Você está na página 1de 175
Robert Alexy TEORIA DA | ARGUMENTACAO JURIDICA ‘ilo orignal ‘Theo de arisen Argumetion (© Svhanp Vera rankfonam Main andy Livia Er Distbidos La Trad: Zia Hucisan Seid Sve capa: Produ Grin Dios eerados pr nga porte {aniy Liver Boe Disb La, Manes Tet, 17 Tes (1) 36-795 / 3081-169 801.0840 Fax (1) 37 3081-4169 ‘SUMARIO Preticio Preféco 82 edi InTRODUGAO 1. problema da jusicagio ds setengs iiss 1.1 Jstcagese vlonzagies juries: 12 Sobre algumas enativas de Solugs0 2. Os pensamentoshisios deste exam 5. Atco pica © ses limites 4 Do fato de uma dscussto metodlgienrevelr& neces de tums eva arguments rds racionalcontemporine FREFLEXOES SOBRE ALGUMAS TEORIAS 0 DIscURSO PRATICO 1. 0 discus prtico na flosofia moral analtic. 1. Naturaisno intuicioismo LT Naturalis 12.0 lawicionisno. . 2. OFmatviane, 21 A andi dos jlgumentor mori de Stevenson 2.2 0 problema da valdnde don arguments pesos 253 Objegies A teoria de Stevenson 3 1s 7 0 25 30 37 3. 0 discusoprtico como uma atvidade rida por ea $8 53.1 Os aliceres da lost lngistca: Wgenstein Ausun 53 3.1.1 concete de um jogo ings de Whtgensten 55 312 A Teoria do Ato do Discurso de Austin 58 32 A Teoria de Hare 61 321A Teoria de Have sabe a Linguagem da Mora... 62 322 A Teoria da Argumenagio Moral de Hare 66 323 Umacrien Teri da Argento Moral de Hate ..74 33 A Teona de Toulin 18 331A Fangio ds Bu a5 332 A andlse da arumeriagdo moral de Tulmin n 53.3.3 A Teri gral da Argumeatago de Toulmin n 53.34 Problemas da Teoria de Toobin st 3.35 Aprimoameno da enninologa a4 36 Teoria de Baer 85 34.1 A ands de Baer da Argumentagto meral 85 342 © pono de visa moral 8 5,43 Solve rita tora de Baie 89 1, A teora do Consens da Verdade de Habermas ot ‘A eica de Habermas 2 tera da corespondcia da verde 92 1 2 combina deer doa de sews coma eorada verde 93 4. Adistingso ene Agia e Dicir. 96 44 josie de atrmajbes normatvs 95 5. Agen do disearso 98 6 A situagio de discus ideal “oe 71 Dicuss xin da tern de Habermas 107 I, A Teoria da Deiborasdo Pritca da Escola de Erlangen ooo WT 1, Ooms do mda const ne 20 propo pressuposo daca consrativa ny, 3. Os prinpins dia consi ann aa 44 A stnese erica do sistema de moras. 135, 5. Ponto 3 serem lembrads. 128 IN. A Teoria da Argument de Chaim Pereiman 129 1. A tora da argumenta¢do como uma tera Ica (no sentido mais amp) 130) 2. argumenafdo como una fungi da audiccla 10 5. Demonseaio earumentsio. BI 4 conceito de audincia univer irs 16, A alse de Persian ds esttura ds sgumenagso 7. A racionalidage da angumentago. 8. Pontos que devem se embrados Noms £ESB0G0 DE UMA TEORIA GERAL D0 DISCURSO RACIONAL PRATICO 1. © problema ds jsteago de sfiragies ormatvas. 2. Teva posses de dscurso. 3. A jusifcago das regras do dscaso 4 Asregras formas do dca prio ger 1 AS regns sia 42 As regns da racionalidade 43 Repas para paar a carga da argumentaso 444s formas de argumento 445. As rer de jusificagto 44.6 As regres de ransgio 5. Oslimites do disurso pico pera Nos LUMATEORIA DE ARGUMENTAGAO JURIDICA 1 ODiscursoJuridico como um cso especial do discurso prtico sera . “ipo de dacs jurin. -Atese do caso especial ‘Trani pra uma tera de argument 1, Togas bisicos de ma teria de argument aria, A justia tema. 2 Jasieagio exter 21 Os sis grupos de vegas formas de jusiicagao externa 22 Argumenasao empiia 23 0s Cinones de interprets 23.1 AS formas do argument individais 232 Opapel dos cdnones no discus urico 138 Ma 19 im 1 186 187 189 2 wr 199 201 au au 217 a8 218 2 22s 226 27 235 24 Argumentagdo dogs au 24:1 Rumo a um eoneito de dogma juridica 2a 242 AS proposites da dogmaia juin as 243 A aplicago das proposes da dogmatic 219 244 A jstfieagdo eo exame de proposgbes dogmas 249 24S As TungSes da dopmain 282 246 Argumentagdes dogmsticas e praiasgeais. ast 25 0 Uso de Precedenes 258 25.1 A repr sob ococargo do argument. 239 252 A apleagso do precedente ma argumentsio jr. 261 26 A Aplicaco das formas especial de agumenojuico. 262 21 0 papel dos arguments prticos gras no dicursajuriica 266 I, Discurso juriice «prio geral 261 1. Arecessiade do diseursojurico do pomo de vista da natuters bo discurso pedo gral ast 2A corresponds paral ma exgénia de coreg 269 5. Acomespondénciaesttural ene ae reprase formas de dscuso Jaco €aqulas do dsr prio gra. 299 4. A necesidade de argumeatosgerisprticos no conteno da ‘pumengio juridiea m 5. Osis e»necesiade ders do dnc juice rc 272 Noms am APENDICE Tosa as ncn rons mass 293 1. As regrase formas do dlscurso prio gra 293 1. As tepas bss. 293 2 Asegras da racionlidade 294 5. Repas pra alert 0 encargo do argument 294 44 As formas de arguments. 294 5. Asrepras de ustiieagso 20s 6 Asia de transgto 296 1. As rear formas do dscurojurdico 296 1. As eras efomas de justia interna 296 Lt Formas 296 [LIA forma mais simple 296 1.1.2 forma mai geal 296 12 Regs - 296 2. Asrogra formas de jostficap externa. 21 Reps e formas de argumentao epics 22 Reps «formas de iterpretagso 22:1 Formas de inert verintica, 2.22 Formas de iterpetpo genta 22.3 Forma bss do nerpelgtotleoligica 2.214 Formas de interprets histrea,comparativa €| slstemitiea ado foram elborads 225 Regrs. 2.3 Regras de argumentastodogmaica 2 A mais perl das epras para aplicgto do pesedemc 2.5 Formas especie argumenon jridicos, 25.1 Formas 252 Rega POsFACIO sro a aucun cxncos 1. A concepedo procedural da correo praia 1. O discuro ea Boas eas 2. A necesidde ds comsniasio 3, Procedmentoe coreg 2) Concitoeeritrio de cones. >) dseuso ideal ©) Discurso real 4 Sobre ajustifcago das wera do discus A tese do caso especial. 1. A arguments jai come aiscuso prtico 8) Argumenag jridca e quests pias b) A conde da comes30 ©) Os imites do discus jurico 2. Discurso prone procediment jai. Noms {sce oe Noms. (sone Marenas 297 297 207 207 298 29k 208 299 209 299 so x01 301 508 308 31 a3 319 39 319 320 321 323 325 30 331 PREFACIO 0 primeiro senalo do Tribunal Constituional da Republica Fe eral decid, em I de fevereico de 1973 (decis rlativa 8 ps- _graduagio em Direito), que as decisbes do juiz tem de se basea na argumentag raional”! Essa exiggncia de racionalidade na argu- rmentago se estendea todos os casos em que os advogadosentram fm debate, A questio sobre a natureza dt argumentasio raconal ‘em geal, respectivamente sobre a da argumentag juriica em par ticular, no € um problema que devainteressr apenas aos teéricos 1 fildsofos do Diteito. Bla se apresenta da mesma forma insstente para os advogados patcantes e ineressa a todo cidadio que seja ‘tivo na arena pica. Da possbiidade da argumentago Juridica racionl dependem no s6o carter cienifico da jursprodénca, mas também a legitimidade das decisSesjicais (0 tema deste exame 6 a questo sobre o que se deve entender por argumenaso juriiearacional, bem como o contexto em que fla € possivel. O subtulo "A Teoria do Discurso Racional como “Teoria da jusficagsojuriica", mostra como esa questi sed aor dada. A resposta segue em dos passos. Na primeeae segunda pr tes do trabalho (ents elaborar uma teria da argumentago prética eral, na tereia,aplic esa teria 3 argumentagto juriica. Ofato dd se dedicar mais pigins 4 primeira do que & tima, se justfca pelo estabelecimento de um fondamento para tori da argumen: lag jurdica. Um aperteigoamento dessa teoria no $6 ¢ possive, ‘como também desejivel. Quando a meta desse exame tiver sido leangada, tro sido langados os alicerces para o trabalho futuro, 1 BVer0 E34, 269 a8, 14/6 ROBERT ALEX (© manuserito desta publiago foi usado como tema de dsserta 0 nt Faculdade de Direito dt Universidade Georg-August de Gotingen em 1976. Sem o estima amivel de mites pessous, cla nunca feria sido possve, Dos muitos que acompanharam soli mente 0 trabalho, quero destacr especialmente o professor Dr. Rall Dreier Em suas contnuas discusses cle me lev ater certos pen- samen(os, Mew agradecimento vai também pra o professor De. Mal teDiesselhost, cua critica me impediu de comer varios errs. Neste onto também quero agradecer ao meu pressor de losis, pofes- ‘sor Dr. Gunther Paz, Bu ficaria muito contente ve sta abordagem ‘lossfica Fosse econhecida no metodo deste exame, Finalmente, bbém devo agradecimentos & Studienstiftung der deutschen Volks, que durante muitos anos me oferecen apoio intelectual efnanceiro Gottingen, jncio de 1978 Roars ALexY PREFACIO A SEGUNDA EDIGAO ‘A nova edigdo no alterouo texto, Acrescentei um posécio, qual respond a alguns ertcos. Kiel, abril de 1990 ones AUExY INTRODUGAO 1. problema da justiicagao das sentengas juridicas 'Ninguém mais pode afirmar seriamente que a plicaglo das lis nada mais envolva do que uma inchsio logic sob conceitos supe Flores absratamente formolados Essa constatapo de Karl Laren caracterza um os poucos pon tos em que hi unanimidade dos jurists na discussto da metodo- Jogia contemporinea. Em um grande mimero de casos, a afiemagio noemativa singular que expressa um julgamento envolvendo uma ‘questo legal nto € uma concuséoligcaderivada de formulagdes ‘de normas pressupestamente valida’ tomadas junto con) afirma _6es de fatos comprovada ou pressupostamente verdadcios ara tanto hf no minim quatro motives: (1) a impreciséo da linguagem do Ditto, (2) apossibilidade de confit entre 38 nor mas’ (3) 0 fato de que possivel have casos que requetam ua regulamentagiojurdica, que nfo cabem sob nenhuma norma v4 dda existent’, bem como (8) a possbiidae, em casos especas, de ma deciso que contrariatextualmente um ett ‘Um jalgamenco jurdico U, que se baci logicamente ma form lapto das normas de dieito N,, Ny.» N, ea vaidade tenia de Ser pressopostajantamente com os axioms empiricos A, A... A, pode ser descrto como justificdvel, Quando existem julgamentos ‘que nio seguer logicamente de N,N, Ny junto 6om Ay, A, [Ag surge a questo de como esses julgamentos podem ser jas ads. Esse problema € um problema fundamental da Doutrina 6 Metedologia Juridica ‘A doutrina do Metodologia Juridica poe slucionaro problema de — ne on a a 18 + nogeer nex apesetar regis ou procediments, segundo os quis pose er de tmonsrada que a tania de N,N, -N,ede AA. AMparaU tumbln admisivel quando Un ep logicamentedeN,.NN, cay A Avouguand part. formulago das normassupstamen {evils eds axioms emprcamente aceite podem ser obidos tuts axiomas com ones nomavoN, N,N tanto qu Ue fuelogicamente de N,N,N juMOcOmN- Ne NeeAe AeA, ‘Os mats ampamenedicudos candidates pra © papel dec gros ov procedineni para o domi esas ras 800 enones de intepeeagio, ho mimero deses cones €contoenido. Assim sen, Sa [view anne oslons grog nae ease tio da inerpretagio!, Segundo Laren existe cinco eittos de Imterretagoo sentido era do est, 0 ine selacionamento osigieado da eaten de regulametao, mois ress postos normatvor do legisladr Matric, os erties abjetvos- | eleotsgcos, bem como conformidae de erro da constitu S | Goh Wo conhece, aim de escent mals um exemplo. in Tepretaies fills, lige, seme, histénca,comparaiva, | sentiea etleotsgica®™ Mais ioate do qu o problema do miero de cinones 0 problema de ss orden iris, CAnonesdierentes poder le Nara reauldos diferentes. Diane dss alo el 6S prestam para Tundameniar os resados bem fondamenados, quando & possvel eal xtri exits para sua orem herrea. No ent, iM haje nose consegui faze so" ‘Une our difculade 6 so imprecisto®. Una rez como “interprets cada noma de modo aque cumpe sah" 6 pode teva resultados incompatives ene i, quando cada um dos dois imerpetes tm um pont Je vita ferent sabe o objetivo da no ma em questo" A raqeza dos cinones de itera apresentada ama nfo signin que devam ser dscanados como sm alr. Mas ela tam tm excl a ossiblidade de silos emo repras suficientes pos ‘mesnas para justifiagdo de jlgametos jordin. Pederos eno desir de buscar um sisiera de ears js teria, em ver dso, esabelecer um sistema de propsics, dos {us se poss dedi as presi normativasnecesiispar os proposts de ustiieagto, Obrgntéi, no entant, 56 sera fa us tag de um sea, no caso de esse sistema Se compor unica mene dessa proposes, gue podem scr dcivadas du sie de horas pressupostamentewhdas, Nese ca, no emano, 0 ss ‘TEORIA DA ARGUMENTAGAO JURIDICK © 19 sano cme qnuger regulates que slvapassasem 4 ‘hed eonas prstpotaneat lia Se, por ota ldo, por sre stn entendermos a como Cris um sister de pincpos gems dorm jue (am ‘stem aoc ep sre eden gust de con ses pros poten seated seem loisment ar somite prespostas, Potente tne £2 spc dese pip par juego gamete cos. "Os pings permite exegse pode et matanent inconsistent mes conic no tevin “plea elie ou inn se se denn ance am seu stent ne de as an ae es rca par sa azo, da onrctiao via prin sips subordinate prices de valor com com ‘Choma inependete™ Osten msc polo em $i permie dct nea oreo peso eo quis dos pct Plo jas om dado cao on oh agini als prlares Ave sr dada prado quale sto parte” Tso no sigiiea ue se posel Baar x anes am stoma eval bjs to agua som ae um Shtemasxnlpo-leapc, on com tos em alga one ste tm quer Os anunentos, como spe carctesicos dos is ten, epee at ha prin como em lo, bom cma a Cita joie un pape import Soja com fr trace ane ee ipo de argument linia 1.1 Justineapdes 0 valorizagées juridicas HH casos em que a decisto de um caso isolado nto segue logicamerte gut de aimagies emp tomato com nor mis pressoposah ou proposiesexitamentefudamentaas de Algum sistema de racioinio Guntamente com proporigoes mpirica), nem pode esta deciio se otlmentejusifiada com 2 ajuda dos rears da metodologia uric: meses cason devs onchi gie im decide tom de scr disse na media em que © caso nin sj competent ri por nora urns, eas do metodo juice © doutinss de dogmatic juris, Eni ee de escoer ene vis soups. ‘Acs dpsed tri gn pops normativa singular deve ser afmade(porexempl, nina pesquisa Sinica de Diet) oy promaletacomo am jlameto nam cas. 20 + ROBERT ALEXY © contefido dessa proposgio singular normativa 6 uma afirmagdo fo comprovagio do que se exige, probe ou permite a determinados individuos®, Donde &devisio tomada,independeniemente do nivel de jstifieagto que se alcangou.€ assim uma decsio sobre o que ‘deve ou pode ser feito ou nio, Nesta decisio € dada preferéncia a tuma ago ou forma de comportamento da parte de wma ou de mais pessoas, sobre outas ages ou formas de comportamento da parte ‘essas pessoas. Uma fal agdo de preferéncia, no entanto, exe um julaamento de que a alterativa escolhida em algum sentido & me: Thor do que outta , neste pono, propicia a bas de uma julgamen to de valor™. Quase todos os atados contempordncosenfaizam «que ajurispradéncia no pode passa sem esses julgamentos de valor. Assim, Larenz fla do “Conbecimento de que a aplicasdo da lei no se esgta mum peoessso de subordnacdo, porém anes requer um lmploaleance de jlgamentos de valor da parte de quem aplica Tei" A opinido de Miller € de que “uma jurispradencia sem deci- ses ou ulgamentos de valor. no seria pitca nem real Esser onstata gue "os jlgamentos de valor..t&m significado central em todas decisis sofrivelmente problemiticas, Kriele cheza 3 con- Clusto de que “simplesmente nfo € possivel fugir do elemento rormatvo-tleoligico e dos elementos politics ineentes cada interpretagao™" © Engiech reconhece que “hoje as propras leis em todos ramos do Direito (S80) constuidas de tal forma, que 0s jnizeseadministradores no x6 tim de tomar sua decisoe jsifis- {a simplesmentesuordinando-a a conceitosjuridicosestveis,cujo conteido por cert & desenvolvido através da intrpretago, mas também sto chamados ase tomar independentes a decidir e dere- tar de ver em quando de acordo com a lei" No entanto, esis constatagdes antes identifcam do que soluci- ‘nam o problema, A pergunta 6, onde e até que pono slo necessi- Fios os julgamentos de valor, como deve ser determinado 0 relaci- ‘name entre ees julgamentos de valor e os métodos de intr reap jurdica, bem como as proposigéese conceltos da dogms- tia jr, como esses jlgamentos de valor podem ser rcio- ralmente fundamentados ov justifiendos. A respostaa essa perg- tas € de grande significado trio e peice. Dela, no minimo, de pende a decisto sobre o carder centfio da jrisprodénea. Ela tem tim grande peso pra o problema da legtimidade da regulriago de confliossocinis através das sentengas juiciais, Pois ve os jul- ltamentos t2m como base julgumentos de valor e esses julgamen- tos de valor ndo 0 racionalmente fundamentados, entio, no mi- TEOMA DA ARGUMENETAGKO UURIDICA © 21 imo, em muitos casos as convieges normativas,respectivamente 1s decisbes de um grupo profissionaP formam a base para es e- elarizago de conflios, uma base que nio pode nem tem mais ne hua justifieaso. ‘As perguntas (1) onde © até que poto os jlgamentos de valor slo necessrios, (2) como esses julgamenos de valor se elacionam om os argumentos dsignados como "especificamente juridicos"¢ 4 dogmsteajuridica e (3) se esses julgamentos de valor slo raio alent jusifiados, nfo podem sr rspondidas por enguanto nesta Introdugto, Ela soo objeto central deste exame. [No entanto, fim de evitar corer 0 isco de provéveis mal-n- tendidos, devo assumir uma posigio a respeito de alguns desses t= tas. A tse, de que a jurispradénciando passa sem os julgamentos de valor, nfo significa que no existam casos, em gue no haja ne numa divide sobre como se deve decid, eja com base nas nor mas vsldaspressuposts, seja com referEncia a proposigtes da Joe rmitca ov os precedents, Pode-t incisive aceitar que esses casos slo muito mais numerosos do que os duvidosos™. A clreza de um ‘aso, sea como for, no € algo to simples assim, Quem afirma que uma decisio é clara, da entender que nfo argumentos que em motivo a divdasséras. No entanto, esses arguments stn pre slo concebiveis, A afirmagdo de que cada argumento coneirio € mau ou legalmente relevant nfo deve ser conclu da sxe de ‘ormaspresuposts. Em vista disso, poderiamos desejarafrmar que ' categoizago de um caso como claro consti um ulgamento de valor negaivo®, com respeita todos os potenciasconta-argumen- tos pressupostos. Com isso tocamos num problema gue nto precisa ser dscutido ag As vezes se sugere ma literatura que 0s julgamentos de valor nips para se tomar decisdesjurdicas devem ser entendios ‘om avaliages moras. Assim esereve Krile: "Com iss se rom eo kim véu: A jursdigdo se orienta pelas ponderages da «8 soci", Por out lado, Hart adota opin, de que quem de ‘ide, pode ser guiado por quase qualquer objetivo soci, seja qual or seu valor moral; ele ndoestéconfnado a razSes mosis ‘A fim de solucionar esse problema, seria necessirio esclarecer conceitos como “consideragdes de moralidade social”, “motivo ‘morale assim por diane, Esse eselarecimento,contudo, no prec sa ser dado, visto que agui ado se tata da tese principal, que o+ julgamentos de valor devem ser concebidos como jlgamentos ‘moras, mas 56 da ese muito mas fraca de que eles #80 morale te relevant. 22 + open ALeKy sso, uo menos, nio pode ser contestado, quando concowlamos ‘com que (1) tad desi juridica toca nos interesses de pelo menos tama pessoa (2) a queso, rea limit aos interesses de uma pessou justificads, também pod ser sempee apresentada como uma {questo mora ‘A observagdo de que 0s inevitivelsjulgamentos de valor apee sents em muita decisbes juries so relevantes,ainds no diz ‘sia coisa, Sea como fr, ¢pressuposto para a ese a ser justifiada abaixo: a exe de que a tomada de deci deveria (everia no po to de vista jurdico) ser orientada por julgamentos de valor mora ‘mente cortetos do tipo relevante 1.2 Sobre algumas tentativas de solugso Sera ertado concluir apenas dese fato que a jrispradtncia no pode pss emo julgamento de valor, deduzindo que essa aplicabes tha lei podem dar expago live para as proprias conviegbes mevais subjtivas do apicador do Diteto sempre que esses julgamentos de valor sjam necessérios, Uma tal concluso s6 sera obigatca se ‘no houvesse nenhuma posibiidade de valiagocbjetiva. Para tanto foram apresentados divers caminhos ¢ também vias tetaivas de chepar a ela. Teés desses caminhos merecem interesse especial ‘em relagdo com este exame De inci, parece plausivel a sugestio de que quem decide deva se ter aos “julgumentos de valor de criter universal ou de un 4p specifica”, Mas contra ess afirmago podem ser levantadasvii- ts objegbes, Em muitos casos nfo se pode comprovae se 0s julga tmentos de valor sio de caster universal. Mesmo com a ajuda da tctodologia da cigncia social, muitas vezes nos depaaremos com {lgamentos de valor que no sio suicientemente concretos para ‘ervir como base pra quem tem de tomar uma decisfo.O carer ‘universal teria de ser includo em todos os casos a serem deciidos. ‘A comunidade teria de conhecer totalmente cada caso individual ser decidido. Com frequénca,haveré nesses casos, julgamentos de ‘lor divergentes, Quai julgamentos eno dever ser segios? ssa ‘questo surge quando os julgamentos de valor relevanes so aque- les de um “zrupo especfico”, dos quis os dos mais Sbvios sio 0 dos advogados e, dentro dessa classe, 0 dos juize. Também neste ‘80, nfo rao existem interpetagses muito diferentes, Quem con- ‘onda com asconvig&es de dterminados grupos. énecesirio are Senar as razdes para afimar que as opnides dos membros desse elvlgde 6 HDIGEO HE Sinn Te peer OE 34 srupo sto as decisivas. Finalmente, € preciso questionar se uma onviego normativa pode ser bate jstifativa para decisis jut "cas, simplesmente pelo fato de ea ser conhecida pela combnida 3 de. Conta isso poder-se-a argumentar que cetas convicgdes no. ; Imativas 56 so conhecidasporgue ainda no foram submetidas pore, om ‘exame ertico. Este pont, contudo, tem aplicago muito limitada ds convicgGes mantdas pelos jurists, No caso ideal, x (de discusses crticasinsicionaizadas continuas. Por outro ldo, € previo estabelecer que visto que pessoa que ecide, quando 0 faz como ui, transmite sua decisio “em nome | 80 pve ao deve erent convex dau em eo ‘ome cle fal. Também os resultados das deliberagées de vrias sgeragdes de advogados nio podem ser simplesmente negligenc resultado TIDADE. Nady mute Wey das por quem toma a decisio. Dessa observagio fica claro que io %e pode tratar de uma questo de alteratvas estas; dese oren- tado pelas pris conviegSes ot elas das pessoas em nome de ‘quem € feta a justica, ou respectivamente pelas dagueles que hé ‘muito tempo debatem problemas jurdicos, Necesiro é muito mais ‘um modelo que, por um lado, penta as conviegbes comment ace- tas eos resllads de prévias discusses juridcas, e, por ou, de ‘Ae espagoaberto para os critris de coreggo. A teoria agi abode 4a afima, entre outras coisas, poder oferecer um desses modelos (Quase mais atracate do que a referéncia a opines amplamente conhecas € o recurso da “coernciaestimada interior da ordem juridica™ ou o “sentido da ordem jridicatomado em sua ttl de. Este modelo & ao mesmo tempo coreto, mas também & na “Gequado. E inadequado porgue um conecito como © da coesncia «estimada da ordem juriica no tem significado que limite quem ecide a um determinadojulgamento de valor. As diferentes nor sas so crisalzagdes de perspectivas bem diferentes, mitas vezse sivergemes de valorizapio. Pot certo nenfum peinciio & iestito em sua aplicago priica. Muitas vezes nem fica clio, que jlga- ‘mento de valor serve como expressio de una norma 1s signifi ‘que uma nava decisio deve sec tomada quanto ao peso asinaado a ‘érasperspectivas de avalagio implicit no caso. ‘Quando, por esses motivos, a decisto juriica nio pode ser jstfcadafirmemente em tems da coeréncia da ondem jriica, Por out lado também no pode haver dividas de que as perspec” tivas de avaiago formuladas na consiugo, bem como em outras leis ou incorporadas numa variedade de normas e decshes so rele ‘antes para qualquer tomada de decisio. Como no ea8o do modelo ‘que leva em conta as conviegdes do pdblice em geral, assim tam TEORIA Dk ARGUMENTAGHO JURICA + 23 exatido das afimagéesnormaivas de “sco pric. O di Coro judo eum caso expel do iacuno pico geal? Pedeno contemplaro cro juice modo Bem diteen tes le poe serconemplo do pono devs empiri, alii El ¢emprio, quando decreve ov busca explcr a renin reat de do tio de apuments” a cosa entre dcermna do gipos de ordre, stuns de dscuno eo wo de determina des gums oo nape: «fr os argumento, «mt ‘agi prs ar etrminados arguments 3 concep pred iinates em dterminadon pron sobre a walle don argue: tor O tabalho tebico sobre ass aston perience ao etd Comporaentl dx presjriias em eral avid ud. Siem particle, etme ser explora som ox métodon da n= cin soc A conemplao €anlica, undo nel tated extra lope encontad ft 08 possi agumenton. Fale ‘le € noma, quanto rote stiica 0 ros ara ao nal do disco jurdico. i dourna do melo jrtico tains da Aleman se tandem essas ts formas de contempapo. no do € nest tem um faa, poi ents cla ext ma sre de lacioname te. Assim send aboragem empcapesupde so menos uma Clie gros ds cveos bps de mementos A peng tv nomatva ekg enhsimens ds extras pie spo ‘eis anmenion Ms probleme lagen aborneen: nomatvae#enpren, Por exemplo, pi predominant mim frpo sobre a vada de um argument eto paa su ace falda? Pega como esa 86 poem ser apesentadas nee stg a sero responds teiamente dane ext exame Em primetr plan deste exam ext os ctinprn a cious lade do dco ji. Como a eaborago dese eters cls anne da extrusion pnicagdes 0 pin soa eet Sr tin toma me = Devenos tna detenvoler ua tea normavae araltin fb dscuso ute =. De impartnca cents Fo paamano de 3 co um ns expec dodisura pric grt {0 pon comm db siscaso jrico «do discus ratio gel €que as das formas de dncro we prccopa com «costo de sma nota vas. Tet de sr fondamentao que tnt na afragéo de sms “onan pris ge cmon may ou pesca de uma io deus | TEORI ot ARGLUENTAGHO WRIDCA + 27 consatgo jriic se propée a revindizago da correo di curso juriico € um caso especial, visto que a argumentag jr ‘eaacontece no context de uma sre de condiges iad. AU ‘ever ser nomeados rincialmente seu carter delgado com 4 lei, considerago pelos precedents inclusio da dogmdtica usa 4a pel ciéeia do Dire, bem como — claro que isso nio ale ara o discurso da cinci juridica — sun sue as Limitages im Poa pela regras de ondem proces. ‘A revindcagio de correo juries, implica no enunciad de «qualquer constatgojordiea € a reivndicapdo de que sujeita As limitagdes estabeleidas por essas condgdes imitadoras, a firma 0 €raconalmentejstinesvel. Essa revinicagio coresponde 20 ‘mandamento oferecido no art. 20 parigrafo 3 da constitu (Grandgeset2), que diz que todo ato de ajudicagio ett sujeito 4 slg oe &sreras da fei. A quello € como devernos entender a formula “racionalmentejusiicdvel, sujeite bs imniagbes estabelecidas peas condigdes imitadors” Para responder a esa questo, ecomena-e primero anasto aque de fato quer dizer que uma afirmagto normatva &racionalmen- te justicvel, Para tanto seo disctidas neste batho uma sie de teri competentes. As teorias em questio pertencem parcial- mente 20 dmbito da flosofa mora anaitica,inluindo-se a8 Teo as de Stevenson, Hares, Toulmaine Baer, jntamente com a teria do consenso da verdad, de Habermas, aera da escola de Evtangen, A teoria da detiberg pita, ,finalmente, a eri da argument ‘0 de Perelman. Os resultados dessasciscussdes sero integrados uma tora gral do discuso prio raion. O ceme dst coria ‘ composio de cinco grupos com tendo wm total de vintee duss 2.7 regras explicate formulas, bom como de una tun ds foams deargumentos". A formulagio explicit dssas repr efor. imide argmentes pode parecer peda, supérva ov até mesmo aurogant. Tlvez seu objetivo mais importante sejarevelar mais ‘itdamente suas deficgneas. Eas defcincias podem der res prito ao conte das regras, &imperfigio da sua enumeragio © ‘edundinca de eas rere forms dos agumentos, ber como & fala de preciso em suas formulagoes. Caso essa deficincia na formulagio nfo tome as reras formas dos arguments absolut ‘mente sem sentido, els extabelcem algo semelhane a um edi de razor, ‘A cficicia dessa reras¢ formas de argumento no deve ser supeestimada ou subestimada. No caso no se ala de axomas dos ‘ais sejam dedhzidas certanafiragbes normativas. mas antes de 28 + pooenr mex rm grupo de regras formas devros status Iigicos diferentes, pura ‘as quais deve Bastar um argumento se aconcluso que estabelece & tera corregdo que se prope te. Mas esas regras aio coafirmam 0 resultado dos arguments em todos os casos. No entanto, exeluem algun (como diseursivamenteimpossieis) da classe de poposigdes ‘ormativas possiveis,c assim etabelecem a validade (dos discus ‘amente necssiros) das contraigdes daguelesexcluids, Diane dest grande nimero de proposes normative, ls, nto com suas contadiges, io ineiramente consistent com as eras do dscursa (Giscursivamente posivis) 180 se expica pelo fato de as regras 4o dscusoracional prético no presereverem as premissas ds quais fs partes de qualgucrdiscurso devem partic. O ponta de pid de «qualquer discurso consist na primera instincia das eonviegSesin- 4, ealmentedadas, isto és pressupostasnormatvos dos fates, dese- jos enecessidaesperebidas de, e informagio empiricaprocessada 2 pelos cradores. As regras do discurso mestram como, dessa base de ania, podemos chegar 3s afrmagées normativas bem fundamen- tadas, sem, no entanto, estbelecer cada passo do caminho. Como é possiel comegar de convicgGes normativas bem diferentes, dese- jos, enecessidades percehidase, visto que ndo & certo come as pet- ‘cepgées da necessidade modam ou come as convigdes nommaivas Snvolvida que no 6 esclrecrdo carter da cincia urdien como tia disipina normativa, mas também providenciars as drerizes pris para a aividade do advogado, TEORIA DA ARGUMENTAGKO JURIDICA + 37 Notas 1K Lares, Methane der Rectistecaf ei, esi diner York 17S. 156 {Lael Conrequnc”em 8 Lape. Sonaie, Nanas Oxon 1956p. A096. Sobre a pond de relasonaments de Infertca ene proposes noms, compare enbaixop.235 3 Ome mu deve conta como ama noma resspostamete vi lida se mant como uns ques em shen Asaf eam ek ‘otumaem é bo and ota ts de samo das presets sto ‘econecias em ao A eps ea Deo constant 4 Compaen HLA. Ha Te Cop of Lam, Oxo 16 5124 Rech nd Mora oreo. pocN. Hoes Gating 191, 29, 5 Compare om Helen Kelen, Reine Recher, 2 ei, Vins 1960, 6 Compare com K Lares, no lap ito, 34 7 Sl a gw me conn: nn pt tne acre cnn mtvarer es Ass, sto tos pe ‘Seas por Kel pra "inden do ato de pao de tam po um ado). 0, mas pr out ecm Srp hte vote expres doi eipalag pla nor som “im mati (em ago (1) 2) Keen p. 3s ear Tone ‘er Ltt, em De Wiener echoes Sele, oP camyf. Mac Sambo Vieni Saou gue 1988, vo. 2p 1365) (5) pe ser conrad ue ars (hou (I) roblemio & eae que poms at dir claves $9 3)¢ i) st conituonalet admis Em anos eas oe "seume um papel nu ie equ segu © pincio d spare os pers, deve se rea egisapo. No eta, ee robles ‘ho deve se analado at pens potas paso ato de xi tem cs de) tera nde coma) e1@ compensa pars Sans io fies) (HGB, par 253), em que teagan dele ov Se Dict, ttm sd gerne ieee consis Se cord com 1 consti em vine de un dclrj do Tuna Cortona Federal (Bie By 269 (286 O tm dete wath nda goto ss consaconalae dhs decsbes qo xem sb (3) (pote aes Se estas des po sua vr ode ser asonsimonte jst des rods ett da metodoogn ain No cae aeons seh Isto deve também ser portant a atotape Sposa des 18 F.C.» Savion, Systm der hewigen Rimischen Recs val, Bet, 10 HJ. WolTO Bact Vrwlunsre 1 ego, Meni 174, 2. (0s nimeos dos para eee gio de Wa nos fenos do tivo) 38 1 Compare M. Kil, Thea dr Rechsgewiung 2s, Bei 1976, 80; J ser, Noretingns an Methoesabl in der Rectan. ‘hind, 2 sds Pano Ma 1972p. 1246. Tah Laven xo naive ete wo ea dem Meu, conti ued triste um order dtintiva ee es (Methoenene p. 34). A ie “dep ocr uma orem sequen es elaonas tame om a elles para een oabetive dinero. Ade ‘so sabe objet damp prope ua era gue eva em con {fone da aja eo prs eu pesupe ua epost (uct de se wat que pot €pssvel a aun jute aon Sobre iso. Engh deve te pa stn opnio date Se equa eps mas pecans para seinar eda modo reas ela valde seu lp lpc pation (K Engh, Ethane in das jerinishe Denkon, ego. Sapa BerimiKolMaine 197 7.) Aton raga ds Argento rite presenta 4m fensiva de descbsr ess "perspectvas ais pena. 12 Canmpare M. Kil, no oa ado 9 86 13 Diane da indeeminao dos noes, pode davdar eles podem entree rer Sebo asin, Mile s v8 como byeves dese Sc cenon odor de rocaimento nu vegas «Rolethoer io insrages para exe paes de eleva” (Mile, Juche Meta, eso Beri 1976, p. 167; H.Rotleuthoe,ichetches Hansel nko» Man 197, p30, A queso elativa no tar [Bro dr cine sek dca com suis eats sino. Vj 3008 14 Compute M. Krele, Theorie er Recagewinnang, no laa tu, 98. 15 CW, Carus, Systemdenken ud Sytembegi der Jrispeaens, Beri 1963 468 16 Thi 526. (0 tio So meu). Compare tame Laren, ie obser sue" cad exo da coeeizae (so) nevestios ulgumenis J ‘lor adoons que, de iso, devem ser tmado el lepine 8 ‘equentement, dei da suara de ualgue ope rete para ‘Sse jada ela je” (K- Laren lel ela, p 62) 17 Diane det esa de coisas, Wietoker conser que alex “nem sm re via moor sundonr geal tema pola de eles ded. "vas elavamente) poss” Oe Waacker revise de: CW Cana Syseméenken und Steep in de Tuespadenzen: Reishee | [1970], p12 Compare anda J Esser, Vwentandes ound Metho- ‘enw in der Recsinng p00, gu fala sobre putvalenci do orc de valor” de um pri € cosas No sho os rintios (esau, mae sts a pan gue fem de determina IA eng ‘dco, 18 De una se de cnemples gu enfin pacientes pot, com: re U. Diederich, “Ties und systemtsches Deen in de Fr eng NJW 19 (1960), p68, 19 Aq nos deve firma ue todos jgamento judo expen lett odes pris ou peste, Ete ao 0 ca0 8s TEOMA DA ARELMENTAGHO JUHIDEA + 98 ments que moditcamrebses juris, po exemple. Também ete fs rca de ue os os lpamenoe res forms ss pena cont aquelas expresses normativas que 880 operadores AeSios scsi como “adeno "ribo e “permit, 0 ‘ee eraminda a ebor exsam argumentos favor den Agi bas tadhve qe os jlameto jardin so mens implica orden, pb {fete permis No ues ere ass ea problema, compare W ‘Hoel, "Some Fundaental egal Cone tons a Applid i od ‘Sl Reaoning em: Fonamentl Leal Conepons Applied in ade ‘al Reasoning ter Leal Essays, New Haven 1923, p.29 8.6m parca A. Ross, Dectives and Norms, Lone 168.106, 20 Sobre o conceit“ pera’, “ecolha” melhor’ compare G 1 von Wight, Tae Lops of Preference, Fnbugh 1963p 1554 ‘expresso “uigamento de valor” pode ser wad par sia ue fo ‘dear pefeéncin ou o ulgareta oe uma seria pelt € 2 Imshorou argr dt rletenia que vbr sete lesen, sim enone). No gu ae lee at tims compare A. Polech, ‘Werunen apd Werte im Ree. AGR (1970) F198 » Mos gua 2 ‘apes pra erga e mato mats 20 eso tempo. Coma wae ‘un do ats dua mr pei, ele ers oii. 21 Compare com Fr: Wiacher, Zu Tapikdskusion in de lgensischen ewcheeRechwistenuchat neni, ext pus. Zon, teat 191% p. 4. “Alm do pestamena cel da lel que € ave ordi om paral o Smt dig da ete os pole nts qe recom crm apes de. oem ser Formal, oma desis ene valores de ugamen eran” 22 K Lane lal, p10, 23 Fr Mille, Jristsche Methoik,p 136 241 ser, Vorvetindnis und Metodeava in der Rechsfidan.p 9 2 M. Kose, Teo der Retgewinnng 9% 26 K.Engiech,Enflng in das jorisische Denke, p. 107 28 Compre C.W- Cats, Sytemdenken und Sstembepi i de ris 29 Compare M. Kr, Theo der Rechspewinang, 212. 30 A iia de um jg de valor nega € aorta por: Hate {ue escreve: To to jc de ssbordniojevolve um gamer {0 evar moda emg, finde ser pied, 3 tom de ser Je “alr oa fora cn gu € anid. (Th lle, Logie aod Asolo der aralogenRecswendung, Bein 1961, p59. Compate amber 1 Est, Morven und Mebodeal der Rechisagun. p15: “accent, lap de uma parma erica se ora “las «read abjetva ni fener: IM. Kris, Offene and vrdekte Ullsgnds. Zant Vera von Pilophis end Turuprasens heat. em. Collegium Pilosophicun esc para J. Rie, BeslStatgart 1965p 112. 40+ nowenr ALEX 52 HLL. A. Hat, Ds Postivia pd de Tensane von Rect und Moa i a Compare amb Here Gvathesen lyse Rests "hea ene akruck fe Rechsooolgi und Restore, 2 (1972) 1128, Agosto se exsem ou no jlgamenos de alr sess 0 onto da enterica, qe ena io psem ser ext: ‘dh opi Ie seconded jlpmenios mori ftsment tp ‘ud de guts se adviser poem ou nan Ser ints. tas corr A dima gest ers de er enfaicoment respon ‘incom una sfirmago ose ree mare especial a june [tien ant emp nea tos do cso jo, (Compare com 1W_K Fankes,Decsonim and Separations Social Pilosp. eh Ratna! ess, Noros Vol (1960, pI, 238K. Enesch, Enfants Denker p. 124. Compare ta ‘bn Ch. Pecan, Fu Vresangen be die Getecigk, em Sobre sg, Mange 1967, pqs eng que ores "eumpram seat mands conform os bys da comune qe leg par ene fin Ele gue dene se pos laments vale rasan pr os Fils ool tad, 48) Saber: us poac as {Compare anbm Zipeis, Enfreg ine juice Metbode lee 2 ean, Manga: 1974, que recomend, coarse primes “obee qs ira ou splemenos da el crespnden meior as idis case moras qu peeaecem ma comariale" (p78) Caso Mo for enon nau esuado claro doa mani, ui dev ee emis prs “epi 0 pop seo de Jot, sae pps noes Festal de efitia"(p. 85) 34 Compare R. Zips, no ea ado, p21: "A iia da demscaia é Finago do mods de ore soci, © gue como repose sa ‘Simo, jae deve epi an is gue pevaleem ea” 35 Fr Wacker, Zor Topikshanson n er aeligendsschen destchon Kesh palo me he stg age 136 K. Lanz Motel der Recswssenscha, p42 37 Compare BreeGE 2.1 (12 6,32 (40): 7 198 (205) 27, 1 (6 3 8 Compare com BGHZ E Devsbes o Supeme Taibanal Fede sobre iste cis) 8, 28 248, BH E(Deises do Sopeemo Tina Sobre quests Crimi) 6.7 (5 ‘clos por aacts oii, intent com elementos aia ‘eScelre Harmann sobre aot rented shardagem oma fe decstes juries, compare H. Welz Natrect and rate 40 Compare W. eiced, Rect ud Bik: Karr 1956: H. Wl ‘loc tnd, p. 226 43 A alc, Wenangen und Wer Rec, 5.20138 TEDRIA DA RAGUMENTAGAD AURIOICK 41 Compare Fr Wischer, Gist and Rieeranst Kash 1958, 9.1. 12 Bree E 2.1 (12). {5 Sue o problem naliso aqui sobre a rv de um "ever er de wm "compare a evi Mra de E. Merscher, Das Sei-Solen ‘blemish beac Eine Onesie be dea gegenvaizen Sand Ae Disasencm: concepts 8 (1974) pS. Hoes, Zam Problem de Abetung ones Sllens aus cnem Sein dr analyschen Mona pBilowophie oe ARSP 59 (969), p- TLE: FV. Kaher, Enuhang Ind Logi der Nomen, ene und Exsceungen,FeharMinigee 1973, p66 bem come = 35.84 “4 Ei ign com tic jit teco, var Agee reer extra ‘ei ria ntl como wma "Scpima de vanguard” om atarefa Je tess informa, ue empl gr tees dscns ites fer ventas evant para ni je no setido mast Fo" (R Dyn Was stand more Allgemeine Recto Tigh [97s p21) Esta invesigagio deve st ia cmo un entaiva de 3 har ampient des xe 45 Soe a justia dents, conse o caps seis 1% Compare E Exh, rquemana}yasche Unesichngen juicer ‘rwumentaton, on Recon, (174) p 216. 4 Compare H. Rotter, Rctics Handel, Frankfurt a M1973, pet 48 Compare os préximos capt 48 Compare ao pron cap. Paso cnet de uma forma de an tnemo cpa ifrenga ene eps forms, compare 0s xis ‘aptlo i 0 Molle afemou gue Kreleavops esta tse (Fr. Miller, ssh Mati p93 1965) Alguras das cere de Keil per Serenade desta macia compate M.Krle, Theorie der Rech ‘rv ps 218, No emt, ele fl tame sobre 0 "aloe carts ‘sc sisi tis gw i dec ‘read. ou, ab menos de afc a aan (b ea cto, a Mas eeement, Ke se masfesou con 4 ners {oo de Miler pti da ee da "Teo de Retsgewianng", pais 511. \oresinis und Meena in de eterichen Recs Sindng p19. 52 Th Viebez, Topi ud aiprades tig, Monique 1978 (1 so, Manig 1953. 53 Da iat sobre eoiipca compre espeiament M. Kee ‘Teor er Rechapeinung, p45; G Ot Zanzi Jae Top Dinas gud Agen, cm Rechte (970). 1838 Fr Weather, Zar Toptdahesson fe der zatgnbsischen Geusehen Recheioenschat ti: Xeon, Fes para PT. Zeps. teas 93, pr aes A Bolo, Der Delta der Topi rar Restsgewinng tee Gouingen 1972 — 154 G. One, Zang fhe Topi Disko, . 14 5 Tn. Veep ia ao 35, 16 G. Sack, Topic anieprodene Frankf M197 . 20 7 id p38, 5 i 59 Compare com 0 Oe, no acta, 187 {9 Compare com Aric, Topi 10. 61 As tas de “os arian, Rolle va expresso “over estes Toph alee por Roll Lei 192 py Va. {Sentry spss zac op nd Jurpane 21) Ret ne as om aes gle, coserads “ops ee ile as mi pope Ric These de Resagevn ting 185; € Wher smn vit om saps apoio: {atin poao lve Fr Wiser, Zr paces Leng de Rese dogma, em: Hermenewi vod Diath, Feascht pars HG Sata 2, Tagen 97, 328946) 2.6 Sink p 7. 6 Qu ee pomo etic, compar CW. Canis Stmsenkn end Sate der open p12; Didch Topo and ‘stems Denker der espe em: ROW 19196) p00 64 Compare com Dies p68 (6 ss deicca no ¢ reed po um stems de ties comer dsc yor Vee Um ssema is, come Vice ented, pe so ‘kt pr meio gent arteritis (1) rena p's bl 'ma (2, orden don ios oe corespondem ao pblems 3) mon ‘ei connu raved arate pica) prey ct ‘na Th Vie Some ConsdestensConcnng Lea Reson. fi: Lawe Reason deseo Wager, Nov bane 10, 264 amalgam Ss "Sysempabelne i Rese Rechsfschng by Sysem end Rlsihaton in Wisc ed Dokumeraton oe pr A iene Mersin a Cla 9p. 10, ‘nod de wm sem epics dro desta mc & ponce ‘asd que unas dew mvs some pr ou ane ech, te simple epics 6 Soe a eign der prefers a jules de ab aber verde sien pa compre Fe Wiechr, Dr Top {sauson in drapes desde Rech pa. 67 Stk ect (8 Arce, Tepit, 100 (© Compare G, Sch 7. 107 Vebueg 71 Src oll, . 99. 72 sos ape epee ropes arsenal por Vice eo “pen oma O stan om gut dre pe frm dere se ‘rams igs pags Por pape” Vccy ements ‘ind amon dist Se Mons ea do ecm ae ‘TEORIA OA ARQUMENTACAO JURIICA. # sien, orator sta (compare cm Cm. W. Mors, Foundation of the Tony of Signe Ineratonal Encylopedia of Unified Sen. Noun pss Chicago 193k) Viehwep tame erefre sdsco ‘era apa moderna da soi np ed losatia orl Th. ‘ices Tok und Jigen, 580, p11 38) Bsa nia ‘Moan et eva, 13 Th Vehweg pI 74 W Hasemer Justice Argument nd juistshe Didi cm Jack fir Rectsonope und Recstheotie 21972) p46 175 H.Rotlestne,Rehewisnshat als Soiwisnscha, Fano M197 9 176 1. Rig, le Theorie des pvhicen Eenmnisvertaers, Belin’ eistergova Yor, 173. p16 177 Bre E34, 269 (287 otc ¢ mew 178 J Exe, Vorvertindnis ud Mthodenabl in der Recs 9. 79 Compre iti. p19. 0 hp 28; ome amb po. 12,165. 82nd p25. 189 ML Ke, Theo der Rechspewinang p27 84 ha pp 198,314 15 Compare K. Lanz, Mette der Rectsisenschalt p. 16. 86 M. Kris, Nachwest ze 2 Av. der Theo der Reeisgewianon. #7'N. Lahmann, Gerechtakst in den Rechsytemen der modernan Geach em: Rechuheote 4 (973) p 148m 38, ‘ 88 Ta, Die Systemreereon von Gerehigkel In Eewidnung at dle _Atufrangen von Ralf Drier, em: Reecoe 8 (14) p 208, 189 Hi Legimation ash ershien 2 AUR, DarmsadNewsoed 175, 3, 0 Soe un aine ompac , Lidensen, Esavung al Rech Fatt a MIDT2 p. 10936 91 Compare Ex. Savigny. RSNIPU, Neumann Jerse Dopmarik un ‘Wiseshafiooni Monique 178 ‘92 Compare com M, Dieslon, De Natur de Sache ale suserzsetibe Rechoele veil an dr Recspeshung nor SabaeonieTig=n 196 p50 £2 Sobre o conceited “Esratra do arguments” forma do rumen stra da apenas compare abo p. 1238. 3 REFLEXOES SOBRE ALGUMAS TEORIAS DO DISCURSO PRATICO |. 0 discurso pratico na filosofia moral analitica Para saber, se de fato como as sentengasnormativas, as elocugdes ‘ou proposiges' podem er justia, precisimas saber oque éuma sentenga normtiva, una locus os proosiio. Uma coi sapre Sua justificagio pressupée uma teoria da linguagem normativa ‘Nas tas décadas, a anise da linguagem normaiva em ge ral da linguagem moral em particular, t&m sido o tema de nue ‘sas investigagdes dentro do enguadramento mais amplo da filoso fia anaica. O resltad foto desenvolvimento de uma “"mets-- a" como um campo especial de estudo. Como uma tzora da lin ‘Ruagem nocmativa forma a base de qualquer teoria di jstiicagio 4e senengas normativas, proposiBes etc serd necessiio comegat a5 vias teorias meta-dicas. Essa dscustopreliminar se orna mato mais necessria ao compreendermos que i algumas teorias meta ‘uicas que sho inconsstentes coma eoia do dscuso racional a ser labora neste estudo, ‘O modelo mais simples de dscuso pric & oda discusso entre dus pessoas que estio argumentando sabre se A deve ser Feito 04 sobre se A & bom, Hi dois modes possves de chegar a um acondo. © primero implica uma das partes provara vedade da sua afi 480, de modo que a outa, jusifiande-s, prove justiicages para la ete: A Segunda implica induzr a outa parte a concordar por oe ee 46 + nopeat seer étodo de persuasi, de pressiopsiclégica © de propaganda. 0 primeiro modo envolve a justificagao de wma conviegao moral”. O Segundo envolve um process de justifiagto que pede ser melhor cexpliado psicologicamente. A questo a ser considerada nas pri mas paginas € a seguinte: A justifeagdo de convicgoes montis € possvel ese €, como? 1. Naturalismo @ intuicionismo ia duasposigdes meta-icas, segundo as quis essa pergunta pode ser tespondida no sentido positivo naturalism eo nuiconismo Se uma dessus teorias fosse sustentivel, a eoria do dscurso pritico ‘racional, nalsada aqui, seria supéela, 1.1 Naturalismo t Sequindo-se Moore, o terme “naturalisa” ser aplicado a qualquer 'eoria que ate com a presunedo de que as expressBes normat¥as, luis como “bom” e "devera” pode ser delineada em termos de ex. ressbes desertvast. Se isso for possvel, enti as expresses not ‘matvas que aparecem em sentengas normaliva podem ser subsit~ fas pols expresses desctvas, Neste caminho toda proposgho rormativa se tomaria uma proposigdo descrtiva. Como tal, seria cessive a testes segundo os procedimentos das cigncia natura ¢ das citnciasociis. A taefa da étca ou da filosofia moral entio stariarestrita tradupo de expresses normativas para expressdes sesertivas. Neste caso, as sentengasnormativasseriam equvalen tess deseriivas, ea amiga briga elativa a possibilidade de deivar tum “everia de'um "€"seriaestabelecia no afimativo, 1.4.4 0 ataque de Moore a essa tese (aramente mencionada ex- plicitamente)resultou no desenvolvimento de mta-ices por volta 4 Viada do séeulo. Ele acuss o naturalsmo de ser uma fraud, & sssim chamaa "fraud naturalists (naturalist fallacy) Essa acu sagio fondamentad primero e principalmente em seu agora fa ‘oso “argument da questio em aberta” (open question argument Definimos “bom” em temos de alguns desses predicados emp Ficos como “Sought after by the maorty”,ento sempre que "bom" aparece ele pode ser substitu por “o que a maiona desea". Mas sinda podemnos fazer perguna: A & buscado pela maior, mas A TEORIA DA AAGUMMENTAGAO JURIDICA + 47 também & bom? Se a teoria deserve esivesse comet, essa per luna fara tho pouco sentido como a queso: “A é 0 que a malo fia desej, mas A também é procurado pela maiocia? No entanto, rio & ess 0 eas. A primeira questo tem sentido, 4 passo que & Segunda nfo tem, Assim, o significado de “bom” a0 menos no oncorda intiramente com o do que a maioria desea”. Em vez de "o que a maiors dese” podemos deduzir outros predicados ‘quaisqueroutrs ligagdes de prodicados. “Whatever definition be offered, it may always be asked, with significance, ofthe complex so defined, wheter iti itself good.” Diss resulta que a tse nat rasta da descrigdo de termes de valor nlo pode Ser cores 4.4.2. A questo do “open-question argument” foi muito erticada or véras axes. Ties pontos aricularmente importantes da ert ‘a serfo mencionados aguit Objetou-se que embora um arumentopossa permanecer vera Aeiro para todas as defnigdes até 0 momento, iso no exci @ possbilidade de se descobri uma definigio que no seja verdadira tem alga momenta do futuro”. Na uz de muites casos em que esse ‘onto é verdaeiro, esta cbjeco ganar peso apenas se e quando a possibiidade puramente abstrata de encontrar uma defiigdo ‘atisftéria surge em alguma forma coneet, ‘Ota objeg ose fendarenta na possbldade do “cover synony: rity” (sinonimia gel), O significado de dots expresses pode ser identico sem isso estar imediatamentevisva. Se 0 caso for es “pom” seria na verdad definivel, apesar da afirmacto contra o> “open-question argument", Como a primeira eso objeyz0 no pode ser esntamentereftada, mas seu peso pode ser limitado. No en- amo, sera justfiedve no atibuir demasida importinca 8 poss bilidade da snonimia acuta, enquanto no houver motivos para sa existéncia. A forga do argumento da open-queston repous entio to ato de gu até agora nenhum desesargumentos fo apresentdo 4e forma convincente® ‘Também se apontou que, embora “bom” como a expresséo me: ral mais generalizadanio pode ser defiido independentemente de ‘ros contexts, em determinadas contexts na verdad assume uma Aeserig fina descritva,signiicando que assim no €possvelde- fino. A isso existe um objego contra: verdadeiro como & que cxistem limites. por era lites esteitos para os possiveisusos ‘do termo “bom” em contextos partiulaes eem expresBes moras relativamente conetets podem se estabelecido os limites do que pode serconsderido “mau comportamento” em todos s conextos sea como for dento dss limites, dvidas ou conto de opiniio ‘qe sempre so possves sso hist pra a viabilidade do argimen: to da questo em abert. 1.4.3 As objyéies analsadas ama tomam bastante claro que 0 a= turismo aio foi eonelosvamente refatado pela questo do open {question argument. Contud, a dscusso mosta que este arpumen: {0 nfo prove bons motivos para se achar que o significado de ex presses normativa, em dkima instncia, no corresponds ineits ‘mente a0 das expresses desrtvas™, Na medida em ue © natu lismo afirma essa comespondéncia ele nlo pode ser aceito Porta to, 0 discurso moral no pode ser redvzio a um discurso pues: te empirico. 1.2 0 Intuiclonismo Se expresses como “bom” ou “deveria” no podem ser defnidas Por expresses empiricas, parece natural aeitar que elas devem se relacionar com algum ipo de propredades ou relagds nio-mpiiss. Essa € tese do inticionismo, Ela se chara “intueionstien" por. {que esas entidades nso-empiricas nfo so cognoscveis tras dos «incosenidos, mas antes por uma fauldade especial. Alguns auto res eonsideram essa faculdade especial semelhante 0 seto sentido, ‘outros a véem mais como uma eapacidade de um conhecimento intiiva a prion, a0 paso que outros ainda combinam as duas coisas. Alem disso, tratase de matéiapolémiea exalamentequais entidades esto abertas cognigso nos modo indcados. A opiniio ‘de Moore & que existe apenas uma propriedade imediatamentereeo- nhecive, que €a propriedade de er "bom". Essa propredade, como 8 propriedade “amarelo”, por exemplo 6 simples e analisivel” Ross Susiém que existem doi erm indefniveis,exatamente “bom” ¢ “cometo™. Segundo Sehelley, por outro lad, exislem quatotipos de valores: valores reatvos a0 agradvel edesagradével, valores “vias”, valores intelectuaise valores que se refevem a0 divino Existem uma escala de prioidades entre estes valores sendo que valores come agradive ¢desgradvel esto na posigdo mais bik, £8 valores relatives a0 divino ocupam a paso mais eleva” Essas slo apenas umas poucasabordagens intuicionists, Segundo todas as teorias inticionistas, 0 nepseio do dscurso pritico seria conduzio peo apelo as verdades evidentes de um tipo fu de eutro. Dentro do dbo cobero por ess verdads eviden TEORIA D4 ARGUMENTAGAD JURIDIGA + 48 tes, no hi espayo para argumentos. Uma ctagto de Moore is isto deforma muito clara: “E flso, porque €falso, e mo hi outa ‘efor mas eu declaro que €falso porgue sua flsidade € evidente para mim, eeu acho que € rao sufiiene para minha afirmacSo".” Hémuitosangumentos contea 9 inuicionisma. E provivel que ‘omnis forte seja ese: dado que diferente pessoas de fato respon ‘dem de modos diferentes & mesma evidenia, a tora falha a0 dar ‘quaisquer critros para distnguir entre coreto e incoeto, inti es genase falsas™. Masa tora tem de prover exses eiérios Se desejarsubstanciar ua aimagio deter estabeleido a possbil dade do conhecimento objetivo © da verdade moral no campo da ica. Na ausénca dessescritérios para escoler etre as alta 35,0 inticionismo chega ao mesmo resultado do subjeivismo et <0", Por mais bem fundamentadas que as objeydes do inticionis. ‘mo contra 0 naturalism possam ser, ele & uma teoriaigualmente insustentive 2. 0 EMOTIVISMO Aimag es normativas assim nio sfo as mesmasafirmages sobre ‘objets empiicos nem as mesmas airmagées sobre objeos no empiric, Diant iso, parse aproprad concur que a funds expresses usadas mas afrmagies normativas 20 menos no xa iva go referirse a alguma coisa, Ela tm um papel bastante dife-* rene daguces de referirse ou — uma tse menos extrema — ser- vem como propésitoadicional sobre ¢acima do de referise. Se undo vias eoriasemotivsts, ess fang a mais 6a de express fou evocar senimentos lou atitades. Em contaste com 6 nats liso eo inuicionismo, o emotvismo avogn wm nove conccita de linguagem meral*. A mais impressionante versio 60 emmotivismo, foralcida pelo subjetivismoe pelo elemento descritva,€aguela 4]. 4 -» =). No exemplo N, seguindo IN, B nao pode aceitar N, assim tem de ejitar N. Sendo assim, segundo Hare, 0 essencial na argumentago moral ni é a dedusio de julgamentos particulars deste ou daguele principio mas o teste {e acitablidade de suns conseqiénins Lgicas™, Sérasobjegdes podem ser levantadas contra o procedimento de Hare, A mais importante se refere ao fato de Hare se baseia nas inclnagese ineresses da pesson qu faz 0 julgamento, com res peito 3 questo da acetabilidade de um julgamento moral particular rum caso real ot imaginsrio, Essa objegao eoresponde a uma ob- ego muitas vezeslevantada conta Regra Dourada que tem wma tmp embora no completa semelhanga com oargumento de Hare”. Em sus erica, Alf Ross radu 0 exemplo biblice de Hare para tecmos contemportneos. Ele observa que segundo 0s eiéios pro posts por Hare, seria moralmeneinadmissvel tomar procedimen- 70 + nooenr AK tos envolvendo medidas de compulsio contra um eredorfaltoso, pois ninguém, incisive o credo, gosta de ter processoslegaispro- posto conta ele, Essa objeto pode ser levada aos seu limites ‘izendo-se que seguro os citrios de Hare ninguém nunca poder colocarrestigbes as suas inclinages ov iteresses, pois se, como Hare sugere, voe® soment tomar interessese inclnagdes come seu onto de partida, todos desejam e querem que estes fiquem ‘No tant, existe outa variant sobre 0 argument ase encon- ‘rado em Hare. de purtcuarinteesse se 0s interesss de mui tas pessoas devem se evados em considera, Hare toma ist cla- 10 mo muito debaido caso de um juz que deve ulgar um eimino- so! Nesse caso nio basta que 0 juz coloque na posigio do ru, le deve de preferéncia levar em conta as ineinagdese interes

Você também pode gostar