos que houve centenas de pessoas a assistir. Foi, de facto,
um teste de popularidade. Não foi organizado para isso, não.
produzir
Mas a verdade é que foram várias centenas de pessoas que
ali compareceram. Com todas falou o político. Achou que
melhor!
era altura oportuna, também, para dar dois dedos de con-
versa com quantos se abeiravam.
Um BBQ de Verão que acabou por ser, realmente, a prova
provada da popularidade que Peter Fonseca tem na sua zona PÃO COADO e REGUEIFA – Experimente aos domingos
de influência, no seu círculo eleitoral.
Vimos de tudo. Com o político – até Ministro do Trabalho UMA EQUIPA QUE... SABE O QUE FAZ!
– a dialogar com criancinhas e a entender a linguagem dos

Salão * PASTELARIA FINA COM SABOR A PORTUGAL

* PÃO QUENTE DE HORA
HOR A HORA
de * PÃO SALOIO À NOSSA MANEIRA E QUENTINHO
* BROA DE MILHO COMO SE FAZ NA TERRA.
Chá
Faça as suas encomendas
mais adultos que lhe faziam perguntas (pertinentes ou não)
da vida política dos nossos dias.
Peter Fonseca a todos respondeu. A entender, afinal, que o
AMBIENTE Tel.(416) 652 8666
seu trabalho como político tem a ver com o dia-a-dia de to-
dos.
ACOLHEDOR
Foi num “teste de popularidade”. Que ele ganhou em toda
a linha.
2189 DUFFERIN ST Toronto(ENTRE A ROGERS e EGLINTON)

Joe’s BBQ
21 De Agosto
Haverá Sardinhas, Hamburgers,
Cachorros Quentes,
Bebidas, Refrigerantes, e muita,
muita animação. Tudo em três horas passadas
com Boa Comida. Música Portuguesa.
1921 Davenport Road
416 656-7250
(Esquina Com a Laughton, um bloco oeste da Symington)

A Tradição Continua...