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Autonomy
2. Inteligência Competitiva
O desenvolvimento da Inteligência Competitiva parte da premissa que ao conhecer
melhor o ambiente, tem-se um incremento no diferencial competitivo em relação às demais
organizações. Desta forma, propicia às organizações uma infra-estrutura para que estejam
preparadas para enfrentar as adversidades do ambiente turbulento a que estão submetidas. A
vigilância constante evidencia potenciais oportunidades e ameaças do mercado e supre as
organizações de informações que devem ser utilizadas de forma inteligente, visando a obtenção
de vantagem competitiva.
De forma geral, vários autores conceituam a atividade de Inteligência Competitiva como
um processo sistemático e ético que compreende a seleção, coleta, interpretação, análise e
disseminação de informação que possui importância estratégica para uma organização
(MILLER, 2002;GOMES, BRAGA, 2004; KAHANER, 1996; HERRING, 1996; TYSON, 2002).
Dentre suas principais metas destacam-se: detectar ameaças competitivas, eliminar ou
minimizar surpresas, acrescentar vantagem competitiva minimizando o tempo de reação e
encontrar novas oportunidades.
A Inteligência Competitiva é um instrumento geralmente utilizado pelas empresas para
eticamente identificar, coletar, sistematizar e interpretar informações relevantes em seu
ambiente concorrencial. Pode ainda ser entendida como um processo organizacional, que
envolve múltiplos participantes e stakeholders, múltiplos níveis e funções de uma organização,
e que atua sobre as diversas perspectivas dos tomadores de decisão.
Diante dessas definições, percebe-se que a Inteligência Competitiva atua como um radar
monitorando constantemente o ambiente externo das organizações em busca de informações
valiosas para sua atividade estratégica. Mais do que monitorar as informações, os sistemas de
Inteligência Competitiva devem estar atentos às necessidades dos tomadores de decisão,
visando agregar valor às informações para que tenham utilidade na Gestão Estratégica das
organizações. Desta forma, possibilita vantagem competitiva às organizações que souberem
utilizar as informações disponíveis.
Devido a estas características, esses processos não podem ser reativos, isto é, captar
informações de eventos já ocorridos. É importante uma atitude pró-ativa, capaz de identificar as
tendências do mercado, suas oportunidades e ameaças.
Nas organizações, as atividades de Inteligência Competitiva são compostas de várias
etapas. Dentre elas, pode-se destacar: a definição dos objetivos e os cenários a serem
monitorados, o mapeamento das informações (identificação das informações e das fontes), o
armazenamento dos dados obtidos, a análise das informações captadas e a distribuição das
conclusões tiradas deste processo.
Na medida do aumento da complexidade do mercado, mais e mais as empresas
necessitam de informações para poder sobreviver. Monitorar a concorrência, perceber novas
tendências, antecipar decisões dos agentes reguladores e avaliar experiências passadas em
relação aos desafios presentes é tarefa somente possível com auxilio de ferramentas
especializadas e dedicadas a essas funcionalidades.
4. O produto Autonomy1
A Autonomy Corporation (AU) é o principal provedor principal de soluções de software
que permite as organizações buscar e entender automaticamente informações que são críticas
ao seu negócio. Sua área de vendas informa que empresas de todos os tamanhos podem
unificar, gerenciar, e utilizar informações armazenadas nos seus sistemas para conferir
vantagens competitivas ao seu grupo funcional, conseguindo assim reduzir os ciclos
econômicos, acelerar a produtividade e aumentar o retorno.
Isto é alcançado pela habilidade do produto Autonomy para automatizar o processo de
síntese e tratamento para qualquer tipo de informação não estruturada, isto é, texto, áudio e
vídeo, sem qualquer intervenção manual.
O produto Autonomy é amplamente reconhecido como o líder de mercado das tecnologias
semelhantes por analistas de entidades como Gartner Group, Forrester Research e Delphi, e
beneficiam mais de 1.000 companhias globais dos setores público e privado, incluindo a Ford,
Reuters, Deutsche Bank, BAE Systems, Sun Microsystems e agências do setor público,
inclusive o Departamento norte-americano da Defesa, NASA e as Casas do Parlamento do
Reino Unido.
O Autonomy é uma ferramenta básica na qual podem se apoiar às iniciativas de Gestão
do Conhecimento, de Inteligência Competitiva e de Gestão de informações. Apresenta uma
abordagem radicalmente diferente no acesso á informação que independe da estrutura,
formato, idioma, localização ou quantidade de documentos e que não se prende a uma
estrutura de navegação, categorias ou metadados, eliminando quase por completo o
processamento manual das informações, que podem estar armazenadas em formatos
estruturados (bancos de dados, planilhas, etc.) ou em formatos não estruturados(texto, html, e-
mail, documentos do Office, Notes, áudio, vídeo, imagens e outros).
Além de criar automaticamente a classificação dos documentos processados, o Autonomy
permite que os usuários façam modificações na taxonomia criada, adaptando-a a sua
organização. Os mesmos documentos, sem duplicação de arquivamento, podem ser vistos em
taxonomias diferentes pelos usuários de diversas áreas.
Todas as funcionalidades do Autonomy podem ser acessadas de duas formas diferentes:
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Informações retiradas do sítio: www.autonomy.com – acesso em 15/05/2005.
- através do PIB (Portal in a Box) que é uma ferramenta para criação do Portal de
Conhecimento com uma interface que pode ser facilmente customizada;
- por um conjunto de classes a serem embutidas nas aplicações dos próprios usuários
(voltadas para a web).
Os algoritmos de alto desempenho para comparação, utilizados pelo Autonomy, permitem
uma sofisticada análise contextual, extração de conceitos, automatização da classificação,
referência cruzada entre informações e, finalmente, uma nova forma de recuperação de
informações pelo usuário. Todas essas capacidades agregam mais valor à própria informação,
uma vez que o usuário não depende mais de classificações criadas por outras pessoas, de
ambientes de navegação ou até mesmo de formular os critérios de busca.
As funcionalidades e potencialidades são as seguintes:
- Busca Personalizada Individual - Uma vez que cada usuário tem necessidades
específicas de informações, o Autonomy permite que cada um crie e organize suas
funções específicas de busca, de acordo com suas preferências, desafios e
necessidades de uso destas informações;
- Colaboração e Socialização - os recursos do Autonomy identificam usuários com
interesses semelhantes de maneira automática e conseqüentemente, facilitam a
aproximação e a colaboração entre eles, identificando aqueles de interesses
semelhantes;
- Construção do Conhecimento - O Autonomy facilita a obtenção, manuseio, troca,
contextualização e utilização de informações, permitindo o crescimento individual e a
explicitação do conhecimento;
- Criação de Agentes inteligentes de Busca (Spiders) - O Autonomy permite que cada
usuário crie “Agentes Inteligentes” de busca, dedicados a atender necessidades
específicas de informação. Estes Agentes, que podem ser públicos ou privados, são
capazes de pesquisar em um amplo universo de informações (estruturadas e não-
estruturadas) especificadas pela empresa, compreendendo diretórios públicos, bancos
de dados variados, aplicações e sítios da Internet/Intranet;
- Identificação das Necessidades dos Usuários - O Autonomy reconhece seus usuários de
duas maneiras: uma é a partir das demandas e necessidades informadas pelo próprio
usuário e a outra é justamente percebendo, automaticamente, seus gostos e interesses.
De maneira inteligente, o Autonomy consegue captar os hábitos de uso (leitura e escrita
– dentro da aplicação e não fora dela) e de consumo de informações de cada usuário,
traçando um perfil individual, que é utilizado como filtro, viabilizando a coleta, oferta,
entrega e disseminação seletiva de conteúdos relevantes de forma automática e pró-
ativa;
- Mudança de Paradigma no Acesso e na Navegação das Informações - Os recursos
gráficos do Autonomy permitem a visualização de agrupamentos (“clusters”) de
informação por assunto. As dimensões destes agrupamentos permitem a visualização
instantânea de grupos de informações utilizadas e não utilizadas dentro da empresa.
Informações “quentes” e “frias” são visualizadas facilmente e agrupamentos de maior e
menor volume de documentos são identificados;
- Identificação do conhecimento/especialistas - Um dos maiores desafios da Gestão do
Conhecimento e da maioria das grandes empresas é encontrar o conhecimento crítico
quando se precisa dele. Isso porque o maior banco de dados do conhecimento é a
mente humana. O homem é a fonte do conhecimento mais genuíno e encontrar a
pessoa certa na hora certa é vital ao sucesso de qualquer empreendimento;
- Tratamentos Automatizados - O Autonomy é capaz de organizar acervos digitais,
promovendo a categorização, indexação, classificação e taxonomia automática a partir
de informações não estruturadas, sem a necessidade de intervenção humana,
eliminando processos de identificação de palavras-chaves para categorizar ou classificar
documentos úteis;
- Fotografando acervos digitais - A gestão dos acervos digitais é mais um benefício
oferecido pelo Autonomy, apoiando decisões quanto à produção e descarte de
conteúdos, necessidades de conhecimentos não documentados, uso e desuso de
documentos e avaliações de informações na “linha do tempo”, importantes para
avaliação de acervos de notícias e informações de mercado. Algumas ferramentas do
Autonomy mapeiam o universo de informações da empresa, promovendo o
agrupamento de documentos, gerando fotografias dos “silos” e necessidades de
informações;
- Gestão de Acervos Digitais - Além de fotografar os acervos digitais, o Autonomy mostra
o uso de documentos por usuários, revelando audiências de conteúdos e permitindo a
localização de nichos de informação muito ou nunca utilizados, facilitando a alocação de
recursos para a produção de informação, a gestão de ofertas e serviços de informação e
orientando a produção/armazenamento de conteúdos cada vez mais relevantes para os
usuários;
- Agrupando (“Clustering”) Acervos Digitais.- O Autonomy é capaz de agrupar, sem
intervenção humana, grandes volumes de informações não estruturadas, por temas ou
assuntos específicos, por interesses individuais, pelo contexto corporativo,
departamental ou de área de negócio;
- Disseminação Seletiva - Com o Autonomy, é possível entregar e distribuir
automaticamente informações que sejam de interesse, fazendo alertas aos usuários por
e-mail ou celular (WAP), sobre informações relevantes encontradas. O Autonomy tanto
encaminha informações aos usuários, quanto permite que elas sejam puxadas por eles,
implementando os modelos “push” e “pull” de distribuição de informações;
- Apoiando Iniciativas “Just-in-Time Learnig” - O Autonomy também apóia esforços de
treinamento e capacitação em tempo real. Este tipo de tecnologia facilita o acesso à
informação pelos usuários, tutores e mestres dentro de uma empresa. Se as “Learning
Organizations” exigem que no dia a dia devemos assumir os papéis de mestre e de
aprendizes, era de se esperar que surgissem ferramentas de Tecnologia da Informação
que passassem a dar suporte a tal desafio;
- Pesquisas Detalhadas -Eventualmente, pode ser frustrante buscar informações na
Internet. A maioria dos usuários se decepciona com os resultados encontrados e com o
tempo que teriam que gastar para avaliar a qualidade e o contexto das informações
localizadas. Usando ferramentas de busca conhecidas, é comum recebermos como
resultados listas com mais de cinco milhões de referências encontradas. O Autonomy
consegue eliminar o maior problema da maioria dos resultados obtidos, removendo da
lista de referências os resultados que são irrelevantes para a sua empresa;
- Gerando Taxonomia Automaticamente - O Autonomy cria automaticamente uma
taxonomia corporativa ou dividida por departamentos, de acordo com o acervo digital
indicado pela empresa. Sem intervenção humana, o software se encarrega de encontrar
perenemente as informações conseguindo suprir as pastas (taxonomia) com
informações pertinentes;
- Melhorando a Recuperação de Informações - Indexando textos em muitos formatos e de
origens diferentes, o Autonomy consegue recuperar com agilidade qualquer informação,
através de comandos em linguagem natural, eliminando “defeitos” nas consultas por
palavras-chaves, que eram consideradas um mecanismo capaz de oferecer conexão
entre pessoas e informações. Por várias razões, expressões de busca formadas por
palavras-chaves simplesmente não atendem as necessidades atuais de busca da
maioria das pessoas envolvidas em atividades críticas;
- Automatização na Busca de Dados não Estruturados - O Autonomy apresenta-se como
mais do que uma ferramenta de busca. Através do entendimento automático das
informações, o Autonomy é a única plataforma que substitui tarefas manuais tradicionais
e cria relacionamentos entre conteúdos, conteúdos e indivíduos, e indivíduos e
indivíduos.
O Autonomy é baseado em uma única combinação de tecnologias nascidas no Instituto
de Pesquisas da Universidade de Cambridge. Sua força reside em avançadas técnicas
baseadas nas teorias Bayesianas e nos princípios desenvolvidos por Claude Shannon, autor da
Teoria Matemática da Comunicação. Assim, o Autonomy busca identificar os padrões que
naturalmente acontecem nos textos, baseados no uso e na freqüência de palavras ou
condições que correspondem a conceitos específicos.
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Casos retirados do sítio: www.autonomy.com – acesso em 15/05/2005.
Freqüentemente as equipes do Departamento deixavam a documentação incompleta ou
não apresentavam segurança quanto aos locais identificados para armazenamento. A analise
incompleta ou pouco cuidadosa de todo o material pertinente poderia afetar a qualidade da
solução e por em risco população e meio ambiente.
O que eles realmente precisaram era um modo de se agrupar os documentos
necessários – começando com o acervo eletrônico, de maneira centralizada. Autonomy
forneceu a capacidade robusta para rapidamente automatizar o processo de agrupamento,
eliminando o trabalho tedioso e demorado para se localizar os relatórios. Desta forma, as
atividades passaram a ser mais seguras, conferindo maior efetividade na ação da organização.
6. Conclusão
Com este trabalho, procuramos mostrar a importância da Inteligência Competitiva para
os processos da Gestão Estratégica, sem a qual a manutenção da organização empresarial
esta ameaçada pelos demais concorrentes no mercado.
Além disso, podemos concluir que pela complexidade dos desafios encontrados nos dias
atuais, sem um adequado suporte tecnológico às atividades da Inteligência Competitiva, a
mesma não poderia ser realizada com eficiência, dado que os volumes de informação
existentes na empresa (ambiente tarefa) e no mundo (ambiente geral), são significativos e de
alta complexidade.
Nesta linha, apresentamos a solução Autonomy, software dedicado à atividade de
prospecção de informações nos ambientes internos e externos das organizações, como
ferramenta auxiliar para a atividade dos analistas de informação, destacando porém que essa
solução não substitui em nenhum momento o especialista, atuando dentro de sua experiência e
preparação.
Sugere-se, ainda, como desdobramentos deste trabalho, que seja analisado o impacto
do processo de tomada de decisão estratégica motivada pela prospecção e análise de
informações, na aprendizagem organizacional, buscando-se identificar a possibilidade de um
ciclo virtuoso, no qual a prospecção de informações pela Inteligência Competitiva leva a tomada
de decisão estratégica, implementando na organização um novo processo de aprendizagem,
que por sua vez realimenta todo o processo e promove alterações nos modelos mentais da
organização, colocando a organização como líder no processo de adaptação junto à suas
concorrentes, e em decorrência disso, como líder de mercado.
Referências Bibliográficas
CARDOSO JÚNIOR, W. F. Inteligência empresarial estratégica: método de implantação de
Inteligência Competitiva em Organizações. Tubarão: Ed. Unisul, 2005.
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2001.
MILLER, Jerry P. O milênio da inteligência competitiva. Porto Alegre: Bookman, 2002.
MINTZBERG, H. Criando organizações eficazes. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
OLIVEIRA, D. de P. R. de. Estratégia empresarial e vantagem competitiva: como estabelecer,
implementar e avaliar. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2001.
GOMES, E; BRAGA, F. Inteligência Competitiva: como transformar informação em um negócio
lucrativo. Rio de Janeiro: Campus, 2004.
HERRING, Jan P. Measuring the effectiveness of competitive intelligence. Alexandria: SCIP,
1996.
KAHANER, L. Competitive Intelligence: from black ops to boardrooms: how business gather,
analyze, and use information to succeed in the global marketplace. New York: Simon & Shuster,
1996.
TYSON, K. The complete guide to competitive intelligence. 2 Ed. Chicago: Prentice Hall, 2002.