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2016 foi um ano de desconstruo. De juntar os entulhos e a as runas do que 2015 deixou. No
foi um ano fcil, pra ningum. Dependendo de quem olha as runas so ambientes tristes, cheios
de entulhos e vazios de cores, empoeirados, quentes, sufocantes. Esse foi o cenrio onde me
senti durante todo o ano.
Todavia, como boa parte das coisas difceis da vida, 2016 foi um puta professor. A primeira e
mais difcil lio que as pessoas que amamos nunca morrem, vivem pra sempre dentro de ns;
que a dor passar mas as cicatrizes so eternas; que nunca vamos conhecer a fora que existe
dentro de ns at o momento em que tudo que nos resta so nossas fraquezas.
Aprendi que nem sempre semear boas sementes sinal de boas colheitas. Os frutos por vezes
nascem amargos; aprendi que as pessoas nunca so o que voc pensam ser e que nunca deve-
se esperar nada de ningum; aprendi que o que ofertamos aos outros nunca o que recebemos
de volta, afinal, cada um d o que tem.
Mas, 2016 passou. Hoje o primeiro dia de um novo ano que eu prefiro chamar de um novo
ciclo. Ainda no os vejo mas posso sentir a brisa suave que 2017 soprou.