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Principios do Comportamento Na Vida Didria Baldwin, J.D. e Baldwin, JL. “Behavior Principles In Everyday Life” Baldwin, J.D. e Baldwin, JL, Universidade da California, Santa Barbara — 1986 Prentice Hall, Inc ~ Englewood Cliff, N. Jersey. Laura Furtado Ciruffo (Psiedloga ‘* Maria Jose E. Vasconcellos (Mestre Psicologia - UFMG — Psicéloga clinica) * Silvia Rejane Castanheira Pereira (Mestre Psicologia - UFMG) * SGnia dos Santos Castanheira (Mestre Psicologia - UFMG ~ Psicologa clinica) jo — izacio (1987-1998): + Professora Sdnia dos Santos Castanheira “Este trabalho estt sendo utilizado em cardter experimental, exelusivamente com os alunos das disciplinas Psicologia Experimental Ie II, do Departamento de Psicologia da UFMG, até que se efetive a publicagdo desta tradugdo, com autorizagdo do diretor da FAFICH-UFMG". Dez. de 1987 go Editoracio / itacd izada — 1998 Elisa Nunes ~ Aluna Psicologia — FAFICH - UEMG Felipe Alexandre N. Santos ~ Aluno MecatrSnica ~ PUCIMG. Jaime Camargos ~ Aluno Psicologia ~ Fac. Newton Paiva ‘Walter Lana — Aluno Psicologia ~ FAFICH ~ UFMG wu Wk INDICE 1. Ciéncia e Comportamento Humano — Trad.: Sénia $. Castanbeira occu 1 ‘Uma ciéncia que cresce. Concluséo. > 2, Condicionamento Operante—Trad.; Sonia S. Castanheita ...... (0 operante: comportamento instrumental. Reforgamento nr ss | Extingfo | Puniga: Descontinuidade da punigéo.... Ieetiniciade © coming Concluszo. . )» 3. Condicionamento Pavloviano — Trad.; Maria José E, Vasconcelos. \'Condicionamento rapido... )Dois tipos de reflexo: {.Condicionamento normal............. Sete determinantes de forga do condicionamento Respostas condicionadas comuns. Extingio Condicionamento de ordem superior Contracondicionamento .. Conclusio.. fengas entre condicionamento operante ¢ pavloviano .. Condicionamento operante e pavioviano..... Conchisio..... 5. Colagem de Estimulos ~ Trad.: Silvia RC. Peteita .o.ceonnnnnnisininiunnntnainnee 67 ‘Miiltiplos estimulos antecedentes.. 07 Estimulos externos e internos..... si i) Generalizacao (operante) B Discriminagao (operante) oo 7 Generalizagao (pavioviana).. 9 Discriminagao (pavioviane).... 81 © papel das palavras na colagem de estimulos as 82 Identificando 0 controle de estimulos. 85 Conciusio. 6. Reforcadores ¢ Punidores Incon ionados ~ Trad: Laura F. Ciruffo conenmnne BD A relatividade dos reforeadores e punidores. Estimulos incondicionad0s.......01.0nsrmn fe Modificagdo dos reforcadores e punidores incondicionados..... O principio de premack. Estimulagdo sensorial Concluséo 7. Reforsadores e Punidores Condicionados ~ Trad. Laura F. Cinuffo processo de condicionamento... Estimulos preditivos .... Reforgadores e punidores sociais ‘Simbolos (tokens) como reforgadores puni Reforgadores e punidores generalizados. Cadeias de operantes, Conclusio 8. Reforcamento Diferencial e Modelagem ~ Trad.: Silvia R. C. Pereira. Reforgamento diferencial Indugio Modelagem Conclusto 9, Modelagio ¢ Aprendizagem Vicariante—Trad,: SOnia S, Castanheira. 164 Trés tipos de efeitos modcladores Aprendizagem vicariante ........0..000 Condicionamento pavloviano...... Comportamento operante.... Modelagao pelos meios de comunicagdo de massa. Concluséo, 167 1 181 184 10. Estimulos Facilitadores (prompts) ~ Trad. Sonia 8, Castanheira Orientagdo fisica... Facilitadores (prompts) mecanico: Figuras Gestos.. Palavras. Conclusao. 185 186 A. Regras — Trad.: Silvia RC. Pereita.....ccesse (iia moummne 190, uso de regres ¢ aprendido.... 5 sit 191 Os 8s para seauir rezras. . on 1B Regras explicitas versus regras implicitas . 195 Imposigdo de rearas.. TELS sceigiomaraizinaeacl 9S: Uso de regras aliado experiéncia direta : 198 Conhecimento ticito ¢ conhecimento explicito 0... ites) 9D As pessoas sabem mais do que conseguem deserever 0 201 A presséo para inventar regras................. Conclusio, 12, Esquemas ~ Trad.: Maria José E. Vasconcellos. Os efeitos sempre presentes de esquemas.. Aquisigo e manutengl0....... ‘ Esquemas de raziio fixa Esquemas de razo varidvel Esquemas de intervalo fixo. Esquemas de intervalo variivel. Efeitas dos esquema Reforgamento diferencial de alts taxas ce respostas - DRH Reforgamento diferencial de baixas taxas de respostas ~ DRL. Esquemas compassados...... Reforgamento diferencial de outro comportamento - DRO Esquemas compostos. Esquemas ndo-contingentes (independents da resposta).. Contingéncias de eforgamentovagamentedefinids Concluséo. 13, Controle Positive ¢ Negativo — Trad.: SGnia S. Castanheira Aplicagées humanisticas Comportamento desejivel Comportamento indesejavel... Alternativas & punigo Conclusio. 14, Pensamento Self ¢ Autocontrole ~ Trad.: Maria José E. Vasconcelos Pensamento é comportament ... Condicionamento operante de pensamento Condicionamento pavloviano de pensementos... S™s e pensamentos .. © curso da consciéncia Atribuigdo de significado... O self, Autocontrole..... Conctus... Prefacio primeira edigdo de Principios do Comportamenio na Vida Diéiria foi uma tentativa preliminar de apresen- tagio dos principios basicos do condiciona- mento operante © Pavioviano junto com a teoria de aprendizagem social e 0 behaviorismo cognitive ha maneira como se aplicam a vida quotidizna. Quatro anos mais tarde, tivemos a oportunidade feliz de estender e refinar 0 tipo de anilise do comportamento iniciado na primeira edigdo. A nova edigfo contém um rnimero maior de principios e ela os desenvolve mais claramente ¢ de forma mais detalhada. Ha uma atengdo significativamente maior a topicos importantes como a interagio dos condicio- ramentos operante e Pevioviano, os antece- dentes como estimulos preditivos, esquemas compostos, contraste comportamental, esque- mas concorrentes e escolha, raciocinio, emogbes, reforgamento intermitente, registros scumulados, 2 lei do efeito, modificagio do ‘comportamento, autocontrole, —habituaczo, efeitos da recuperagdo, emogies vicariantes condicionamento vicariante, ensaio ¢ condicio- namento encoberto, motivagdo interna, desam- paro aprendido € muitos outros tépicos. Todos ‘05 principios sto apresentados em itélico para auxiliar 0 leitor a identificar o material-chave. Além disso, mudamos 0 estilo dos cexemplos para lidar com uma margem maior de eventos da vida didria. A segunda ediggo contém um numero maior de exemplos curtos e sucintos que ilustram 0s principios do comportamento rapida-e ~—_claramente. Reduzimos 0 nimero de exemplos longos, especialmente quando sua extensio podia obscurecer 0s pontos principais. A troca para exemplos mais courts permitiu-nos cobrir um nimero maior de t6picos, que ajuda os alunos 2 aprender mais dos. principios do. comporta- eventos interessantes. tee A extensio da ciéacia do comportamento 4 vida didria tem o potencial de imtroduzi-ta nas areas de treinamento, pesquisa, terapia ¢ teoria. Em primeira lugar, estudar as principios da comporiamento em ambientes naturais ajuda os alunos a aprender como aplicar estes principios a uma margem maior de comporta- imentos diferentes 2 contextos diferentes. Quando os alunos estudam os principios do comportamento com exemplos do laboratério ou da pesquisa clinica, algumas vezes nao conseguem aprender como os principios se aplicam a todo 0 comportamento. Embora tenkam adquirido um repertério verbal para deserever e analisar exemplos de laboratério € clinica, suas abilidades podem no ser aplicaveis a0 comportamenta fora do labora- torio ou do ambiente clinico e podem nao ‘entender a aplicabilidade da ciéncia do compor- tamento a todas as formas de comportamento. Estudar os principios do comportamento na vida didria facilita a generalizagio de habilida- des analitices para um grande nimero de dife- renes comportamentos ¢ diferentes ambientes. ‘Também ajuda os alunos a entender melhor os principios e apreciar seu poder, utilidade e relevancia Em segundo lugar, tanio a pesquisa de laboratério quanto a clinica podem ser alargadas ¢ eniquecidas focalizando-se uma maior atencdo nos comportamentos complexos @ nas varidveis controladoras encontradas nos ambientes naturais. Estudar os padrées com- Portamentais encontrados na vida diéria levanta imimeras questdes sobre © comportamenta e sues miiltiplas variéveis controladoras que, muitas veres, sugerem tépicos de pesquisa que sio Gteis em pesquisas clinicas e de luboratGrio. Una vez. que os estudantes do comportamento aprendem a aplicar prineipios comportamentais tanto 20 ambiente natural quanto ao ambiente de pesquisa, as observacdes em cada um desses tipos de ambiente podem aumentar sua compreensio do comportamento em outros ambientes c estimular mais questdes, mais hipéteses © mais teorias sobre 0 campor- ‘tamento cm geral. Em terceiro lugar, 0 estudo dos principio comportamentais na vida didria pode cumentar a efiedcia da terapia compor- tamenial. Um objetivo primério da terapia, & produzir ganhos comportamentais que persis- tam no ambiente natural do cliente. Entretanto, rmitas vezes a generalizagdo ¢ inadequada _ especialmente quando os terapeutas enfatizam primariamente a mudanca comportamental no ambiente terapéutico e negligenciam diferengas ‘entre esse ambiente ¢ o meio natural do clicnte. A genetalizagio ¢ manuteneao da mudanga do ‘comportamento devem ser programadas _ no deixadas ao acaso '. Como objetivo de aumen- tar a generalizag3o, os terapeutas comporta- mentais devem ser conhecedores das variaveis comportamentais nos ambientes naturais o projetar programas que constuam a ponte entre ambientes terapéuticos ¢ naturais. Por exemplo, os ganhos de tratamento que sio produzidos com reforgamento artificial, ‘modelos planejados, ou regras nfo naturais provavelmente nao se generalizam ao ambiente natural a menos que o comportamento seja * Bimmbaum (1976); Goldstein ¢ Kanfer (1979); Goetr et al. (1979, 984); Costello (1983). gradualmente deslocedo para formas naturais- de reforgamento, modelos e regras. Este livro tornara mais facil a conselheiros ¢ terapeutas identificar as varigveis do comportamento em contextos naturais e programar 05 pasos necessérios para assegurar a generalizaco, Em quarto lugar, esforeos continuados em fazer observacées cuidadosas, objetivas ¢ cientificas do camportamento —didrio fornecerio dados naturalisticos que podem expandir, tanto 0 ramo tedrico quanto o aplicado da ciéncia comportamental. Os dados dos eventos complicados vistos no ambiente natural sio titeis para se entender os padres do comportamento complexo ¢ resolver os tipos de problemas encontrados fora do laboratério clinica _ por exemplo, nas relagdes familiares, educapio, negécios, indistria, organizagdes complexas, comunidade e goveo local, politica, bem-estar social, delinguéncia juvenil, crime etc. Expandindo-se a cigncia do comportamento para lidar com as complexi- dades dos ambientes naturais seria possivel desenvolver meios cada vez mais eficazes de aplicar 0s principios do comportamento a problemas importantes nos niveis individual e social? Em quinto lugar, a extensiio ewidadosa dos principios do comportamenta ao ambiente natural pode beneficiar todas as disciplinas académicas que eshulam 0 comporiamemo Juumano _ psicologia, sociologia, antropologia, ciéncia politica, negécios, educagho, histbria, etc, Para pessoas que se ocupam de disciplinas que lidam com o comportamento que ocorre naturalmente, 2 ciéncia do comportamento mais relevante, mais facilmente aprendida e mais prontamente aplicada quando apresentada com exemplos da vida diéria do que com exemplos de laboratério e da pesquisa clinica’ ? Mead (1934), Skinner (1959), Staats (1975), ¢ outros behavioristas -mostraram um —_intoresse considerdvel na aplicagdo da ciéncia do comportamento tamto a problemas individuais quanto da sociedade, > A teoria psicodindenica vem sido aplicada a virias fireas, em parte porque lida com comportamento Além disso, o tipo de andlise apresentada neste livto pode ajudar a desenvolver uma teoria empiricamente construida que pode idemtficar © ‘trabalho feito nas diferentes disciplinas académicas que lidam com 0 comportamento thumano em ambientes naturais. Cada disciplina desenvolven teorias especializadas para lidar com 2 esséncia de seu proprio objeto de estudo; mas poucas produziram teorias com potenciai para unificar todas as. disciplinas como 0 faz a ciéncia do comportamento, A snilise comportamental da vida diria pode facilitar 0 uso mais amplo da ciéncia do comportamento porque cla une a pesquisa experimental © as observagdes nos ambientes naturais. Ela lida, igualmente bem, tanto com 0 comporiamento "individual quanto 0” social Inclui tanto ages manifestas quanto eventos encobertos = pensamentos, sentimentos ¢ emogdes. E isto é bem apropriado para explicar a interago do comportamento © dos fatores socio-ecolégicas, identificando mudangas tanta ano comportamento quanto no ambiente, ja que cada componente deste sistema interativo evolui e muda através do tempo * Muito da inspiragéo para eserever © feigoar o livro surgiu das aulas dadas a Se brithantes “e indagadores, cuja curiosidade intelectual estimulou nosso proprio. pensamento e estudo. Agradecemos « todos aqueles alunos por suas perguntas, sugestoes ¢ entusiasmo. Somos gratos também ao prof. Jay Alperson, da Palomar University, prof. Thomas E. Billimek, do San Antonio College, prof. David Meissner, da Alfred University e prof. Kenneth N. Wildman, da Ohio Northern University pela leitura cuidadosa do texto em ‘manuscrito e por seus valiosos comentirios criticas, Finalmente, gostariamos de expressar ‘mumano ¢ tenn sido muito acessivel 2 estuddantes em mmuitas disciplinas. * Staats (1975); Baldwin (no preto). nossa gratidfo a Ed Stanford e John Isley pelo- desejo de publicar um livro que tenta levar a cigncia do comportamento numa nova diregao. D.B. LB. Ciéncia e Comportamento Humano Neste capitulo voce vai aprender sobre a ciéncia do comportamento: seus objetivos principais, suas origens na pesquisa de laboratéria, ¢ as vanta- we 5 pessoas esto sempre curiosas a respeito de seus proprios comporta- mentos, suas relagSes com os outros, € as inimeras dificuldades da vida diéria. Dada enorme complexidade do comportamento humano ¢ das interagdes sociais, pode ser muito dificil identficar 05 principios bisicos que explicam 0 comportamento do dia a dia, se se trabalha apenas com os dados da experiéncia didria. A principal premissa deste livro é que 0s principios basicos do comporta- mento, desenvolvidos através da andlise expe- timental do comportamento, possam ser de grande valia para se entender e explicar 0 comportamento humano nos ambientes natu- rai Nosso objetivo aqui ¢ explicar estes principios objetivando a facil apreensto de conccitos ¢ sua utilizagao na compreensio do comportamento na vida cotidiana. As duas razfes principais para a aplicagao dos principios comportamentais & vida didria sio uma melhor compreensio do comportamento ¢ sua aplicagdo pratica. Em primeiro lugar, 0 individu curioso ache a vida cheia de questées intrigantes, “Por que me sinto alegre num dia e triste em outro? Por que algumas pessoas sZo criativas ou alegres, de se estender a ciéncia do comportamento para lidar com a vida enquanto que outras nao o slo? Por que alguns pais educam seus filhos melhor que outros?” Ha imimeres outras questdes importantes que surgem diariamente através da vida. Questdes a respeito do comporta- mento humano provavelmente ocuparam mais a aenglo das pessoas do que questées a respeito do sol, das estrelas, do tempo, das plantas ou animais, mas as respostas tm surgido mais lentamente. Porque as ciéncias da fisica, quimica c biologia se desenvol- veram antes das ciéncias do comportamento, muitas pessoas t8m mais informacbes cientifi- cas a respeito do mundo fisico e biolégico do que a respeito do comportamento, As ciéncias do comportamento sé comegaram a florescer no presente século. Muitas pessoas ainda néo ‘eonhecem os prineipios bésicos do comporta- mento que foram bem documentados nas varias décadas.passadas. Entretanto, ultima- mente, as coisas esto mudando, Agora que as cigneias do comportamento desenvolveram lum corpo de principios bem estabelesidos, também estio estendendo sua influéncia para além do laboratério. Os principios do comportamento esto sendo usados cada vez mais na terapia, edueaclo, eriagi0 de filhos, aconselhamemo de casa, autacontrole. negdcios e governs, A ciéncia do comporta- mento esti atinginda 8 maiaridade. Este livro estende o aio de acho das aplicagies comportamentais para incluir a vida cotidiana. Ele permitira ao individua curioso usar orientagtes cientificas para ajuda a responder as perguntas que tém sido as mais interessanies: “Por que nos comportamos das shunciras que o fiazemos?" Em segundo lugar, hd vantagens pritioas em se aplicar 05. principios do comportamento no dis a dia. A medida que es pessoas ganham informagdo a respcito de seu Préprio comportamento, estio numa posiclo melhor para dirigir as propries vidas, mudar es oisas.que ndo gostam c realizar coisas que de outro modo estariam além de seu alcance. Alem disso, um conbecimento maior dos prineipios do comportamento e de como eles operam nas interagSes soviais, pode pernitir as pessoas desenvolver uma maior sensibili- dade aos outros, aprender a melhorar a qualidade de seu comportamento nas interagdes. criar relacdes mais. gratificantes. Os principios do comportamento discutidas neste livro podem também ajudar as pessoas a se tormarem mais brincalhonas e criativas, a Converter as interagSes socials aversivas em positives, obter maior comtrole sobre seus Droprios pensaimentos e apes, @ muito mais, A ciéncia do comportamento esta afastando © véu de mistério que por muito tempo envolveu © comportamenio: humane, permi- tindo cada vex mais 2 pessoas se beneficia- rem da methora da qualidade de seu proprio comportamento e suas relates sociais. ‘O compertamento humano & na sua maior parte, comiportatnento aprendido. Muitas pessoas aprenden somente uma pequena porgio das habilidades, dos talentos e Seasibilidades que poderiam aprender. Flas desenvolvem somente uma fragio de seu ppoteneial humano, Se soubessem mais a res. peito dos principios bisicos dz aprendizagem poderiam desenvolver muito mais suas capae ccidades. Os principios apresentados neste tivo explicam como o comportamento é Erncoio a Comportomants na Vids Dia 2 aprendida ¢ modificade, © eonhectmento dok principios do comportamento pode ajudar as essoas a apreender um novo eomportatiento mais depressa, mais facilmente, e de um modo mais gratificame do que seria possivel de outra forma, S6 por esta razdo, a cidacia comportamental & uma das mais importantes cléncias: ela fornece as pessoas as-ferramentas intelectuais de que precisam para tomar 2 Aprefidizagem ¢ 0 desenvolvimento do sew Potencial humano uma experiéncia gratifi- cate © satisfatoria. FIGURA 1.1 Grande parte dos primeizos trabalhos comportamentais foi conduzida no laboratério onde era possivel realizar pesquisas experimentais precisas ¢ cams- fiveis, sob condigies controiadas. UMA CIENCIA QUE CRESCE A cigncia do comportamente relacio-na~ 86 com o total do comportamento humano. falar, amar, comer sanduiches, pintar quadros, vender imbvels, aprender coisas —novas, esquecer coisas antigas. Tudo que a gente far, aig mesmo pensar e fantasiar, € comporta- mento! A ciéncia comportamental fornece © ead (1934), Skinner (1969:1974), Mahoney (1974), Meichenbeum (1977).¢ muitos outros: behavio ristas incluens 6 pensamento caeno- umm comportamento que dese ser analisado em qualquer tcoria compre fensiva do eomportamento humane. “ma evencta at comportamento adequada deve cansiderar ex eventos ferramentas poderosas para explicar porque ‘Os Mos comportamos da maneira como o fazemos. Somos cercados ¢ envolvidos por comportamento 0 tempo todo. Ainda assim, poucas pessoas conseguem uma boa compreensao dos principios findamentais que explicam 0 comportamento. Estamos sempre 8 préximos do comportamento que “as drvores nos impedem de ver a Sloresta”. Conhecemos individuos e suas idiossincrasias to bem que frequentemente deixamos de ver os amplos padrées subjacentes a todo comportamento. Para entender os principios universais do comportamento humano, tem sido til utilizar a pesquisa de laboratério baseada na andlise experimental do comportamento. FIGURA 1.2 Burhus Frederic Skinner (1904-90) A ciéncia_comportamental 9 inicio do século XX como uma teagio_as teorias psicolégicas introspectivas ¢ néo cientificas, daquela época, Desdé o inicio, principal objetivo da ciéncia do comport em sido desenvolver_um_estudo empirico. do comportamento baseado em que acontecem debaixo da pete de wm organism, nao como mediadores fisiolégiees de comportamento, mas conio parte do priprio comporiamenta” (Skinner, 1969:228). Principios do Comportamentn na Vids Digna 3 observagdes objetivas tanto do comporta- ‘mento quanto de suas variaveis controlador: Grande parte dos primeiros trabalhos con tamentais foi conduzida no laboratorio onde era possivel realizar pesquisas experimentais precisas e confidveis, sob condigées controla- das. A fim de localizar os principios basicos, padres simples de comportamento foram selecionados e estudados sob condigdes am- bientais simplificadas, Através das décadas, experimentos de laboratério cada vez mais complexos se tornaram possiveis ¢ os princi- pios de comportamento originals foram claborados e ampliados para cobrir padrées de comportamento cada vez mais complexos Tao logo os principios de comporamento se tornaram melhor compreendidos, foi possivel estender a tcoria da aprendizagem do labora- torio as aplicagdes clinicas © a0 ambiente natural. O Journal of Applied Bahavior Analysis foi criado em 1968 para publicar os resultados da pesquisa aplicada em ambientes naturais © seu sucesso cvidencia a utilidade de se estender a anilise do comportamento & vida cotidiana. A Etologia - a escola européia de pesquisa de comportamento animal - também cstimulou o interesse pelo estudo do compor- tamento em contextos naturais Estas miltiplas influgneias expandiram a cigncia comportamental modera além de sua énfase original na pesquisa de laboratério, O estudo da vida cotidiana é um dos mais novos ramos da matéria. Todos os cientistas do comportamento compartitham um profi do compromisso de conduzir uma anilise do comportamento precisa ¢ objetiva. A principal ‘mudanga, resultante da nova énfase na obser- vaggo do comportamento em ambientes naturais, foi um aumento da atengo dedicada aos padrées do comportamento complexo. assim como o provesso do desenvolvimento © socializagio comportamental, através dos quais estes padres so aprendidos. O ambiente natural ¢ consideravel- mente mais complexo que os ambientes de -—— niin cr Cormrameic nn vie iad laborasaria’, Miltiplos fatores operars sirmul- Lineamente € produzem indimeros efeitos interacionais que no so normalmente eriados ou estudados no laboratorio. vverdade que estudar 0 camportamento em contextos naturais forga o observador a abandonar ¢ controle experimental e condi- ‘ses simplificadas que tornam os estudos de laberatorio tio padermsos. Enietamto, a evtensdo. da ciéncia comportamental ao ambiente natural é essencial para se entender como os principios do camporiamento se aplicam cas eventos cotidianos ¢ coma eles pedem ser usados mais efetivamente para resolver problemas, tanto no nivel individua! quanto social. Skinner, Homans, Bandura, Scott, Wolf, Burgess, Kunkle, Baer, Mahoney, Meichenbaum, Akers © muitos ‘outros famecem modelos para se estender as analises do comportamento a problemas do mundo real no governo, educaco, terapi agresso, crime, autocomtrole, comportamento moral, ete. Se hi uma perda do controle, comum 0 laboratério, hi um ganho compensador em relevancia Em certo sentido, a unalise comporta- mental da vida didria é comparavel com @ astronomia, assim como as formas de estude, de Jaborsi6rio da cigncia comportamental se ‘comparam com a fisics de laboratorio?. Tanto > Alguns consideram o-estuda do comportmento 10 ‘ambiente natural Uo compleno que eles nao o tentum. Enirctnto, tanto os estudos de lnborario quanto es de -ainpe Ses panies rts, e cada wi ode GAT ‘mentar 0 owe, perfitamcate, para fomocer una melhor compresasio do vomportamenio (Bandura © Walters, 1963:39f, Mason, 1958). 5 Comparar 0 estuéo comportamenial da. vida cotidiana com a astronoatia (porque merebua cla tem aerser 998 conroles de laborasirio) lo wit lesculpa para no se fazer cbservandes cuidadosas € siemtficas, A asirnosiia Moresoew por Gta desks obseraqies detatadas, sia precisio © dispasicl0 de vilizar dados de laborsiitio ent aniliplas “dress (Quen os eonurles e os experimentos naturzis esto dsponiveis, 03 astraoamos ficam ansiosos para usi-los, ceatretanto, 05 srrinomas 239 desisiem d= seu trabalho mmeramcnte porque iio podent ober eseontole pssivel no Faboravrie. Os tados especiais © os. “inaighs ispaniveis do ambieme namual justficam 0 csforgo a astronomia quanto 2 fisica de laboratéria estudam o mundo fisico ¢ sums teorias se ajustam muito bem. Mas a astronomia se apdia mais na observagio cuidadosa de céus fomotes © experimentos nasurais do que na manipulagto experimental de variavels cuida- dosamente comrotadas no Iaboratorio. Apesar da auséncia do controle de laboratério, 2 astronomia desenvolveu-se, Foi a primeira das igncias modemas a florescer durante 2 Renascenga ¢ observaies cuidadosas das esirelas contimam a fomecer dados que formam 0 desenvalvimento da teoria na fisica contempotinea. O estudo comportamental da vida cotidiana - baseado em observagio cuidadosa e em experimentos naturais - tem 0 potencial de fornecer informagao valiosa ‘Sobre padrées de comportamento natural complexo ¢ de acelerar o desenvolvimente das ciéacias comportamentais, Louis Pasteur - 0 cientista francés que apticou seu conhecimento de quimica & ogia a muitos problemas diarios - “nos campos da observagdo, a sorte favorece apenas @ mente que esié preparada”". © mundo aa nosso redor nos fornece uma fonte constante de cxemplos interessantes do comportamento natural. Ainda assim, muitas pessoas mio este preparadas para “ver” 05 principios intriganies que esto operando ‘constantemente, bem debaixo de seus olhos. Qs principios do comportameato, derivados das pesquisas de laboratério, nos preparam para fazermos observagbes sensiveis da vida cotidiana, Este fivro foi feito para tomar os Principios basicns da citncia do compor- lamente mais ficeis de entender © de aplicar a todos os fipos de eventos didrios. Foram selecionadas contenas de exemplos da vida sdidria para ilustrar os diversos principios. O fiveo comega com os principios mais basicas do comportamento nos capitulos iniciais para ‘neluir considerages cada ver mais. sutis ‘extn negessirio pant se fazer observagbies nuturar listcas, mesmo quando os controles de expetimenios 4s Laboratorio mo sto possess Uma vez que os principios bisicos nos primeiros capitulos fornecem os fundamentos sobre 0s qutis se constroem todos os principios posteriores, o leitor vera imedia- tamente nos capitulos iniciais, algumas das mais poderosas generalizagdes acerca do comportamento assim como aplici-los aos eventos diirios significativos. Os capitulos posteriores tratam de gencralizagSes empiricas adicionais, necessarias para compreender toda @ extensio da experiéncia humana. Os capitulos finais fornecem informagies espe- cialmente importantes para tomar a vida mais positiva ¢ dar melhor controle sobre os proprios pensamentos ¢ agdes. Para ajudar 0 leitor a identificar e¢ dominar as idéias principais, todos os principios importantes foram acentuados pelo uso de itlico. Tentamos tornar o livro sensato e cientifico, baseados na crenga de que a ciéncia pode ser tum dos meios mais iteis e humanisticos de compreender e enfrentar as complexidades do mundo em que vivemos’ Puincipios do Comportamanio na vida Diaria FIGURA 1.3 Albert Bandura ( 1925 - ) CONCLUSAO Este livro se propde a apresentar os principios do comportamento de modo a facilitar sua aplicagao na vida diéria. O conhecimento dos principios de comportamento que operam na vida diiria podem ajudar pessoas a compreender melhor suas vidas e ajuda-tas a melhorar a qualidade de seu comportamento e relagdes sociais. A andlise comportamental da vida didria é uma continuacao da cigncia que comegou com pesquisa em laboratorio sendo depois estendida a aplicagdes clinicas e mais recentemente expandiu para pesquisa comportamental aplicada em ambientes naturais. A continuagdo dessa linha de desenvolvimento, para incluir a andlise do comportamento da vida ia pode, potencialmente, fazer avanger a ciéncia do comportamento € outras disciplinas académicas que tratam do comportamento humano, * Branowski (1965, 197). Condicionamento 2? Operante Neste capitulo vocé vai descobrir como 0 comportamento voluntiirio é aprendida ¢ alterado aa lango do tetipo, dependenda das tipos de efeitos que ele produz, e dos tipos de sinais que o preceilen. condicionamento operante & uma das formas mais basicas de sprendizayem ‘que afeta virtwalmente todas as formas do comportamento humano. Thorndike ¢ Skinner estavamn entre os primeiros lideres: no desenvolvimento dos principios do condicio- namento operante, Este capitulo explica as caracteristicas basicas do contlicionamento ‘operante - como 0 comportamento & modifi- ‘cado por suas consequénciss. Aspectos adicio- is do condicionamento operante sto diseutidos ao longo do livre." |A primeira formulagia dos princtpios do operante ¢ conhecida como a lei do efeito. Esta Jei é bascada na abservagio de por lamesto voluntario & influenciado por seus efeitos. Se um artista esta experimentanda tintas pasiéis ¢ cria alguns eftitas banitos, os efeitos adequados sumentam suas chances de Usi-las novamente. Se 0 uso exploratdrio dos pastéis tivesse levado a efeitos ruins, em * Pura maiores detathes. sobre condicionamento ic vga Nevin ¢ Reynolds (1971), Honing © Staddoa (1977), Favel (1977), Zeer © Harzem (1979), Kalish (1981), © Journai of the Experimental Anabsis of Behavior. © 0 Saurnal of Applied Behavioral Analysis, Es divers exeasplos nest capiula, mites Tavares am do stmples eforgamenio ou panigio esto perando a saber. modelos, regrax plsias ou esquemas). Estamos dcixando de falar destes fabors, ‘neste capinule. para simpilica, Estes ores wlicionats so dlecutsos em capitulos sbooqalnucs diversas pinturas consecutivas, 6 _pouco provivel que o artista continuasse a usé-los, De corde com a lei do efeito, 2 compor-iamenno due prods Bos efeias tence 52 fornar mei Fregiiente enquanio que 0 comporiamento que produz mans efeitos re 2 ¢ formar imenas freqrente. Formulagies mais recentes dos_princi- pios do operamte ampliaram a lei do eftito. 0. comporiamento_¢_ influengiado.sZe_sormente pelos efeitos que 0 seguem, mas também pelos (pistas sitwaciowals que 0 precedem, Um ‘comportamento pode ter bons efeitos em uma situagio mas maus efeitos em outras. Pisar no acelerador leva a bons efeitos quando o sinal de transito esta verde ¢ tem péssimas conse quéncias quando ele esti vermelho, Coma resultado disso, as pessoas 86 tomam sensiveis aos lembretes das situagdes - dx pistes antece- = que precedem seus comportamentos ¢ dam a discriminar se um comportamento toma provaveis bons ou maus efeitos em uma determinada situago, As luzes verde e vermelha de um sinal de transito ajudam as pessoas a diseriminar se pisar no acelerador produzira bons ou maus efeitos. Loge, ©, comportamente& influeneiado tanta por pisiar amteevelendenies que o preve- ddem quanto pelos = ou conse giénctas ~ que © Seguem. Os principios do condiciona- mento operante podem ser expressos numa formula simples A-R-C, significam dicas antecedentes, respostas (com portamento) € consegiléncias. A relac&o entre estes elementos € simbolizada assim Asher Ge Dicas _antecedentes _vém _antes_do, comportamento: a3 conseatiéncias do compor- flecha entre Re € indica que 0 comportamento causa as consequéncias. A habilidade no uso de tntas pastels proditz consequéncias agradé- veis. Pisar no acelerador num sinal vermelho causa acidentes - e multas de transito. Os dois pontos entre A eR na equagéo indicam que as dicas antecedéntes 0 causam 0 comporta- ‘ent; eas meramente estakelecem a ocasttio are O comportamento. Ter uma tela num cavalete nfo faz com que um artista crie um quadro; isto meramente estabelece 2 ocasiao para o artista fazer uma variedade de coisas - sentar e pensar, fazer um desenho carvlo num bloco, misturar uma entre diversas cores na palheta. Os ilos_antecedentes _ntio eliciam automaticamente resposta, eles. apenas estabelecem a ocasido para 0 comportamento ocorrer. 0 comportamento operante & freqiien- temente produzido através dos sistemas nervoso € muscular voluntarios; & os estimulos, aritecedentes indicam & adequago de possivcis comportamentos voluntarios (ao_ invés..de. respostas disparadas como mum reflexo estinulo-resposta). Um aspecto basico do condicionamento operante € que as _consegiténcias de um comporlamenta iifuenciam (1) as freqéncia futuras do compor dicas antecedentes de_servi casidio para 0 comportamento ocorrer no futuro. 1530 significa qué o terceird elemento da equagéo A:RC influencia o status futuro de ambos os elementos precedentes. Portamio, 0 ponto inicial para se analisar a relagio_ A:R-2C. esti nas conseqiéncias. As consoquéacias (C).si0 as_molasmestras do _ condicionamento operante: elas fazem 0 comportamento (R), onde A, R, Cy Poneipios do Comportamento na Vida Diénia 7 ficar mais ou menos frequente, e elas fazem os. esiimulos antecedentes (A) relevantes para cada comportamento, se tomarem _pistas que estabelecem a ocasifo para se repetir ou noo comportamento no futuro. A probabilidade furura de qualquer comportamento operante dado é aumentada ou diminuida pelo tipo de consequéneias que seguem o comportamento. As consegiiéncias que fazem um comporta- ‘mento se tornar menos freqiiente so chamados punidores, Colocado em termos da lei do efeito, 08 reforgadores so bons efeitos que aumentam a probabilidade de um comportamento, € os ponidores so os maus efeitos que diminuem a probabilidade do comportamento. Quando um treinador tenta diversas estratégias diferentes pare melhorar 0 desempenho do time, equelas estratégias que produzem bons efeitos - reforgadores - provavelmente sero mantidas desenvolvidas posteriormente; ¢ aquelas estra- tégias que produzem maus efeitos - puridores - so provavelmente abandonadas. Os estimulos antecedentes, que_estabe- lecem a ocasifo para 0 comportamento ope- rante, podem vir de dentro ou de fora do corpo - de nossos proprios pensamentos, emogies oit movimentos corporais, de palavras ou ages de coutras pessoas, de qualquer objeto ou coisa viva. Sentir-se feliz pode estabelecer a ooasiéo para éc telefoner para um amigo ou escrever um poema, Um vento subito pode estabelecer a ocasido para se fechar a janela ou colocar um suéier. As consoqiiéncias que reforgam ou punem © comportamento so também estinul também podem vir de dentro ou de fora do corpo. Pensamentos, emogGes, comportamento de cutra pessoa, objetos e coisas vivas podem todos funcionar como reforgadores e punidores, Os atletas frequentemente se esforgam 20 maximo porque a melhora didria é recompen- sada pela idéia de que poderio quebrar um recorde ou se qualificar para competigdes olimpics ou profissionais. Considerando que 0s reforgadores e os punidores sao estinmutos, 0 processo pelo qual esiesestimilos afetam comportamento & chamado reforgameno_e punigéio. Reforcadores, tais como comida, For necem reforcamento para o comer. Punidores, (ais como cortes, fornecem punigao para 0 manejo descuidado de facas afiadas, Este capitulo descreve as interrelacdes basicas entre as trés partes da equapdo A:R3C. Mostra como o reforcamento ¢ a punigéo afetam tanto as pistas antecedentes quanto © comportamento. AS pistas antece- dentes, associadas com 0 comportamento que € reforgado ou punido, se tornam predit cado ov punido no futuro. 0 Capitulo 5 apre- senta informago adicional sobre os estimulos antecedentes que precedem 0 comportamento operante. As conseqiéncias que segucm_o, comportamento operante ndo so imutaycis, ¢ algu servir_como_ reforgadores uma hora € como punidores em outras. 05 fatores que determinam se tima conseqiiéncia é um reforgador ou punidor (ow nenhum desses) serio discutidos nos Capitulos 6e7. © OPERANTE: COMPORTAMENTO_ INSTRUMENTAL Uma forma de se entender 0 compor- tamento operante ¢ perceber que ele opera Se uma pessoa esta tocando esté operando no ambiente - operando o teclado do piano - de forma a produzir misica, A qualidade da musica e os comentarios de ouvintes sfo 2s conseqaéneias que condicio- nam o desempenho operante da pessoa a0 piano. 0 tocar coordenado e sensivel produz ‘boa miisica e aprovardo social que reforgam as habilidades necessirias para se tocar bem. Tocar mal soa muim, é provavel que seja criticado, e entdo € punido. 0 condicionamento operante é algumes. vezes “chamado de condicionamento instru- mental porque ele é instrumental na mudanga do ambiente e na produgdo de consequéncias. ‘Trabalhar até tarde no escritério de advocacia pode ser instrumental para se ganhar um caso complexo na justiga (wm reforcador). Quando Principlos oo Compertemente na vida Diane 8 vocé vé um carro de policia, diminuir 2 velocidade até o limite permitido ¢ instrumental para se evitar uma multa de transito (um punidor) _ tee eriment cie por $ua_Cal produzir_certe yéqieacias (€ mao pela aparéncia fisiea das "resposias envotvidas), Por exemplo, em profundidade” & um. operente. Hé muitos padres possiveis de comportamento que podem resultar num “passe em profuundidade” bem sucedido. Nao ha dois jogadores que fagam 0 “passe” da mesma maneira, hé até mesmo variagiio nos passes de um tinico jo dor. Entretanto, qualquer uma dessas variagdes que resulta na consequéneia de um “passe” completo pertence a mesma categoria de comportamento. Logo, um operante é_w classe de resposia (0 dréa_sombreada na Figura 2.1) que pode conter muitos desem- penhos variados (A, B,C,D), embora nem todos ‘0s desempenhos (E,F,G,H) estejam incluidos. Alguns exemplos de classes de respostas ‘operantes sio: uma piada engragada, um sorriso amigo, um comentario critico, um olhar para tras, cantar findamente, pensar com ldgica. Se ‘um cantor vern ao palco ¢ canta desafinado, seu fraco desemponho provavelmente resultari, em queixas, critica e pouca audiéneia em perfor- mances futuras. Ha milhées de maneiras de se cantar mal, e qualquer uma delas tard conse- quéncias punitivas. Hi também muitas formas de se cantar bem elas resultam em conse- pesca reforgadoras. Tados os padrées de 2 produzem as mesmas cogil pertencem 6 mesma classe de FIGURA 2,1 Uma classe de respostas contendo quatro padrdes de compor- tamento (A, B, CeD). Principios do Comportamento ne Vida Di 9 gor Sana Semanaz Semare3 Semanad Semanas Semana § ra 25) a Pagar jornal eler 20 ‘Numero total de resposias L-—] a Ian cescrit6rio do jornal 2 30S Dias FIGURA 2.2. Um registro acumulado que mostra 0 nimero total de vezes que um estudante desempenhou dois operantes diferentes num periodo de 6 semanas. Os sibados e domingos — dias nos quais uma das respostas néo podia ser emitida ~ so indicados por S&D. ‘Uma vez que os reforgadores € os punidores séo as molas mestras do condicio- namento operante, 0 resto do capitulo gira em torno das quatro formas fimdamentais pelas quais as conseqliéncias afetam o comporta- mento: (1) reforgamento, (2) extingao (isto é, a inerrupgia do reforgamenta), (3) punigéo, ¢ (4) interrupgao da punigdo. REFORCAMENTO Re res_que seguem um operant aumentam a probabilidade dele ocorrer futuro, Um reforgador & tarabém chamade de estimulo reforcador (S'). O processo pelo qial @ fregitencia do comportamento & aumentada é chaamada reforg a A velocidade com a qual uma pessoa ‘aprende um comportamento operante depende da complexidade do comportamento, do nivel atual de capacidades da pessoa, dos reforga- dores envolvidos ¢ de numerosas ouiras variéveis, As atividades de um calouro durante as primeiras semanas no campus. ilustram alguns dos efeitos de reforgamento no compor- tamento, © calouro planeja se graduar em Jornalismo ou Comunicagao ¢ espera obter um fugar no jornal do campus. Entio, muitas facetas do jornal do campus funcionario como reforcadores para o estudante. Vamos consi- 10 basicamente uma afiemagdo descritva, logo, lo envolve légica em ciscular. Ver nota Ino Capitulo 6. derar como dais comportamentos - um facil e um mais diffeil - sto aprendides devido aos reforgudores. associados com © Jomalisme © jornais, O comporamento facil ¢ pegar ler o jomal do campus. No primeiro dia no campus © calouro observa que o jamal ¢ distribuido gratuitamente nos dormitdrios, pega ume 0 Ié Estes operantes sio recompensadios porque se vé as ultimas noticias, fotografias ¢ cartoons © reforgamento imediato sumenta as chances do estudante pegar ¢ ler 0 jornal na futuro. A Figura 22 apresenta um regisiro canmdativo das respostas do estudante nos primeiros 42 dias (@ semanas) na escols, Registros acumulados fornecem uma maneira conveniente de se visualizar padres de compertamento mostrando o mimero total de vespostas que uma pessoa deu durante uit periodo de tempo. As linhas no registro acumulado fazem um degrau para cima cada vez que um comportamento ¢ emitido; eles permanecem na horizontal durante o tempo que & pessoa no emite o comportamento, © ‘nimero total de respostas dada & mostrado esquerda no. registro acumulado. Af pontilbada na Figura 2.2 mostra o registro acumulade do caloure ao pegar 0 jornal diario. No primeiro dia no campus, o estudante apanhou © jomal e foi recompensade por ver as noticias, cartoons ¢ fotografias. O registro acumulado mostra que 0 estudante repetiu 0 comportamento todo dia, pelos 3. primeiros dias da semana, NSo hi respostas nos 2 dias seguintes, j& que o jomal néo é publicado no sibado domingo. Cade semana seguinte apresemta cinco respostes seguidas pela pausa de sibado © domingo, Desde que pegar 0 jornal & uma resposta de ficil desempenho produz reforgamemio imediato, © estudante aprendeu-a no primeiro dia © nio perdew uma unica oportunidade de obter este reforgo durame 23.6 semanas inteiras mostradas no registro acumaiedo, O segundo comportamento, mostrado.na linha continua na Figura 2.2, é 0 de trabalhar no escritério do jomal do campus. Este comportamento exige consideravelmente mais Prineloios de Cemporteenento na Vide Disra 10. habilidade e esforgo do que simplesmente pegar @ jormal no dormitério, # © registro acumulada mostra que a estudante aprendeu esta atividade mais vagarosamente. No quarto dia de aula, 0 calouro visitou 0 escritério do jomal pela primeira vez para ver se havia .uma chance de trabalho, © 0 editor sugeriu que 0 calouro tentasse eserever um artigo como experiéncia Foi recompensador conversar com o editor e obter uma chance de eserever um artigo, O estudante foi para casa e trabalhou por varios dias nesta amostra, tentando escrever algo que pudesse ser aceito para publicagao. Apenas no 1° dia de aula ele voltou ao escritério do jornal com 0 artigo. © editor leu o trabalho, deu a0 estudante um “feedback” encorajador, fez algumas modifica-Ges iieis © sugeriu uma nova entrevista para o prosimo fim-de-semana, © encorgjamento forneceu reforgamento para escrever artigos. Quatro dias mais tarde, 0 estudante volta ao eseritério do jornal com 0 novo artigo, que foi aceita para publicacto quase sem nenhuma alteragio. Mais recompensas. Como o estudante aprendeu como esorever melhor, 0 tempo médio necessirio para preparar cada artigo se tornou menor Durante as proximas semanas o estudante voltou ua escritérie do jornal cada vez com maior freqiéncia, e cada visita ao escritério era recompensado por “feedback” positive sobre os artigos e interagdes mais e mais amigaveis cam ‘95 editores, repérieres © 0 corpo editorial, Durante as primeiras cinco semanas de aula, ‘houve mais ou menos 5 ou 8 dias de pausas ‘entre as visitas ao escritério; mas coma o estudante methorou sua capacidade de escrever bons artigos, cle veio a trabalhar no escrttério mais frequentemente, mesmo nos fins de seman ‘© registro acumulada mostra que comportamentos fictis (tals como pegar o jornal) podem. ser aprendidos quase imediata- mente € executados no nivel maximo por longos periodes de tempo, Comportamentos mais diffeeis (iais como escrever para wn Jornal) so getalmente aprendides mais entamente, Entretanto, na ditima semana mos- trada no registro acumulado, o estudante traba- thou no escritéria de jornal por 5 dias num total de 7, tomando sea comportamento tio feqiiente quanto 0 comportamento simples de pegar o jornal cinco dias na semana, Uma vez dominados, os comportamentos que exigem dade podem ser realizados tio freqiientemente quanto as atividades mais simples, se produzem amplo reforgamento. ESTIMULOS DISCRIMINATIVOS Quando uma resposta (R) é seguida por estinuilos reforcadores (S*'s) em um contexto mas ndo em outros, as pistas do context antecedent associadas com © Teforgamento 52 fornaaa estinullos discriminarivos (S°'s). Estes S's estabelecem_a ocasifio para s. Por exemplo, se um ameri= 10 estd cm um pais estrangeiro onde poucas pessoas falam inglés, sinais escritos pala SE INGLES AQUI” se tornam S?’s estabelecer « ocasifo para se conversar em inglés com os nativos. Quando os sinais esto presentes, hi uma boa chance de que falar em inglés levard & comunicagio ¢ serd reforgado or respostas significativas. Quando os sinai esto ausentes, as chances siio de que ninguém entender’, @ que falar em inglés no sera reforyado. mente serd reforcado sto mais proviveis de se tornarem S°'s, Um aviso escrito “FALA-SE INGLES AQUI” ‘& obviamente um bom indicador de que falar em inglés produzira resultados recompensadores. Numerosas outras pistas podem se tomar S°'s para se usar inglés. Uma vez que os funcionérios bem vestidos em hotéis e restaurantes intema- cionais geraimente falam inglés eles podem servir como $°"s para se usar o inglés - se uma pessoa tiver tido experiéncias reforeadoras Principios do Comportamento na Vide Digria 11 falando inglés com tis individuos. Os estudantes em universidades —estrangeiras freqiientemente falam inglés, logo os indica- Gores de que uma pessoa & um estudante universitario podem se tomar S's para se conversar em inglés - para aqueles que tiveram resultados reforgadores ao falar com estudantes. um _comportamento_ nao é seguido par reforgamento, os estimulas que ‘mellior predizem 0 ndio reforgamenso se tornam Ss, _ estimulos os _deerininate para_niio. responder. Estes EE | (promuncie deltas] si pista que ae avisam que i provavel que o comportamento seja reforgado testa situa paticular(comsdatondd que as $°'s avisam que o reforcamento é proviivel. Num pais estrangeiro, fojas com avisos “FALA-SE INGLES AQUI" se tomam S”'s para se falar em inglés; 2 lojas sem tais avisos se tornam S“'s para ndo se usar inglés, se 0 inglés for raramente falado 1a. Desde que nativos pobres ¢ incultos raramente falam inglés, as pistes de que uma pessoa é pobre ou inculta também servem como S”’s para nio se falar inglés. Nos dois titimos pardgratos, esté claro que diversas pistas podem se tornar S's ¢ Ss para o mesmo comportamento, Nao hd apenas lum tnico S° e S* para cada comportamento, S?'s para se falar em inglés podem incluir avisos em inglés, estilos de roupa, e locais (iais como restaurantes ou hotéis internacionais), Alem disso, cada individuo pode aprender a responcler a diferentes pistas, dependendo de sua historia passada particular de reforgamento. ‘Um estudante pode ser sensivel 2 certas pistas como $?'s.e S"s, enquanto um bangueiro é sensivel a outras, Os estinulos_que_siio_S?'s_para_um. comporiamento podem ser S“s para_outras respostas. Quando um estrangeiro que nfo sabe inglés visita pela primeira vez os Estados Unidos ¢ se depara com portas marcadas com “PUSH (empurre) e “PULL” (puxe), ele pode nao discriminar entre estas 2 pistas ¢ aleatoria- mente empurtar ou puxar as portas até que um dos dois atos seja reforgado, Gradualmente os avisos "PUSH" se tornam $°'s para empurrar $s para puxar, ji que empurrar ¢ reforgador © puxar nio. Do mesmo modo, as avisos “PULL” “se tornaria S? ss: ‘r para puxar ¢ Ss para empurrar, ja que puxar é teforgador © empurrar no. Qualquer estimulo_ pessoa, lugar ou coisa - pode se tomar um $° para todos"os comportamentos que tenhii” sido reforgados e um S* pars todos 03 eampor- u ni tenham sido reforcagos em_ sua presenga. Um banca intemcioral se toma um .S° para se trocar tioeda estrangeira por délares © um S* para todos os tipos de atividades que mio slo recompensadas se forem feitas ali, Um eartiio postal fornece 5°'s para se escrever nele € Ss para nfo mastigi- lo ¢ comé-lo, Como as pessoas aprendem a iminar entre $s ¢ $5 para um dado operante, & mais provivel que realize este comportamento na presenga de 7's do que na presenga de So's, Entretanto, 03 57's nao. causam © comportamento. jante estras ‘geiro pode passar por diversos bancos antes de entrar cm um para trocar dinheiro, ow comprar dez cartdes postais ¢ 56 escrever em seis, Algumas vezes as pessoas aprendem a discriminar entre duss experiéncias reforga- doras 26 porque uma fornece mais refarge- dores que @ outta, Pistas antecedentes que Predizem mats reforcamento se tornam S's, © Fistas que predizem menas reforcamenta se tornam Ss, Podem existir dois restaurantes gue fomecem boa comida, mas uma pessoa acha um deles um pouco melhor que 0 outro. © restaurante methor se tormg um $? para Jantar ¢ 0 pior, um S* para no jantar. L Logo, pista uizcedees podem s¢_tornar S78 (i). porque sdo associadas cam nenkum reforga- ‘mano ou (2) ineramenie porque elas sto associadas com inenos reforcamento. do gue ‘esc elispontvel em Gutra ‘As discriminagSes podem ser aprendidas répida ou vagerosamente. Muitas vezes discri= minagSes sutis entre mais ow menax reforga mento demoram mais para serem aprendidas do que discriminages ficcis entre reforga- mento € nil reforgamento. Quando as pessoas se mudam para uma cidade nova, elas tém que Compertaments na Vii aprender muitas discriminagdes novas, tais somo 3 melhores lugares para se comer, comprar © abter cuidados médicos. Se a nova sidade tem trés cadeias de mercearias = X,Y € Z - 0 novo morador pode aprender 2 discri- minar entre as trés tipos de lojas em diferentes velocidades, A primeira vez que @ nova morador vai até o mercado Z seri abvio que a baixa qualidade e pouea variedade de produtos fard a compra ai powce compensadara. Entio, 0 mercado Z s¢ toma rapidamente um S* para nao se comprar li. ¢o morador pode sai dx loja sem fevar coisa alguma Eniretanio, a discriminagio entre os mereados X ¢ ¥ pode nko ser tao facil, Muitos vizinhos recomendaram # mercearia X, mas ‘uiras pessoas recomendaram a Y. Por diversas semanas 0 nove morador aleatoria e indiscrin- ‘nadamente vai c vem entre X e ¥, nio notando muita diferenga entre os alimentos comprados nos dois mercados, Ambos fornecem bons Produtos e, portanto, so 5°’ para comprar. 0. Fegistro scumulado apresentado na Figura 2.3 mostra. que para a5 prineiras 10 semanas, o ‘novo motador comprou éinée vezes no mercado 2 @ cinco vezes no Y. Entretanto, durante as ‘varias. semanas seguintes alguns pequenos incidentes revelaram que os produtos nos dois ‘mercados nde cram igucis. Na semana 13, 2 ‘came no mercado Y nio estava muito fiesca Embora s6 isso nfo fosse o bastante para fazer ‘uma pessoa parar de comprar no mercado Y, ‘isto sugere uma possivel diferenga na qualidade de alimento nos dois mercados, Na semana 15, 4 alfsee no mercado Y estava niurcha © amassada, Q morador nunca tinha observado tais problemas no mercado X. Na semana 19, 0 pacote de Ieite no mercado Y estava azedo, Pouco # pouco, © novo morador discriminou que comprar no mercado Y era ligeiramente menos recompensador do que comprar no mercado X. Entre as semanas 10 © 20, 0 armazém Y deixou de ser um S? para @ compra. © se tornou um S* para née comprar, Este S* nfo se baseau na auséncia total de recom pensus, porque o armazém Y tinha muitos produtos bons. Entretanto, diferencas pe guenas, as consiantes, na qualidade dos reforgadores io suficientes para fazer uma pessoa aprender a zi 8 [Numero total de compras em cada Ioja . 0 Prinsibios do Comporementa na Vida Diaria 13 Toa x Loja ¥ 15 20 Fs 30 Semanas FIGURA 2.3. Um registro acurmilado que mostra 0 mimero total de vezes que uma pessoa fez. compras em dois diferentes mercados, X e Y. Observe a semelhanga das freqiiéncias de resposies nas primeiras 10 semanas antes da discriminagao © ento ‘os padtdes bem diferentes de responder nas uitimas 10 semanas, depois que a discriminagao ficou clara. a discriminar difereneas sutis. Apés a semana 19, o armazém X era um SP para comprar e 0. Y era um S* para ndo comprar. A Figura 2.3 mostra que, como a pessoa comegou a discriminar as diferengas na qualidade dos alimentos entre as semanas 10 ¢ 20, ela parou gradualmente de fazer compras no armazém Y. Apés a 19* semana, o registro acurmlado nfo mostra nenhuma escolha adicional do armazém Y, Simulténeamente, 0 registro mostra um aumento das compras no armazém X, jd que a pessoa fazia compras 1a toda semana ao invés de somente metade das vores. As pessoas desenvolvem numerosas iscriminagSes sutis entre situagdes que fornecem reforgamento semelhante - mas um pouquinho diferentes: entre restaurantes bons € excelentes, entre bons discos e discos razoiveis, um bom servigo médico e um excepcional servigo médico, REFORCAMENTO POSITIVO_E NEGATIVO ‘Ha dois tipos de reforgamento: positive ¢ |, negativo, Reforgar significa fortalecer, e tanto 0 ‘(reforgamenio positive quanto 0 negative forta- ‘Tecem comportamento. Ambos aumentam a probabilidade da pessoa repetir_o com tamento no futuro, A diferenca critica & que 0 reforgamento positivo acorre com 0 surgintenio de um Cen ige Serres @ negativo ocorre com término de um estimulo aversive. Em termos da lei do efeité, 0 reforeat it consiste no surgimento de bons efeitos, ¢ 0. roforgamento negative consiste rio término de maus efeitos. O comego de uma misica agradivel fornece reforgamento positive para ligar o stereo. O término de um som aversivo produz reforgamento negativo para desligar 0 despertador pela manké. Receber um prémio por quebrer um recorde na pista fornece + ye reforgamento positivo para o exercicio ¢ treino regulares, Livrar-se de uma dor de garganta produz reforcamento negative para chupar pastilhas de garganta. Aumentar 0 nimero de sorrisos e risadas numa festa produz reforgamento positivo para contar piadas e estorias engracadas. Diminuir 0 numero de brigas em um casamento produz reforgamento nogativo para se ir a um conselheiro matrimonial e sequir seus conselhios. As pistas antecedentes que precedem qualquer tipo de reforgamento - positivo ou negativo - se tomam S®"s. Assim, os S™’s do aumento da escuridio dos fins de tarde estabelecem a ocasido para se ascender as luzes, porque este operante produz o reforgamento positivo de se enxergar as coisas & noite, Os S's de bocejo e sonoléncia estabelecem a ocasigo para se desligar as luzes tarde da noite porque este operante produz 0 reforgamento negativo pelo térnmino da claridade das Idmpadas que tomam dificil dormir. As pistas antecedentes que precedem o ‘comportamento que nfo produz nem reforgo positive nem negative - ou menos reforgamento do que o disponivel em outro jugar - se tornam Ss, A maioria dos comportamentos pode ser foralecida tanto por reforgamento positive ‘quanto por reforcamento negative. Considere-se a polidez. Se, a sua polidez se seguem somtisos ¢ palavras agradiveis de ‘outras pessoas, o aparecimento de bons efeitos fornece reforgamento positive para a sua polidez, Se vocé © polido com alguém mal- humorado a pessoa para de resmungar, 0 témino dos maus eventos fornece um reforsamento negativo para a sua cortesia, Criancinhas sempre recebem reforgamento positivo © negativo por se aproximar em correndo dos pais. Se a mic esta sentada na sala de visitas e seu filho pula no seu joelho Ihe pede para brincar “de cavalinho”, a mac balanga a crianga no seu joelho. A ocorréncia do jogo reforga a resposta da crianga de se aproximar e pedir para brincar. Logo, balangar a crianga produz reforgamento positivo para 0 ‘comportamento de se aproximar da mae. Por Erincigios do ida Disria ‘outro lado, quando uma crianga surge com uma ferpa no dedo, ela pode procurar o pai para ajudé-la a remover a ferpa, Quando o pai o faz, © término da estimulagdo aversiva da lasca de madeira reforga a resposta da crianga de procurar 0 pai. Ento, remover a ferpa fornece forgamento negativo para se aproximar do adulto em busca de ajuda. Os pais se tormam SP's para a resposia de aproximagio devido tanto ao reforgamento positivo quanto ao negativo, Reforcamento Positivo aiimeniaos bons efelios € as experiéncias agradéveis em suas vidas. SS Assim, 0 reforgamento positive € um método ideal para ajudar as pessoas a aprender em coisas de formas mais agradaveis. A crianga que aprende a ajudar nos servigos de casa via reforgamento positive - comentarios aprecia- tivos e carinhosos dos pai - achara bom ajudar (0s puis (em vez de fazé-lo como dever ow mnedo de reprimenda). Os pais que mostram uma atengdo sincera e afetiva para seu filho como reforgamento positive para a cortesia, amizade, ‘cooperaco ¢ considerarao tertio um fitho que sente prazer em tratar os outros bem © reforgamento positivo é um mérodo ideal para aumentar a criatividade. As pessoas tém o potencial para serem criativas ou no. O subconjunto particular deste potencial humano que qualquer individuo desenvolve depende, em parte, dos padrdes de reforgamento, como demonstra um estudo sobre criatividade na infaincia? Enquamto as eriangas brincavam com locos de construglo, recebiam reforgadores sociais seja por construir formas inovadoras € criativas seja por repetisiio de formas velhas. As criangas que receberam —recompensas somente quando construiram estruturas novas & interessantes se toraram mais criativas © 9 Goetz ¢ Baer (1973). inovadoras no seu jogo de blocos. As outras ccriangas, que receberam recompensas por repetirem velhos padres, se tomnaram menos criativas porque seus padres repetitivos eram incompativeis com os novos e criativos. Estu- dos similares tm mostrado que o reforca- ‘mento aumentara a criatividade na escrita, pintura e cutros esforgos artisticos.' Ao longo da vida, todos nds recebemos reforcadores para as respostas criativas @ no criativas. Quanto mais reforgamento acompanha 0 com- portamento criativo em vez do no tiativo maior a probabilidade de que desenvolvamos 0 aspecto criativo de nosso potencial humano. Infelizmente, o dia a dia de muitas pessoas esta cheio de tarefas e deveres que reforgam 0 comportamento repetitivo ao invés do compor- tamento inovador. Um dos objetivos das ciéncias comportamentais é ajudar as pessoas a aumentar o reforgamento positivo para o comportamento criativo ¢ inovador> © reforgemento positive pode ser liberado de forma natural ou artificial, Nos todos ja ouvimos adultos fazerem clogios claramente attificiais ¢ ndo sinceros is criangas: “Maria, que linda casa de madeira vooe consiruix”. Q clogio forcado & Tecompensas artificiais sio algumas vezes no muito efetivos para se reforgar um comportamento, Recompensas pouco naturais, muito pensadas, podem mesmo diminuir a frequéncia de um operante so forem usadas de forma manipulativa® Entretanto, 0 feedback pasitivo, natural e sincero, é geralmente tanto agradivel de se receber quanto efetivo para reforgar comportamento. © reforgamento positivo natural ocorre muito espontneamente quando as pessoas mostram —respostas entusiastices € de apoio a coisas que outras fizeram: "Puxa! Vocd tem um saque poderoso, Sonia!” “Que bom vocé aparecer, Tom!” Sorrisos sinceros © comentirios apreciativos sobre © comportamento de outras pessoas so * Goetz © Salmonson (1972); Maloney e Hopkins (1973). 5 Mahoney (v7). “ Lepper e Greene (1975); Condry (1977) Principios do Comnensmonto na Vida Diéria 15, as formas mais comuns de reforgemento- positivo natural visto na vide didria - mesmo que muites pessoas no estejam conscientes de que estio dando ou recebendo reforcamento ositivo, quando estas formas naturais de feedback pasitivo sto trocadas. Algumas pessoas tendem a dar muito mais reforgamento positivo que outres, Em vez de comentar mais as faltas e inadequagdes dos outros, a pessoa positiva tende a focar os acertos € mostrar um prazer genuino sobre eles. “Nossa, que forografias lindas vooé trou!” Este estilo de interago social dé 20s outros 0 reforgamento positivo pelas coisas boas que tenham feito em vez de crticas pelos seus fizcassos. Como vocé pode imaginar, € um razer conhever pessoas positivas uma vez que so generosas em seus “feedbacks” positives. Como conseqiiéacia, as pessoas posi tendem a ser queridas,” © reforgamento positivo tem sido sempre mais comum nos negécios ¢ indistria para recompensar 08 trabalhadores produtivos ¢ criar um bom relacionamento de confianga entre empregados ¢ a administragao. Por exemplo, usam-se “algemas douradas" para reter na companhia empregados valiosos tais como ‘engenheiros que projetam chips de computador. 44 que outres companhias tentam aliciar ‘emprezados capacitades com altos salarios, um empregador tem que tomar o omprego reforcador para que os empregados no saiam. O empregador pode oferecer “algemas doura- das” a um empregado excelente, tais como um novo automével Porsche, financiado em 10 anos, 2 juros baixos, com a promessa de a companhia assumir os pagamentos depois da permanéncia do empregado na firma por 5 anos. Para obter as recompensas de ter 0 carro completamente pago, o empregado deveré ficar na_companhia pelos 5 anos completos. 0 reforgamento positive ajuda o trabalhador a docidir ficar ¢ eria sentimentos positives para com a companhia. Thibaut e Kelly (1959); Homans (1974), g Pontualidade Principios do Comportemento na Vida Diéria 16. FIGURA 24 A percentagem de pessoas que sio pontuais sob seis condigdes de reforgamento. Reproduzido de Herman et al. Copyright da Sociedade para a anélise do comportamento, Inc. 1973. Uma vez que a produtividade industrial pode ser diminuida significativamente pelo absenteismo tém-se feito esforgos para se reduzit 0 atraso fornecendo reforgamento positivo pela pontualidade. Uma companhia no ‘México edotou um método de reforgamento positivo para resolver seus problemas com 0s empregados retardatérios* Todo dia que os empregados se apresentavam 20 servigo no hhoririo, eles recebiam ticas de papel confir- mando que sua pontualidade thes garantia 2 pesos extras por dia (um cumenio de 4% acima dos salérios normais). 0s trabalhadores podiam colecionar estas tiras e trocé-las por dinheiro no fim da semana. A Figura 2.4 mostra como as recompensas foram efetivas no reforgo da pontualidade. Antes do inicio éo programa, quando ngo havia nenhuma recom- pensa especial pela pontualidade (cm A) * Hermann etal, (1973). somente 80% dos trabalhadores chegavam na hora. Durante 8 semanas que os reforgadores positivos eram dados por chegar na hora (B), a pontualidade aumentou significativamente, com 97% & 99% das pessoas chegando dentro do horario. Houve entio um periodo de 4 semanas no qual nfo foi dada nenhuma recompensa pela Pontualidade (C), © os scores de pontualidade diminuiram para 92%, Quando as recompensas foram reinstaladas para as proximas 9 semanas (D), 08 scores da pontualidade aumenteram de novo, alcangando 95% a 100%. Durante as 12 semanas seauintes, 0 reforcamento pela pontua- lidade foi removido novamente (E), ¢ as taxas de pontualidade diminuiram, Para as 32 semanas finais de estudo (F), 0 reforgamento positivo para a pontualidade foi reinstalado, aumentando a freqiéncia da classe de resposta significativamente. © reforgamento positivo pode vir de fontes nio sociais como se vé no seguinte exemplo de reforgamento de percepedo seletiva, As pessoas 86 prestam atengdo a uma. fragio da totalidade dos estimulos om seu ambiente - no notando muitas coisas que acontecem ao seu redor. Um dos determinantes dessa percepedo seletiva & 0 reforgamento positive. Voce talvez ja tenha experimentado uma “descoberta fortuita” ¢ notado a répida mudanea na atengio visual produzida por este tipo de reforgamento Positivo. Por cxemplo, enquanto anda pela rua, Mike descobriu, por acaso, um papel verde perto do meio-fio. Para sua surpresa é uma nota de 5 reais. Quando ele a apanha vé uma segunda nota alguns metros a frente, Todas as duas estavam empoeiradas. No se sabe quem as perdeu ou quando. Entfo Mike as coloca no bolso ¢ continua seu trajeto. Alguns momentos mais tarde, cle nota uma mudanga em seu proprio comportamento. Ele néo olha mais para as arvores ou casas. Em vez disso, seus olhos se mantém explorando 0 chio como se ‘stivesse procurando outro “achado fortuito”. © comportamento de olhar para o chio foi acompanhado pelo reforgamento positivo de achar 0 dinheiro. Este reforgamento positive fortaleceu 05 operantes de olhar para baixo © explorar o cho. Apés um feliz achado como ste as pessoas, algumas vezes, observam que olham para 0 chiio mais do que 0 usual por diversos dias. Uma vez que focalizar a atengdo numa coisa ou noutra exige menos esforgo ¢ é facil de se aprender, um reforgamento positivo pode ter efeitos duradouros ‘nos padrdes da. atengio seletiva. Reforcamento Negativo Enquanto que 0 reforcamento positiva traz_bons efeitos € experiéncias agradéveis em nossas vidas, 0 reforcamento negativo corre qui experiéneias aversivas. ‘Ter uma ferpa retirada é um prazer; mas isto envolve alguma dor no inicio. Ser cortés com um guarda para evitar uma multa por Principles do Comportamento na Vide Didrig 17 excess de velocidade € recompensador, mas suas mios ficaram provavelmente suadas antes do policial Ihe dizer que vocé no sera preso. Remover ferpas ¢ evitar multas de trinsito sto. recompensadores, mas 2s recompensas do reforgamento negativo sao baseadas no término de situagdes aversivas em vez do surgimento de bons efzitos ¢ experiéncias apradiveis. As duas principais classes de compor- tamento produzidas por reforcamento nega- tivo silo fuga e esquiva.’ As respostas de fuga sio aqueles operan- tes que permitem uma pessoa fugir dos estimulos aversivos depois que os estimulos aversivos estio presentes. Respostas de esquiva sdo aqueles operantes que permitem uma pessoa prevenir a ocorréncia de estimulos aversivos antes que os estimulos aversivos aparegam. Moscas so irritantes. O compor- tamento que acaba com elas © seu zumbido ineémodo é fortalecido pelo reforcamento negativo. Nos fugimos das moseas inedmodas espantando-as com um golpe quando aparecem. Nos as evizamos quando instalamos portas teladas e papel pegs-mosca para prevenir sua presenga. Pessoas criticas sio algumas vezes como moscas aborrecidas: “Por que voc ndo fez isto deste feito? Por que vocé nao pode fazer aguilo de outro modo?” Ha muitas respostas de fuga que deveriam ser reforcadas: por exemplo, seria suficiente dizer polidamente: “Eu poderia passar sem seus comentarios”. Se sso nfo fancionar, algumas pessoas poderiam dizer: “Desinfeta”, “Cale-se”, ow alguma coisa até mais forte, Ha numeroses respostas que as pessoas usam para evitar a critica - tais como evitar interagdo com pessoas que criticam, ou evitar emitir aqueles comportamentos que tém probabilidade de serem criticados. Algumas * AS primeiras teorias de esquiva ¢ reforgamento negativo enfatizaram o papel dos estimulos aversivos ‘condicionados (e algunas veres as respostas emocionais aversivas condicionadas concomitantemenic) na media- #0 do comportamento de esquiva, entretanto hi una rizo para no se inchuir estes supostos eventos ‘mediadores numa teoria geral de reforgamento negativo (Gineline, 1977), pessoas tentar telharar seus comporiamentos para evitar criticas, Fuga envolve reagde depois que um eveiite aversivo aparece. Esquiva envolve prevencdo adoio de medidas preventivas - antes que surja um evento aversivo, AS pessoas reagem as ferpas tirando-as; elas as previnem usando luvas antes de lidar com madeira cortada, As pessoas reagem a ressaca tomando aspirina; clas previnem a ressaca bebende menos que a quantidade que a exe inffincia. Primeiro, as criangas aprendem a fugir do inedmodo causuda pelas calcinhas molhadas removendo-as, Mais tarde, apren- dem a evitar ficar de calgas molhadus evitando acidentes urinarios. Primeiro, aprendem a fugir do valentio da sala corrende quando 0 véem. Mais tarde, aprendem a evitar lugares onde o colega brigio possa estar. A medida que as pessoas erescem ¢ ganham experiéncia, é cormim aprenderem novas habilidades para prevenir e evitar problemas, ¢ a esquiva se toma mais freqdente que a fuga. Entretanto, quando surgem problemas totalmente novos ¢ inesperados, mesmo os adultos podem voltar 9s padrBes de primero aprender como escapar © entao como evitar. Durante as primeiras semanas aps se mudar para uma nova cidade, uma pessoa pode se ver presa nam trinsito dificil do qual levard horas para fugir. Depois de morar alguns meses na nova cidade a pessos aprender a evitar dirigir nas ress congestionadas nas horas de trifego dificil, Normalmemte, é necessério mais tempo © experiéncia para aprender a prevenir ¢ evitar do que aprender a reagir e fugir. Depois de se mudar para uma nova eidade a pessoa pode se er presa no trafego varias vezes antes de aprender como 0 trafego pode ser dificil. Pode ser necessario ainda mais tempo para aprender quando © onde 0 trafego € pior. Eventual mente, todas as pistas do “onde” e “quando” se tomam $s que the permitem prevenir ¢ evitar 0 congestionamento de trinsito, Enire- Princiolos do Compariamento ne Veda Diss 18 ‘amo, antes que estas pistas se tomem Ss, as ‘anicas pistas disponiveis para a pessoa sho S°"s para fuga - ou s¢ja, os S°"s de ficar preso- num ‘congestionamento, Alguns cassis permitem que seus sasamenios se deteriorem com brigas ¢ discussdies. Ai eles reagem tentando escapar da situagdio aversive através do aconselhamento de casais, divércio ou arranjando ligagSes extra- conjugais, Outros casais, que véem seus amigos tendo problemas conjugais, podem prevenir tentando melhorar sua comunicagdo resolvendo as diferengas antes que surjam os. problemas, evitando, desta forma, pelo menos ‘algumas das briges e discusses que poderiam prejudicar seus casamentos. Infelizmente, multas pessoas mio aprendem a prevenit a tempo de slvar seus casamentos, Os govemos naciomis, estaduais e municipais usam, frequentemente 9 reforga- mento negative na forma de redugdo de impostos Em alguns A pesquisa snbee © condcionameno Pavlovian & apresctada. cm detalics por Rescorla (1967, 1969, 1980), Researia © Wagner (1972) Temace (1971), Fanta © Logan (197%) Ivan Petrovich Pavlov (1849 = 1936) CONDICIONAMENTO RAPIDO Para simplificar, consideraremos primei- +o um tipo de candicionamento Pavioviano que core depois de um cmparelhamento de um estimulo neutso e um reflexo (qpesar de a maior parte do condicionamento Pavloviano requerer emparethamenros miltipios), Diver- 405 tinos de alimentos gordurosos, eontamina- dos ou eavenenados podem provorar um enj60 de estOmago na pessoa e desencadear respostas reflexas de miusea e vomito. Pode bastar apenas um emparcthamento de um certo tipo de alimento com o reflexo de vémito part ccondicionar uma forte resposta negativa iquele alimento especifico. Esse condicionarnento rapido reflete consideravel preparagdo bialé- gica para o condicionamento do reflexo de ‘vOrito.! Uma vez que evitar alimentos mains & importante para a sobrevivéncia, essa prepara- G40 bioldgica € facilmente relacionada i causas cvoluciondrias. Aqucles que. estilo preparados pars aprender rapidamente a evitar alimentos ruins tém as melhores chances de sobreviver. © condicionamento rapido de respostas negativas a certos alimentos ¢ eomum na vida didria, Por exemplo, se um amigo o convida para ir a. um bom restaurante e 0 convence a ‘experimentar um alimento do tar, voce pode inocentemente escolher algo gorduroso demais: para seu est8mago. Quando chegam as maris- ‘eos enrolados em bacon gordo c recobertos com ereme de leite, eles s80 doces © suoulentos, Para sua grande surpresa, uma ow daas horas depois, seu estémago comega a reclamar. © alimento gorduroso, pesado, foi demais para voc, © voce sente que estio surgindo enjoo © néuseas, Apés meia hora, voeé esl amotando forte ¢, imediatamente depois, tudo volta. Gosto horrivel! E seu estémago no se acalma por mais de uma hora © alimemto gorduroso desencadcou um reflexo bisico que ¢ parte de um sistema biolégico de seguranca que repele do corpo 0 alimento ruim, O condicionamento Pavioviano se constréi a partir desse reflexo basico. Cada vyez que 0 reflexo de vimito & eliciado pelo alimente ruim, 0 tipo de alimento que vood comeu antes de ficar enjosdo se toma + Brean © Beolaad (1066y. Skinner (1969), Seligman ¢ Hager (1972); Logucet af, (1981). Principios do Gompatamente na Vide Didria 35 associade com as sensagbes de enjoo. © gosto, Mecanismo wsado por Pavlov para estudar ‘a resposta alivar condicionada ern ces. © cheiro © até mesmo o pensar nos mariscos fritos no bacon deixam de ser estimulos apetitosos. De fato. a proxima vez que voce vir mariscos mum cardipio, ou sentar-se pesto de alguém que pede mariscos, vac® pode sentir enjéo no estémago, talver até um poues de nausea. Devido a0 condicionamento: Pavlovi- ano, um nove estimulo - mariscos » tornou-se associado com o reflexo de vimito biclagic mente estabelecido. A experigncia de aprendi- zagem estabeleceu uma arversdo comdicionada por alimento - nese caso, uma repugnincla por ‘mariseos © condicionamento Pavloviana permite que cada individuo aprends que alimentos especificos em seu ambiente desencadciam o reflexo de vOmito, Uma pessoa na California pode comer um jantar gorduroso & base de moluseo que desencadeia uma intensa indispo- sigio estomacal, Para essa pessoa, molusco se toma o estimule condicionado que, mais tarde, provoca sensagies de niuusea, enquanto matis- cos nao provocam nenhum sentimento.aversivo. ‘Um native da chuvosa floresta amazénica pode tomar-se indisposto depois de experimentar uma fruta vermelha secentemente deseoberta, © assim aprender uma aversio gustativa associada ‘com esse alimento. Todos comegamos a vida com os mesmos reflexos biologicamente estabelecidos. Mas o condicionamento Pavlo- -viano nos di a fexibilidade para ir além das respostas biologicamente determinadas. As experiéncias de vida partioulares de cada individuo criam padres de condicionamento aque refletem a historia passada de aprendiza- gem da pessoa, ‘A aprendizagem nos permite beneficiar- nos da experigncia, Se vosé fiex doente, uma vez, por causa de cefto alimento, 2 niuses condicionada, que voeé sente quanto exposto Aquole alimemto, no futuro 0 ajuders 2 eviter air de-nevo no mesmo erro.* Em alguns casos = como rio de alimentos envencnados - isso pode fazer uma diferenca de vida ow morte Num estude de $17 alunos. 65 por cento dos estudantes titiham pelo menos uma aversio por alimento.’ A maior parte delas se estabeleceu ‘virias horas depois de comer um alimento que sausou cnjdo. E mais provavel o gosto do alimento tomnaf-se © estimmlo condicionado (C8) para a aversio condicionadz do que a aparéncia ou cheira do alimento, # mais provavel alimentos rao familiares se tomarem 9s C's para aversiies por alimento. DOIS TIPOS DE REFLEXOS Um reflexo eonsiste de wmer seqiiéncia stimulo-resposia ret qual o estinnulo ( 5 } elicka nome resposta ¢ R } S= km Uma pancada no joetho inicta uma flexio da pera, Um alimento rain no estéma- go elicia contragies estomacais © vémitos. Toear os genitals elicia a resposta sexual ‘O tipa tais basieo de reflexo €o reflexo biologicamente estabelecide ou inato, que ¢ dhamado de reflex Meondieionada, para * Nesse excamplo ¢ 4m outros neste capita, hii uma interagao entre coadicionamenio operante ¢ Pavioiaa0. ‘A esquiva fui de mars alumentns exulia de condicio- ‘Tmantg pperante..\ interagio é comm porqae. Ba ids firia. 0 condisionaaiento operane eo Pavlovian 580 feqiestemente enrelasads (ver capiulo *Laguge eta. (1981) Pracipos do Campatameno na vida piiria 3 indicar que nfo eavoive nenium condicio- namento. Em todes os reflexos incondicio-- = nados, apenas um estimulo biologicamente determinado pode cliciar a resposta reflexa Esse estimulo € chamado estimulo incondicio~ ‘nado (US), para indicar que nio € necessirio enhum condicionamenta para esse estilo, liciar a resposta reflexa. A respasta que & eliciada pelo US ¢ chamada resposta ‘fconidt- cionadér (UR), para indicar que nlo ¢ necessario nenhum condicionamento para a producio dessa resposta. © reflexo incondicionado ¢ & sequéncia US > UR, a linha superior da figura seguinte. Uma picada ou arte na mio € um US que elicia a UR de purar rapidamente a mao para tris. (© segunda tipo de reflexo, @ reflexa condicionada, ¢ estabelecido através do condi- cionamento Pavioviano, Todo condicionamen- to Pavioviano se constrdi a partir de reflexos inatos, incondicionados. Antes do condicionas ‘mento, apenas um US é eapaz de eliciar uma resposta reflexa (o quadro da extremidade fesquerda na figura ecia). No inicio do condisionamento, um estimula newtro (NS) € cmparethado com 0 US uma ou mais vezes (3 linha vertical pontihada na figura). Durante 0 condicionamento, © estimufo neutro se torna um estimulo condicionade (C8) que elicia uma resposta condicionada (CR), O rellexo Néusea condicionada e vémitos so alguns dos sintonaas apresentades por ‘alguns pacientes antes ce seremt submetidos novamente @ qatimioterapia. do Compras Via ii ‘Amesdo | Iniciodo | Durante o Apos 0 Condicionamento | Condicionamento | Condicionamemto |Condicionamento 1, Inato us> UR us > UR US+UR | 2. Aprendido NS CsocR | CS>CR condicionado é a seqiéncia CS -> CR na linha inferior da figura, Depois que se estabelecea um reflexo condicionado, a seqi@neia apren- dida C5 —> CR pode operar, mesmo na ausén- ia do reflexo incondicionado (o quadro da extremidade dircita na figura) © condicfomamento Pavioviane ocorre quando um estimula neuiro & emparelieado ‘com um reflexo ¢ se torna nm CS capaz de veliciar uma CR. Antes de uma pessoa desenvolver uma aversio alimentar condicio- nada, somente o US de um alimento ruim pode cliciar um reflexo de vomito. De pois que uma pessoa conte um alimento gorduroso e fica enjoada, o gosto dagucle alimente se forma um C8 com o poder de eliciar respostas reflexas de sensagdes dé mal estar no esiémago ¢ niuses. Depois do condicionamento, 9 CS pode cliciar néusca ¢ sensagSet desagradéveis fanfes que a pessoa cometa o erro de colocar alimento gorduroso no estémago (a US) pela segunda vez, Assim, os CS's contém informagio importante, No cus de aversies alimentares, servem como estitnulos de aviso gue indicam o perigo, eliciando néuisea antes de a pessoa comer um alimento que, no passado, Ihe causau néuseas Apesar de um CS ser capaz de eliciar uma resposta reflexa, a resposta condicionads, (CRY nfo € idéntica a resposta ineandicionada CUR). Apesar de a CR ser muitas veaes similar & UR ¢ algumas veres bastante ciferente,” Usuatmente «CR & menos intensa e demora mais a qparecer do que a UR aléin de cuiras diferenigas passiveis, Depois que uma pessoa " Biterman e Woodard (1976) Halland (1977) aprende uma averse alimentar condickonada, © gosto do alimento ¢ um CS que elicia a CR de niusea 6 sentiments aversivas Essa CR é notavelmente diferente da UR de fortes contragées estomucais ¢ vomitos. Quando um ‘pai bate numa crianga por ter corrido paraa tu, a batida dolorosa ¢ um US que elicia ligrimas © choro. Estimulos associados com o bater - estar ‘na rua e ver 0 pai sc aproximandéo com raiva - tomamese CS"s que eliciarn a CR de lagrimas ¢ chora, Entretanto, a5 ligrimas e 9 choro eliciados pelos CS's no sto to intensos quanto os eliciados pela palmada forte (0 US). ESTIMULOS PREDITIVOS Que estimulos ‘2m mais probabifidade de tommar-se estimulos condicionados? Quando uma pessoa esti mum restaurante comendo alimente gorduroso, que logo deseneadeara 0 reflexo de enjéo, incomtiveis estimulos presen- tes podem tornar-se associados com o rellexa Entre esses, esto os sons da miisica ambiente, ‘visio do gargom e de outras pessoas, t6picos de conversagio ¢ gosto do alimento gorduroso. Qual desses estimulos tem mais probabilidade de tornar-se assoviada com 9 reflexo de enjéo? Ox estinrutos que so mais fortemente eorrelacionados com it US td mais probabilidade de toearens-se CS°s ‘Todas as espécies superiores so sensiveis a correlagies entre reflexos @ 0 estimulos que os precedem, Os estimulos antecedentes que so melhor correlacionados com um reflexo tém mais probabilidade de se tomerem CS's Na vida da maioria das pessoas, ter indisposigio estomacal € relativamente pouco comum Comer algo navo, um alimento fordurase - tal como mariscos fritos no bacon = salienta-se como pouco comum, também. E mais facilmente associado com enjéo do que todos 0s outros estimulos do resteurante que no fo pouco usuais - tais como musica ambiente, pessoas ¢ topieos de conversagio. Os estimulos que estavam —geralmente presentes quando o alimento no causou enjOo mo tém probabilidade de se tomaram asyociados com o evento pouc comum de niusea € enjdo. Quanto mais altamente um CS esti comelacionade com um US, mais informacio ele contém sobre o US. Essa informago toma- 9 um estimulo preditivo que sinaliza que um sero US © @ reflexo incondicionado estio ‘prestes 2 aparecer. O gosto de alimento gorduraso é um bom preditor de que podemos eajoar, se © comermos, A misica ambiente, pessoas no restaurante @ assuntos da conversa nao sio preditores de possivel enjéo. Uma pessoa poderia ir ao mesmo restaurante onde se deseavolveu uma aversio alimentar, ouvir a mesma musica € falar sobre Os mesmos assuntos sem enjoar, se ela simplesmente pedis lum tipo de olimento diferente. Somente 0 alimento gordurose, pouco comum, fica tao altamente corrclacionado ¢ preditive de enjéo, ‘em mais probabilidade de tomar-se 0 CS para endo, Pacientes canceroses que receberam quittioterapiamuilas vezes experimentam niuseas € vomites como efeito colateral dos fortes clementes quimicos usados em tal terapia, A quimioterapia € 0 US que elicia 0 enjdo incondicionado. Depais de submeter-se 4 quimioterapia, alguns pacientes comeram a experimentar nausea condicionada ¢ vOmitos antes de irem para a terapia, Perceber que esta ma hora de ir para a terapia € umd pista preditiva que € comrelacionsda com a ‘quimnioterapia (o US), por isso, 0 calendario € ‘a reldgio fomecem CS's que eliciam © enjéo -condicionado antes da terapia comegar* ° y niuiea ¢ 9 vEmite condicionados que precedem a tenpis mio si0 aliviados por drogss. Entriante, © Principios do Comparamenta na Vida Dida 38 ‘Apesar das pessoas serem sensiveis a comelagdes entre pistas preditivas ¢ reflexos, elas no fezem sempre as associagdes corretas, Por exemple, pacientes cancerosos que recebem ‘quimioterapia algumas veres desenvolvem aversies condicionadas por alimentos que comeram antes de it para 2 terapia Pacientes que comem sorvete antes de sus. quimioterapi podem desenvolver iuma aversio & sorvete, © rendem a eviter comer sorvete, depois de urn ico emparcibamento com 0 enjéo.” Apesar €© alimento ser correlacionado algumas vezes com @ enjéo, nesse caso a associagao ¢ incorreta. O ealendario ¢ o relogio proporcionan melhores estimuios preditivos. Mesmo que estimulos erados se tormem algumas veces CS's para respostas ceflexas, associagbes totalmente errOneas nic s8o muito comuns, CONDICIONAMENTO NORMAL ‘A. maior parte do condicionamento Pavloviano no acontece to rapidamente como ‘2 aprendizagem de aversOes alimentares. Nar ‘maior parte dos casos, um estimato neutro deve ser emparelhado com wn US, em diverses ocasides, antes cde st tornar um CS capaz de uma resposta observvel, A resposta sexual & um reflexo. que ‘usaalmente se condiciona numa velocidade que é tipisa da maior parte dos outros reflexes." As respostas sexusis de machos ¢ fmeas sto reflexos biologicamente estabelecidos, media~ dos pela medula inferior’, ¢ 0 condicionamento condicionamento Pavlaviane s¢ mestrou efetivo para fislinizar 1 niiwoea condicionada (Momow ¢ Morr, 1982), ° eenstein etal (1982, © De todas as resposias rflewas consideriias neste ‘eapitulo, a5 respestas Sexuais © a8 respostas cmocionais ‘30 os dois lipas de reflexos que lem © papel mais imporianle i vida diitia na interario social, Por fseret to importants na vida dria 6 reflexos sexta & ‘cmiocional apareserio em mumerosos exemplos dursnie este capitulo "" Raichadanrian ¢ Lunde (980:87-90), Pavloviano desses reflexos usualmente exive diversas experiéncias de condicionamente. A. estimulagao tatil dos genitais é 0 estimulo incondicionada que elicia ax respostas incondi- cionadas de eregio do pénis, lubrificacio vaginal, ©, com suficiente estimulagio, 0 corgasmo. Pencamentos, palavras, imagens visuais, odores © uma multidio de outros estimulos podem torner-se CS's sexuais que eliciam respostas sewuais (CR’s), 38 aqueles CS's tiverem side emparethados com o reflex sexual incondicionado (US-+UR). Estretanto, © condicionamenta semua - como a maior parte do condicionamento Pavioviano - Usualmente requer miiltiplos emparelhamentos para estabelecer 0 reflexo condicionado ‘A maior parte dos garotos aprende a se inicio da adolescéncia."* Durante estimulagao titil dos genitais serve como 0 US que elicia respostas sexusis incondicionadas de erego do pénis ¢ sensa- (ges de prazer. © condicionamento Pavloviana entra em cena se outros estimulos vém a ser emparethados com o reflexo sexual. Por exemplo, unta tarde, um garoto pode ver uma gravura de revista de uma mulher atraente Naquela noite, s¢ 0 gatoto s6 masturbar, seus pensamentos podem girar em tomo da imagem visual da mulher. Uma vez que a imagem visual esté sendo emparelhada com 0: reflexo sexual, cla comega a torniar-se tim estirmulo ‘ondicionado. Depois de apenas um emparc~ thamento, 0 garoto mio notaré nenbuma mudanga marcante, quand® olhar fleuras de mulheres em revisias, Entretamio, 0 adolescente provavelmente usaré imagens de sorpos femmininos em mumerosas ocasides, ‘enquanto se masturbar, portanto, haverd miltiplos emparethamentos de imagens femnininas ¢ 6 reflexo sexual. Como resultado do condicionamenta Pevloviano, as imagens se tornam €S’s que so capazes de eliciar uma -variedade de respostas sexuais. - inclusive a repo do pais © respastas emocionais de " Kinsey eta. (1948); une (1974), Anno (1975), Marks et al. (1965); Mess (1966), Marks © Gelder (1967, Tollison e Adams (19°79), Fri emento na Vida 39 prazer - mesmo na auséncia do US, 2 esti Tago sexual direta.”” Cada individuo pode aprender um conjunto umico de CS's sexusis, dependendo de sua historia particular de condicionamento Pavioviano. Uma mulher pode ter tido interagies sexuais muito positivas com um amante: © para ela, varias imagens, sons, c outros estimulos, presentes enquamo fazia amor com esse homem, podem tomarse CS's semais. Até o pensar sobre esses estimulos pode cliciar excitagfo sexual, Uma segunda mmuther, vinda de um ambiente que punia 0 interesse ou x expresso sexual pode constatar que ela tem muito poucos CS's sexuais porque teve poucas oportunidades para que © processo de condiciomamento criasse esses CS's. Varia. ger no condicianamento s40 perftitamente “naturals” no sentido de que cada pessoa teri um conjunto inico de CS's devido 4s expe- rigncias particulares de condicionamento de cada individuo Algumas mulheres usam vibradores por- que a estimulagdo vibrante suave ¢ bastante efetiva para eliciar respostas stxuais, desde 4 excitagda inicial até 0 orgasma. Estimulacto suave dos geniiais ¢ 0 US que elicia a respasta sexual incondicionada (UR). Uma ver. que 0 numbido mecinico do vibredor esti sempre emparcthado com seu uso, € um estimule preditive para as sensagies de prazer © pode tomar-se um CS, depois de repetidos empare- Thamenios com o US. Depois de mamerosos empurelhamentes, algumas mulheres t&m relatado que o som do vibsador passa a. ter associagSes excitanies © positivas para las, como ilustra o seguinte caso. A Sra. X estava usando, um vibrador por virios meses. Uma tarde, aconteceushe estar na casa da Sra. ¥ para um bate-pspo de amigas, Durante a visita, a fitha da Sra. Y voltou da escola, ligou 0 érgio ‘létrico ¢ foi & cozinha tomar um reftesco antes dde tocar um pouco de misica. Quando: o motor elétrica do-6rglo foi ligado, a Sra. X notou fogo ‘© scu mumbido; cle Ihe pareceu familiar © "Marks et.al, (1565); Mess (2968), Marks © Golder (2967); Tollisan e Adams (1979). agradavel, Enquanto ela continuava a bater papo com vizinha, comegou a perceber que estava ficando sexualmente oxcitada, A medida que o zumbido continuava, sua excitaglo sexual aleangou niveis mais altos, O zumbido do orgie era semelhante a0 zumbido do vibrador da Sra, X; por isso 0 som era um CS que eliciava uma resposta sexual candicionada (CR) Muitos estimulos podem ser condicio~ nados para se tomarem CS's sexuais: sons, ‘odores, palavras, pensementos, stimulagio dos lobos das orelhas, caricias no pescoco ¢ ‘outros podem tormar-se estimulos eréticos -condicionados, Para ocorrer 0 condicionamten- +o, um individuo usualmente deve ter exp éncias repetidas, em que um estimulo seja emparelhado com o reflexa incondicionado. Pessoas com historias pouco comuns de condicionamento sexual tém probabilidade de ler suas respostas sexuais condicionadas a CS's poueo comuns. Além de cero limite, © condicionamento pouco comum de uma pessoa pode parecer aos outros como “estranho" ou “anormal”, mas 0 processo de condicionamento que praduz os CS’s sexuais pauco comuns € 9 mesmo condicionamento Pavloviano que produz CS’s “normais". Uma historia da literature clinica demonstra como S's sexusis pouco comuns podem ser condicionados no atmbiente natural'* 0: Se. A procurou 0 terapeuta porque tinha medo de: que seu hébite - de vestir-se com uma Toupa. apertada de borracha preta brithante © mastucharse - estivesse ficando fora de seu ‘controle. Uma vex que ele reventemente inka tido dificuldade de livrar-se disso, tinha ficado com medo de que pudesse morrer algum dia, se ndo pudesse escapar dessas amarras Quando 0 Sr. A tinha 17 anos, um grupo de meniaos enrolou uma pega de borracha sobre: sua cabega e 0 masturbou. Apesar da experigncia ter sido algo ameagadora, foi eroticamemte exeitante. Depois dissa, ele ruitas vezes se amarrou com abjetos pretes de * eoald (1962) Prnefoios de Commotamenio ne Vida Disa 400 Estimulos altamente correlacionadas so methorex preditores dle praceres sexunis. bborracha, enquanto se masturbava, Em conse- qiéacia, estar amarrado com borracha preta tormou-se um CS com o poder de eliciar respostas sowusis, ‘Durante 03 anos que se seguiram o Sr. A ndo fer muitos amigas ¢ ndo estabeleceu nenhum relacionamento sexual. Ele fieava freqientemente sozinho, ¢ suas atividades masturbatdrias estavam entre as coisas mais prazerosas de sua vida. O emparelhamento frequente de objetos pretos de borracha com 0 reflexo sexual produsiu eventualmeme um condicionamento to forte que'@ Sr. A se sentia ineapaz. de impedir a si proprio de usar objetos pretos de borrache, © terapeuta tentou reverter © condicio- namento desse homem através do emparelha- memo de objetos pretos de boracha com experiéncias aversivas e nfo com o reflexo semval emecionaimeme positive, Esse esforgo para conirariar 0 condicionamento positive: anterier € um processo. chamado de contra condicionamento aversive (ver pig. 56), Durante: a terapia, o Sr. A enrolou-se a si ptOprio com uma roupa de borracha ¢ fei-lhe Gada uma droga indutora de ndusea. Apes poucas sessies, o Sr. A. perdeu o intetesse por sua coleplo de objetos de borracha © desfez-se dela. Pela primeira vec, durante anos, ele comegou a if 4 bailes c outros eventos socinis onde pudesse encontrar mulheres. SETE DETERMINANTES DA FORCA DO CONDICIONAMENTO Diversas varidveis determinam a rapidez ‘com que ocorre o condicionamento Pavioviano © a forga de um reflexo condicionado apés 0 condicionamento. Primeiro, & medida que cumenta mimero de emparethamenios de um CS com wa US, 0 CS adquire crescente poder para eliciar uma CR. Excelo em casos de forte preparagio biolbgica, um nico emparelha- mento de um estfmulo neutro com um reflexo produz apenas um pequeno feito. Cada emparethamento adicional aumenta 0 poder do CS para eliciar uma CR. Depois de dez cemparelhamentos com um US, um CS tem um efeito mais forte do que depois de um s6 emparethamento. Quanto mais vezes uma pessoa emparelhar uma certa fantasia sexual ‘com 08 US's do reflexo sexual, maior o poder que a fantasia adquiriri (como um CS) de eliciar respostes sexuais. O CS adquire maior poder de eliciar a CR cada vez que o CS é emparethado com o US, até que seja atingido o condicionamento maximo, Segundo, quando wm CS & sempre assceiado com um dado US, 0 CS adguire ‘maior poder de eliciar a CR, do que se 0 emparelhamento for apenas intermitente. Se um estimulo precede um US, 100 % das vezes, cele tem mais probabilidade de tornar-se um CS do que se preceden 0 US somente 20% ou 50% des vezes, Se uma mulher usa um certo perfume antes de fazer amor, e nunca o usa em outras ocasides, 0 perfume tem probabilidade de tomar-se um CS que eliciara excitagao sexual para ela e para seu marido, Se ela também usesse © perfume enquanto estivesse fazendo esporte, alimentando 0 cachorro, ou fazendo outras atividades ndo sewuais, a correlagiio mais fraca entre o perfume e 0 sexo limizaria seu poder de tomnar-se um CS para sensagdes sexuis, Quando midtipios estimulos precedem um US, o estimulo que esté mais altamente Principios do Compotamento na Vids Oiaria 4] correlacionado com 0 US tem maior probar— bilidade de tornar-se um CS forte. 0 estimulo mais altamente correlacionado estabelece-se como o mais distintamemte associado com 0 reflexo, 0 que facilita o condicionamento. Se palavras suaves de amor sempre precedem 0 fazer amor, mas se os perfumes sb slo associados com 2 interagao sexual algumas das vezes, as palavras de amor tém maior probabilidade do que o perfume de tommaram-se CS’s para sensagdes eréticas. Estimulos alta- mente correlacionados sio melhores preditores de prazeres sexuais; ¢ eles tendem a impedir ‘que estimulos menos preditivos se tomem os S's mais fortes Terceiro, estinulos que so 0 foco de atengéio tém mais probabilidade de tornar-se CS's do que estimulos indistintos ou niio- otados. Agies que focalizam a atengio de uma pessoa em estimulos preditivos relevantes ¢ minimizam o nimero de estimulos irrelevan- tes, ou que distraem a atengio, facilitam 0 condicionamento rapido de CS’s afetivos. Quando um pai vé seu filho correr para ume rua movimentada, perseguindo sua bola saltitante, pode comer atrés ¢ bater na orianga. O bater ¢ ‘um US que clicia UR’s de choro e sensagao de dor. Correr para a rua é um dos estimulos que podem tornar-se um CS que elicia resposias condicionadas de medo (CR). Sem saber os princfpios Pavlovianos, 0 pai pode tentar minimizar 0 condicionamento do medo da crianga de correr para a rua, reduzindo os estimulos irrelevantes que distraem, enquanto bate no filho. Pode tomar a bola das mios da crianga, viri-la para o lado do trafego ¢ bater nela, dizendo: “Vocé poderia ser morta por ‘aqueles carros”. Focalizando a etengio da crianga no trifego da rua (0 CS pretendido), enquanto libera o estimulo doloroso (0 US), © pai ajudara ao filho a aprender 2 ter medo de chegar perto do trafego da rua Quario, US's fortes produzem condicionados mats fortes do que US's jracos. Se um pai bate fortemente num filho (US), produzira mais medos condicionados do que se bater mais levemente Quinto, wre estinmio neutro deve ocorrer andes ~ pity depois ~ de wm US, pare que ccorta @ condictonamento. Seo estimulo neutro acorre depois de ter aparecide o US, 0 condicionamento Pavloviano raramente ecor- re/® Temativas de estabelecer “condiciona- ‘mento retroativo” - em que um estimulo neutro segue um US = quase sempre fracassam. Fez sentido que no tenhamos desenvolvido: uma tendéncia a astociar episas em sequéncia causal retroativa® Se uma pestoa ficasse enjoada por comer alimento inadequado © depois bebesse um caldo quente para acalmar ‘ estémago, € SbVio que © culdo no eausoU o ‘enjdo; ¢ seria inadaptative associar 0 caldo com as causas de enj6e, No condicionamento Paviovieno, estimulos que esto presentes imediatarnente antes de aparecer um US$ tém mais probabilidade de se tomarem CS"s efetivos ‘Sexto, curios intervatos de atraso entre 0 inicia de win CS e 0 inieto de um US facttiiam © condicionamenia Pavloviano. No labora torio, intervalas de 0 a 5 segundos entreo CS © US produzem condisionamento mais forte do que intervalos mais longos. Considera-se que 0 intervalo étimo entre 0 CS eo US ¢ de aproximadamente 0,5 segundos.” Se uma pessoa fantasia, enquanto @ sewualmeme cestimulada, a intima comiguidade temporal entre fantasia © estimulagio sexual (o US) facilita o condicionamento das fantasias como S's que cliciam excitaggo sexual. A medida que sumenta o intervalo de atraso entre um estimulo preditivo © um US, 0 condicions- mento Pavloviano se tom mais lento ¢ menos eficaz no estabelecimento de CS’s ‘Os processes cognitivos algumas vézes permitem que as pessoas associem um. estimmulo preditive © um US que sto -normalmente separados por longos perlodos de “Vee Kimble (1961:156 para uma rcvissio da literanara sobre condicionaamento retrativa, ° Baldwin ¢ Baldwin (19886). ° mle (29612156 Terage (1971). Prneipips de Comeansmnenn ne Vida Dita 42. tempo." A medida que a pessoa reflete sobre _ uma série de eventos precedentes, estimulos preditivos US's, que emai criginalmente separados por um longa intervalo de tempo, podem ser colocados em intima associagio temporal e causal através da memoria. Recordar repetidamente estimulos preditivos e US’s relacionados faz com que estimulos preditivos se tomem CS's. Esse tipo de condicionamento Pavloviano é chamado candicionamento cencoberto, uma vez qué 0 enssio cognitive permite que 0 condicionamenta acorteya sem. qualquer estimulos observaveis ou agbes fisicas. Imagine as experiéncias cognitivas de pessoas que foram fortemente queimadas em. uma noite quando sua casa se incendiou: clas acidentalmente finham esquécido 0 fogio ligado antes de sc deitarem, ¢ dai comegou 0 fogo. Como essas pessoas repetidamente 5° Jembram do fato de irem para a cama. sem conferir 0 fogio ¢ o horror de serem sériamente queimadas (o US), pensamentos de ndo conferir 6 fogiio se tornam C$"s para ansiedade, Embora tenha havido um longo intervalo de atraso entre ‘-ato original de no conferir o fogio e 0 US de ser fortemente queimado pelo fogo, © ensaio cognitive das eventos 9s coloca em intima associagde , e@ ¢ efetivo na produgio do ‘sondicionamento Pavioviano."" Depois de um acidente como esse, as pessoas algumas vezcs desenvolvem ui forte medo de ir para cama ou sair de casa sem conferir 0 fagao diversas ‘vézes, uma vez que nto confrir 0 foglio é 0 CS para medo de fogo. Sérimo, int casos espectais em que a preparagao bioldgica permite que algun condicionamento se pracesse rapidamenie, com ‘poucas emparethamentos € com langos atrasas eatre CS'2 0 US. 4 habilidade das pessoas para aprender aversbes alimentares depois de uma ‘ma experigncia, na qual pode estar envolvido Mahoney (1974), Meichentaumn (1¥°7}. Bande (197 Resenibal e Zimmerman (1978). \ Bsse ipa di condicionamento, encontrado ¢ também chamide de sensbilizagan caooberta ¢Cavicla, 1967; Barlow et al, 1972; Ballack e Hersex, 197). Piincipies dp. Gomeanamento ne Vids Orin 13 um atraso de uma hora ou mais, indica consideravel preparagio biolégica. RESPOSTAS CONDICIONADAS COMUNS Numerosos reflexes podem ser com nados através de condicionamento Pavloviano A tabela 3.1 lista alguns dos mais comuns, A maior parte desses reflexos s30 mediados pelo sistema nervoso auénomo para _manter 0 funcionamento biolégico intemo. Reflexos econdicionados sao estabelecidos quando stimulos neutros so emparelhados com os US's desses reflexos incondicionados. Diversos reflexos tém a ver com digestio tal como o reflexo salivar estudado por Pavlov mo laboratério. OQ reflexo incondicionade de salivagio ¢ eliclado nos seres humanos pela presenga de alimento na ‘boca, Através do condicionamento Pavioviano, aprendemos a salivar quando expostos 2 ‘estimulas que so regularmente emparelhados com alimento. Ver um bife suculento sobre a mesa pode, literalmente, encher de agua & boca de uma pesson faminta, Outros. reflexos digestivos inckuem 0 reflexo de _cnj6o, discutido anteriormente, “rio no estémago” ‘experimentado com tensio ou meda, ¢ a perda do controle urinario ¢ do esfincter que ocorrem sob medo extremo ou ansiedade. Ha diversos reflexos no sistema sepro- dutivo, Os reflexos de excitagso sexual, desde 44 excitagdo inigial sté 0 orgasmo, podem ser condicionados varios estimuios. Mies que amamestam suas criangas algumas veves verificeam que reflexo de liberagto do leite (que libera o leite dos ductos, para o mamilo) & disparado antes do bebé comegar s mamar, Simplesmente ver o bebé procurando 0 seta - ou pensar sobre o amamentar - pode tornar-se um CS para a mie, porque precede segular- mente 0 US de sueeio do mamilo pele. crianga, O sistema circtrlatério esti envolvido em rumerosas resposias dos sistemas digestivo, reprodutivo € outros. Por exemplo, o esforgo us UR SISTEMA DIGESTIVO lime. ———— _ ailivaris alimenio improprio. ——9 enjbo, uses, vito cbjeto no esiige —>_ mito SISTEMA aEPRODUTTVO ‘estimilagse penta ——+ ubriicayda vaginal ‘ceo do penis ecgisms estimolagodo mamilo — Hiberacio do ete (an ‘alher nceade) SISTEMA CRCULATSRIO “alla emperetara, 500, rubor uid sibito alla ——= .patidez, soelerapa0 cardia SISTEMA RESPIRATORIO ering no nariz ————» . spiro - abstract na garni ——> 1065 | slergenos —————-» ataque de‘asma_| /SSTEMA MUSCULAR "baba tempers: ———e . tremor -asopro, chogae, queimedura om aistamento batida na tna ptelar ——. esa de jctho *iuznes ethos >. contragio popitar ctimlaicio now > orien rele ‘RGELESOS INEANTIS "eargeasnes bachechas ——», virada da eabacs bjeto toca os bios > . sooo flinsento an bess o> . daplutiosa objeto na mio ————— .preeasto ‘segura verticaimemte, pés —p. frmezn dos pes focando 0 chio TABELA 3.1 Lista Parcial de Reflexos Incondi- -cionadlas sumemta @ ritmo cartiaco ¢ o fluxo sangiineo polo corpo todo, ¢ a estimulago sexual causa vvaso-cangestio nas dreas genitais, Reflexos do sistema circulatério podem scr candicionados independentemente de cutros sistemas de resposta, Um coragio batendo forte © acelera~ do pode ser resultado de US's, tais camo susto cou dor stbita; © as batidas fortes do caragio podem ser condicionadas 2 numerosos CS's durame a vide agsociou alturas perigosts com doloroses pode ter uma aceleragdo cardiaca, simplesmente pelo fito de olhar de um lugar alto para uma rua, © enrubescimento € um retlexo cardiovascular em que os vasos sanguineos nag camadas mais externas da pele dilatam-se ¢ permitem: aa sangue Air até a superficie, Em situagGes de medo, pessoas de tipo lato tomam-se “braneas coma sum feaasma”. Este ¢ < enipalidecimento, & resposta cardiovascular oposta ao enrubesci- ‘mento: os cepilares nas cemadas mais externas da pele se contraem, forgando 0 sangue mais para dentro, retirando- da pele © tom corado eriado pelo sague proximo da superficie. Tanto © enrubescimento quanto 0 empalid- ecimento padem tomar-se condicionados & uma variedade de CS's que sio empareihados com os reflexas ineondicionados. Os reflexos do sistema respirarério incluem tosse, espirro, solugos ¢ ataques de asma. Algumas doengas psicassomaticas resul- tam de condicionamento Pavioviano. Tém-se encontrade resposias asmiticas condicionadas, cliciadas por uma ampla variedade de CS's, incluindo perfume, @ visio de povira, © hino nacional, discursos dé politicos palo radio, elevadores, cavalos, carros de policia, passaros engsioledos, peixe dourada, cachoeiras © cantorias de crianga” Se acontecea de o Senador X fazer diversos discursos durante & estagko da febre-de-feno, enquanto o Sr. B estava soffendo uma série de ataques de asma, a voz do senador pode acidentalmente tornar- se um CS para a resposta asmiatica do Sr. B. ‘AS respostas reflexas do sistema muscular incluem ¢ afastamenio da fonte de dor, 0 aumento da tenséo muscular apos um susto, € 0 relaxamento depois de tomar cortas drogus. Pessoas que usim dlcool para relaxarem-se apés um dia tensa de trabalho, algumas vezes verificam que o simples fato de servir sua primeira dose da noite livia sensagdes de relaxamento. (Servit o drink ¢ ‘um CS porque tem sida empareihado com 05. US's de uma substincia que clicia relaxamento). Criangas maseem com uma variedade de reflexos musculares que ajudam a garantir sua 3 Yer Beker © Groen (1950), sobrevivencia inicial. Por exemplo, o recém-_ ~ nascido suga de forma reflexa quando objets tocam seus labios, ¢ isso & adaptative porque produz Ieite no mamilo, Depois de algunas semanas, essa resposta pode ser eliciada par (CS's - tais como ser colocado numa posicto de amamentagio ou ser segurado de certas ‘maneiras - que regularmente precedem a ame mentagdo, Depois de dois meses, os sons, odores ¢ padrées de toque, que foram associa- dos com amamentagio, tormam-se capazes de cliciar as resposias de sugar.” RESPOSTAS EMOCIONAIS A maior parte dos reflexos: incondicio- nados sem um componente emocional que om & agradavel ou é aversive. Os US's que eliciam os aspactos explicitos da resposia sexual também eliciam sensagdes agradaveis. Se uma cefianga cai, enquanto come por una estrada, 4 queda ¢ um US que elicia lagrimas, choro sensagties aversivas Quando CS's se estabelecem através de Condictonamento Pavloviano, podem também cligiar emagies, se tiverem sido entparethados ‘com nm US que as elicia. Fantasias que foram emparelhadas com masturbagio ou relagSes senuais tornani-s¢ CS's que eliciam sensagdes agradiveis. Se uma crianga teve varias quedas dolorosas par subir em irvores ou em. lugares altos, a visio de alturas tomase um CS que clicia uma variedade dé respostas condiciona- das: tais como uma aceleragaa dos batimentos cardiacos, medo ¢ ansiedads. A medida que a crianga se aproxima da margem de um penhasco, aumenta o niimero de estimulos preditives associados com quedas dalorosas, € & rianga sente-se ainda mais amedrontada, A resposta emocional eliciada por um CS € chamada respostr cmocional candicionada (CER) ¢ ¢ um subsconjunto das respostas condicionadas (CR) como um todo, Como tadas as respostas condicionadas, as CER’s nto sig direamente paralclas &s emogics aki (1968). incondisionadas. Cair no chlo produz dor resposte emocianal incondicionada); enquanto & visio de aluiras, depois de sssociada com quedas, elicia medo © ansiedade (es resposias emocionats condicionadas). Um casel pode sempre acender velas em seu quarto antes de fazer amor, Depois de varios emparethamen- ts, a uz de vela pode tomar.se um C5 que, nao sd elicia exeitagao sexual, mas também clicia CER’s positivas, mesmo antes de osorrer qualquer estimulagio fisica sexual direta, Mas a resposta emocional condicionada (CER) & luz da vela € claramente diferente das sensages incondicionadas de fazer amor. Por serem estimulos: preditives, S's associndos com US'S que tém componentes emocionais, podem eliciar emogdes agradéveis ‘ou desagradiveis antes de aparecer um US, Por exemplo, uma camisola sensual é um CS que elicia sensagties sexuais, antes que surja qualquer outra alus4o sexual, se tal traje for um bom preditor de que o prazer sexual vem a seguir. A ameaga de um espancamento é um CS que pode fazer uma crianga chorar, antes mesmo que qualquer pessoz toque a crianga, se tais ameagas forem bons preditares de que € muito provivel que os pais Ihe déem-uma sucra dolorosa, ‘Devido a0 condicionamento Pavioviano, muitos das estimulos que nos eeream tornazm- se CS's para CER’s agratiiveis ou aversivas, Vet uma face sorridente numa multido forece um CS que elicia sensagdes agradiveis, Ouvir alguém dizer alguma coisa grosseira proporciona um CS que elicia sensagbes mas. As pessoas podem ter respostas emocionais similares ou diferentes a qualquer estimulo dado, dependendo do- seu condicionamento Pavloviano anterior com 0 estintulo ter sido similar ow diferente. Desde qué muitas pessoas tiveram experiéncias similares com quedas dolorosas, respondem a vvisbes de lugares altos como CS's para medo ¢ ansiedade. Eniretanio, pessoas que aprenderam hubilidades de escalar momtanhas ou trabalhar em edificios altos, usvalmente sentem pouco medo ao olhar de lugares altos para baixe (a menos que percebam estimulos preditives Brineipios do Compertamento na Vida Olena $5 axsociados com nm risco real de queda) Quanto mais semelhante seja 0 condicio~ namenta Pavioviano pascado de duas pessoas numa dada situapSo, mais semelhantes. sero SUaS Tespostas emocionais acs estimulos naguela situagia, Duas pessoas que escalaram muitas vezes os Alpes podem descrever, de modo similar, suas experigncies de escalar montanhas e ter respostas emocionais similares, uma ver que tiveram histérias semelhautes de condicionamento Pavloviano. Por outro lado, duas pessoas que munca tiveram exatamente @s mesmas experiéncias passades de aprendiza- gem, munca jeri cxatamente as_mesmas Fespostas emacionais condicionadas a eventos quotidianos. Novos CS's, com impecto emosional, esto sendo continuamente estabelecidos por condicionamenta Pavioviane, Por exemplo, quando uma mie comega a amamentar seu novo bebé, o sugar do mantile pein bebe ¢ um US que clicia o reflexo de liberagio do [ete © sensaptes agradaveis para a mie, Atraves do condicionaments Pavloviano, 95 estimulos preditivos que precedem 4 amamentagio lomam-se CS's que também sficiam sensagdex agradaveis pare a mae. Eventuslmente, apenas ver o bebé puxar sua blusa © tentar aleangar © mamilo ¢ um CS capaz de eliciar o reflexo de Hiberagdo do leite © sensagées agradiveis (mesmo antes de comecar a amatnentagao real). As mes amam seus filhos por uma variedade de razSes, mas aquelas mics que amamentam relitam que os prazeres dé asna- mentar aumentam seus. sentimentos positives em relagia a seus bebés Experiéncias aversivas também dio origem a novos CS’s, Quando as pessoas cometem errs embaragosos nas interagbes socisis, uma variedade de estimulos situacio- nais - tais como os individuos ou assuntes delicados presentes no momento. - podem tornar-se CS's que eliciaro no futuro, respostas. emocionais desagradéveis. Por exemplo, a proxima vez que um aluno vir o professor que preseaciou sua fala inadequada, a qual embara- (Gou varias pessoas na sala, esse professor pode set um CS que elicia sensagdes de desconforto, suor nas mags ou enrubescimento. Mesmo se estiver conversando com uma pessoa comple- tamente estranha, © estudante pode experi- mentar desconforta quando surge aguele assunto que causou © embarago no passado, uma vez que o assunto é agora um CS para sensuptes aversivas, Ume vez que as pessoas usualmente evitam CS's associadas com CER’s negativas, ndo € raro ver individuos cevitarem assuntos ou pessoas que no passade foram associades corti embarago, As pessoas ou assuntos sao estinrulos preditives de que o embaraco pode sutgir de novo, Meso extimulos cognitivos podem servir come C$'s que eliciam CER's Quando uma mie pensa sobre a amamentago, cla pode ‘experimentar calor e sensagdes agradaveis. SO pensar sobre o embarago de dizer alguma. coisa, muito inadequada ou estipida em frente da classe inteira pode eliciar sensagbes desconfortaveis.= Na medida em que as pessoas exasiinam as causas de suas emogdes, elas muitas vezes aprendem a relacionar aqueles sentiments aos cestimulos - sejam US"s ou CS's = que 0s clicia- ram. E claro que certas pessoas ou axsuntos delicados sa0 CS’s para embarago ou descon- fort, enquanto sorrisas © faces atraentes slo CS's para sensapdes agradaveis. Os estirmulos elisiadores podem vir de fora ou de demtro do corpo. Mesmo pensamentes, fantasias ¢ sonhos podem ser CS's que elicism respostas emocionais Quanto mais habilidade as pessoas adquirem, para localizar os estimulos causais, melhor elas podem compreeader seus senti- mentos emocionais, Algumas vezes, as pessoas pesquisam retroativamente em suas memérias temtando descobrir como chegaram ‘a.um certo estado de humor, Foi um topico da conversa? A mengio de um velho romance que terminou dolorasamente? Uma conversa agradivel com uma pessoa atraenté do outro ® Para obter dados sabre coatlicianamento Pavio« ‘iano de pensainentos e 2 c2yzcidade dos pensameiies de peoduzirem randicimnamento futuro, ver Stunts {U198, 197) © Mahoney (1970, L974, Prineipies dp Comportamanio na vice Oigra 46 sexo? A medida que as pessoas localizam quais - ‘stimulos eliciaram quais emopdes, elas. muitas vezes aprendem a produzir emogdes desejadas, selecionando US's € CS’s gue eliciam essas emogdes. Quando Sénia deseja chegar a um estado de humor mais positivo, ola pade colocar uma gravagio de sua musica alegre preforida, ao invés de ouvir uma estaglo de ridio cujes misicas a entristecern. Para muitas pessoas, musica alegre ¢ um CS que clicia scnsagdes, boas, Quando as pessoas descabrem que certos, Pensamentos ususlmente fazem-nas sentir-se infelizes, elas podem decidir parar de pensar sobre aquelas coisas, talver voltando-se para atividades que podem desviar sua atengio dos pensamentes que sto CS's para emogbes sdosagradéveis. Entretanto, nem sempre ¢ fil identificar ¢ rotular respostas emocionais.* Uma pessoe. pode sentir uma aceleragaio cardiaca ¢ um nd na 2 dscrimimso © 0 romlagio de scsayies emocionais sio apretdides através de condicionamento pera 8 paris de modelos, regres, dicas © roforea- rmenio diferencial (ver Capitules §, 2, 10 © Eh A comuniede verbal usuaimente tem dficadade em cnsinar 0 individno a rotular procisamenie esses estado fnteros, Bem, 1970, Skinner, 1976-228, Baldwin, 1985), Os pais iso podam vor 9 que se passa por bsino cla pols do teu iho-# determina sea crianga ess cota cu incorrein ac discrimi © rota divers resposas fecaocionais, portals ees Bao padem fornecer feedback Pcisn quand criana descrve sentiments iniemes. © feo limite criaga so apeondee a descrevt-os precisimente, Umi vex que oc agentes sociaiadores sto ‘imitadas no cnsinar discinimagics © rifles para seatinenes intergs, @ indvidoo achara mais iil comprecader cosas de denio do que coisas de fra de seu corpo (Skinner, 1969-2298), Noto-se que a saccade basea-ce mplameare em pists extemas, an ensinar uma esses a compreender suas eanogdes. Seu erianga est lracucne inf o& pass peers selecionar cu a placa “trimc” ou yolavet “cues” pare easiaar 0 uso de sétulos emacs pela cranes, dependendo de ser 0 asa ca cranga ler peed un brig oat outer visto un companteiro ganhar um bringuedo mais Boas, Ext consegidncin disso, a eranga pasta basease ei esi- raul enternos para comprecier Sentimentonimeeraas, e outro mado difiesis de eomprecnde. 38 ifs séculos ais, Spinoea perecbeu que as cinegées cram mathor ‘ompreendias em tnmas de estimalos externos (Ehves, 1955:1280, suo anise de enopses € uma das melhores su iratra flee ea ¢Wienpal, L979:121-127), gerganta mas nfo ser cepaz de discriminar 58 9 sentimente é excitago cu medo. Por exemple, nurma festa das bruxas i fantasia, na sala de joaos do hotel, todo mmdo esta fazendo hbarganha e contando piadas. De repente, 0 alarme de inoéndio toca e as luzes se apagam. Todo mundo esti rindo, e voc’ também. Voce nota que seu coragda esta acelerado; mas alo sabe a0 certo se esté amedrontado ou simplesmente excitado pelas iltimas surpresas da festa, Sua decisio de rotlar a respoxta ‘emocional como medo ou excitagdo. depender’ amplamentc das condigdes ambientais, inclusive das respostas de outras pessoas. Se todos o3 demais riem e respandem ao alarme como uma brincadeira engragada, voc provavelmente conciuird que sua resposta ‘emocional é de excitago. Se diversas outras pessoas exibem claros sinais de medo ou plnico, vecé pode eonciuir que sua aceleragio cardiaca ¢ uma resposta de medo. As pessoas slo muitas vezes influenciadas pelas respostas de outros, 20 rotularem suas proprias respostas emocionais.® —Naturalmente, qualquer evidéncia de haver cu nfo haver fogo no prédio influenciard, também, o rétule que voce usar, EXTINCAO A extingdo ocorre quando um CS esié cproseme mas nio é emparelhado com US. Depois de uma pessoa aprender a escalar montanhas sem quaisquer quedas dolorosas, ‘la tera muitas exposigdes do €5 de othar de cima de ingares altos sem o US de quedas, ¢ isso reduzira 0 poder que tem 0 CS de olhar de alturas como eliciador de sentimentos de ansiedade, Quando um CS mio & mais emparethado com um US, ele gradualmense perde sna capacidade de eliciar resposias ‘condicionadas; & 0 reflexo condiciomado (CS-CR) torna-se mais fraco. Quanto mais vvezes um CS esté presente sem um US, mais fiaco se toma ¢ feflexo condicionado = rte etal, (1981); Baldwin (1985) Srpcipise do Comomamenions Vide Dis 37 do Fores p funnies FIGURA 3.1 Desenvolvimento ¢ declinio tipicos de um reflexo condicionado, vistos durame condicionamento & extingao Eventualmente, o estimulo deixa de eliiar uma resposta condicionada A extingo ecome naturalmente em todos os periodas da vida, Os exemplos seguintes itustram 0 ciclo de duss fases de condicio- namento segwido de extingdo. A Figura 3.1 mostra 0 desenvolvimento € declinio tipiens de ‘um reffexo condicionado, vistos durante condi ionamento extingio. O CS sdquire cepaci- dade crescente de eliciar uma CR durante 0 ‘condicionamento ¢, em seguida, perde seu poder durante a esting Numerosos medos infantis qué, em alaum momento, foram fortes, desaparecem devido & extingio, As eriangas freqientemente aprendem a ter medo de estranhos, agufhas de injegio, ‘eachorros grandes, brincar na rua ¢ essim por diante. Se corer de velocipede na rua é femparelhado com diversas surras, ficar na rua provavelmente se tomari um CS que elicia medo ou ansiedade. Entretanto, 4 medida que ‘os anos passam e a crianga adquire habilidade, eoordenagdo e forga para andar de biciclete na rua, com seguranca, as fontes originals de condicionamento aversive so removidas. Os pais param de repreender se seus filhos aeompanham outras crianges para a rua © a crianga agora tem habilidade para evitar problemas com o trafego. 08 medas infantis se fectinguem porque o CS. de andar de bicicleta na rua nfo & mais empareliado cam expesiéncias aversivas, A mesma extinglo usualmenie ocorre cam os medas de Outros estimulos, tais como foguetes, tempestades, fiear no escuro, ou ficar sozinho, Assim, € ¢ progesso de extingo que nos permite libertar- fos de medos infantis. A extingao no se limita a _medos outras respostas emocionais_negativas, Reflexos condiciouados emecionais positivos € reflexos condicionados no emocionais se exlinguem também, sé nko [orem mais emparelhados com seus US's originats ‘Quando bebés sio amamentadas, os seins se tomam CS's que eliciam sensagbes agradiveis para o bebé, devido 20 emparethamento com os US's de alimento © contato fisico. Simplesmente ver o seio antes dé mamar pode eliciar um sorriso © CER'S positivas de uma crianga que esta sendo artamentada, Quanto & mie deixa de amamentar, comega © processo de extingo, No inicio, a criange pede ainda ofhar para os seios da mao © puxar sua blust para pegt-los, indicando que os scios ainda so S's para prazer. Eniretanto, depois que se encerrou a amamentagio, os scios no sio mais asseciados com os US's de alimento © gradualmente deixem de eliciar CER's de prazer. Ciclos similares de condicionamenta ¢ ‘extinglo ecorrem em outras situagdes na vida. Quando @ casa de um casal ¢ desiruida pelo fogo, gue comeyou por eles terem acidental- mente deixado 0 fogio ligado, eles ficam condicionados a ter medo de cometer erros que possam causar fog. Sair de casa ou deitar-se sem verificar © fogio sfo CS's que eliciam meda, Depois dese condicionamento, eles podem ficar muito cuidadosos com @ fopia 6 outros utensilios durante meses ou anos. Entretanto, & medida que passa o tempo € eles ni tém mais acidentes com fogo, 0 processo de extingdo comega a reduzir a forga dos C8's para medo de fogo, porque esses CS"s nfo estia mais emparelhados com acidentes Gradualmemte, os CS"s perdem sua capacidade aida Oevis 48 de cliciar medo, ¢ 0 casal Se toma menos preocupado com fogo do que estiveram nos. meses imediatamente seguintes ao incéadio de sua casa, Entretanto, lembrangas osasionais do fogo produzem suficiente recondicianamento Imermiteme que impede que 0 medo de foz0 desaparesa totalmente, 0 recondicioname:sto intermirente ajuda a explicar porque alguns reflexos condicionados nunca desaparecem: completamente depois de introduzida a exting’ao, Muitos americanos comem, desde 2 infancia, alimentos que engordam. Através de anos de condicionamento Pavioviano, a visio, 0 cheiro e 0 pensar em costelas, bacon, lingliga € ‘utros alimentos que engardam tormam-se CS's eapazes de cliciar salivagdo ¢ antecipar 0 prazer, quando se sentam para comer. Depois que o médico diz a um paciente obesa para ‘mudar para uma dieta mais leve © a pessoa faz essa _mudanga, as respostas condicionadas a alimentos de alta calorie entram em extinglo. Quando uma pessoa vé amigos comendo alimentos que engordam, num restaurante, & visio, o cheiro, ¢ 0 pensar nesses alimentos nio so mais empareihados com os prazeres de comé-los, & 05 CS's fomecidos por esses alimentos craduaimente perdem seu poder de cliciae respostas condicionadas. Diversos anos mais tarde, uma pessoa que jé foi gorda pode char dificil acreditar que esses alimentos eram do apatitosos ¢ que © simples pensar neles CRD cestiver estabelecido, ele pode ser usado para ‘transformar um tereeito estimule (S,) em estimulo condicionade (CS,), Este € um condi- cionamento de terccira ordem, Os dados de Iaboratério indicam que 0 condicionamento de quanta ordem é improvavel, ou rafo. O USUR € 0 reflexo biolégico basico, a partir 0 qual se constr6i todo 0 condicionamento Pavlovian. © CS, munca € tio forte quanto US para eliciar uma resposta, O CS, produz US + UR Si Prineibios de Compertamento na Vida Didria $2 © Condicionamento de Ordem —* Superior FIGURA 3.2 No condicionamento de ordem superior, 0 CS2_se estabelece pelo empare- Thamento com um CS, (sem ser apresentado 0 US) ‘uma resposta mais flaca do que 0 CS,e 0 CS, 4 ainda mais fraco para produzir uma resposta ‘As tazbes para 0 condicionamento de ordem superior no ser to fore quanto 0 condicionamento de primeira ordem sao simples. Primeiro, © US do qual todo o condicionamento Pavloviano deriva sua forga nao esti presente no condicionamento de ordem superior. Segundo, os CS's de ordem superior esto sendo condicionados a partir de ‘outros CS's que esido em extinedo parque no ‘esti senda emparelhados com seus estimulos candicionadores originais. © condicionamento de orden superior pode Barker e Mille (1966). ™ Goomey (168). 9 andra (1969508) % Pessoas que enfentnm simapies aversivas ~ por ‘exemplo, tm easanento infcliz, um trabalho aliamenis cotressate - padem desenbrir que 0 alooal pode trazcr reluamenin ¢ diminir sensagies aversivas. A redupia dda estimuagda aversiva reforga seu uy fururo-do alcoot ‘e taneforms.o nu CS com aseociagées agradivis Prncisios do Compoiiamento na Vila Disa $7 sgatificante poderia resolver problemas * pode ajudar a preencher as horas que usava para — Tesultantes de um trabalho mal-remunerado ou escorregar montanha abaixo, do tédio para a monétono. Introduzir a pessoa num grupo embriaguez esportivo, em uma atividade da comunidade, num clube de servigo ou num hobby atraente, CONCLUSAO 0 condicionamento Pevloviano se constréi a partir de reflexos incondicionados em que um estimulo incondicionado (US) clicia uma resposta incondicionada (UR). Quando um ‘estimulo neutro precede o US ¢ ¢ bem correlacionado com o aparecimento do US, esse estimulo preditivo se toma um estimulo condicionado (CS) que elicia uma resposta condicionada (CR) Sao apresentados sete determinantes da forga do condicionamento. Na vida quotidiana, ziguns dos mais conspicuos exemplos de reflexos ¢ condicionamento Pavioviano envolvem respostas sexuais, respostas psicossométicas, sentimentos © emogdes. Respostas condicionadas se enfraquecem durante a extinglo, em que um CS esti presente sem os estimulos dos quais ele adquiriu sua forge. Entretanto, a extinglo nfo pode acontecer se uma pessoa evita 0 CS, que ocorre geralmente com C3’s temidos. Ocorre condicionamento de ordem superior quando um CS € criado depois de ser emparelhado com um outro CS (em vez de com um US). O contracondicionamento reverte 0 condicionamento de um CS emparelhando o CS com estimulos que cliciam efeitos diferentes e incompativeis. Extingdo e contracondicionamento aparecem naturalmente na vida quotidiane e s30 amplamente usados em terapia comportamental © proximo capitulo demonstra como os condicionamentos operante ¢ Pavloviano se inferligam. Os capitulos subsequentes mostram como a experiéncia de aprendizagem social - a partir de modelos, regras ¢ facilitadores - acrescenta uma complexidade ainda maior ao comportamento humano.

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