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I fate vo Philosophy New Key, SHSARBIEREES observa que cons STEERS a solucna medio ts profs inden us re tema prometer também resciver sados os problemas fandamentais, esclarecer todos os gontos obscuros. dos se agarram @ elas como um “abre-te sésamo” de alguma nova cincia positiva, o pont central em. iemes conceituais em torno do qual pode ser construido um sistema de anélise abtangente. A moda re sade tl we exclui praticamente tudo o mais por um memento, deve-se, diz ela, Enetanto, 0 nos famitiarirarmscom & nova ila, aps ela se tomar parte do nosso suprimentogeral de cence teoricos, nossts expectatvas sto levadas a.um maior equifbrio quanto is suas reas wilizagbes, © temina a ssa popilaridade excessiva, Alguns fanticos persist em sua opinio anterior sobre ela, "oha- ‘epir1o uiverso”, mus pensadores menos btolados, depois de algum tempo, fixamese nos problemas que 2 ia gerou efedivamente. Tentam apicé-a e ampli-la onde cla realmente se aplica ¢ onde € possivel expand desistindo quando ela nfo pode ser aplicada ou aroplinda ‘Mas nfo tem mais 0 ‘capo grandiosa, promissor, a versatiidade infimita de eplicugdo aparente que um dia teve. A segunda lei du | lernedindmica ou principio da selegao natural. a nogdo da motivagao inconsciente ou a organizagio dos _nioe de produgo no explicam tudo, nem mesino tudo o que é humano, mas ainda assim explicam algun coisa Nossa lengd0 procuraisolar justamente esse algo, para nos desvencilhar de uma quantdade de ‘Beudoeiéneia& qual ele também deu origem, no primeiro fluxo da sua celcbridade. ‘Noses €exatamente dessa forma gue todos os conceits ientfices basicamente importantes se desen- “elve, Todavia, esse padrio se confirma no caso do conceito de cultura, em tomo do qual surgi todo o canto dz ontepolegia ecxjo &mbito essa matévia tom se preocupad cet vez mais em limita, especificat, afar e contr justamente a essa que realmente sere sua importncia contiauada em: vez de debiliti-lo, que os ensaius abaixo so dedicads, em sc Atrentes formas ¢ direges. Todos eles argumentam, As vezes de forma explicit, muitas vezes simples- twa aravs da andlise patcular que desenvolvem, em prol de wm conccito de coltura mais limitado, mais ‘epeiaizadoe,imagino, tericamente mais poderoso, para substinir 6 fam0s0 “o todo mais complexe” de (BEB o.qual, embora eu no conteste sux forya cradora, parece-me ter chegado no ponto ern que onfnde muito mais do que esclarece ‘© pantanal conceptual para 0 qual pode conduzira espécie de teorizacao por-au-few tyloriana sobre culni- ‘a6 evidente ragnela que ainds é uma das melhores introdiugscs gerais 8 antropologis, © Mirror for Man, de ‘Clyde Klucktohn. Em cerca de vinte e sete piinas do seu ct Dante dessa espécie de difusdo (eonca, mesmo um conecite de cultura um tanto comprimide e no tralmente padconizado, que pelo menos sejaintemamente enetente ¢, 0 que é mais importante, que tena um argumento definido a propor, representa um progresso (como, para ser honesto, 6 proprio Kluckhehn perspicazmente compreen- deo). © @EIeS67 Tm RDTRISSGRG, no porque baja somente uma diregfo a percomtes com provito, ‘mas porque hi muitas: é necessério escother, cuja utilidade os ensaios abaixo tentam demonstrar, CSSEREIaD Acteditando, com uel justamente uma explicario que cu procuro, 20 constmuir expressOes scciais enigmaticas na sua superiicie. Todavia, essa afirmativa, uma doutrina numa cldusula, requer por si mesma uma explicaeao, II (0 SEFREGHIAHB como dogma metodolégivo mu 1a fez mut sentido no gue concerns ics ois antoser por alguns canoe jbem varios 0 SEUBWGHSMIUSHRREAG) ox estes de inteligeaca ete esté agora praticamente morto, Todavia, ¢ apesar disso, ela teve um papel importante c ainda tem uma cesta forga, qualquer que seja a forga que sintamos no tentarmos defini 0 carisma ou a alicnagio em termos de ‘Em antropologia ou, de qualquer forma, em antropologia social, 0 que os praticantes fazem & aetnografia E¢ justamente a0 compreender o que a cinografia, ou mais exatamente, o que é a prtica da etnograli, que se pode comerar a entender o que representa a andlise antropol6gica como forma de conheciraento. ‘Deveios frisar, no entanto, que essa no é uma questio de métodos, Segundo a opinito dos livros-textos, nccrmimon we Oo iene SE (EERE um isco claborado para uma “descrigio densa”, tomando empcestada Umma noySo de Gilbert Ryle Mi Wu. Docucto Doge Pos ut Tm Boater BeCuuR § A discussio de Ryle sobre “descrigo densa” aparece om dois recentes ensaios de sua autoria (ora ‘eimpressos no segundo volume de seus Collected Papers) dirgida ao tema genético sobre o que, como ele in. o"Le Penseur” ests fazerdo: “Pensando ¢ Refletindo” e “O Pensa dos Pensamentos”. Vamos conside- ‘at, dizele, dais garotos piscando rapidamente 0 olho direito. Num deles, esse ¢ um tique involuntatio; no onto, é uma piscadels conspirat6ria« um amigo, Camo movimentos, 0s dois so idénticas; observando os dis sozinnos, como se fosse uma cmara, numa observagdo “fenomenaliste",ninguém poderia dizer qual delas seria umn tique nervoso ou uma piscadela ou, ns verade, se ambas erar piscsdelas cu gues nervos0s. Nocstanto, embora nfo relratével, a diferenes eats um tique nervoso € uma piscadela é grande, como bem sabe aquele que teve a infelicidade de vero primeiro tomado pela segunda. O piscador est se comunicando «de fato, comunicando de uma forma precisa e especial: (1) deliberadaments, (2) a alguém em particular, {G) tansmitindo uma mensagem particular, (4) de acorda com um e6digo socialmente esishetecide e (5) sem conhecimonto dos demas compenheirus. Conforme salienta Ryle, 0 piscalor exccutou duas ages — contair a pélpebrae piscar — enquanto o que fem um tique nervoso apenas executou uma —contaiu 2 lpebra, Contrar as pélpebras de propésito, quando existe um cédigo paiblico no qual agit assim signilica tum sia conspiratério,¢ piscar, E tdo que ha a respeilo: uma particula de comportamento, um sinal de caltuas — volt! umm gest. ~ Todavia, sso € apenas o principio. Suponhamos, continua ele, que haja um terceita garota que, “para divert maliciosamente seus companheiros",imita 6 pisear do primeiro garoto de uma forma propos, _rosseirs,Sbvia, etc. Naturalmente, ele o faz da mesma maneira que o segundo garoto piscou e com 0 tique aetvos0 do primeiro: contraindo sua pélpebra dieita, Otome, porém, que esse garoto nfo esté piseando nem ‘em um tique nervoso, ele ests imitando alguém que, na sua opinido, tenta piscar, Agui também existe um cédigo socialmente estabelecico (ele if “piscar” laboriosamente, superobviamente,talvez fazendo wma carla — os artficios habituais do mimico), e © mesmo ocorte com a mensagem. S6 que agora nao se trata de uma conspirac2o, mas de ridicularizar Se os outros pensarem que ele esté realmente piscando, todo 0 seu wopsto vai por 4gua baixo, embora com resultados un canto diferentes co que se eles pensassem que ele tha um tique-nervoso. Pode ir-se mals aém: em dvida sobre sua capacidade de mimica, oimitador pode atiar em casa, diante de um espelho,e nesse caso ele no esté com um tique nervoso, nem piscando oo ‘mutendo — cle estéensaiando. Entretanto, pera acSmara, um behavorista radical ou um crente em senten-

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