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Revista de Direito Tributdrio | Instituto Geraldo Ataliba — IDEPE — Instituto Internacional de Direito trl oi sok Diretores: Aires Barreto, Eduardo Bottallo, Paulo de Barros Carvalho (coordenador) Diretores Executives: Pedro Luciano Marrey Femando Albino ¢ J. Artur ‘Lima Gongalves ‘Fundadores: Aliomar Baleeiro (¢-), Antonio Roberto Sampaio Déria (#}), Cléber Giar- dino (4), Geraldo Ataliba (@) Consetho Editorial: Alberto Xavier, Alcides Jorge Costa, Alfredo Augusto Becker (2), 'Bandeira de Mello, Gilberto de Uth0a Canto (#). iva Amaro, Misabel Abreu Machado Derzi, jo Carrazza, Sacha Calmon Navarro Coelho Ositis Azevedo Lopes Filho, Roque REVISTA DE DIREITO TRIBUTARIO Assnaturas ecomerciatizagio: CCATAVENTODISTRIBUIDORA DELIVROS S.A. Rus Conselheiro Ramalho, 928 Diretor Responsivel: Alvaro Malhsios Diretora: Suzana Feury Malbeices Impress: Pay Gréfica e Baitora Lids Revista de Direito Tributario ‘Fundador: Rubens Gomes de Souza (#?) ARGUMENTACAO JURIDICA EA IMUNIDADE DO LIVRO ELETRONICO Homperto Avia = Doutorado om Dirito (Universidade de Mnigue, Alemanba) = Advogado em Porto Alegre 1. Introdugao premissas a(6 a concluséo, um processo de- Gutivo andlogo aeste: (a) 9s livros sio protegidos pela imuni- dade; todas as obras que veiculam idéias © so dispostas em seqUéncia I6gica sto li- 105; regra de imunidade outra parte da dou- a percorre, das premissas aié a conclu= 168 REVISTA DE DIREITO TRIBUTARIO-79. s%o, umm processo dedutivo semelhante a0 3s sio protegides pela imu pela imunidade dos livros, jornais e perié- icos. ‘Coma se v8, esse processo dedutivo, que contém o nicleo da fundamentago “todas as obras que veict ispostas em seqUéncia I6- {do papel so livros” sto ali jsiflcadas. E quo sua justficapio depende de argamentos: os argumentos sto elemen- tos dejustifcago racional da juridic." Ba tarefa da inerprecaso. a6, precisamente, fundamentar esse ipo. premisea, Esse trabalho do fundamentagio cofhida convém sejaqualif- ago extema, mediante aqual ‘argumenies empregados 1. Nel MacCarmicke Robert Summer, “Ines para decidir por umn interpretagdo em de- ‘rimento de outra(s)? 10s eperiddicos em sido matéria de nots- veis estudos dovtrinsrios. Netes torna-se ovidente a inevitével discordéncia dos au- rdincia vai além, para alean- jos argumentos que sio utiliza- ogra deimunidade dos lives, riddicos, Com tor angumenas empregnos ‘ro cletrénico” significaria, hoje, aquilo que “livro” representou ontem. ‘Tabu, Nova Se CADERNOS DE DIRBITO TRIBUTARIO. 16s Para tanto 6 preciso, em primeiro lu- ager, diferonciar os argamentos em fungio de Sou fundamento; em segundo lugar, va Torar cada um deles com base no ordens- mento juridico brasileiro. L4, um diseurso (Os argumentos aplicados para funda- nico” traria perda para.o Estado no ft sas do raciocinio juridico. Nio se pretende apenas descrever co- (Qa tod estes angers podem ser smo os argumentosestde send de fatoopl- utilizados ne interpretagdo da imunidade cados pela doutrina e pela jurisprudéncia comento no hé divida; hesitaglo existe, pa interpretaglo juridica. O fato de eles ontudo, quanio a saber se todos ee ‘cstarem endo empregados dessa ou daque~ ‘qdondo sio juridicamente equivalentes. les {ém fundamentos desiguais e, pr isso, ve- cia, nem ser empregados indistintemente, znem ser tomedos um pelo outro, como 5° ais dos vis argument empregados ‘a interpretagzo juridica, 2. Distinguindo (0 argumentos juridicos 2 Classificagbes na Ciéncia do Direito valoraras decisses de interpretagio de acor- o.com o ordenamento jurdico (razbesjus- tificatives ou objetivas)* 166 REVISTA DE DIREITO TRIBUTARIO-79 cexemplo, de eficdcia das normas constitu ‘que fluem em vrias dire Classiticagdes entre os argumentos pode lovar&arbitrarie- dade argumentative; en arbacedade argu mero decisionismo ou & simples ponder flo de valores de natureza inexplicada.® Como seré demonstrado, ao basta ‘mencionar qual o argumento que est sen- ‘CADERNOS DEDIREITO TRIBUTARIO 16 2.2 Proposta de classificagao 2.2.1 Quadro esquemitico positivos que ele antes continha. ica 6 aquela ‘ionais eos nio-institucionais, Os argum 2.2.2.1 Arguments insttucionais, pparlamentares, adnninistrativos, judiciais - {Em como ponto de rferéacia o ordeneme sentido, maior e2- juridico, Possuem, ‘caldade de seul, podem er teoricr mente discernidos em lingifsticose sistemé- ticos. oapelo ao sentimento de justiga que apr6 pria interpretaco eventualmente evoca.? Possuem, por isso, menor capacidade de Osargumenisingitcs dizer objetivaczo. ‘Os argumentos insttucionais subdivi- “Snutces, quando relacionados ua ext tura gramatical, Os argumentos seminticos podem, 20 seu turno, fazer referéncia tanto ‘0 uso comum da ling ordingria) quanto a sua wt (Ginguagem técnica). A utiizacio técnica da linguagem pode decorrer tanto de uma de- finigdo legislativa ou doutrindria quanto do ‘uso por especialstas na matéria." sguager ‘valores ¢ da sua estrutura, Os argument 1, Ricardo Gus, Dunnguendo: Sd. p75 168 REVISTA DEDIREITO TRIBUTARIO-79 para uma interpretapio diversa fa andlise da linguagem pode-se presia para atibuirouro sentido ao disper feaueosignfado comam das expressbes_sivo consttucional E que se pode, desta dgualmonte se pest pra interpetar ods positivo consttucional nora diresao. Eque unidade que eto que iio Seja Teo com esse mazeia” posse, No mesmo sentido, uilizando 0 argu- ‘mentum e contrario,pode-se sustenta tanto ‘que o dispositive, porque contém a expres- Robert Sunes “In ean” le In Interpreting CCADERNOS DE DIREITO TRIBUTARIO. 169 ‘so “e o papel destinado a sua impressio”, teria restringido a imunidade as obras feitas

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