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O Princpio da Liberdade dos Pactos Antenupciais permite aos nubentes a livre escolha
do regime que lhes convier, para regulamentar os interesses econmicos decorrentes do
ato nupcial, podendo os nubentes escolher entre os regimes legais ou podem combin-los
formando um regime misto ou especial, sendo-lhes lcito, ainda, estipular clusulas, desde
que respeitados os princpios de ordem pblica, os fins e a natureza do matrimnio.
o que determina o art. 1.639 do Cdigo Civil, e tambm o pargrafo nico do art. 1.640.
Segundo Maria Helena Diniz, o pacto antenupcial deve conter to-somente, estipulaes
atinentes s relaes econmicas dos cnjuges. Considerar-se-o nulas as clusulas que
contravenham disposio legal absoluta, prejudiciais aos direitos conjugais, paternos,
maternos, ou clusulas que ofendam os bons costumes e a ordem pblica.
J segundo Regina Beatriz Tavares da Silva, em regra geral, vigora o princpio da
autonomia da vontade, ou da liberdade, quanto escolha pelos nubentes de um regime de
bens tipificado em lei desde que a conveno no prejudique os direitos conjugais ou
paternos.
Sendo assim, partindo da liberdade de escolha como carter marcante do regime
matrimonial de bens, podem os nubentes optar por regras prprias na organizao desse
regime. E como todo o contrato que pretende eficcia no mundo jurdico, essa conveno
antenupcial h que se amoldar a determinadas regras inscritas na lei. No se trata de uma
liberdade sem limites, ou de um desmesurado direito de agir. H um espao legal que no
pode ser invadido nem desrespeitado pelos nubentes.
Embora nosso Cdigo Civil acolha o princpio da variedade dos regimes matrimoniais de
bens e assegure aos nubentes o direito de estipularem o que lhes for conveniente,
estabelece que, se os noivos no escolherem o regime de bens, vigorar o regime legal.