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amBiente
Rebia Rede Brasileira de Informação Ambiental
Mãe Terra,
perdoa-nos
30
Alternativas para acabar com as favelas
Projeto sem fins lucrativos
Distribuição gratuita
5
Especial
Momento crítico no planeta
por Marcelo Bancalero
Rebia – Rede Brasileira de Informação
Ambiental: organização da sociedade
civil, sem fins lucrativos, dedicada à
democratização da informação ambiental Dia do Índio, Dia da Terra e Belo Monte
com a proposta de colaborar na formação
e mobilização da Cidadania Ambiental por Eloy Fassi Casagrande Jr.
planetária através da edição e distribuição
gratuita da Revista do Meio Ambiente,
Portal do Meio Ambiente e do boletim
digital Notícias do Meio Ambiente. Fórum Stop a destruição do mundo
CNPJ: 05.291.019/0001-58. Sede: Trav. Gonçalo
Ferreira, 777 - casarão da Ponta
da Ilha, Jurujuba - Niterói, RJ - CEP 24370-290
www.rebia.org.br
Dia do Índio?
Conselho Consultivo e Editorial por J. Rosha
Aristides Arthur Soffiati, Bernardo Niskier,
Carlos Alberto Muniz, David Man Wai Zee,
Flávio Lemos de Souza, Keylah Tavares,
Luiz Prado, Paulo Braga, Raul Mazzei,
Ricardo Harduim, Rogério Álvaro Serra de
Castro, Roberto Henrique de Gold Hortale
(Petrópolis, RJ) e Rogério Ruschel
Diretoria Executiva
Presidente do Conselho Diretor:
Vilmar Sidnei Demamam Berna,
10
escritor e jornalista
Presidente do Conselho Deliberativo: Alternativas para acabar com as favelas • 10
JC Moreira, jornalista
Presidente do Conselho Fiscal: Tecnologias sociais e o cenário externo • 12
Flávio Lemos, psicólogo Água suja mata mais que guerras • 14
Superintendente Executivo
Gustavo da Silva Demaman Berna, Energia limpa ao alcance de todos • 15
biólogo pós-graduado em meio ambiente Mapa da injustiça ambiental é lançado • 16
(Coppe/UFRJ) e especialista em resíduos
sólidos • (21) 7826-2326 ID 11605*1 Nestlé financia a destruição • 18
16
gustavo@rebia.org.br
Animais ameaçados de extinção • 19
Moderadores dos Fóruns Rebia
Rebia Nacional (rebia-subscribe@ O que é hoarding? • 20
yahoogrupos.com.br): Fabrício Fonseca
Ângelo, jornalista ambiental Discursos vazios nas enchentes do Rio • 21
Rebia Norte (rebianorte-subscribe@ Servidores públicos em greve verde • 22
yahoogrupos.com.br) – Rebia Acre: Evandro
J. L. Ferreira, pesquisador do INPA/UFAC Jogo sujo de petroleira • 24
• Rebia Manaus: Demis Lima, gestor Boicote ruralista contra patrocínio a ONGs • 25
ambiental • Rebia Pará: José Varella, escritor
26
Rebia Nordeste (rebianordeste-subscribe@
III Congresso de Jornalismo Ambiental • 26
yahoogrupos.com.br) – Coordenador: Efraim A dignidade do planeta • 28
Neto, jornalista ambiental • Rebia Bahia:
Liliana Peixinho, jornalista ambiental e Espaço infantil • 29
educadora ambiental • Rebia Alagoas: Carlos
Roberto, jornalista ambiental • Rebia Ceará: Guia do Meio Ambiente • 30
Zacharias B. de Oliveira, jornalista, mestre
em Desenvolvimento e Meio Ambiente • Os artigos, ensaios, análises e reportagens assinadas expressam a
Rebia Piauí: Dionísio Carvalho, jornalista opinião de seus autores, não representando, necessariamente, o
ambiental • Rebia Paraíba: Ronilson José ponto de vista das organizações parceiras e da Rebia.
da Paz, mestre em Biologia • Rebia Natal:
Luciana Maia Xavier, jornalista ambiental
A linha fina da atmosfera da Terra e do sol são destaques nesta imagem fotografada
Rebia Centro-Oeste (rebiacentrooeste-
subscribe@yahoogrupos.com.br): Eric
Progresso
texto Vilmar Sidnei Demamam Berna*
crítico
comunicação. De repente, todo mundo re-
solve falar sobre a cruel situação em que a
humanidade deixou o planeta. Todo mundo
quer aliviar a própria consciência, arrotando
palavras em defesa à Natureza, contra os que
colaboram com o aquecimento global e tudo
o mais. Como se não tivéssemos todos, uma
parcela de culpa em tudo isso.
Se formos analisar de um modo mais sincero, Contudo, é necessário saber até que ponto
uma visão mais imparcial. Entenderemos que estamos decididos a mudar nosso estilo de
a situação chegou a esse ponto, devido à cobi- vida. Quanto estaremos dispostos a renunciar
ça (ou entenda-se estupidez), da humanidade em nome da salvação do planeta. E o princi-
como um todo. Desde o descaso das grandes in- pal, quantos de nós estamos preparados para
dustrias e nações. Até mesmo o nosso próprio essa mudança radical.
descaso. Que vai do mal uso da água, energia A Terra tem segundo a ciência, milhões de
elétrica e a fumaça de nossos carros até ao nos- anos. E a Natureza sempre deu um jeito de man-
so consumismo desenfreado, que faz com que ter a vida. Até que um dia não muito longe, o
as indústrias queiram produzir ainda mais. homem apareceu por aqui. Mas quando esse
E assim o ciclo se renova, e a destruição segue “bicho destacado da Natureza” (nas palavras de
seu curso (agora quase natural). Edgar Morin), descobre do que é capaz, a coisa
Então, a solução não é somente nos unirmos começou a mudar. E devida à ganância dessa
ao Greenpeace e ong’s por aí afora, vestindo humanidade que recebe o adjetivo de “racional”,
camisas com frases de denúncias, colando chegamos a essa situação. E agora ou nunca.
adesivos em nossos automóveis, artefatos es- Devemos nos unir de uma maneira mais verda-
tes que também incitam a indústria a conti- deira. Pois podemos estar vivendo um momen-
nuar a destruição. Não basta ficarmos indig- to crucial, onde algo de mais real de vê ser feito. *O autor é escritor, poeta
nados com a situação como se não fôssemos Assim, termino minhas palavras com a con- e estudante de Psicologia.
também responsáveis por ela. A indignação é clusão já anunciada na linha fina: “Estamos Aprendeu o segredo da
sim legítima, desde que possamos compreen- vivendo um momento crítico entre a nossa superação ao voltar a estudar
der as nossas parcelas de culpa. civilização e o planeta Terra”. aos 30 anos na 5ª série do 1ºgrau
(Roosewelt Pinheiro/ABr)
Em Brasília, manifestantes
do Greenpeace despejam
um caminhão de esterco
na porta da Aneel, em
protesto contra o leilão da
Hidrelétrica de Belo Monte
Pela cura do
no bolso do povo”! O tempo passa e a visão pro-
gressista pura de Brasília não se renova, apesar
de completar 50 anos em pleno Século XXI! E a
sustentabilidade, senhor deputado?
O mundo mudou. Os brasileiros querem an-
dar de carro sim, mas um carro elétrico-solar,
movido a células de hidrogênio ou a ar com-
primido, tecnologias que já estão resolvidas,
mundo
basta ultrapassar o lobby do petróleo para se- Nos tempos mais difíceis,
rem implantadas. Também queremos energia
uma luz para a humanidade:
para nosso conforto, a eólica, a solar, as das
marés, a de biomassa, todas renováveis e que a descoberta da Inversão
não contribuem para o aquecimento global.
Queremos as benesses do BNDES e da isenção Pela primeira vez um grupo de pessoas vindas de diversos países,
de impostos que o governo oferece para cons- profissões e religiões reúnem-se em São Paulo, de 13 a 15 de maio,
truir Belo Monte. Com metade disto se pode para debruçar-se sobre o estudo da causa primeira da destruição
construir dezenas de usinas solares e parques do mundo e da humanidade: o ser humano.
eólicos para gerar energia verdadeiramente Por detrás de todo desastre e sofrimento existe um principal respon-
limpa ao Brasil. Sem inundar mais de 500 km2 sável: o ser humano – que, inconsciente de sua psicopatologia (maus
de terras cultiváveis, sem destruir florestas, sem sentimentos, más intenções, valores invertidos, corrupção etc.), age
destruir habitats indígenas, sem desviar rios e sem freios, numa empreitada suicida e homicida.
criar problemas ambientais ainda maiores. Um dos sinais mais claros de que o ser humano criou uma sociedade
Queremos que o dinheiro público seja bem invertida para viver é o fato de ele ter se deixado escravizar pela fan-
empregado, sem ir para as mesmas emprei- tasia do dinheiro. Não é o dinheiro que faz a riqueza, nem a saúde e
teiras, que desde o regime militar acumulam muito menos o bem-estar e felicidade da humanidade, mas são as ati-
riqueza sem distribuir. Deputado, sua receita tudes éticas, humanitárias, estéticas, espiritualizadas que fornecem
nunca funcionou, o bolo não foi dividido, e o tudo de bom a todos, inclusive a riqueza material.
senhor insiste na mesma fórmula petrificada! Outro exemplo são as leis que deveriam proteger e agilizar o cumpri-
O modelo de geração de energia deve ser revis- mento dos direitos humanos em todas as classes e nações. No entanto, o
to no Brasil. Estudos demonstram que cada me- que se tem verificado é que elas vêm sendo elaboradas para preservar o
tro quadrado de painel fotovoltaico evita a inun- poder e os privilégios daqueles que nem sempre dão o melhor exemplo.
dação de cerca de 60 metros quadrados para a A inversão que prioriza o ter em relação ao ser vem causando a
geração elétrica. Se toda a superfície do lago a grande mediocrização da civilização, que passou a colocar o consu-
ser formado pela Usina de Belo Monte fosse co- mo daquilo que agrada os cinco sentidos em primeiro plano e a rejei-
berta com painéis fotovoltaicos, seriam geradas tar o campo do conhecimento, da ciência, da tecnologia sustentável,
cerca de 44 GWp (gigawatts potência), ou seja, das artes, da espiritualidade.
cerca de 20% da energia consumida no país. Há muito poderíamos ter tido a solução para problemas como o câncer,
A proposta não é cobrir áreas tão extensas com doenças hereditárias e autoimunes, cardiovasculares, psiquiátricas, entre
painéis, mas é um exemplo de seu potencial, outras, se o lucro da indústria médico-farmacêutica não dominasse a pes-
onde novos modelos devem gerar energia de quisa e a prática médica. Problemas de tóxico-dependência também es-
forma descentralizada. A cobertura de um está- tariam resolvidos se a estrutura social fosse organizada de forma a prover
dio de futebol pode virar uma usina ou mesmo os elementos básicos para a segurança, saúde e bem-estar dos cidadãos.
os telhados de vinte casas de um condomínio. Estamos entrando numa era da humanidade em que deparamos com
No final da década de 70, cada watt produ- uma encruzilhada: ou nos tornamos seres mais conscientes, conhecedo-
zido por meio de células fotovoltaicas custa- res dos nossos problemas interiores e responsáveis por nossos semelhan-
va 150 dólares. Hoje, o preço varia entre 3 e 4 tes e pela sociedade em que vivemos, dando início a uma era de incrí-
dólares. Especialistas estimam que quando o vel desenvolvimento sustentável, saúde e prosperidade, ou assistiremos
valor baixar para entre 1,5 e 2 dólares, a ener- (de forma ativa ou omissa) a extinção da vida no planeta Terra.Uma era
gia solar conseguirá competir com qualquer em que a trilogia da beleza, verdade e bondade passará a estar presente
outro tipo de energia. no nosso cotidiano ao invés da violência, da fome e da injustiça.
Ao adotarmos medidas mais sustentáveis,
todos ganham. O índio ficará com suas ter- Serviço:
ras, rios e florestas serão preservados, a agri- Fórum Psico-Social Curando o Mundo pela Consciência (da Inversão)
cultura aumentará sua produção e deputa- Data: 13 a 15 de Maio de 2010
dos economistas se aposentarão, retornan- Local: Colégio Stella Maris – São Paulo
do às suas cavernas! Informações: www.stopforum.org
Eloy é Coordenador do Escritório Verde da Universidade Fone: (11)3034.1550
Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Dia do
texto J. Rosha (www.adital.com.br)
Índio?
outras coisas, de uma organização social nos
moldes em que eles, colonizadores, conheciam.
O que se fez, a partir daí, foi uma verdadei-
ra “limpeza étnica” no território brasileiro. Os
povos indígenas foram – e continuam sendo
– agredidos das formas mais impiedosas para
dar lugar ao modelo capitalista de “desenvol-
vimento” de tal sorte que nos 70 o governo
militar previa a completa eliminação deles
até o fim do século XX. Para o bem do povo
brasileiro e dos povos indígenas, a ditadura
militar de 64 não resistiu às pressões popula-
res e teve seu fim na metade dos anos 80.
De cerca de 100 mil que eram nos anos 70,
na primeira década do século XXI eles pas-
saram a ser mais de 700 mil, de acordo com
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE.
A partir das mobilizações para a Assembléia
Nacional Constituinte (1987-1988), as lutas do
movimento indígena passaram a ter maior
É preciso desfazer
visibilidade. Precisamente a partir daí alguns
esse equívoco: conflitos ganham maior espaço nos notici-
Rubens Nemitz Jr (www. fotopontocom.com)
Gastronomia:
• Regional e mineira
• Receptivos a beira da piscina
• Cafés da manhã, almoços e jantares
no nosso aconchegante
restaurante “da fazenda”
• Coffee breaks temáticos em áreas
verdes e varandas tranquilas
• Carimbos automáticos
• Cartões e panfletos coloridos
• Impressos em geral
• Placas de aço, metal, acrílico e outros
• Crachás, broches, botons e acessórios
• Sinalização de segurança e vias públicas
• Imã de geladeira e carro
• Chaveiros e brindes em geral
• Xerox, encadernação, plastificação
Em Cristalina (GO),
unidade demonstrativa do
Pais em plena produção
O Banco de Tecnologias
Sociais (BTS), disponível na
Internet, reúne mais
de 500 tecnologias sociais
Água suja
mata mais que guerras
De acordo com o estudo, intitulado “Água do- Na Semana
energia limPa
Divulgação
das companhias de energia elétrica.
promete
Pelo menos é o que promete a Bloom Energy,
uma empresa californiana que há oito anos tra- revolucionar
balha de forma secreta em uma nova fonte de setor energético
energia. Esta semana, ela apresentou seu produ- nos EUA
to a especialistas do setor e jornalistas.
O Bloom Box, como se chama o aparelho,
é um inovador gerador que utiliza biocom-
bustíveis ou gás para produzir eletricidade e,
Gerador de 500 kw
segundo seus criadores, permitirá a empresas
instalado no eBay
e pessoas comuns gerar sua própria energia
de forma limpa e econômica.
do Centro Nacional de Pesquisa de Pilhas de
Por enquanto, os geradores têm o tamanho
Combustível ao diário “Los Angeles Times”.
de um carro pequeno e custam em torno de
Os especialistas opinam que ainda há muitas
US$ 800 mil. Embora a Bloom Energy insista
questões por resolver antes de a inovação che-
que o investimento inicial pode ser recupera-
gar às mãos de todos os consumidores, como
do em entre três e cinco anos, o preço não está
por exemplo a vida útil do aparelho, que a
ao alcance da maioria. A empresa acredita que
A grande vantagem Bloom Energy não esclareceu ainda. Pouca du-
em dez anos poderá fabricar geradores do ta-
ração poderia significar o fracasso da invenção.
manho de um tijolo e a um preço em torno de é que o gerador Outros analistas apontaram que a inovação po-
US$ 3 mil, transformando cada consumidor
permitirá aos deria ter um indesejável efeito sobre o preço do
em uma potencial central elétrica.
consumidores abrir gás natural ou dos biocombustíveis, disparan-
Por enquanto, só grandes empresas têm acesso
do o valor pelo aumento na demanda.
ao aparelho e algumas companhias como Coca- mão da companhia Alguns temem também que o aparelho se
Cola e eBay testaram seu uso nos últimos me-
ses. O primeiro cliente da Bloom Energy foi outra
elétrica ou usá- transforme em um novo Segway, aquele patine-
la só em casos de te elétrico com o qual seus criadores esperavam
companhia do Vale do Silício, Google, que tem
revolucionar o mundo do transporte há cerca de
instalado um gerador de 400 quilowatts em um emergência, apesar dez anos e que hoje é simplesmente uma curio-
de seus prédios e cobre com ele boa parte de seu
consumo elétrico desde julho de 2008.
de ser necessário sidade para turistas em algumas cidades.
Fonte: InfoBio / Folha Online
A Bloom Energy não é a única empresa tra- dispor de uma
balhando neste promissor setor, mas foi, tal- provisão de gás ou Leia matéria na íntegra em:
vez, a mais rápida. “Há provavelmente cerca http:// www.portaldomeioambiente.org.br/
de 100 companhias trabalhando em algo mui- biocombustível para energia/ 3654-gerador-caseiro-promete-
to similar”, disse Jack Brower, diretor associado fazê-lo funcionar revolucionar-setor-energetico-nos-eua.html
Mapa da injustiça
Foi lançado o Mapa de Injustiça Ambiental e A busca por socializar informações, desse modo,
Saúde no Brasil. O trabalho, que está dispo-
pretende dar visibilidade a denúncias, permitindo
nível na Internet, é resultado de um proje-
to desenvolvido em conjunto pela Fundação o monitoramento de ações e projetos que enfrentem
Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pela Fundação de situações de injustiças ambientais e problemas
Atendimento Socioeducativo (Fase), com o de saúde em diferentes territórios, como cidades,
apoio do Departamento de Saúde Ambiental e campos e florestas, sem esquecer as zonas costeiras
Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde.
O objetivo do mapeamento é apoiar a luta de
inúmeras populações e grupos atingidos em Mapa de exclusão da pesca na Baía de Guanabara
seus territórios por projetos e políticas base-
adas numa visão de desenvolvimento consi-
derada insustentável e prejudicial à saúde. A
busca por socializar informações, desse modo,
pretende dar visibilidade a denúncias, permi-
tindo o monitoramento de ações e projetos
que enfrentem situações de injustiças am-
bientais e problemas de saúde em diferentes
territórios, como cidades, campos e florestas,
sem esquecer as zonas costeiras.
Os organizadores da iniciativa pedem que os
visitantes do mapa preencham a página “Fale
conosco”, dedicada a comentários, críticas, com-
plementações e/ou correções de dados, assim
como novas denúncias e sugestões.
“O Mapa é de todas e todos nós. Mas, para
que isso se torne uma realidade de fato e de
direito, é fundamental que nos apropriemos
dele e que, de agora em diante, ele se torne
uma construção coletiva a serviço da justiça
ambiental, da cidadania, da democracia e con-
tra todo tipo de abuso, de exploração e de ra-
cismo”, informam os coordenadores do mapa.
amBiental
Associação Homens do Mar da Baía de Guanabara Para ter acesso ao laudo técnico do Ibama referente aos empreendimentos da
(Ahomar) defendendo o meio ambiente e aqueles Petrobras, na Baía de Guanabara, solicitado pelo MPF/RJ, fruto de representação da
que sempre viveram em harmonia de maneira Ahomar), em 2009, faça contato com o presidente da Ahomar, Alexandre Anderson:
sustentável: o pescador artesanal (21) 2631-8289 / (21) 8626-3988, grupohomensdomar@gmail.com
ritórios e populações das cidades, campos e acima de tudo, o Mapa está aberto para informar, para receber denúncias
florestas, sem esquecer as zonas costeiras. e para monitorar as ações dos diversos níveis do Estado tomadas a respei-
Os conflitos foram levantados tendo por base to. Nesse sentido, ele está democraticamente a serviço do público em ge-
principalmente as situações de injustiça am- ral e, principalmente, das populações atingidas, dos parceiros solidários e
biental discutidas em diferentes fóruns e redes de todos e todas que se preocupam com a justiça social e ambiental.
a partir do início de 2006, em particular a Rede O Mapa apresenta cerca de 300 casos distribuídos por todo o país e georre-
Brasileira de Justiça Ambiental (www.justica- ferenciados. A busca de casos pode ser feita por Unidade federativa (UF) ou
ambiental.org.br). Esse universo não esgota as por palavra chave. Clicando em cima do caso que aparece no mapa por estado
inúmeras situações existentes no país, mas re- surge inicialmente uma ficha inicial com os municípios e populações atingi-
flete uma parcela importante de casos nos quais das, os riscos e impactos ambientais, bem como os problemas de saúde rela-
populações atingidas, movimentos sociais e en- cionados. Clicando na ficha completa do conflito aparecem as informações
tidades ambientalistas vêm se posicionando. mais detalhadas, incluindo populações atingidas, danos causados, uma sín-
Embora tenha contado com apoio governa- tese resumida, uma síntese ampliada e as fontes de informação utilizadas.
mental para a sua realização (e esperamos O Mapa pertence a todos/as os/as interessados/as na construção de uma
venha a ser utilizado pelo Ministério da Saú- sociedade socialmente justa e ambientalmente sustentável. Por isso mesmo,
de e por outros órgãos e instâncias - federais, cabe a nós não apenas usá-lo, mas também mantê-lo alimentado de novas
estaduais e municipais – na busca de dados informações, fazendo dele um importante instrumento para o aprimora-
e diagnósticos para suas políticas e gestões), mento da democracia e para a garantia dos direitos humanos e da cidadania
ele é direcionado para a sociedade civil. A ela plena para cada habitante deste País. Sejam bem-vindas/os!
e às diferentes entidades que a conformam, Fonte: Ecoagência / Envolverde
Financiando a
destruição
O vídeo da campanha
do Greenpeace pode
ser visto em http://
www. greenpeace.org.
br/kitkat/
Frames: ©Greenpeace
Nestlé financia destruição
de floresta e põe orangotangos
no rumo da extinção
Protestos pipocaram por toda a Europa contra a destruição das florestas se duplicou, alcançando a marca de 320.000 to-
que servem de habitat para orangotangos na Indonésia. O motor dessa neladas que entram em uma enorme gama de
devastação, que colocou os primatas à beira da extinção, é a conversão produtos, incluindo o chocolate mega popular
do uso do solo de mata virgem para o plantio de palmáceas. KitKat, que não é vendido no Brasil.
A Nestlé, que sustenta essa atividade comprando óleo de palma da “Toda vez que você der uma mordida em
Indonésia para produzir chocolates como o KitKat, foi o alvo das mani- um KitKat, você pode estar dando uma mor-
festações no continente europeu, parte de uma campanha global que dida nas florestas tropicais da Indonésia, que
o Greenpeace lançou contra a companhia. A Nestlé por enquanto con- são fundamentais para a sobrevivência dos
tinua jogando de ponta de lança no time das empresas que estimulam orangotangos. A Nestlé precisa dar aos oran-
a destruição das florestas tropicais. gotangos uma pausa e parar de utilizar óleo
Além de financiar a derrubada em massa de mata na Indonésia e em- de palma de fornecedores que estão destruin-
purrar os orangotangos para o abismo da extinção, a Nestlé está contri- do as florestas”, disse Daniela Montalto, do
buindo para agravar o aquecimento global. Florestas ajudam a regular Greenpeace internacional.
o clima e acabar com o desmatamento, uma das maneiras mais rápidas O lançamento do relatório segue numero-
de reduzir as emissões de Co2 na atmosfera. sas tentativas de convencer a Nestlé a cance-
Foi por isso que escritórios da Nestlé na Inglaterra, Holanda e Alemanha lar seus contratos com a Sinar Mas. Recente-
acabaram sendo palco de protestos por ativistas do Greenpeace, pedindo mente, o Greenpeace contactou várias vezes
para que a empresa deixe de utilizar óleo de palma proveniente da destrui- a empresa com provas sobre as práticas da
ção de área antes ocupada por florestas na Indonésia. Sinar Mas, mas mesmo assim a Nestlé con-
As manifestações concidiram com o lançamento de um novo relatório do tinua usando o óleo de palma da Indonésia
Greenpeace – Pega com a mão na cumbuca: como o emprego de óleo de pal- em seus produtos.
ma pela Nestlé tem um impacto devastador na floresta tropical, no clima Diversas empresas importantes, incluindo a
e nos orangotangos – que expõe os laços entre a Nestlé e fornecedores de Unilever e Kraft, cancelaram os contratos de
óleo de palma, como a Sinar Mas, que estão ampliando suas plantações em óleo de palma com a Sinar Mas. A Unilever
florestas de turfa (ricas em carbono) e nas florestas tropicias da Indonésia. cancelou um contrato de 30 milhões de dólares
Além da produção de óleo de palma, a Sinar Mas também é proprietá- no ano passado. A Kraft cancelou o seu em fe-
ria da Ásia celulose, a maior empresa de papel da Indonésia. A empresa vereiro. “Outras grandes empresas estão agin-
também infringe a lei da Indonésia ao destruir as florestas protegidas do, mas a Nestlé continua fechando os olhos
para cultivar plantações de óleo de palma. para os piores infratores. É tempo de a Nestlé
Como todos devem saber, a Nestlé é a maior empresa de alimentos e bebidas cancelar seus contratos com a Sinar Mas e pa-
do mundo. O que ninguém sabia até então era que a empresa também é um rar de contribuir com a destruição das floresta
grande consumidor de óleo de palma produzido às custas do desmatamento tropical e de turfas,” frisou Montalto.
das florestas tropicais. Nos últimos três anos, a utilização anual do óleo qua- Fonte: Greenpeace / Reasul
texto Marcelo Szpilman, biólogo marinho e diretor do Instituto Ecológico Aqualung (instaqua@uol.com.br)
Com o objetivo de chamar a atenção dos gover-
nantes e da população para a necessidade de
preservação da vida em nosso Planeta, a ONU
à vista
lançou recentemente uma campanha elegen-
do 2010 como o “Ano da Biodiversidade”. Animais ameaçados
Em janeiro desse ano, o World Wildlife Fund
de extinção no “Ano
(WWF) divulgou uma lista com os principais
animais ameaçados de extinção. Apesar de da Biodiversidade”
achar que nessa lista deveriam constar tam-
bém algumas espécies de tubarões vulneráveis
e em perigo de extinção, como o grande tuba-
rão-branco, vale a pena repassá-la e refletir so-
bre o comportamento do ser humano e sua ar-
rogante pretensão de se achar mais evoluído
e mais importante do que os outros seres que
O que é
HOARDING?
A palavra tem o significado de esconder, colecionar
e é o termo empregado para identificar um tipo de
doença psíquica que atinge um grande número de
protetores de animais
Em ato em frente ao
Congresso Nacional,
servidores do Ibama,
A greve
MMA, ICMBio e SFB
‘escreveram’ com seus
corpos “Greve Verde”
Cristina Gallo / Agência Senado
Pedimos assim, a gentileza de falarmos com Você, que tem No entanto, dentro do quadro da adminis-
você, que tem estado atento a tudo isso. Não tração pública federal, esta função tão im-
visto ocupações
há dúvida que muito vêm ocorrendo, não é portante é relegada ao descaso já que o salá-
mesmo? E que nunca o estado do meio am- irregulares, que rio destes profissionais é de verdade um dos
biente tem influenciado tanto nossas vidas tem lido sobre mais baixos da esfera pública federal e o or-
e nosso dia-a-dia. No entanto, muito deve e transposições de çamento destes órgãos públicos e do Ministé-
pode ser feito para garantir um presente e um rio do Meio Ambiente também um dos mais
rios e construções
futuro melhor, mais seguro, mais humano, baixos destinado pelo orçamento da União...
mais vivo e justo para a sociedade brasileira. de grandes Você sabia ainda que estes servidores (inte-
É exatamente para isso que existem as ações barragens e grantes da Carreira de Especialista em Meio
das instâncias ambientais públicas. Você sabia hidrelétricas. Ambiente do Ministério do Meio Ambiente
que o Ibama, o ICMBio, o MMA, o SFB e todos os - MMA), do Instituto Brasileiro do Meio Am-
Que tem
órgãos públicos federais ambientais possuem biente e dos Recursos Naturais Renováveis
em seu quadro técnicos fixos e concursados – vivenciado o (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conserva-
pessoas capacitadas que estudaram e estudam aquecimento ção da Biodiversidade (ICMBio) e Serviço Flo-
biologia, ecologia, geografia, sociologia, educa- global, as restal Brasileiro (SFB), estão em greve por tem-
ção ambiental, agronomia, e tantos outros sa- po indeterminado em resposta à intransigên-
mudanças
beres das áreas biológicas, exatas e sociais para cia do governo em negociar uma proposta dig-
protegerem a sociedade garantindo um meio climáticas. Que na de reestruturação da carreira?
ambiente saudável e um desenvolvimento sus- tem notado Não? Pois, é... Ninguém sabe. Afinal, quem se
tentável e justo para a vida? mais secas, ou importa? Para muitos, a paralisação das ativi-
Você sabia que os laudos, licenças, pareceres, dades dos agentes ambientais federais é um
mais chuvas.
multas, cuidados com áreas de proteção am- alívio. Em greve, deixam de incomodar infra-
biental, ações de educação ambiental, entre Rios mais sujos, tores e aqueles que vêem o meio ambiente
outros, executados por estes técnicos que são transbordamentos como mais um dos empecilhos para o cresci-
independentes das questões políticas e econô- mais constantes. mento do país.
micas é que garantem o cumprimento das nor- Apesar da falta de reconhecimento de sua
Peixes mais caros,
mas e leis que a nossa democracia escolheu? excelência técnica, da falta de infra-estrutu-
(só que este muitas vezes são descartados por água mais cara... ra, das deficientes condições de trabalho, dos
questões políticas e econômicas) Pedimos cinco baixos salários, dos riscos físicos e orgânicos
Pois bem, este pequeno “exército” silencioso e minutos de a que estão expostos – incluindo ameaças de
incompreendido vêm trabalhado há anos para morte em lugares remotos, ou enfrentamen-
sua atenção
garantir o que o artigo 225 da nossa constituição tos com infratores, os servidores da carreira de
brasileira garante e o que a ética aconselha. Especialista em Meio Ambiente têm cumpri-
do a sua parte, superando metas do governo e Quantas enchentes esquivado em analisar o Aviso Ministerial,
expectativas da sociedade, bem como geran- propondo alterações que não condizem com
teremos que
do resultados positivos para o país. Basta ve- as realidades vividas pelos agentes ambien-
rificar a redução histórica dos índices de des- viver, quantos tais. Afinal, quem se importa se os escritórios
matamento, o número de licenças ambientais deslizamentos, do IBAMA estão sendo queimados no interior,
concedidas com critério e rigor, a melhoria dos como aconteceu tempos atrás em Guarantã
catástrofes, mortes
índices de conservação da biodiversidade e o do Norte, Mato Grosso? Quem se importa se
fortalecimento da gestão das áreas protegidas de gente, de rios, de os agentes ambientais federais são feitos re-
e ameaçadas, entre outros. matas, de animais, féns em Novo Progresso, Pará, cercados pela
Tais resultados deram ao Brasil posição de des- população do município insuflada por co-
enfim de vida e
taque na reunião sobre o clima em Conpenha- mandantes da região e impedidos de voltar
gue e foram, em muito, resultantes do esforço beleza ainda terão para casa? Quem se importa se os servidores
e dedicação dos servidores do IBAMA, ICMBio, de ocorrer? Nós, ambientais são processados pelo Ministério
SFB e MMA espalhados pelo Brasil afora. Público por obedecerem ordens superiores e
Estes servidores trabalham para garantir o di-
servidores públicos assinarem licenças ambientais, ou então obe-
reito constitucional do brasileiro. Afinal, todos da gestão ambiental decerem à lei e não fornecerem licenças am-
têm direito ao meio ambiente ecologicamente federal, além de bientais a toque de caixa?
equilibrado, bem de uso comum do povo e es- Quem se importa se agentes ambientais ar-
sencial à sadia qualidade de vida, impondo-se lutarmos por um riscam sua vida e têm sua integridade física
ao Poder Público e à coletividade o dever de de- desenvolvimento ameaçada diariamente nos mais distantes rin-
fendê-lo e preservá- lo para as presentes e futu- sustentável, ético cões do país, se passam noites no meio do mato
ras gerações? (Constituição Federal - Art. 225). sujeitos a perigos naturais, doenças tropicais e
Mesmo sendo notório e indiscutível o esfor- e justo, também emboscadas feitas por infratores, trabalhando
ço, a dedicação e, principalmente, os resulta- lutamos por pela causa ambiental?
dos positivos alcançados por estes servidores, melhores condições Diante deste quadro fica a indagação se a
é nítida a falta de consideração do Governo Fe- questão ambiental é, de fato, uma das priori-
deral para com eles. trabalhistas para dades do Governo Federal ou se figura apenas
Basta comparar a Tabela de Remuneração servimos melhor a como bandeira para garantir uma boa imagem
dos Servidores Públicos Federais, publicada junto à comunidade internacional.
sociedade. Assim,
em janeiro deste ano pelo Ministério do Pla- Também protestamos fortemente contra
nejamento Orçamento e Gestão. Nela, verifica- estamos em greve!! um projeto de lei que poucos conhecem, o PLP
se que servidores de nível superior da carreira nº549/2009, que irá congelar os gastos públi-
de Especialista em Recursos Hídricos recebem cos com a folha de pagamentos de funcioná-
aproximadamente 157% a mais que servidores rios concursados por 10 anos. Isso, à primeira
de mesmo nível da carreira de Especialista em vista parece bom, pois dá a impressão que o
Meio Ambiente (como se um especialista em governo vai economizar, não é mesmo? Mas,
meio ambiente não necessitasse compreender ao mesmo tempo que queremos sim que a
questões relacionadas a recursos hídricos!...). O verba pública seja bem gasta e revertida a be-
Especialista em Recursos Minerais possui ho- nefícios sociais, este projeto de lei impede no-
norários 93% maiores que o Especialista em vos concursos para adequação de quadros de
Meio Ambiente. O fiscal agropecuário de nível funcionalismo público.
superior possui vencimentos 120% maiores que Assim, imaginem a Polícia Federal sem po-
o de fiscal ambiental. E por aí vai... der contratar novos agentes para dar maior
Em 5 de novembro de 2009, o então Minis- segurança nacional, o IBAMA e o ICMBio sem
tro Carlos Minc, reconhecendo a defasagem poder adequar seu já diminuto quadro fun-
salarial dos servidores de sua pasta e a neces- cional para garantir a proteção ambiental?
sidade da reestruturação do plano de carreira Ou pior ainda, este projeto de lei permite a
de especialista em Meio Ambiente, enviou ao contratação. Assim poderemos até ter técni-
Ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, o cos contratados, mas estes não serão tão in-
Aviso Ministerial nº 238/09/MMA (Esta rees- dependentes das questões políticas e econô-
truturação pretende valorizar o profissional, micas... é quase que uma forma de “privatiza-
de modo a garantir que seu esforço em prol de ção” ou “politização” da coisa pública (único
um melhor futuro comum seja reconhecido e ente neutro do tecido social).
evitar que profissionais qualificados abando- Não vale mesmo à pena lutar para que
nem suas carreiras devido a salários incompa- Leia matéria isso não ocorra? Se você concorda conosco
tíveis com as responsabilidades). na íntegra em: e quer um Brasil mais justo ajude-nos neste
No entanto, desde então, a Secretaria de Re- http:// www.portaldo nosso movimento. Atenciosamente,
cursos Humanos/Min. Planejamento têm se meioambiente.org.br/ Cidadãos brasileiros como vocês.
Demonização
O conglomerado não nega os números, mas
afirma que o relatório oferece uma represen-
tação incorreta de suas atividades e “distor-
ce o histórico ambiental de suas empresas”.
“As companhias Koch há muito apoiam a
Jogo sujo
pesquisa e o diálogo científicos sobre a mu-
dança climática e as propostas de respos-
ta [ao fenômeno]. Tanto a sociedade livre
quanto o método científico exigem um de-
de petroleira
bate aberto e honesto de todos os lados, não
a demonização e o silêncio daqueles com os
quais você discorda”, disse a Koch em comu-
nicado à imprensa.
Sem nenhuma empresa operando com o
nome, mas dona de marcas como a Lycra e os
Um relatório divulgado no dia 30 de mar- Petroleira dos EUA copos de plástico Dixie, a Koch tem operações
ço deste ano pela ONG Greenpeace acusa em mais de 60 países, que rendem US$ 100 bi-
deu US$ 50 mi
umas das maiores companhias de petró- lhões anuais em vendas. Emprega cerca de 70
leo dos EUA, a Koch Industries, de canali- a céticos do clima mil pessoas – é atualmente o segundo maior
zar discretamente quase US$ 50 milhões grupo privado dos EUA, atrás da Cargill.
em uma década (metade disso só entre 2005 No Brasil, o grupo tem quatro subsidiárias
e 2008) a uma rede de estudiosos e “think em operação: três em São Paulo (Koch Che-
tanks” para “minar a confiança na ciência do mical Technology Group, Georgia-Pacific e
clima e promover oposição à energia limpa, Invista) e uma no Rio de Janeiro (Koch Explo-
nos EUA e internacionalmente”. ration, de petróleo e gás natural).
Entre os grupos que mais receberam fun- Procurado pela Folha, o presidente do Ins-
dos da Koch estão os influentes Instituto tituto Cato, Ed Crane, disse em nota que “o
Cato (mais de US$ 5 milhões de 1997 a 2008), Greenpeace parece mais interessado em
Heritage Foundation (US$ 3,3 milhões no pe- nossas fontes de financiamento do que na
ríodo), Mercatus Center (US$ 9,2 milhões de precisão das pesquisas sendo financiadas”.
2005 a 2008) e Americanos pela Prosperida- “O ‘Climagate’ fala por essa precisão. Dito
de (US$ 5,2 milhões de 2005 a 2008), segun- isso, 95% de nosso orçamento vem de fontes
do o Greenpeace. não relacionadas [aos irmãos] Charles Koch
No total, segundo o texto, a Koch ajudou e David Koch [controladores do conglomera-
a pagar operações de mais de 20 organiza- do], e nenhuma verba dos Koch jamais foi de-
ções que “repetidamente reproduziram e es- signada para um projeto específico.” O Cato
palharam a história do chamado ‘climagate’ tem em seu time o climatologista Pat Micha-
[divulgação de e-mails de climatólogos, re- els, um dos mais célebres céticos, que esteve
velando tentativa de negar informação a cé- no Brasil nesta semana.
ticos do clima]”. Fonte: Murilo Marques / Folha Online
Meio ambiente e
desenvolvimento
Profissionais Que melhor lugar do que o Mato Grosso, es- Para a jornalista baiana Mariana Ramos, o
tado berço do agronegócio e que abriga os CBJA teve bons debates e palestrantes bem
e estudantes
maiores biomas do Brasil, para se debater preparados. “Estava um pouco distante do
de jornalismo a relação harmoniosa entre Meio Ambien- jornalismo ambiental nos últimos dois anos
defendem te e Desenvolvimento. Foi com esse objetivo e a evolução na abordagem dos assuntos fi-
políticas que o III Congresso Brasileiro de Jornalismo cou nítida”, afirmou.
Ambiental (CBJA) reuniu cerca de 300 pessoas Mariana só lamentou o fato da pouca
sustentáveis
entre profissionais e estudantes na cidade de abrangência de alguns temas importantes,
Cuiabá, do dia 18 a 20 de março. como a questão da pesca predatória. “Ainda
Segundo o secretário executivo do Núcleo de sinto falta de mais enfoque em outros pro-
Ecomunicadores dos Matos e membro da co- blemas que não sejam o desmatamento”,
missão organizadora do evento, André Alves, o disse. Ela também destacou a apresentação
CBJA foi importante para a discussão da ques- de Marina Silva e o debate sobre Belo Monte
tão ambiental principalmente da região Centro- como os mais importantes.
Oeste. “Acredito que houve um amadurecimen-
to do jornalismo ambiental com essa discussão Marina Silva
no estado, que gerou impactos positivos”. Para A senadora Marina Silva falou para um audi-
Alves resultado foi importante para a região da tório lotado sobre sua candidatura e os deba-
Amazônia. “O estado do Mato Grosso não tem tes ambientais que tem sido feitos, principal-
costume de realizar eventos em jornalismo, ain- mente no Congresso Nacional.
da mais com a temática ambiental”, enfatizou. Para Marina é fantástico que após 30 anos
O congresso teve dez mesas redondas, além de luta socioambiental haja um crescente au-
de oficinas e lançamentos de livros. Os maio- mento pela causas ambientais, que antes fica-
res destaques ficaram por conta da palestra vam restritas as ONGs e movimentos sociais.
da senadora e pré candidata a presidência, “São pessoas que querem o melhor para o Bra-
Marina Silva (PV), o debate sobre a construção sil. Como o país vai acompanhar as mudan-
da hidrelétrica de Belo Monte e a apresenta- ças climáticas? E a economia de baixo carbo-
ção do chefe Afukaka Kuikuro do Parque Indí- no? Nesse sentido, tem sido incrível a adesão
gena do Xingu. “A mesa da senadora Marina de pessoas de todas as áreas. A sociedade está
Silva mobilizou muita gente, como políticos, sentindo que precisa agir. Nada é mais forte do
imprensa e curiosos, com isso divulgamos o que uma ideia cujo tempo chegou”, ressaltou.
evento para várias partes da região e do país”, Ainda segundo a ex-ministra do Meio Ambien-
analisou André Alves. te, já estamos ultrapassando os limites. “Se conti-
nuarmos neste ritmo, iremos inviabilizar a vida Rio de Janeiro receberá IV CBJA Acredito que um
na terra. Em São Paulo, por exemplo, a tempera- A cidade maravilhosa foi escolhida como
dos principais pontos
tura subiu 3º nos últimos 30 anos”, apontou. próxima sede do Congresso Brasileiro de Jor-
Apesar das críticas sobre sua candidatura ter nalismo Ambiental, que será em 2012, mesmo desse congresso
apenas uma bandeira, a do meio ambiente, a ano da Conferência da ONU para o Meio Am- foi a consolidação
senadora foi enfática ao dizer que hoje sus- biente (Rio + 20). Lugar de belas paisagens e
da Rede Brasileira
tentabilidade não diz só respeito às florestas gente acolhedora, o Rio de Janeiro hoje é refe-
e sim a toda estrutura social e econômica de rencia na temática ambiental, sendo residên- de Jornalistas
um país. “Esse discurso já está defasado, não cia de diversos especialistas da área. Ambientais (RBJA),
se pode falar em meio ambiente sem analisar Para o jornalista Vilmar Berna, fundador da
pois a interação entre
as questões culturais e sociais de uma região”. Rede Brasileira de Informação Ambiental (Re-
Marina disse que apesar da situação crítica da bia), a democratização da informação ambiental as diversas faixas
questão ambiental no país, continua otimista. não deve ser uma benesse dos poderosos para a etárias foi nítida
“Sou uma mantenedora de utopias. Desenvol- sociedade, mas uma conquista. “Sem informa-
vimento e sustentabilidade podem sim andar ção ambiental independente e de qualidade, a
durante os três dias
juntos. Só depende de nós, e os jornalistas têm sociedade tenderá a reproduzir as mesmas esco- de atividades
importante papel como mediadores capazes lhas que nos trouxeram até o abismo da insus- (Danielle Silva,
de despertar a sensibilidade das pessoas”. tentabilidade socioambiental”, afirmou.
A jornalista Danielle Silva veio do Rio de Janei- Berna reforça que foi muito importante a de- jornalista carioca)
ro para acompanhar os debates e gostou do que cisão do III Congresso Brasileiro de Jornalismo
viu. “Acredito que um dos principais pontos des- Ambiental, realizado agora em Cuiabá, pela
se congresso foi a consolidação da Rede Brasilei- sua continuidade. “Nos sentimos orgulhosos
ra de Jornalistas Ambientais (RBJA), pois a inte- pelo Rio de Janeiro ter sido escolhido para se-
ração entre as diversas faixas etárias foi nítida diar o IV CBJA, em 2012. Desde já a Rebia esta-
durante os três dias de atividades”, analisou. rá empenhada, com os demais parceiros, a tra-
Ainda de acordo com Danielle o ambiente balhar pelo seu sucesso. Até lá, teremos uma *Jornalista, Mestre em Ciência
acolhedor proporcionou a troca de ideias entre longa caminhada onde é importante enraizar Ambiental, Especialista em
estudantes, jovens profissionais, jornalistas em localmente este debate, principalmente entre Informação Científica e
exercício e acadêmicos de diversas universida- aquelas pessoas, veículos e organizações que Tecnológica em Saúde, Editor
des do País. “Esse contato físico foi fundamental compreendem a importância da democratiza- Científico da Rebia - Rede
para recarregar nossas energias e assim criar- ção da informação ambiental para uma socie- Brasileira de Informação
mos novas discussões e nos engajarmos na luta dade sustentável!”, finalizou. Ambiental e Editor do Portal
por um jornalismo ambiental parcial”, disse. Com informações do site Dom Total Proqualis (www.proqualis.net)
©Nasa
bre as Mudanças Climáticas, reunida em
sujeito de
Cochabamba de 19-23 de abril, convocada
pelo Presidente da Bolívia Evo Morales é o dignidade
da subjetividade da Terra, de sua dignidade e de direitos
e direitos. O tema é relativamente novo, pois
dignidade e direitos eram reservados somen-
te aos seres humanos, portadores de consciên-
cia e inteligência. Predomina ainda uma visão
antropocêntrica como se nós exclusivamente
fôssemos portadores de dignidade. Esquece-
mos que somos parte de um todo maior. Como
dizem renomados cosmólogos, se o espírito
está em nós é sinal que ele estava antes no
universo do qual somos fruto e parte.
Há uma tradição da mais alta ancestralida-
de que sempre entendeu a Terra como a Gran-
de Mãe que nos gera e que fornece tudo o que
precisamos para viver. As ciências da Terra e da
vida vieram, pela via científica, nos confirma-
ram esta visão. A Terra é um superorganismo
vivo, Gaia, que se autorregula para ser sempre
Um planeta
apta para manter a vida no planeta. A própria
biosfera é um produto biológico, pois se origi-
na da sinergia dos organismos vivos com todos
os demais elementos da Terra e do cosmos.
DIGNO
Criaram o habitat adequado para a vida, a bios-
fera. Portanto, não há apenas vida sobre a Terra.
A Terra mesma é viva e como tal possui um va-
lor intrínseco e deve ser respeitada e cuidada
como todo ser vivo. Este é um dos títulos de sua
dignidade e a base real de seu direito de existir
e de ser respeitada como os demais seres.
Os astronautas nos deixaram este legado: reprodução e de regeneração. Por isso, está em discussão um projeto na
vista de fora da Terra, Terra e Humanidade ONU de um Tribunal da Terra que pune quem viola sua dignidade, des-
fundam uma única entidade; não podem ser floresta e contamina seus oceanos e destrói seus ecossistemas, vitais para
separadas. A Terra é um momento da evolução a manutenção dos climas e da vida.
do cosmos, a vida é um momento da evolução Por fim há um último argumento que se deriva de uma visão quântica da
da Terra e a vida humana, um momento pos- realidade. Esta constata, seguindo Einstein, Bohr e Heisenberg, que tudo,
terior da evolução da vida. Por isso, podemos no fundo, é energia em distintos graus de densidade. A própria matéria é
com razão dizer: o ser humano é aquele mo- energia altamente interativa. A matéria, desde os hádrions e os topqua-
mento em que a Terra começou a ter consciên- rks, não possui apenas massa e energia. Todos os seres são portadores de
cia, a sentir, a pensar e a amar. Somos a parte informação. O jogo das relações de todos com todos, faz com que eles se
consciente e inteligente da Terra. modifiquem e guardem a informações desta relação. Cada ser se relaciona
Se os seres humanos possuem dignidade e di- com os outros do seu jeito de tal forma que se pode falar que surge níveis
reitos, como é consenso dos povos, e se Terra e de subjetividade e de história. A Terra na sua longa história de 4,3 bilhões
seres humanos constituem uma unidade indivi- de anos guarda esta memória ancestral de sua trajetória evolucionária. Ela
sível, então podemos dizer que a Terra participa tem subjetividade e história. Logicamente ela é diferente da subjetividade
da dignidade e dos direitos dos seres humanos. e da história humana. Mas a diferença não é de princípio (todos estão co-
Por isso não pode sofrer sistemática agres- nectados) mas de grau (cada um à sua maneira).
são, exploração e depredação por um proje- Uma razão a mais para entender, com os dados da ciência cosmológica
to de civilização que apenas a vê como algo mais avança, que a Terra possui dignidade e por isso é portadora de direitos
sem inteligência e por isso a trata sem qual- e de nossa parte de deveres de cuidá-la, amá-la e mantê-la saudável para
quer respeito, negando-lhe valor autônomo continuar a nos gerar e nos oferecer os bens e serviços que nos presta.
e intrínseco em função da acumulação de Agora começa o tempo de uma biocivilização, na qual Terra e Humani-
bens materiais. É uma ofensa à sua dignida- dade, dignas e com direitos, reconhecem a recíproca pertença, a origem
de e uma violação de seus direitos de poder e o destino comuns.
continuar inteira, limpa e com capacidade de *Leonardo Boff é autor de Virtudes para um outro mundo possível. Vozes 2008
Você sabia que existem animais que estão praticamente desa- O que está sendo feito...
parecendo do planeta? Isso é, no mínimo, muito preocupante, pois No Brasil o órgão responsável por cuidar do
qualquer espécie, animal ou vegetal, por mais simples que seja, tem meio ambiente e especificamente de reverter
muito valor para o meio ambiente e é insubstituível. o quadro da extinção animal é o IBAMA – Ins-
tituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos
Desrespeito ao meio ambiente é principal causa da extinção
Naturais Renováveis. Este órgão fiscaliza, mui-
Quantas notícias vemos atualmente sobre desmatamento das flo-
tas vezes em conjunto com a Polícia Federal,
restas e queimadas em diversas regiões? Pense em quantos animais
tudo que é relativo ao meio ambiente, assim,
morrem ou ficam “desabrigados” por essas ações inconsequentes do
está sempre de alerta para as questões do des-
ser humano. Fica fácil perceber que o principal motivo da extinção
matamento, repressão ao tráfico de animais e
dos animais é a destruição de florestas, seja pelo desmatamento ou
possibilidades da procriação de espécies em
por queimadas. Só na Amazônia atualmente, a área total afetada pelo
cativeiro para diminuir o risco de extinção,
desmatamento da floresta corresponde a mais de 350 mil Km2, a um
neste caso, depois de crescidos os animais são
ritmo de 20 hectares por minuto, 30 mil por dia e 8 milhões por ano.
introduzidos em seu habitat natural.
A poluição também contribui para a extinção de animais, pois pre-
judicam diretamente o ciclo de vida de muitas espécies. Você também pode ajudar...
Outro fator que contribui é a caça em busca de aproveitamento de Cada um de nós pode ajudar a combater
partes desses animais, como por exemplo, para obtenção de carne, gor- a extinção de animais mesmo estando longe
dura, peles, plumas, troféus e lembranças. A coleta de ovos para venda deles. Uma forma é denunciar qualquer tipo
também é bastante comum, pois gera lucro para os caçadores. de agressão ao meio ambiente.
O tráfico de animais também é um fator de muita preocupação: de Com relação ao tráfico de animais, fica mais
acordo com Polícia Federal, a cada ano 12 milhões de animais, a maio- fácil de contribuir:
ria integrante da lista de espécies em extinção, são apanhados na • Não compre nenhum tipo de artesanato que
fauna brasileira e 30% deles são enviados ao exterior. Eles são trans- tenha partes retiradas de animais, como pe-
portados em condições precárias, ficam doentes e chegam a morrer nas, couro, etc.;
fora de seu habitat natural. •Não use roupas feitas de pele de animais;
• Observe que canários, maritacas e outras
Veja matéria no site do Ibama sobre o assunto:
aves fazem parte das espécies de animais que
http:// www.ibama.gov.br/fauna/trafico/procedimentos.htm
sofrem com o tráfico, portanto, oriente amigos
Lista de animais em extinção:
e parentes que tenham o hábito de manter es-
http://www.fiocruz/biosseguranca/Bis/infantil/fauna.htm
ses animais presos em gaiolas;
• Denuncie sempre que perceber ações de maus
Descubra aqui alguns animais em risco de extinção:
tratos e manutenção de animais em cativeiro.
T A M A N D U A Q W M http://www.smartkids.com.br/especiais/animais-
em-extincao.html
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Respostas: horizontal: tamanduá, ariranha e arara • vertical: jacaré e guará.
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2• CARAVANA PARA O FESTIVAL DE TURISMO INTERNACIONAL DAS CATARATAS, entre os dias 16 e 20 de junho,
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a Argentina, ao Parque Nacional do Iguassu, Visita a Usina Hidrelétrica de Itaipu e a Consultoria de Agentes de Viagens.
Em anexo seguem a programação. Para Maiores informações os interessados deverão entrar em contato com o Coord.
Pedagógico Msc José Mauro Farias - Tels: (21) 8632-0452, (21) 2588-1644, 2588-1328 - E-mail: josemaurofarias@ig.com.br
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