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Recomendo para leitura, deste resumo, ter em mãos a Lei 6404/76 já alterada, mas com
indicação do que foi alterado pela Lei 11638/2007, ou ter em mãos o texto da Lei 11638/2007 e o
texto antigo da Lei 6404/76.
Lembro aos senhores que isto é apenas um rascunho, mas já dá para ter uma noção das
mudanças. Creio que em breve ilustres mestres publicarão livros sobre as alterações da Lei
11638/2007. Aproveitei para especular sobre possíveis questões de provas sobre as alterações.
Mas vamos ao que interessa. A Lei 11638/2007 trouxe as seguintes mudanças para a
Contabilidade para fins de concursos.
1. Demonstrações Financeiras
Não existe mais a DOAR na lei da contabilidade.
Agora as demonstrações financeiras obrigatórias são:
-BP (Balanço Patrimonial).
-DLPA (Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados).
-DRE (Demonstração do Resultado do Exercício).
-DFC (Demonstração de Fluxos de Caixa).
-DVA (Demonstração de Valor Adicionado) para companhia aberta.
Observação: A companhia fechada não será obrigada a apresentar a DFC se na data do balanço
apresentar um Patrimônio Líquido inferior a dois milhões de reais.
Nota: Aqui temos alteração para uma questão de prova. Quais são as demonstrações financeiras
obrigatórias? Os desatentos ainda marcariam como certa as demonstrações que existiam antes da
Lei 11638/2007.
2. Escrituração
As disposições da lei tributária ou de legislação especial sobre atividades que constitui objeto da
companhia que conduzam à utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou à
elaboração de outras demonstrações não desobrigam a obrigação de elaborar as demonstrações
financeiras em consonância com o artigo 177 (caput) da Lei 6404/76 que diz: “A escrituração da
companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação
comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar
métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo
o regime de competência”.
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3. Normas da CVM
A lei 6404/76 diz em seu artigo 177 § 3o que as demonstrações financeiras deverão observar as
normas da CVM sendo obrigatoriamente auditadas por auditores independentes registrados na
CVM. Agora essas normas deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais
de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários.
As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre as demonstrações
financeiras expedidas pela CVM.
4. Ativo Permanente
O Ativo Permanente era dividido em: Investimentos, Imobilizado e Diferido.
Agora o Ativo Permanente passou a ser dividido em:
-Investimentos.
-Imobilizado.
-Intangível.
-Diferido.
Nota: Esta é uma alteração que dá uma boa questão daquelas em que se colocam várias contas e
se pergunta qual o valor do Imobilizado.
8. Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido era dividido em: capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação,
reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.
O que mudou?
Não são mais classificados como reservas de capital o prêmio na emissão de debêntures e as
doações e as subvenções para investimento.
Agora temos a seguinte orientação quanto aos direitos e títulos de créditos para a sua avaliação:
I – As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de
créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:
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a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, quando se tratar de aplicações destinadas
à negociação ou disponíveis para venda; e
b) pelo valor do custo de aquisição ou valor da emissão, atualizado conforme disposições
legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no
caso das demais aplicações e os direitos e títulos de créditos.
Considera-se valor de mercado para instrumentos financeiros: o valor que pode se obter em um
mercado ativo, decorrente de transação não compulsória realizada entre partes independentes.
Nota: Dessa parte da Lei sempre tiraram várias questões. Com as mudanças novas questões
poderão surgir.
Nota: Amortização do intangível? Quem não ler as mudanças não considerará como conta
redutora do ativo uma conta chamada digamos de “Amortização de Software”.
Note que a lei citava apenas o ativo imobilizado, hoje fala em ativo imobilizado, intangível e
diferido.
Nota: Atenção, qual é o prazo máximo para amortizar o Ativo Diferido? Qual é a sua resposta?
Eles podem pedir numa questão futura!
Nota: Eis uma alteração que dá uma boa questão: Calcule o valor das participações na DRE.
Segundo a nova orientação a DFC indicará no mínimo as alterações ocorridas, durante o exercício,
no saldo de caixa e equivalentes de caixa, separando essas alterações em 3 fluxos (no mínimo), a
saber:
-fluxos das operações,
-fluxos dos financiamentos,
-fluxos dos investimentos.
Veja que a nova normatização diz no mínimo, então nada impede que a DFC tenha mais
informações que as citadas na norma. Vamos esperar um modelo ou orientação da CVM quanto a
forma da DFC.
Nota: Para concurso eu continuaria utilizando as orientações de preenchimento dos livros atuais
até a normatização da CVM. No link que segue tem algumas informações interessantes a respeito
da DFC:
http://www.cvm.gov.br/port/atos/oficios/OFICIO-CIRCULAR-CVM-SNC-SEP-01_2007.asp#1.12
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18. Demonstração do Valor Adicionado
Esta declaração não existia no texto da Lei 6404/76. Com as mudanças agora ela é. Como disse
anteriormente há grande chance de uma questão sobre quais demonstrações financeiras são
obrigatórias.
A DVA indicará no mínimo o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os
elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores,
acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída.
Consulte o link que segue que possui algumas informações sobre a DVA:
http://www.cvm.gov.br/port/atos/oficios/OFICIO-CIRCULAR-CVM-SNC-SEP-01_2007.asp#1.12
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notas explicativas às demonstrações contábeis, ao invés de incluí-las no corpo do Relatório da
Administração.
DESCRIÇÃO
1-RECEITAS
4 – RETENÇÕES
Preste atenção, pois só mudou alguns trechos do item II acima. Veja como ficou (vou negritar e
grifar as mudanças para facilitar):
“II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e
passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do
exercício social seguinte”.
O que mudou?
A lei dizia que o saldo das reservas de lucros não poderia ultrapassar o valor do capital social, mas
a lei retirava dessa soma duas reservas:
-a reserva de contingências e
-a reserva de lucros a realizar.
Com a mudança agora temos três reservas que ficam de fora dessa soma:
-a reserva de contingências,
-a reserva de lucros a realizar e
-a reserva de incentivos fiscais.
Nota: Questão de prova: Quanto será destinado para dividendo obrigatório? Aí colocam entre as
muitas contas a reserva de incentivo fiscal. O que você faria se não tivesse conhecimento das
alterações?
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A Lei 6404/76 antes das alterações trazia como título “Formação do Capital” antes do artigo 226.
Esse título mudou para: “Transformação, Incorporação, Fusão e Cisão”.
Além da alteração acima foi incluído um terceiro parágrafo nesse artigo que diz que nas operações
referidas no caput deste artigo, realizadas entre as partes independentes e vinculadas à efetiva
transferência de controle, os ativos e passivos da sociedade a ser incorporada ou decorrente de
fusão ou cisão serão contabilizadas pelo seu valor de mercado.
Nota: Outra boa questão para prova. Pode-se perguntar que valor utilizar para ativo e passivo
quando do acontecimento de uma das operações do artigo 226.
“...
Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos relevantes (artigo 247,
parágrafo único) em sociedades coligadas sobre cuja administração tenha influência, ou de que
participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital social, e em sociedades controladas, serão
avaliados pelo valor de patrimônio líquido, de acordo com as seguintes normas:
...”
Com as alterações o artigo 248 passou a legislar diferente. Agora temos que serão avaliados pelo
MEP:
i. Coligadas
Serão avaliadas pelo MEP as coligadas sobre cuja administração tenha influência significativa.
ii. Controladas
Serão avaliadas pelo MEP quando a investidora participe com 20% ou mais do capital votante.
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24. Companhias de Grande Porte que não é S/A
A companhia de grande porte que não é S/A deve seguir a Lei 6404/76 sobre:
-a escrituração,
-elaboração das demonstrações financeiras,
-obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado na CVM.
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