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22 de July de 2015 by Pr. Hernandes in Pastorais0 3559 1
Na sua epstola aos Glatas, o apstolo Paulo diz que a igreja de Cristo recebeu o Esprito
(3.2), nasceu segundo o Esprito (4.29), anda no Esprito (5.16), guiada pelo Esprito
(5.18), produz o fruto do Esprito (5.22,23), e vive no Esprito (5.25). Mas, ainda no est
no cu. H ainda a terrvel possibilidade de quedas e fracassos. Estamos sujeitos a fraquezas
e quedas. nesse contexto que a igreja precisa se firmar como uma comunidade
teraputica. Paulo escreve: Irmos, se algum for surpreendido nalguma falta, vs, que sois
espirituais, corrigi-o com esprito de brandura; e guarda-te para que no sejas tambm
tentado (Gl 6.1). luz deste versculo, destacaremos trs pontos importantes:
Em primeiro lugar, o perigo de uma queda repentina (6.1a). Irmos, se algum for
surpreendido nalguma falta. O termo surpreendido indica que no se trata de um caso de
desobedincia deliberada. No houve um propsito maldoso antes da ao. A palavra
falta significa, literalmente, pisar fora do caminho ou dar um passo em falso. Por que
Paulo levanta esse caso hipottico? Porque nada revela de maneira mais clara a
perversidade do legalismo do que a maneira como os legalistas tratam aqueles que pecaram.
Paulo est alertando, tambm, que o pecado um lao, uma armadilha colocada em nosso
caminho, que pode nos surpreender. A expresso se algum inclui a todos, sem exceo.
H terrenos escorregadios diante dos nossos ps. No podemos andar despercebidamente.
Em terceiro lugar, um alerta sobre o cuidado preventivo (6.1c). e guarda-te para que
no sejas tambm tentado. A confrontao precisa ser feita com cautela e humildade. No
sem razo que o apstolo muda do plural para o singular. Ele d vigor sua exortao,
quando se dirige individualmente a cada crente, instando a que cuide de si mesmo. Quem
corrige no pode jactar-se, julgando-se melhor do que o indivduo corrigido. Todos temos a
mesma estrutura: somos p. Se nos apartarmos um minuto sequer da graa de Deus,
poderemos tambm tropear e cair. Somos todos vulnerveis e dependentes da misericrdia
de Deus. Portanto, precisamos vigiar para no condenarmos nos outros aquilo que ns
mesmos praticamos, ou para no cairmos em prticas semelhantes quelas que reprovamos
na vida dos nossos irmos. Por mais perspicazes que sejamos em detectar os erros alheios,
muitas vezes, no conseguimos ver a mochila pendurada s nossas costas.