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Romances nascem e morrem por dia

Eu atiraria mais uma pedra


Se isto fizesse eu ir alm
Alm de toda essa carne
E todo esse desleixo
Plgiados por mim
E de mim por eles.
E o quanto eu sou burro?
Sirvo como peso-bruto
De um teso absurdo
Como remdios para o surto
Mas amanh, com certeza
com outra piranha eu vou transar
E a verei como pessoa
Agradeo a minha incapacidade de amar

Amo nos gozos, amo nas palavras, amo no ouvir, mas j consigo sentir aonde a
esperana deveria habitar
Eu no estou reclamando, ou mesmo depressivo, mas j cansei de estar com o Fim a
brincar
Centeios e seus seios, beijo com fervor, a culpa que se esmucha, na delicada voz
que chama para danar
No afinco eu brinco, sinto a sua alma, e a dor que te faz acalmar
Louco adaptado ao torno, eu grio por socorro, mesmo no querendo me salvar
Porque atrs das montanhas em que eu tambm caminho triste, sou suficientemente
humano de me entregar,
sem ter nada ao que sentir, nada a se apegar, porque cada transa uma trama, toda
fantasia um desejo de unanimidade,
todo amor uma morte, e toda morte um nascimento
E eu espero que ningum mate nenhum conhecido
Pois de to estranho, sou fcil de incriminar,
Mas ser que no isso que eu fao, nessa filosofia de um amor por dia?

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