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Portugués Exerci jos propostos IE Complete as frases que seguem, escolhendo uma das palavras colocadas entre parénteses. a) Aqueles dias eram muito_compridos (cumpridos / compridos) b) Era iminente a prisdo do bandido. (iminente /eminente) ¢) A moga guardou o_extralo_bancério dentro da bolsa. {extrato / estrato) ) A cozinheira nao quis _cozer_os legumes na velha panela, (cozer / coset) €) Muita gente nao gostou do_concerto_do Municipal. (concerto / conserto) ) Tachorom meu irmao de irresponsavel, (Taxaram / Tacharam) 9) A segio_de brinquedos estava vazia. (segao / sesso) hy O prazo de matricula foi diatado.(cilatado /delatado) i) Meu tio infigv a meu primo um severo castigo. (infigiu/ infringiu) }) Guardel todos os alimentos nao pereciveis na despensa. (despensa / dispensa) k)_ Tudo depende de um certo bom senso .(censo/senso) 1) Aquele réu foi pogo om flagrante.(flagrante / fragrante) m)_Cossoram_o mandato de um deputado que nao merecia tal humilhagao. (Cagaram / Cassaram) h) Os sequestradores exigiram uma quantia_vultosa (vultosa / vultuosa) ©) Na cela do monge havia uma moringa de barro. (cola /sela) P) O dono do bar recebera um_mandado_de apreensio © busca. (mandado / mandato) 4) Agi com muita distigio . (descrigdo / discrigao) 1) Aquela dosagem de remédio sur ofeito, (sortu/ surtiu) Ell (Unifoa) Assinale a alternativa que apresenta erro no ‘emprego do porqué. @)Nao sei porque voce nao vem. b) S6 eu sei os problemas por que passel. €) Vocé nao trabalha por qué? d) Porque estava atrasada, no pude fazer a prova @) Deve haver um porqué para as suas falhas. 1.° série do Ensino Médio Frente 1 — Gramatica Ell (Casper Libero) Assinale a altemativa gramaticaimen- te incorreta a) Ele saiu as pressas sem dizer por qué b) "Ser explosivo, sem fronteiras, por que falsa mesqui- nhez me rasgaria?® €) Ainda nao se soube por que houve reclamagoes 4) Depois de saber o porqué do atraso no pagamento, a multa ndo foi aplicada. @ Continuamos animados apesar dos problemas porque Passamos. por que = pelos quis El Empregue mal ou mau de acordo com o exigido pela frase a) Pedro jamais sera um_may_administrador. b) O grande_mal é que nao me esquego de vocé. ¢) Oseu_mau_halito afasta as pessoas. 4) Eu sei que as coisas vao_mal_. e) Mal_ela chegou, comegou a chover. Ell Quanto ao uso da palavra porqué, corrija as frases abaixo. a) Senhor Deputado, nada Ihe dissemos, jé que se man- teve preocupado durante o jantar, sem que pudéssemos entender porque. Senhor Deputado, nada Ihe dssemos,jé que se manteve preocupado duran {eo jantr, sem que pudéssemas entender por qué (mov). b) Ninguém esta preocupado com a lei a que vocé se re- fere com tanto entusiasmo, por que ela nao afeta o nosso trabalho inguém esta preocupado com a lei a que vocé se refere com tanto entusias 1m, porque (explicagio) ela nao afeta onoso trabalho €) O primeiro item da censura, mascarando o porque da- quela a¢éo, apresenta uma exemplar demonstragao de destespeito a liberdade do individuo. © primeiro item da censuro, mascarando o porqué (substantvo) daquela ao, oprsenta uma exemplar demonstracéodedesespeialiberdade do individu. 4) Nao entendo porque voce faz insistentes alusdes aos fatos desagradaveis porque ela passou. Nao entendo por que (aio) vac faz insstentes cuss aos ftos dese aradaves porque (eos quis) el psu 32 OBJETIVO — 1 Gl (Fuvest) "Cobra-se da ficgao que ela va ao encontro de uma série de expectativas.” ‘A oxpressao grifada pode ser substituida, sem que haja alteragao de sentido, por: a) se apoie em b) se confronte com. ¢) se distancie de. ) contrarie @corresponda a PRE orm rn raga (Univ. Estacio de Sé) Paronimia 6 0 emprego de signi cantes parecidos com significados diferentes. Na tirinha do Urbano, 0 aposentado, esse recurso é criativamente empre- gado em relagdo aos vocabulos dilatado (ampliado, alarga- do) € delatado (denunciado). Assinale abaixo a opcao em que ha erro em relagao ao significado dos parénimos: a) aprender (instruir-se) ~ aprender (assimilar) 'b) conjetura (suposigdo) — conjuntura (situacao) ¢) deferir (atender) — derir distinguir-se) estatico (pasmado) — extatico (imével) €) incipiente (principiante) — insipiente (ignorante) EEL...cs adolescentes cobertos naquele quarto cheio de colagens, posters (sic) e agendas coloridas de pilot (Atfonso Romano de Sant’ Anna) a) Qual o significado de sic? “Polovra que, entre pordntses ou colcets, se ifercla numa too ou se pspoe a est para indcar que otexto orginal est repradvzido exatamen te por erado ov estranho que possa parece. (Dicondro Hous) b) O que o editor identificou ao usar o sic? Ienificou um erode acentugé e flexo de nimero na polavra ptr €) Qual 6 a grafia correta de “posters”? Dé exemplos de outras palavras que seguem a mesma regra. Posteres. Hambirgures,pulveres,revélvers,caractre,conineres 2-99 OBJETIVO Ell (GVv-Economia) Assinale a alternativa correta quanto & acentuagao e a grafia de palavras. a) Temas comuns, como a construgdo social do merca- do, permitem entrevér as possibilidades de uma saudavel relagao entre Sociologia e Economia, que nao pode se paralizar 6m virtude de algumas diferencas. b) Em um de seus estudos mais célebres, Mark Grano- vetter vem demonstrar que as pessoas se ligam as outras por lagos fortes e lagos fracos. Por isso, é imprecindivel que as pessoas consigam entender essas ligacdes. ¢) Alguns temas revigoraram o debate entre a Sociologia, a Economia, sendo responsaveis por compér um novo cenatio. O didlogo deve basear-se nos pontos positivos © comuns e nao nas excessées. d) A alta de dialogo entre Sociologia ¢ Economia perdu- rou pér quase trés séculos, mas 6 um quadro que parece estar mudando, sobretudo em fungao de fragrantes pon- tos em comum entre as discipiinas Em meados dos anos 1970, parece que uma leve bri- intervém na falta de comunicagao entre socidlogos economistas, que nao mais hesitam em por em discuss4o assuntos inerentes As duas disciplinas. Eros 4) entrevér por entrever,paralizar por paralisar )_vémpor vem, imprecindve por imprescindivel © compéor por compor, excessies por excesbes 4) aloo por didlog, fragranespor lagrantes. (As cobras. Em: Luis Fernando Verissimo, ‘Se Deus existe que eu soja atingido por um raio) Hagar — Dik Browne (Folha de S.Paulo, sid) As lacunas das tirinhas devem ser preenchidas, respectva- mente, com a) Por qué — mau-entendido b) Porque — mau-entendido ¢) Por que — mau-entendido d) Por qué — mal-entendido @)Por que ~ mabentendido Grafam-se seporadas a preposici po, com sentido causa eo pronome i- terrogativo que, formadores da locucdo conjuntiva que introduz oracées in- terrogativas. Trata-se de pura convencao grafica, a-entendido forma-se com a atu do antepositvo ma-oopartciio de entender. EEE (UFF-RW) Em cada item abaixo, propde-se a substi- tuigao da palavra em destaque por outra oferecida entre parénteses. O item em que tal substituigao altera signifi- cativamente o sentido do texto 6: @As 7hosmin, soaram os alarmes da cidade, alertando Bara a iminéncia de um bombardeio aéreo. (possibilidade) b) Um dos avides exibia na fuselagem um nome insélito, Enola gay. (incomum) ¢) Os bombardeios atémicos passaram a evocar tanto ter- ror porque se estabeleceu “a possiblidade, até entao iné- dita, de destruigao do planeta’, diz Alperovitz. (Instituiu) ) Avversao oficial para os bombardeios foi exposta deta- thadamente em 1974 (...). (explicagao) €) Na verdade, as barreiras morais foram demolidas logo no inicio da guerra. (aniquiladas) {iminéncia = 0 que est para acontecer) EEA (Fv) Assinale a alternativa em que nao haja erro do gratia a) Nao tinha feito a prova no dia regular nem téo pouco a substitutiva b) Afim de que as solugses pudessem ser adotadas por todos, José de Arimateia havia distribuido cépias do rela- trio no dia anterior. Porventura, meu Deus, estarei louco? f) Assinalou com um asteristico a necessidade de notas informativas adicionais. €) Com frequéncia, os médicos falam de AVC, Acidente Vascular Cerebral. Porisso, os proprios pacientes ja esto familiarizados com esse termo. Etos: 4} to pou por tampouce fim pr fim 4) astrisico por asterisco ) porisso por por isso Exercicio: EE Complete as frases, escolhendo uma das palavras colocadas entre parénteses: a) Os direitos politicos daquele cidadéo foram (cagados / cassados) b) (08 desmandos de meu tio durante a gestao de seu governo. (Dilataram/Delataram) ¢) Quero assistira esse classica. (concerto / conserto) 4) Era (eminente /iminente) de musica paralisagao dos énibus. €) - Onde colocaram o meu bancétio? (extrato / estrato) ) Os pais pagaram uma quantia aos sequestradores. (vultosa / vultuosa) a) A plenaria durou mais de trés horas. (sessao/ se¢40) fh) Meu vizinho recebeu um de prisdo. (mandato / mandado) i) Tentei agir com muita (discrigao / discregao) }) Seu estémago estava um pouco (delatado / dilatado) k)_ Procure’ acreditar que o remédio um bom efeito. (sorta / surtiia) 1)A moga coube © vestido. (cozer/ coser) m) Muitas pessoas querem social- mente, (acender / ascender) n) Todos sabem que ele uma das normas estabelecidas. (infigiu / infringiu) Resolugao: a) cassados hh) mandado b)Delataram ——i) discrigao ©) concerto }) ditatado 4d) iminente ky surtiia @) extrato |) coser f) vultosa m) ascender 9) sessao 1) inftingiu EA Complete com — por que, por qué — porque, porqué a) Procure descobrir embora. © sorveteiro foi b) Eles choraram sabiam que a situa- ¢40 nao iria mudar ¢) Nao entendemos o desta recusa estupida. ) Voce esta sozinho 2 e) Eis estou tao feliz. f) Um dia vocé entendera as razdes es- tou indo embora. Resoluao: a) por que 4) por qué ) porque €) por que ¢) porqué 1) por que, Ei Assinale a opeao em que a palavra destacada esta gratada incorretamente: a) A oportunidade por que eu esperava apareceu. b) O diretor ainda nao chegou por qué? 92 OBJETIVO— 3 ¢) Havia outro porqué para aquela alteragao de humor. 4) Nao chegue tarde, porque amanha acordaremos cedo. ) Ainda nao entendi porque aquela empresa fali Resoluga Por que & separado por tratar-se de pronome interrogati vo em oragao interrogativa indireta, Resposta: E (Unifoa) Assinale a alternativa em que a palavra "mal" foi usada indevidamente. a) Se 0 mal nao existisse, o bem néo existira. b) O empregado foi mal recebido pelos patrées. €) Mal despontara o sol, j4 estévamos na praia ) Ele nao é um mal rapaz, apenas preguigoso. Resolugao: Occorreto empregar 0 adjetivo mau, que caracteriza 0 substantivo rapaz. Resposta: D EX Complete corretamente as lacunas. muitas pessoas que temem o fim do mundo, desconhecem a sua origem. Ainda hoje, informadas, ainda téma de descobrir o futuro continuam a) A por que — mau — mais — intengao b) A—porqué - ma—mas — intensao ¢) Ha — porque - mal —_mas — intengao d) Ha — por qué — mau - mais —intensao ) A~ porque ~ mamas — intengao Resolugéo: verbo haver significando existir é impessoal, fica na 3* pessoa do singular, Para manter a coesao ¢ a coe- réncia do trecho, emprega-se porque, conjungao cau- sal; mal, advérbio que modifica 0 adjetivo informadas; mas, conjungao coordenada adversativa e intengao. Resposta: C (U.F. de Uberindia) Minha mae era uma senhora fraca, de pouco cérebro e muito coragao, assaz crédula, since- ramente piedosa, - caseira, apesar de bonita, e modesta, apesar de abastada: temente as trovoadas ¢ ao marido. (Machado de Assis) EIA respeito do trecho acima, é correto afirmar: |. Espera-se que a pessoa caseira também seja feia. Il. Espera-se que a pessoa abastada nao seja modesta Ill, Espera-se que a pessoa caseita seja bonita. IV. Espera-se que a pessoa abastada seja modesta. 4-92 OBJETIVO Assinale a tiniea op¢ao que representa as afirmativas corretas: a) Apenas | Il sao verdadeiras. b) Todas sao verdadeiras. ©) Apenas |e IV sao verdadeiras. 4) Apenas Ile ill sao verdadeiras, e) Apenas lle IV sao verdadeiras. Resolucao: Interpretando 0 trecho dado, espera-se que a mulher bo- nia nao seja caseira; portanto, se for caseira, deve ser feia; espera-se também que a pessoa que tem posses 1ndo seja modesta, mas, segundo o narrador, sua mae era bonita e caseira, rica © modesta. Resposta: A De outras ¢ muitas grandezas vos poderiamos ilus- tar; senhoras Amazonas, nao fora persignar demasiado esta epistola todavia, com afirmar-vos que esta 6, por som duvida, a mais bela cidade terréquea, muito temos feito em favor destes homens de prol. Mas cair-nos-iam as faces, si ocultaramos no siléncio, uma curiosidade oi- ginal deste povo. Ora sabereis que a sua riqueza de ex: pressao intelectual & tao prodigiosa, que falam numa lingua e escrevem noutra. Assim chegado a estas plagas hospitalares, nos demos ao trabalho de bem nos inteirar- mos da etnologia da terra, e dentre muita surpresa e as- sombro que se nos deparou, por certo nao foi das menores tal originalidade linguistica. (Mario de Andrade, Macunaima) (Fatec) As palavras “epistola’, “terraquea’ e “etnolo- gia’, extraidas do texto, associam-se pelo sentido, res- pectivamente, a: a) arma, terra e humanidade. b) carta, terra e civilizagao. ¢) instrumento, planeta e raga. 4) carta, Terra e povo. ) escrita, planeta e raga Resolugao: Epistola é sindnimo de carta; terréquea designa pessoa 0 coisa (no caso, cidade) do planeta Terra; etnologia é 0 estudo de povos e suas culturas. Resposta: D Ell (inatel) Assinale a opgdo em que a palavra sublinhada {oi grafada com erro. a) Pintaram de azul a abébada da igreja. b) Precisam promover mais festas beneficentes. ¢) Ametereologia acusa frente fria no Sul do pats. d) Nao apresentaram empecilhos para a nossa candidatura. légio de conversar com o organizador do meteorologia Resposta: C Ell (Faap-SP) Copie, dando forma correta aos vocabulos ‘em que haja erro de ortogratia, Eu nao quis realizar a pesquisa de que fora incumbido por que andava desassocegado e angustiado com os reve- es da vida @ anceava por um descango prolongado. Resoluga Eu nao quis realizar a pesquisa de que fora incumbido porque andava desassossegado e angustiado com os re- veses da vida e ansiava por um descanso prolongado. Assinale a alternativa em que a palavra destacada ‘est empregada incorretamente. a) Nao vejo aquela moga ha anos. b) Vocé nao vai prestar vestibular por qué? ¢) Estavam atrasados porque acordaram muito tarde. ) Daqui ha seis meses ninguém mais se lembrara deste fato. €) Por que ohomem insiste emnao preservaranatureza? Resolucao: Emprega-se o verbo haver para indicar tempo decorrido & nao tempo vindouro, como ocorre na alternativa d. O cor- reto 6: Daqui a seis meses ninguém mais se lembrara deste fato. Resposta: D Vocé traduziu bem meu pensamento. O texto foi traduzido para o inglés. Este resultado néo traduz a vontade da maioria. Nas oragées acima, o verbo traduzirpode ter, respectiva- mente, os sentidos de a) tragar, intorpretar, tabelar. b) reivindicar, reinventar, enumerar. ) explicar, transpor, representar. 4) deturpar, mencionar, carregar. e) explorar, figurar, nivelar. Resolugao: Na primeira frase traduzir significa “explicar, explanar’; na segunda, ‘transpor de uma lingua para outra’; na terceira, “revelar, representarm, manifestar” Resposta: 92 OBJETIVO— 5 Portugués AULA1 FALA INTERIOR DA PERSONAGEM Exercicios propostos Apartiha Os inméos se separam e entéo um diz assim: "Vocé fique com 0 que quiser, eu nao fago questo de nada; mas se vocé nao se incomoda, eu queria levar essa rede. Vocé nao gosta muito de rede, quem sempre deitava nela era eu. bo) Agora, tem uma coisa, o canivete. Pensei que vocé tivesse jogado fora, mas ontem estava na sua gaveta e hoje eu acho que esté no seu bolso, meu inndo. (.) ‘Me dé esse canivete, meu imao. Eu quero guardar ele como recordagao. Quem me perguntar por que eu gosto tanto desse canivete, eu vou dizer: é porque é lembranga de meu irnmao. Eu vou dizer: isto & lembranga de meu irmao que nunca soube lidar com um canivete, assim como de repente néo soube mais lidar com seu préprio rao. Ou entéo me da vergonha de contar e eu digo assim: esse canivete é lembranga de um homem bébado que antigamente era meu amigo, como se fosse um irmao. Eu estarei dizendo a verdade, porque eu acho que vocé nunca foi meu irméo. Eu sou mais velho que vocé, sou mais velho pouca coisa, mas sou mais velho, de maneira que posso dar conselho: vocé nunca mais na sua vida, nunca mais puxe canivete para um homem; canivete é serventia de homem, mas 6 arma de menino, meu irmao. Quando vocé estiver contrariado com um homem, vocé dé um tio nele com sua garrucha; pode até matar a traigéo; nds todos nascemos para morrer. De maneira que, se vocé morresse agora, néo tinha importancia; mas eu nao estou pensando em matar vocé, néo. Se eu matas- se, estava certo, estava matando um inimigo; nao seria como vocé que levantou a arma contra seu irméo. a) Agora fique sossegado, tudo que tem af é seu. Adeus, ¢ seja feliz, meu irmao." (Rubem Braga, Os Melhores Contos) Ei 8) Ciassinque o tio de composigao do texto € 0 tipo de dlscurso. Tratase de texto narative, em que predomi o discus diet. 6-99 OBJETIVO 1.8 série do Ensino Médio Frente 1 - Redado b) O que o discurso apresenta de inusitado? 0 foto de que apenas uma personogem fl, sem obterresposta. Asim, apesar de parecer um ddogo tate, em verdad, de um monlogo, EW O texto esclarece o grau de parentesco entre eles? Els so irmaoseé mais veo que fol Ell due fato desencadeia 0 conflto? 0 mio mais novo ameacouo mais velho com um canivee Transcreva a passagem do texto em que o irmao mais velho insinua a imaturidade do mais novo, apesar da pou- ca diferenga de idade entre eles. conivete é serventia de homem, mas é arma de menino. Ell Qual o vicio do irmao mais novo que pode té-lo levado 20 gosto ameagador? Transcreva 0 trecho que justifica sua resposta. Ele bebe, o que pode ser comprovad na passagem “um homem bébodo’. EA ual a consequéncia provocada pelo contlto? 0 mio mais velho resolve ir embora, levandoepencs uma red eo cai- vele que motivou a discérdia ‘Com base no discurso do personagem, qual o senti- mento que o leva a tomar a iniciativa de partir? a) A compaixao que sente pelo irmao. @)A decepgao com o comportamento do ima. €) A raiva que o impede de perdoar o irmao. 4) O medo de que o irmao 0 ameace de novo. e) respeito que ainda nutre pelo irmao. Ell Sobre o texto, assinale a incorreta. a) "Guardar ele" € exemplo de linguagem coloquial; na forma culta emprega-se guardé-o, b) No trecho "se vocé morresse agora, nao tinha impor- tancia’, a correlagao verbal na norma culta é se vocé mor- resse agora, nao teria importancia. No trecho "Agora fique sossegado", 0 verbo no impe- Tativo deveria ser trocado por fica. d) "Me dé esse canivete" reproduz a linguagem oral; no padrao culto 6 Dé-me esse canivete. @) No trecho "Se eu matasse, estava certo, estava ma- tando um inimigo", a correlagao verbal na norma culta 6 Se eu matasse, estaria certo, estaria matando um inimigo. 0 emprego de que est coreto porque se refer tecira pessoa vod, empregadaem todo o texto. Fie crespnde& segunda pss. Ell Como eu quisesse falar também para distargaro meu estado, chamei algumas palavras cd dentro, e elas acudi- ram de pronto, mas de atropelo, e encheram-me a boca sem poder sair nenhuma. O beijo de Capitu fechava-me 05 ldbios. Uma exclamagao, um simples artigo, por mais que investissem com forga, nao logravam romper de den- tro. E todas as palavras recolheram-se ao coragao, mur- murando: “eis aqui um que nao fard grande carreira no mundo, por menos que as emog6es 0 dominem...” Assim apanhados pela mae, éramos dois @ contra- rios, ela encobrindo com a palavra o que eu publicava pelo siléncio, (Machado de Assis) Assinale a altemativa incorreta sobre o fragmento acima: Nartagao em primeira pessoa em que o narrador se detém mais nos fatos do que nas reflexdes. b) Onarrador falha no seu intento de disfargar 0 ocortido centre ele © Capitu, €) Onarrador admite sua fragilidade @ timidez em oposi- 40 a seguranga e destemor a Capitu ) O ultimo paragrafo reforga, por meio de antiteses, as atitudes contrastantes das personagens. €) Os tempos verbais indicam que os fatos narrados so reminiscéncias da juventude do narrador, (0 naador personage relat um foo, mos ria es rele sabre seu ‘omportamento nessa sitaco, EI Ha no fragmento de Machado de Assis exemplos de prosopopeia. Vetifica-se o emprego dessa figuta de lin- ‘guagem na personificacao do termo a) bei. d) coragao. palavras. ) artigo, ) siléncio. Prosoppeia ou persnfcacéo & uma figura em que se emprestom set rents humana eplavas eres inarimodos ov anima. Eo caso depo lavas em E todas os polavas eaheram se ao oa, mumurand.. EEE 0 trecho "eis aqui um que nao fara grande carreira no mundo, por menos que as emogdes o dominem..." & exemplo de @)discurso direto, b) discurso indireto. ¢) discurso indireto livre. A) monélogo interior. €) discurso dramético. Como o termo palavras esta personificado no texto, elas murmuram, ov seja, clam bain, eet dilogo consi dco deo. Exert Tareta El (...) Jodo Teodoro acompanhava com aperto de cora- ¢40 0 desaparecimento visivel de sua Itaoca. = Isto jé foi muito melhor, dizia consigo, Jé teve trés médicos bem bons — agora sé um e bem ruinzote. Jé teve seis advogados e hoje mal hd servico para um ré- ula ordindrio como 0 Tenério. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui (Monteiro Lobato) ‘Apesar do emprego do travessao no titimo paragrafo, quando o nartador informa que Jodo Teodoro "dizia cons go", percebe-se que se trata de: a) discurso direto. b) discurso indireto. €) discurso indireto livre. 4d) monéiogo interior. €) discurso direto e mondiogo interior, ao mesmo tempo. Resolugao: ‘A fala da personagem consigo mesma configura monélo- g0 interior, registro de seus pensamentos e sentimentos. Resposta: D BI Othou as células arrumadas na palma, os niqueis eas pratas, suspirou, mordeu os beigos. Nem ihe restava o ai- reito de protestar. Baixava a crista. Se ndo baixasse, de- socuparia a terra, largar-se-ia com a mulher, os filhos pequenos e os cacarecos. Para onde? Hem? Tinha para onde levar a mulher e os meninos? Tinha nada! (Graciliano Ramos, Vidas Secas) Assinale a altenativa correta quanto ao texto acima: a) Trata-se de uma narragao em que o narrador reproduz a fala da personagem em discurso direto. b) As frases em discurso indireto mostram a persona- gem preocupada com seu futuro ¢ o de sua familia, ¢) Otrecho "Nem Ihe restava o direito de protestar® com- prova que a personagem dialoga com quem o explora, 4) Os trechos finais sao exemplos de discurso indireto li- vre: “Para onde? Hem? Tinha para onde levar a mulher € (os meninos? Tinha nada" ) O monélogo interior da personagem, nos trechos fi- nas, esta em discurso indireto. Resolugao: © monélogo interior da personagem misturado ao dis- curso do narrador sem verbos de elocueao (disse, falou, pensou etc.) configura o discurso indireto livre, Resposta: D Ell No fragmento dado, o problema enfrentado pela per- sonagem sé no é de ordem: a) financeira. b) religiosa ©) existencial. d) emocional. e) social Resolui © trecho revela as preocupagées da personagem Fabia- No: falta de opgao de vida ¢ de dinheiro, condicao social degradante, perturbagao emocional. $6 nao ha no texto nenhuma referéncia a problemas de ordem religiosa Resposta: B 92 OBJETIVO—7 AULA2 CARTA E CAMPO SEMANTICO Exerci ios propostos Sao Paulo 15-V1-28 Carlos Estou sinceramente sarapantado" com vocé. Que foi que houve que vocé nao d ar de si! Ando imaginan- do nalguma macacea e isso me inquieta bem. Esta é a terceira carta que escrevo pra vocé e nada de resposta. Mande logo qualquer coisa @ se foi por desleixo que néo me secundou até agora, entao palavra-de-honra que fico meio estomagado. Desleixo desses até é sinal de pouco caso. E a Antologia? Qu: e 0 livro de vocé? Que é feito de Minas na comissao das... nag6es brasileiras? Conte coi- sas. Conte uma saudade pra sua mulherzinha e escute 86 0 tapa deste abrago vasto em voce. Mério (Mario de Andrade, A Lico do Amigo: Cartas de Mario de ‘Andrade a Carlos Drummond de Andrade, ‘Anotadas pelo Destinatario) * sarapantado: atordoado, perplexo. + macacoa: indisposicdo, doenga som gravidade. Ell Examine as seguintes afirmagées. 1. A carta fol escrita num tom ressentido. Il. © autor empregou “secundou" com sentido de “res- pondeu" e "estomagado" com sentido de “iritado*. IM A linguagem empregada apresenta elementos de ora- lidade. Com relagdo a carta, 6 correto 0 que se afirma em a) | apenas. @ le lilapenas. b) Il apenas. @) Let ¢) lll apenas. (X. 1926) Carlos, Carlos, recebi seu recado ¢ perdoe 0 meu primeiro grito de resposta, Foi dum egoista. E certo que falei logo comigo que quem carecia de ser consolado era eu. Imagine que fazem duas semanas que estou completamente sequestrado da vida, primeiro no fundo dum hospital, e desde sete dias j4 no fundo imével duma cama nesta casa da Rua Lopes Chaves. (..) (Mério de Andrade, A Ligo do Amigo: Cartas de Matio de ‘Andrade a Carlos Drummond de Andrade, ‘Anotadas pelo Destinatario) Ed Examine as afirmagées seguintes: I. O tom da carta sugere que Mario de Andrade estava tranquilo, embora passasse por momentos dificeis. IL. © autor transgride uma regra do padrao culto da lin- gua ao escrever “faze duas semanas". IM No inicio da carta, a repetigéo do vocativo - *Cattos, Carlos" — enfatiza 0 pedido de perdao por algo que o desti- natatio teria solcitado @ nao fora atendido prontamente. 8-32 OBJETIVO Esta correto 0 que se afirma em a) Lapenas. d) lel apenas. b) Il apenas. @Neil apenas. ¢) Ilapenas. Rio de Janeiro, 19 de julho de 1908. Meu caro Verissimo: Acabo de receber a sua carta com o seu abraco pelo livro, e venho agradecer-Ihe cordialmente. Sabendo que foi sempre sincero comigo, senti-me pago do esfor- G0 empregado; muito obrigado, meu amigo. O livro é derradeiro, j4 nao estou em idade de follas literdrias nem outras. O meu receio é que fizesse a alguém per- guntar por que ndo parara no anterior, mas se tal nao é a impresséo que ele deixa, melhor. (..) Adeus, meu bom amigo, recomenda-me a todos 0s seus, e receba em troca um abrago apertado do ve- Iho amigo. (Machado de Assis) EB A carta lida sé nao apresenta a) tom confessional. 4) abordagem cerimoniosa b) propésito informative, _e) tom amistoso e fratemo. linguagem coloquial EI Em qual das aternativas seguintes a gravidade do as- ‘sunto 6 temperada pelo tom jocoso, caracteristico de Ma- chado de Assis? 2) “senti-me payo do esforgo empregado” b) “Olivo é derradeito @ ‘iando estou em dade de foiasterérias nem outras” @) “Creio que o compreenci bem’ €) ‘mas se tal ndo 6 a impressao que ele deixa, melhor” 18 de maio de 1930. Mario, Othe, eu também sou um homem que gostaria de pegar em armas (..) Mas quando penso que iria mar- char em defesa desses pobres eleitos do PRM (Partido Republicano Mineiro), por exemplo, ou desse pobrissi- mo candidato Getulio, palavra que perco o furor bélico. ‘Nao, é initil tentar consertar o Brasil, ou por outra, 0 desconcerto eterno do Brasil 6 0 seu proprio trago dife- rencial, 0 seu modo de ser... Acho que vocé esté-se tor- nando infeliz sem motivo, e sé compreenderia essa infelicidade por uma topada legitima nalguma pedra de meio de caminho, mas pedra de fato, dessas que a gen- te encontra na nossa vida individual. EB A carta acima foi escrita por Carlos Drummond de Andrade. Quanto ao contetido, o autor demonstra a) esperanga de que os politicos possam consertar o pais. b) entusiasmo em defender o pais com armas. ¢) disposigao de marchar em defesa de partidos e ideais, do pais. e) solidariedade com a infelicidade do interlocutor. El Com base no texto, pertencem a mesma area de sig- ago (ou campo semantico) as expressdes @) “furor béico" ~ ‘pegar em armas’ B) “pedta de fato" *trago diferencial” = ‘Vida individual ‘pobres candidatos" ) “consertar o Brasil Assinale a alternativa que apresenta um termo empre- gado no texto com sentido exclusivamente denotativo. a) "pedra” "armas €) “caminho" d) "trago" ) “pobrissimo* El Assinale a alternativa em que a inversao da ordem dos termos provoca mudanga de sentido: @) pobres candidatos — candidatos pobres. B) furor bélico — bélice furor. ¢) desconcerto eterno — etemo desconcerto 4d) topada legitima — legitima topada. €) pedra de fato —de fato pedra EB A forma verbal "Othe" que inicia a carta sé nao é a) marca de linguagem informal. @) formulagao de uma ordem explicita, €) maneira de chamar a atengao do interlocutor. d) forma de introduzir, no texto, um apoio a opiniao do interlocutor. €) forma de estabelecer contato com o interlocutor. Suposto 0 uso vulgar seja comegar pelo inicio, duas consideragées me levaram a adotar diferente método: a primeira 6 que nao sou propriamente um autor defunto, ‘mas um defunto autor, para quem a campa foi outro ber- $0; a segunda é que 0 escrito ficaria assim mais galante @ mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, nao a pés no introito, mas no cabo: diferenga radical en- tre este livro e 0 Pentateuco. Dito isto, expire’ as duas horas da tarde de uma sex- ta-feira do més de agosto de 1869, na minha bela ché- cara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, tijos e présperos, era solteiro, possula cerca de trezen- tos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade 6 que nao houve cartas nem aniincios. (Machado de Assis, Memérias Péstumas de Bras Cubas) EI © tinico termo ou expresso que nao pertence ao campo semantico de morte é: a) “autor defunto’ b) “defunto autor” ) “campa’ Sobre 0 texto, é incorreto afirmar: a) Em "eu nao sou propriamente um autor defunto, mas lum defunto autor’, a segunda oragdo expressa oposigao em relagao a primeira, b) O advérbio "propriamente" pode ser substituldo por “verdadeiramente" sem que haja alteracao de sentido €) A diferente posigao da palavra “defunto", antes ¢ de- pois de “autor’, implica mudanca de sentido e de classe gramatical @Em “diterenga radical entre este livro eo Pentateuco", © pronome demonstrativo este refere-se ao livro escrito por Moisés. @) Oautor apresenta dados relativos ao seu estado civile sua condigao socioeconémica. a at ongeen , “OW Sokéncia Banco ‘conta-conente Depsstos ‘Cheque sem tundo “Juros thtuantes ‘Congelamerto de preg Fluxo de eaina ‘Aundar a empresa Margem de luero Di sino pot to (Unaerp2002) Observando o quatro acima, pode-se d- et que a economia, multas Vezes, apropria-se dos ter- mos de oulfes campos semanticos. Nesse caso, us, para descrever seu trabalho, o campo semantice da a) informatica e da familia. b) eletrénica. @ icra, d) mecanica de automéveis. €) eletricidade Exerci arefa © texto abaixo & trecho de uma carta escrita prova- velmente em 1667 por Séror Mariana do Alcoforado, na €poca aspirante a freira no Convento da Conceigao de Beja, em Portugal. Primeira carta Vé Id tu, meu amor, como foste de te iludir! Ah! Coitado de ti, enganaste-te e enganaste-me com esperangas mentirosas. Tantas esperangas de gosto nos dava o nosso amor, e causa-nos agora o mortal desespero que sé pode comparar-se a crueldade desta separagao! Pois qué! a tua auséncia, para que a minha dor néo acha nome bastante triste, hd de privar-me para sempre de me mirar nos teus olhos, onde eu via tanto amor, que 92 OBJETIVO- 9 me enchiam de alegria, que eram tudo para mim? Ai de mim! os meus perderam a luz que os alumiava @ nao fazem senao chorar. () ‘Mas perdoa-me; de nada te acuso; 6 culo o destino. Também, separando-nos, fez-nos todo 0 mal que pod. ‘S6 néo poderd separar os nossos coragées: 0 amor, que & mais forte, uniuros para toda a vida. Se tens algum cuidado na minha, escreve-me mui- tas vezes. E vom! Adeus; nao posso deixar este papel que vai para ti. ~Eraa sorte que eu queria! Mas, ail é impossivel. ‘Adeus; nao posso mais. Adeus, ama-me sempre e faz-me softer mais ainda. (Séror Mariana, Cartas de Séror Mariana) El A carta de amor dada s6 ndo apresenta a) tratamento cerimonioso em relagao ao interlocutor, por meio do emprego da segunda pessoa, ') linguagem subjetiva de quem expde conflitos intimos. ¢) emprego de verbos e pronomes na primeira pessoa, além de interjeigdes que evidenciam a fungao emotiva 4d) incidéncia de frases exclamativas e interrogativas que traduzem a intensidade do sentimento amoroso. e) petiodos cuttos que evidenciam a emotividade da re- metente, Resolugéo: Otratamento na 2.* pessoa do singular é comum em Por- tugal Resposta: A Ed Sobre o texto dado, considere as seguintes afirmagées. |. Em “Ai de mim! os meus perderam a luz..., 0 pronome destacado refere-se a “olhos'. I. Em "..fez-nos todo o mal que podia", © pronome destacado refere-se a “destino” IIL Em "Se tens algum cuidado na minha, escreve-me...", © pronome destacado refere-se a "vida Esta(ao) correta(s) a) apenas | el b) apenas Ile Ill. ¢) apenas |e Ill 4) apenas Ill e) I.tlelll Resolug: O pronome nos refere-se a nés, ou seja, 4 autora da carta e ao seu interlocutor. Resposta: C 10-9 OBJETIVO Ell Com base no texto, assinale a alternativa em que uma das palavras nao pertence a mesma rea de significagao (ou campo semantico) das demais: a) engano — iludir - mentirosas. b) privar - auséncia - separagéo. ¢) luz —alumiava — olhos. 4d) acusas - culpar— softer. e) dor— triste — chorar. Resolugao: verbo acusarsignifica ‘culpar, atribuir falta, infragao ou cri- me a, portanto acusas e culparpertencem ao mesmo cam~ o semaintico. Apenas sofrer (sentir dores fisicas ou morais) do pettence a atea de significado dessas palavras. Resposta: D Contagem minima Goll Sol de um segundo 1o ultimo minuto no alto do campo adverso caindo na grama do combate. Mata, queima, fura © alvo do inimigo que néo consegue nascer saindo do zero, da sombra da nuvem que cobre © centro, 0 contra-ataque do coragéo contrdrio - agénico @ calado — cercado de gritos. (Armando Freitas Filho) Assinale a alternativa que nao corresponde ao campo semantico explorado no texto. a) guerra b) peleja ©) combate 4) campo e) batalha Resolugao: © poema é sobre um jogo de futebol que é comparado a uma guerra. O campo seméntico explorado é o da guerra: peleja, combate, batalha, alvo do inimigo, contra-ataque ete. Apenas campo, teferindo-se ao gramado onde corre 0 jogo, nao faz parte desse campo semantico Resposta: D Portugués Texto para o teste Eu carego de amar, viver careco Nos montes do Brasil, no Maranhao, Dormir aos berros da arenosa praia Da ruinosa Alcantara, evocando ‘Amor... Pericumal... morrer... meu Deus! Quero fugir d’Europa, nem meus ossos Descansar em Paris, néo quero, nao! ‘Oh! Por que a vida desprezei dos lares, Onde min’alma sempre forcas tinha Para elevar-se & natureza e os astros? a) Eat A terra toda, este sol todo ~ Enum céu anilado eu m’envolvia, Como a dguia se perde dentro dele. (Sousindrade, *Harpa XLV") Hl Podemos afirmar que poema 6 uma “cango do ext- lio” porque nele a) ha 0 registro do tempo de exilado politico do poeta, ‘Sousandrade imita a Cangao do Exilio de Goncalves Dias. 0 eu lirico evoca a patria, estando fora dela. 4) a patria é evocada como um lugar ut6pico, surreal €) ceulirico acredita que vai morrer longe do Maranhao. Uma cangio do exiio express os sentiments daquele que, usente de sua pitrioe senindo-esaudoso em reac a el, o voce, muitos ves Ihe tncltecend as caracerisicas, como ocore nos vetsos de Sousindrade. Texto para o teste 2: O sentido da aventura e da criagao individual é a Gni- a lei imposta pelo Romantismo, o que permite que cada escritor possa conceber a sua postica. Dominante na pri- meira metade do século XIX, 0 movimento apresentaria as- sim uma grande multiplicidade de atitudes e caracteristi- as. (..) Finalmente, se 0 homem romantico surge como expresso de uma nova ordem social, moral, religiosa e econémica, e se ele ao mesmo tempo exprime sua expe- riéncia individual, é porque se deixa envolver pelo clima do momento, enquanto & uma sintese deste préprio mo- mento. Do testemunho pessoal, chega-se ao nacional ¢ fi nalmente a0 universal. Torna-se possivel encontrar um denominador comum. (Antonio Candido e J. Aderaldo Castello, Presenga da Literatura Brasileira, 1, pp. 245-7.) Ed Segundo 0 texto 1 ohomem romantico d to histérico. Il. a aventura pessoal deve estar presente em todas as ‘obras no Romantismo, I. 0 esctitor romantico & uma sintese do momento em que vive. IV. 0 individualismo do homem romantico nao o afasta das questées nacionais e universais. ca-se envolver por seu momen 1.° série do Ensino Médio Frente 2 — Literatura Estao corretas a) |, Helv. b) Ii, Ie lv. 1 lle lv. @) |, ielll, e) ell Texto para a questao 3: Eo mais € que nés estamos num sarau: intimeros ba- téis conduziram da corte para a ilha de Paqueté senhoras e senhores, recomendaveis por caréter e qualidade; ale- gre, numerosa ¢ escolhida sociedade enche a grande casa, que brilha e mostra em toda a parte borbutharo pra- zere 0 bom gosto, Entre todas essas elegantes e agradiiveis mogas, que com aturado empenho se estorcam por ver qual delas ven ce em gracas, encantos e donaires, certo que sobrepuja a travessa Moreninha, princesa daquela festa. Joaquim Manuel de Macedo, A Moreninha) Vocabulario donaires: adomos, enteit El Sobre o texto acima e da obra da qual faz parte, assi- nale as proposigdes verdadeiras (V) e as falsas (F) (V) A Moreninha focaliza os costumes da burguesia da epoca. (V) Macedo escreveu uma tipica histéria de amor, com 0 esperado final feliz. (F) Actitica social é um dos aspectos mais marcantes do romance de Macedo. (\)) As personagens sao apresentadas na obra de maneira superficial (V}) O entedo mostra uma preocupacao do seu piiblico com frivolidade e banalidade de situacées. El (Fuvest - SP) Leia o trecho de Machado de Assis sobre Tracema, de José de Alencar, e responda ao que se pede. “____ @ ocitime e o valor marcial; @ austera sabedoria dos anos; Iracema o amor No meio destes caracteres distintos e animados, a amizade é sim- bolizada em Entre os indigenas a amizade do era este sentimento, que a forga de civilzar-se, tor- rnou-se raro; nascia da simpatia das almas, avivava-se com © perigo, repousava na abnegacao reciproca; e 80 0s dois amigos da lenda, votados & matua estima € ao mutuo sacrificio™ (Machado de Assis, Critica) No trecho, os espagos pontilhados serao corretamente preenchidos, respectivamente, pelos nomes das seguin- tes personagens de Iracema: a) Caubi, Jacatina, Araquém, Araquém, Martim b) Martim, Irapua, Poti, Caubi, Martim ¢) Poti, Araquém, Japi, Martim, Jag d) Araquém, Caubi, Irapua, Irapua, Poti @ trapua, Araquem, Poti, Poti, Martim 92 OBJETIVO - 11 Texto para as questées 5 e 6: Filho de um empregado publico e ériio aos dezoito anos, Seixas foi obrigado a abandonar seus estudos na Fa: culdade de $0 Paulo pela impossibilidade em que se achou sua mae de continuar-Ihe a mesada. Jé estava no terceiro ano e, se a natureza que 0 ornara de excelentes qualidades the desse alguma energia e forca de vontade, conseguiria ele, vencendo pequenas dificulda- des, concluir 0 curso; tanto mais quanto um colega e ami 0, 0 Torquato Ribeiro, Ihe oferecia hospitalidade até que a vidva pudesse liquidar 0 espolio. Mas Seixas era desses espiritos que preferem a tritha ba tida e s6 impelidos por alguma forte paixao rompem a rotina. Ora, a carta de bacharel nao tinha grande seducao para sua bela inteligéncia, mais propensa a literatura e ao jornalismo. Cedeu, pois, @ instancia dos amigos de seu pai que ob- tiveram encarté-lo em uma secretaria como praticante. Assim comecou ele essa vegetacdo social, em que tantos homens de talento consomem o melhor da existéncia numa tarefa ingléria, ralados por continuas decepcées. José de Alencar, Senhora) Ed (Fuvest—SP) Que fatores, segundo o narrador, tera le- vado Seixas a abandonar seus estudos ¢ entregar-se a ‘ve- getagao social’? a) A hospitalidade oferecida por um colega ¢ as decep- ges com os amigos de seus pais, b) A injusta distribuigdo de renda e a escassez de bons postos de trabalho. €) O desperdicio de talento em tarefas inglérias e a falta de apoio da familia As dificuldades financeiras a fata de tenacidade ara vencer obstaculos. €) O infortinio causado pela morte do pai e a exigé’ social de um diploma, Gil O texto acima apresenta uma descrigao do carater de Femando Seixas. Ela é coerente com as atitudes que a per ssonagem assume no decorrer do romance do qual faz parte? Fernando Seixas é aprseniado como aluém acomodao sem muita fra de vonlade para veces bss da vida Asi, essa design coerente com ofa de ele te abordonad Aurela Camargo para se frnar noivo de Addlade Amaral, pois est ric, pde ofrecer a lo um dte que maoraia sua svaco finance sem a necsidade de taboo paraiso. Leia 0 texto com atengao: Ha anos raiou no céu fluminense uma nova estrela. Descle o momento de sua ascensao ninguém the disputou 0 cetro; foi proclamada a rainha dos salées. Tornou-se deusa dos bailes; a musa dos poetas e o fdolo dos noives em dis ponibilidade. Era rica e formosa. Duas opuléncias, que se realcam como a flor em vaso de alabastro; dois esplendores que se refletem, como o raio de sol no prisma do diamante. 12-9 OBJETIVO Dé uma caracteristica da linguagem de Alencar. Seu esl & rico claro, a linguogem & decomatiiae exuberante, abusando dos ajtivese das comparaces, princpalmente na descriao das elementos da nature. KEI Qual ¢ 0 significado da expresso metaférica “Ha anos raiou no céu fluminense uma nova estrela"? ‘expresso “Ha anos aio no céufuminense uma nova esl" se reprta rmetaforicamente d ascensdo da personagem Aurélia Camargo @ alta socie- dade Corte do Rio de Janeiro na época do Segundo Reinado, Exerc! s-Tarefa EI Levando em conta a afirmagao de que os primeitos ro- mances editados no Brasil estao marcados pelo predomi- niio do aspecto folhetinesco, responda as questdes. a) O que & folhetim? Resolugao: Folhetim é o romance publicado em capitulos, diariamen- te, nos jomais, como hoje a novela na televisao. b) Quais sao as caracteristicas de um enredo folhetinesco? Resolugao: Nos primeitos folhetins brasileiros predomina a narrativa entrada na tensdo bem versus mal, com personagens li- neates (her6i versus vildo) ¢ intengao moralizante. Texto para os testes 2 ¢ 3: O sarau Um sarau & 0 bocado mais delicioso que temos, de te Ihado abaixo. Fm um sarau todo © mundo tem que fazer. O diplomata ajusta, com o copo de champanha na mio, (0s mais intrincados negécios; todos murmuram ¢ nao ha quem deixe de ser murmurado. O vetho lembra-se dos mi- rnuetes e das cantigas do seu tempo, ¢ 0 moco goza todos os regalos da sua época; as mogas so no sarau como as estrelas no céu; estdo no seu elemento; aqui uma, cantan- do suave cavatina [pequena ria simples), eleva-se vaido- sa nas asas dos aplausos (...) daf a pouco véo outras, pelos bragos de seus pares, se deslizando pela sala e marchando ‘em seu passeio, mais a compasso que qualquer de nossos hatalhées da guarda nacional, a0 mesmo tempo em que conversam sempre sobre objetos inocentes, que mover olhaduras ¢ risadinhas apreciaveis. (...) Ali vé-se um atavia- do dandi homem que se veste com extremo apuro, almo- fadinha] que dirige mil finezas a uma senhora idosa, tendo 08 olhos pregados na sinhd, que senta-se ao seu lado. Fi- nalmente, no sarau ndo é essencial ter cabeca nem boca, porque, para alguns 6 regra, durante ele, pensar pelos pés ¢ falar com os olhos. (...) Uoaquim Manuel de Macedo, A Moreninha, cap. XVI) Bi Assinale a alternativa incorreta, a) No sarau, nem todos tém seus interesses voltados para uma atividade cultural ou de lazer. b) As personagens e o cenario pertencem a burguesia em ascensao. ¢) Os comentarios sobre a vida alheia eram longamente praticados durante o sarau. ) Existe uma separagao entre as preferéncias ¢ os com- portamentos dos jovens e dos mais velhos. ) As mogas se sentiam desiocadas e constrangidas no ‘sarau, pois eram observadas 0 tempo todo. Resolugao: sarau oferecia as mogas da época a oportunidade de conhecer outras pessoas e de ficarem conhecidas na so- ciedade burguesa. Era por meio de saraus que muitas co- nheciam seus pretendentes. Ademais, como visto no texto, havia outros interesses envolvendo os participantes dessas reunides. Resposta: E Ell O narrador do texto caracteriza-se por a) ser de primeira pessoa, participando do sarau com muita discrigao. b) adotar um tom sentimental, colocando em primeiro, plano os encontros amorosos ocorridos no sarau. ¢) ser de tercelra pessoa, colocando-se como um obser- vador que omite sua opinido. 4) apresentar um tom sarcastic, transmitindo ao leitor uma visao irénica e critica do comportamento das perso- nagens durante 0 sarau ) narrar de forma imparcial, inteiramente votado para as personagens, cujo comportamento & narrado de forma idealizada Resolugao: Joaquim Manuel de Macedo tece um retrato mordaz da sociedade burguesa e revela, de forma irdnica, suas rela- ‘9Ges pautadas por interesses e segundas intengées. Resposta: D Texto para os testes 4e 5: Seixas aproximou-se do toucador, levado por indefint- vel impulso; ¢ entrou a contemplar minuciosamente os ob- jetos colocados em cima da mesa de marmore; lavares de marfim, vasos e grupos de porcelana fosca, tacas de cristal Iapidado, joias do mais apurado gosto. A proporcao que se absorvia nesse exame, ia como res surgindo a sua existéncia anterior, a que vivera até 0 mo- mento do cataclismo que o submergira. Sentia-se renascer para esse fino e delicado materialismo, que tinha para seu espirito aristocrético tao poderosa seducao e tao meiga vo- Juptuosidade. Todos esses mimos da arte pareciam-Ihe estranhos & despertavam nele ignotas emog6es; tal era o abismo que 0 separava do recente passado. Era com uma sofreguidao pu- eril que os examinava um por um, néo sabendo em qual se fixar. Fazia cintilaros brithantes aos raios de luz; e aspirava a fragrancia que se exalava dos frascos de perfume com um inefavel prazer. Nessa fitil ocupagdo demorou-se tempo esquecido, Porventura sua meméria atraida pelas reminiscéncias que suscitavam objetos idénticos a esses, remontava o curso de sua existéncia, e descendo-o, depois otrazia aquela noite fa- tal em que se achava e & pungente realidade desse momento. Recuou com um gesto de repulsao. osé de Alencar, Senhora) El (Fatec — SP) Considerando este trecho no contexto da obra a que pertence, 6 correto afirmar que, nele, a perso- nagem Femando Seixas a) rejeita os objetos que o cercam porque deseja con- quistar posigao elevada em ambientes mais refinados. b) da-se conta de que aqueles objetos, que tanto valori- Zara, nesse momento eram a comprovagao dos erros que Praticara, ¢) experimenta o fascinio por objetos luxuosos que nao 0 seus © decide lutar para conseguir possui-os. d) sente renascer nele a revolta por ndo dispor de meios econémicos para possuir objetos luxuosos. ) relembra infantimente sua existéncia anterior, quando podia usutruir do luxo que agora perdia, e lamenta sua si- tuagao atual Resolugao: O fragmento, extraido do primeiro capitulo da terceira par- te do romance, inttulada “Posse, ocorre no momento alto da crise entre Aurélia Camargo © Femando Seixas, quan- do este pée em questao valores e comportamentos que 0 encaminharam para o “cataclismo que o submergira Resposta: B Ell (Fatec - SP) A depreciago do narrador quanto & atitude de Fernando Seixas com os objetos do toucador revela-se no(s) termo(s) a) “cataclismo” b) “fino e delicado materialismo”. €) “ignotas emogées" 4) “futil ocupagao”. ) “indefinivel impulso”. Resolucé A Ginica qualificagao que se pode dizer depreciativa, por parte do narrador, quanto a atitude de Fernando diante dos objetos de luxo, encontra-se no adjetivo fit! (-vao, frivolo, leviano’) da expressao apresentada na altemativa D. Resposta: D 9 OBJETIVO - 13 Portugués As questées que se seguem baselam-se na obra /ra- coma, de José de Alencar. Texto para as questées de 1a5. Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema lracema, a virgem dos labios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da gratina e mais lon- gos que seu talhe de palmeira. O favo da jati nao era dace como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu halito perfu- mado. ‘Mais répida que a ema selvagem, a morena vir gem corria o sertao e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nacao tabajara. O pé gracil e nu, mal rocando, alisava apenas a verde peld- Cia que vestia a terra com as primeiras aguas. (José de Alencar, Iracema) EB Assinale a alternativa correta sobre a descrigao de lracema. A caracterizagso feta da personagem é toda baseada ‘Sm metéforas e comparagées entre a india e elementos da paisagem brasileira b) lracema é apresentada de maneira erstica e sensual, isenta de idealizacao. ¢) Alencar registra, objetivamente, o modo de vida dos indios na época do descobrimento. 4) A caracterizacao da personagem indigena 6 baseada na imagem de Nossa Senhora. €) O autor sugere uma estreita relagao entre lracema ea civilizagao do homem branco. Bil Qual a intengdo de José de Alencar ao empregar ter- mos indigenas em sua obra? Defender 0 uso de uma “lingua brasileira’. 5) Introduzir o tupi como lingua oficial do Brasil ¢) Conferir um toque realista a obra. 4) Satirizar a lingua portuguesa falada no Brasil €) Surpreender o leitor pelo seu virtuosismo linguistico. IEEE No texto acima, percebemos constantes compara- Ges entre atributos fisicos da personagem e elementos da paisagem brasileira. Esse procedimento tem como feito a) apresentar a personagem negativamente como selva- jem, feroz, agressiva sugerir a integragao entre a india € o seu ambiente fatural ¢) rebaixar a protagonista diante da grandiosidade de nossa natureza. 14-99 OBJETIVO 1.° série do Ensino Médio Frente 2 — Andlise de Textos d) mostrar a perfeita adaptagao do europeu ao nosso ambiente e) dissociar os elementos fisicos dos psicolégicos. Como obra romantica, fracema apresenta o costume de idealizar ou, pelo menos, “enfeitar’ a realidade. Aponte a altemativa em que tal procedimento nao ocorre: a) ‘a virgem dos labios de mel" b) “O favo da jati nao era doce como seu sortiso” ©) °O pé gracil e nu” ‘alisava [...] a verde pelicia que ve: ‘0 pino do sol” atera” EF duais caracteristicas o texto transcrito apresenta que podem ser consideradas eminentemente nacionais? A personagem que dé titulo oo romance Fracema é uma indi, © autor emprego termosindigenas eo cenério fauna ea flora sé tipcomente brasieios. Gl A que contextos espaciais opostos, no cenario brasi- leiro, pertencem Martim e lracema? Trace, vigem des flrestes, et inseridano interior da selva ainda nd invodda pelos broncos; Mari, oinvso, erence regio itorénea em {que o europeu jd tem presenca marcante Texto para a questao 7. Diante dela ¢ todo a contemplé-la, esti um guerrei- 10 estranho, se & guerreiro e nao algum mau espirito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam ‘omar; nos olhos o azul triste das Aguas profundas. Igno- tas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe 0 corpo. Foi rapido, como o olhar, o gesto de lracema. A fle- cha embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbu- ham na face do desconhecido, (losé de Alencar, fracema) Existe um trago da descrigao fisica de Martim que ja indicia o saudosismo da patria que caracterizaré seu com- portamento durante todo 0 livre. Indique-o (“azul iste dos gus profundas que hi nos ols de Marti é¢ ums in dicago da saudade que ena de seu po, de su sociedade, da vid ci rae Ell Todas as afirmativas sao verdadeiras quanto a obra Iracema, de José de Alencar, exceto: a) O titulo da obra pode ser considerado anagrama de América, indicio de carater nativista lracema e Martim representam, respectivamente, o Taundo civilizado e o mundo selvagem. ¢) A amostragem da formagao da na¢do brasileira ¢ 0 propésito da construcao da narrativa. d) O nome da personagem Moaci Martim, significa “filho do sofriment: filho de Iracema e ) Poti, como “bom selvagem’, representa a integridade do indigena. EI Leia o texto a seguir, em que José de Alencar crtica a vi ‘so dos cronistas europeus sobre os indigenas: Os historiadores, cronistas e viajantes da primeira época, se nao de todo o perfodo colonial, devem ser lidos & luz de uma critica severa (...) Homens cultos, filhos de uma sociedade velha e curtida por longo tra to de séculos, queriam esses forasteiros achar nos in- digenas de um mundo novo e segregado da civilizagao universal uma perfeita conformidade de ideias e costumes. Apesar de sua visdo erica, Alencar, em Iracema, adota a mesma atitude, quando: a) apresenta metaforicamente o indio como representan- te do homem brasileiro. b) atribui as personagens indigenas um comportamento baseado em cédigos europeus. ) recupera para a literatura a meméria da fauna, da flora ¢ da toponimia indigenas. d) tenta ser fiel ao espirito da lingua indigena na compo- sigao das imagens. Resolugao: Em lracema, José de Alencar constrdi a figura do indio a partir do cédigo moral do branco europeu. Resposta: B BE Caracterize o movimento ao qual esta associada a vi- a0 que Alencar apresenta do indio brasileiro. Resolugao: A visao idealizada do indio, presente no texto de Alencar, 6 propria do nosso Romantismo, que queria fundar um mito da origem da nacionalidade brasileira, entendido como fruto da mistura entre 0 europeu aqui chegado e 0 nativo. Este teria qualidades tao elevadas quanto as da- quele. Na verdade, tais atributos sao idealizados, pois obedecem a um cédigo de conduta que nao é a do nativo da América, mas da fidalguia da Europa, Texto para a questo 3. Ao romancear mitos fundadores para o pais (..), Alencar deu novo tom as letras de seu tempo. (...) Dat a incorporagao de brasileirismos, de termos indigenas € construgées de frases diferentes do portugués euro peu. (...) Com isso, foi protagonista da primeira polé- ‘mica inflamada em torno da autonomia da variante brasileira ante a matriz europeia da lingua portugue- sa, (...) O grande bate-boca veio com 0 critico portu- gués Pinheiro Chagas, literato menor, para quem o texto alencariano era descuidado, desleixado e cheio de erros de portugués. (“Iracema foi s6 0 estopim”, In: Lingua Portuguesa Especial Literatura e Vestibular, 2008, p. 25) EEE Comente, sucintamente, a importancia de José de Alencar para um uso mais brasileiro da lingua portuguesa. Resolugao: Na linguagem e no estilo de José de Alencar residem a sua forga e uma de suas contribuiges mais importantes para a nossa literatura. Promoveu um uso mais brasileiro da lingua portuguesa pelo aproveitamento de vocabulos, expressées ¢ fraseados nacionais. Desse ponto de vista decorre o estilo e a linguagem de seus livros. Enriqueceu a nossa lingua literdtia de indmeros brasileirismos, deu a uma cadéncia tropical 9 OBJETIVO - 15 El Sobre Iracema, de José de Alencar, assir posig6es verdadeiras (V) e as falsas (F). (__) Marti ¢ Iracema sao protagonistas de uma triste histéria de amor. (__) lracema e Martim representam elementos que fize- ram parte da colonizagao do Brasil (__) Ha acposigao de dois mundos em Iracema: a velha civilizagao europeia e o Novo Mundo da América. (__ ) Iracema, anagrama de América, é a representacao do que sucumbira com a presenga do homem branco, re- presentado por Martim. () Moar, flho do casal, representa o primeiro brasileiro, ale as pro- Resolugao: Todas as afirmagées sao verdadeiras. EH Leia o excerto seguinte: Trés entes respiram sobre o fragil lenho que vai singrando veloce, mar em fora. ‘Um jovem guerreito cuja tez branca ndo cora 0 sangue americano; uma crianca e um rafeiro que vi- ram a luz no berco das florestas e brincam irmaos, fi- Ihos ambos da mesma terra selvagem. A lufada intermitente traz da praia um eco vibran- te, que ressoa entre o marulho das vagas: Iracema! ‘Assinale a alternativa que completa as lacunas sequintes: ‘O nome da personagem ausente, que da titulo ao livro, explicitado, mas so omitidos 0 nome da crianga, ue significa “fiho da minha dor’ e re- presenta o primeiro futo da miscigenagao, e 0 nome do ho- mem branco, . personagem histérico que participou do processo de povoamento do Ceara. a) Moacir / Martim ) Caubi / Alvaro b) Moacir/D. Anténio _—_e) Peri/ Estacio ©) Poti / Martim Resolugao: Respectivamente, as lacunas so preenchidas com os nomes das personagens Moacir e Mattim. Resposta: A 16-9 OBJETIVO [Gl Por sua tematica e linguagem, /racema, de José de Alencar, pode ser inserida no quadro de obras representati- vas do Romantismo brasileiro. Explique por que. Resolucao: José de Alencar procurou empregar uma linguagem me- ros lusitana e mais brasileira, misturando ao portugués ter- mos indigenas. Além disso, 0 romance aborda o periodo de povoamento ou formagao do Ceara, ou seja, procura um tema ligado a "cor local". Para culminar, ter como pro- tagonista uma nativa, considerada representante possivel do mito do "bom selvagem" de Rousseau Portugués El (Fatec - 2008) Assinale a alternativa em que é obser- vada a norma culta de concordancia, regéncia e emprego de pronomes. 1a) Ha uma porta para um mundo virtual, o qual os internau- tas gostam e nele vive uma vida paralela. b) Pode existir mundos povoados por avatares, os quais 1ndo 6 permitido a baixa autoestima @ Trata-se de verdadeiras materializagées de imagens Projetadas, as quais se encontram fora da mente das pes- soas; chamam-nas de avatares. d) A psicanalise detectou, fazem muitos anos, a essa pratica, cuja 6 comum a varias pessoas. €) E possivel haverem pessoas que aspiram ser fortes atraentes ou, até, personagem de desenho animado. Eimbora nao se poss dizer que alternativa¢esteja bem redid, ela ndo transgride «norma cua. As demas, sim: a) o qual esté por do qua, nele porno quale vive por vive; b) pode est po podem, os quaispor aos quas «permit por permit, d) fazem est por fz, a essa por essa, cujapor que e dpor oe) haverem est por haver,asiram ser por aspiam a sere personagem por personagens. Bd Complete as lacunas, escolhendo uma das respostas entre parénteses. a) Todo cidadao ansoia__Pélt_iberdade. (pela —a) b) Aspirava__° __pé do caminho. (o — ao) ¢) Aspirava__9UM cargo piiblico. (um —a um) ) Aspiramos___9 __delicado aroma das flores das laranjeiras. (0 - a0) €) Assisti___®% __filme de Fellini, (o — ao) f) Omédico assistia__00s/0s 9) Nao_he pacientes. (0s —aos) assiste esse direito. (0 - Ihe) h) Atualmente ele assiste__° _ Sao Paulo. (a—em) El (UFPR) Assinale a aterativa que substitu correta- mente as palavras destacadas. 1. Assistimos a inauguragao da piscina 2. O governo assiste os flagelados. 3. Ele aspirava a uma posigo de maior destaque. 4. Ele aspira o aroma das flores O aluno obedece aos mestres. a) the, 05, a ela, aele, hes @)acla, os, aa, o, hes ) ala, 0s, a, ale, os 4d) acta, ales, the, the, thes e) the, ales, ala o, hes 2.° série do Ensino Médio Frente 1 — Gramatica El Complete as lacunas com os pronomes relativos que, quem ou culola), precedidos, quando necessatio, da pre- posigéo adequada. a) Odiploma__ ave b) Oar we era saudavel. aspiro 6 dificil de obter. aspiravamos sob as araucérias ¢) Atranquilidade___P®T@®__todos anseiam parece uma ilusdo d) Oator, 940 __epresentagao assisti, foi mul- to elogiado. ©) Afazenda aque ime dirigi era produtiva. f) O tivo deque me esqueci ficou sobre a mesa 9) As pessoas de quem me lembro nao sao muitas. h) Hafatos que nunca esquecemos. Ell Compiete as lacunas, escolhendo uma das respostas. a) Voltei __®__banco para apanhar o talao de cheques. (a0— no) b) Irei a sua casa mais cedo. (a—na) €) Vocé vai__®__teatro? (a0 — no) d) Lembrei mn caso muito curioso. (um—de um) ©) Lombretme_4¢ Um _ caso muito curso. (um—de um) f) Esqueci___° livros sobre a mesa. (os — dos) g) Esqueci-me 45 _jivros sobre amesa. (os - dos) h) Informo-o___deque__isto nao é possivel. (que —de que) 1) Informo-the _#_ isto nao é possivel. (que - de que) i) Previna os motoristas do fechamento dos postos. (os - aos) k) Previna 0s motoristas o fechamento dos postos. (05 — aos) 1) Aviso.__®°__ de que ndo aceitarao deciaragées rasuradas. (0 — Ihe) m) Aviso-__Ihe que nao aceitarao declaragdes rasura- das. (0 - the) n) Perdoara amigo. © (a—a)ofensa__ _(o- a0) 0) Paguei (a—a) consulta__9 _ (0 ~ ao) médico. P) Prefiro cinema a teatro, (a — do que) 9 OBJETIVO - 17 Gl Preencha os espacos com a, as, a ou as. a) Ditija-se a segdo pessoal ¢ solicite a encarregada 0 numero do proceso 1 ___ que se deve juntar este documento. b) No territério nacional, as estatisticas demonstram que uma pessoa sucumbe cada trinta minutos tuberculose. ©) Va a agéncia mais proxima e envie es- ses envelopes és outras agéncias 0 mais rapido possivel. d) Nao interessa__9_ninguém sua opiniao. ) Visou 4 salvacao das almas. f) Voltou a ‘casa pata pegar 0 dinheiro. 9) Chegou___® _tempo para a aula de Portugués. h) Fomos__@ __casa de Joao, mas ele nao estava, i) Opis foi atirado © distancia, 1) Ele estava___& distancia de cinco metros k) Sai de casa, ontem ___¢ noite, para assistir a queima de fogos I) Refiro-me __@__certas pessoas indiscretas. m) Todos foram __@__ Madi nas férias. n) Comegou _0_chover ¢ eu nao poderei voltar 4 ‘casa de meus tios. ©) Deverei ir 4 Inglaterra ou. Dinamarca no préximo ano ) Nao se esqueca de chegar q) Acasa do amigo ficava a da igreja. casa cedo. poucos metros (FEI) Assinale a alternativa que preenche correta- mente as lacunas das frases abaixo: Vossa Senhora casa das maquinas. toda pessoa estranha. qual aspiro & almejada por L. Enviei dois oficios I. Dirigiam-se II Aentrada é vedada, IV. A carreira muitos. V. Esta tapegatia é semethante nossa. d) a-a-a-a-a e) a-a-a-a-a Ell (Vunesp) Quem obedece leis de transi. to, além de nao estar sujeito mmultas, evita, com mais probabilidade, ser levado pressas um hospital. @éas-a-as-a b) as—a-as— ¢) as-a—as—a 18-9 OBJETIVO d) as—a—as—a ©) as— -as-a Ell (Univ. Fed. Santa Maria — RS) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas da frase: Nesta oportunidade, volto referir-me problemas j4 expostos alguns dias. d) A-aqueles—a-a e) a—aqueles—a—ha V.Sa a) a—aqueles—a—ha @)a-aqueles - a-ha €) a—aqueles—a—a ED (Fuvest— SP) 0 progresso chegou inesperadamente sublirbio. Daqui poucos anos, nenhum de seus moradores se lembrard mais das casinhas que, ‘io pouco tempo, marca- vam a paisagem familiar. a) aquele-a-a b) aquele -a—h ©) aquele-a-a @ aauete—a-na €) aquele—a—ha Exercicios-Tarefa El (FPR) — Em qual das alternativas a regéncia verbal esta incorreta? a) Prefiro softer injustigas do que pratica-tas. b) Assisti a um jogo de futebol. ¢) Amar a Deus sobre todas as coisas. ) Aonde voce ira domingo? e) Sempre se esforgou por fugir A mediocridade. Resolug: O verbo preferirrege a preposicao a: Prefiro sofrerinjusti- gas a praticé-las. Resposta: A EB Aponte a alternativa errada. a) Muitos operarios visavam a uma vida melhor. b) Cheguei ao Consulado muito tarde. ¢) As tuas respostas nao procedem. d) O velho senhor de preto nao conseguiu visar 0 passaporte. e) Avisei meus filhos que nao faria a viagem. Resolugao: O verbo avisaré transitivo direto ¢ indireto. Seu objeto di- reto € meus filhos eo objeto indireto (sempre preposicio- nado) é oracional: de que nao faria a viagem. Resposta: E (de que nao faria...) Ell Opronome que, devidamente empregado, 6 nao se- ria regido de preposi¢ao na op¢ao: a) As falhas te referiste sdo muitas. b) Ofilme assistimos juntos saiu de cartaz. ©) Tocaram no assunto estiveste interessado. d) Nao sei o nome do livro tanto gostas. e) Oanel___tanto queres & de brilhante e ouro branco, Resolugao: Em ae b, a lacuna 6 corretamente preenchida por a que, porque os verbos referire assistir egem a preposi¢ao a Em ¢, interessado rege a preposigéo em: em que esti- veste interessado. Em 0, 0 verbo gostar rege a preposi- 40 de: de que tanto gostas. Em @, 0 verbo querer, significando desejar, & transitivo direto e, por isso, nao rege preposicao: O anel que tanto queres.. Resposta: E Tl (UN-SP) A regéncia verbal esta errada em: a) Esqueceu-se do endereco. b) Nao simpatizei com ele. ¢) O filme a que assistimos foi étimo. 4d) Faltou-me completar aquela pagina ©) Aspiro um alto cargo politico. Resolugéo: verbo aspirar significando “desejar, almejar, pretender, querer” & transitivo indireto @ rege a preposigao a. Resposta: E El A trase que apresenta erro de regéncia do verbo assistir6: a) Nao fui ver o filme, embora quisesse assistir-he b) Nao Ihe assiste o direito de humilhar ninguém. ¢) Ele assiste as aulas sempre com muita seriedade. 4) Aqueles médicos assistem os doentes com dedicagao. «) Assistiu aos jogos da Selegao sem nenhum entusiasmo, Resolugac verbo assistr significando “ver, presenciar”é transitive inditeto, rege a preposigao a, mas nao admite o pronome Ihe como objeto indireto, Corrigindo a frase, tem-se: Nao fui vero filme, embora quisesse assistira ele. Resposta: A (assistir a ele...) El Complete os espacos com a, as, a, as. a) Approva comegara aS _cito horas. b) Percorremos os EUA de costa_a_ costa. ¢) Na préxima esquina, vire__& _ esquerda. d) _A__ noite, todos os gatos sao pardos. €) Nao vamos embora, afinal a _ noite ainda é uma crianga, 4) Ele sempre uscu costeletas _A__ Elvis Presley. 4) As inscrig6es para o vestibular comegam_a_ partir de setembro, h) “Saudade, diga foi sincero meu amor. ) Diga _@_ela que estamos com saudade. }) Com relagio __a/A _ nossa proposta, estamos a__ esperar resposta. k) Amulher__@ __quenosreferimosesté_a _direita. ) Essa roupa é igual____ que usamos no desfile passado, m) Iremos Resolugao: 2) s olto horas — locugao adverbial feminina ‘esse mogo, por favor, como Bahia, depois Santa Catarina. b) de costa a costa — apenas preposi¢ao entre palavras, repetidas €) A esquerda — locugao adverbial feminina 4) & noite — locugdo adverbial feminina €) a noite ~ apenas artigo, sujeito da oragao f) 4 Elvis Presley — fica subentendida a palavra moda ou maneira. 9) a pattir— antes de verbo emprega-se preposigao. hh) a esse ogo —palavra masculina nao admite artigo fe- minino. a.ela- pronome pessoal reto nao admite artigo. j) a(ou a) nossa proposta - crase facultativa antes de pro- nome possessivo feminino/ a esperar— verbo nao admite attigo. k) a que — referir-se rege a preposigao a, o pronome relati- Vo que nao admite artigo / é direita —locugao adverbial fe- minina. 1) a que — 0 regente igual admite a preposigao a, que se funde ao pronome demonstrativo a (=aquela). m) 4 Bahia/ a Santa Catarina — 0 verbo irrege a preposi- 40 ae 0 substantivo feminino Bahia admite artigo a; San- ta Catarina nao admite artigo. Use o acento grave indicador de crase nos pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo, caso seja necessario. a) Entregue tudo aquele rapaz de azul. b) Veja aquelas provas de que Ihe fale €) Sao processos relatives aqueles novos clientes. Resolugao: 4) aquele — O verbo entregaré transitvo direto ¢ indireto Seu objeto direto é tudo eo indireto & aquele rapaz de azul, om que a preposi¢ao a, exigida pelo verbo, fun- diu-se ao fonema a do pronome demonstrativo aquele. b) aquelas — Nao ocorre crase porque 0 verbo ver nao rege preposigao. ¢) aqueles —O adjetivo relativo rege a preposigao a, que se funde ao fonema a do pronome demonstrative aqueles. [El ((7A) Assinale a alterativa que preenche correta- mente as lacunas. Quando ___ dois dias disse ela que ia italia para concluir meus estudos, pos-se a) a—a-a-a d) ha-a-a—a b) ha-a-a-a e) ha—a-a-a ©) a- Resolugao: Emprega-se o verbo haver na indicagao de tempo decor- rido @ apenas preposi¢ao nas duas lacunas seguintes, Porque nem o pronome pessoal reto ela, nem o verbo chorar admitem artigo. Resposta: D chorar. a- 9 OBJETIVO - 19 Portugués AULA1 LINGUAGEM FIGURADA E CARTA Texto para as questées 1,2e3: Desde pequeno, tive tendéncia para personif- car as coisas. Tia Tula, que achava que morma¢o fazia mal, sempre gritava: "Vem pra dentro, menino, olha 0 mormago!" Mas eu ouvia 0 mormago com M 5 maitisculo. Mormago, para mim, era um velho que pegava criangas! la pra dentro logo. E ainda hoje, quando leio que alguém se viu perseguido pelo cla- mor puiblico, vejo com estes olhos 0 Sr. Clamor Pu- blico, magro, arquejante, de preto, brandindo um ta guarda-chuva, com um gogé protuberante que se abaixa e levanta no excitamento da perseguicao. E Jd estava devidamente grandezinho, pois devia con- tar uns trinta anos, quando me fui, com um grupo de colegas, a ver o langamento da pedra funda mental da ponte Uruguaiana-Libres, ocasiao de grandes solenidades, com os presidentes Justo Gettlio, e gente muita, tanto assim que fomos aloja- dos os do meu grupo num casardo que creio fosse a Prefeitura, com os demais jomalistas do Brasil ¢ Argentina. Era como um alojamento de quartel, com breve espaco entre as camas e todas as portas e Janelas abertas, tudo com os alegres incémodos duvidosos encantos de uma coletividade democrati- ca. Pois Id pelas tantas da noite, como eu pressen- tisse, em meu entredormir, um vulto junto a minha 25 cama, sentei-me estremunhado* @ olhei aténito para um tipo de chiru", ali parado, de bigodes cai- dos, pala pendente e chapéu descido sobre os olhos. Diante da minha muda interrogagao, ele re- solveu explicar-se, com a devida calma: 30 —Pois é! Nao vé que eu sou o serene. Mario Quintana. As com melhores erénicas brasileiras. 20 *Glossari estremunhado: mal acordado, chiru: que ou aquele que tem pele morena, tragos acabo- clados (regionalismo: sul do Brasil). Ell (Fuvest) No inicio do texto, 0 autor declara sua “ten- déncia para personificar as coisas". Tal tendéncia se ma- nifesta na persoriticagao dos seguintes elementos: a) Tia Tula, Justo © Getilio. ©) mormago, clamor puiblico, sereno. €) magro, arquejante, preto. 4) colegas, jornalistas, presidentes €) vulto, chiru, criangas. 20 - 9 OBJETIVO 2.° série do Ensino Médio Frente 1 - Redacdo A personitcago dos elements "mormacs, evidenci pels expresses ‘mormaco para mim era um veh, clamor pablo serena" se 5. amor Piblico” e “eu sou o sereno” Bi (Fuvest) Considerando que ‘silepse é a concordancia que se faz ndo com a forma gramatical das palavras, mas com seu sentido, com aidela que elas representam’, indique 0 fragmento em que essa figura de linguagem se manifesta a) “olha 0 mormago’ ) “pois devia contar uns trinta anos’ @) “tomes alojados os do meu grupo" 4) “com os demais joralistas do Brasi e) “pala pendente e chapéu descido sobre os olhos" 0 verbo em primeira pessoa do purl foros concord como neo do sujet os (= aqueles) de tercer pessoa, A concordnciaideogica for en- tender que oemisor indu-se entre o que foram aloes Ell (Fuvest) No contexto em que ocorre, a frase "estava devidamente grandezinho, pois devia contar uns trinta anos’ (L. 12 6 13) constitui a) recurso expressivo que produz incoeréncia, uma vez que nao se usa 0 adjetivo “grande" no diminutivo. b) exemplo de linguagem regional, que se manifesta também em outras partes do texto, como na palavra “brandind ©) expressao de nonsense (linguagem surreal, ildgica), que, por sinal, ocorre também quando o autor afirma ouvir 0. Mmaitisculo de *mormago". @ manitestagdo de humor irénico, o qual, aliés, corres- onde ao tom predominante no texto. ) parte do sonho que esta sendo narrado e que é revela- do apenas no final do texto, principalmente no trecho "em meu entredormi (O fom do texto & de humor iréico,estando a irona, no caso, no atrbuto “devidamente grandezinh’,oplicado a um homem de “uns trina anos. Texto para a questao Jé agora te sigo a toda parte, @ fe desejo e te perco, estou completo, ‘me destino, me fago tao sublime, to natural e cheio de segredos, to firme, tdo fiel.. Tal uma lamina, © povo, meu poema, te atravessa. Carlos D. de Andrade Hl 0 poema acima sé nao contém a seguinte figura de linguagem: a) polissindeto d) comparagio b) anafora @ siepse ¢) elipse do sujeito Polisindeto na repetcio da conjunc o; andfora na repetcao de me, tee ‘ao; elipse do sujeito na omissdo do eu em sigo, perco, estou e faco; compa- racdo em “tal uma lémina" = como uma lamina, Texto para a questo 5: Um coqueiro, vendo-me inquieto @ adivinhando a causa, murmurou de cima de si que nao era feio que os meninos de quinze anos andassem nos cantos com as meninas de quatorze; a0 contrério, os adolescentes da- quela idade néo tinham outro oficio, nem os cantos ou- tra utilidade. Machado de Assis Ed Otrecho apresenta as seguintes figuras: a) antitese e polissindeto @ prosopopeia e zougma €) silepse @ assindeto ) metafora ¢ elipse ©) anafora e inverséo {nem os cantos tinham outra utilidade) El (Fuvest) 0 anacoluto (quebra da estruturagao ligica da frase), presente no proverbio “Quem ama feio, bonito the parece”, também se verifica em @ Quem o mal deseja ao seu vizinho, vem o seu pelo aminho. b) Quem anda sem dinheiro, nao atranja companheiro. 6) Quem com ferro fere, com ferro sera ferido. d) Quem anda depressa é quem mais tropega ) Quem com o demo anda, com o demo acaba. 0 anacoot que se defini melhor como quebradaestutraco sin «cada frase care tanto na fase opresentadano caput da questo quanto nacllernativa «porque o quem, equivalente a “aquel que, sie dap mira oa, fz na segunda o papel de objeto indreta Texto pi as questées 7 ¢ 8: Belo Horizonte, 28 de julho de 1942 Meu caro Mério, Estou te escrevendo rapidamente, se bem que haja muitissima coisa que eu quero te falar (a respeito da Conferéncia que acabei de ler agora). Ver-me uma vontade imensa de desabafar com vocé tudo o que ela me fez sentir. Mas & longo, ndo tenho 0 direito de tomar seu tempo e te chatear. Fernando Sabino (Fuvest) Neste trecho de uma carta de Fernando Sa- bino a Mario de Andrade, o emprego de linguagem infor- mal é bem evidente em a) “se bem que haja’ b) “que acabei de ler agora’ ) “Ver-me uma vontade” d) “tudo o que ela me fez sentir’ @ ‘tomar seu tempo e te chatear’ A mstura de pronomes de segunda pessoa ("te") erceira ("seu") €tipica a linguagem cologuial brasileira. Ell (Fuvest) No texto, o conectivo “se bem que" estabele- ce rolagao de a) conformidade. b) condigao. © concessao. 4) alternancia. €) consequéncia. 0 send cncessivo se comprova com a substi de “se bam que por cembor,opesr de Texto para as questdes 90 1 Sr. Prefeito, junte-se anos na luta contra a dengue. A sua participacao é fundamental. A dengue & um dos grandes desatios que enfrentamos nna rea de saiide no Brasil, mas, felizmente, ¢ possivel controlé-la, Para isso, @ necessario que os governos estaduais © municipais e 0 governo federal trabalhem juntos. Nesse sentido, @ sua atuago como prefeito é fundamental. Organize mutirdes, envolvendo lideres comunitarios da sua cidade, para lutar contra a dengue. No site www.combatadengue.com.br ha todas as informagées necessérias para auxilié-lo, inclusive com materiais para download de uso livre. A mobilizagéo social é a chave para o sucesso no combate dengue. Moto BB STE, da Saude a BRASIL. Ministério da Satide. Revista Nordeste, Joao Pessoa, ano 3.n, 35. maio/jun. 2009. Ell (Enem) 0 texto exemplifica um género textual hibrido entre carta e publicidade oficial. Em seu contetido, & pos- sivel perceber aspectos relacionados a géneros digitais Considerando-se a fungao social das informagdes gora- das nos sistemas de comunicagao e informagao presen- tes no texto, infere-se que a) a.utilzagao do termo downloadindica restrigao de leitura de informagées a respeito de formas de combate A dengue b) adiversidade dos sistemas de comunicagao emprega- dos e mencionados reduz a possibilidade de acesso as in- formagées a respeito do combate a dengue. €) a.utiizacao do material disponibilizado para download no site www.combatadengue.com.br restringe-se a0 re- ceptor da publicidade. @)a necessidade de atingir publicos distintos se revela or meio da estratégia de disponibilizagao de informa- Ges empregada pelo emissor. e) autlizacao desse género textual compreende, no pré- prio texto, 0 detalhamento de informagGes a respeito de formas de combate a dengue. A vilizaéo da internet como meio de dispri “ecesidade de tng bles ditints” liza informagées atende & 92 OBJETIVO - 21 (Enem) Diante dos recursos argumentativos utiliza- dos, depreende-se que o texto apresentado a) se dirige aos lideres comunitarios para tomarem a ini- clativa de combater a dengue. 'b) conclama toda a populagdo a partcipar das estratégias de combate ao mosquito da dengue. @)s° dirige aos prefeitos, conclamando-os a organiza- Tem iniciativas de combate a dengue. 4) tem como objetivo ensinar os procedimentos técnicos necessarios para o combate ao mosquito da dengue. @) apela ao governo federal para que dé apoio aos govenos estatuais e municipals no combate ao mosquito da dengue. (texto se diigo, explcitamento, aos prefeitos, como jd se percebe pelo vo «cativo inicial CANGAO DO EXiLIO Minha terra tem palmeiras, Onde canta 0 Sabid; As aves, que aqui gorjeiam, Nao gorjeiam como 14 Nosso céu tem mais estrelas, Nossas varzeas tém mais flores, Nossos bosques t8m mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, a noite, Mais prazer encontro eu Id; Minha terra tem palmeiras, Onde canta 0 Sabi. Minha terra tem primores, Que tais nao encontro eu cé; Em cismar- sozinho, & noite — Mais prazer encontro eu ld; Minha terra tem paimeiras, Onde canta o Sabia No permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para Id; ‘Sem que destrute os primores Que no encontro pro ca: ‘Sem qu’ inda aviste as palmeiras, Onde canta 0 Sabia. In: Obra Poética de A. Gongalves Dias -. Org. cronologia e notas dde Manuol Bandeira. Sao Paulo: Nacional, 1944. pp. 21-22 (Unifesp) Entre as figuras de sintaxe, como recursos que um autor emprega para obter maior expressividade, existe a zeugma. Uma das formas de elipse, a zeugma consiste na supressao de um vocabulo, ja enunciado em frase anterior, por estar subentendido. No poema de Gon- galves Dias, a zeugma ocorre apenas em a) “Sem qu’ inda aviste as palmeiras.” b) “Em cismar, sozinho, a noite.” ¢) “As aves, que aqui gorjetam. d) "Nossa vida mais amores.” €) "Nosso céu tem mais estrelas,” 22-9 OBJETIVO ‘A zeugma ocorre em “Nossa vida mais amores”, no qual se subentende 0 verbo ‘tem’, ja presente em oracoes anteriores. Resposta: D Ell (PUCCAMP) A frase em que a concordancia nao é excepcional é a) A populacao mais carente, que vemos vivendo em condigées subumanas, sao os que mais necessitam de um servigo publico de sade decente e eficaz bb) Esta nas maos do governo, em qualquer escalao que se considere, articularem diferentes forcas para que se- jam viabilizados os projetos prioritarios da Educagao. ¢) Nessa hora, invariavelmente, os 6nibus ficam apinha- dos de gente, que nao veem a hora de chegar a seu desti- no, casas-dormitérios sem o minimo conforto. d) Otime todo, sem excegao, nao resistiram a execugao do Hino Nacional e choraram sem o minimo constrangimento. e) O assessor mais direto do Presidente solicitou a equi- pe econémica que se pronunciasse sobre o assunto em curtissimo espago de tempo. Resolucao: Temos silepse de ntimero em: a) A populacao... sao os b) do governo... articularem ©) de gente... vem d) Otime... resistiram Resposta: E Ell (FGV) Notrecho "Nem a lua sequer o sabia. A ua, re- légio parado...", podem ser identificadas, na ordem em que aparecem, as seguintes figuras de linguagem: a) personificagao e elipse. d) hipérbole e anacoluto. b) metaforae inversdo. _e) sinédoque e pleonasmo. ¢) metonimia ¢ silepse. Resolugao: Em Nem a lua sequer 0 sabia, o narrador atribuiu a Lua caracteristicas humanas ao afirmar que ela sabia. A lua, rel6gio parado é uma frase nominal em que a virgula indi- ca a elipse do verbo ser (era). Resposta: A Ell O terrorisme desobriga-se de qualquer tipo de huma- nnidade. Quanto mais inocentes, melhor. Quanto mais co- varde, melhor. Quanto mais sanguinério, melhor. Quanto mais repugnante, melhor. Alberto Dines, Joma! do Brasil, 23/8/03 Oparalelismo sintatico © seméntico do trecho 6 obtido por meio das seguintes figuras a) assindeto e aliteracao. b) anatora e elipse. ¢) polissindeto zeugma. Resoluca Ocorre andfora na repetigao da expresso que inicia os segmentos ("Quanto mais") ¢ elipse do verbo ser (frases nominais). O professor deve observar, a parte, que ‘terro- rismo" é metonimia —abstrato ("terrorismo") pelo concreto (terroristas). Resposta: B 4d) silepse pleonasmo. e) anafora e zeugma, Texto para a questo 5: Venho solicitar a clarividente atengao de Vossa Exceléncia para que seja conjurada uma calamidade que esta prestes a desabar em cima da juventude femi- nina do Brasil. Refiro-me, senhor presidente, a0 movi- mento entusiasta que esté empolgando centenas de mogas, atraindo-as para se transformarem em jogado- ras de futebol, sem se levar em conta que mulher néo poderd praticar este esporte violento sem afetar, seria- mente, 0 equilibrio fisioldgico das suas fungées organi- cas, devido a natureza que dispés a ser mae. Ao que di- zem os jomais, no Rio de Janeiro, j4 estéo formados nada menos de dez quadros femininos. Em Sao Paulo e Belo Horizonte também jé estéo se constituindo outros. E, neste crescendo, dentro de um ano, & provavel que em todo o Brasil estejam organizados uns 200 clubes fe- Iininos de futebol: ou seja: 200 niicleos destrogados da satide de 2,2 mil futuras maes, que, além do mais, fica- rao presas a uma mentalidade depressiva e propensa aos exibicionismos rudes e extravagantes. Coluna Penalt, Carta Capital, 28 abr. 2010 Ell (Enem) 0 trecho é parte de uma carta de um cidadao brasileiro, José Fuzeira, encaminhada, em abril de 1940, ao entao presidente da Republica Gettlio Vargas. As op- (ges linguisticas de Fuzeira mostram que seu texto foi elaborado em linguagem a) regional, adequada a troca de informagées na situa- ¢40 apresentada, b) juridica, exigida pelo tema relacionado ao dominio do futebol ¢) coloquial, considerando-se que ele era um cidadao 4) culta, adequando-se ao seu interlocutor e a situagéo de comunicagao €) informal, pressupondo o grau de escolaridade de seu interlocutor. Resolugao: Como em "Todos falamos futebol" o sentido é conotativo, ou seja, figurado, nao ha necessidade, portanto, de em- pregar a preposi¢ao de. Com essa frase, o autor do texto sugere que 0 futebol faz parte da natureza do brasileiro. Resposta: D [l (ESPM - adaptada) Assinale a afirmagao incorreta sobre uma frase de propaganda, veiculada pela midia, do reftigerante Coca-Cola: “Todos falamos futebol” a) A concordancia do verbo nao é gramatical (com o su- jeito "todos’), mas sim ideolégica. b) Ao procedimento usado da-se o nome de silepse de pessoa. ¢) O emissor da mensagem se inclui entre aqueles que falam futebol d) O mesmo fenémeno de silepse ocorre na frase "Vossa Exceléncia deve estar equivocado", diferenciando-se apenas para a manipulagao de género. €) A frase tem sentido literal, por isso deveria ter sido em- pregada a preposigao de: falamos de futebol. Resolu O texto é elaborado em linguagem culta, como é adequa- do a uma carta dirigida ao presidente da Republica, brasileiro comum, Resposta: E AULA2 CARTUM, CHARGE, TIRA E HISTORIAS EM QUADRINHOS Texto para as questées 1, 2¢3: Observe a tira do garoto Calvin e do tigre Haroldo, publicad fa por Bill Watterson. Neoea ee ten musts oe Enrteons wo OW Coes x tuTmo, 3 Fe pet orn puck! eam, Jo aue e mes (Mackenzie) Assinale a alternativa correta. a) Calvin apresenta um bom comportamento ©, por isso, 6 spora pacientemente a chegada de seus presentes. b) Comportar-se bem é facil para Calvin, pois ele sabe que seus pais gostariam dessa atitude. ¢) O tigre nao acredita em Papai Noel e quer convencer C: alvin a fazer 0 mesmo. 4) Calvin nao acredita em Papai Noel nem na entrega de presentes pelo velhinho. © Calvin evita comportar-se mal apenas para ganhar prest sentes de Natal. Todas os fls de Colvin inicam que lhe cust muito “se bnziho" equ ele eestara em so apenas par ir Papai Noe 9 OBJETIVO - 23 Edi (Mackenzie) Assinale a alternativa correta. a) A interjeigdo Ei (2.° quadrinho) 6 utlizada para expressar © cansago do garoto causado pela espera dos presentes. © No atime quacrinho, a fala do tigre faz com que o ga- Toto mude as conclusées a que tinha chegado. ¢) Na expressao velhote durdo (4.° quadrinho), o aumen- tativo indica o tamanho do Papai Noel, imaginado como um velho alto pelo garoto. 4) Appalavra comprida (1. quadrinho) pode ser trocada por “curprida’, ja que as duas formas da escrta térm o mesmo sentido. €) A forma verbal carregue (4.° quadrinho) expressa fato dado como cert fala do tigre leva Calin alerar sus conduses a respeito do momento dequodopora deixar de "ser borznho’. (Mackenzie) E correto afirmar que a) apenas 0 advérbio agora, em td carregande o trené ago- ra, denota representagao de tempo concomitante ao da fala. ) puxa, no Ultimo quadrinho, 6 forma verbal de “puxar” na 3. pessoa do singular. €) 0 pronome quanto, em estar decidindo 0 quanto eu ‘sou bom, representa de forma precisa o resultado da ava- liagao do comportamento do garoto. ) 0 uso da conjungao Se (3° quadrinho) introduz nova conclusdo, excluindo a hipétese levantada pelo garoto no quadrinho anterior. @ opronome Esta, em Esta foi a semana (1.° quadrinho) indica o tempo presente @ por isso nao poderia ser substi tuldo por “Essa” Est india o semana mis prxima —no caso, «semana em curso ov em vias de erminar quando se pasa a cena Es indicia a semana j rans cova, éencerada Charge para a questo 4: AS COBRAS/Luis Fernando Verissimo O QUE DIZ AE NO SEU MANUAL DE INSTRUGAO SOBRE "A TERRA E UM PLANETA REDONDO, CHATO NOS A TERRA? POLOS.." "ENOS DOMINGOS SEM FUTEBOL" O Estado de S, Paulo, 18/4/1996, D4, 24-9 OBJETIVO EE (Fuvest) a) Explique o jogo de palavras que faz a graga da tira. 0 efeito humoristico decorre da exploracio de dois sentidos da polavra "chato’, que, no segundo quate, expla « nogio geogrdfia do achata- mento do orb terrestre na regido polar, no tecero qua, istaurondo a ambiguidode, retoma implictamente essa palavto, em outa acepcio,de- signativa da "chatice” ou tedio dos domingos sem futebol. b) Identiique a diferenga no uso da inguagem em que se apoia esse jogo No sogundo quad, “chat” indica uma caraceristca de forma espail e- ferendada pela norma cla, equivalent a “achtade, forma mais vsual, tas que no se prestari jogo depolavras. No tercie quad, aplavra reveste-se da conatacio popular, como expresso que a giriaincorporou ao ‘nosso falor, ¢ até oo fazer poético (lembremos os conhecidos “Eterno”, "0 Homem, os Viagen", de Drummond) com osenidede“sborredo’,“ete- diane” eessamelhodos Ef (Unicamp — SP) L. F. Verissimo certamente ficaria sa- tisfeito se vocé, mesmo nesta situagao um pouco tensa, achasse graca na tira a seguit. AS COBRAS/Lwis Fernando Verissimo ‘MULHER DISPOSTA A CASAR COM VOCE UMA DAS DUAS COTSAS! Para achar graga, vocé precisa perceber que a tira traz implicitas duas opinides opostas relativas a uma pratica a) Quais as duas opinides contidas na tira? ‘As duas opines dizem respeito a csamentoe fldade Dedur-se que hi ‘uma opinido favorével e outra contraria a instituicao do casamento: no pri meio quudrinhoocsamentoéopresentdo como desejve, mas imo ele ido como incompativel com a feldade. b) Qual dessas duas opiniées pode ser considerada um argumento favoravel manutengao dessa pratica institucional? Noprimeirequarnh, formulae o voto de ques pesonogem seas, o ue implica uma opin favrdvel ao cosamento,embora em seguia, paradoxal- meni, casamentoefldde seam opresenadas como excluenes. i (Enem — 2010 - reaplicagao) Os apSROIOF escreveram os Evangeinos e Varias Cartas [Piacdo aivugou as panavras de Os discipuios de Buda regiseraram seus sermoes fem dezenas de gu HR ‘BUDISMO) Fundador XAVIER, C. Disponivel em: hitp:/Wwww.rleturas.com. ‘Acesso em 3 set. 2010 Considerando a relagao entre os usos oral ¢ escrito da lin- gua, tratada no texto, verifica-se que a escrita a) modifica as ideias ¢ intengdes daqueles que tiveram seus textos registrados por outros © permite, com mais facilidade, a propagacéo e a per- manéncia de ideias ao longo do tempo. ¢) figura como um modo comunicativo superior ao da oralidade 4d) leva as pessoas a desacreditarem nos fatos narrados por meio da oralidade. €) tem seu surgimento concomitante ao da oralidade. Aescitaperpetuao conhecimento (ESPM) A montagem de imagens e palavras abaixo ilustra o texto de propaganda de uma escola particular. Seenaiceeaeth Com o século 20 nés aprendemos. is Epoca, n.” 72, de 4/10/99. A frase do texto de propaganda que estaria em desacor- do com as sugestées da montagem antetior a) Com a agressao ao meio ambiente nés aprendemos a importancia de cuidar do meio em que vivemos e de pas- sar a preservé-o. b) De bombaa pomba ha mais que um jogo de palavras: hd o salto de qualidade que se deve dar na passagem do século. €) A licdo das catastrofes, quando aproveitada, é a de se valorizar de modo absoluto a construgao de um caminho de paciticagao. @ O pasado recente nos deu exemplos instigantes dos caminhos dos quais nao vale a pena nos afastarmos no século XI. €) Para bem se aprender uma ligéo do século XX, nao € possivel esquecer qual foi sua mais tragica invengao. Charge par questao 8: BY / DESCULPE, FOL ENGANO... Gazeta do Povo, 18/6/2010. Ell (Unitesp — 2012) Analise as afirmagées: I. Oeefeito de humor da charge advém da dela de engano naligagao, decorrente das diferentes formas para enunciar ‘© mesmo nome. I. Em determinados contextos comunicativos, Wilson @ Wirso podem ser usados como formas equivalentes, de- pendendo da variante linguistica de que se vale o falante em sua enunciagao IIL A frase - NAO, E O WILSON. - manteria o sentido com a omissao do ponto apés 0 advérbio ndo. Esta correto o que se afirma em a) | apenas. 4) lel, apenas. b) Ill, apenas. ©) Lilet @ le Il, apenas. Os ites I oI eso cores porque os interlocutor se refer & mesma ‘pessoa, sendo que a diferenca esté apenas no linguajar caipira do primeiro. ‘A omissao do ponto mudaria o sentido da frase do item Ill, Sem o ponto, 0 segundo interlocutor estaria negando ser Wilson, 9 OBJETIVO - 25 EI (cnem) Texto | Q chamado ‘tumante passivo” é aquele individuo que no fuma, mas acaba respirando a fumaga dos cigarros fumados ao seu redor. Até hoje, discutem-se muito os efe- ites do fumo passivo, mas uma coisa é certa: quem néo fuma ndo é obrigado a respirar a tumaga dos outros. O fumo passive é um problema de satide puiblica em todos 05 paises do mundo. Na Europa, estima-se que 79% das pessoas esto expostas a fumaca “de segunda mao”, en- quanto, nos Estados Unidos, 88% dos nao fumantes aca- bam fumando passivamente. A Sociedade do Cancer da Nova Zeléndia informa que 0 fumo passivo é a terceira en- tre as principais causas de morte no pats, depois do tumo ativo @ do uso de alcool Disponivel em: ww terra.com br. Acesso em: 27/4/2010 (tragmento). Disponivel em: http:/tickjaimecomics.blogspot com. ‘Acesso em: 27/4/2010. ‘Ao abordar a questao do tabagismo, os textos | ¢ Il procu- ram demonstrar que a) a quantidade de cigarros consumidos por pessoa, dia- riamente, excede o maximo de nicotina recomendado ara 0s individuos, inclusive para os nao fumantes, ) para garantir 0 prazer que 0 individuo tem ao fumar, sera necessatio aumentar as estatisticas de furno passivo, €) a conscientizagao dos fumantes passivos é uma ma- neira de manter a privacidade de cada individuo e garantir a satide de todos. 08 nao fumantes precisam ser respeitados © poupa- dos, pois estes também estdo sujeitos as doengas causa- das pelo tabagismo. €) 0 furante passivo ndo é obrigado a inalar as mesmas toxinas que um fumante; portanto, depende dele evitar ou no a contaminagao proveniente da exposigao ao funo. ‘Ambes 0 textos, o apontr os males dotabagismo passive, sugerem a pro: vidnciaformulada na altemativa de resposta, Charge para a questao 10: POPULARIDADE EM BAIXA = Fagamos o seguinte: gente reecurita 0 Bin Laden e mate tle de nov, www.chargeonline.com.br a 26 - > OBJETIVO (Unitesp — 2012) No contexto apresentado, o perso- nagem expressa-se informalmente. Se sua frase fosse proferida em norma-padrao da lingua, assumiria a seguin- te redagao: a) Fazemos o seguinte: a gente ressuscita o Bin Laden € the matamos de novo. b) A gente faz 0 seguinte: ressuscita o Bin Laden e Ihe mata de novo. ¢) Nos faremos o seguinte: ressuscitamos o Bin Laden € matamos ele de novo. d) Facamos o seguinte: a gente ressuscitamos o Bin La- den e matamos de novo. @ Fagamos o seguine: nés ressusctamos o Bin Ladene © matamos de novo. Ostermos genteel foram empregades pela personagem navaintepo- pulr ta norma pode « gente carespondea ns eo pronome ele, que tem fungéo subjeliva, deve ser sbsvido por o,pronome que funona como objeto do verbo maar BESSINHA. Disponivel em https/pattindica.fles.wordpress.com/2009/08/bessinha 458904-jgp-image_1245119001858 jpeg (adaptado) As diferentes esferas sociais de uso da lingua obrigam 0 falante a adapté-la as variadas situacées de comunica- a0. Uma das marcas linguisticas que configuram a lin- guagem oral informal usada entre ave e neto neste texto é a) a opeao pelo emprego da forma verbal ‘era’ em lugar de “toi b) a auséncia de artigo antes da palavra “arvore’ ¢) 0 emprego da redugdo “ta” em lugar da forma verbal 4) ouso da contragao “desse” em lugar da expressao “de esse”. e) a.utilizagao do pronome “que” em inicio de frase excla- mativa Resolugao: “Ta”, por ‘esta’, é redugao tipica do coloquial brasileiro, de Uso geral no pais. Resposta: C Texto para a questo 2: [BORGES FALOU e OrSse. JpveLicou esse LIvRo> [qua For sua matoR, |morzvacdon [EaNAo AcueNTAva WATS ESCREVERE REESCREVER EREVISARE ACRESCENTAR E SUPRIMIRE REESCREVER € CONSERTAR PALAVRINHAS E EVISAREREESCREVER CQ XAVIER, C. Quadrinho quadrado. Disponivel em: hitpiiwww.releituras.com, Acesso em: 5/7/2008, Ell (Enem) Tendo em vista a segunda fala do persona- gem entrevistado, constata-se que a) o entrevistado deseja convencer o jornalista a néo pu- blicar um livro. b) 0 principal objetivo do entrevistado explicar o signifi. cado da palavra "motivacao". ¢) so utiizados diversos recursos da linguagem liter&- tia, tais como a metafora e a metonimia. 4) o entrevistado desoja informar de modo objetivo 0 jor- nalista sobre as etapas de produgao de um livr. €) © principal objetivo do entrevistado é evidenciar seu sen- timento com relagdo ao proceso de produgao de um lv. Resolucao: (© humor se deve ao fato de a expresso "pelas costas" ser tomada, primeiro, em sentido figurado e, depois, em sentido literal Resposta: E Ed (Fuvest) NAO POSS0 FAZERSUA CAMPANHA. JAESTOU SENDO PAGO PARA FAZER ‘ADO BELTRANO! NAO tere PROBLEMA, voce Faz Peas Costas! ‘NAO vat DAR, PEAS COSTAS fmcono | oe Werner Dos recursos linguisticos presentes nos quadrinhos, 0 que ccontribuiu de modo mais decisivo parac efeito de humor é a a) pergunta subentendida no primeiro quadrinho, ) primeira fala do primeiro quadrinho. ¢) falta de sentido do dialogo entre o candidato e o cabo eleitoral 4) utiizagao de Fulano, Beltrano e Sicrano como nomes préprios. e) ambiguidade no uso da expresdo “pelas costas’ Resolugao: A propria expressao facial do entrevistado (caricatura do escritor argentino Jorge Luis Borges) demonstra o “objeti- vo... de evidenciar seu sentimento” sobre o assunto a que se refere: os suplicios ou a obsessao do escritor no “pro- cesso de produgao de um livro”, que, se nao for encerrado com a publicagao, pode estender-se interminavelmente. Resposta: E Bll (Enem - 2010 - reaplicagao) (COMO VAT A ESTAPEGARETRATA SUA ARTE rOSSIBILIDADE COMNEVE? DATAGEN TRADI: ‘ONAL OF EXPE ENTRET NA FASE ABSTRA Ns 0 EUNOTO QUE “TAGhO ATRAVES DA TMAGER SUA OBRAE ‘Teabrctonal Eu Eco LIvae | MONOcROMA PARA ME EXIRESSAR ATBAVES ‘a Fomia Puna, ¢ AINTER- ue PRETAGAO esPectFica DANDO p 'VEZA UMA FORMA MAS 4 VISCERAL f Calvin apresenta a Haroldo (seu tigre de estimagao) sua escultura na neve, fazendo uso de uma linguagem espe- cializada. Os quadrinhos rompem com a expectativa do leitor porque a) Calvin, na sua ultima fala, emprega um registro formal @ adequado para a expressao de uma crianga. b) Hatoldo, no titimo quadrinho, apropria-se do registro linguistico usado por Calvin na apresentagao de sua obra de arte. ¢) Calvin emprega um registro de linguagem incompati- vel com a linguagem de quadrinhos. 4) Calvin, no ultimo quadrinho, utiliza um registro linguis- tico informal e) Haroldo ndo compreende o que Calvin the explica em razdo do registro formal utiizado por este tiltimo. Resolugao: "Qual 6” 6 exemplo de registro informal. Resposta: D 92 OBJETIVO - 27 OREN ONS Tied bas GUE corsa romaver | Veroes sure | SA olios | | SARADAPARERO zie, tonrao = y COMA DANELA’ "Paneo con ‘caret || *SRa6 ort /% Ell (Casper Libero) Na histéria em quadrinhos acima, a comunicagao via internet sugere a) divida sobre a idoneidade moral daqueles com quem nos relacionamos via e-mail bb) ofensa reciproca decorrente da interpretago enganosa das mensagens trocadas pelo casal ¢) descrédito reciproco suscitado pela relagéo verdade-mentira, 4) julgamento expresso pela realidade virtual a partir de valores transmitidos pela familia €) renovagdo dos modelos tecnolégicos ¢ estéticos na adolescéncia, Resolugao: Os internautas se arrependeram de ter criado pertis falsos, mas se desapontam quando a descri¢ao corresponde a reali- dade. Resposta: C 28 - 9 OBJETIVO Portugués 2.° série do Ensino Médio Frente 2 — Literatura Exercicios propostos Texto para o teste 1: Morro da Bal A noite, do morro descem vozes que criam o terror {terror urbano, cinquenta por cento de cinema, 0 resto que veio de Luanda ou se perdeu na lingua geral). Quando houve revolucao, os soldados se espalharam no morro, © quartel pegou fogo, eles nao voltaram. Alguns, chumbados, morreram. O morro ficou mais encantado. Mas as vozes do morro nao sao propriamente ligubres. 1H mesmo um cavaquinho bem afinado que domina os ruidos da pedra e da folhagem e desce até nés, modesto e recreativo, como uma gentileza do morro. (Carlos Drummond de Andrade, ‘Sentimento do Mundo) Ei (Fuvest — SP — 2013) Leia as seguintes afirmagses sobre 0 poema de Drummond, considerado no contexto do livro a que pertence: I. No conjunto formado pelos poemas do livro, a referén- cia ao Morro da Babilénia —feita no titulo do texto ~ mais ‘as mengdes ao Leblon e ao Méier, a Copacabana, a S40 Cristévéo @ ao Mangue — presentes em outros poemas -, sendo todas, ao mesmo tempo, espaciais ¢ de classe, constituem uma espécie de discreta topogratia social do Rio de Janeiro. Il. Neste poema, assim como ocotre em outros textos do livro, a atengao a vida presente abre-se também para di- mensao do passado, seja ele dado no registro da histéria ‘ou da meméria IM, A mengao ao “cavaquinho bem afinado", ao cabo do poema, revela ter sido neste livro que o poeta finalmente assumiu as cangées da misica popular brasileira como 0 modelo definitive de sua lirica, superando, assim, seu an- tigo vinculo com a poesia de matriz culta ou erudita, Est correto o que se afirma em a) |, apenas. d) lel, apenas. @ el, apenas o) Lei €) Il, apenas. As olrmaescontdas em Iso fobs: nem poesia de Drummond ebando 1a a “maiz cata’, nem a conco popular se fonou “modelo de sua ica Leia o poema abaixo transcrito para responder aos testes 2 © 3: Soneto de separagao De repente do riso fez-se 0 pranto Silencioso e branco come a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma F das maos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a ultima chama F da paixdo fez-se o pressentimento Edo momento imével fez-se o drama. De repente, ndo mais que de repente Fez-se de triste 0 que se fez amante E de sozinho 0 que se fez contente. Fez-se do amigo préximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, nao mais que de repente. (Vinicius de Moraes) BI Todas as alternativas a seguir estao corretas, exceto: a) Valoriza o emprego de versos decasstlabos com es- quema fixo de rimas. bb) Destaca-se no poema um lirismo de natureza amoro- sa, mas o erotismo nao esta presente, ¢) O poema combina o carater popular de sua linguagem om a forma fixa do soneto Petcebe-se uma mudanga do tom Iitico suave das duas primeiras estrofes para um lirismo mais agressivo nos tetcetos, principalmente pela escolha de um vocabu lario semanticamente pessimista, como “triste”, sozinho" ‘distante” ¢ “errante’ €) © emprego da repeticao planejada parece reforgar 0 estado emocional do eu lirico, que sofre com a separacao amorosa. (tom rio suave & mantdo em todo o poem, mesmo que os aspects se rmanticos mais pessimists possam ser destacadas nas duas dias estofes. Ell Assinale a alternativa incorreta com relagao ao poe- ma transcrito: a) A presenga das antiteses reforga o estado emocional angustiado do ou litico. b) A situagao enfocada no poema, desde 0 titulo, contir- ma o inesperado da separag4o amorosa. ¢) Ha. uma nitida valorizagao do advérbio como elemento desencadeador do fator de surpresa. 4) Openiittimo verso sugere 0 efeito inusitado dos acon- tecimentos na existéncia humana. © posta mostra-se passivo e conformado com a situa- {a0 desencadeada pelo fim do relacionamento. Encore ofitmar que o poeta se mastra pasivo e conformodo com a rup tura do relaconamento amoros vista que o que se manifesta nos vrsos & jstmente oom desurresaeepato fo evo dante dsserompimen 4o,e6 esse espanto o proprio motivo podtce do soneto, 9 OBJETIVO - 29 Texto para o teste 4: ‘Morte e Vida Severina, 0 texto mais popular de Joao Ca- bral, 6 um auto de natal inspirado no folclore pernambu- cano ¢ na tradigao ibérica. Sua linha narrativa segue dois movimentos, que jé aparecem no titulo: “morte” e “vida”. No primeiro, temos 0 trajeto de Severino, persona -gem-protagonista, para Recife, em face da opressio eco- némico-social, Severino tem a forga coletiva de uma personagem tipica: representa o retirante nordestino. No segundo movimento, o da “vida’, 0 autor néo coloca a euforia da ressurreicio dos autos tradicionais; ao contr rio, 0 otimismo que ai ocorre é de confian¢a no homem, em sua capacidade de resolver os problemas sociais. El Todos os episddios relativos a Morte e Vida Severina atestam a presenga da morte no itinerario da personagem central, exceto: a) a conversa ouvida pelo retirante ao pé de um muro alto, quando de sua chegada ao Recife, b) acena assistida por Severino na casa a qual fora atral- do por uma cantoria. €) 0 dialogo do retirante com a mulher da janela, a respei to de como conseguir trabalho. d) o encontro com os itmaos das almas @acena assistidana casa de Seu José, mestre carpina Cenc relativa ao nascimento do filho de Seu José, mestre carpin, Texto | Agora Fabiano conseguia arranjar as ideias. O que 0 se- gurava era a familia. Vivia preso como um novilho amarra- do a0 mourio, suportando ferro quente, Se nao fosse isso, um soldado amarelo nao the pisava 0 pé nao. (.J Tinha aqueles cambées pendurados ao pescogo. Deveria continuar a arrasté-los? Sinha Vitdria dormia mal ina cama de varas. Os meninos eram uns brutos, como 0 pai. Quando crescessem, guardariam as reses de um patrao invisivel, seriam pisados, maltratados, machucados por um soldado amarelo. (Graclliano Ramos, Vidas Secas) Texto Il Para Graciliano, 0 roceiro pobre é um outro, enigmati- co, impermedvel. Nao hé solucao facil para uma tentativa de incorporacao dessa figura no campo da fic¢ao. Elidando com 0 impasse, ao invés de féceis solucées, que Graciliano vai criar Vidas Secas, elaborando uma linguagem, uma es- trutura romanesca, uma constituicdo de narrador em que nnarrador e criaturas se tocam, mas néo se identificam. Em grande medida, o debate acontece porque, para a intelectua- lidade brasileira naquele momento, 0 pobre, a despeito de aparecer idealizado em certos aspectos, ainda é visto como tum ser humano de segunda categoria, simples demais, inca- paz de ter pensamentos demasiadamente complexos. O que Vidas Secas faz 6, com pretenso nao envolvimento da voz que controla a narrativa, dar conta de uma riqueza humana de que essas pessoas seriam plenamente capazes. (Luts Bueno, “Guimaraes, Clarice ¢ antes’, in Teresa) 30 - 9 OBJETIVO Ell (Enem — modificado) A partir dos trechos, avalie as informagées: 1. O pobre, antes tratado de forma exética ¢ folelérica pelo regionalismo pitoresco, transforma-se em protago- nista do romance social de 30. Il. A incorporagao do pobre € de outros marginalizados indica a tendéncia da ficgao brasileira da década de 30 de tentar superar a grande distancia entre o intelectual © as camadas populares. I, Graciiano @ os demais autores da década de 30 con- seguiram, com suas obras, modificar a posi¢ao social do sertanejo na tealidade nacional. E correto apenas o que se afirma em al byl, = ILS @l el Osovores da déadade 1930 denunciram stage adversa do Hordes, ras no “consequram, com sues obres, mafia posi sail do sera- nejona realidad nacional. e)ilelll Texto para o teste 6: O senhor tolere, isto & 0 sertdo. Uns querem que nao seja: que situado sertéo & por os campos gerais a fora a dentro, eles dizem, fim de rumo, terras altas, demais do Urucuia. Toleima. Para os de Corinto e do Curvelo, entao, © aqui ndo é dito sertéo? Ah, que tem maior. (..) Enfim, cada um 0 que quer aprova, o senor sabe: pao ou paes, & questao de opiniaes... O sertao esté em toda a parte. (Jodo Guimardes Rosa, Grande Sertdo: Veredas) [El (Mackenzie - SP) No contexto da obra do eseritor, assinale a alternativa correta. a) O didlogo entre o autor e o leitor—“O senhor tolere (...) © senhor sabe" — é trago estilistico de Guimaraes Rosa, caracterizado essencialmente pela oralidade e esponta- neidade da fala sertaneja. b) Expressées como “Toleima’ e “opinides’, entre outras, dao um tom humoristico ao discurso ¢ reforgam a critica, do autor a ingenuidade e cultura nao letrada do sertanejo. @Na fala do narrador-personagem, problematizam-se 08 Timites de uma determinada regiao geografica do Brasil — o sertao—, formalizando-se, assim, o tema da relatividade dos juizos. 4) O fragmento exemplifica o regionalismo de Guimaraes Rosa, desenvolvido a partir de um enfoque naturalista, em que se ressalta a cor local - “fim de rumo, terras altas, demais do Urucuia’ e) 0 foco centrado na conversa de dois interlocutores de culturas diferentes ~ 0 sertanejo e 0 “senhor"~ @ indice da tematica neorrealista que caractetiza o escritor, qual seja, © contraste entre cidade e campo. Rioboldo, naradcr,qustiono, no echo transit, alocaizaco os ii- tes do sero ficando dre na lb frase final, que nose at do serio fisic, mas de uma regido metafisica, (Fuvest— SP) A acao desta historia teré como resultado minha transfiguracao em outrem (..) Neste excerto de A Hora da Estrela, o narrador expressa uma de suas tendéncias mais marcantes, que ele ira rei- terar ao longo de todo o livro. Entre os trechos abaixo, 0 Unico que nao expressa tendéncia correspondente a) “Vejo a nordestina se olhando ao espelho ¢ (..) no es- pelho aparece o meu rosto cansado e barbudo. Tanto nés, b) “E paixdo minha ser o outro, No caso a outra. “Enquanto isso, Macabéa no chao parecia se tornar Fada vez mais uma Macabéa, como se chegasse a si mesma d) “Queiram os deuses que eu nunca descreva o lazaro porque sendo eu me cobriria de lepra.” ) “Eu te conhego até o osso por intermédio de uma en- ‘antago que vem de mim para ti.” A allerativa C no expresso correspondénca semintca com 0 excerto transcrit, no qual o narodorafrma que a gio dessa hstrao ransfgu- tard em outrem. Em C, as informacées referem-se apenas & personagem ‘Macabéo, no momento de sua morte, Leia o poema de Haroldo de Campos. poesia em tempo de fome fome em tempo de poesia poesia em lugar do homem pronome em lugar do nome homem em lugar de poesia nome em lugar de pronome poesia de dar o nome nomear é dar o nome nomeio 0 homem no meio a forme nomeio a fome Ell (UFTM) Do ponto de vista do contetido, o poema, ao tratar de questées como reveste-se de um viés Do ponto de vis- ta da forma, esta presente a o que se pode comprovar com as formas nomelo /nome /no meio. Os espagos da frase devem ser preenchidos, correta © respectivamente, com a) a poesia —Iterario — hipérbole b) 0 homem — social — sinestesia ) a gramatica — linguistico - antitese d) a poesia — histérico — metonimia @)2 fome — social paronomasia Exer -Tareta Ell Leia os textos abaixo e indique o tema central da poé- tica de Carlos Drummond de Andrade: a) Quando nasci, um anjo torto desses que vive na sombra disse: Vai Carlos! ser gauche na vida. As casas espiam os homens que correm atrés de mulheres. A tarde talvez fosse azul, nao houvesse tantos desejos. Mundo mundo vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, ndo seria uma solugao. Mundo mundo vasto mundo, mais vasto é meu coragéo. Eu nao devia te dizer mas essa lua mas esse conhaque botam a gente comovido como o diabo. Resolugao: O individuo. b) Chega um tempo em que néo se diz mais: meu Deus. Tempo de absoluta depuragao. Tempo em que néo se diz mais: meu amor. Porque o amor resultou inti E 08 olhos nao choram. Eas médos tecem apenas o nude trabalho. E 0 coragao esta seco. Resolugao: choque social (poesia social). €) Eo amor sempre nessa toadal briga perdoa perdoa briga Nao se deve xingar a vida, a gente vive, depois esquece. ‘S60 amor volta para brigar, para perdoar, amor cachorro bandido trem. Mas, se néo fosse ele, também que graga que a vida tinha? Mariquita, dé cd o pito, no teu pito esta o infinit. Resolugao: O conhecimento amoroso (‘amar-amaro’). 4d) No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra 1no meio do caminho tinha uma pedra. ‘Nunca esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tao fatigadas. ‘Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho 1no meio do caminho tinha uma pedra. Resolugao: Tentativa de exploragéo © de interpretagdo do es- tar-no-mundo (poesia metafisica ou existencial). 92 OBJETIVO - 31 0 Elefante Fabrico um elefante de meus poucos recursos. Um tanto de madeira tirado a velhos méveis talvez the dé apoio. Fo encho de algodio, de paina, de dogura A cola vai fixar suas orelhas pensas. A tromba se enovela, & a parte mais feliz de sua arquitetura ‘Mas ha também as presas, dessa matéria pura que nao sei figurar. Tao alva essa riqueza a esponjar-se nos circos sem perda ou corrupgao. E ha por fim os olhos, onde se deposita a parte do elefante mais fluida e permanente, alheia a toda fraude. (..) (Carlos Drummond de Andrade) Ell (Puc — adaptada) Esse poema integra a obra A Rosa do Povo, escrita em 1945 por Carlos Drummond de Andra- de. Ao lado de Sentimento do Mundo (1940), A Rosa do Povo constitui o ponto mais alto do segundo periodo de pro- dugao poética drummondiana, a) Indique os aspectos que, tematicamente, mais carac- terizam essas duas obras. Resolucao: ‘Sentimento do Mundo e A Rosa do Povo, respectivamen te, de 1940 e 1945, integram a fase “social, “participante” ou “engajada’ da lirica drummondiana, na qual o posta faz da palavra postica uma arma de deniincia, combate conscientizagao. Nessa direcdo, incluem-se as liticas de guerra: “Telegrama de Moscou", “Carta a Stalingrado”, "Mas viveremos”, "Com o Russo em Berlim’, que cantam a esperanca da vitéria sobre 0 totalitarismo nazitascista. Contra a opressao interna da ditadura, do Estado Novo, ¢ contra a alionagao do homem e a vida, o que marca essa etapa da poesia 6 0 tema de “O Lutador”, “Consideracao do Poema” e “Procura da Poesia’, manifestagées mais densas do materialismo drummondiano. b) Apesar de modemista, o poema O Elefante guarda uma regularidade métrica que da expressiva cadéncia musical ao texto. Aponte-a. Resolugao: ‘A métrica regular, vazada em hexassilabos, acentua a fuéncia do ritmo, préximo da tradigao popular dos versos curtos. 32 - 9 OBJETIVO Leia o texto abaixo para responder a questao 3. Tecendo a manha 1 Um galo sozinho nao tece uma manha: ele precisara sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito que ele € 0 lance a outro; de um outro galo que apanhe o grito de um galo antes € lance a outro; e de outros galos que com muitos outros galos se cruzem 05 fios de sol de seus gritos de galo, para que a manha, desde uma teia ténue, se vi tecendo, entre todos os galos. 2 E se encorpando em tela, entre todos, se erguendo tenda, onde entrem todos, se entretendendo para todos, no toldo fa manha) que plana livre de armagio. A manha, toldo de um tecido tao aéreo que, tecido, se eleva por si: luz baléo. Ell Assinale a alterativa incorreta sobre o excerto de Joao Cabral de Melo Neto transcrito: a) A leitura conduz o leitor & percepeao da poesia partici- pante do autor, que sugere a integracao entre todos os homens. b) A metafora que representaré o homem é a figura do galo, cujo canto é o chamado de uniéo em busca de um tempo claro. ¢) A conciséo pode ser facilmente percebida pela es- cassez de adjetivacdo e pela valorizagao do substantivo concreto, d) A palavra canto atticula-se como nica possibilidade de rompimento do estado de siléncio ¢ a abertura para um novo tempo de solidariedade entre todos os homens. @) Os excessos liricos impedem uma percepeao absoluta das intengdes sociais pretendidas pelo poeta, que procura disfargar seus ideais diante de um tempo de completa cen- sura ideolégica. Resolugé Apoesia de Jodo Cabral de Melo Neto nao esta distancia- da do social, que 6 o fundamento de sua segunda fase, considerada como seu periodo de humanizagao, cujo api- ce é Morte e Vida Severina, No poema em anélise, nao ha “excessos liricos” que impediriam a percepeao das “inten- Ges sociais pretendidas pelo poeta’ Resposta: E El (Unicamp) Leia o seguinte trecho do capitulo “Con- tas’, de Vidas Secas: Tinha a obrigagéo de trabalhar para os outros, natural- mente, conhecia seu lugar. Bem. Nascera com esse des- tino, ninguém tinha culpa de ele haver nascido com um destino ruim. Que fazer? Podia mudar a sorte? Se the dis- sessem que era possivel melhorar a situacao, espan- tarse-ia (...) Fra a sina. O pai vivera assim, 0 avo também. E para tras nao existia familia. Cortar mandaca- ru, ensebar litegos ~ aquilo estava no sangue. Conforma- va-se, nao pretendia mais nada, Se lhe dessem o que era dele, estava certo. Nao davam. Fra um desgracado, era como um cachorro, $6 recebia ossos. Por que seria que os homens ricos ainda Ihe tomavam uma parte dos os sos? Fazia até nojo pessoas importantes se ocuparem com semelhantes porcarias. a) Que viséo Fabiano tem de sua propria condi¢ao? Justifique, Resolugéo: Trata-se de uma visao extremamente alienada e confor- mista ( *conformava-se, nao pretendia mais nada’, diz, ele), justiicada, inclusive, com base em uma légica de- terminista. Fabiano aceita a exploragao e a condigao so- cial miseravel em que vive como se fossem naturais, produtos de uma sina (‘Nascera com esse destino, nin- guém tinha culpa de ele haver nascido com um destino ruim, Que fazer? Podia mudara sorte? Se Ihe dissessem que era possivel melhorar a situagao, espantar-se-ia [.] Eraa sina”), ou mesmo de uma heranca genética, pois, segundo ele, 0 “pai vivera assim, o avo também [...]aq lo estava no sangue” b) Explique a referéncia que ele faz aos “homens ricos” ‘com base no enredo do livro. Resolugao: ‘Os “homens ricos’ mencionados sao homens de posses, se- nhores de tenras, exploradores como o proprietario das terras ‘em que se instala Fabiano com sua famtia. Como nao tinha roga € apenas se limitava a semear na vazante uns punha- dos de feijéo e milho, Fabiano precisava recorrer a feira para ‘compras de mantimentos, a fim de alimentar a familia. Para isso, negociava os poucos bezerros e cabritos que possula ‘com o propretario das terras, que os comprava a pregos bai- xissimos. O valor que conseguia com os animais nao era su ficiente para se manter e precisava recorrer ao patrdo, que Ihe cobrava juros altissimos pelos empréstimos. As contas do patrdo nunca batiam com as de Sinha Vitéria, em virtude dos juros exorbitantes cobrados por tais empréstimos. Quando Fabiano reclamava, 0 patrao, initado, mandava-o procurar ‘outta fazenda. Fabiano, entao, sem altemativa, calava-se @ se submetia aos desmandos e a exploragao do patrdo. ‘Mas, afinal, as chuvas cessaram, e deu uma manhé em que Nhé Augusto saiu para 0 terreiro e desconheceu mundo: um sol, talqualzinho a bola de enxotre do fun- do do pote, marinhava céu acima, num azul de Agua sem praias, com luz jogada de um para 0 outro lado, e um desperdicio de verdes cé em baixo—a manha mais boni- ta que ele ja pudera ver. Estava capinando, na beira do rego. De repente, na altura, a manha gargalhou: um bando de maitacas passava, tinindo guizos, partindo vidros, estra- lejando de rir. E outro. Mais outro. E ainda outro, mais bai: xo, com as maitacas verdinhas, grulhantes, gralhantes, incapazes de acertarem as vozes na disciplina de um coro. Depois, um grupo verde-azulado, mais sobrio de gr tos ¢ em fileiras mais juntas. — Vail Até as maracanas! E mais maitacas. E outra vez as maracanas fanhosas. Endo se acabavam mais. Quase sem folga: era uma revo- ada estrilando bem por cima da gente, e outra brotando 0 norte, como pontozinho preto, e outra ~ grao de ver- dura ~ se sumindo no sul. —Levou 0 diabo, que eu nunca pensei qui tinha tantos! E agora os periquitos, os periquitinhos de guinchos timpanicos, uma esquadrilha sobrevoando outra.... mesmo, de vez em quando, discutindo, brigando, um ca- sal de papagaios ciumentos. Todos tinham muita pressa 05 Gnicos que interromperam, por momentos, a viagem foram os alegres tuins, os minisculos tuins de cabeci- nhas amarelas, que nao levam nada a sério, e que chove- ram nos pés de mamao e fizeram recreio, a0s pares, sem sustar 0 alarido ~erel-rrril! rrrl-rril Mas 0 que nao se interrompia era o transito das gar- rulas maitacas. Um bando grazinava alto, risonho, para o que ia na frente: — Me esperal... Me esperal... ~ E 0 grito tremia e ficava nos ares, para o outro escalao, que avan- cava If atras, — Virgem! Estdo todas assanhadas, pensando que ja tem milho nas rogas... Mas, também, como é que podia haver um de-manha mesmo bonito, sem as maitacas?! O01 ia subindo, por cima do voo verde das aves iti- nerantes. Do outro lado da cerca, passou uma rapariga. Bonita! Todas as mulheres eram bonitas. Todo anjo do céu devia de ser mulher. (Guimaraes Rosa, “A Hora e Vez de Augusto Matraga’ El (Puc - sP) 0 trecho em questao valoriza aspectos sensotiais, particularmente os ligados a visao e a audicao. © escritor obtém efeito poético valendo-se de figuras de linguagem, Assim sendo, transcreva do texto as seguin- tes figuras: a) metafora Resolugao: Podem sor citadas as seguintes metaforas: “azul de agua sem praias”, “as maitacas verdinhas (..) incapazes de acertarem as vozes na disciplina de um coro”; “protando ao norte “outra — grao de verdura se sumindo no sul"; “os periquitinhos de guinchos timpanicos, uma esquadri- tha sobrevoando outra..”; “os mintisculos tuins (.) que choveram nos pés de mamao’. 9 OBJETIVO - 33 b) aliteragées; Resolugéo: AA repetigdo de fonemas consonantais ocorre constante- mente. As aliteracdes mais evidentes sao, entre outras: “Mas, afinal, as chuvas cessaram’: fonema/s/; “um bando de maitacas passava, tinindo guizos, partindo vidros”: fonemas It /s/; “e outa brotando ao norte”: fonema /t! @ “os periquitos, os periquitinhos de guinchos timpanicos fonema i, /s/ ¢ /pl; *O sol ia subindo, por cima do voo verde das aves itine- rantes”: fonemas /s/ ¢ /v/; “Todo anjo do céu devia de ser mulher’: fonemas/d/e /s/. €) prosopopeias; Resolugéo: Ha as seguintes prosopopeias: “um sol (.... marinhava céu acima”; “a mana gargalhou’ “as maitacas (...) incapazes de acertarem as vozes na dis- ciplina de um coro’ “discutindo, brigando, um casal de papagaios ciumentos”; “Um bando grazinava alto, risonho, para o que ia na fren- te: - Me esperal... Me esperal.. d) onomatopeias. Resolugao: No fragmento, ha onomatopeia nas passagens: “um bando de maitacas passava, tinindo guizos, partindo vidros, estralejando de rir, “as maitacas verdinhas, grulhantes, gralhantes"; “E outra vez as maracands fanhosas"; “era uma revoada estrilando”; “0s periquitinhos de guinchos timpéinicos”; “os alegres tuins, os miniisculos tuins de cabecinhas amarelas”; “sem sustar 0 alarido — rnv-rvill r-rrill 34-9 OBJETIVO Gl (PUCCamp — SP) Sao as seguintes as caracteristicas ‘asicas da poesia concreta: a) aunidade postica deixa de sera palaviae passaasero verso; busca-se adequagao da forma poética as caracte- risticas do mundo modemo. b) apalavra é explorada quanto aos aspectos semantico, sintatico, sonoro e grafico (visual); 0 espaco papel passa a integrar o significado do poema. ¢) cada palavra refere-se as palavras circunvizinhas ver- bal, vocal ou visualmente; respeita-se a distribui¢do linear da linguagem verbal 4) evita-se 0 imediatismo da comunicagao visual; util- zam-se cores, tipos diferentes de letras, recursos de ou- tras artes ¢ linguagens. e) © poema é uma aventura de palavras no espago; de- fende-se uma poesia a servigo da manifestagéo da pura subjetividade. Resolugao: Levando ao maximo a tendéncia ao despojamento voca- ular e a racionalizagao da linguagem, a poesia concreta se evidencia pelo dialogo e antagonismo em relacdo aos recursos posticos tradicionais. Exploram-se todas as po- tencialidades das palavras e de suas combinagdes se- manticas e sintaticas. Além disso, sao utlizados novos recursos, como os aspectos graficos e o espago em que a poesia esta inserida, Resposta: B Portugués OD 2.° série do Ensino Médio Frente 2 — Andlise de Textos Todos os textos desta aula de revisdo pertencem a obra Bris, Bexiga e Barra Funda, de Anténio de Alcantara Machado, Texto para as questées de 1a 6: Gactaninho Tia Filomena teve um ataque de nervos quando soube do sonho de Gaetaninho. Tao forte que ele sentiu remorsos. E para sossego da familia alarmada com 0 agouro tratou logo de substituira tia por outra pessoa numa nova versao de seu sonho. Matutou, matutou, e escolheu 0 acendedor da Com- panhia de Gas, Seu Rubino, que uma vez the deu um cocre danado de doido. 8s irmmaos (esses) quando souberam da histéria resolveram arriscar de sociedade quinhentao no elefante. Deu a vaca, E eles ficaram loucos de raiva por nao haverem logo adivinha- do que néo podia deixar de dar a vaca mesmo. jogo na caleada parecia de vida ou morte, Muito em- bora Gaetaninho nao estava ligando. Vocé conhecia o pai do Afonso, Beppino? —Meu pai deu uma vez na cara dele, = Fntao vocé nao vai amanha no enterro. Fu vou! © Vicente protestou indignado: — Assim nao jogo mais! O Gaetaninho esté atrapalhando! EI Alinguagem dos contos em Brds, Bexiga e Barra Fun- da busca reduzir a distancia entre o portugués falado e 0 escrito, os textos exploram a vivacidade da linguagem co- loquial. Qual o principal processo narrative empregado pelo narrador? principal proceso naraivo em Bris, Bexgae Barra Fundaéo didloge. Ell Qual o efeito da omissao dos verbos declarativos (falou, disse, otc)? A omiss dos vrbosdeertives dé mis vvacidade as fla oper & naraso,diinuindo a presenca do narado. Ell Cite um exemplo de vocabulo popular. *uihenti OF Otrecho a seguir registra o emprego de um modo ver- bal inadequado a escrita formal, porém, frequentemente utlizado na fala coloquial. Identifique-o e reescreva-o de acordo com a norma cufta da lingua. *O jogo na calgada parecia de vida ou morte, Muito embora Gaetaninho nao estava ligando.” Tatas do verbo no prtritoimprfito do indicativo “estav' -, que, de acordo com a norma culo, deveria ser conugado no pretiit im perfeito do sbjuntva ~ esvesse” Muito embora Gatonnho nao estivesse igndo Ell O texto retrata o cotidiano de italianos e seus descen- dentes nos bairros de Sao Paulo. “Acontecimentos de crénica urbana. Episédios de rua..”, como afirma o autor em seu “Artigo de fundo". Qual o habito popular apresen- tado no seguinte trecho? “Os irmaos (esses) quando souberam da hist6ria resolve- ram antiscar de sociedade quinhentdo no elefante. Deu a vaca. E eles ficaram loucos de raiva por nao haverem logo adivinhado que nao podia deixar de dar a vaca mesmo.” © habit popular rtratad &o do jogo do bicho, sori eto candesing ‘mente no Brasil, em nivel territorial, em que se apostam nimeros correspon dertes«nomes de bikes Na supersiopopua,quolue acontecmento au sonho pode sigitficar premoncéo do resultado do jogo. Gl Gaetaninho desejava andar de automével, porém, no local onde morava, as pessoas pobres, como ele, anda- vam de carro somente em dias de enterro ou casamento. Por que ele sentiu remorsos? Gaetaninho sentiv remorsos porque contou que sonhara com o enterro de ia Filomena, fazendo-a entrar em desespero. Por is, substi a viima pelo “cendedor da Companhia de és, Seu Rubino”. 9 OBJETIVO - 35 Texto para as questées 7, 8 € 9: Olhe aqui, Bonifécio: se esse carcamano! vem pedir a mao de Teresa para o filho, vocé aponte 0 olho da rua para ele. Compreendeu? Ja sei, mulher, j4 sei. ‘Mas era cousa muito diversa O Cav. Ut? Salvatore Melli alinhou algarismos torcendo a bigodeira. Falou como homem de negécios que enxerga Jonge. Demonstrou cabalmente as vantagens econémicas de sua proposta. = O doutor. ~ Eu ndo sou doutor, Senhor Melli Parlo? assim para facilitar. Non é para ofender. Primot © doutor pense bem. E poi me dé a sua resposta. Domani, dopo domani®, na outra semana, quando quiser. lo resto” & sua disposi¢ao, Ma® pense bem! Renovou a proposta e repetiu os argumentos pr6. O con- selheiro possufa uns tertenos em Sao Caetano. Cousas de heranca. Nao Ihe davam renda alguma. O Cav. Uff. tinha a sua fébrica a0 lado. 1.200 teares. 36.000 fusos. Constitulam uma saciedade. O conselheiro entrava com os terrenos. O Cav. Uff. como capital. Arruavam? os trnta alqueires e ven- diam logo grande parte para os opersrios da fébrica. Lucro certo, mais que certo, garantidissimo. E. Eu ji pensei nisso. Mas sem capil o senhor compreen- do, 6 impossivel Per Bacco, doutor! Mas io tenho o capital. O capital sono!® jo, O doutor entra com o terreno, mais nada. E 0 Iu- cro se divide no meio. O capital acendeu um charuto. O conselheiro cogou os joe- thos distarcando a emocao. A negra de broche serviu o café Dopo o doutor me di a resposta. lo s6 digo isto: pense bem. O capital levantou-se. Deu dois passos, Parou. Meio em- baragado. Apontou para um quadro. Bonita pintura, Pensou que fosse obra de italiano. Mas era de francés. Francese? Nao é feio non. Serve. Embatucou. Tinha qualquer cousa. Tirou o charuto da boca, ficou olhando para a ponta acesa. Deu um balanco 1no corpo. Decidiu-se. ~ Ia dimenticando!! de dizer. O meu filho fara 0 gerente da sociedade... Sob a minha direcao, si capisce'?, Sei, sei... O seu filho? Si. © Adriano, O doutor... mi pare... mi pare que conhe- ce ele? Ossiléncio do consetheiro desviou os olhos do Cav. Uff. na direcao da porta. Repito un’altra vez: 0 doutor pense bem. Isotta Fraschini"3 esperava-o tod iluminado. ~E entao? O que devo responder ao homem? Faca como entender, Bonifacio. = Eu acho que devo aceitar = Pois aceite. E puxou 0 lengol. A outra proposta foi feita de fraque e veio seis meses depois. 36 - & OBJETIVO © Conselheito ow. Ut lose Bonficio de Matos Aruda Salvatore Mell senor senhora tem a honra de participar VEX € Ex" fara ‘-comato de casamento de sua filha Teresa Rita com 0 Sr. Adriano Mell. Rua da Liberdade,n? 259.6 teen a hone de paricipar AV. Ext Bx" familia ‘conta de casamenio de seu filho Adriano com a Senhorinha Teresa Rta ce Matos Arruda, Rus ds Batra Funda, n° 427 Sio Paulo, 19 de fevereio de 1927. No ché do noivado 0 Cav. Uff. Adriano Melli na frente de toda a gente recordou a mae de sua futura nora os bons tempinhos em que Ihe vendia cebolas e batatas, Olio di Lucca e bacalhau portugués, quase sempre fiado e até sem caderneta Vocabulario ¢ notas: 1 Careamano:individuo naselde na Ilia; macatrone 2 Cav. Ut: abreviatura da expressio tana Cavaliere Uae (pronincia: Cavaliere uftchale), tule honeritic, hierarquicamente inferior aos tt los de nobreza. Diversos itallanos que enriqueceram no Brasil compra- ram, natalia, ttulos honoriices (cavaliere, commendatore) ou ncbildrquicos (conde). 3 Paro it) fale. A fala do cavalere & uma mistura de Halano e portu= gues, 4 Primo (it) primero. 5 Poi(it): depois. Domani, dopo domani(t.: amanhs, depois de amanhs, 7 lo resto (it): eu fico. 8 Ma(t): mas. 8 Arruar: abrir ruas para fazer loteamento. 10 Sone it): sou 11 Dimenticando (it): esquecendo, 12 Si capisce (ti pronancia: si capiche): se entende, 18 sttaFraschini proninia:rasquin: automevelitaano de grande uxo. 14 Cademeta: cademo em que se anctavam as comprasfiadas, ‘Alem do term pejorativo “carcamanc, pelo qual asocie- dade pauista mais tradicional tratava os itaianos, qual attude, 1o texto, revela preconceito contra esses imigrantes? A esposa do Conselhio José Boniicio de Motos e Aruda no queria © casamento de sua filha, Tres ito, com ofilho de um carcamane, El Os jovens apaixonados casam-se. Qual é a razao pre- ponderante na realizagao do matriménio de Teresa Rita e Adriano Mell? 0 interesse finonceiro torna-se 0 principal motive para a concretizacio do casamento, pos uma sociedade nos negéios entre os pis dos noives posi- biltava a undo do dinheiro do italiano ao presigo socal do conselheiro, Ell Um dos propésitos do Modemismo brasileiro era o re- gistro do linguajar do povo. No texto transcrito, o autor opta por nao fazer descrigdes das personagens. De que manei- ra aquele propésito modemista de registro da fala popular contribui para a op¢ao do autor de nao fazer retratos de suas personagens? As personogenssurgem a pri da linguagem; o registro do vocobulério. itol-palstono contbui para que, em pido instants sigifcatvas atravs de dilogos ben-humorados, itor cnheso-as, sem muita inter: feréncia do narrador. Texto para as questées 10 6 11 Corinthians (2) vs. Palestra (1) Prerrit Ai, Heitor! Abbola foi parar na extrema esquerda. Melle desembestou, com ela A arquibancada pés-se em pé. Conteve a respiracao. Suspirou: Aaah! ‘Miquelina cravava as unhas no braco gordo da lolanda. Em torno do trapézio verde a ansia de vinte mil pessoas. De olhos avidos. De nerves elétricos. De preto, De branco. De azul, De vermelho. Delirio futebolistico no Parque Antartica Camisas verdes e calcdes negros corriam, pulavam, cho- cavam-se, embaralhavam-se, caiam, contorcionavam-se, esfalfavam-se, brigavam. Por causa da bola de couro que nao parava, que nao parava um minuto, um segundo, Nao parava = Neco! Neco! Parecia um louco. Driblou. Escorregou. Driblou. Correu, parou, chutou. — Goooe!! Goooo!! ‘Miquelina ficou abobada com o olhar parado, Arquejando, Achando aquilo um desaforo, um absurdo. — Alegué-gué-gua! Alegué-gué-gué! Hurra! Hurra! Corinthians! Palhetas subiram no ar. Com os gritos. Entusiasmos rugiam. Pulavam, Dangavam. € as maos batendo nas bocas: = Go-0-0-0-0-0-01! Miquelina fechou os olhos de édio, — Corinthians! Corinthians! Tapou os ouvidos. = J8 me estou deixandso ficar com raiva! A exaltagao decresceu como um trovao. = © Rocco & que esté garantindo o Palestra. Ai, Rocco! Quebra eles sem dé! A lolanda achou graca. Deu risada. Vocé esté ficando maluca, Miquelina. Puxa! Que bruta paixdo! Fra mesmo. Gostava do Rocco, pronto. Deu 0 fora no Biagio (0 jovem e esperancoso esportista Biagio Panaiocchi, dili- gente auxiliar da firma desta praca G. Gasparoni & Filhos e denodado meia-direita do S. C. Corinthians Paulista, campeao do Centenério) s6 por causa dele. —Juiz ladrao, indecente! Larga 0 apito, gatuno! FEI Alem da brevidade com que é narrado, este conto apresenta outro elemento valorizado pelos modernistas, que é a forte sensagao de simultaneidade. Quais cenas 40 narradas simultaneamente? Sao narradossimultaneamente o jogo, os xingumentos da frida ftos da vida amorasa de Miquelina Aponte, no trecho apresentado, um caso de metoni- mia (a parte pelo todo) Hé matnimia quando se emprega uma parte - os camisas verdes do Polestae ocales pretos do Corinthians — em lgor do todo 05 je gadores de um eouto tne Exercicios-Tareta Texto para a questo 1 Gaetaninho Gaetaninho saiu correndo. Antes de alcancar a bola um bonde o pegou. Pegou e matou. No bonde vinha 0 pai do Gaetaninho. A gurizada assustada espalhou a noticia na noite. —Sabe 0 Gaetaninho? ~ Que & que tem? —Amassou o bonde! A vizinhanga limpou com benzina suas roupas domin- gueiras, As dlezesscis horas do dia seguinte saiu um enterro da Rua cdo Oriente e Gaetaninho nao ia na boleia de nenhum dos car- ros do acompanhamento. la no da frente dentro de um caixdo fechado com flores pobres por cima. Vesta a roupa marinhei- ra, tinha as ligas, mas nao levava a palhetinha. Quem na boleia de um dos carros do cortejo mirim exi- bia soberbo terno vermelho que feria a vista da gente era 0 Beppino. 9 OBJETIVO - 37 EB No “Artigo de tundo”, o narrador declara a natureza jomalistica do livro: “Este livro nao nasceu livro: nasceu jomal,” O final do conto “Gaetaninho” 6 coerente com 0 estilo protendido pelo autor? Resolugao: Sim, O final do conto 6 coerente com o estio jomalistico, pois, apesar de narrar uma tragédia, nao descreve a cena que se segue ao atropelamento, néo descamba para o paté- tico, como 0 choro do pai que vinha no bonde, os grits, etc Isso mostra o distanciamento do narrador e sua objetvidade, Texto para as questées 2 e 3: Carmela vestido de Carmela coladinho no corpo é de organdi verde, Bracos nus, colo nu, joelhos de fora, Sapatinhos verdes. Bago de uva Marengo maduro para os labios dos amadores. = Ai que rico corpinho! Nao se enxerga, seu cafajeste? Portugués sem edu cagéo! Abre a bolsa e espreita 0 espelhinho quebrado, que refle- te a boca reluzente de carmim primeiro, depois 0 nariz chumbeva, depois os fiapos de sobrancelha, por tiltimo as bolas de metal branco na ponta das orethas descobertas. Bianca por ser estrabica e feia & a sentinela da compa nheira. —Olha 0 automével do outro dia — O caixa-d’6culos? = Com uma bruta luva vermetha. O caixa-d’éculos para o Buick de propésito na esquina da praca — Pode passar. — Muito obrigada. Passa na pontinha dos pés, Cabeca baixa. Toda nervosa. — Nao vira para trés, Bianca, Escandalosa! Diante de Alvares de Azevedo (ou Fagundes Varela) 0 Angelo Cuoco de sapatos vermelhos de ponta afilada, meias brancas, gravatinha deste tamanhinho, chapéu & Rodolfo Valentino, paleté de um botao 56, espera ha muito com os olhos escangalhadios de inspecionar a Rua Bardo de Itapeti- ninga. =O Angelo! = Dé 0 fora Bianca retarda o passo. Carmela continua no mesmo. Como se nao houvesse nada. E 0 Angelo junta-se a ela, também como se nao hou- vesse nada. $6 que sorr Gd Na Rua do Arouche 0 Buick de novo. Passa. Repassa. Toma a passar. = Quem é aquele cara? = Como é que cu hei de saber? = Vocé dé confianca para qualquer um. Nunca vi, puxal Nao olha pra ele que eu armo jé uma encrencat Bianca r6i as unhas. Vinte metros atrés. Os freios do Buick guincham nas rodas ¢ os pneumaticos deslizam rente & cal: Gada, E estacam. 38 - 9 OBJETIVO Boa tarde, belezinha... = Quem? Eu? = Por que nao? Vocé mesma. Bianca 16i as unhas com apetite. Oo —Diga a ela que eu a espero amanha de noite, as oito ho- ras, na rua... na... atrds da Igreja de Santa Cecilia. Mas que ela vA sozinha, hein? Sem vocé. O barbeirinho também pode ficar em casa. ~ Barbeirinho nada! Entregador da Casa Clark! Ea mesma cousa. Néo se esquega do recado. Amanha, 4s oto horas, atrds da igreja. a) ~ Ele falou com vocé. Pensa que eu ndo vi? O Angelo também viu. Ficou danado. ~ Que me importa? O caixa-d’éculos disse que espera vocé amanha de noite, as oito horas, no Largo Santa Ceci- lia, Atras da igreja. ~ Que & que ele pensa? Fu nao sou dessas. Eu nao! i Bianca no domingo seguinte encontra Carmela raspando a penugenzinha que the une as sobrancelhas com a navalha denticulada do tripeiro Giuseppe Santini. Xi, quanta cousa pra ficar bonita! Ah! Bianca, eu quero dizer uma cousa pra vocé. ~ Que 6? Vocé hoje no vai com a gente no automével. Foi ele que disse. Od Depois que os seus olhos cheios de estrabismo e despeito vem a lantemninha traseira do Buick desaparecer, Bianca resolve dar um giro pelo bairro. Imaginando cousas. Roen- do as unhas. Nervosissima. Logo encontra a Ernestina, Conta tudo a Emestina. Eo Angelo, Bianca? =O Angelo? © Angelo 6 outra cousa. & pra casar. - Hit. Carmela costumava ler romances romanticos, portan- t0 0 final esperado seria que se casasse com Angelo por amor. Todavia, a moga entrega-se ao rapaz rico sem amor @ sem intetesse financeiro. Qual o motivo inesperado para ‘© comportamento de Carmela sugerido no final do texto? Resolucao: © texto apresenta final surpreendente, pois descarta a possibilidade de Carmela tencionar casar-se com o ra paz tico, por amor ou interesse financeiro. Como deseja, ainda, casar-se com Angelo, entrega-se ao outro por puro divertimento. El "Depois que os seus olhos cheios de estrabismo e des- peito veem a lanterninha traseira do Buick desaparecer...” © que Bianca, de fato, sente em relagao ao comporta- mento de Carmela? Resolugao: Bianca, feia e estrabica, tem inveja, despeito dos casos amorosos da amiga.

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