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A respondeu Joo:
- Eu desejava comer
muita banana com casca
at a barriga encher
ambos mandaram Jos
dar tambm seu parecer.
De modo misterioso
Respondeu o Cazuzinha:
- O que tenho no pensamento
nenhum dos dois adivinha
ento ser um segredo
ou do rei ou da rainha.
Ai a velha zangou-se
Comeou logo a chorar:
- Vamos pra casa meu filho
para seu pai no lhe dar
inda a princesa sabendo
no lhe manda degolar.
A me partida de pena
Abenoou o menino
Vendo o filho to pequeno
Sair como um peregrino;
- Rogo a Deus como bom pai
que zele por teu destino.
O rapaz aperreado
J vendo a hora sofrer
Tirou a pedra do bolso
Comeou a oferecer
Dizendo: - Quem quer comprar?
Eu tenho pra vender.
No palcio de Jos
Quando o barbeiro chegou
Entrou respeitosamente
Dizendo o cumprimentou:
- Vim fazer a vossa barba
que o monarca mandou.
Ai pegaram o rei
Pensando que ele morria
Deram-lhe medicamento
Porem ele nem bebia
Levaram ele pra corte
Foi tornar no outro dia.
No preciso saber
Quanto o cavalo corria
Nem mesmo uma ave rapina
A favor da ventania
Basta dizer que tirava
Umas mil lguas por dia
Chamava-se Romana
O corpo um tanto delgado
Olhos pretos muito vivos
Nariz bastante afilado
Dentes alvos, boca linda,
Rosto bem feito e corado.
No palcio de Jos
Quando o rei ali saltava
A princesa na janela
Mas nem o cumprimentava
Se o rei subia a calada
O palcio se fechava.
A Jos se vestiu
Com a roupa esfarrapada
Fedendo muito a enxofre
A espada enferrujada
Com os cabelos de monge
A barba toda assanhada.
Os soldados responderam:
- Vo todos ao processados
os levamos para o juiz
para ser interrogados;
respondeu Jos com raiva:
- Dem meia volta, soldados!
- A senhora me responda
quantos filhos j tem tido?
- S tenho Antonio e Joo
outros j tm morrido;
- A senhora no tem outro
que est no mundo perdido?