Você está na página 1de 675
Capitulo 1 INTRODUGAO E CONCEITOS BASICOS ada ciéncia tem um vocabulério proprio, e a termodin- mica nao 6 excecdo. A definicao exata dos conceitos, basicos estabelece uma base sélida para 0 desenvolvi- mento da ciéncia e evita possiveis mal-entendides. Iniciamos este capitulo com uma vis8o geral da termodindmica e dos sis- temas de unidades e prosseguimos com uma discussao sobre alguns conceitos basicos como sistema, estado, postulado de estado, equillorio e processo. Discutimos também a temperatu ra e as escalas de temperatura com énfase particular & Escala de Temperatura Internacional de 1990. Em seguida, apresenta: ‘mos @ pressdo, que é a forga normal exercida por um fluido por unidade de érea, e discutimos as pressbes absoluta e manomé trica, a variagao da pressao com a profundidade e 0s disposit- vos de medigao de press4o como mandmetros e bardmetros. estudo cuidadoso desses conceitos ¢ essencial para uma boa Compreenséo dos t6picos dos préximos capitulos. Por fim, apre- sentamos uma técnica sistemética e intuitiva de solucao de pro- blemas que pode ser usada como modelo para a solucao dos problemas de engenharia, 0s objetivos do Capitulo 1 séo. * Identiticar 0 vocabulério exclusivo da termadinamica por meio da definicao exata dos conceitos bésicos, formando uma base sdlida para o desenvolvimento de seus principios. + Revisar os sistemas de unidade métrico e inglés. ‘+ Explicar os conceitos bésicos da termodinamica como sistema, estado, postulado de estado, equilibrio, processo e ciclo. + Revisar os conceitos de temperatura, escalas de temperatura, pressao e pressdo absoluta e manométrica, * Introduzir urna técnica sisternticae intutiva de solugao de problemas. + j Termodinamica Energia potencial Energia indica FIGURA 1-1 Energia nio pode ser eriada nem destruida: ela pode apenas mudar de forma (primeira lei. Armarenanento de energia (Canidae) Enurada se energia (Swnidades) Sala de enersi, (Funidades) FIGURA 1-2 Principio de conservagao da energia para © corpo humano. Ambiente fio 20° Calor FIGURA 1-3 O calor Mui da maior para a menor temperatura, 1-1 * TERMODINAMICA E ENERGIA A termodinimica pode ser definida como a ciéneia da energia. Embora toda pes- soa lenha uma idéia do que seja energia, & dificil estabelecer uma definigdo exata para cela, A enengia pode ser entendida como a capacidade de causaralteragdes. © nome fermodindmicu vem das palavras gregas therme (calor) ¢ dynamis (movimento), que descrevem bem os primeiros esforgos de converter calor em movi- mento. Hoje esse mesmo nome & amplamente interpretado para incluir todos os aspectos da energia e das transformagies de energia, entre eles a geragao de energia celétrica, @refrigeragao e as relagdes que existem entre as propriedades da matéria Umia das leis mais fundamentais da natureza é 0 principio de conservagio da ‘energia, Ele diz que durante uma interagao, a energia poe mudar de uma forma para ‘outra, mas que a quantidade total permanece constante. Ou seja, a energia nio pode ser criada ou destrufda, Uma rocha que cai de um penhasco, por exemplo, adquire velocidade como resultado de sua enengia potencial ser convertida em energia cin ca (Figura 1-1), O principio de conservagdo da energia também forma a base da inds- tria da dieta: uma pessoa que tenha uma entrada de energia (alimento) maior do que 4 sada de energia (exerefcio) ganhara peso (armazenaré energia na forma de gordu- ra), € uma pessoa que tenha uma entrada de enengia menor do que a sada perder peso (Figura 1-2). A alterago no contetido de energia de um corpo ou de qualquer outro ema ¢ igual & diferenca entre a entrada de energia e a sada de energia, e 0 balan- 0 de energia € expresso como E, ~ E, = AE. ‘A Primeira Lei da Termodinamica ¢ apenas uma expressio do principio de conservagiio da energia, e diz que a energia & uma propricdade termodinamica. A ‘Segunda Lei da Termodindmica diz que a energia tem qualidade, assim como quan- ridade, € que 0s processos reais ocorrem na ditegao da diminuigao da qualidade da cenergia. Por exemplo, o café quente em uma xicara deixada sobre uma mesa estria aps um certo tempo, mas o café frio em uma xicara deixada na mesma sala nunca esquenta por conta propria (Figura 1-3). A energia de alta temperatura do café & degradada (transformada em uma forma menos til a uma temperatura mats baixa) depois de ser transferida para o ar ambiente. Embora os prinefpios da termodindmica existam desde a eriagio do universo, & termodinamica $6 surgiv como ciéncia apds a construgdo dos primeiros motores 4 vapor na Inglaterra, por Thomas Savery, em 1697. e por Thomas Newcomen, em 1712. Apesar de muito lentos e ineficientes, esses motores abriram caminho para o desenvolvimento de uma nova cigncia ‘A primeira e a segunda leis da termodinémica surgiram simultaneamente na década de 1850, principalmente em decorréncia dos trabalhos de William Rankine, Rudolph Clausius ¢ Lord Kelvin (anteriormente William Thomson), O termo termo- dindmica foi wsado pela primeira vez em uma publicagdo de Lord Kelvin em 1849. 0 primeiro livro sobre fermodindimica foi escrito em 1859 por William Rankine, profes- sor da Universidade de Glasgow. E bem conhecido o fato de que uma substdncia consiste em um grande nime- +0 de particulas chamadas moléculas. As propriedades da substincia naturalmente dependem do comportamento dessas particulas. Por exemplo, a pressio de um gis piente ¢ 0 resultado da transferéncia de quantidade de movimento entre © as paredes do recipiente. Entretanto, no & preciso saber © compor- tamento das particulas de gas para determinar a pressao no recipiente, Seria neces- sirio apenas colocar um medidor de pressio no recipiente. Essa abordagem macroseépica do estudo da termodindmica, que nao exige conhecimento do com- portamento das particulas individuais, € chamada de termodindmica chissiea, Ela oferece um modo direto € ficil para a solugio dos problemas de engenharia, Uma abordagem mais elaborada, com base no comportamento médio de grandes grupos de paniculas individuais € chamada de termodindmica estatistica, Essa aborda- gem microsc6pica € bastante sofisticada e & utilizada neste livro apenas como um elemento de suporte, Areas de Aplicagao da Termodinamica ‘Todas as atividades da narureza envolvem algun interagio entre energia e maté- 1. Assim, € dificil imaginar uma drea que no se relacione a termodinéimica de algu- ‘ma maneita. O desenvolvimento de uma boa compreensio dos prineipios bisicos da termodinimica hé muito constitui parte essencial do ensino da engenaria, Capitulo 1 A termodindmica é encontrada normalmente em muitos sistemas de engenharia © em outros aspectos da vida; no ¢ preciso ir muito longe para ver algumas iireas de sua aplicagao, Na verdade, nao é preciso ir a lugar algum. O coragdo esta constante- ‘mente bombeando sangue para todas as partes do corpo humano, diversas converses de energia ocorrem em trilhdes de células do corpo, ¢ 0 calor gerado no corpo é cons tantemente rejeitado para o ambiente. O conforto humano estd intimamente ligado a jo do calor metabélico, Tentamos controlar a taxa de transferéncia \digies ambientais ca esto no local onde moramos, Uma casa comum é, em alguns aspectos, uma galeria cheia de maravilhas da te ira 1-4). Muitos utensilios e aparelhos domésticos comuns foram criados, no seu 0 ow em parte, usando os princfpios da termodinamica. Alguns exemplos incluem rede elétrica ou de gis, os sistemas de aquecimento ¢ condicionamento de ar, o reft gerador, o umidificador, a de pressio, o aquecedor de gua, 0 chuveiro, o ferro de passar roupa, € até mesmo o computador e a TV. Em uma escala maior, a termodi- ‘nimica tem um papel importante no projeto das usinas nucleares, nos coletores sol res © no projeto de veiculos desde os auntoméveis comuns até os avides (Figura 1-5) A casa eficiente qi r2ia, por exemplo, foi criada com base na minimizagZo da perda de calor no inverno e do ganho de calor no vero. O tamanho, a localizaco e a poténcia do ventilador do seu computador t selecionados pds uma andlise que envolve a termodinamica, 10 a0 consumo de © corpo humano Radiadores de automdveis Usinas termoelétricas FIGURA 1-5 Algumas dreas de aplicago da termodindn Unidade dear condicionado,refrigerador¢radiador: © The McGraw-Hill Companies, Inc. 14PhotoDise: eriancas: © Nel. [2U/PhanoDise; sina termoelerca: © Corbis rates fee 1-2 * IMPORTANCIA DAS DIMENSOES E UNIDADES Toda grandeza fisica pode ser caracterizada pelas dimensdes. As magnitudes atribuidas as dimensdes so chamadas de unidades. Algumas dimensdes bisicas, como massa m, comprimento L, tempo te temperatura T sio selecionadas como dimensdes primérias ou fundamentais, enguanto outras como velocidade V, ener- gia E e volume V so expressas em fungio das dimensdes primdrias e so chamadas imensdes secundirias ou dimensdes derivadas, Introdugao e Conceitos Basicos Coletores solares| Chuveirg} Agua ‘quent Agua Troecador de calor FIGURA 1-4 projeto de muitos sistemas de engenharia, como este sistema solar de aquecimento de dgua, envolve a Avides Sistemas de refrigeragio Biraten foirafo; avi: Ok 4 | Termodinamica ae As sete dimensoes fundamentais (ou primérias) e suas unidades no SI Dimensoes ____Unidades Comprimento metro (m) Massa quilograma (kg) Tempo ‘segundo (s) ‘Temperatura kelvin (K) Corrente elétrica ampere (A) Quantidade de luz candela (cd) Quantidade de materia mole (mol) ere) Prefixos padrao em unidades SI Maltiplo ____Prefixo 10 tera, T 10° sige, G 10° mega, M 108 uilo, k 10° hecto, h 10! deca, da lo! deci, d 10? centi, ¢ 10 mil, m 10-8 micro, a 10° rrano, 0 10-2 pico. p femas de unidades foram desenvolvidos ao longo dos anos. Apesur dos unidade cientifica e de engenharia para unificar © mundo com um nico sistema de unidades, hoje ainda existem dois conjuntes de unidades em uso: 0 sistema inglés, que também € conhecide como United States Customary System (USCS) [Sistema Usual dos EVA] ¢ 0 SE métrico (Le Systeme International d°Unités — Sistema Internacional de Unidades) que também € conhecido como Sistema Internacional. O SI é um sistema simples € Kiico baseado no esealonamento decimal entre as diversas unidades, utilizado no trabalho cientifico e de engenharia na maioria das magdes industrilizadas incluindo a Inglaterra, O sistema inglés, porém, nao tem tuma base numérica sistemiitica aparente, ¢ diversas unidades desse sistema esto rela ccionadas entre side forma bastante arbitraria (12 pol = 1 pé, | mitha = S280 pés, 4 qt = gal etc. 0 que o forna confuso e dificil de entender. Os Estados Unidos si0 0 nico pais industrializado que ainda nao fez a conversio completa para o sistema métrico. (Os esforgos sistemaiticos para desenvolver um sistema de unidades universalmen: te aceito remonta a 1790, quando a Assembiéia Nacional Francesa incumbiu a Academia Francesa de Ciencias de criar tal sistema de unidades. Em pouco tempo, uma das primeiras versées do sistema métrico foi desenvolvida na Franga, mas nao teve aceitagdo universal até 1875, quando o Tratado da Convengio Métrica foi prepa- rado ¢ assinado por 17 nagdes, incluindo os Estados Unidos. Nesse tratado internacio- nal, metro e grama foram estabelecidos como as unidades métricas de comprimento & de massa, respectivamente, € foi estabelecida uma Conferéncia Geral de Pesos e Medics (CGPM) para se reunir a cada seis anos. Em 1960, & CGPM produziu o SI. «que tinha por base seis quantidades fundamentais; suas unidades foram adotadas em 1954 na Décima Conferéncia Geral de Pesos e Medidas: metro (m) para comprimen- to, quilograma (kg) para massa, segundo (s) para tempo, ampere (A) para corrente elé- trica, grau Kelvin (°K) para temperatura € candela (ed) para intensidade luminosa ‘(quantidade de luz), Em 1971, a CGPM adicionou uma sétima quantidade fundamen- tal de unidade: mole (mol) para a quantidade de matéria. ‘Com base no esquema de notagao apresentado em 1967, 0 simbolo de grau foi aabandonado oficialmente da unidaide de temperatura absolut, e todos os nomes de uni- dades passuram a ser eseritos sem maitisculas, mesmo que fossem derivado de nomes proprios (Tabela 1-1). Entretanto, a abreviacio de uma unidade devia ser escrita com 4 primeira letra em maidscula, caso a unidade derivasse de um nome proprio. Por exemplo, a unidade SI de forga, cujo nome foi dado em homenagem a Sir Isaac Newton (1647-1723) 6 0 newton (no Newton), ¢ sua abreviago € N. Da mesma forma, 0 nome completo de uma unidade pode ser colocado no plural, mas no sua abreviagio. Por cexemplo, 0 comprimento de um objeto pode ser 5 m ou 5 metros, nao 5 ms ou 5 metro. Finalmente, nenhum ponto deve ser usado nas abreviagdes de unidades, a menos que aaparega no final de uma frase. A abreviago adequada de metro é m (nao m.). ‘O movimento recente na diregdo do sistema métrico nos Estados Unidos parece ter comegado em 1968 quando o Congresso, em resposta ao que estava acontecendo no restante do mundo, aprovou a Lei do Estudo Métrico. © Congresso continuou pro- ‘movendo uma mudanga voluntéria para o sistema métrico, aprovando a Lei de Con- versio Métrica de 1975. Um projeto de let aprovado pelo Congresso em 1988 defi © prazo final de setembro dé 1992 para que todos os drgios federais passassem a uti- lizaro sistema métrico, Entretanto, esses prazos foram relaxados sem nenhum plano claro para 6 faturo, As indistrias envolvidas no comeércio intemacional (como automotiva, de refri- gerantes e bebidas alcodlicas) passaram rapidamente a utilizar o sistema métrico por questdes econdmicas (um tinico projeto mundial, menor nmero de tamanhos, esto- ques menores ete.). Hoje, quase todos os sutoméveis fabricados nos Estados Unidos seguem 0 sistema métrico. Porém, a maioria das indiistrias desse pais resistiu & ‘mudanga, retardando assim processo de conversio, No momento, os Estados Unidos so uma sociedade de sistema duplo, e perma- necerdio assim alé que & transigdo para 0 sistema métrico esteja completa. Isso adicio- na uma carga extra aos alunos de engenharia, uma vez que eles devem manter sua ‘compreensio do sistema inglés enquanto aprendem, pensam ¢ trabalham no SI. Neste livro, enfatizamos 0 uso do sistema SL : ‘Como jé dissemos, o SI tem por base um relacionamento decimal entre as uni- dads. Os prefixos usados para expressar 0s multiplos das diversas unidades esto lis- tados na Tabela 1-2. Eles so padrio para todas as unilades, ¢ 0 aluno € incentivado ‘a memorizé-los em virtude de sta smpla utilizagao (Figura 1-6), Capitulo 1 io —ww9— (10°) Algumas Unidades do SI e Inglesas No SI, as unidades de massa, comprimento e tempo s40 0 quilograma (kg), ‘metro (m) ¢ segundo (s), respectivamente. As unidades respectivas do sistema inglés so @ libra-massa (Ibm), pé e segundo (s). Embora no idioma inglés a palavra libra seja*pound’, 0 simbolo Ib é, na verdade, a abreviagdo de libra, que era a antiga medi- dda romana de peso. O inglés conservou esse sfmbolo mesmo depois do final da ocu- pagdo romana da Gri-Bretanha em 410 dC. As unidades de massa e comprimento dos dois sistemas relacionam-se com 1 Ibm = 0,45359 ke 1 pé = 0,3048 m No sistema inglés, forga € considerada uma dimensio primaria e€ atribuida a ela uma unidade nao derivada. Essa é a fonte de confusdo e erro que pede o uso de uma constante dimensional (g,) em muitas formulas. Para evitar esse aborrecimento, con- sideramos a forga uma dimensio secundsria, cuja unidade € derivada da segunda lei de Newton, ou seja Forga = (Massa) (Aceleragio) F=ma an No SI, a unidade de forga é newton (N), ¢ ela ¢ definida como a forca necessd- ria para acelerar uma massa de 1 kg a uma taxa de I mis. No sistema ingles, uti dade de forga € a libra-forga (bf) definida como a forca necesséria para acelerar uma massa de 32,174 lbm (1 slug) « uma taxa de 1 péls® (Figura 1-7). Ou seja, IN = 1 kgemis? Vibf = 32,174 tm pes? ‘Uma forga de 1 N € aproximadamente equivalente ao peso de uma maga peque- na (m = 102 g), enquanto uma forga de 1 Ibf € aproximadamente equivalente a0 peso de quatro magas médias (m.,) = 454 g), como mostra a Figura 1-8. Outra unidade de Forga normaimente usada em muitos paises europeus € 0 quilograma-forga (kgf), {que € 0 peso de uma massa de | kg no nivel do mar (1 kgf = 9.807 N). © termo peso quase sempre € utilizado incorretamente para expressar massa, particularmente pelos “vigilantes do peso”. Ao contrario da massa, o peso W é uma Forga. Ele ¢ a forga gravitacional aplicada a um corpo, e sua magnitude € determina- dda pela segunda lei de Newton, W=mg () 2 ‘onde m & a massa do corpo e g & a aceleragdo gravitacional local (g & 9,807 m/s? ou. 32.174 péls? no nivel do mar e 45° de latitude). Uma balanga comum mede a forga gravitacional que age sobre um corpo. O peso de uma unidade de volume de uma substdncia € chamado de peso especifico ¥ e € determinado por y = pg. onde p é a densidade. A massat de um corpo permanece a mesma independente de sua localizago no saniverso, Seu peso, porém, modifica-se de acordo com alteragdes na aceleragao gra- ‘itacional. Um corpo pesa menos no alto de uma montanha, uma vez que g diminui Introdugao.e Conceitos Basicos = | 5 FIGURA 1-6 Os prefixos das uinidades SI sio usados em fodas as éreas da engenharia =i mst FIGURA 1-7 A definigaio de unidades de forga. Het FIGURA 1-8 ‘As magnitudes relativas das unidades de forga newton (N), quilograma-forga kgf) ¢ libra-forga (Ib). 6 =| Termodinamica FIGURA 1-9 Um corpo que pesa 600 N na Terra pesaré apenas 100 N na Lua. S 8B 23178 The pals? FIGURA 1-10 0 peso de uma nivel do mar. ade de massa no FIGURA 1-11 Para que uma equaco seja dimensionalmente homogénea, todos os seus termos devem ter a mesma unidade. © Reimpreszo com permisaio especial do King Features Syndicate e=os8o7mst |p =32.174 pei? ‘com a altitude, Na superficie da lua, um astronauta pesa cerca de um sexto daguilo ‘que normalmente pesaria na Terra (Figura 1-9) No nivel do mar, uma massa de | kg pess 9,807 N, como ilustra a Figura 1-10. ‘Uma massa de 1 tbm, porém, pesa | Ibf, levando as pessoas a acreditar que a libra massa e a libra-forga podem ser usadas como libra (Ib), 0 que & uma grande fonte de erro do sistema inglés. ‘Biptecist:cbtesver ue.s forya da phavidade id age sobte uita:mnainé devida, 2 atragio entre as massas e, portanto, ela é proporcional as magnitudes das massas e inversamente proporcional wo quadrado da distancia entre elas. Assim, a aceleragao ¢gravitacional g em uma localizago depende da densidade local da crosta da Terra, da distancia ao centro da Terra e, em menor grau., das posigdes da lua e do sol. O valor de g varia com a localizagio entre 9,8295 mvs? a 4500 m abaixo do nivel do mar € 7,3218 m/s? a 100,000 m acima do nivel do mar, Entretanto, a altitudes de até 30,000 10 de g do valor no nivel do mar de 9,807 m/s? é menor do que 1%. Assim, para a maioria das finalidades priticas, a aceleragdo gravitacional pode ser admitida constamte ¢ igual a 9,81 m/s, E interessante notar que, nos locais abaixo do nivel do mar, 0 valor de g aumenta com a distincia ao nivel do mar, atinge um valor méximo acerca de 4500 me, em seguida, comega adiminuir. (Qual valor voc® acha que g tem no centro da Terra?) {A principal causa de confusdo entre massa e peso & que a massat em geral én dda indiretamente calculando-se a forca da gravidade exercida sobre ela, Essa abord ‘gem também considera que as forgas exercidas por outros efeitos, como o empuxo, so despreziveis. Isso & como medi a altitude de um avido por meio da pressao baro- métrica, A forma direta apropriada de medir massa € comparé-la a uma massa cconhecida, Essa forma é complicada e, portanto, mais usada para calibra3o & medi- ‘lo de metais preciosos. © trabalho, que & uma forma de energia, pode ser definido simplesmente como forga vezes distncia, Dessa forma, ele tem a unidade “newton-metro (N-m)”, c mada de joule (J). Ou seja 1J=1Nem oO Uma unidade de enengia mais comum no SI € 0 quilojoute (1 kJ = 10°). No sis: tema inglés, a unidade de enersia & 0 Btu (unidade térmica britinica),definida como a ‘enengia necesséria para elevar em I*F a temperatura de 1 thm de Sigua 3 68°F. No siste- ma métrico, a quantidade de energia necessiria para elevar em IC a temperatura de 1 g de dgua a 145°C 6 definida como uma ealoria (cal, ¢ I cal = 4,1868 J. AS magni tudes do quilojoule e do Buu so quase idénticas (1 Bru = 1.0551 Ki}. Homogeneidade Dimensional No ensino fundam enddemos que ni & possive Mas de certa maneira conseguimos fazer isso (por engano, & claro). Em en, lodas as equagdes deve ser dimensionalmente homogéneas. Ow seja, ca termo de uma equagdo deve ter a mesma unidade (Figura 1-11). Se, em algum estigio da and- lise, estivermos somando duas quantidades com unidades diferen clara de que cometemos um erro nos pr jos. Assim, a verificagio das dimensdes pode servir como unva valiosa ferramenta para detectar erros. EXEMPLO 1-1 Lovalizagao Inconsisténcias Em algum estagio da solugdo de um problem seguinte equagao: luma pessoa acabou chegando & B= 25M + 7hke onde E¢ a energia totale tem 2 unidade quilojoules. Determine como corgi erro € discuta 0 que o causou. Solugao Durante a andlise, uma relag8o com unidades inconsistentes & obtida. & preciso encontrar a coregio e a causa provével do erro deve ser determinada. Capitulo 1 IntrodugdoeConceitos Basicos =| 7 ‘Anélise 0s dois termos do lado direito no tém as mesmas unidedes e, portanto, eles no podem ser somados para obter a energia total. A multiplicacao do ultimo ‘ermo pela massa eliminaré 0s quilogramas do denominador, ¢ toda a equacdo se tornard dimensionalmente homogénea, ou seja, cada termo teré a mesma unidade. Discussd0 Obviamente esse erro foi causado pelo esquecimento de multiplicar 0 iltimo termo pela massa em um estagio inicial ‘Todos sabemos por experiéncia que as unidades podem causar terriveis do- res de cabega se nao forem usadas com cuidado na solugio de um problema, Entretanto, com um pouco de atengao ¢ habilidade, elas podem ser usadas a nosso favor: para verificar formulas e até para derivar formulas, como explica 0 proximo exemplo. EXEMPLO 1-2 Como Obter Formulas por meio de Consideracdes sobre as Unidades Um tanque esté cheio de éleo cuja densidade ¢ p = 850 kg/m?. Seo volume do tanque for V= 2 m?, determine a quantidade de massa m do tanque. Solugde 0 volume de um tanque de éleo € conhecido. A'massa do dleo deve ser determinada, Hipétese 0 6le0 & uma substinciaincompressivele, portant, sua densidade & constante. fnalise Um esquema do sistema que acabamos de descrever € dado na Figura 1-12. Supontha que tenhamos esquecido a férmula que relaciona a massa & densi- dade e 20 volume. Sabemos que a massa tem unidade de quilograma. Em outras palavras, quaisquer que sejam os célculos que realizarmos, acabaremas tendo uni FIGURA 1-12 ‘dade de quilogramas. Colocando em perspectiva a formula dada, termos Exquema do Exemplo 1-2. p=85D kg/m? V= 2m) bvio que podemos eliminar m*'e obter kg multiplicando essas duas quantidades. Assim, a formula que estamos procurando deve ser m= pV Entao, ; m= (ASO Kg m9 1700 kg Discussao Observe que essa abordagem pode néo funcionar para érmulas mais ‘complicadas, Voce deve ter em mente que uma formula que nao é dimensionalmente homogé- estd definitivamente errada, mas uma formula dimensionalmente homogénea nio esta nevessariamente certa. Razdes de Conversao Unitarias Assim como todas as dimensdes no primarias podem ser formadas por combi- nagdes adequadas de dimensées primérias, todas as unidades ndo primérias (unida- des secundirias) podem ser formadas pela combinagdo de unidades primérias. As unidades de forca. por exemplo, podem ser expressas como Neke © Ibf= 32174 16m 8 =| Termodinamica FIGURA 1-13 ‘Uma massa de 1 Ibm pesa 1 Ibf na Terra FIGURA 1-14 Uma peculiaridade do sistema métrico de unidades. \VIZINHANCA, c FRONTEIRA FIGURA 1-15 Sistema, vizinhanca e fronteira. Elas também podem ser expressas de forma mais conveniente como razies de conyersao unitirias como Ne ey bt kgem/e 32,174 Ibm + pé/s! As razdes de conversio unitérias so identicamente iguais |. no possuem, ‘unidade e, portanto, tais razSes (ou seus inversos) podem ser inseridas conveniente- mente em qualquer célculo para converter unidades adequadamente. Os alunos so incentivados a sempre usar as razdes de conversdo unitérias, como as mostradas aqui na conversio de unidades. Alguns livros inserem a constante gravitacional arcaica 2, definida como g. = 32,174 Ibm-pé/lbf-s? = kg-m/N-s? = 1 nas equagdes, para forgar as unidades a coincidirem. Essa pratica leva a confusdo desnecessaria e veementemente desencorajada pelos autores. Em vez dela, recomendamos que os alunos usem as razdes de conversio unitérias EXEMPLO 1-3 0 Peso de uma Libra-Massa Usando as razées de conversdo unitarias, mostre que 1,00 Ibm pesa Loong Tera (Figura 1-13). ; Solugdo Una masa de 1,0 bm et sie paiae puro do Toa Seu ‘peso em Ibf deve ser determinado. Hipdtese —Consideram-se as condicdes padréo no nivel do mar, Propriedades A constante gravitacional € g = 32,174 péls*. ‘Anaise Aplicamos » segunda li de Newton pare calcula o peso org) que cor- smo dah mien 3 scale cine ae oaeite Ra areata ‘sua massa vezes 0 valor local da acelerac3o gravitacional. Assim, J bf 32,174 Ibm « pé/s* W = mg = (1,00 Ibm) (32,174 ve) ( ) = 1,00 1bt Discussao /A.massa 6 a mesma independente de sua localizacao. Entretanto, em | algum outro planeta com um valor diferente para a aceleraco gravitacional, 0 peso de 1 Ibm seria diferente daquele que foi caleulado aqui. Quando voc’ compra uma caixa de cereal para o café da manhi, o rétulo diz “Peso liquido: uma libra (454 gramas)”. (Consulte a Figura 1-14), Tecnicamente, isso significa que o cereal que esté dentro da caixa pesa 1,00 Ibf na Terra e tem uma massa de 453.6 g (0.4536 kg). Usando a segunda lei de Newton, 0 peso real do cereal no sis- tema métrico & w= me = sneost is) (< t=) (ME) = 1-3 = SISTEMAS E VOLUMES DE CONTROLE Um sistema ¢ definide como uma quantidade de matéria ou regido no espago sele- cionada para estudo, A massa ou regio fora do sistema é chamada de vizinhanga. A superficie real ou imagingria que separa o sistema de sua vizinhanga ¢ chamada de fron- teira, Esses termos so ilustrados na Figura 1-15. A fronteira de um sistema pode ser Jfixa ou mével. Observe que ela é & superficie de contato comparilhada pelo sistema € ‘pela vizinhanga. Em termos matemsticos, a fronteira tem espessura zero e. portanto, no pode conter massa nem ocupar nenhum volume no espaco. (Os sistemas podem ser considerados fechados ou abertos, dependendo da sele- 20 de uma massa fixa ou de um volume fixo para o estudo, Um sistema fechado Capitulo 1 também conhecido como massa de controle) consiste em uma quantidade fixa de sa, € nenhumna massa pode atravessar sua fronteira, Ou seja, nenhuma massa pode entrar ou sair de um sistema fechado, como mostra a Figura 1-16, Entretanto, a enet- forma de calor ou trabalho pede cruzar a fronteira; € 0 volume de um sistema fechado nao precisa ser fixo. Se, em um caso especial, nem a energia atravessa a fron- Jeira, esse sistema € chamado de sistema isolado, Considere 0 arranjo pistdo-cilindro mostrado na Figura 1-17, Desejamos deseo- bri © que acontece ao gas que est confinado quando é aquscido, Como nos concen- ramos no gas este & nosso sistema, As superficies interas do pistio e do cilindro for- ‘mam a fronteira; como nenhuma massa esti cruzando essa Frontera trata-se de um wi Fechado. Observe que a energia pode atravessar 8 fronteira, e que parte da {rontcira (neste easo a superficie interna do pistio) pode se mover. Tudo a que estiver do pais, ineluindo o pistio e o cilindro, é a vizinhanga Um sistema aberto, ou um volume de controle, como ¢ ustalmente chat uma regio criteriosamente selecionada no espago. Em geral, ele inclui um disposi tivo que envolve fuxo de massa, como um compressor, umn turbina ow um bocal. O escoumento airayés desses dispositivos pode ser methor estudado selecionando-se a regio dentro do dispositivo como o volume de controle. Tanto massa quanto energia podem eruzar a fronteira de um volume de controle, Um grande nimero de problemas de engenharia envolve fluxos de massa para Llentro e para fora de um sistema e, portanto, sio modelados come volumes de con- ‘role. Uni aquecedor de égva, um radiador de automével, uma turbina e um compres- sor apresentam fluxo de massa e devem ser analisados como volumes de controle (sis- temas abertos), em ver de massas de controle (sistemas fechados). Em geral, toda regio arbieraria no espago pode ser selecionada como um volume de controle. -cxistem rogras coneretas para a selegdio dos volumes de controle, mas a opiio adequa- da certamente torna a andlise muito mais fic. Se tivéssemos que analisar 6 Muro de ar través de um bocal, por exemplo, uma boa opsio para o volume de controle seria 2 regido interna do boca As fronteiras de um volume de controle sao chamadas de superficie de controle, e podem ser reais ou imagindrias, No caso de um bocal, a superficie intema do bocal parte real da fronteira, © as dreas de entrada e saida formam a parte imagina- ria, uma vez que nelas ndo existem superficies fisicas (Figura -18a), Um volume de controle pode ter tamanho ¢ forma fixos, como no caso de um hocal, ou pode envolver uma fronteira mével, como mostra a Figura 1-18). A maioria dos volumes de controle, porém, tei fronteiras fixas e, assim, nao envol- ve nenhuma fronteira mével. Em um volume de controle também pode haver in- teragdes de calor e trabalho, como em um sistema fechado, além de int de mass ‘Como exemplo de um sistema aberto, considere o aquecedor de agua mostrado, 1a Figura 1-19, Desejamos determinar quanto calor deve ser transferido para a gua do tanque a fim de obter uma corrente constante de gua quente. Como a sigua quen- Frontera Fronteia real imaginia ats oe (2) Um volume de controle com fromtcras reas © imaginrias FIGURA 1-18 ‘Um volume de controle pode conter fronteiras fixas, méveis, reais ¢ imagindrias. () Um volume de controle com frontecasfixa e mével Introdugao.e Conceitos Basicos =| 9 SISTEMA FECHADO FIGURA 1-16 Massa ndo pode cruzar as fronteiras de ‘um sistema fechado, mas energia pode. Fromeira smivel FIGURA 1-17 ‘Um sistema fechado com uma fronteira mével. Said te ions sqente FIGURA 1-19 Um sistema aberto (um volume de con- role) com uma entrada ¢ uma sada, wo | Termodinamica eed FIGURA 1-20 Critério para diferenciar proprie intensivas e extensivas, 3 10! mokéculasimmn? A v0 | © FIGURA 1-21 Apesar das grandes distincias entre as moléculas, uma substincia pode ser tratada como um continuo devido ao elevado mimero de moléculas que volume o. | ™“~ existem mesn extremamente pe te saird do tanque e seri substituida pela dgua fria uma n para aa rar nossa atengdo no volume formado pel siderar as correntes de gua quente € fria como massa que sai e entra do volume de controle, As superficies interiores do tanque caso, € 4 massa cruza a superficie de controle em dois locals. Em uma andlise de engenbaria, o sistema em estudo deve ser definido com cui dado. Na maioria dos ante simples e Sbvios, ¢ ‘a definigio do sistema pode parecer uma tarefa entediante e desnecessiir casos, porém, o sistema em estudo pode ser muito solisticado, e uma e dda do sistema pode simplificar bastante a andlise Jo € conveniente escolhermos fixa como nosso sist ise. Em ve7. disso, podemos concen: superficies imteriores do tanque ¢ con- formam a superficie de controle nesse ISOS, 0S sistemas investigados so ba Em outros -olha adequa- 1-4 * PROPRIEDADES DE UM SISTEMA ‘Qualquer caracteristica de um sistema é chamada de propriedade, Aly priedades conhecidas peratura T, 0 volume Ve an lista pode se estender incluindo propriedades menos conhecidas como a viscosidade, 4 condutividade térmica, © médulo de elasticidade, 0 coeficiente de expansdo térmi: ca, a resistividade elétrica e até mesmo a velocidade e a altura, As propriedades podem ser classificadas como intensivas ou extensivas. As pro- priedades intensivas sio independentes da massa de um sistema, como temperatura, pressio ¢ densidad. As propriedades extensivas sio valores que dependem do tama- ‘tho — ou exter total ¢ a quantidade de Um modo fécil de 10 4 pressio P, tet — do sistema, A ma sa total, © volu ‘movimento total sio alguns exemplos de propriedades extensi determinar se uma propriedade ¢ intensiva ou extensiva é dividir 0 sistema em duas partes iguais com uma partigio imagindria, como mostra a Figura 1-20, Cada parte tera propriedades intensivas com 0 mesmo valor do sistema original, mas metade do valor original no caso das propriedades extensivas, Em geral, as letras maitisculas so usadas para indicar propriedades extensivas (com a massa m como a grande excego), € as mintsculas, para as propriedades inten sivas (con pressio P e a temperatura T como as excegdes Sbvias), As propriedades extensivas por unidade de massa so chi des especificas. Alguns exemplos de propriedades especificas $i = Vim) e « energia total especifica (e = Em) las de proprieda © volume especii Continuo A matéria é formada por ditomos que se encontram amplamente espagados na fase gasosa, Entretanto, é bastante conveniet substincia e vé-la como uma matéria continua, homogénea e sem descontinui- dades, ou seja, um continuo. A idealizacio do continuo pern ‘como fungdes pontuais e considerar que as propriedades variam continuamente no ‘espago sem saltos de descontinuidade, Essa idealizagao é vilida desde que 0 tama nho do sistema com o qual lidan as moléculas. Esse € 0 caso de pr ins mais especificos. A ideali nossas afirmagdes, como “a densi quer ponto” Para se ter uma idéia das distancias existentes no nivel molecular, considere unt recipiente fe ignorar 4 natureza atémica de uma te tratar us propriedades 0s seja grande com relagdo ao espagamento entre jicamente texlos os problemas, com excegio implicita em mui a em qual de io do continuo est pleto de oxigénio nas condigdes atmosférieas. O didmetro da molécula de oxigénio € de aproximadamente 3 x 10°! m e sua massa € de 5.3 10" kg. Da mesma forma, 0 percurso livre médio do oxigénio & pressio de | atm © 20°C € de 6,3 X 10° m, Ou se em média uma distincia de 6,3 10-* m (cerca de 200 vezes o seu didmetro) até colidir com ooutra molécula. Além disso, existem cerea de 3 X 10" moléculas de oxigénio no minisculo volume de 1 mm? & pressdo de I atm e a 20° C (Figura 1-21). O modelo de continue se apliea ape metro) for muito maior do que o percurso livre muito altos ou altitudes muito grandes, 0 percurso livre médio pode se tornar grande altitude de 100 km), ima molécula de oxigenio percorr as enquanto o comprimento caraeteristico do sistema (tal como seu di io das moléculas. Em vicuos (por exemplo, ele & de cerca de 0,1 m panto ar atmostérico a u Capitulo 1 Introdugao e Conceitos Basicos = 1 = 11 Nesses casos, a teoria do escoamento de gis rarefeito deve ser utilizada, ¢ 0 impac~ to de moléculas individuais deve ser considerado. Neste livro, limitaremos nossa ate as que podem ser modeladas como um continuo. fo a subs 1-5 = DENSIDADE E DENSIDADE RELATIVA A densidade € definida como massa por unidade de yolume (Figura 1-22), fae » (kg/m’ “4 © inverso da densidade € 0 volume especifico dade de massa. Ou seja, / definido como volume por uni 8) pode ser expressa como p = Sm/6V. Em geral, a densidade de uma substincia depende da temperate A densidade da maioria dos gases & proporcional a pressdo ¢ inversamente proporcio- nal & temperatura. Os liquidos e sdlidos, por outro lado, so substi te incompressiveis,e a variagio de suas densidades com a pressBo so geralmente des. preziveis. A 20° C, por exemplo, a densidade da égua varia de 998 kg/m’ a 1 atm a 1003 kg/m a 100 atm, uma alterago de apenas 05%. As densidades de Hiquidos e solidos dependem muito mais da temperatura do que da pressio. A | atm, por exem- plo, engenharia As vezes, a densidade de uma substincia ¢ dada de forma rel de uma substincia bem conhecida. Nesse caso, ela & chamada de gravidade es} fica, ou densidade relativa e é definida como a razao entre a densidade da substi cia e a densidade de alguma substincia padrio, a uma temperatura especificada (em geral gua a4° C, para a qual pyjo = 1000 kg/im?). Ou seja densidade da gua varia de 998 kg/m’ a 20°C a 975 kg/m a 75°C, uma altera- 1s anilises de le 23%, aq pode ainda ser considerada desprezivel em mu Densidade retativa: pr=— 6) deza adimensio- Observe que a densidade relativa de uma substincia € uma gra nal. Entretanto, em unidades SI, o valor numérico da densidade relativa de uma subs- tGncia & exatamente igual & sua densidade em g/cm: ou ke/l (ou 0,001 veres a dk dlade em kg/m’), uma vez que a densidade da igua a 4°C & de | glem* = 1 kg/ = 1000 kg/m’, A densidade relativa do meretrio a O°C, por exemplo, 6 de 13,6. Assim, sua densidade a O°C & de 13,6 glem’ = 13,6 kg/l = 13.600 kg/m’. As densidades relat vas de algumas substancias a O°C so fornecidas na Tabela 1-3. Observe que as subs- is com densidades relativas menores do que I sio mais leves do que a agua e, Portanto, elas futuam na gua peso de uma unidade de volume de uma substanc fico © pode ser expresso como Echamado de peso espeet- Peso especifico: = pg (Nim') an onde g € a aceleracio gravitacional. As densidades dos liquidos sao essencialmente constantes ¢, assim, eles podem ser aproximados como substncias incompressiveis durante a maioria dos processo sem grandes prejuizos. 1-6 * ESTADO E EQUILIBRIO Considere um sistema que nio esteja passando por nenhuma mudanga, Nesse onto, todas as propriedades podem ser medidas ou calculadas em todo o sistema, © ue nos dé um conjunto de propriedades que descreve completamente a condigio, ou FIGURA 1-22 Densidade & massa por unidade de volume; 0 volume especitico é volume Por unidade de massa. ae) Densidades relativas de algumas substancias a 0°C Substancia oR Agua 1,0 Sangue 1,05 ‘Agua do mar 1,025 Gasolina 07 Alcool etilico 0,79 Mercirio 13,6 Madeira 0,3-0,9 Ouro 19,2 Ossos 1,7-2,0 Gelo 0,92 Ar (a1 atm) 0,0013 12 Termodinamica (a) Estado 1 (0) Estado? FIGURA 1-23 Um sistema em dois estados diferentes. (ay Ames (b) Depais FIGURA 1-24 ‘Um sistema fechado atingindo 0 equilibrio térmico, FIGURA 1-25 estado do nitrogénio & detinido por

Você também pode gostar