· FUNDAMENTOS
N-001. A qualidade da cana fornecida às unidades industriais de açúcar e de álcool do Estado de São
Paulo será aferida, através de análise tecnológica em amostras coletadas no momento de seu
fornecimento.
N-002. Será de responsabilidade da unidade industrial, a operação do sistema de avaliação da
qualidade da matéria prima, incluindo todas as etapas, desde a pesagem da cana até o
processamento dos dados.
N-003. Os veículos utilizados para o transporte de cana-de-açúcar deverão ter, necessariamente, suas
carrocerias adaptadas para amostragem por sonda mecânica, horizontal ou oblíqua.
N-004. Quando a cana for transportada em veículos com uma ou mais carretas, estas serão
consideradas cargas separadas, para fins de amostragem.
N-005. Para a amostragem de cargas de cana inteira, por sonda horizontal, os veículos deverão afixar
em suas carrocerias, em local visível, o número de vãos passíveis de amostragem.
N-006. Consideram-se vãos, os espaços passíveis de amostragem, existentes entre fueiros ou outras
estruturas destinadas à contenção das cargas.
N-007. As carrocerias deverão possuir, no mínimo, 5 (cinco) vãos, eqüidistantes ao longo da
carroceria, separados entre si por uma distância máxima de 1 m (um metro), medida de centro
a centro dos vãos. Os casos que não atendam a esta norma, serão avaliados pelas partes.
N-008. Os vãos serão contados a partir da cabina do veículo transportador.
· ENTREGA DA CANA-DE-AÇÚCAR
N-011. A entrega da cana, sob a responsabilidade do fornecedor, deverá ser realizada até 72 h (setenta e
duas horas) da queima, no período compreendido entre o início da safra até 31 de agosto e de 60 h
(sessenta horas) da queima, a partir de setembro até o final da safra.
N-012. A cana entregue após os tempos estabelecidos (T) na norma N-011, a critério da unidade
industrial, poderá sofrer descontos no valor da tonelada de cana, conforme a expressão:
N-013. Os fornecedores de cana deverão informar, por escrito, a hora da queima, à unidade industrial, salvo quando
dispensado desta obrigação.
N-014. Será descontado do tempo que compõe o fator K:
– o tempo de interrupção do recebimento de cana nas unidades industriais, motivado por
causas não programadas;
– o tempo de espera na fila de entrega na unidade industrial, respeitando-se a
proporcionalidade entre as entregas de cana própria e as de fornecedores.
N-015. Não será aplicado o fator K, quando os serviços de colheita forem efetuados pela unidade
industrial ou empresa prestadora destes serviços por ela gerenciada.
N-016. As unidades industriais deverão controlar os tempos previstos na norma N-011, devendo
destacar, em relatórios, os tempos transcorridos nas ocorrências que incidirem descontos
devido à demora de entrega.
N-017. As unidades industriais deverão dispor de local apropriado, antes das balanças de pesagem da
tara dos veículos, para remoção dos colmos remanescentes dos descarregamentos.
N-018. A amostragem das cargas será efetuada por sonda mecânica, horizontal ou oblíqua.
N-019. A sonda amostradora deverá estar localizada após a balança de pesagem da carga.
N-020. No caso de sonda amostradora montada sobre trilhos, o estacionamento do veículo deverá ser feito de modo que a
distância entre a coroa dentada do tubo amostrador e a cana no carregamento não ultrapasse a 20 cm (vinte
centímetros) (Fig.1).
N-021. A coroa dentada da sonda amostradora horizontal deverá seguir as características do modelo da
Fig.2.Na sonda amostradora obliqua Dedini, os dentes da coroa deverão seguir as
características aprovadas em sua homologação. As coroas não enquadradas nestas
condições serão avaliadas pela CANATEC-SP.
N-022. A coroa dentada da sonda amostradora deverá ser trocada quando demonstrar baixa eficiência
de corte, observada pelo esmagamento e cisalhamento da amostra.
N-023. As posições de amostragem serão definidas por sorteio informatizado, levando-se em conta o
número de vãos de cada tipo de unidade de transporte.
N-024. O número de possibilidades de pontos de amostragem será dado pela equação:
P = 2 x V – 4, onde:
P = número de possibilidades de amostragens;
V = número de vãos para cada tipo de carroceria.
Exemplos:
N-025. Quando se tratar de sonda amostradora mecânica, do tipo horizontal, a amostra será composta
por 3 (três) sub-amostras, coletadas em vãos consecutivos e a partir da primeira perfuração,
não podendo haver coincidência no sentido horizontal ou vertical. As canas que excederem as
extremidades da carroceria serão partes integrantes do primeiro e último vãos,
respectivamente.
N-026. As perfurações da carga, para fins de amostragem, deverão ser feitas no ponto central da área
definida pelo sorteio.
3
N-027. Quando houver algum impedimento causado por obstáculo físico, a perfuração poderá ser
realizada ao redor do local sorteado, sem comprometimento da representatividade da amostra.
N-028. Em carregamentos de canas colhidas mecanicamente e picada, a amostra deverá ser
composta por 3 (três) sub-amostras, retiradas em pontos diferentes, dispostos no sentido
diagonal das carrocerias.
N-029. As posições sorteadas das amostragens pela sonda horizontal e a identificação informatizada
das cargas analisadas (código de barras etc.) deverão estar impressas nos Boletins de
Análises.
N-030. Quando se tratar de carrocerias fechadas, para o transporte de cana picada ou inteira, a
amostragem deverá ser feita através de aberturas nas laterais do carregamento, em
conformidade com a N-028.
N-031. Quando se tratar de sonda amostradora mecânica oblíqua, a amostra será retirada em apenas 1
(um) ponto, seguindo a linha longitudinal e central da parte superior do carregamento.
N-032. O número mínimo de amostras a ser coletado de cada fornecedor e por fundo agrícola
obedecerá ao seguinte critério:
Entregues/dia Amostradas/dia %
01 – 05 Todas 100,0
06 – 10 06 75,0
11 – 15 07 53,8
16 – 25 08 39,0
26 – 35 10 32,8
36 – 45 12 29,6
46 – 55 14 27,7
56 – 70 17 27,0
71 – 85 20 25,6
86 –100 23 24,7
> 100 — 25,0
N-033. Quando o número de carregamentos entregues, diariamente, por produtor e por fundo agrícola, exceder a 10 (dez),
as amostragens deverão ser distribuídasao longo do período diário de entrega.
N-034. Qualquer que seja o tipo de sonda amostradora, o peso da amostra final não poderá ser inferior
a 10 kg (dez quilogramas).
N-035. Em todos os tipos de sonda amostradora horizontal, o tubo amostrador deve ser introduzido,
totalmente, na carga e esvaziado após cada perfuração. Quando não for possível introduzir,
totalmente, o tubo amostrador, será necessário a sua re-introdução no mesmo furo.
N 036. Em se tratando de sonda amostradora obliqua, a retirada da amostra será feita, sempre,
seguindo a linha longitudinal e central da parte superior do carregamento de cana-de-açúcar,
em duas etapas, na mesma perfuração, retirando e descarregando as sub-amostras, em cada
etapa, respeitando-se o descrito na N- 034.
N 037. O desrespeito às Normas 035 e 036 acarretará a anulação automática da amostragem
efetuada, repetindo-se a operação na mesma carga, em local próximo à anterior, conforme
descrito na N-027.
· DESINTEGRAÇÃO DA AMOSTRA
4
N-038. A amostra a ser analisada, resultante da mistura das amostras simples, será preparada em
aparelhos desintegradores que deverão manter as suas características originais.
N-039. O desintegrador deverá estar em perfeitas condições mecânico-operacionais, tendo, no
mínimo, um jogo de facas, de contra-facas e de martelos, de reposição.
N-040. As facas dos desintegradores deverão ser substituídas, diariamente, ou, pelo menos, a cada
250 (duzentos e cinqüenta) amostras, sem prejuízo do valor do Índice de Preparo (IP).
N-041. A contra-faca do desintegrador deverá estar regulada a uma distância de 2±0,5 mm (dois
milímetros, mais ou menos, meio milímetro).
N-042. As facas e a contra-faca deverão estar sempre afiadas, não devendo apresentar bordas
onduladas e arredondadas.
N-043. Os martelos e contra-martelos deverão ser substituídos quando apresentarem bordas
arredondadas.
N-044. O material desintegrado deverá conter somente partículas pequenas e homogêneas, sem
pedaços ou lascas e que forneça um Índice de Preparo (IP) de 90% (noventa por cento), com
uma tolerância de, mais ou menos, 2 (dois) pontos percentuais.
· HOMOGENEIZAÇÃO DA AMOSTRA
N-045. A amostra desintegrada, deverá ser homogeneizada em betoneiras adaptadas com raspador,
de maneira a impedir a retenção de amostra no fundo do tambor (Fig.5).
N-046. Uma quantidade de amostra homogeneizada, de 1,5 kg a 2,0 kg (um e meio a dois
quilogramas), aproximadamente, será conduzida ao laboratório onde a amostra final de 500 g
(quinhentos gramas) será pesada e servirá para as análises tecnológicas.
N-047. A metodologia para a determinação do Índice de Preparo (IP) encontra-se na norma N-148.
N-048. Localização: deverá estar localizado no pátio da unidade industrial, próximo do local de coleta
de amostra e de seu preparo.
N-049. Rede elétrica: deverá estar dimensionada de modo a atender as especificações originais dos
fabricantes de todos os equipamentos à plena carga operacional; possuir sistema de
aterramento adequado. Não será permitida, a utilização de qualquer dispositivo que possa
alterar as características originais da corrente elétrica exigida pelos aparelhos ou equipamentos
de laboratório. Não será permitido o emprego de derivações (extensões) em tomadas, a fim de
evitar interferências nos equipamentos.
N-050. Temperatura: a temperatura interna deverá ser mantida à 20ºC ± 5ºC (vinte, mais ou menos
cinco graus Celsius).
N-051. Equipamentos: devem estar dimensionados de modo a atender à demanda operacional das
análises da unidade industrial, particularmente, no tocante a:
– sonda(s) amostradora(s)
– desintegrador(es)
– homogeneizador(es), tipo betoneira
– balança(s) semi-analítica(s)
– digestor(es), tipo sul africano
– aparelho para determinação do índice de preparo
– prensa(s) hidráulica(s)
– estufa(s) de circulação forçada de ar
– refratômetro digital, automático, com correção automática de temperatura ou banho
termostático, à 20ºC
– sacarímetro digital, automático
5
N-061. A pesagem de 500 g (quinhentos gramas), com tolerância de, mais ou menos, 0,5 g (cinco
décimos de grama), da amostra final, homogeneizada mecanicamente, será feita em balança
semi-analítica, eletrônica e com saída para impressora e/ou registro magnético, com resolução
máxima de 0,5 g (cinco décimos de grama). O material restante servirá como contra-prova, não
podendo ser desprezado, até que sejam concluídas as leituras de brix e de pol.
· EXTRAÇÃO DO CALDO
N-062. A extração do caldo, a pesagem do bagaço úmido e as leituras de brix e de pol deverão ocorrer
imediatamente após a desintegração e homogeneização das amostras.
6
N-063. O caldo, para análise, será extraído em prensa hidráulica, com pressão, mínima e constante, de
24,5 MPa (vinte e quatro megapascal e cinco décimos), correspondente à 250 kgf/cm2
(duzentos e cinqüenta quilogramas-força por centímetro quadrado), sobre a amostra, durante 1
min (um minuto).
N-064. O manômetro da prensa deverá, a cada safra, ser calibrado por órgão competente.
N-065. A calibração da prensa será realizada por Célula de Carga, equipada com manômetro,
calibrado por órgão competente.
N-066. Realizada a calibração, será afixada uma etiqueta sobre o manômetro da prensa, indicando a
sua pressão de trabalho, para que a pressão sobre a amostra esteja em conformidade com a
norma N-063.
N-067. A determinação do brix (sólidos solúveis por cento de caldo) será realizada em refratômetro digital, de leitura
automática, com correção automática de temperatura, com saída para impressora e/ou registro magnético e
resolução máxima de 0,1º Brix (um décimo de grau brix), devendo o valor final ser expresso à 20ºC (vinte graus
Celsius).
N-068. Quando houver presença de impurezas minerais no caldo, o brix poderá ser determinado em
caldo filtrado, em papel de filtro qualitativo, a partir da 6ª (sexta) gota do filtrado. Quando se
utilizar da determinação por Espectrofotometria de Infravermelho Próximo (NIR), o caldo deverá
ser filtrado e/ou peneirado.
N-069. A pol do caldo (sacarose aparente por cento de caldo) será determinada em sacarímetro digital,
automático, com peso normal igual à 26 g (vinte e seis gramas), resolução de 0,01ºZ (um
centésimo de grau de açúcar) e aferido à 20ºC (vinte graus Celsius), provido de tubo
polarimétrico de fluxo contínuo e com saída para impressora e/ou registro magnético de dados,
após clarificação do caldo com mistura clarificante à base de alumínio.
N-070. A mistura clarificante, à base de alumínio, deverá ser preparada de acordo com a norma N-147.
N-071. A quantidade da mistura, à base de alumínio, recomendada deverá ser, no mínimo, de 6 g/100
ml (seis gramas por cem mililitros); quantidades maiores poderão provocar a diminuição da
leitura sacarimétrica.
N-072. Caso não se consiga a clarificação do caldo com o uso das quantidades recomendadas, os
seguintes procedimentos devem ser tomados, na ordem de preferência assinalada:
– Refiltragem do caldo clarificado;
– Repetição da análise, reprocedendo a clarificação do caldo, ainda disponível, ou nova
extração de caldo, na presença de um representante credenciado pela associação de
fornecedores;
– Diluição do caldo extraído, na proporção de 1 (uma) parte de água destilada,
volume/volume, e posterior clarificação, multiplicando-se, neste caso, o valor da leitura
sacarimétrica por 2 (dois).
N-073. A amostra de cana, cujo caldo extraído não for clarificado após obedecidos os procedimentos
descritos na norma N-072, será considerada fora do sistema.
N-074. A pol do caldo (S) é calculada pela equação seguinte:
Assim sendo, a equação completa para o cálculo da pol da cana (S) passa a ser a seguinte:
N-075. Todo o caldo clarificado deverá ser usado para a leitura sacarimétrica, fixando-se o mínimo de
70 ml (setenta mililitros). Na hipótese de lavagem do tubo sacarimétrico com água, usar 100 ml
(cem mililitros) de caldo para a próxima leitura da pol.
N-077. A unidade industrial poderá recusar o recebimento de carregamentos com pureza do caldo
abaixo de 75% (setenta e cinco por cento).
N-078. Os carregamentos, analisados conforme estas normas e cuja pureza do caldo estiver abaixo de
75% (setenta e cinco por cento), se descarregados, não poderão ser excluídos do sistema.
N-079. O teor de açúcares redutores (AR) por cento de caldo será calculado pela equação:
N-081. O brix e a pol do caldo poderão ser determinados pela utilização da Espectrofotometria de
Infravermelho Próximo (NIR), após definição das curvas de calibração, construídas com os
resultados de brix e de pol dos métodos tradicionais.
N-082. As curvas de calibração devem ser atualizadas a cada safra, através da inserção de, no
mínimo, 300 (trezentos) novos pares de dados representativos, obtidos no transcorrer das
safras.
N-083. Os laboratórios que utilizarem a Espectrofotometria de Infravermelho Próximo (NIR) deverão
realizar, diariamente, ao longo do período de seu funcionamento, 30 (trinta) análises
tecnológicas, em paralelo, de brix e de pol, conforme as normas N-067, N-068, N-069, N-070,
N-071 e N-072, para fins de aferição de resultados e inserção de novos pares de dados
8
N -086. As unidades industriais poderão optar pela determinação direta da fibra da cana pelo método de Tanimoto,
consoante os procedimentos descritos na norma N-154 e calculada pela seguinte equação:
PC = S x (1 - 0,01xF) x C, onde:
S = pol do caldo;
F = fibra da cana;
C = coeficiente de transformação da pol do caldo extraído em pol do caldo absoluto,
calculado pela equação:
C = 1,0313 – 0,00575 x F, ou,
C = 1,02626 – 0,00046 x PBU, onde:
PBU = peso do bagaço úmido da prensa, e
F = fibra da cana.
N-088. O cálculo dos açúcares redutores da cana (ARC) será realizado pela equação:
N-089. Conhecendo-se a pol da cana (PC) e os açúcares redutores da cana (ARC), o ATR é calculado
pela equação:
. APLICAÇÃO DO FATOR K
N-090. A média quinzenal do Fator K, quando houver, deverá ser aplicada sobre a média quinzenal de
ATR (ATRq), apurado na quinzena, ou seja:
N-091. A coleta dos dados de pesagens da cana, analíticos e dos tempos de queima, deverá ser
automatizada, devendo ficar à disposição do produtor de cana e da sua associação de classe,
um comprovante impresso ou registro magnético, logo após a última determinação analítica.
N-092. Os valores tecnológicos quinzenais ponderados e as informações sobre a cana fornecida, com
a identificação do produtor e do respectivo fundo agrícola, deverão ser encaminhados por
meios magnéticos, impreterivelmente, até 5 (cinco) dias úteis após o término da quinzena, ao
CONSECANA-SP e às associações de classe dos produtores de cana.
N-093. Os boletins diários e quinzenais deverão conter, no mínimo, as seguintes informações:
· ACOMPANHAMENTO DO SISTEMA
N-094. Os representantes credenciados pelas associações de classe dos produtores de cana poderão
acompanhar todos os procedimentos utilizados para avaliar a qualidade da cana, a saber:
N-095. É permitida aos representantes das associações de classe dos produtores de cana, retirar
amostras de cana e/ou de caldo, para fins de comparações de resultados
N-096. Quando se constatar a existência de qualquer irregularidade na aplicação destes
procedimentos, os representantes das associações de classe terão direito de exigir uma ação
corretiva imediata por parte do laboratório e, caso isto não ocorra, a irregularidade deverá ser
comunicada por escrito ao CONSECANA-SP, devendo diante dos fatos relatados e no âmbito
de suas atribuições, analisar e emitir parecer sobre o assunto.
N-097. Não será permitida a anulação de amostras ou de valores analíticos, sem a prévia
concordância entre a unidade industrial e o representante da associação de classe.
• OCORRÊNCIAS
N-100. O laboratório deve manter um livro de ocorrências, onde serão registradas as anormalidades
nos seus trabalhos e os prazos para a sua solução, com o conhecimento e assinaturas de
ambas as partes.
• COMPARAÇÃO DE RESULTADOS
N-101. A diferença máxima aceitável, à 95% (noventa e cinco por cento) de probabilidade entre
repetições de análises de brix (B) e leitura sacarimétrica (L) de um mesmo caldo, realizadas no
mesmo laboratório e pelos mesmos operadores, é de:
N-102. A incerteza relativa na medição, à 95% (noventa e cinco por cento) de probabilidade para as
análises de brix (B), leitura sacarimétrica(L), peso do bagaço úmido (PBU), açúcares redutores
do caldo (AR) e índice de preparo (IP), de subamostras de uma mesma amostra homogênea de
cana desintegrada, realizadas entre laboratórios, é de :
Brix = 1,6%
Leitura sacarimétrica = 0,9%
PBU = 3,9%
IP = 4%
AR = 7,1%
N-103. O peso do carregamento (P) deverá ser expresso em quilogramas (kg), sem decimais.
N-104. Todos os cálculos intermediários deverão ser efetuados no flutuante.
N-105. O arredondamento, em todos os cálculos objetos do modelo CONSECANA-SP, consiste em
adicionar uma unidade à última decimal especificada, caso a decimal seguinte esteja
compreendida no intervalo de 5 a 9 (cinco a nove).
11
Exemplos:
Número obtido Número arredondado Número obtido Número arredondado
15,45 15,5 16,63324 16,6332
18,431 18,43 0,67338 0,6734
13,457 13,46 1,06752 1,0675
14,45345 14,4535 143,255 143,26
N-106. A leitura refratométrica do brix (B) deverá ser expressa com duas casas decimais.
N-107. A média ponderada diária do brix (Bd), por carregamento analisado, será ponderado e
expresso com duas casas decimais arredondadas.
B1 x P1 + B2 x P2 +...+ Bn x Pn
Bd = —————————————, onde:
P1 + P2 +…+ Pn
B1, B2...Bn = leituras de brix obtidas por carregamento analisado;
P1, P2...Pn = peso dos carregamentos analisados.
N-108. A média ponderada quinzenal do brix (Bq) deverá ser obtida pela ponderação das médias
diárias de todos os carregamentos diários entregues e expressa com duas casas decimais
arredondadas:
N-109. A leitura sacarimétrica (L) deverá ser expressa com duas casas decimais.
N-110. A média ponderada diária da leitura sacarimétrica (Ld), por carregamento analisado, será
ponderada e expressa com duas casas decimais arredondadas:
L1 x P1 + L2 x P2 +...+ Ln x Pn
Ld = ——————————-———, onde:
P1 + P2 +…+Pn
N-111. A média ponderada quinzenal da leitura sacarimétrica (Lq) deverá ser obtida pela ponderação
das médias diárias de todos os carregamentos diários entregues e expressa com duas casas
decimais arredondadas:
N-112. O peso do bagaço úmido (PBU), por carregamento analisado, será expresso com uma ou duas
casas decimais, desde que a precisão da balança utilizada o permita.
N-113. A média ponderada diária do peso do bagaço úmido (PBUd) deverá ser expressa com duas
casas decimais arredondadas e calculada pela seguinte equação:
N-114. A média ponderada quinzenal do peso do bagaço úmido (PBUq) deverá ser obtida pela
ponderação das médias diárias ponderadas do peso do bagaço úmido (PBUd) e expresso com
duas casas decimais arredondadas.
N-115. A pol do caldo (S), por carregamento analisado, deverá ser calculada pela equação a seguir (já
mostrada na norma N-074) e expressa com duas casas decimais arredondadas:
N-116. A média ponderada diária de pol do caldo (Sd) deverá ser obtida pela equação a seguir e
expressa com duas casas decimais:
N-117. A média ponderada quinzenal de pol do caldo (Sq) deverá ser obtida pela equação, dada a
seguir, e expressa com duas casas decimais arredondadas:
N-118. A pureza do caldo (Q) por carregamento será calculada pela equação seguinte e expressa com
duas casas decimais arredondadas:
13
100 x S
Q = —————, onde:
B
N-119. A média diária de pureza do caldo (Qd) será calculada pela equação seguinte e expressa com
duas casas decimais arredondadas:
100 x Sd
Qd = —————, onde:
Bd
N-120. A média ponderada quinzenal de pureza do caldo (Qq) será calculada pela equação seguinte e
expressa com duas casas decimais:
100 x Sq
Qq = —————, onde:
Bq
N-121. A fibra industrial (F) por carregamento será calculada pela equação seguinte e expressa com
duas casas decimais:
N-122. A média ponderada diária de fibra industrial (Fd) será calculada pela equação seguinte e
expressa com duas casas decimais:
N-123. A média ponderada quinzenal de fibra industrial (Fq) será calculada pela equação seguinte e
expressa com duas casas decimais:
N-124. Opcionalmente, a fibra industrial, por carregamento analisado, as médias diárias e quinzenais
poderão ser obtidas pelo método de Tanimoto (N-154).
Por carregamento:
14
Média diária:
Média quinzenal:
N-125. A pol da cana (PC), por carregamento analisado, é calculada pela equação seguinte e expressa
com duas casas decimais:
PC = S x (1 - 0,01 x F) x C, onde:
S = pol do caldo extraído, por carregamento, e
F = fibra da cana, por carregamento
C = ver norma N-087.
N-126. A pol da cana, médias ponderadas, diária (PCd) e quinzenal (PCq), deverão ser calculadas
pelas equações seguintes:
N-127. Os açúcares redutores do caldo (AR), por carregamento analisado, são calculados pela
equação seguinte e expressos com duas casas decimais:
15
N-128. Os açúcares redutores do caldo, médias ponderadas, diária (ARd) e quinzenal (ARq), deverão
ser calculados pelas equações seguintes e expressos com duas casas decimais:
N-129. Os açúcares redutores da cana (ARC), por carregamento e média ponderada diária e quinzenal
deverão ser calculados pelas equações seguintes e expressos com duas casas decimais:
Por carregamento:
ARC = AR x (1 - 0,01 x F) x C
Diária:
Quinzenal:
N-130. O açúcar total recuperável (ATR), por carregamento, média diária e quinzenal, deverá ser
calculado pelas equações seguintes e expressos com duas casas decimais:
Por carregamento:
Diária:
Quinzenal:
PC, PCd e PCq = Pol da cana por carregamento, média diária e quinzenal, respectivamente;
ARC, ARCd e ARCq = Açúcares Redutores da cana, por carregamento, média diária e
quinzenal, respectivamente.
N-131. O Fator K, para correção do ATR, em função do tempo de entrega da cana, por carregamento,
deverá se calculado pela equação seguinte e expresso com quatro casas decimais:
K = 1 - (H - T) x 0,002
onde:
H= tempo, em horas, da respectiva queima da cana;
T= 72 h, entre o início da safra e 31 de agosto e 60 h, a partir de setembro até o final da safra.
N-132. As médias ponderadas, diárias e quinzenal, do Fator K, deverão ser calculadas pelas equações
seguintes:
Diária:
K1 x P1 + K2 x P2+...+Kn x Pn
Kd = , onde:
P1 + P2 +...+ Pn
Quinzenal:
N-134. A apuração do açúcar total recuperável, mensal, em kg de ATR, por tonelada de cana, será
efetuada pela ponderação quinzenal, como segue:
N-135. A apuração do açúcar total recuperável (ATR), expresso em kg por tonelada de cana, será
efetuada pela ponderação de seus valores quinzenais, como segue:
N-136. Açúcar
S M
R = x (1 - ), onde:
S-M J
Com o crescente aumento de produção de açúcar, tipo VHP (Very High Pol), de 99,3º de
polarização e 0,15% de umidade, o sistema CONSECANA inseriu, também, este açúcar em
seus cálculos para a obtenção do preço da cana-de-açúcar.
Assim sendo, a equação de recuperação (R), para este tipo de açúcar, passou a ser a
seguinte:
40
R = 1, 6728 (1 - )
Q -1
18
40
Açúcar=14,82 x PC x (1 - )
Q-1
O álcool anidro residual, obtido a partir do açúcar não recuperado e contido no melaço é
calculado pela expressão:
66,78
AAr = {9,26288 x PC x [1 - (1,6696 - )] + 8,8 x ARC} x 0,5504, onde:
Q-1
Q = pureza aparente do caldo;
8,8 = coeficiente de aproveitamento, considerando-se a perda industrial na extração da
moenda, no tratamento do caldo, na lavagem da cana e nas indeterminadas, fixada em 12%;
0,5504 = rendimento global da destilaria (= 55,04%) na produção de álcool anidro, expresso
em litros por kg de ATR. É o produto do rendimento teórico (65,03%) pelo rendimento prático
(85,5%) e pelo rendimento de destilação (99%).
O álcool anidro residual, obtido a partir do açúcar não recuperado e contido no melaço é
calculado pela expressão:
66,91
AAr = {9,26288 x PC x [1 - (1,6728 - )] + 8,8 x ARC} x 0,5504, onde:
Q-1
Q = pureza aparente do caldo;
8,8 = coeficiente de aproveitamento, considerando-se a perda industrial na extração da
moenda, no tratamento do caldo, na lavagem da cana e nas indeterminadas, fixada em 12%;
0,5504 = rendimento global da destilaria (= 55,04%) na produção de álcool anidro, expresso
em litros por kg de ATR. É o produto do rendimento teórico (65,03%) pelo rendimento prático
(85,5%) e pelo rendimento de destilação (99%).
É o produzido quando todo açúcar de cana se destina à fabricação deste tipo de álcool. Logo:
0,5744
= 1,0436, portanto,
0,5504
66,91
AHr = {9,26288 x PC x [1- (1,67283 - )] + 8,8 x ARC} x 0,5744, onde:
Q-1
0,5744 = rendimento global da destilaria (= 57,44%) na produção de álcool hidratado, expresso
em litros por kg de ATR. É o produto do rendimento teórico de fermentação (67,86%) pelo
rendimento prático (85,5%) e pelo rendimento da destilação (99%).
0,5744
= 1,0436, portanto,
0,5504
Como 1 kg de ATR produz 0,5504 litro de álcool anidro, para se obter 1 litro deste álcool
necessita-se de :
1
= 1,8169 kg de ATR, logo:
0,5504
1
= 1,7409 kg de ATR, ou seja:
0,5744
– qualidade média da cana de fornecedor (pol da cana, pureza do caldo e fibra da cana);
– quantidade de açúcar e álcool produzida pela usina;
– relação: litros de álcool residual/kg de açúcar.
Exemplo:
Utilizando-se as equações que compõem as normas N-089, N-136, N-137 e N-139, tem-se:
Em caso de unidades industriais que produzem açúcar, álcool anidro e hidratado, transforma-se
todo álcool em anidro (anidro + (hidratado ÷ 1,0436)) e calcula-se a participação porcentual do anidro,
obtendo-se a participação do hidratado por diferença.
O cálculo do álcool anidro e hidratado, residuais, será feito da seguinte maneira:
21
Quando se tratar de unidade industrial que produz açúcar e álcool anidro ou hidratado, o álcool
residual será calculado levando-se em consideração o tipo de álcool produzido, ou seja:
Unidades produzindo açúcar e álcool anidro:
Quando se tratar de unidade industrial que produz somente açúcar, o álcool residual será expresso em
anidro e calculado, considerando-se o álcool residual por tonelada de cana processada, conforme
exemplo, a seguir:
– PC = 14,4007
– Q = 87,81
– F = 14,25
Adotando-se as equações das normas N-89, N-136 e N-137, tem-se por tonelada de cana:
• MÉTODOS DE LABORATÓRIO
Componentes
Homogeneização
22
Equipamentos
Técnica
Estes testes são realizados de acordo com as especificações similares às normas AS-K 157, da
Austrália.
Estabelece-se que a “saída da linearidade” sobre qualquer parte da faixa até 30ºBrix, não deverá
exceder à, mais ou menos, 0,1º Brix.
Técnica:
Exemplo:
– Aparelho: refratômetro
– Solução: 10ºBrix
– Leituras: 10,1; 10,2; 10,0; 10,1; 10,0º Brix
– Média das leituras: 10,1º Brix
Valor esperado: média entre o maior e o menor valor = (10,0 + 10,2) ÷ 2= 10,1º Brix
– Calcular a média das diferenças e comparar com o valor especificado de, mais ou menos,
0,10º Brix
Este teste requer que a diferença entre dois resultados simples, obtidos no instrumento, no
mesmo laboratório, operado pelo mesmo analista, utilizando a mesma amostra, não deve exceder a,
mais ou menos, 0,2ºBrix, em mais de um par de resultados em duplicata, em 20 repetições da mesma
solução (ou 5 pares em 100 repetições)
Técnica:
– Preparar soluções de 0, 10, 20 e 30ºBrix;
– Efetuar 20 leituras para cada um dos intervalos determinados;
– Calcular o desvio padrão, reportando, assim, a repetitividade.
– As soluções utilizadas na aferição do refratômetro deverão ser preparadas no próprio
laboratório e no ato da aferição, evitando o uso de soluções deterioradas;
– As soluções devem ser peso/peso;
– O peso final da solução deverá ser igual a 100,00g;
– Preparo das soluções:
24
Especificação Valores
Polarização Mínima 99,8ºZ
Umidade Máxima 0,04 %
Açúcares redutores “ 0,04 %
Cinzas “ 0,04 %
Cor “ 20 UI
SO2 “ 20 ppm
Pontos pretos “ 10 nº/kg
Arsênico “ 1 ppm
Cobre “ 2 ppm
Chumbo “ 0,5 ppm
Mercúrio “ 0,05 ppm
Procedimentos preliminares
– Verificar a montagem correta e limpeza interna do tubo e das pastilhas de vidro do tubo
sacarimétrico;
– Verificar o ponto “0” (zero) ao ar e corrigi-lo caso o valor seja superior a, mais ou menos,
0,02ºZ;
– Efetuar a calibração do ponto “0” (zero) com água destilada, tomando-se o cuidado para
não formar bolha de ar no tubo sacarimétrico;
– Fazer a leitura com placas de quartzo padrão, de valores conhecidos e, quando possível,
calibrados por instituição credenciada;
– Se necessário efetuar ajuste da placa;
– Efetuar as leituras sacarimétricas com as soluções padrões, verificando desta forma a
linearidade e a repetitividade;
Técnica
– Estabelece-se que a “saída da linearidade” sobre qualquer parte da faixa até 100ºZ, não
deve exceder, mais ou menos, 0,03ºZ.
– Preparar soluções de sacarose com intervalos de 25ºZ, cobrindo a faixa de 0 a 100ºZ.
Exemplo: 0, 25, 50, 75 e 100ºZ;
– Efetuar 5 leituras de cada solução, utilizando o mesmo tubo sacarimétrico;
– Tirar a média das 5 leituras de cada solução e comparar com o valor em ºZ esperado para
cada solução, interpolando linearmente entre os extremos da faixa.
25
Exemplo:
– Aparelho: sacarímetro;
– Solução: 25ºZ;
– Leituras: 25,01; 25,01; 25,02; 25,02 e 25,04ºZ
– Valor esperado: média entre o maior e o menor valor :
25,01 + 25,04
= 25,03º Z
2
– Calcular a média das diferenças e comparar com o valor especificado de, mais ou menos,
0,03ºZ.
– Linearidade apresentada:
Média x= - 0,01
A especificação requer que a diferença entre dois resultados simples, obtidos no instrumento, no
mesmo laboratório, usando a mesma amostra, não deve exceder a 0,25ºZ em mais de um par de
resultados, em duplicata, em 20 repetições da mesma solução (ou 5 pares em 100 repetições).
Técnica
Material
Reagentes
– Solução de Fehling A;
– Solução de Fehling B;
– Solução de azul de metileno à 1%;
– Solução de EDTA, à 4%;
– Solução de açúcar invertido, à 1% e à 0,2%.
Técnica
Cálculo
A porcentagem de açúcares redutores pode ser obtida por diluição da amostra, em volume ou em
peso, utilizando-se as fórmulas seguintes:
f xt
AR = , onde:
V x me
f = fator de diluição;
V = volume gasto corrigido;
me= massa específica do caldo = 0,00431 x B + 0,99367;
B = brix do caldo, válido entre 9 e 23;
t = fator que considera a influência da sacarose na análise, dado por:
3
t = 5,2096 – 0,2625 0,26 x LPb x V ÷ 500
ou, simplificando:
3
t = 5,2096 – 0,2625 x 0,00052 x LPb x V , onde:
Exemplo:
Substituindo:
3
AR = 0,68
Diluição em peso:
100 x t
AR = , onde:
Vxm
Exemplo:
3
t = 5,2096 – 0,2625 0,97
t = 4,9497
(100 x 4,9497)
AR =
36,2 x 20
AR = 0,68
– pesar 9,5 g de sacarose p.a. (ou, açúcar granulado) e transferir para balão volumétrico de
1.000 ml, com o auxílio de, aproximadamente, 100 ml de água destilada e agitar até
dissolução dos cristais;
– acrescentar 5 ml de ácido clorídrico concentrado, p.a. e homogeneizar;
– fechar o balão e deixar em repouso por 3 dias (72 h), à temperatura de 20º-25ºC, para
permitir completa inversão da sacarose;
– após completar os 3 dias, elevar o volume até próximo a 800 ml;
– agitar;
– dissolver, separadamente, 2 g de ácido benzóico (preservativo da solução) em 75 ml de
água destilada aquecida à 70ºC e transferir para o balão contendo a solução invertida,
completar o volume e homogeneizar;
– armazenar a solução invertida em frasco âmbar;
– validade da solução invertida = 6 meses.
f) Solução B, de Fehling
– pesar 346 g de tartarato de sódio e potássio, em béquer de 1.000 ml;
– adicionar, aproximadamente, 350 ml de água destilada e dissolver o sal;
– pesar 100 g de hidróxido de sódio em béquer de 600 ml;
– adicionar, aproximadamente, 250 ml de água e dissolvê-lo, mantendo o béquer em banho
de água corrente;
– transferir, quantitativamente, as duas soluções para balão
– volumétrico de 1.000 ml;
– resfriar até à temperatura ambiente, homogeneizar e completar o volume;
– armazenar em frasco âmbar, com tampa rosqueável.
30
Material
– Estufa elétrica, com circulação forçada de ar, com capacidade mínima para 50 amostras;
– Cesto de tela de filtro, medindo 240 x 160 x 80 mm, com furos de 0,5 mm de diâmetro. A
quantidade de cestos necessária é de 150 a 200, para o volume de amostras
processadas no dia.
Técnica
– Após a pesagem do bagaço úmido (PBU), transferi-lo para um cesto tarado, sem perda
de material;
– Desfazer o bagaço úmido no próprio cesto, colocá-lo na estufa e deixá-lo secar até peso
constante, à uma temperatura de 105ºC;
– Retirar o cesto e pesar.
Obs.: O tempo de secagem para cada estufa deve ser determinado com ensaios iniciais até
peso constante. O teste inicial é feito com secagem por 3 horas, pesagem e secagem por
mais 1 hora e isto deve continuar até que não se obtenha variações no peso do material
seco, ou esta não seja significativa.
Cálculo
31
1.2. Produção:
Açúcar MI = 5.404.138 t
Açúcar ME Branco = 2.629.810 t
Açúcar ME VHP = 6.136.224 t
Álcool Anidro total = 4.519.609 m3
Álcool Hidratado total = 2.136.663 m3
Álcool Anidro Industrial = 83.383 m3
Álcool Hidratado Industrial = 949.974 m3
Açúcar MI = R$ 0,2988
Açúcar ME – Branco = R$ 0,2324
Açúcar ME – VHP = R$ 0,2102
Álcool Anidro residual branco = R$ 0,2343
Álcool Hidratado residual branco = R$ 0,2053
Álcool Anidro residual VHP = R$ 0,2376
Álcool Hidratado residual VHP = R$ 0,2082
Álcool Anidro = R$ 0,2525
Álcool Hidratado = R$ 0,2231
Álcool Anidro Industrial = R$ 0,2379
Álcool Hidratado Industrrial = R$ 0,2338
2. CÁLCULOS
Açúcar = 14,7364 x PC x (1-40/(Pza-1))
Açúcar = 122,07 kg/TC
Açúcar = 14,8247 x PC x (1-40/(Pza-1))
Açúcar = 122,80 kg/TC
ARC = (3,6410 - 0,0343 x Q) x (1 - 0,0l x F) x (1,0313 - 0,00575 x F)
ARC = 0,5422 kg/tc
ATR = 9,26288 x PC + 8,8 x ARC
ATR = 147,75 kg/tc
AAr = [9,26288 x PC x (1-R) + 8,8 x ARC] x 0,5504
ARC = 10,8107 l/tc
AHr = [9,26288 x PC x (1-R) + 8,8 x ARC] x 0,5744
AHr = 11,2821 l/tc
AHr = [9,26288 x PC x (1-R) + 8,8 x ARC] x 0,5744
AHr = 10,6731 l/tc
AHr = [9,26288 x PC x (1-R) + 8,8 x ARC] x 0,5744
AHr = 11,1384 L/tc
4.602.992/7.560.646 = 60,88 %
1- 60,88% = 39,12 %
No caso de unidades industriais que só produzem açúcar, utiliza-se: Se(álcool anidro =
0; Álcool Hidratado = 0; senão (1-60,88%).
AAr = AAr (L/kg de açúcar) x Açúcar Branco Total Produzido(t) x Relação AA/AATotal
equivalente)
No caso de unidades industriais que só produzem açúcar, deve-se inserir no cálculo do
AA residual esta opção, ou seja: Se(AA=0;Açúcar total produzido x L de álcool
anidro/kg de açúcar), senão ((L/kg de açúcar) x Açúcar Branco Total Produzido(t) x
Relação AA/AATotal equivalente)
AAr(ME) = AAr-ME (L/kg de açúcar) x Açúcar VHP Produzido(t) x Relação AA/AATeq
No caso de unidades industriais que só produzem açúcar, deve-se inserir no cálculo do
AA residual esta opção, ou seja: Se(AA=0;Açúcar VHP produzido x L de álcool
anidro/kg de açúcar), senão ((L/kg de açúcar) x Açúcar VHP produzido(t) x Relação
AA/AATotal equivalente)
Álcool Anidro direto calculado = Álcool Anidro direto/(Álcool Anidro direto + Álcool Anidro Industrial)
Álcool Anidro direto calculado = 4.519.609/(4.519.609 + 83.383) = 0,9819
= 3.775.496 m3
Álcool Hidratado direto calculado = Álcool Hidratado direto/(Álcool Hidratado direto + Álcool Hidratado Industrial)
Álcool Hidratado direto calculado = 2.136.663/(2.136.663 + 949.974) = 0,6922
Álcool Anidro industrial calculado = Álcool Anidro industrial/(Álcool Anidro direto + Álcool Anidro Industrial)
Álcool Anidro industrial calculado = 83.383/(4.519.609 + 83.383) = 0,0181
Álcool Hidratado industrial calculado = Álcool Hidratado industrial/(Álcool Hidratado direto + Álcool Hidratado
Industrial)
Álcool Hidratado direto calculado = 949.974/(2.136.663 + 949.974) = 0,3078
O preenchimento da Tabela será dado a seguir, sabendo-se que as colunas (1), (2) e (5) já
são conhecidas.
2.23. Cálculo da participação de cada produto do total de ATR produzida - coluna (4)
AMI = 5.671.643/28.582.526 = 19,84 %
AME-Bco = 2.759.986/28.582.526 = 9,66 %
AME-VHP = 6.414.195/28.582.526 = 22,44 %
AAr-Bco = 787.006/28.582.526 = 2,75 %
AHr-Bco = 505.666/28.582.526 = 1,77 %
AAr-ME = 589.916/28.582.526 = 2,06%
35
AHr-ME = 379.032/28.582.526 = 1,33 %
AAd = 6.859.698/28.582.526 = 24,00 %
AHd = 3.107.302/28.582.526 = 10,87 %
AAI = 126.556/28.582.526 = 0,44 %
AHI = 1.381.526/28.355.008 = 4,83 %
INTRODUÇÃO
INDICE
1. Introdução
2. Fundamentos
3. Veículos de Transporte de cana-de-açúcar
4. Balança de Pesagem das cargas de cana-de-açúcar
5. Amostragem das cargas
6. Desintegração da amostra
7. Homogeneização da amostra
8. Laboratório de análises de cana-de-açúcar
9. Pesagem da amostra para análise
10. Extração do caldo
11. Determinação do brix do caldo
12. Determinação da pol do caldo
13. Cálculo da pureza aparente do caldo
14. Cálculo dos açúcares redutores do caldo
15. Espectrofotometria de infravermelho próximo
16. Cálculo da fibra da cana-de-açúcar
17. Cálculo da pol da cana
18. Cálculo dos açúcares redutores da cana
19. Cálculo do açúcar total recuperável
20. Aplicação do Fator K
21. Informação dos dados obtidos
22. Acompanhamento do sistema
23. Interrupção operacional do sistema
24. Ocorrências
25. Comparação de resultados
26. Padronização de cálculos
27. Quantificação do ATR mensal
28. Quantificação do ATR da safra
29. Cálculo dos produtos
Açúcar
Álcool anidro residual, via açúcar cristal especial
Álcool anidro residual, via açúcar VHP
Álcool anidro direto
Álcool hidratado, via açúcar cristal especial
Álcool hidratado residual, via VHP
Álcool hidratado direto
30. Transformação dos produtos em ATR
Álcool anidro em ATR
Álcool hidratado em ATR
31. Quantificação do álcool residual
32. Métodos de laboratório
Preparo da mistura clarificante
Determinação do Índice de Preparo
Teste de linearidade e de repetitividade do refratômetro e
do sacarímetro
Teste de linearidade do refratômetro
Teste de repetitividade do refratômetro
38