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ALGUMAS ORIENTAÇÕES BÁSICA PARA O TCC DO DIREITO

PROFA. DRA. LUCI BONINI

1. PARTE GRÁFICA
1.1 Seguir as instruções do Manual de trabalhos acadêmicos da UMC,
http://www.umc.br/biblioteca

2. PARTE ESCRITA

2.1 Resumo

Faça um resumo de no máximo 250 palavras, os itens necessários para um


resumo são:

a) Tema da pesquisa
b) Objetivo geral
c) Justificativa breve
d) Metodologias
e) Autores que nortearam a pesquisa
f) Resultados obtidos

Exemplo de resumo:

O estatuto da criança e do adolescente: A responsabilização pelo ato infracional e a


eficácia das medidas socioeducativas

O presente trabalho de conclusão de curso teve o objetivo de explanar alguns dos problemas
que cercam as crianças e os adolescentes infratores. Trata da história da delinquência juvenil, e
também dos marcos históricos no que tange à proteção da criança e do adolescente. Além disso,
verificou-se os fatores internos e externos, que levam, ou não, os adolescentes a cometerem
atos infracionais. Tais fatores vão desde a convivência familiar, paternalista, até a convivência
social na escola e na rua. Em seguida, foi tratado sobre a aplicação das Medidas
Socioeducativas estabelecidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8.069 de 13 de
julho de 1990, fazendo uma análise individual de cada uma delas, com seus efeitos, seu caráter,
modo de aplicação e função. Logo, foi trabalhado o adolescente, como sendo o protagonista de
um problema social no Brasil. E, ainda, a proteção à criança e ao adolescente e também a
proteção ao autor de ato infracional. Foi tratado, também, a respeito da responsabilização do
infrator, da inimputabilidade penal e das medidas alternativas de internação. Por fim, foram
apontadas algumas posições doutrinárias divergentes acerca de uma possível solução desse
problema que envolve milhares de adolescentes em todo o Brasil. Diante do estudo feito, a
delinquência que envolve crianças e adolescentes aparece em escala crescente, sendo diversos
os fatores que a cercam. Quando se fala em solução do problema da delinquência juvenil, o
Estatuto da Criança e do Adolescente e a Constituição Federal destacam, com clareza, que é
dever de toda a sociedade colaborar com a construção de um lugar melhor e mais digno para se
viver.  Fonte: http://goo.gl/gGf

2.2 Introdução: roteiro

a) Qual o tema/problema da sua pesquisa?


b) Quais os objetivos? Geral? Específicos?
c) Justificativa
a. O que levou você a pesquisa este tema?
b. Há interesse acadêmico?
c. Há interesse para a sociedade?
d. Há interesse na sua profissão/ na especialidade do direito que você
escolheu? Por quê?
d) Metodologia
a. Qual a metodologia que você vai usar: revisão da literatura (analisar
entre os doutrinadores o que eles refletiram sobre o assunto?; estudo de
caso (fazer uma análise detalhada de uma caso de aplicação errônea de
uma norma? De uma sentença? Um caso contraditório? Etc.; análise do
discurso: fazer uma análise do discurso jurídico: uma norma, uma
sentença, uma jurisprudência etc.
e) Referencial teórico
a. Quais são os autores que nortearão sua pesquisa: doutrinadores,
intelectuais, especialistas, códigos, CF etc...
f) Quais os resultados que você espera obter com esta pesquisa?
a. Revisão de uma doutrina?
b. Acrescentar e corrigir uma norma?
c. Conscientizar operadores do direito?
d. Etc
g) Como se divide o trabalho
a. Descreva para o leitor o que ele vai ler, ou seja, faça um resumo do
trabalho
Sugestão:
Este trabalho tem a seguinte estrutura:
Introdução onde se apresentam: o tema, a justificativa da escolha do tema, a metodologia,
os autores que nortearão esta pesquisa e os resultados obtidos.
Capítulo I onde se .... (faça um resumo do capitulo)
Capítulo II idem...
Capítulo III idem e assim por diante
Considerações finais onde se .....
Exemplo de introdução:

Relações Contratuais no Ciberespaço

 1. INTRODUÇÃO

O homem como ser racional é dotado de interesses, que futuramente podem gerar situações
conflituosas. Para conciliá-los, necessário foi regrar tais situações, nascendo deste modo um contrato,
regulador dos negócios jurídicos resultantes de acordos de vontades, de maneira a excluir quaisquer
controvérsias, conciliando os interesses de duas ou mais partes, criando, modificando ou extinguindo
situações jurídicas.
Neste contexto, os avanços tecnológicos difundidos a partir das últimas décadas do século XX,
resultantes do desenvolvimento vertiginoso da informática e das telecomunicações, ocasionaram
mudanças profundas nas relações sociais. Em meio a este aparato tecnológico, insurge uma sociedade
dinâmica, marcada pela multiplicidade de interesses, de negociações nas quais as relações de produção
e consumo passam a se fundamentar na oferta e circulação de bens através de uma rede mundial sem
fronteiras, a Internet. De fato, a Internet se tornou um ambiente propício para a comercialização dos mais
diversos produtos no mercado global, sejam eles tangíveis (equipamentos eletrônicos, livros, cosméticos,
artigos esportivos, etc.) ou intangíveis (softwares, livros digitais, músicas, vídeos, etc.). Destarte, com o
advento dos chamados "contratos eletrônicos", a distância entre duas partes interessadas em celebrar
um negócio jurídico assume um caráter secundário, e o velho papel assinado como instrumento
representativo do acordo de vontades é substituído pelas trocas de dados instantâneas na rede mundial
de computadores.
Em razão dessa nova realidade jurídica surgem os seguintes questionamentos: seria a internet
um meio ou um local? Os contratos eletrônicos possuem os requisitos dos contratos em geral? Qual a
legislação aplicável em se tratando de eventuais conflitos decorrentes dos mesmos?
O tema proposto justifica-se, tendo em vista a necessidade de solucionar os conflitos
decorrentes dos contratos celebrados em ambiente virtual, bem como esclarecer pontos importantes que
regem esse tema, com o intuito de propiciar o seu crescimento com a devida segurança. Por ser um
tema bastante atual, os doutrinadores se manifestaram timidamente sobre o foco do presente estudo,
quem dedicou uma obra para o tema foi à autora Sheila do Rocio Cercal Santos Leal, com o seguinte
título: Contratos Eletrônicos: validade jurídica dos contratos via internet, publicada no ano de 2007, além
de Maria Helena Diniz que reservou um capítulo para o tema em comento em sua obra: Tratado Teórico
e Prático dos Contratos, vol.5, publicada em 2006.
A razão para a escolha deste tema é a atualidade e iminência do assunto no mundo jurídico,
cita-se ainda que a sociedade será o público alvo da presente pesquisa. No que toca ao método, foi
escolhido o método científico dedutivo, pois sua lógica analisa tal contexto, partindo para a verificação
dos pressupostos de existência dos contratos eletrônicos, sua compatibilização com o Direito Pátrio e
resolvendo assim a problemática em comento. Quanto à técnica, foi escolhida a pesquisa bibliográfica,
por meio de livros, legislações nacionais e estrangeiras, e artigos obtidos na internet. 
O presente trabalho monográfico foi divido em seis capítulos na forma dissertativa. Relatando o
surgimento da internet e como esse meio vem se expandindo, influenciando e modificando a forma dos
indivíduos de contratar. É feita ainda uma revisão da teoria geral dos contratos, como forma até de
estabelecer a delimitação do tema a ser explorado. Feito isto, tratamos em específico sobre os contratos
eletrônicos, seu conceito, sua base principiológica, além de seus demais aspectos. Posteriormente, é
feito um estudo e análise dos Projetos de Leis sobre essa nova realidade negocial, bem como os
projetos de leis que estão em tramitação no Congresso para regulamento do comércio eletrônico. E
finalmente expomos os resultados e conclusões tomadas com a realização do presente estudo.
Fonte: http://goo.gl/DaIC
3. Sugestão de estrutura da monografia

I Capítulo
Retrospectiva histórica. Aqui fazemos uma retrospectiva histórica de nosso
tema, demonstramos de onde ele surgiu, quais foram os primeiros pensadores a
relatar fatos ligados a este problema/tema/objeto. Muitas vezes as origens vêm
da Antiguidade Clássica, passando pela idade Média, idade moderna e
Contemporânea, se este capítulo for ficar muito longo, faça um recorte, você
pode pontuar a história remota em poucas página e localizar seu leitor na
história mais recente no mundo e no Brasil.
Obs. Escreva em torno de 10 páginas.

II Capítulo
O que os doutrinadores, cientistas, especialistas pensam a respeito do tema. O
Direito é uma ciência interdisciplinar, por isso busque por filósofos, antropólogos,
sociólogos e outros especialista que já refletiram sobre o tema.
È bastante interessante selecionar pessoas que compartilhem com você de seu
posicionamento, mas não devemos esquecer que é interessante escolher
também doutrinadores que pensam o contrário para podermos demonstrar que
há posicionamentos opostos e nem por isso a ciência deixa de procurar a
verdade.
Vá ‘amarrando’ o pensamento dos autores, analisando, confrontando e fazendo
suas críticas sempre baseado no que eles falam. A MONOGRAFIA NÃO
PRECISA SER ORIGINAL, SUAS IDÉIAS NÃO PRECISAM SER ORIGINAIS,
MAS SIM A FORMA COMO VOCÊ COMBINA AS ANÁLISES QUE JÁ FORAM
FEITAS ANTERIORMENTE.
Nunca se esqueça de citar suas fontes:

Use paráfrase: quando relatamos o pensamento de um autor

(...) A cultura, em outro sentido, integra-se nos diferentes mecanismos sociais que perpassam
pelo universo simbólico-espacial do agente, o corpo tem um papel determinante como filtro e
percepção cultural, seja através dos sentidos, ou compreendida como experiências. Na formação
do universo cultural têm-se diferentes níveis de compreensão, seja nas formas de integrar-se
aos outros, nas diferentes formas de aprendizado ou na influência do meio ambiente. O termo
cultura empregada como sinônimo de civilização, através da tradição iluminista, é interpretado
por seus elementos individuais, os chamados agente sociais e/ou históricos, neste sentido que
Norbert ELIAS aponta para uma idéia de civilização representada por um coletivo que define
certas normas, mas que, inserido nesta teia de significados, o ser humano procura na sua
formação cultural características múltiplas de relacionamento no pensar e agir. (ELIAS, 1984, p.
56) Fonte: http://goo.gl/V6PO

Ou citação:

Entretanto, ainda que admitindo tal elo, Edward B.TAYLOR foi o primeiro a elaborar um conceito
para a palavra inglesa culture que afirmava “em seu amplo sentido etnográfico ser todo esse
complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra
capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade". (1986, p.23)

Fonte: http://goo.gl/V6PO

 Não é vergonha citar, nem parafrasear, pelo contrário demonstra que você
pesquisou, leu e entendeu o que o autor quis dizer.

Cuidado colocar o texto de outrem sem citar, é plágio e plágio é CRIME.

Ver lei:
LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.

Art. 108. Quem, na utilização, por qualquer modalidade, de obra intelectual,


deixar de indicar ou de anunciar, como tal, o nome, pseudônimo ou sinal
convencional do autor e do intérprete, além de responder por danos morais, está
obrigado a divulgar-lhes a identidade da seguinte forma:
        I - tratando-se de empresa de radiodifusão, no mesmo horário em que tiver
ocorrido a infração, por três dias consecutivos;
        II - tratando-se de publicação gráfica ou fonográfica, mediante inclusão de
errata nos exemplares ainda não distribuídos, sem prejuízo de comunicação,
com destaque, por três vezes consecutivas em jornal de grande circulação, dos
domicílios do autor, do intérprete e do editor ou produtor;
        III - tratando-se de outra forma de utilização, por intermédio da imprensa,
na forma a que se refere o inciso anterior.
        Art. 109. A execução pública feita em desacordo com os arts. 68, 97, 98 e
99 desta Lei sujeitará os responsáveis a multa de vinte vezes o valor que
deveria ser originariamente pago.

http://goo.gl/e3LJ

III Capítulo
Análise crítica do objeto. Aqui você faz seu estudo de caso, apresentando-o,
relatando fatos e ‘amarrando’ com o que os doutrinadores já expuseram no capítulo
anterior. ‘Encaixe’ suas críticas aos posicionamentos dos especialistas.

Exemplo:

(...)

4 CAPÍTULO O ESTADO E A INDÚSTRIA DO ENTRETENIMENTO

Conforme exposto no Capítulo I, o entretenimento, o lazer e a cultura


encontram-se freqüentemente entrelaçados, e por isso mesmo, ao interpretar as
normas jurídicas deve-se atentar para a eventual elasticidade de tais conceitos
no âmbito dos textos legais, ou ainda, utilizar métodos de hermenêutica
sistêmica, sob pena de não se extrair da norma a sua verdadeira finalidade.
Tem-se, portanto, que as bases constitucionais das normas jurídicas sobre
entretenimento, englobam também a noção de cultura, da forma como foi
concebida pelo texto fundamental.
A intervenção estatal nas atividades de entretenimento tem como
elemento balizador a dignidade da pessoa humana. Para Fernando F. SCAFF
(2000, p. 321-347), o bem mais precioso da pessoa humana é sua dignidade,
assegurada constitucionalmente no art. 1º inciso III. Portanto, a atuação estatal
seria balizada pelo princípio constitucional da dignidade. Segundo ainda
Joaquim Barbosa GOMES (1996, p. 17-20), o equilíbrio entre a ordem pública e
a dignidade da pessoa humana, principalmente quando se trata de
entretenimento, deve ser sopesado.
Com o advento do novo ordenamento constitucional de 1988, optou-se
não por uma competência exclusiva e sim para as competências comuns (art.
23, V) e concorrentes (art. 24, IX) entre a União, os Estados e os Municípios, de
acordo com a repartição dos poderes, para se legislar sobre entretenimento,
cultura e lazer. Em relação à classificação das diversões públicas, bem como
programas de rádio e televisão, o constituinte elegeu a modalidade de efeitos
indicativos nos termos do art. 21, XVI e art. 220 § 3º, I, como mais adiante se
verá.
Conquanto às limitações nas atividades de entretenimento, diversões e a
própria comunicação social, o constituinte, ao vedar qualquer forma de censura,
estabelece como parâmetro, o respeito aos valores constitucionais,
harmonizando direitos eventualmente em conflito. Com isto, torna-se necessário
estabelecer algumas regras referentes às ditas atividades, entretanto os limites
são controversos nesta área, uma vez que a unanimidade será sempre
inalcançável.
Obedecendo ao mandamento constitucional, um ordenamento positivo
começa a ser esboçado. A nível federal, a União se ocupa com a
regulamentação de algumas atividades laborais relacionadas ao entretenimento,
bem como com a proteção do conteúdo regional produzido por este setor. No
âmbito estadual, usando como exemplo o Estado do Rio de Janeiro,
notoriamente conhecido como um dos pólos de entretenimento do país, algumas
iniciativas do executivo estadual podem ser destacadas. Aprovada em 22.01.96
a Lei 2.526 proíbe, em todo o território do Estado do Rio de Janeiro, o ingresso e
permanência no interior de boates, cinemas, teatros, clubes e estádios, escolas
de samba e estabelecimentos assemelhados, de pessoas portanto qualquer tipo
de arma. O decreto regulamentador (nº 22.370 de 18.07.96) da referida lei
estadual determina que o Corpo de Bombeiros Militar seja encarregado das
vistorias e fiscalizações atinentes à segurança contra incêndio, pânico e demais
atividades, corroborando o que foi apontado no capítulo anterior quanto aos
riscos de eventos multitudinários de entretenimento. Finalmente, a lei estadual
3.716 de 26.11.2001, obriga os referidos estabelecimentos de entretenimento a
possuírem em suas instalações, guarda-volumes apropriados para o depósito de
armas. (SZTAJNBERG, 2005, p.115)
Fonte: http://goo.gl/V6PO

OBSERVAÇÕES FINAIS: A Internet é um fonte de recursos inesgotáveis,


infelizmente alguns desses recursos escapam às regras morais, no entanto uma
fonte de busca bastante segura é o Google acadêmico: http://scholar.google.com.br/

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