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FIGUEIRA, Fani Goldfarb, Reflexdes sobre a Histéria, Campo Grande-MS, v. 1, n. 1, p. 37-43, 1995, Reflexéer Sobre a Hutoria Fani Goldfarb Figueira, 9s todos temos uma certa tendénela a considerar 0 mundo que nos cerca como natural. Como se dé isto? Por exemplo, nés tendemos achar que a familia, na forma em que nés @ conhecemos, 6 & forma natural da familia ser. Acerca da escola, por exemplo, também nés pensamos 0 mesmo, isto 6, que a forma atual de ser da escola 6 a forma natural da escola ser. Mesmo os homens, nés tendemos a considerar que a forma em que nés existimos 6 a forma natural da existéncia humana. Evidentemente, nés sabemos que estas formas néo existiram sempre. Tanto @ familia, a escola e os préprios homens }4 foram diferentes do que hoje so. Jé. houve uma época em que a familia so fundamentava no matriarcado, por exemplo; houve época em que nem se pensava em oriar osoolas, Epocas, enfim, em quo os homens foram tao primitivos que pouco ce distinguiam dos animais, vivendo, como eles, em cavernas, sem esorita e quase sem lingua falada, Como so deu uma transformacao tao grande? Como aqueles seres tao primitivos conseguiram chegar 20 ponto de desenvolvimento que chegaram ¢ quo nés, hoje, consideramos natural? As respostas a estas questoes podem, é claro, variar. Alguns responderao que esta mudanga constitul exatamente o progresso. Que este progresso ocorreu na historia e 6 ela que deve explicé-lo. Por mais que estas respostas possam variar, a sintese de todas elas aflancaré, que esta transformagto 6 produto do desenvolvimento dos meios e dos instru- ‘mentos que permitiram aos homens dominar melhor a natureza e observar melhor a realidade. Assim, tendemos n6s a pensar, quando os homens primitivos achavem que a Lua, 0 Sol, ete., eram "deuses", este oquivoco advinha de que eles néo tinham 05 instrumentos necessarios para obsorvar a Lua - 0 telescépio, por exemplo - ‘ver que @ Lua 6 apenas win astro celeste. Quando, por exemplo, no inicio do século XIX, os professores utilizavam a. Palmatéria para educar as criangas, nés tondemos a achar que se Tecorria a um 3 INTERMEIO - Revista do Mestad de Educayio- UFES. 38 E muite importante entender que nko existem, no mundo, recenidades: Eo homem que prodng cratinfy- 1 cade hin rover receridader. recurso tio bérbaro porque ndo se havia ainda percebido que a psicologia constitui um método de educagio muito mais moderno e muito mais eficaz. Assim, pois, nés tendemos a afirmar que o que distingue os homens atuais daqueles que os antevedleram 6 apenas o progresso. Entretanto, quando nés afirmamos que os homens modernos se distinguem dos antigos pelo grau de progresso a que chegaram, Isto 6, pelo desenvolvimento dos seus instrumentos de observagio, nés estamos respondendo a questao de modo parcial. Bstamos apenas cbservando a diferenca e dizendo a que ela se deve. Resta, porém, responder a outra parte da questo, ou seja, nés temos que nos perguntar de onde advém esta necessidade da transformagao? Por que os homens se esforgaram tanto para chegar a descobrir que a Iaa 6 um astro e que a escola deve existir © ser pensada levando em consideragdo a psicologia? Por que 03 homens néo continuaram @ viver em cavernas, sem escrita ¢ quaso sem linguagem? Por que ndo se contentaram em pensar que a Iua fosse deus? ‘Também a estas questdes nés podemos dar varias respostas. Podemos dizor, por exemplo, que deus quis que os homens progredissem. Mas, noste caso, terfamos que entrar numa discussao sem fim para descobrir porque Deus nao ceriou os homens ja na sua forma desenvolvida. Podemos também dizer que a idéia de progresso 6 inata no homem. © homem J nasce querendo progredir. Entretanto, basta olhar um recém naseido, a sua fragilidade e a sua dependéncia dos culdados dos adultos, para duvidar desta afirmagao. ‘A tiniea resposta plausivel 6, portanto, a que afirma que o homer produz as suas préprias necessidades. Neste caso, 0 homem néo produziu a. Tinguagem porque tinha uma vaga idéia de que poderia utiliz4-la para bater longos-papos. ‘Também nao suspeltava - quando produziu a linguagem - qus no futuro haveria homens que produziriam a necessidade de "jogar conversa fora". Os homens cam 3 do mesmo modo e pela mesma razéo que ‘a necessidade da linguagem. # dificil - mas é muito importante - entender que no existem, no mundo, necessidades. Blas no esto "por ai" para serem satisfeitas. & 0 homem que, a0 produzir a sua vida, produz e satisfaz - a cada dia - novas necessidades. Quando os homens afirmam que a Lua é deus, eles néo o fazom porque nao produziram ainda instrumentos que Ihes permitissem vor que a lua 6 um satélite. Eles ndo haviam produzido tais instrumentos porque no haviam produzido a necescidade deles. Afirmavam que a Lua 6 deus n3o como uma "etapa histérica do desenvelvimento humano*. Esta afirmagdo nao fol um "erno" devido & inexisténeia de bons instrumentos que Ihes permitissem "acertar". Nas suas relagées de homens, na forma como ce organizavam para produzir as suas vidas, a Lua é deus, Hoje a Lua 6 um astro, ndo porque a Lua se modificou, nem porque se modificaram os instrumentos de observagio. © que realmente mudou fol a INTERIEIO- Revista do Mestrado 6e Edueaga0- UPMS. —_—_—— eer relagao entre os homens. Foi porque os homens modificaram 0 modo de produzir has Ties (] 0 desenvolvimento dos instrumentos 6 consequéncia desta mmudanga) que a Lua, agora, 6 satélite, Mas ninguém sabe 0 que ela seré no futuro. ‘Tambémn no que diz. respeito & egoola, as suas modificagées ndo podem ser tomadas como modificagdes metodologioas. Nao fo! “errado" usar a palmatoria, do mesmo modo que nao & "certo usar TRE, E TEMRMEla, 850 os Bomens ane, SSmmaMenr Saas de PIOREGY a5 SUES VIER, promazem novos métodes como expresso das suas préprias transformagoes. ‘Estee noves métodos, assim como 0s novos Instrumentos a que nos Teferimos, significa que os homens esto atendendo as suas necessidados de ume nova forma, No poder, porém, sor roputados "superiores® acs que 0s antecederazn porque no se est num julgamento para saber qual deles 6 0 melhor. © espirito fuivino que os homens ebribuem a Lua corresponde a homens cujas relagoes ecto ‘permeatias por espirites divinos. Da mesma forma, quando os homens definem ‘a Tua como um satélite, 0 fazem porque as suas relagios nevessitam desta aoninigao. ‘Por que insisto nesta idéia? Porque acho que ela é extremamente importante ¢ extremamente diffol, Quando nés pensamos que a forma atual de os homens cerem constilul a sua forma natural, quando nés dizemos que sem a psicclogia ‘ponkumna escola pode funcionar bem, quando afirmamos que § Gbvio que @ ma jum astro e que os que pensaram, anteriormente, que s eseols poderia dispensar a peioologia ou que a Lua ndo era um astro estavam orrados, nés Incorremes num grave equivoco. Gostaria de chamar a atengio, a esta altura da nossa reflexo, para o fato do que nfo estamos afirmando nenhuia relativism. Nao ao trata de considerar que todas as concop90es estiveram certas no seu devido moment produzem estas questies em termos historicos (e, portanto, néo em termos relativos): ‘Nos dogmatizainos a nossa forms. Se nds somes forma certa, néo haveré mais mudangas. $6 houve twansformagdes antes porque os homens estavam errados falas, agora que jé chegaram a forma certa, seabouly a necessidade de transformagao, haver4, apenas, methoria da forma abual. ora, uma tal idéia, quando Jevdda para o campo das cigneias sociais, acabaria por afirmer que 5 houve hisiéria, mas agora tise hé mais. © problema é que sempre que aflrmamos isto n6s nos incapacitamos para entender o que é o homer. © homem néo 6 um ser destinado a chegar 9 uma O que realmente mode wa bistéria gio an nhagier evdre on homers. INTERIEIO- Revista do Medvado do Educagso- UFMS 3 O bomem wie. om ser dertinede a chegen a uma mtte-Nio th, poracle, ren ponte dechegada- Tacoma ce frou et sda tation Eee, meta. Nao b4, para ele, nenhum ponto de chogada. Tal como ele produz a sua vida, assim 6 ele. Se organiza a produso da sua vida em relagdes esoravistas de trabalho, as suas necessidades sao aquelas que se atende por um trabalho escravista. ‘Vejamos wm exemplo. Brecht, o famoso dramaturgo alemao contemporéneo, num livro maravilhoso, Intitulado A vida de Galileu, se refere a época em que os homens precisaram por ordem nos astros para poderem utilizé-los como inetrumentos de navegagio, Bata necessidade, por exemplo, ndo existiu sempre e nem existe mais. Ela 6 uma nevessidade histérica e corresponde a homens que haviam produzido a necesai- dade do comércio ampliado. Para eles, todos os que pensavam como antes, isto 6, que continuavain a pensar como Thes ensinara a Igreja, que deus havia posto a Terra no centro do Universo, estavam errados. Certo - diziam eles - 6 0 que os ientistas deseobriram agora. Peco-Ihes que prestem bastante atengao nesta passagem para. que possamos ver como, por trés das questdes mais diferentes, o que - no fundo - esté sempre em debate so as relagies humanas. Mum momento do didlogo entre Andrea, sou dlscipulo, ¢ Galleu, este diz: “A humanidade aereditou durante dois mil anos que o Sol @ tolos os astros do firmamento giravam & sua vita, 0 papa, os cardeais, os principes, sébios, capitdes, comerciantes, pebxeiras ¢ alunos das esoolas, todos acreditavam esta? imoveis nesta esfera de cristal, mas agora, Andrea, vainos partir a aventura numa longa viegem. Acabou-se o.velho tempo, estamos numa. época nova. (..) Porque tudo osta om movimento, meu amigo. Gosto de pensar que as cosas comegaram com os navios. Desde tempos imemoriais navegavam sempre funto 4 costa, mas do subi fizeram se ao largo ¢ sulcaram todos os mares. Wo nosso velho continente surgiu 0 boato: hd novos continentes. B desde que 0s nossos barcos navesam para I, por teda a parte se comenta sorrindo: afinal o mar to grande e tao temido 6 2 uma poquens lagea, # transformot'so mum enorme prazer investigar os fundamentos, os: principios de todas a9 ooisas. (.,) Jé 2 eseobriram muttas eolsas, mas hé ainda muitas mats que podem ser descover- tas. ...) Aqullo que vem nos velhos livros no a pode ooatentar. Pois que onde antigamente havia 2 fé, sgora ha a davids. Toda a gente dis: sia, isto 6 0 que vem nes livres, mas agora vamos nés préprios ver. As verdades mais celebradas sdo destrufdas pela hase. Aquilo de que nunca so duvidou 6 posto em divida 4 26ora. (.) 0 Tniverso numa noite peru o centre...) Os nesses navios parte ‘para longe, os nossos astros giram no espaso". © novo modo de os homens produzirem a sua vida, como vimos, fea da ampliacio do comércio uma sua necessidade. A este novo modo dos homens s° relasionarem entre si correspondew, por sus vez, una nova forma do eles se relacionarem com a natureza. Na linguagem da época, séculos XV © XVI, esta 4 0) Pearrumagdo da natureza, esta nova maneira de os homens utilizarem as coisas, INTERMEIO- Ret ETS ES ee ee rr ismsn 6a mnaro das ois", aite-se BS 8 preciso estar atento para esta questao. A invocagao- da experiéncia perpassa Fe es Gage tans sole oes a Gacecepinds opal Benoa ee i FE ar ne eae SN 8 cua PERUSE oo eusttin eas Nee els Steak ara mapoe|« Tule ave ee eos sci VuApHEY 7 cipaailah! exons une nove ome Bee ces gia ean jeleauaalps a wars 6 cualo Raa cos sc cies as Wve 2b, ou no cline otra en eo Dens bam o aa Bost (A via Je Galle ninguém 6 levedo es ns des oicas dala tinea rls ool wha a in. aaa oreo, avg em pre que vin no dogina ou ma experience was Quando, por conseguinte, Camdes louva a superagdo dos limites da navegag3o a ea ee aor ona de Taprdana, edo fal, eo 9 reira® Wie dae cones eee 3 preciso, ainda, atentar para o fato de que estas armas - 0 dogma @ a re aaa emee ea el ease sire Se ae aaa aa er eriern' a oo a eae ea ren a SRS I a a, eget orange oe oe ead ara ae SS ere ee ano saree ode Se eee arose ae eee Ee Seen Sg wi Sais pouaal Diao ee ae eae ree ore eee ana eee [antes ee aoa Sa eee Se eee Semen Seren eed penal esata al ene ee eee cane actane) Hegel, iromteamente, digia que a tnica colse que 0 Mihiria mor emrina E que nunca sprindemes coms Listeria. ‘vejamos 0 que de fato 88: formas historicas de expressao humana. ) Precisamos, no entanto, considerar qus, se por um lado a f¢ se configurgu como dogma, por outro, esta configuragao era tanto mais necssadris quanto as. foreas historicas que entdo se gestavam nao poderiam ter-se forjado uma qualquer arma, Ao contrario, estas novas forgas forjaram a experiéneia como arma de Iuta - com o que obrigaram a f a transformar-se em dogma. - porque esta era a arma que mais duramente atingla o velho poder. Ela feria-Ihe 0 flanco exatamente porque o compelia a transformar-se om Sms PSD, num poder inquestiondvel J questionado praticam Tavegagoes haviam fo ~ experimentalmente - a redondez do mundo, por que, entéo, sustentar - dogmaticamente - sua forma tabernacular? A cada nova experiéncia, tornava-ce mais dificil manter a forma anterior. No entanto, 0 abandono de velhas formas significava o abandono de relagdes sociais nelas fundadas. Para, evitar ter que renunciar a clas estava-se disposte a recorrer até mesmo & fogueira. 1 ainda Brecht (A vida de Galileu), quem pée na boca do Pequeno Frade = outro personagem da pega, ele préprio um astrénomo - as palavras que se seguem, motivadas elas pelo Decreto da Inquisigdo, apresentado a Galileu: "Bollarmino: Senhor Galileu, o Santo Oficio decidiu hoje 4 noite que o sistema de Copérnico, segundo o qual o Sol 6 0 centro do mundo, e 6 imével, e a Terra pelo contrérto no @ 0 centro do mundo, e é mével, 6 um sistema disparatado, absurdo ¢ herético no que se refere 4 doutrina da Igreja." (p. 114). a ‘Diz, entao, o Pequeno Frade: ". Consegul vislumbrar a sabedoria do decreto. Ble pos-me a nu os perigos que uma investigagfo sem entraves encerra para a Humanidade, @ decidi abandonar a astronomla. (...) Mas gostaria de ihe referir outros motivos. Pormita-me que fale de mim proprio: Ful educado na Campanha, como filho de camponeses, que era. Gente simples. Sabem tudo sobre a olivetra, mas fora disso pouco mais sabem. Observando as fases de Venus, posso agora ver diante de mim os meus pais, sentados @ lareira com a minha ina, a comerem @ sua refei¢do. Vejo as traves de madeira por cima deles, enegrecida por fumo de séoulos, e vejo até as suas velhas mos calefadas pelo trabalho, ¢ a pequena colher que elas seguram. Nao passam muito bem, mas mesmo na sua infelicidade 80 pode descobrir uma determinada ordem. Hé os diferentes ciclos, o das grandes Jimpezas, 0 das estagaes no olival, e 0 do pagamento dos impostos. & tudo regular, aquilo que de mau Ihes acontece. As costas do meu pai nao ficam deformadas de uma vez, mas vao-Se deformando cada vez mais, em cada primavera que passa no olival, tal como os partos, que fizeram com que a minha mde perdesse a sua forma humana, se foram regularmente sucedendo. Bles vo buscar as forgas 42 para arrastar, suando em bica, os cestos pelo caminho acima, as forgss para ter INTERMEIO - Revista do Mestrado de Edueapio - UFMS, fithos, @ até mesmo as forgas para comer, ao sentimento de permanéncia ¢ de necessidade transtaitido pela contemplagao da terra, das rvores reverdecendo cada ano, da pequena igneja © pelos versiculos da Biblia que cuvera 20s domingos. ‘Foi-lnos assegurado que sobre eles; pesa, inquisidor, o olhar de Deus quase angistiado, que todo o teatro do mundo esté construido 4 volta deles, pare que eles, og atuantes, se possam afirmar nos grandes ou pequenos papéis que Ines foram distribuides. Que diriam os meus, se, por mim, viessem a saber que afinal se encontram num montao de pedras, movendo-se sem parar num espago vazio ‘em torno de outra estrela, numa terra entre muitas outras, sem signiticacao especial? Pare qué tanta paciéncia, tanta accitagao de miséria e de sofrimento? “em era necossario, nem fot boa. E de que serve agora a Sagrada Bseritura, quo | tinha tudo explieado © bem fundamentado: o suor, a pacténcia, a fome, & submnissdo, quando agora se ver a saber que estava chela de exros? Nao, vaio os sous olhos encherem-se de espanto o de temor, vejo a colher cair na pedra da Jareirs, vejo como eles se sentem atraicoados e enganados. Exclamando: afinal ‘nao hé nenhuns olhos postos sobre nés. Somos nés mesmos que temos que clhar ‘por nés, ignorantes, velhos e gastos, como somos? Ninguém nos atribultr nenhum ‘papel para além deste miseravel papel terreno, num mintisculo astro completa: ‘ments dependente dos outros, o sem ter nada que gire em torno dele? Nao ha ‘sentido nenhum nas nossas provagies, a fome 6 somente nao ter comido nada, nao 6 prova de forga. O esforgo é somente curvar-se para arrastar 0 fardo, nao tem qualquer espécie de mérito. Percebe agora que eu veja 10 Decreto do Santo Offcio uma compaixdo nobre e maternal, ums enorme bondade de alma?*(P&8- 19) ‘Hegel, jronicamente, dizia que a. nica coisa que & histéria nos ensina 6 que nunea aprendemos com & historia. Diz.ele: “Mas 0 que a experiéncia ¢ a histéria ensinam € f] que os povos e governos até agora jamais aprenderam a partir da historia, muito menos agiram segundo as suas ligdes. Cada época tem suas préprias condiges ¢ esté em uma situagdo tinica. Qual, por conseguinte, a ligso que devernos extrair @] dostas roflextes? # A mou ver, essencialmente, a idéia de que nao ha ~ nas ides hn Testes cternas. formulagio humana é regahusianasierremttpre. [PANT GOLDPARD FIGUEIRA 6 doitora em Sociologia pela USP. Profescora aajunta do Centro de Citnaias Humanas © Socials da ‘UeuB, mintetra a dlsdplina "Histéria da Bducso" t INTEAMEIO- Revista do Mestad do Ecucagso- UFMS 4

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