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a | ol NaCI CL a 4 y SUAS TECNOLOGIAS | Cay, cree Cir colecao & l res O passo decisivo para sua aprova¢ao ‘A Coleco Enem & Vestibulares - 0 passo decisivo para sua aprovacao foi desenvolvida especialmente para vocé que busca conquistar uma boa pontuacéo tanto no Exame Nacional do Ensino Médio, 0 Enem, como em vestibulares tradicionais. Com contetido desenvolvido por professores do ensino médio, com ampla experiéncia em preparacao de estudantes para o Enem e para ves- tibulares, cada um dos 12 volumes da série apresenta linguagem afinada com o que tem sido cobrado nos exames atuais, muitos exemplos priti- cos, fotografias, tabelas, ilustracdes e muitas dicas para voce. Cada volume é complementado por um DVD com videoaulas dos te- mas mais importantes. Essas aulas esto disponiveis na internet, num site interativo e exclusivo, que inclui simulados compostos de questoes retira- das do Enem, separadas por disciplina, e mais de 350 videos com a respos- ta comentada de cada uma delas. Confira em www.colecacenem.com.br (utilize 0 cédigo de acesso impresso na segunda capa deste volume). Este quarto volume - Geografia I- destaca a geografia fisica, detalhan- do temas como cartografia, a formaco da Terra, a atmosfera, o clima e orelevo do Brasil e do mundo, entre outros assuntos fundamentais para a preparagdo para o Enem e para os principais vestibulares Bom estudo! Geografia | Sumario Representacdo espacial. Cartografia .nu Globo. nnn . Mapa . Carta Planta . Leitura de um mapa . Os hemisférios da Terra. Coordenadas geograficas. Projecdes cartograficas nn. . Escala cartografica 10 Curvas de nivel. Connon i Tl. Tecnologia e cartografia.. Dominios naturais e relacéo do ser humano com o ambiente A Terra 1. Os planetas do sistema SOlaP.... 2. As fases da lua.. 3. Eclipses : 4, Movimentos da Terra... A formacao da Terra... 1. Tipos de rocha, 2. Nogées de estrutura da Terra 3. Teoria da deriva continental ... 4. As placas tecténicas ..... 5. Vulcées, terremotos e tsunamis Estrutura geolégica.... ar 1. Estrutura geoldgica do Brasil. O relevo 1. intemperismo.. 2. Eroséo.. 3. Unidades basicas do relevo ...nmnnnnnnnnnnnne eee 34 4, O relevo brasileiro. Recursos minerais.... 1. Recursos minerais energéticos... A atmosfera 1, A dinamica atmosferica... 2. Dindmica climatica. 3. Climas no mundo 4. Fatores que influenciam o clima no Brasil .. 5. Classificagéo climatica do Brasil... Mudangas climaticas. 1. Fenémenos climaticos Hidrosfera.... 1, Distribuicéo das aguas na superficie terrestre... 2. O consumo de agua doce. 3. Os oceanos.. 4. A poluigéo das aguas superficiais..... 5. Recursos hidricos no Brasil Grandes dominios da vegetacao no mundo. 1. A vegetacao e os impactos do desmatamento 2. Principais formaces vegetais da Terra... 3. Formacées vegetais no Brasil Dominios morfoclimaticos 1. Dominio amazénico Dominio do cerrado... Dominio da caatinga Dominio de mares de morros. gaan Dominio de araucarias sen 6. Dominio das pradarias.... Unidades de Conservacéo Expediente.. <) Representacado espacial CIENCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Geografia I gk a LLL | Cartografia Muito antes de escrever, o ser humano jé desenhava mapas. Imagi- ‘os mapas tivessem como funcdo registrar os. na-se que, na Pré-Histé: ‘caminhos e os locais de caca por onde passavam os povos némades. Aquele que é considerado o mapa mais antigo, denominado Ga- -Sur, encontrado na regido da Mesopotamia (atual Iraque), foi gravado emum pedaco de argila. No mapa de Ga-Sur, é possivel identificar ele- mentos espaciais, representados por meio de imagens desenhadas. Atualmente, as representacdes cartogrificas podem ser tanto por imagens como por tracos (desenhos). Com base nas definicdes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), veja alguns exemplos de representacio cartogréfica por trago. 1. Globo “Representacdo cartogréfica sobre uma superficie esférica, em escala pequena, apresenta os aspectos naturais [hidrogra- fia, vegetacio etc. e artificiais [decorrentes da ocupagao humana, como sistema viério, construgées etc] de uma figura planetéria [.|” colecoenem : vestibulares: 2. Mapa “fa representagao no plano, normalmente em escala pequena, dos aspectos geogréficos, naturais, culturais e artificiais de uma 4rea to- mada na superficie de uma figura planetéria, delimitada por elemen- tos fisicos, politico-administrativos |...)"Veja o mapa-miindi abaixo. 180-140-100" eae 200 20" or s00> 140 180° mn rina ‘ot 120 a0 40 OF A a T2016 3. Carta “fa representagao no plano, em escala média ou grande, dos as- pectos artificiais e naturais de uma érea tomada de uma superficie planetéria, subdividida em folhas delimitadas por linhas convencio- nais ~ paralelos e meridianos - com a finalidade de possibilitar a ava- liacdo de pormenores, com grau de preci io compativel com a escala.” 4. Planta Caso particular de carta, “re- presenta uma rea de extensio suficientemente restrita para que a sua curvature no precise ser levada em consideragao, e que, em consequéncia, a escala possa ser considerada constante”, CIENCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Geografia I SS Se LLL 5. Leitura de um mapa Para ler um mapa, é necessdrio conhecer alguns conceitos basicos da cartografia. Formas de orientacéo Ao longo do tempo, o ser humano foi descobrindo e ocupando no- vas areas na superficie terrestre. E, para se orientar, criou os pontos cardeais e colaterais. Os pontos cardeais so mais conhecidos: norte, sul, leste e ceste, descritos abaixo. Jos pontos colaterais sao definidos na metade do arco entre dois pontos cardeais: nordeste - NE, sudeste ~ SE, noroeste - NO ou NWe sudoeste ~ SO ou SW. * Norte (N}: Marca a direcdo do polo Norte geografico da Terra. 0 refe- rencial astronémico mais importante é a estrela Polar. © Sul (5): Marca a direcao do polo Sul geografico da Terra. O referen- cial astronmico mais conhecido € Cruzeiro do Sul. © Leste (L) ou (E}: 0 referencial genérico aproximado 6 o “nas- cer do Sol”, © Oeste (0) ou (W): 0 referencial genérico aproximado 6 0 “por do Sol”. A rosa dos ventos ~ grafico que aparece no mostra- dor das biissolas - indica os pontos cardeais e colaterais, 6. Os hemisférios da Terra A Terra nao é uma esfera uniforme. Ela possui um formato de- nominado geoide, isto é, com um pequeno achatamento nas extre- midades, onde estdo os polos Norte e Sul. Desse modo, o diametro equatorial é um pouco maior que o diametro polar. Na parte mais arredondada, situa-se a linha imaginéria do Equador, que divide o planeta em duas partes iguais: os hemisférios Norte (setentrional ou boreal) e Sul (meridional ou austral). ‘Quando vista do espaco sideral, a Terra parece uma esfera perfeita, = an : 9 10 colecgoenem: vestibulares: 7. Coordenadas geograficas Para melhor localizar um ponto na superficie terrestre, foi criado um sistema de coordenadas geogréficas. Esse sistema corresponde a uma rede de referéncia formada por linhas imaginérias: os me- ridianos, tragados no sentido norte-sul, e os paralelos, tracados no sentido leste-oeste paralelamente a linha do Equador. ‘Meridianos Paralelos Coordenadas ‘geogréficas 7.1, Meri Sao semicircunferéncias imaginérias maximas, ou seja, de 180°, cujas extremidades coincidem com os polos Norte e Sul. Convencionalmente, © meridiano que passa pelo subtirbio londrino de Greenwich foi adotado como sendo o inicial para a contagem da longitude — portanto, 0°. 7.2. Paralelos Sao circunferéncias imaginérias menores, derivadas da intersec- ‘cdo do globo terrestre com planos paralelos ao plano do Equador. 0 Equador é o ponto de partida para se obter a latitude ~ portanto, 0°. Entre todos os paralelos, quatro séo os mais importantes: os trépicos de Cancer e de Capricémio ¢ os cfrculos polares Artico e Antértico, 7.3. Latitude Altitude de um ponto qualquer na superficie terrestre é a dis- tncia, medida em graus, entre o Equador e o ponto considerado, variando de 0° a 90° para norte ou para sul. CIENCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Geografia I SS STS RE 7.4. Longitude A longitude de um ponto quelquer na superficie terrestre é a dis- t€ncia, medida em graus, entre esse ponto e o meridiano de Gre- enwich, variando de 0° a 180° para leste ou para oeste. A imagem abaixo apresenta os paralelos, os meridianos e as coor- denadas (latitude e longitude). Observe. on fri 130" 120° 50" aor 3 OF 308 ie 12D 50" a OESTE LESTE 8. Projecdes cartograficas Todas as representagées de superficies curvas em um plano envolvem deformacées ¢/ou distorces. No caso da Terra, essas deformagées ocorrem nas 4reas, nas formas ou nas distancias. Assim, as projecdes podem ser classificadas, de acordo com suas propriedades, como sendo conformes, equivalentes, equidistan- tes ou afilaticas. 2 colecdoenem & vestibulares 1, Projecées conformes Projegio cilindrica de Mercator Os angulos representados sao idénticos aos do globo. As formas terrestres so representadas sem distorgdes, porém com alteragio no tamanho de suas areas. 8.2. Projecées equivalentes ‘As areas se mantém propor- cionalmente idénticas &s do globo terrestre, embora as for- mas estejam deformadas em comparacéo com a realidade. 8.3. Projecées equidistantes Nao apresentam deformacdes _lineares, mantendo, em algumas partes do mapa, a consténcia entre as distincias representadas eas reais, de Robinson 8.4, Projecées afilaticas As areas, os angulos e os comprimentos n&o sdo con- servados. Dependendo da figura geométrica adotada na elaboracao de um mapa, a projecio cartografica pode ser chamada de cilindrica, cénica ou azimutal. CIENCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Geografia! 8.5. Projecées ‘Tém por base a projectio dos paralelos e meridianos em um cilindro, que parece envolver o globo terrestre. Esse tipo de projegao é amplamen- te utilizado para a produgéo de mapas-mtindi e rotas de navegagio. 8.6. Projegdes cénicas Produzidas com base na projeco dos paralelos e meridianos em um cone que parece envolver o globo terrestre. 8.7. Projecgdes azimutais ou planas Y \) Elaboradas em um plano, sobre o qual so proje- V, tados os paralelos e meridianos, que tangenciam o N globo terrestre em qualquer ponto. Quando esse pon- to € um dos polos, trata-se de uma projecio azimutal SN iY polar. Esse tipo de projecao foi adotado na elaboragéo do —_— emblema da Organizagio das Nacdes Unidas (ONU). _Emblema da ONU Cy Projeciio cilindrica Projecdo cénica Projegso azimutal colecdoenem s vestibulares qr 9. Escala cartografica Para a confeccio de globos e mapas, é importante o uso de escala ~arrelagéo matemidtica que indica quantas vezes as dimensées reais do terreno representado so maiores que as dimensées representa- das no mapa. Quanto ao tamanho, a escala pode ser classificada como sendo pequena ou grand * Escala pequena: Quanto maior o denominador, menor serd a esca- Ja, major sera a érea mapeada e menos detalhes sertio destacados. * Escala grande: Quanto menor o denominador, maior sera a esca- la, menor seré a drea mapeada e mais detalhes serdo destacados. As escalas também podem ser numéricas ou grificas. 9.1, Numérica Pode ser expressa em forma de fragdio (1/250.000) ou em forma de proporgo (1:250.000). Nesse caso, qualquer distancia considerada no mapa seré 250 mil vezes maior no terreno real 9.2. Grafica £ a representaco da escala numérica sob a forma de uma linha graduada, na qual a relacio entre as distancias reais e as represen- tadas nos mapas, cartas ou outros documentos cartogrificos ¢ dada por um segmento de reta, em que uma unidade medida na reta cor- responde a determinada medida real. Escala 1: 25000 CIENCIAS HUMANAS & SUAS TECNOLOGIAS Geografia I 10. Curvas de nivel Amplamente utilizadas para representar o relevo terrestre, as curvas de nivel so linhas imagi- narias que unem pontos com a mesma altitude em determinada superficie. Quando representam uma 4rea com terreno muito in- greme, essas curvas se apresen- tam muito préximas umas das outras; quando representam um terreno pouco ingreme, aparecem mais distantes. Assim, as formas das curvas de nivel so determina- das em funcdo da natureza da topografia do terreno. Tl. Tecnologia e cartogra O sensoriamento remoto terrestre é uma técnica que utiliza equi- pamentos instalados em satélites, avides e espaconaves, para captar ¢ registrar imagens e dados da superficie terrestre. Quanto maior a distancia entre o sensor e a superficie terrestre, maior a drea de cober- tura e menor o detalhamento da imagem, Com o sensoriamento remoto, as caracteristicas naturais e ativi- dades humanas so transformadas em imagens, cuja interpretagao permite elaborar mapas, fazer a previo tempo, monitorar queima- das e safras agricolas ou mesmo usar essas imagens e informacées para fins militares, © GPS (Global Positioning System), sistema de posicionamento global, foi desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, e seu uso civil se intensificou nos anos 1990. O sistema GPS conta com uma constelacio de 24 satélites em operacio, e mais seis de reserva, cumprindo érbitas fixas, de modo que, de qual- quer ponto da superficie terrestre ou proximo a ela, é pos- sivel receber ondas de radio de pelo menos quatro deles, Os receptores GPS captam essas ondas e calculam as coordena- das geogréficas e a altitude do ponto de leitura, auxiliando na confeccdo e na atualizacdo de mapas topogréficos : Equidistincia vertical Dominios naturais e €} relacao do ser humano com o ambiente CIENCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Geografia! A Terra Entre as diversas teorias que tentam explicar a origem do uni- verso, a mais aceita nos meios cientificos é a do Big Bang. HA cerca de 10 a 15 bilhdes de anos, o universo nao existia. Havia apenas um Pequeno ponto, que teria “explodido” e formado o universo atual. Depois dessa “explosao” inicial e da matéria proveniente dela, surgiu © sistema solar, no qual se encontra a Terra. Com o desenvolvimento de novas tecnologias, hoje ha imagens Giérias da continua expansio do universo. 1. Os planetas do sistema solar Em 2006, em razo do tamanho e do tipo de érbita, Plutao deixou de ser considerado um dos planetas do sistema solar, que passou a ser composto, entio, por oito planetas: Marte, Vénus, Terra, Mercirio, Jépiter, Saturno, Urano e Netuno. peti % r . x © Err rs rs wee \ cee v7 18 colecdoenem, ibular 2. As fases da lua A medida que orbita ao redor da Terra, a Lua passa por um ciclo de fases que dura aproximadamente 295 dias. As quatro fases lunares representa o quanto da face da Lua iluminada pelo Sol est voltada para a Terra, Sao elas: Lua nova: * Lua e Sol, vistos da Terra, esto na mesma diregio. O hemisfério lunar voltado para a Terra nao reflete nenhuma luz do Sol. * A Lua nasce aproximadamente &s 6 horas e se pée aproximada- mente as 18 horas. Lua quarto crescente: © Luae Sol, vistos da Terra, estdo separados por aproximadamente 90°, * ALuanasce aproximadamente ao meio-dia e se pée a meia-noite * Vista do hemisfério Sul, a aparéncia do quarto crescente lembra a letra “C”, de “crescente”. Mas no hemisfério Norte, a0 contrério, a Lua crescente se parece com um “D’. Lua cheia: * Lua e Sol, vistos da Terra, esto em direcdes opostas, separados por 180°, ou 12 horas. © Alua nasce aproximadamente as 18 horas e se pée aproximada- mente as 6 horas do dia seguinte, Lua quarto minguante: * ALua esté a oeste do Sol, que ilumina seu lado voltado para leste. * A_Lua nasce aproximadamente & meia-noite e se poe aproxima- damente ao meio-dia. © A fase quarto minguante também pode ser entendida como um “quarto decrescente”; e, de fato, vista do hemisfério Sul, a Lua lembra uma letra “D’, de “decrescente”. CIENCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Geografia I Quarto Nova crescente Cheia Crescente concavo Crescente convexo Quarto Cheia minguante Nova Minguante convexo Minguante céncavo 3. Eclipses Um eclipse acontece sempre que um corpo celeste entra na som- bra de outro. Da Terra, veem-se dois tipos de eclipse: lunar e o solar. 3.1, Eclipse lunar Ocorre quando a Lua € o Sol se alinham em lados opostos da Terra. 3.2. Eclipse solar Ocorre quando a Lua se alinha exatamente entre 0 Sol e a Terra. 4. Movimentos da Terra ATerra € submetida simultaneamente a varios Movimentos, sen- do os mais conhecidos os de rotagio e de transla 4.1. Rotacéo ‘Movimento da Terra ao redor de seu eixo polar no sentido oeste-leste. © tempo necess io para que a Terra gire 360° é de 23 horas, 56 minu- - — - 19 colecdoenem :. vestibulares a tivo de spay roracie tos e 4,09 segundos. Para efeitos de estudo, considera-se que o perfodo de rotacdo tem duragio de 24 horas, ou seja, de um dia. Esse \ movimento é responsavel pela alternancia ~Eatiideg | de perfodos de iluminagio (dia) e escuridéo 7 (noite) e pela circulacdo dos ventos e das cor- rentes maritimas. Exo de wanslagio movimento de rotagio ds crigemos laser ner Arotacao e os fusos horérios © movimento de rotagao da Terra foi usado para a determinagao dos fusos horérios. No periodo de 24 horas, a Terra desloca-se 360°, girando de oeste para leste. Isso significa que, a cada hora, ela se des- loca 15°. Com base nesse célculo, dividiu-se a superficie terrestre em 24 fusos horérios, delimitando-se o primeiro a partir de Greenwich (uso inicial), contando 7°30’ a leste e a oeste. Aleste de Greenwich, as horas sao adiantadas, enquanto a oeste, as horas sdo atrasadas Ao longo do meridiano de 180°, no oceano Pacifico, encontra-se a Li- nha Internacional de Mudanga de Data (LID). Esse meridiano, oposto a0 de Greenwich, também corresponde ao meio de um fuso horério, em que a hora é a mesma, porém em dias diferentes. Vale notar, entretanto, que a LID nao coincide exatamente com © meridiano de 180°, pois a linha sofre desvios a fim de nao cortar CIENCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Geografial oS qualquer area habitada no mapa. A metade situada a oeste da LID esta sempre um dia adiante em relacdo metade situada a leste. Dessa forma, ao se atravessar a Linha Internacional de Mudanca de Data, néo se deve adiantar ou atrasar o horério, mas sim mudar a data. Quando se cruza a LID no sentido leste-oeste, deve-se acres- centar um dia; j no sentido oeste-leste, diminui-se um dia. Fusos horarios mundiais Oeste (horas atrasadas om Leste (horas adiantadas em relagéo a Greenwich) relagio a Greenwich) ltervaoenre2 nas treads coresponde «um fso hor (ousea,umahoreamaoua menos do queamerlno 0%, 4.2. Translagao © Anos bissextos so Movimento da Terra em sua érbita elfptica ao redor do Sol. aqueles divisiveis por 4: © periodo da érbita completa é de 365 dias, 5 horas, 48 minu- 2012/4=503 (bissexto). tos € 45,68 segundos, ou aproximadamente 365 dias e %. Essa @ Anos midtiplos de 100 diferenca de quase seis horas é corrigida a cada quatro anos, do so bissextos: 1800/4 no calendario tanto sideral quanto tropical, com o acréscimo = 4506 1800/100=18. de um dia completo ao més de fevereiro, deixando o ano com fe oeccne: acais 00 366 dias (ano bissexto). ‘anos, mesmo divisive! A principal consequéncia do movimento de translago, asso- por 100, oano é bissexto. ciado a inclinacao do eixo de rotacdo da Terra, € a existéncia das Foi o.caso do ano 2000. estacdes do ano, 22 colecdoenem « vestibulares Translacéo. 4.3. Solsticio Define 0 momento do ano em que os raios solares incidem per- pendicularmente sobre um dos trépicos. Em 21 ou 22 de dezembro, 0 Sol incide perpendicularmente ao trépico de Capricérnio, marcando o solsticio de verdo no hemisfério Sul. Nesses mesmos dias, no hemisfério Norte, os raios solares inci- dem com inclinagéio maxima sobre o trépico de Cancer, marcando 0 solsticio de inverno. Apés seis meses, em 20 ou 21 de junho, as posicées se invertem: © trépico de Cancer passa a receber os raios solares perpendicular mente, dando infcio ao verao no hemisfério Norte e ao inverno no hemisfério Sul. Nos dias de solsticio, ocorre a maior diferenga no recebimento de luz e calor entre os hemisférios. O solsticio de vertio marca o dia mais longo do ano e o solsticio de inverno, o dia mais curto do ano. Equinécio (22 ou 23/9) Iniiodo outono nohamisrie Norte -Moximent da Tetra em tornado So apemmavera no hems Sul CIENCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Geografia I 4.4. Equinécio Momento do ano em que os raios solares incidem per- ae pendicularmente ao Equador. Nesse periodo, os dois he- € : misférios recebem igualmente luz e calor. xn No dia 20 ou 21 de marco, ocorre o equinécio de 8 r outono no hemisfério Sul e o de primavera no he- , misfério Norte. J em setembro, no dia 22 ou 23, 0 a equinécio de primavera se d4 no hemisfério Sul e 0 7 de outono, no hemisfério Norte. . 4.5. Fotoperiodo Também chamado de duracdo efetiva do dia, o fotoperiodo de- pende da latitude local e da inclinagao do Sol, No Equador, néo hé variacdo no fotoperiodo. Conforme a latitude aumenta, os dias ficam mais longos no vero e as noites, mais longas no inverno, até chegar as regides polares, onde dia e noite, dependendo da estacdo, chegam a durar meses. A formacao da Terra A Terra tem aproximadamente 46 bilhdes de anos. Esse perfodo, que vai da formacio do planeta até os dias atuais, é chamado de tempo geolégico, Ao longo de seu tempo geolégico, a Terra vem sofrendo transfor- macGes em seu interior e em sua superficie. Algumas dessas trans- formagées podem ser notadas com facilidade, como as alteracées causadas em certas paisagens por um terremoto ou por uma erup- 40 vulednica. Outras, como o proceso de formagio das grandes ca- deias montanhosas, ocorrem num intervalo de tempo téo longo que nunca seré possivel percebé-las. Veja na préxima pagina a escala do tempo geolégico terrestre. 24 fon Fanerozoico Proterozoico Arqueano Era Periodo Quaterério Cenazoica (vida atuad Tercitio Gretéceo Mesoaoica Juréssico (vida intermedia) Tisssico Permiano Carbonifero Devoniano Paleozoica (vida antiga) a Silurian Ordoviciano Cambrian Proterozoica Pré-Cambriano Arqueozoica Peo Mat 18 655 1455 1996 245 298 359 416 4483 493 542 2500 4565 Epoca Holeceno: Pleistoceno Plioceno Mioceno Oligoceno Foceno Paleoceno Caracteristicas Término da iltima glaciagio. Surgimento do homem primitivo. Formagio dos dobramentas modemos (Andes, Alpes e Himalaia) Desenvolvimento dos mamiferos primitivos Fragmentacio dos continentes. Formagéo das bacias sedimentares ede petrleo. Aparecimento dos animals que representam uma transigéo entre reptelse aves. Surgimento das angiospermas mono edicotledéneas. Inicio da dversificagdo dos seres vivos, pebees, corals, moluscos, plantas terestes, Insetos, anfibios eréptes CContinentes formam urna unica massa chamada Pangea, Desenvolvimento das florestas de coniferas ‘ede grandes areas pantanasas que, Posteriormente, por meio de intenso processa de sedimentacio, criginam ‘grandes depésitos de carvao mineral CConsolidacao dos blocos continentals « formaglo de escuds cristalinos Surgimenta das primeiras fornas de vida nos ambientes aquétices. Crigem e forrnagSo inicial da Terra. Auséncla de vida “thes de aos atest -ARNEIRO, Celso Da MIZUSAK, Ana Mari P: ALMEIDA, Fernand f. Marques de. determina da ade ds rochas Tere Dida Campinas v.17 1, p16, 205, isponiel em ht wvnigeunicomaieraecldatis odeptado, CIENCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Geografia I SST LLL 1. Tipos de rocha As rochas podem ser classificadas em magmaticas, meta- mérficas e sedimentares. 1.1. Rochas magmaticas ou igneas Consideradas as mais antigas em relagdo & formacdo do plane- ta, so resultantes do resfriamento e solidificagdo do magma -rocha em estado de fusio. De acordo com a composic&o quimica do mag- ma e de como ele se consolidou, essas rochas podem ser classifica- das como intrusivas ou extrusivas. Se a consolidagao do magma se da de forma lenta, esfriando e so- lidificando-se no interior da crosta terrestre, as rochas magmiticas sao chamadas de intrusivas ou pluténicas, Um exemplo é 0 granito. Quando o magma atinge a superficie terrestre, caso em que passa a ser chamado de lava, e seu resfriamento acontece rapidamente, da ori- gem as rochas extrusivas ou vulednicas, caso, por exemplo, do basalto. 1.2, Rochas metamérficas Sao formadas pela transformagio de rochas preexistentes, sub- metidas a elevadas temperaturas e a grandes pressdes. Sao exem- plos: 0 mérmore, a ardésia, o quartzito e o gnaisse. 1.3. Rochas sedimentares Slo formadas por deposigio, actimulo e compactagao de sedi- mentos, que podem ser de outras rochas ou de origem orgénica. Exemplos: argila, areia, calcério. 2. Nogées de estrutura da Terra A Terra é formada por trés camadas principais, cada qual com suas caracteristicas de composigao quimica e comportamento fisico. = : ~ 25

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