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Para iniciarmos o estudo deste módulo, vamos conceituar o lucro presumido como
uma modalidade optativa de determinação da base de cálculo do imposto de renda das
pessoas jurídicas – IRPJ - e da contribuição social sobre o lucro líquido – CSLL - dentro
de um regime de tributação simplificada partindo dos valores globais da receita. Este
regime aplica-se as pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à
apuração do lucro real.
Em termos quantitativos o lucro presumido é o total da soma dos seguintes valores
(Lei nº 9.430/96, art. 25, I, II):
a) o resultado da aplicação dos percentuais específicos de presunção, do lucro
presumido que serão demonstrados adiante – variáveis de acordo com o tipo de
atividade exercida pela pessoa jurídica – sobre a receita bruta apurada, nos
trimestres, auferida nas atividades respectivas;
b) demais acréscimos à base de cálculo, tais como: ganhos de capital nas
alienações de ativos; rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicações
financeiras de renda fixa e variável, juros relativos à remuneração do capital
próprio, parcela das receitas auferidas nas exportações às pessoas vinculadas
ou a países com tributação favorecida que exceder ao valor já apropriado na
escrituração da empresa e demais receitas, rendimentos e resultados positivos.
Nenhuma empresa está obrigada a utilização deste sistema de apuração, embora
nem todas as pessoas jurídicas se enquadrem nas condições exigidas para adotá-lo. A
adoção deste sistema de apuração da base de cálculo não vincula sua manutenção além
do ano correspondente. Assim a opção é anual.
Você sabia que aproximadamente 1.332.000 empresas fazem opção pela
tributação com base no regime do lucro resumido. Isto num universo de 4.090.000
empresas.
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3.2.2 – Manifestação da opção
A opção tem um momento distinto. Assim sendo a opção será manifestada com o
pagamento da primeira ou única quota do IRPJ e CSLL, devidos e correspondentes ao
primeiro período de apuração de cada ano-calendário (Lei nº. 9.430/96, art. 26, § 1º e
RIR/1.999, art. 516, § 4º).
Exemplo: Empresa optante pelo regime de tributação do lucro presumido em 2008.
Primeiro período de apuração do ano calendário, 01.01.2008 a 31.03.2008. Neste caso
manifestará sua opção através do pagamento dos tributos – IRPJ e CSLL - em quota
única até o último dia útil do mês de abril de 2008.
Caso a empresa tenha optado pelo pagamento dos tributos deste primeiro trimestre
em três parcelas, manifestará sua opção pelo pagamento da primeira quota dos tributos
até o último dia útil do mês de abril de 2008.
As pessoas jurídicas que tenham iniciado atividades ou que resultarem de
incorporação, fusão ou cisão, ocorrida a partir do segundo trimestre manifestarão a opção
com o pagamento da primeira ou única quota do imposto e contribuição devidos relativos
ao trimestre correspondente ao início da atividade (Lei nº. 9.430/96, art. 26 § 2º e
RIR/1.999, art. 517).
É válido você lembrar que o fato de a empresa que preenche as condições exigidas
para o lucro presumido não ter efetuado o pagamento dos tributos nos prazos legais ou
ter pago com insuficiência o imposto de renda devido, inclusive adicional ou a contribuição
social sobre o lucro líquido, não impede o exercício da opção pelo regime de tributação
com base no lucro presumido. (Este o entendimento da RFB expendido no “Perguntas e
Respostas/2008 – IRPJ – CSLL”, capítulo – Lucro Presumido, pergunta nº 05).
Exemplo: A empresa referente ao primeiro trimestre de 2008 deveria ter recolhido o IRPJ,
em quota única, R$ 30.000,00 até o último dia útil do mês de abril de 2008, ou recolhido a
primeira parcela neste mesmo prazo no valor de R$ 10.000,00. No entanto efetuou o
recolhimento - indevidamente – a menor - em R$ 8.000,00 e somente no dia 10 de maio
de 2008. Não recolheu nenhum valor sobre a CSLL. Neste caso basta que faça os
recolhimentos dos tributos e respectivos acréscimos legais – multa e juros de mora –
incidentes em razão do atraso no recolhimento dos tributos.
Notas:
a) caso tenha efetuado o pagamento dos tributos com base em outro tipo de
tributação – arbitrado ou real – naquele ano, não mais poderá optar pelo regime do
lucro presumido neste mesmo ano calendário;
b) a pessoa jurídica não poderá optar fora do prazo para pagamento, caso tenha sido
iniciado qualquer procedimento fiscal de ofício contra ela.
c) a opção pelo lucro presumido deverá ter sido informada em DCTF.
Já vimos que a opção tem sido facilitada. Vejamos agora quais as empresas que
poderão optar pela tributação com base no regime do lucro presumido.
São elas: as empresas não obrigadas, no ano-calendário, ao regime de tributação
pelo lucro real em função da atividade exercida, e cuja receita bruta total, no ano
calendário anterior ao da opção, tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 ou R$
4.000.000,00 multiplicado pelo numero de meses de atividades no ano-calendário
anterior. Isto, para opção exercida a partir do ano-calendário de 2003 (Lei nº 9.718/98, art.
13, caput, c/ a redação dada pelo art. 46 da Lei nº 10.637/2002 e RIR/1.999, art. 516).
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Exemplos:
a) empresa não obrigada ao lucro real que no ano calendário anterior – 2007 –
apurou receita bruta total de R$ 47.000.000,00. Poderá optar no ano calendário
de 2008 pela tributação com base no regime do lucro presumido, uma vez que
sua receita bruta foi inferior a R$ 48.000.000,00;
b) empresa não obrigada ao lucro real que iniciou atividades em março de 2007 e
apurou uma receita bruta total de R$ 38.500.000,00 neste ano. Também poderá
optar pela tributação com base no lucro presumido no ano-calendário de 2008,
porque sua receita bruta ficou dentro do limite. Isto é, R$ 4.000.000,00 x 10
meses – março a dezembro = R$ 40.000.000,00.
Notas:
a) A pessoa jurídica optante pelo lucro presumido que no curso do ano-calendário
ultrapassar limite da receita bruta total de R$ 48.000.000,00 não estará obrigada à
apuração do lucro real dentro deste mesmo ano. Isto tendo em vista que o limite
para a opção pelo lucro presumido é verificado em relação à receita bruta do ano-
calendário anterior. Contudo estará obrigada à apuração do lucro real no ano-
calendário subseqüente, independentemente do valor da receita bruta auferida
naquele ano.
Por outro lado poderá retornar a opção pelo lucro presumido se observadas as
regras de opção vigentes à época.
b) Pode optar pela tributação com base no lucro presumido no primeiro ano-
calendário de atividades - a empresa que iniciar atividades e que resultar de
incorporação, fusão ou cisão (Lei nº 9.430/96, art. 26, § 2º). Naturalmente desde
que, não esteja obrigada à tributação com base no lucro real conforme o art. 246
do RIR/1.999.
c) A partir de 1º/01/2001, as sociedades em conta de participação (SCP) ficaram
autorizadas a optar pelo lucro presumido exceto aquelas com atividades
imobiliárias, enquanto mantiverem registros de custo orçado (IN SRF nº 31 de
2001, art. 1º).
d) Durante o período em que estiverem submetidas ao Programa de Recuperação
Fiscal (REFIS), as pessoas jurídicas obrigadas ao lucro real – exceto a Instituições
Financeiras, inclusive as equiparadas, letra “a” bancos e as factorings, letra “e”, do
subitem 3.2.5, “Vedações”, excepcionalmente, poderão optar, pelo lucro presumido
(Lei nº. 9.964 de 2000, art. 4º; Lei nº. 9.718, de 1998, art 14, inciso II; RIR/1.999,
art. 246).
É necessário registrarmos que para fins desse subitem, considera-se como receita
bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações em conta própria, o preço
dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações em conta alheia (Lei nº
8.981/95, art. 31 e RIR/1.999, art. 224).
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d) as receitas de quaisquer outras fontes não relacionadas com os objetivos
sociais da empresa;
e) a parcela das receitas auferidas nas exportações às pessoas vinculadas ou aos
países com tributação favorecida que exceder ao valor já apropriado na
escrituração da empresa;
f) os juros relativos à remuneração do capital próprio;
g) as demais receitas – juros e descontos ativos - outros rendimentos, resultados
positivos; e
h) os ganhos de capital na venda de bens ou direitos;
Notas:
e) Na receita bruta permanece incluído o ICMS e deverão ser excluídas as vendas
canceladas, os descontos incondicionais concedidos, isto é - as parcelas redutoras
do preço de venda, quando constarem da nota fiscal de venda dos bens ou da
fatura dos serviços e não dependam de evento posterior a emissão desses
documentos - e os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do
comprador, dos quais o vendedor ou prestador é mero depositário, como por
exemplo, o IPI – imposto sobre produtos industrializados (Lei nº 8.981/95, art. 31,
parágrafo único e RIR/1.999, art. 224, parágrafo único).
f) A pessoa jurídica que optar pela tributação com base no lucro presumido poderá
considerar o valor da receita bruta para fins da verificação do limite de R$
48.000.000,00 – receita bruta total do ano-calendário anterior - pelo regime de
competência ou caixa (IN SRF nº 93/97, art. 36, § 2º e IN SRF nº 104/98, art. 1º e
RIR/1999, art. 516, § 2º).
b.1) no regime de caixa, poderá a pessoa jurídica adotar o critério de
reconhecimento das receitas de vendas de bens e direitos ou da prestação de
serviços com pagamento a prazo ou em parcelas na medida dos recebimentos,
desde que mantenha a escrituração do livro “CAIXA” e observadas as demais
exigências impostas pela IN SRF nº. 104, de 1998.
g) Caso a Pessoa Jurídica já tenha sido tributada com base no lucro presumido no
ano-calendário anterior, referido limite deve ser apurado pelo regime de
escrituração escolhido por ela naquele ano (Lei nº 9.718/98, art. 13, § 2º e
RIR/1.999, art. 516, § 2º).
3.2.5 - Vedações
Veja que somente nestas cinco circunstancias, as empresas não poderão optar
pelo regime do lucro presumido, ainda que preenchendo o requisito relativo ao limite
máximo de receita bruta. Isto porque, estas pessoas jurídicas, por determinação legal,
estão obrigadas à apuração do lucro real (Lei nº 9.178/98, art. 14 e RIR/1.999, art. 246):
a) pessoas jurídicas cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de
investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de
crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário,
sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguro privado e
de capitalização e entidades de previdência privada aberta;
b) pessoas jurídicas que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital
oriundos de exterior;
c) pessoas jurídicas que, autorizadas pela legislação tributária, queiram usufruir de
benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto de renda;
d) pessoas jurídicas que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado o
recolhimento mensal com base em estimativa;
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e) pessoas jurídicas que explorem as atividades de prestação cumulativa e
contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito,
seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de
direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de
serviços (factoring).
Notas:
a) A obrigatoriedade a que se refere à letra “b” do subitem acima não se aplica à
pessoa jurídica que auferir receita de exportação de mercadorias e da prestação
direta de serviços no exterior (ADI SRF nº 05/2001; art. 1º);
a.1) Não se considera direta a prestação de serviços realizada no exterior por
intermédio de filiais, sucursais, agências, representações, coligadas, controladas e
outras unidades descentralizadas da pessoa jurídica que lhes sejam assemelhadas
(ADI SRF nº 05/2001; art. 1º, parágrafo único).
b) As pessoas jurídicas que exerçam atividades de compra e venda, loteamento,
incorporação e construção de imóveis não poderão optar pelo lucro presumido
enquanto não concluídas as operações imobiliárias para quais haja registro de
custo orçado (IN SRF nº 25, de 1999, art. 2º).
3.2.6 - Obrigatoriedade pela tributação com base no lucro real durante o ano-
calendário
A pessoa jurídica que houver pago o IRPJ e CSLL com base no lucro presumido e
que, em relação ao mesmo ano-calendário, incorrer em situação de obrigatoriedade de
apuração pelo lucro real por ter auferido lucros, rendimentos ou ganhos de capital
oriundos do exterior, deverá apurar o IRPJ e a CSLL, sob o regime de apuração pelo lucro
real trimestral a partir, inclusive, do trimestre da ocorrência do fato (Lei nº 9.718/98. art. 14
e RIR/1.999, art. 246 e ADI SRF nº 05/2001, art. 2º).
Exemplo: Primeiro e segundo trimestres de 2007 – tributada com base no lucro
presumido. Em agosto de 2007 recebe lucros do exterior. Então, a partir do terceiro
trimestre de 2007 deverá alterar a forma de tributação para lucro real.
Tal situação também é possível de ocorrer na hipótese de exclusão do REFIS de
empresa incluída neste programa e optante pelo regime do lucro presumido, embora
obrigada ao lucro real. Veja nota letra “c”, subitem 3.2.3.
3.3.1.2 - Extinção
Nota: A apuração das bases de cálculo dos tributos e pagamento dos mesmos será da
mesma forma como exemplificado no item anterior, incorporação, fusão ou cisão.
Notas:
1) Os valores recebidos antecipadamente, por conta de venda de bens ou direitos ou
da prestação de serviços, serão computados como receita do mês em que se der o
faturamento, a entrega do bem ou do direito ou a conclusão dos serviços - o que
primeiro ocorrer.
2) Os valores recebidos, a qualquer título, do adquirente do bem ou direito ou do
contratante dos serviços serão considerados como recebimento do preço ou parte
deste até o seu limite.
3) O cômputo da receita em período de apuração posterior ao do seu recebimento
sujeitará a pessoa jurídica ao pagamento do imposto e das contribuições com o
acréscimo de juros de mora e de multa, de mora ou de ofício, conforme o caso,
calculados na forma de legislação vigente.
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3.5 – APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO LUCRO PRESUMIDO
Esquematizando temos:
Receita Bruta x % de presunção = Lucro sobre a Receita Bruta
+ Ganhos de Capital
+ Outras Receitas e Resultados Positivos
+ Valores diferidos constantes no LALUR
= Lucro Presumido
3.5.2 – A base de cálculo do IRPJ no lucro presumido que a empresa deverá apurar,
trimestralmente, será determinada pela soma das seguintes parcelas (Lei nº 9.430/96,
arts. 1º e 25):
1) valor resultante da aplicação dos percentuais de presunção de lucro presumido,
item 3.6 - variáveis conforme o tipo de atividade operacional exercida pela
pessoa jurídica – sobre a receita bruta auferida nos trimestres, encerrados em
31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-
calendário (Lei nº 9.430/96, art. 25, I);
2) ao resultado obtido na forma do item 1, anterior, deverão ser acrescidos (Lei nº
9.430/96, art. 25, II):
os ganhos de capital;
os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras –
renda fixa e variável;
as variações monetárias ativas;
todos os demais resultados positivos obtidos pela pessoa jurídica
inclusive os juros recebidos como remuneração do capital próprio,
descontos financeiros obtidos e os juros ativos não decorrentes de
aplicações, e outros como:
a) os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas
entre pessoas jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou
interligadas, exceto se a mutuaria for instituição financeira
autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil;
b) os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge)
realizadas em bolsa de valores, de mercadorias e futuros ou no
mercado de balcão;
c) a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto
social da pessoa jurídica, deduzida dos encargos necessários à
percepção da mesma;
d) os juros equivalentes à taxa “Selic”, para títulos federais,
acumulada mensalmente, relativos a impostos e contribuições a
serem restituídos ou compensados;
e) os valores decorrentes dos preços de transferência;
f) os lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do
exterior, auferidos por empresas submetidas ao REFIS, optantes
pelo lucro presumido.
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o valor correspondente ao lucro inflacionário realizado no período em
conformidade com o disposto no art. 36, V da IN SRF nº. 93, de 1997;
multas e outras vantagens por rescisão contratual;
os valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive
com perdas no recebimento de créditos, salvo se o contribuinte
comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual tenha se
submetido à tributação com base no lucro real, ou que tais valores se
referiram a período a que tenha se submetido ao lucro presumido ou
arbitrado;
a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos
recebidos de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o
valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos que tenha sido entregue
para a formação do referido patrimônio;
valores acrescidos no quarto trimestre conforme subitem seguinte nº
3.5.2.1
Notas:
a) Para imóveis rurais adquiridos anteriormente a 1º/01/1997, considera-se custo
de aquisição o valor constante da escritura pública (RIR/1.999, art. 523, parágrafo único).
b) Para fins de apuração do ganho de capital as pessoas jurídicas deverão
considerar, quanto aos bens e direitos adquiridos até o final de 1.995 (RIR/1.999, art. 522,
I):
b.1) se do ativo permanente, o valor de aquisição, corrigido monetariamente até
31/12/1995, diminuído dos encargos de depreciação, amortização ou exaustão
acumulada;
b.2) se, embora não classificados no ativo permanente, sujeitos à correção
monetária até 31/12/1995, o valor de aquisição corrigido até essa data (RIR/1.999,
art. 523, caput).
A não comprovação dos custos pela empresa implicará a adição integral da
receita à base de cálculo do lucro presumido.
Na apuração de ganho de capital, os valores acrescidos em virtude de
reavaliação somente poderão ser computados como parte integrante dos
custos de aquisição dos bens e direitos se a empresa comprovar que os
valores acrescidos foram computados na determinação da base de cálculo
do imposto (Lei n° 9.430/96, art. 52).
Para os fins de apuração do ganho de capital, as pessoas jurídicas de que
trata este item observarão os seguintes procedimentos (Lei n° 9.249/95, art.
17):
• tratando-se de bens e direitos cuja aquisição tenha ocorrido até o final de
1995, o custo de aquisição poderá ser atualizado monetariamente até 31
de dezembro desse ano, tomando-se por base o valor da UFIR vigente
em 1° de janeiro de 1996 – R$ 0,8287, não se lhe ap licando qualquer
atualização monetária a partir dessa data (RIR/1.999, art. 522, I);
• tratando-se de bens e direitos adquiridos após 31 de dezembro de 1995,
ao custo de aquisição dos bens e direitos não será atribuída qualquer
atualização monetária (RIR/1.999, art. 522, II).
Finalmente, é importante observar que o resultado negativo ou a perda
apurada em uma operação de venda de bem do permanente não poderá ser
compensada com os resultados positivos auferidos em outras operações.
A pessoa jurídica que, até o ano-calendário anterior, houver sido tributada com
base no lucro real, deverá adicionar à base de cálculo do imposto de renda,
correspondente ao primeiro período de apuração no qual houver optado pela tributação
com base no lucro presumido ou for tributada com base no lucro arbitrado, os saldos dos
valores “referentes a adições” cuja tributação havia diferido, controlados na parte “B” do
LALUR – Lei nº. 9.430, de 1996, art. 54 e RIR/1999, art. 520. Exemplos: a) saldo da
depreciação, amortização ou exaustão acelerada incentivada constante na parte “B” do
LALUR. Essas importâncias permanecem registradas enquanto não for atingido o
percentual de 100% do valor do bem na escrituração contábil pelas adições
correspondentes; b) realização da reserva de reavaliação de bens imóveis integrantes do
ativo permanente e incorporada ao capital até 31.12.1999; c) deságio na aquisição de
participações de controladas e/ou coligadas, baixados na contabilidade antes da
alienação das respectivas participações sociais.
Notas:
a) A pessoa jurídica que, relativamente a fatos geradores ocorridos a partir do ano-
calendário de 1996, já tivesse optado pela tributação com base no lucro presumido (em
todos os anos-calendário posteriores) e tivesse lucros diferidos de períodos anteriores,
adicionará tais valores à base de cálculo do imposto, no período correspondente, à
medida que os mesmos forem sendo realizados.
b) Se houver lucro inflacionário diferido, registrado na parte “B” do LALUR, e caso a
pessoa jurídica venha apurando o imposto com base no lucro presumido desde o ano-
calendário de 1996, a realização do lucro inflacionário poderá não ser integral,
observando-se então o limite mínimo de 2,5% por trimestre do saldo do lucro inflacionário
acumulado existente em 31/12/95.
c) Vale registrar que em 31.12.2005 expirou o prazo para realização do lucro inflacionário
diferido – 10 anos a partir de 1996.
11
No entanto, consideram-se não tributáveis as receitas e rendimentos relacionados
abaixo:
a) recuperações de créditos que não representem ingressos de novas receitas, e
cujas perdas não tenham sido deduzidas na apuração do lucro real em períodos
anteriores. Exemplo: Recebimento de R$ 2.000,00, referente a uma “duplicata
a receber” baixada em contrapartida da conta “devedores incobráveis” no
exercício anterior e não deduzida na apuração do lucro real;
b) a reversão de saldo de provisões anteriormente constituídas, desde que o valor
provisionado não tenha sido deduzido na apuração do lucro real dos períodos
anteriores, ou que se refiram ao período no qual a pessoa jurídica tenha se
submetido ao regime de tributação com base no lucro presumido ou arbitrado
(Lei n° 9.430/96, art. 53). Exemplo: No ano anterior – na escrituração foi
constituída uma “provisão para devedores duvidosos” de R$ 5.000,00, cuja
contrapartida “encargos com provisões” não foi deduzida na apuração do lucro
real. Neste ano, tributação com base no lucro presumido e na escrituração
efetuada a reversão como “receita”.
c) os lucros e dividendos recebidos decorrentes de participações societárias, caso
refiram-se a períodos em que os mesmos sejam isentos de imposto de renda.
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RECEITA BRUTA DAS ATIVIDADES PERCENTUAL
Os percentuais serão aplicados sobre a receita bruta trimestral (Lei
nº 9.249/1995, art. 15, § 1º; Lei nº 9.250/1995, art. 40 e parágrafo
único e RIR/1.999, art. 519):
a) auferida na revenda para consumo de combustível
derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural. 1,6%
b) proveniente: 1) da venda de produtos de fabricação
própria; 2) da venda de mercadorias adquiridas para revenda; 3) da
industrialização de produtos em que a matéria prima, ou o produto
intermediário ou o material de embalagem tenham sido fornecidos
por quem encomendou a industrialização; 4) da atividade rural; 5)
das atividades de loteamento de terrenos, incorporação imobiliária,
8%
venda de imóveis adquiridos ou construídos para a revenda
quando houver a contratação por empreitada de construção civil na
modalidade total, fornecendo o empreiteiro todos os materiais
indispensáveis a sua execução, sendo tais materiais incorporados
à obra; 6) da atividade gráfica quando atuar nas áreas industrial e
comercial; e,
c) prestação de serviços hospitalares e de transportes de
carga;
d) relativa à prestação de serviços de transportes de
passageiros 16%
e) das atividades de prestação de serviços, cuja receita
remunere essencialmente o exercício pessoal por parte dos sócios,
de profissões que dependam de habilitação legalmente
regulamentada;
f) de intermediação de negócios – incluindo as atividades de
corretagem e de representação comercial - administração locação
ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer 32%
natureza;
g) prestação de serviço de administração e de construção
civil quando houver emprego, unicamente de mão-de-obra;
h) da prestação de qualquer outra espécie de serviço não
mencionado anteriormente, inclusive a atividade gráfica de
prestação de serviços, assim entendida aquela feita por
encomenda, com ou sem fornecimento de material (ADN Cosit nº
18/2000) e as concessionárias ou subconcessionárias de serviços
públicos (ADN Cosit nº 16/2000);
i) resultados de operações equiparadas às de consignação
na venda de veículos usados (Parecer Cosit nº 45/2003).
Exemplo: Neste caso, atividades diversificadas, você deve lembrar que a receita bruta
deverá ser apurada por atividade, sendo aplicado o percentual correspondente. A base de
cálculo será o somatório respectivo.
1º TRIMESTRE DE 2008
Receita Bruta Valores (R$) % Lucro Presumido (R$)
- Atividade Comercial 200.000,00 8% 16.000,00
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- Prestação de Serviços em Geral 100.000,00 32% 32.000,00
= Totais 300.000,00 48.000,00
Não podemos esquecer que, a base de cálculo trimestral das pessoas jurídicas
exclusivamente prestadoras de serviços exceto as que prestam serviços hospitalares e
as sociedades de prestação de serviços de profissão legalmente regulamentada, cuja
receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), poderá ser
determinada mediante a aplicação do percentual favorecido de 16% (dezesseis por cento)
sobre a receita bruta auferida no trimestre (Lei n° 9.250/95, art. 40, Lei n° 9.430/96, art. 1°
e RIR/99, art. 519, § § 4º e 5º).
Por outro lado é bom você lembrar que a pessoa jurídica que houver utilizado o
percentual favorecido – reduzido - cuja receita bruta acumulada até determinado mês do
ano-calendário exceder o limite de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), ficará sujeita
ao pagamento da diferença do imposto postergado, apurado em relação a cada trimestre
transcorrido. A diferença deverá ser paga até o último dia útil do mês subseqüente ao do
trimestre em que ocorreu o excesso, sem acréscimos legais. RIR/1999, art. 519, §§ 6º e
7º.
Ratificamos que segundo a interpretação adotada pela Receita Federal do Brasil,
as empresas beneficiadas com a redução aludida devem ser exclusivamente prestadoras
de serviços (Solução de Consulta 10ª RF 169/01 e Decisão 8ª RF 249/00).
Notas:
1º) As atividades de corretagem (seguros, imóveis, etc.) e as de representação
comercial são consideradas de intermediação de negócios – percentual aplicável 32%.
2º) A diferenciação dos percentuais para a atividade gráfica comercial e industrial
(8%) e para atividade gráfica de prestação de serviços (32%) foi feita pelo Ato
Declaratório Normativo CST nº 18, de 27-09-2000 (D.O.U. de 28-09-2000).
É possível qualquer uma das três condições dependendo das atividades por elas
desenvolvidas, podendo ocorrer às situações seguintes:
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Considera-se como prestação de serviços às operações de industrialização por
encomenda. Isto quando na composição do custo total dos insumos do produto
industrializado por encomenda - houver a preponderância dos custos dos insumos
fornecidos pelo encomendante. Assim aplica-se a alíquota de 32%. Tais atividades estão
excluídas do conceito de industrialização do RIPI – Regulamento do Imposto sobre
Produtos Industrializados, que oferece, para tal efeito, as seguintes definições:
a) oficina é o estabelecimento que empregar, no máximo, 5 (cinco) operários e,
caso utilize força motriz, não dispuser de potência superior a 5 (cinco)
quilowatts;
b) trabalho preponderante é o que contribuir no preparo do produto, para formação
de seu valor, a título de mão-de-obra, no mínimo com 60% (sessenta por
cento).
Decreto nº 2.637, de 1998, art. 5º, inciso V, c/c art. 7º, inciso II e ADI SRF nº 20, de
13 de dezembro de 2007;
3º) percentual correspondente a (32%) trinta e dois por cento também será
aplicado sobre a receita financeira da pessoa jurídica que explore atividades imobiliárias
relativas a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios
destinados à venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para a
revenda, quando decorrente da comercialização de imóveis e for apurada por meio de
índices ou coeficientes previstos em contrato (Lei nº 9.249/95, art. 15, § 4º, inserido pelo
art. 34 da Lei nº 11.196, de 2005).
4º) O exercício de profissões legalmente regulamentadas, como escolas, inclusive
creches, mesmo com receita bruta anual de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais),
não podem aplicar o percentual de 16% (dezesseis por cento) sobre a receita bruta para
fins de determinação do lucro presumido, devendo, portanto aplicar o percentual de 32%
(trinta e dois por cento) ADN COSIT nº 22 de 2000.
3.7.1 - Alíquota
3.7.2 - Adicional
No caso em que o valor retido na fonte ou já pago pelo contribuinte for maior que o
imposto devido no período de apuração trimestral, a diferença a maior poderá ser
compensada com o imposto relativo aos períodos de apuração subseqüentes. RIR/1999,
art. 526, parágrafo único.
Nota: O imposto de renda retido na fonte maior que o imposto de renda apurado no
período trimestral será compensável como “imposto de renda negativo de períodos
anteriores”.
O imposto de renda devido será pago em quota única, até o último dia útil do mês
subseqüente ao do encerramento do período de apuração (Lei nº 9.430/1.996, art. 5º).
À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em ate três quotas
mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses subseqüentes ao
de encerramento do período de apuração a que corresponder (Lei nº 9.430/1.996, art. 5º,
§ 1º e 4º).
Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) e o imposto de
valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago em quota única, até o último dia útil
do mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração (Lei nº 9.430/1.996, art.
5º § 2º).
As quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do
Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC, para títulos federais, acumulada
mensalmente, calculadas a partir do primeiro dia do segundo mês subseqüente ao
encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento
e de um por cento no mês do pagamento (Lei nº 9.430/1.996, art. 5º § 3º).
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Exemplo: a Comercial de Veículos Missões Ltda apurou referente ao terceiro trimestre de
2007 o IRPJ de R$ 30.000,00 com base no Lucro Presumido.
Optou pelo pagamento em três quotas – cada uma R$ 10.000,00. A taxa Selic para
outubro era de 0,93%, novembro 0,84% e dezembro 0,84%. Assim efetuou os seguintes
recolhimentos: 1ª quota – vencimento em 31/10/2007, R$ 10.000,00 (sem qualquer
acréscimo); 2ª quota – vencimento em 30/11/2007, R$ 10.100,00 (R$ 10.000,00 + 1%); 3ª
quota – vencimento em 31/12/2007, R$ 10.184,00 (R$ 10.000,00 + 1,84% = 0,84% taxa
Selic de novembro + 1%).
Nos casos de incorporação, fusão ou cisão e de extinção da pessoa jurídica pelo
encerramento da liquidação, o imposto devido deverá ser pago até o último dia útil do mês
subseqüente ao do evento, não se lhes aplicando a opção de parcelar o pagamento em
três quotas.
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corresponde: a) parcela decorrente da base de cálculo oriunda da receita bruta, e, b) dos
resultados das demais receitas, rendimentos e ganhos de capital.
Esquematizando temos:
- 12% ou 32% da receita bruta trimestral
- (+) Ganhos líquidos e rendimentos nominais em aplicações financeiras de
renda fixa e variável
- (+) Ganhos de capital na venda de bens de direitos
- (+) Demais receitas e resultados positivos
(=) SOMATÓRIO (BASE DE CÁLCULO)
A base de cálculo da CSLL – que a empresa tributada pelo imposto de renda com
base na apuração do lucro presumido deverá apurar trimestralmente, será a soma dos
seguintes valores (Lei nº 9.249/1995, art. 20, c/ a redação dada pela Lei nº 10.684/2003,
art. 22, Lei nº 9.532/1997, art. 1º, § 1º, c/ a redação dada pela Lei nº 9.959/2000, art. 3º,
MP nº 2.158-35/2001, art. 74 e IN SRF nº 390/2004, art. 88):
1) o valor correspondente a 12% (doze por cento) da receita bruta trimestral;
considera-se, para fins deste item, como receita bruta aquela proveniente das
atividades objeto da empresa (industrialização e venda de bens, revenda de
mercadorias, prestação de serviços e recebimento de comissões). Desta receita
bruta deverão ser excluídas as vendas canceladas, os descontos incondicionais
concedidos e os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do
comprador ou contratante, dos quais o vendedor dos bens ou prestador dos
serviços seja mero depositário. Ex. o IPI. O valor do ICMS não é excluído da
receita bruta.
2) o percentual do inciso 1, a partir de 1° de setembro de 2003, será de 32% (trinta
e dois por cento) para as atividades de: (a) prestação de serviços em geral,
exceto a de serviços hospitalares; (b) intermediação de negócios; (c)
administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer
natureza;
Nota: No caso de atividades diversificadas será aplicado o percentual correspondente a
cada atividade.
a. ao resultado obtido na forma dos itens “1 e/ou 2”, serão acrescidos os
ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes
de receitas não compreendidas na atividade.
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3.12.1 – Escrituração contábil
A empresa tributada pelo regime com base no lucro presumido deverá manter (Lei
nº 8.981/1995, art. 45 e RIR/1.999, art. 527):
a) a escrituração contábil, nos termos da legislação comercial;
b) para fins fiscais, é dispensável a escrituração quando a pessoa jurídica mantiver
Livro Caixa, devidamente escriturado, contendo toda a movimentação
financeira;
c) o livro Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques
existentes no término do ano-calendário abrangido pelo regime de tributação
simplificada;
d) em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e não
prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos os livros de
escrituração obrigatórios determinados pela legislação fiscal específica, bem
como os documentos e demais papéis que serviram de base para escrituração
comercial e fiscal – Decreto-Lei nº 486, de 1969, art. 4 º;
e) Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), quando tiver lucros diferidos de
períodos anteriores, inclusive saldo de lucro inflacionário a tributar – IN SRF nº
93/97, art. 36, V, §§ 7º e 8º e/ou prejuízos a compensar.
Notas:
1) Já vimos no subitem 3.2.3 – notas – letra “a” - que se a receita bruta total da pessoa
jurídica em determinado ano-calendário for superior a R$ 48.000.000,00, estará
automaticamente excluída do regime do lucro presumido para o ano-calendário seguinte
quando deverá adotar a tributação com base no lucro real.
Se não estiver mantendo escrituração regular (quando tributada pelo lucro
presumido) e escriturando apenas o livro caixa, deverá obrigatoriamente realizar, no dia
1º de janeiro do respectivo ano-calendário, levantamento patrimonial a fim de elaborar
balanço de abertura e iniciar a escrituração contábil.
2) No balanço de abertura a ser procedido na data do início do período de apuração
(trimestral ou anual com recolhimentos mensais com base na estimativa), cujos resultados
serão submetidos à tributação com base no lucro real, a pessoa jurídica deverá adotar o
seguinte tratamento com relação às situações a seguir descritas:
a) A pessoa jurídica que nunca manteve escrituração contábil para fins de imposto de
renda deverá tomar como base, para determinar o valor a ser registrado, o custo
de aquisição dos bens do ativo imobilizado e dos investimentos, bem como o valor
do capital social, corrigidos monetariamente até 31/12/1995, quando se tratar de
valores já existentes até essa data, e para os bens e direitos adquiridos
posteriormente, ou no caso da pessoa jurídica que iniciou suas atividades após
essa data deverá ser considerado o custo de aquisição sem qualquer correção
monetária, nos termos da legislação aplicável;
b) A pessoa jurídica que abandonou a escrituração ao optar pelo lucro presumido, se
possuir a escrituração anterior, deverá considerar no balanço de abertura:
• para os bens já existentes em 31/12/1995, que foram objeto de correção
monetária anteriormente, o valor corrigido monetariamente desde o último
período em que foi objeto de correção monetária até a data de 31/12/1995;
• para os bens da pessoa jurídica que nunca foram objeto de correção, se
adquiridos até 31/12/1995, deverão ser corrigidos até essa data; e para os
adquiridos posteriormente, ou para as pessoas jurídicas que iniciaram suas
atividades após tal data, considerar o custo de aquisição sem qualquer
correção monetária;
• em quaisquer das situações dos itens “a” ou “b” anteriores, a diferença entre
o Ativo e o Passivo será classificada como lucros ou prejuízos acumulados,
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sendo não compensável na apuração do lucro real o prejuízo assim obtido,
tendo em vista tratar-se de prejuízo meramente contábil.
c) A pessoa jurídica que, embora desobrigada, tendo mantido escrituração regular
deverá montar o balanço de abertura com a simples transposição dos valores
expressos no último balanço patrimonial levantado, se correspondente a 31 de
dezembro do ano-calendário anterior, ou no balancete de verificação que se
transformará em balanço patrimonial para consolidar os resultados ali registrados
(31 de dezembro).
Parecer Normativo CST nº 33/1978.
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