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O "pedao", porm, apontava para um terceiro domnio, intermedirio entre a rua e a

casa: enquanto esta ltima o lugar da famlia, qual tm acesso os parentes


(ligados por laos j estabelecidos de antemo) e a rua dos estranhos (onde, em
momentos de tenso e ambiguidade, recorre-se frmula "voc sabe com quem est
falando?", para delimitar posies e marcar direitos), o pedao o lugar dos
colegas, dos chegados. Aqui no preciso nenhuma interpelao: todos sabem quem
so, de onde vm, do que gostam e do que se pode ou no fazer. (MAGNANI, 1984, p.
12)

os frequentadores desses "pedaos do centro" no necessariamente se conhecem (como


ocorria no bairro), mas se reconhecem: venham de onde vierem, trazem na roupa, na
postura corporal, na linguagem, os sinais exteriores do seu pertencimento. Por
causa dessa nfase mais nos aspectos simblicos, aqui o pedao menos dependente
da varivel territorial: se for o caso, muda-se de ponto e pronto.

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