Você está na página 1de 107
eRe PCL ea Ula ACT 4 Beery ert (oe Correa tsicelte teeters tts a Engenharia de Minas € a arte de trans- formar em riquezas aquilo que a natureza di pos na terra. E ela que possibilita o aproveita- Arthur mento dos recursos minerais de forma que os mesmos possam gerar os produtos que a huma- PGE oyeceeay rete aacete nore tte into Chaves eed Neste sentido, consideramos que um dos ramos mais importantes dentro da Engenharia NUIT oreeloy eet once any Frat sales tee) apenas por sua abrangéncia ¢ complexidade, Pearce evenlionamretonce troror tale) metntoe errs Paes eutectic RecN tony rae ser es erert one mar teri Resecinesriretcire) WTS Carre’ Este é exatamente o tema deste livro do Prof. Arthur Pinto Chaves e varios colabora- dores: uma abordagem das diversas dreas do Tratamento de Minérios, indo desde concei- esr rseonc en sete iretonettntn eerie tesa ea tercorcter teeter tne Repair Me VsE MeCN Eee Cpe tcatehersse Vefect Evid Riovatietetera rere tn eit i Parr AP r le Pama] TEORIA E PRATICA DO TRATAMENTO DE MINERIOS VOLUME 2 ARTHUR PINTO CHAVES E COLABORADORES 2004 28 EpIcAo REVISTA E AMPLIADA) ESTA EDIGAO CONTOU COM © PATROCINIO DE metso minerals signus/miineral EpicAo Franctsco E. Atves REVISAO Diana dé Ouiveira Aves ProGRAMAGAO VISUAL SeRcro pe OuvelRa Eprrora¢Ao ELETRONICA Marcio Yosuipa Dados Internacionais de Catalogagao na Publicagao (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Chaves, Arthur Pinto, 1946- ‘Teoria ¢ prética do tratamento da minérios / Volume 2 Arthur Pinto Chaves. —2. ed .— Sdo Paulo : ‘Signus Edltora, 2004, ISBN 65-87803-18-2 Varios cotaboradores. Obra em 3. Bibliograti 4. Mingrios -Tratamento |. Titulo 96-1183 c00-622.7 indices para catélogo sistematico: 4, Minérlos : Tratamento : Engenharia de minas 6227 2. Tratamento de minérios : Engenharia de minas 622.7 Indice - Volume 2 | vesaguumentoNectnio Introdugao Métodos gerais : Ciclones desaguacores......... Classificador espiral. Dimensionamento de classificadores espiral .. Regime de classificagao Regime de corrente Cone desaguador Centrifugas Peneiras Peneiras vibratérias horizontals Peneiras estacionérias... Peneiras Derrick Pilhas desaguadoras Silos desaguadores... Exercicios sobre desaguamento Referéncias Bibliograficas Espessamento Descrigao do Equipamento Equipamentos semelhantes Mecanismos do Espessamento Fundamentos Fendmenos que ocorrem no espessamento ‘Tratamento Teérico Dimensionamento de Espessadores Ensaio de espessamento Calculo de espessadores.. Coe e Clevenger Kyneh ou Talmage e Fitch Zona de compressao Regra das 3 ft Wilhelm e Naide (22) Comparacao entre os métodos Considerac Pratica Operacional..... Espessadores de Lamelas e Super-Espessadores.... Espessacor de lamelas. Super-espessadores Exercicios sobre Espessamento Referéncias Bibliograficas Filtragem Introducao e Definigoes Descricéo dos sistemas Descrigéo dos Equipamentos Filtros de Discos (figura 5) Filtro Plano ou de mesa (figura 8) Filtro de Tambor (figura 9) Filtro de Correia (figura 11) .. Filtro-prensa Mecanismo de Filtragem Meios filtrantes Dimensionamento de Filtros Projeto de Instalacdes de Filtragem Pratica operacional. Exercicios sobre Filtragem Referéncias Bibliograficas ..... Reagentes Auxiliares Reagentes Auxiliares ..... Floculantes e coagulantes Produtos Quimicos Utilizados como Floculantes .. Auxiliares de Filtragem.... Preparagio, dosagem e adicao de reagentes Referéncias Bibliograficas ...... - 120 122 me 126 127 131 132 134 135 141 . 143 149 158 . 158 162 173 175__ 176 176 180 182 183 186 Aspectos Tedricos de Filtragem e Desaguamento Aspectos Teoricos da Filtragem e do Desaguamento ..... 190 ‘Aspectos Fluidodinamicos - Fendmenos de Superficie Acio dos produtos quimicss.... Referéncias Bibliograficas Desaguamento Mecanico Arthur Pinto Chaves Domingos Savio Borges de Queirés Geraldo da Silva Maia Luiz. Antonio Fonseca de Barros Ronaldo de Moreira Horta Introducao O objetivo das operacdes de desaguamento 6 reduzir a umidade de produtos de outras operacdes unitérias de tratamento de minérios para a sua utilizacao final (venca) ou para atingir as condicoes exigidas elas aperacdes unitarias subsequentes. Este ¢ 0 caso, para exemplifi- car, doadensamento de produtos de moagem em circuito fechado {over- flows de classificadores espiral) antes do condicionamento, au doaden- samento cla alimentagao de filtros. ‘Varios equipamentos podem ser e sao utilizados para esta opera- 40: peneiras vibrat6rias horizontais, peneiras DSM, classificaciores espi- tal, cones desaguadores, ciclones desaguadores, pilhas e silos de dre- nagem. As centrifugas, embora de uso freqiiente na industria quimica, sio praticamente restritas as indstrias do carvao e do caulim. Os equi- pamentos mais extensamente utilizados sao os espessadiores e os filtros a vacuo, que merecerao por isto atencao especial. Estas operaces sao também muito utilizadas na inddistria qui- mica e na metalurgia extrativa onde, em geral, o produto de interesse € a fase liquida, ao contrario da indtistria mineral, onde o interesse esta sempre centrado na fase sélida. importante distinguir claramente, cesdle ji, desaguamento e secagem: no desaguamento, apenas métodes mecanians sao utiizados, e resta sempre alguma umidade residual no minério ou concentrado, ao passo que na seca- gem utiliza-se o calor eo objetivo 6 umidade final zero ou préximo disso. (Osmétodos de separacio solido-liquicio, ou, no nosso caso mais espe- cificamente de cesaguamento, podem ser classificados cle duas formas: “pelo movimento relativo das fases: 0 s6lido move-se através do liquido em repouso, o que se denomina decantacao, e cujo exemplo mais marcante € 0 espessamento; ou o liquid move-se através de uma fase s6lida estacionaria, como ocorre na filtragem ou na drena- gem em pilhas ou silos ou, ainda, em peneiras: * pola utilizacéo de forcas auxiliares a separacao: gravitacionais, centrifugas, de pressao ou vacuo. AS definicées cle umidade e porcentagem de sdlidas, bem como os conceitos de balancos de massas e de agua, si consideradlos basi- cos ¢ fundamentais para o entendimento dos assuntos aqui expos- tos. Eles esto apresentados no capitulo “Nocées Basicas” (primeiro volume), que deve ser consultado em caso de dtivida. Lembrar que estaremos usando sempre a unidade calculada em base seca. 2 Métodos gerais Arthur Pinto Chaves Domingos Savio Borges de Queirtis Geraldo da Silva Mata Luiz Anténio Fonseca de Barros Ronaldo de Moreira Horta Ciclones desaguadores Os ciclones desaguadores sao os mesmos ciclones utilizados para a operacao de classificag4o. O controle do desaguamento ¢ feito pela tegulagem do apex que, ao contrarin da pratira clo regime de classi- Ficagao. deve estar estrangulado, As condicdes que regem o funcionamento do ciclone fazem com que as particulas sélicias que se dirigem ao underflow s6 pos- sam sair pela abertura inferior, o apex. Devido a sua massa indivi- dual relativamente elevada, é impossivel para estas particulas se- rem arrastadas pelo vortice ascendente e sairem pelo overflow. Desejancio-se obter o desaguamento, o que se faz é estrangu- lar esse ori particulas sélidas continuam saindo por ele, mas como a seccao do orificio foi reduzida, a capacidade de vazdo atra- vés dele também 0 6. Como as particulas s6 podem sair por af, parte da agua jé nao pode passar e tem que sair pelo overflow. Para que a mudanga na relacao de diametros (d,/d,) nao afete a particao, pro- cura-se trabalhar em pressdes inferiorés aquelas necessdrias para uma boa classificagio (a velocidade do vértice ascendente — e, conse- qiientemente, a sua capacidade de arrastar particulas maiores — funcao direta da pressao de alimentacao no ciclone). ‘Uma boa operacao de desaguamento exige que a descarga do underflow seja do tipo cordao, como mostrado na figura 1, ao con- trario da descarga tipo spray (tipica da classificacdo), mostrada na mesma figura. Passando-se da descarga tipo cordao paraa descarga _ tipo spray, deixa cle ocorrer 0 desaguamento e o processo passaa ser de classificacao. E TEORIA E PRATICA DO TRATAMENTO DE MINERIOS - VOLUME 2 Figura 1 - Descarga de ciclones A pratica operacional do desaguamento em ciclones conta, entao, com os recursos de baixar a pressao da alimentagao e de re. duzir o diametro do apex. Para esta ultima aco, dois mecanismos sao adotados: ~ insercdes dentro do orificio do apex, com o diametro ade- quado, como € feito com os ciclones fornecidos pela AKW e most do na figura 2 Figura 2 - Inserg6es no apex do ciclone ~ dispositivos de regulagem do diametro do apex mediante ar comprimido, como é feito pelos ciclones Krebs e mostrado na figura 3. ~ apexes de borracha, apertaveis por bracadeiras. Figura 3 - Apex de regulagem pneumatica Todos os dlispositivos, entretanto, exigem superviséo constan- te e manutengao periddica, pois o desgaste do apex é intenso. Os operadores devem ser orientads e, se necessario, disciplinados para ‘manter as condicées operacionais exigidas. ACVRD, em Vitéria (ES), utiliza gabaritos de madeira torneada para a verificagao periddica do diametro dos apexes dos ciclones desaguadores, E uma pratica in(eligente, que tivemos a oportunidade de aplicar em pre-operagao de novas unidades e em partidas apés paradas programadas. Ciclones desaguam muito bem até diluigdes de 75% de soli- dos em peso (correspondente a 33% de umidade, base seca) e como preparacao para operagbes subseqiientes de condicionamento, se Paracéo magnética, espessamento ou filtragem. Eles nao competem com espessadores, mas podem somar-se a eles. Um bom exemplo de operacao conjunta ciclone/espessador pode ser encontrado na antiga Fosfertil, em Tapira (MG), onde o concentrado fosfatico, obti do por flotagao, é remoido em circuito fechado com ciclones. Para atender as condicées do transporte por mineraduto, 0 overflow do circuito fechado de moagem deve ser adensado a 61 % de sdlidos Isto é feito numa bateria de ciclones, cujo underflow é alimentado diretamente aos tanques de homogeneizacao da alimentacao do mi neroduto, enquanto que o overflow dos ciclones é espessacio em es- pessaclor e misturado ao underflow dos ciclones nos tanques de ho- mogeneizacio da alimentarao do mineroduto. Em qualquer operacao de desaguamento em ciclones havera sempre alguma perda de particulas sdlidas no overflow. Por isto, a sua aplicacao fica restrita aos casos em que esta percia nao seja pre- judicial aos objetivos do processo ou quando, como no exemplo dado acima, seja possivel a sua recuperacao posterior. ‘Teorta & PRATICA DO TRATAMENTO DE MinéRios - VOLUME 2. A figura 4 (extraida de 1) mostra a regulagem adequada do apex, em fungao de descarga de sdlidos através dele, para se obter as diluigdes desejadas no underflow. Capaciiade de descarga de clos pelo apex (sh, densidad 2.65) | I] (eenetej0) xade ap onoupa | Figura 4 - Curvas de capacidade aproximada dos apexes (apud Krebs) ~ para sélidos com densidade 2,65 Muito freqitentemente os ciclones de desaguamento trabalham a0 tempo. Aparentemente, isto é prejudicial aos ciclones de poliure: tano: eles trincam quando expostos 4 luz solar (além de "melarem’ quando ficam muito tempo sem uso). Uma observacao de campo interessante ¢ a de que, nestas condicdes, eles trincam com facilida- de e, mais ainda, que a trinca comega sempre na logomarca estam- pada no ciclone *. * SILVA, Elias - CVRD, Mariana, comunicagdo pessoal 6 DasaGUAMENEO. Classificador espiral O sucesso dos ciclones como equipamento de classificagéio e desaguamento tem feito os classificadores mecanicos (espiral, de rasteio, de arraste e tambor Hardinge) perderem espaco para eles, Isto é lamentavel. pois estes equipamentos tém caracteristicas van- tajosas, em muitas aplicacées. Especialmente em instalacoes de pe- queno e médio porte, sio ainda muito utilizados. No Brasil, 0 classi- ficacor espiral (também referido na literatura como Akins) é 0 mo- delo de uso mais difundido, merecendo destaque na indtistria do beneficiamento de minério de ferro (neste caso, usinas de grande porte), que tiram proveito da diferenca cle densidade entre hematita e minerais de ganga para obter concomitantemente a classificagao 0 adensamento e um enriquecimento em ferro, muitas vezes suficien- te para fornecer um sinter feed acabado (2,3). O desaguamento no classificador mecanico ocorre porque o underflow ¢ arrastado ao longo do fundo do classificador e, quando sai do banho e comega a subir a calha, permite que parte da égua contida escorra calha abaixo. Desta forma, consegue-se descarreg lo com uma porcentagem de sdlidos entre 65 € 75% (54 e 33% de umidade). Trata-se, portanto, de um excelente desaguador; de baixo cus- to operacional, e em certos ramos, como no de areia para construcao civil, tem uso extensivo. Nesta aplicacao fornece ainda a areia desla- mada (“areia lavada”), 0 que é uma vantagem adicional para o con- sumidor final, Para esta aplicacao especifica - desaguamento -, da mesma for ma que com os ciclones, ndo se pode pretender uma boa classifica- cao. Para diminuir a perda de finos no overflow, utiliza-se a imersao maxima da rosca (imersao de 150%), o que ainda traz a vantagem de aumentar a area de classificacao (“pool area”). Os fabricantes fornecem modelos mais longos que o padrao, que dao um percurso maior para o underflow e, conseqiientemen- te, melhor desaguamento. Nesta aplicacdo, é de toda a convenién cia trabalhar com a maxima inclinacao do classificador, 3°"/ft (61%), Em alguns portos de areia utilizam-se ainda jatos d'agua para lavar 0 underflow e reduzir ainda mais 0 contetido de lamas da areia lavada. Isto pode parecer um paradoxo - jogar agua para aumentar a retiada de agual - mas funciona, principalmente por- que diminui o arraste das lamas, que sao as principais portadoras de umidade no minério. ‘TeoRIA & PRATICA DO TRATAMENTO DE MineRios - VoLUME 2 Dimensionamento de classificadores espir: Regime de classificacao O dimensionamento de classificadores para desaguamento ¢ feito pela capacidade de transporte de underflow. As tabelas 1, 2 3, bem como a figura 5, foram adaptadas pelo Prof. Dr. J. Re- nato B. Lima a partir dos dados de catdlogo de um dos fornece- dores de classificadores (4). Diferentes fabricantes costumam for- necer capacidades diferentes para equipamentos de mesmo ta- manho, funcao, por exemplo, do passo das espirais. Veja-se a fi- gura 6 (6), que fornece os mesmos valores dados na tabela 2, Este fabricante informa que ela foi construida a partir de classificado- res operando em circuito fechado, com 400% de carga circulante. Para outras condicées, a capacidade de transbordo de overflow deve considerar 0 multiplicador apresentado na tabela 4 (5). Clas- sificadores duplex tém 0 dobro da area mostrada na tabela 2. To- dos os valores fornecidos se referem a material com densidade 2,65. Para materiais diferentes deve-se usar a correcio de capaci- dade fornecida pela figura 5. ‘Tabela 1: Capacidade de transbordo de overflow, dia- metro de corte e % de sélidos no overflow para classifi- cadores espiral a, d,, capacidade de transbordo % sélidos no (malhas"Tyles) qua) (ony overflow 20 8x3 408 45 28 589 0358 40 35 a7 oser 35 8 295 0.279 2 65 208 0237 30 100 17 0175 2» 180 105, os 18 200 u 0.075 15 Diametro da espiral(") Tipo de tanque a4 reto = “straight” = ST médio - MF largo- FF 30 ST MF iF 36 st MF FF a st MF FF 48 st MF FF 54 ST MF IF Cy st MP TF 66 ST MF F n st MF FF 6 st ME FF 84 st MF TF MODELO 100MODELO 125 MODELO 150. | 20-654 307i Ml 187 14 214 239 268 30.4 340 38,1 416 465 52.3 535 60,1 676 670 5A 85.1 834 936 1056 1003 1129 1214 N84 1334 151.0 1385 156,3 1169 160.2 1814 2055 ee 35-1508 Buy 193. 224 259 29,1 35 400 416 488 STA 56,5 664 78.0 29 860 101.2 12 1079 1269 1133 1338 1978 13655, 161.5 190.4 161.5 1914 228.2 188.4 2243 264.6 276 2590 306.7 65-325 Bi 250 300 359 380 454 554 td 66,2 79.7 BI 89.8 108.4 95.0 1162 1408 ug 146,7 1719 Ma7 1808 2188 17 2184 265.6 209,8 2579 313.2 245.2 302,2 367.8 283.4 350.1 426.6 ‘TEORIA € PRATICA Do TRATAMENTO DE MINERIOS - VOLUME 2 10 ‘Tabela 3: Capacidade de arraste de underflow (uma es- piral por eixo = sp = "single pitch”) Diamewoda _ Capactdade Taina de Pottncta (HP) ‘espiral () (Wh) rpm spiral rotagio (rpm) (mordelo SP)" 2 10 5-16 2 30 Ww 5-13 a 6 35 on 3 a 48 35-9 3 48 a7 32-8 5 54 195 29-7 5 60 ma 25-65 18 6s 203 23-6 13 2 28 24-58 10 8 sus 2-5 10 a 37s 18-45 10 “0s fabricantes oferecemt também 2 ou 3 roscas por elxo (DP eTP).A capacidade de araste fica mullipticada por 2 00 3¢ para TP a potén cia deve ser mulliplieada por 15, 2 1.80 dis & sco ob E 075 Z 050 buN20 2530 8540 4,5 densidades Figura 5 - Correao das capacidades Granulometria (#) pee ease BB 28 1% sBlios no overtiow a5 eee ewe Descarga (124 est) Figura 6 - Capacidades de transbordo do overflow (5) Tabela 4: Multiplicador de capacidade de tr de overflow de classificadores espiral CIRCUITO CARGACIRCULANTE(%) — MULTIPLICADOR | fexhado 400 to = fevhado 300 = Fecha 200 fecha ino abecto 0 4 (aproximado) Ha que se prestar muita atencio aos limites de rotagao de cacla modelo. O limite superior é definido pela velocidade perifé- rica da extremidade da espiral e pelo desgaste abrasivo conse- qitente. Quanto maior o diametro da espiral, menor a rotacao maxima permitida. O limite inferior é uma limitagao mecanica do equipamento: as redugdes em classificaclores espiral s8o ex- tremas, obtidas com a utilizacao conjunta de correias em V, recu- tores ¢ coroa-e-pinhao e o valor apresentado na tabela 6 0 que se conseguiu ao fim do projeto mecanico. Regime de corrente Este mecanismo é descrito com aunxilio da figura 7, que mostra a descarga de overflow de um classificador espiral “straigth”, cuja largura é B. Sobre o vertedouro forma-se uma lamina d’agua de altura H. As particulas solidas que afundarem mais que H nio transbordarao e descarregarao pelo underflow. Portanto, a condicao limite para sair pelo overflow é afundar até sobre a borda Seja R o percurso que a particula percorre na horizontal desde o ponto de alimentacao até o overflow. Seja ra velocida- de horizontal do fluxo de overflow e v a velocidade com que a particula esta afundando na polpa. u ‘TeORIA £ PRATICA Do TRATAMENTO DE MINERIOS - VOLUME 2 Figura 8 Qualquer velocidade de um fluido é igual ao quociente da sua vazao (mh) pela seccao que ele atravessa. No caso, chamando a vazio de Q, e sendo a seccio atravessada pela lamina d'agua B.H podemos escrever que Q BH Substituindo r na equacao anterior oot Q__._Q RBH "RB area do pool ‘DESAGUAMENTO. De onde, rea do pool =-2-. Esta area é BR no classificador espiral exD*/4 no cone (ver figura 8) Outra demonstragéo compara os tempos necessdrios para a particula percorrer os percursos H e R respectivamente com veloci- dades v er: H t= Her ‘ R Sendo r=—9-— fica HQ Q RBH ~ area do pool Por exemplo: precisamos adensar um minério com 5%-25 lum e 15% - 40 pm. Se optarmos por um d,, dle 40 um, perderemos (idealmente) 15% da massa, mas teremos um adensamento mais répido e um equipamento menor do que no caso de termos opta- do por um d,,de 25 jim, situagao em que perderiamos apenas 5% da massa O dimensionamento consiste, entao, em escolher uma malha de classificacao suficientemente fina para que as perdas nao preju- diquem a recuperacao do minério. Para altas diluigoes, na pratica até 5% de sélidos, a lei de Stokes pode ser aplicada com razoavel preciso, Jé nas condi¢des reais. a velocidade de sedimentagio v de uma particula é funcao nao sé do diametro dessa particula, como também da viscosidade da polpa (presenca de argilo-minerais) & da sua densidade, e é afetada pela temperatura e pela porcenta- gem de sdlidos. em expressoes matemiaticas suficiente- mente precisas para traduzir o fendmeno. Este compromisso é mos- trado em dbacos como o da figura 9 (extraido de 4). B : TEORIA E PR&tICA DO TRATAMENTO DE Minerios - VOLUME 2 4, um) ‘ocGodedesedimertagso in). ied Figura 9 (apud 4) Para a utilizacdo deste abaco, entra-se com o diametro de cotte desejadio (d,.) na linha horizontal, até cruzar a curva da por- centagem de sdlidos com que se esté trabalhando. A vertical que passa por esse ponto da a velocidade de sedlimentagao nessas con- digdes. Isto vale para 20°C e materiais de densidade 2,65. Para outras temperaturas (com a temperatura variara a viscosidade da polpa) e densidades, devem ser feitas as correcées correspon- dentes. A correcao da viscosidade 6 0 inverso do quociente entre os dois valores, que podem ser encontrados nos manuais de Hidréu lica, e a corregao da densidade é ,-0,) Pa = Py) 2 P,) Cone desaguador O cone desaguador é um equipamento que teve extensa apli- cagao no inicio do século pasado e depois foi esquecido, muito pro- vavelmente devido & pressaio cos fornecedores de equipamentos al- ternativos, E uma pena, pois ele funciona muito bem e pode ser fa- cilmente construido em qualquer oficina de caldeiraria que tenha uma calandra de tamanho suficiente. E, portanto, uma excelente so- lucao de urgéncia ou emergéncia para o engenheiro tratamentista “4 que precisa desaguar uma polpa e nao tem outro equipamenten tempo para esperar pela sua aquisicao, = Os textos antigos (Richards, Gaudin e Taggart) de equipamentos mostraclos nas figuras 10 ¢ 11, cones Allen ¢ Caldecot O angulo do apex do cone varia conforme o corte desejado: 60% para. grossos e 40° para finos, em fungao da escoabilidade do underflow, O seu principio de funcionamento € 0 mesmo dos classificadores. de corrente -ndo confundir com o regime de classificacao por classificaca O National Coal Board inglés desenvolveu, no inicio da dé- cada de 80, um cone para uso especifico com carvao, que diz ser muito eficiente. A figura 12 (6) ilustra esse equipamento, com descarga tao adensada que pode ser manuseada por transporta- dor de correia. Keane (7) comenta que, para determinados mate- riais, especialmente argilas. este tipo de equipamento deve ser vantajoso, pois a densidade final atingida pelo seu underflow é funcao da pressao hidrostatica aplicada. O formato deste equipa- mento deve portanto ajudar, desde que os sélidos estejam flocu- lados. Trata-se da aplicagdo do mecanismo de sedimentacdo por fase, que serd estuclado adiante Centrifugas A caracteristica principal deste equipamento 6 0 uso da forca centrifuga, que atua sobre as particulas s6lidas (ou sobre © liquido, dependendo do projeto da maquina) com uma in- tensidade muito maior que no campo gravitacional e que pode ser multiplicada mediante 0 aumento da velocidade de rota cao. Tudo se passa como se o peso das particulas fosse multi- plicado por um fator maior que um, de modo que a decanta- ao das particulas no seio da massa liquida seja tao rapida quanto se desejar, ou, alternativamente, que se possa fazer se- dimentar particulas mais finas As operagdes podem ser descontinuas, semi-continuas e contfnuas. No primeiro caso, carga e descarga sao feitas com a centrifuga parada. Na operacao semi-continua, a operacao ainda 6 feita por bateladas, mas jé nao é mais necessario parar a maqui na para carregé-la e descarregé-la. Isto ¢ importante, do ponto de vista operacional, porque o grande consumo de energia é utiliza- do para elevar a rotacao da maquina até o valor de regime. Hi centrifugas utilizadas para a classificacao de particulas extremamente finas, como caulim para papel, que fazem também um adensamento, mas que nao serao consideradas aqui, onde se 16 ‘TEORIA E PRATICA Do TRATAMENTO DE MiNERIOs - VOLUME 2 Figura 11 - Cone Caldecott Figura 12 - Cone NCB (apud 6) objetiva apenas os equipamentos puramente desaguadores. Es tes pertencem a dois tipos principais. As centrifugas decantadoras sao usadas para clarificar ou es pessar polpas ou solugGes dilufdas (1 a 2% de sélidos). Um tam- bor gira em alta rotacao e a forca centrifuga empurra as particu- las sélidas para a periferia, de onde elas sao retiradas por meio de raspadores. O eixo do tambor pode ser horizontal, vertical ou inclinado e a operagao pode ser continua ou semi-continua 17 #ORIA E PRATICA DO TRATAMENTO DE Minénios - VOLUME 2 a costo alimentagio placa “node gerata | vasa (amas seca | | exigader ala toy descarga dos ce ‘fetes ‘olarenio . porto. sekcarga src daira oaks oho compartment _-_anvide compartimento domecanismo -vedagao “dedescarga Figura 13 - Mecanismo da Centrifuga (apud 8) As centrifugas filtrantes tm 0 tambor substituido por uma cesta de tela metdlica ou placa perfurada e ela € revestida com tela de tecido fino, de mado que a agua atravessa-a e é descarre gada como passante pela tela, enquanto os sélidos sao retidos, formando uma torta, caso da figura 13. Tais centrifugas funcio- nam entao, na realidade, como um filtro em que 0 vacuo ou a pressao tenham sido substituidos pela forca centrifuga. A de: carga da torta pode ser continua ou descontinua e é feita por raspadores ou mediante a aplicacéo de um movimento ritmico ao cesto, que faz com que a torta se movimente e seja descarre: gada, caso da figura 13 O consumo de energia é maximo quando a centrifuga esta acelerando e diminui consideravelmente quando a operacao esta em regime, porque nesta situacdo é necessdrio apenas vencer as perdas por atrito da maquina. A energia necessdria para acelerar uma centrifuga de raio r, descle o repouso até a rotacao N, pode ser calculada pela expressao: R DEesAGUAMENTO: P = 1341. 10°. m.r*. (2.0.N/60)*. (1/1), ou. P =147. 104. m. (@. N)*/ t. onde: P = potencia, em HP, m = massa total, em Kg (centrifuga + carga), r_=raio de giragdo, m, N=rpm, {= tempo de aceleracdo, em seg. As centrifugas utilizadas no desaguamento de carvao sao con- tinuas e do tipo de eixo horizontal. A figura 13 mostra um esque ma do equipamento fornecido pela Wemco: a cesta é de aco inox, usinada com precisio e balanceada, Existe um dispositive que trans- mite um movimento vibratorio ao eixo e faz a torta caminhar em direcao a descarga Os equipamentos destinados a utilizaco com carvéo manu- seiam material de 100# a 1/4”. Existem centrifugas de projeto es. pecial (“solid bowl") capazes de manusear materiais de 3258 a 3/8 A tabela 5, extraida de (9) fornece as capacidades das centrifugas fornecidas pela McNally. Este fabricante informa ter obtido remo- Ges de 75% da umidade inicial mediante o uso do seu equipamen- to e comenta que a capacidade de remogao da umidacle depende fundamentalmente da anélise granulométrica do material, espe- cialmente da quantidade de -28#. Tabela 5: Capacidades de centrifugas para carvao GRANULOMETRIA_UhDESGLIDOS —_UMIDADE SUPERFICIAL (9 A150 A250 rn 20-30 reid 160220 25-35 1x 130190 25-35 xo 570 5-45 verso Rs 180 50-60 8/8" x0 uss 65-75 1a" x0" no 15-85 19 ‘TeorIA PRATICA Do TRATAMENTO DE MINERIos - VOLUME 2 Peneiras Peneiras vibratorias horizontais Este equipamento, também conhecido como peneiras “low head”, tem uma faixa muito restrita em que funciona de maneira eficiente como peneira: 2% a 1/8" a seco e 244 a 48# a timido (ver Manual da Faco (10), p. 5-37). Fora desta faixa, sua eficiéncia é muito baixa. Esta desvantagem como peneira 6, entretanto, a causa do seu sucesso como equipamento desaguador: fora da faixa adequada, ela trabalha tao mal (como peneira). que deixa passar somente a dgua, mantendo todas as particulas sdlicias no oversize. As capacidades, quando trabalhando com carvao, so mostra das na tabela 6, extraidas de (8). Como sera visto no estudo de peneiras vibratérias (terceiro volume desta série), as peneiras vibratorias inclinadas tém o recurso de orientar a vibragéo (circular) no sentido pré-fluxo ou no sentido contra-fluxo. Neste segundo caso, o movimento do oversize é difi- cultado ¢ aumenta-sea eficiéncia de peneiramento, embora se dimi- nua @ vazao. Com peneiras horizontais nao possivel fazer isto. Inverter o sentido do movimento vibratorio retilineo faria com que © oversize se movimentasse no sentido oposto. O recurso para facilitar ou dificultar o movimento do oversize sobre a tela é, entdo, variar a inclinacao da tela. Com inclinagéo positiva (a favor do movimento do oversize), aumenta a velocidade deste. Com inclinacao negativa (descarga mais elevada que a ali mentagao), 0 movimento fica dificultado, No peneiramento isto se traduz por maior eficiéncia. No desaguamento, que é 0 nosso caso, se traduz por um desaguamento mais intenso. Desta forma, é mais correto, em vez de se distinguirem as pe- neiras em vibratérias *horizontais e inclinadas”, distingui-las em peneiras de movimento circular e retilineo. Portanto, a explicacao dada acima a respeito do excelente de- saguamento feito pelas peneiras "low head” fica meio simploria quan do se consideram as peneiras mais modernas com freqiiéncias mais eclevadas ¢ inclinagées diferentes dla horizontal. No volume terceiro desta série, discutindo 0 efeito da umidade sobre 0 penciramento, foi apresentada a figura 13, p. 546. Dele verifica-se que o peneira- mento é possivel até umidades da ordem de 4a 5 %, ou seja com material relativamente seco, e acima de 43 %, ou seja, jd com polpas Nesta faixa, que 6 a faixa em que trabalham as peneiras desaguado- ras, a égua presente entre as particulas faz com que o leito fique 20 Tabela 6: Capacidade de desaguamento de peneiras horizontais em t/h, onde A= largura da peneira, B =vazao maxima de jgua admissivel coma alimentacio, C= tamanho do carvao (adaptado de 8) ‘Desaguando carvao bitolado a 1/4” AB c . Rom SMxW TAY SU See 3 (10 60 6 75 8 MS 4 0 31 52a 5 30 108 ur x ua 162 oom is us 1s 180188208 7 40 6 70 is 1828427 510190 135, ws 248230285 ‘Desaguando carvao bitolado a 0,5 mm A oe o foe omit TGNG" NIA 1SRa3Ge AMAT 23M BUI A 5 : 60 65 nr) 4D 3B a1 % 1 5 uo at oo OTB OO mh 7 a yD Bg 8S Body 3ss0tag5st 2 ‘Desaguando carvao fino a 0,25 mm eee a : : : fom 1x0" x0" 3x0" SGOT xO" 6x0" x0" 30 35 0 2T 2 m8 420 8 2 8 2 mB 5 20 68 5h 5D Ot 6a oT m0 m4 8 78 m7 8 2 @ Ba 05 aq Desaguando carvao fino a 0,5 mm AB c fh omih 1x0" 2x0" 3x0" SNGNOY AMO Gx" Wao" 300 GT EY mB 4 mos © 2 @ 2 B&B Pr rn ) a ee 6 uo m0 BB 7 6 ow 1 10 | a1 ne) Bio ot) Desaguando earvao fino aT mm ae cc 7 fee ff omvh 1x0" 1x0" BxOT SGOT xO" VIGO Bx 31048 6 oF rn 11m 68 6 58 2 8 2 3% 5 20 88 mm of SBSH $m HO HS 7 mo Th 85S Boo Ss aS al ‘TEORIA E PRATICA DO TRATAMENTO DE Minérios - Volume 2 coeso. as particulas ficam aderidas umas as outras e se movem em bloco sobre a tela, nao tendo liberdade individual de movimento. A agitacao faz com que a agua presente nos vazios entre as particulas escorra, mas nao permite que particulas individuals se movam e se apresentem a tela para serem ou nao peneiradas. E claro que parti- culas muito finas que estéo em suspensao homogénea na agua ac bam passando pela tela, bem como uma ou outra particula fina que esteja por baixo do leito. Mas tratam-se cle casos erraticos ou espo- radicos e nao de peneiramento propriamente dito. Por isto é que é possivel desaguar em telas de abertura muito maior que o tamanho das particulas presentes no leito, como mostra a tabela 6. Acima de 43 % de umidade, as particulas estéo em suspensao na agua, isto é trata-se de uma polpa e as particulas voltam a ter liberdade de com- portamento individual, A figura 14 mostra uma peneira Velco operando no desagua- mento de areia. Nesta peneira, a elevagao da descarga, como visto, dificulta o movimento do oversize. Desta forma, ele se acumula jun to ao ponto de descarga e aumenta a espessura do leito ali. Como consequéncia, a inclinacao do leito de aversize é ainda maior que a da tela e a Agua escorre para tras. O resultado é que parte da agua transborda pela parte traseira da peneiva, auienlando 0 efelto de desaguamento, como mostra a figura 15 Peneiras estaciondrias As peneiras DSM (“sieve bends"), figura 16, sao extensamente utilizadas no desaguamento de minérios e de carvao. O modelo usa- do para esta aplicacdo é 0 de arco de 45°. Seu desempenho com pol- pas diluidas ¢ muito bom. A tabela 7 (10) mostra resultados de seu trabalho com carvao em duas condicées diferentes, E muito comum a utilizagao de peneiras estaciondrias com 0 deck reto em vez de curvado, como nas peneiras DSM. Os partida- rios desta opcao afirmam que 0 desgaste da tela é menor que no caso das peneiras curvas (8). A tabela 8, extraida de (8) mostra ca Pacidades para telas inclinadas de 60° e recebendo polpas de car- vao com 25% de sdlidos. A peneira DSM é um equipamento de peneiramento (nao de classificacao) e é eficiente nas faixas finas. Devido ao dese- nho da curvatura da sua tela e das barras da tela, ela efetua um corte granulométrico de tamanho aproximadamente meta- de da abertura da tela. Esta consideragao deve ser feita ao es- colher a tela para efetuar o desaguamento, pois da mesma for 22 Figura 14 - Peneira Velco ‘DEsAGUAMENTO 23 ‘TeorIA & PRATICA po TRatAMENTO DE MiNeRlos - VoLuME 2 24 Figura 15 - Peneira Velco DESAGUAMENTO Tabela 7: Capacidade de desaguamento de peneiras DSM em duas condicoes diferentes Condigio I: alimentagao = carvao 3780", pencira de 60°, tela de 0,7 mm, capacidade 112,5 m’/h/m de largura, Separacio a 0,3 mm, Alimentagdo,% Oversize,°% Undersiz.% % solidos 300 756 56 Particéo 7 819 E Alimentagao: +188 56,0 627 E 1axa08 170 19.1 30x708 70 79 tacos Tox1008 65 63 83 vo0x2008 45 8 26.9 20000 90 22 650 Condiigao 2: alimentagio = carvao 1/4x0", peneira de 60 tela de 0,5 mm, capacidade 75 m'/h/m de largura, Separacio a 0,212 mm, Alimentagio, % Oversize, % — Undersize.% % sélides 307 58.9 Particao 1000 627 Alimentagao: +84 3.0 52 Sxi8e 183 30.0 02 18x308 25.1 354 96 30x504 16.2 138 ar 50x1008 6 60 187 1o0#x0 258 96 498 ‘ma que com o cone desaguador, sempre haveré alguma perda de sdlidos finos no undersize. Peneiras Derrick Trata-se de um equipamento de projeto especial, pouco co- nhecido no Brasil. Sao peneiras vibratérias longas e de grande in- clinagio. A tela é de elastomero especial a abertura é ajustada pelo tracionamento que lhe é imposto. Com a vibragao, a tela tam- bém vibra e os labios da abertura se movimentam, de modo que a tela dificilmente entope. O peneiramento pode ser a vacuo ou atmosférico, conforme a granulometria do material a ser desaguaclo. O resultaclo é muito bom. on Barras Undersize Retentor de Tela Alimentador /Distribuidor Caixa de Alimentagao Entrada Vertedouro Tela Descarga do Undersize a ‘Oversize Figura 16 - Selecaio de peneiras DSM (apud 11) 26 DESAGUAMENTO Capacidade —Larguras—Falxa de USGPMit —padrao’—aplicago-—=—Aplicagdes MODELO de largura M we tipicas as° pmekomento 30-200 2.4.8 8:65 ——_rtamenio de dguas fuentes de nists ‘lirics Fostats, 50° Slats dard 90-150 2.4.6 8-48 desaguamanta de ‘vegetal, aimina [4 60° Minis de tao © 30-200 4 8-48 Sao, sa, cmento apna sani, eaupento de 120° ae rns pene -200 2.4.6 100-325 degra anes frascopapet parciament, Sesogerenioc cre 270° 200 12 100%-825# — Poppasde cinentoa tii 55% de eon 300° Serato da nosta | ‘sarapa, fas de amido, 200 213 48-325 _‘emogio oe tras om ‘atarrono do espotne [fy RAPrne owtan cae ce é 0-100 2 46-325 95% - 3250 oR Figura 16 (Continuagao) - Selecdo de Peneiras DSM (apud 11) oT ee ‘Teoria PRATICA DO TRATAMENTO DE Minérios - VOLUME 2 ‘Tabela 8: Capacidade de remogao de agua (USGPM) de telas planas erry THI (9) amm 108 44 Lm 075mm 246 Om 488 O2Scum G56 1008 21/2 MO MIS 70 2502S 1M) 7555 4 5 395 MO MS BS 225 OS MOSS TO 5 460425 sos MO 7855201519500 Pithas desaguadoras As pilhas desaguadoras sao pilhas como as outras. exceto que séo construidas sobre uma base impermeavel, inclinada, que dirige as guas drenadas para um local conveniente. Esta base é coberta com um lastro do préprio material a ser desaguado, de granulometria gros- seira, para assegurar a permeabilidade e nao contaminar a carga. As pilhas sao eficientes quando o material a drenar é relativamente gros- seiro ¢ isento de finos que possam colmatar os poros entre as particulas ¢ impedir a percolacao da agua. A retomada deve ser iniciada pelas porcdes superiores, sempre melhor drenadas. Ver figura 17. Geralmente sao usadas 3 pilhas: uma esta sendo construida, a outra estd pronta e sendo desaguada. A terceira esta desaguada e sendo retomada, Figura 17 - Pilha desaguadora Silos desaguadores O material a ser desaguado nestes equipamentos tem as mes- mas limitagdes do material passivel do desaguamento em_ pilhas, ou seja, granulometria grosseira (na prética, + 48#=0,3 mm) e auséncia de finos. O funcionamento 6 analogo. 28 ~ a DESAGUAMENTO Existem varios recursos para facilitar a remogao da agua perco- Jada: paredes porosas, fundo plano com morto de granulometria gros- seira, fundos em cone invertido, cheios de material grosseiro, etc. A figura 18 mostra a tremonba dum silo desaguador utilizado num porto de areia da Holanda. Ele é construido em aco carbono, com a tremonha em aco galvanizado. Na tremonha existem rasgos alongados, revestidos de tela e descarregando em meias-canas que recolhem a agua drenada e a levam para uma panela, de onde ela é conduzida para o seu local de destino. O processo de desaguamento 6 muito rapido (trata-se de areia para construcao civil, totalmente isenta de finos) ea dguajorra abun- dantemente desde os primeiros instantes. SCO NERO ae Figura 18 - Silo desaguador ‘Custos para desaguar carvao (Bulk Systems, abril 79, p.45) Granulometria Equipamento Ussitseca +0,50 mm, peneira + centrifuga oz 05+ 0.25 mm ciclone + centrifuga 11,35 0,25 mm pelletizer (coal-oil 11,00 qualquer secagem 25,00 29 ‘TeORIA & PRATICA DO TRATAMENTO DE MINERIOS - VOLUME 2 Tabela 8: Capacidade de remocao de agua (USGPM) de telas planas Tagua dates THA (2) 2mm 1OF LAE mm 075mm 284 05mm 488 025mm 58 1008 22 MO 15 270 250210180185 100758 4 425 305 MO 315 265 a5 OS MO 15 97D 5 460425 365 MO 28S 25 720150195 10075 Pilhas desaguadoras As pilhas desaguadoras sao pilhas como as outras, exceto que sao construfdas sobre uma base impermedvel, inclinada, que dirige as guas drenadas para um local conveniente. Esta base ¢ coberta com um lastro do préprio material a ser desaguado, de granulometria gros- seira, para assegurar a permeabilidade e nao contaminar a carga. As pilhas sao eficientes quando o material a drenar é relativamente gros- seiro e isento de finos que possam colmatar os poros entre as particulas e impedir a percolacao da agua. A retomada deve ser iniciada pelas purgdes superiores, sempre melhor drenadas. Ver figura 17. Geralmente sao usadas 3 pilhas: uma esta sendo construida, a outra esta pronta e sendo desaguada. A terceira est desaguadac senco retomada is 4 Figura 17 - Pilha desaguadora Silos desaguadores O material a ser desaguado nestes equipamentos tem as mes- ‘mas limitagées do material passivel do desaguamento em pilhas, ou seja, granulometria grosseira (na pratica, + 48# =0,3 mm) eauséncia de finos. O funcionamento analogo. 28 DesaquameNto: Existem varios recursos para facilitar a remogao da 4gua perco- lada: paredes porosas, fundo plano com morto de granulometria gros- seira, fundos em cone invertido, cheios de material grosseiro, etc. A figura 18 mostra a tremonha dum silo desaguador utilizado num porto de areia da Holanda. Ele é construido em aco carbono, ‘com a tremonha em ago galvanizado. Na tremonha existem rasgos alongados, revestidos de tela e descarregando em meias-canas que recolhem a agua drenada ea levam para uma panela, de onde ela 6 conduzida para o seu local de destino. O processo de desaguamento é muito rapido (trata-se de areia para construcao civil, totalmente isenta de finos) e a agua jorra abun- dantemente desclc os primeiros instantes. Figura 18 - Silo desaguador Custos para desaguar carvao (Bulk Systems, abril 79, p. 45) Granulometria Equipamento TUSSI seca +050 mm peneira + centrifuga oz 05 + 0,25 mm ciclone + centrifuga 11.35 0,25 mm pelletizer (coal-oil) 11.00 qualquer secagem 25,00 29 ‘TEORIA & PRATICA DO TRATAMENTO DE MINERIOS - VOLUME 2 Exercicios sobre desaguamento 1 - Desaguar 90,7 t/h de solidos em ciclones desaguadlores, até 65% de solids. A polpa de ali- mentagao tem 10% de sélidos. Estabelecer 0 ba- anco de agua. Escolher 0 apex. Densidade dos slides = 2.65. Solugao: a ~ resolver os balancas da operacao: Alimentagio Overfiow 90,7 | 907,0 O | 767.5 TO [a16.3) >| “en —T> Tres 34,2 | 850,5 4 oO |767,5 Undertow wh sélidos | 90.7] 139.5] th polpa % solides {65 | 48.8 | m'/h agua ant'/h sélidos | 34,2 | 83,0 | m'/h polpa Adiitiu-se, para efeito de célculo, que todos os sélidos saiam pelo underfiow, 0 que é uma simplificacao e nao ocorre na pratica. Entretanto, estamos trabalhando a favor da seguranca. - escolha do ciclone: usaremos os Abacos da Krebs, apresenta- dos no capitulo sobre classificagao. 850,5 m’/hx 4,4 = 3742.2 usepm. Da figura Il, volume 1, p. 218, podemos utilizar 2 ciclones de 30°, 2 ciclones de 26", 4 ciclones de 20° ou 8 ciclones de 15". Escolhe- mos os 2 de 30°; das curvas de capacidade dos ciclones, verificamos que, com 0 vortex finder de 10", a pressdo necessdria para a vaza0 sera de 7 psi. Tentando entao o ciclone de 26”, para o vortex finder de 12", a pressdo necessaria para a vazao sera de 8,5 psi. Considerando agora 4 ciclones de 20", com vortex finder de 8!/4 a pressao fica em 68 psi. A melhor operacao parece ser a dos dois ciclones de 26". Com as figuras VI e Vil, calculamos o da, que de 59.6 jum. Particulas menores que este tamanho sairao, portanto, pelo overflow. 30 DesAGUAMENTO c- escola do apex: 90,7 t/h sgaurtet = 10087 Como so 2 ciclones: 50 (st/h) /apex Da figura 4 deste capitulo, entranclo com 50 st/h e subindo até a linha de 65% de solids, encontramos o apex ce 3146", que é o apex escolhido, aug 2- Umciclone de 6” tem apex de 1". Ele desagua 7 th de sélidos. Qual 6a porcentagem de solids obtida no underflow? Solugao: O enunciado nao menciona a densidade dos sélidos. Admiti- ‘mos, para efeito de resolucao do exercicio, que ela seja 2,65, Para poder utilizar 6 abaco da figura 4, temos que acertar a unidade: 7 t/h = 7.7 st/h. Entrando na figura 4, temos: 1", 7,7 st/h => 68% de sélidos no underflow (interpolando). 31 : F ‘TeoRIA £ PRAtIcA Do TRATAMENTO Dz MINERIOS - VOLUME 2 Soluga ‘Todos os célculos tém que ser refeitos. © valor da vazao de sdlidos no apex com que entraremos agora na figura 4 6 (2,65/4,2) x 7.7 = 4,9 st/h O que acontece com o balango de dgua do ex I quando o apex se desgastar em 1/3 i Solugio: Tr sth ONG sant cies Ga oe ee shea eget 00 st/h, da figura 4 resultam 58% de sides. © balango desgastar em 1/2", 0 que acontece com a porcen- come tagem de solidos obtida no underflow? Alimentagio Overflow “ Solucio: 30.7 0 767, o-[area] > | ee > T7576 O diametro do apex passa a ser de 11" : : Na figura 4, tenho: 34,2 [8505 o [767.6 1M2"'7.Tst/h =» 59% de solidos no underflow (interpotando). Underflow wh solides | 90,7 | 156.4| /h polpa % sélidos |_58 | 65,7 | m’vh agua m*/h sélidos | 34,2 | 99,9 | mh polpa Mudaram, portanto, as bandeiras do overflow edo underflow. 6- Desaguar a 65% de solidas o seguinte material: - polpa a 56,5% de sélidos, - densidad = 3.0 pressio de alimentacao = 9 psi. O equipamento dispontvel é uma bateria de 10 ciclones de 20" dos quais operam apenas 8 (2 séo reserva). A vazao de polpa é de 8208 usgpm ea particao € de 66,7% (1) 778th 4- O que acontece se a estimativa da densidade do minério adotada no exercicio 2 estiver errada ea densidade verdadeira for de 4,2? 33 32. ‘TeORIA € PRATICA DO TRATAMENTO DE Mmverros - VOLUME 2 Solucao: Como apenas 8 ciclones operam, a vazio por ciclone é de 8208/8 = 1026 usgpm por ciclone ‘Vamos transformar % de sélicos em peso para % de sélidos em volume: wh sdlidos | 56.5] 100.0 % sotidos em massa | 56,5 | 43.5 densidade do sélido |_3,0 | 30,2 mm/h de solides [18,8 62,3 th de polpa min de égua 56 sdlidas em volume m'/h de polpa 1026 usgpm/ciclone = 233,2 (m* s6lidos/h) /ciclone. 30,2% disso sao 70,4 (m? sélidos h)/ciclone. Sendo a densidade clos sélidos = 3, a vazdo massica de s6lidos na alimentacao dos ciclones é de 211.3 (t s6lidos/h) /ciclone. Sendo a particao 0,667, a vazao massica de sélidos no under- flow dos ciclones € cle 140,9 (t sdlidos/h) /apex = 155.4(sht/h}/apex Vamos agora escolher 0 apex. Como a figura 4 é construida para material de densiciade 2,65, € necessario entrar nela com 0 va- lor equivalente: 1554 x 295_ _ 1373 sht/h. A figura 4, com este valor, indica o apex de 4". 7 Um classificador espiral recebe 400 t/h de ali- mentacao. A particao é de 50% O minério tem densidade 4,5 deve ser classificado em 1504. Escolher o classificador espiral para fazer este ser- viga em regime de classificacao. Inicialmente calculamos os balancos: tth solids | 400,0| 1377.8] uh polpa % sdlides |_29,0 | 97,8 | h agua VA, [eam 7 75_| 66,7 200,0|1111,1 18 [911.1 34 DESAGUAMENTO: Da tabela I sabemos que a % de solidos no overflow deve ser de 18 %, valor usado no balanco acima e que a capacidade unitaria é de 0,115 (t/h) /fe. Da figura 5 encontramos a correcao da densidade, 1.6, € da tabela 4, como a circuito é aberto, usamos o fator 4. Desta forma: 200 al = 2717 FP area DTS x 16x 4 Da tabela 2 escolhemos o modelo 150 ¢ nesta coluna encontra- mos 0 classificador de 72", FF com area imecliatamente superior Passamos entaoa verificar a capacidade de arraste do underflow. A tabela 3 nos informa que a capaciciade de arraste dla espiral de 72" € de 278 (t/h) / rpm e que esta espiral opera entre 2,1 © 5.3 rpm. O fator de correcao de densidade é 1,6 (figura 5), de mocio que: 200 27.816 O equipamento especificado é ent4o um classificador espiral de 72", modelo 150, FF, SP, girando a 4,5 rpm. rpm necessérias = =4,5 rpm. 8 - Calcular 0 mesmo classificador para operar em regime de corrente a 10 % de solos. Inicialmente caleulamos 0 novo balanco: 400,0|2266, 17,7 | 1866.7) 20,0] 26,7 Vv 75_| 06,7 200,0|2000,0) 10 _|1800,0) densidade[_4,5 | 1.08 | densidade da polpa volume de sélidos|_44,4 [1844.4] vazdo de polpa Passamos agora a calcular a velocidade de sedimentacao ca particula de 150# (d,,) numa polpa de 10 % de sélidos. Da figura 11, para particulas de densidade 2,65, esta velocidade é 1 ft/min = 0,3048 m/min = 18,3 m/h Para uma polpa de minério de densidade 2,65 a 10 % de soli- dos a densidade de polpa seria a seguinte: 35 TEORIA E PRATICA Do TRaTAMENTO DE Minértos - VoLuME 2 200.0[2000.0] 10_|1800.0) densidade[ 2,65 [1.07 ] densidade da polpa volume de sélidos|_75,5 [1875.5] vazao de polpa Acorregao da densidade é a seguinte: go - Par Po __4,5- 1,08 Ce ere rr eT A velocidade de sedimentacao 6, entao: 2,16 x 18,3 = 39,6 m/h. A drea necessaria sera 1844,4/39,6 = 45,6 m? = 501 fi? Da tabela 2 escolhemos 0 modelo 150 verificamos que nao existe nenhum equipamento com tal capacidade. E necessario utilizar um clas- ificador duplex, de modo que entraremos com a area de 250,5 ft. En- contramas 6 classificador de 66°, FF com area imediatamente superior Passamos entio a verificar a capacidade de arraste do underflow A tabela 3 nos informa que a capacidade de arraste da espiral de 66" ¢ de 20.3 (t/h)/rpm e que esta espiral opera entre 2,3 ¢ 6 rpm. O fator de correcao de densidade ¢ 1,6 (tigura 5) e temos duas espirais, de modo que: = 2,16. 200 20.3x2x 16 O equipamento especificado é entio um classificador espiral duplex de 66", modelo 150, FF. SP, girando a 3,1 rpm. rpm necesséria = 3,1 rpm. 9- Queremos CLASSIFICAR 200 t/h de miné- ria de densidade 3,0 em classificador espiral, a 2008. O underflow sai com 72% de sdlidos. Qual a classificador adequado? Qual a diluicdo da ai mentacao? A particao é de 75%. Solugao: Existem dois regimes de classificagao em que o classificador espiral pode operar. Vamos dimensioné-lo pelos dois regimes. REGIME DE CLASSIFICACAO, a- condigdes de operagaio: 36 DESAGUAMENTO Da tabela 1, temos: d,,= 200 # => 15% sdlidos, 0,075 (t/h)/ft2, b - balancos: Alimentacao Overflow 200 [541.6 Clas. 50 [333.3 36,9 | 341.6 | sinail —> [a5 [ap 66,7 | 408,3 5 16,7 [300.0 Underfiow th sélides | 150 [208.3] t/h polpa 1% solidos |_72_| 58.3 | msn égua mh sélidos [50 [7083] m’/h polpa c - dimensionamento pela capacidade de transbordo de overflow: d-p =3,0 = figura 5: fator de correcao da capacidade = 1,1 € - circuito aberto => tabela 4: fator =4 Area necessaria 0h ass ae, 0,075 (t/h)/ft? x 11x 4 i | | di, = 200 # exige um modelo 150 (150% de imersao). A inclina- cdo recomendada é de 3 4"/ft. Da tabela 2, 0 modelo adequado é 0 54", FE e- verificacéo da capacidade de arraste de underflow: nés sa- bemos que o classificador de 54", FF tem capacidade para transbor- dar as 50 t/h de overflow. Nada sabemos, entretanto, da suia capaci- dade de arrastar calha acima as 150 t/h de underflow. Vamos verifi- car se ele tem esta capacidade. Atabela 3 indica que uma rosca de 54" arrasta 10,5 t/ha cada rpm. Informa também que os limites operacionais s4o 2,9 e 7 rpm. 150t/h a —— = 13 rpm, erg Teoria & PRATICA DO TRATAMENTO De MineRtos - VOLUME 2 Como este valor é maior que 7, teremos que usar rosea dupla. rotacdo necessdria = = 6.5 rpm, sx 11 Este valor esta dentro da faixa de utilizacao do equipamento. Portanto, 0 equipamento escolhido para classificar em regime de classificacao é um classificador de 54", FF, DP, operando a 6.5 rpm. REGIME DE CORRENTE, Para este dimensionamento precisamos saber a velocidade de sedimentacdo da particula de d,,,a vazdo volumeétrica do overflow e a sua densidade. A vazio volumétrica de polpa foi calculada no balanco e é de 300 m°/h, densidade de polpa = 333,3 /h / 30,0 m*/h = 1,11 t/m’. A polpa do minério de referencia (p = 2,65) teria: wh séiidos [/50,01333.3] th de polpa 1% sdlides em massa |_15 [283.3] msn de agua densidade do sétido | 2.65| 1,1 | densidade da polpa mith de sétidos [18,9 [302.7] _m'/h de polpa velocidad de sedimentacao: a figura 11 nos dé: 0,45 Rimin i, = 2008, 15% sdlidas => 0,45 fe/ mi 3,7 m/min =8,2 m/h, correcao da densidade = _Pst “Por Par Pra 38 DESAGUAMENTO. ea velocidade terminal fica v, = 1,22 x 8,2 = 10,0 m/h. A seccao necessaria sera S = Q/, = 300 m*/b/10,0 m/h = 30,0 m? = 323 ft Da tabela 2: modelo 150, 323 ft? = 78", FF, simplex Precisamos agora verificar a capacidade de arraste do under- flow (tabela 3): 78"=9315 (/b)/rpm, 2a5rpm= 150t/h/GL5 t/h)/epmx 1.) (1,1 60 fator de correcao da densidade - figura 5) Portanto, o equipamento escolhido para classificar em regime de corrente é um classificador simplex de 78", FE, SP, operando a 4.4 rpm. Arpm. 10 - Deseja-se desaguar uta polpa a 10% de silides| contendo 90,7 th de sds de densidad 3,5 em wm cassificador espiral. O underflow sara 65%, Pede-se: os balancos de massas e de agua, a especificacao do classificador:. Solugak Admitindo um desaguamento perfeito, pois o enunciado nao fornece a parti¢ao dos sélidos, temos’ Alimentagao Overflow 90.7 | 907,0 \Classifi- 0 | 767.5 10 | 816.3 leer > Po rers 25,9 | 842,2 b O | 767,5 Underfiow th solids | 90,7 | 139,5| t/h polpa % sélidos |~65 | 48,8 | m’/n agua aii/h sétidos [ 25.9 | 74.7 | m*/h polpa Da figura 5, temos que para a densidade 3,5, os valores das tabelas 2 e 3 devem ser multiplicados por 1,25 (125%). Ou entao, deveremos entrar na tabela com 90,7 / 1,25 = 72,6 t/ h. 39 ‘TeorIA € PRATICA Do TRATAMENTO DE MineRtos - Votume 2 Verificando as capacidades de arraste e as rpm admissiveis Paras espirais de diferentes diametros (tabela 2), construimos: modelo 3642 dB Swe rpmadmiss, 4-11 35-9 328 287 2665 236 21-53 Voyepm 35 «488710832038 cpm 2071513 DAZ 8G eDP Wd 78428 Os valores em negrito indicam as rotagdes mais adequadas para single pitch e para double pitch. As melhores solugdes sa0 42" DP e 60" SP 11 - A operacdo descrita no exercicio anterior, na realidade néo é perfeita. Ha uma perda 6 th de material pelo overflow. Estas perdas tém dy 150#. Quais sio as condigdes r eais que so de se esperar para essa operagao ? Solugao: Das tabelas cle dimensionamento de classificadores espiral temos: tabela 1: d,,= 150# = 18 % de sélidos no overflow. = 0,115 (t/h)/f para d = 2,65. figura 5 : correcao da densidade = 1,25 tabela 4: fator = 4 6 area ssaris over Det oea = 10,4 ft area necessdria de overflow Oils x ha5xd 0,4 fe Da tabela 2, trabalhando com a MAXIMA INCLINAGAO e 150% DE SUBMERGENCIA DA ROSCA, chegamos a um classifica dor de 24", straigth flare. Note que o valor da % de sdlidos no overflow deste exercicio, bem como a inclinacao e também a imersdo, nao correspondem aos valores recomendados para a classificacdo, porque o que estamos fazendo aqui é desaguamento, 40 Desacuanento O balanco fica: Alimentacéo Overflow q 90,7 | 907.0 6 | 767.7 To [8163p || — os tra 25,9 | 842.2 LT [fed Underflow wh sétidos | 84,7 | 130,3| t/h polpa % solidos [65 | 45.6 | m'yh jgua ahh sétidos [24,2 [ 69,8 | m'/h polpa Verificando agora a capacidade de arraste do underflow: 24" = 1,0(t/h) /rpm > 84,7t/h /1,0(t/h)/epm x1,25=67,8 rpm, valor que esta totalmente fora da faixa adequada a operacao do equi pamento escolhido. O critério de escolha tem que ser 0 arraste do UF e com isto voltamos as solucdes obtidas no exercicio 8 12- Desaguar 91 t/h de sdlidos finos, densidade 4,5, num cone, Admitir corte na mala 200 ¢ 1096 de perdas no overflow. A alimentacao tem 40% de solidos e deseja-se que o underflow tenha 60% Solucao: oT 40 cy 31 227.5 10 1567 31.0 83.9 ’ 81.9 | th sélidos 60_| % sdlidos 136.5] th polpa 72.8 | m'/h polpa 4) ‘Teoria e PRAtica Do TRATAMENTO DE MINERIOS - VOLUME 2 massa _ 91,0 massa _ 91.0) 99 volume “83,7 ~ A polpa do minério de referéncia (p = 2,65) teria: OF: densidade de polpa wh solides [9.1 % sdlidos 10 wh de potpa | 91.0 m/h de polpa [83,9 A densiclade desta polpa ¢ 91,0 / 83,9 = 1,08. Pp Par Py Avelocidade de sedimentacao (V,) é determinada na figura 11 L st ‘0.85 tvmin 5 = corregdio = ny = 0,55 ft/min = 10,1 m/h = 2,17 x 10,1 = 21,9 m/h. 5-2 __839mi/h vy, 21,9m/h S=nD/4> D=ViS7e 42 ‘DESAGUAMENTO tim Como 0 material ¢ fino, 0 an- gulo recomendado parao cone éde 40° (20° a partir da geratriz),e, tg 20° = 1,1/h ou h=30m. 13 - Um rejeito de uma usina tem uma vazao de 336,4 m'/h de polpa, da qual 1,9 th sio solidos de densidade 4,2. Para a economia do processo € necessario recuperar 211 nv} /h de dgua. Imagina- se utilizar um cone, sabendo que a quantidade de sélidos abaixo de 270 # € muito pequena. Soluga Adotamos 270 # como dag. P 19 lidos = ~—————"___ 6 6. a 3364 +1,9- 19/42 ~0008=0.6 % ‘Como pequena parte é - 270 # podemos, sem grande erro, usar a linha de 0% de sélidos na figura 11. Entio, 0% solidos (d, = 1) ,5 ft/min para d = 2,65 42-1 - ‘min = Jn cer 0,97 ft/min = 17,7 m, x0, _ 336.4m°/h Tim7h =m = D= 4.9 me 43. Teoria & Prdtica po TraTAMENTO DE Minerios - VoLue 2 Verificacao da capacidadle de transbordar o overflow: _ 2 m/h Qo = 211 mh = Vo, ioe 11 m/h< 17,7 m/h Polpas muito diluidas é uma aplicagao tipica de cones desagua- ores. Este mesmo procedimente de dimensionamento é usado para caixas de areia e outros dispositivos de classificacdo / desaguamento. 14 - Desaguar 80 t/h de carvao 3/8” x 0 em peneira vibratéria horizontal, com tela de 0,5 mm. A ali- _mentagao é uma polpa com 40% de sdlidas e a pro- duto tem 20% de umidade. Admitir densidade 1,6. Solugao: alimentacao: _80_ _ 999 ¢/p, polpa 0.4 ~80 t/h sdlidos = 50 m*/h 120 m’/h = 120t/h agua - — Sh hag 170 m°/h polpa labela 6: 3/8°x 0, tela de 0,5 mm => a peneira com largura de 6 ft tem capacidade de desaguar 83 t/h de sdlidos e de retirar até 140 m'/ hde gua. Ea peneira escolhida. Deveremos consultar os catdlogos dos fabricantes de peneiras para escolher a peneira vibratéria horizontal que tenha esta largura 15 - Desaguar 80 t/h de carvéo 3/8" x Oem peneira vibratéria horizontal, com tela de 0,01 *. A alimen- tagdo é uma polpa com 40% de sélidas e o produto tem 20% de umidade. Admitir densidade 1,6 Solugao: A polpa alimentada tem: Mn sélides [80,01200,0] t/h de polpa % sélidos em massa | 40,0|120,0) m'/hde. dgua densidade do salido {1.6 mi/h de silidos | 50,0[170,0| mh de polpa 44 Desacuamento A polpa do produto tem: wh sdtidos [80,0] 96,0] th de polpa % sélidos em massa 16,0 | mh de agua densidade do sétido [1,6 | 20,0] umidade m/h de sélidos [50,0 an’/h de polpa Serio, portanto, removidos 120 - 16 = 104 m3/h de agua Na tabela 6, 3/8"x 0, tela de 0,01" = 0,25 mm, verificamos que a pe- neira com largura de 8 ft em capacidade de desaguar 82 t/h de sélidas & de retirar até 470 m?/h de agua. Esta é portanto a peneira escolhida Solugao: As capacidades apresentadas na tabela 6 sao para carvao. Para outros materiais, é necessdrio multiplica-los pela relacao entre as respecti vas densidades aparentes. Fica: densidade aparente da hematita = 2,6 t/m* densicade aparente do carvao = 0,8 t/m? valor para entrar na tabela6= 28. x80 = 24,6 t/h tabela 6: 3/8" x 0, tela de 0,01" = a peneira com largura de 3 ft tem capacidade de desaguar 27 (/h de sdlidos e 170 m'/h de agua. Ea peneira escolhida. 17 ~ Desaguar 5 th de sélidos em uma polpa de fosfato, a 13% de sélidos, em peneira DSM. Den- sidade Solugao: Da figura 14 verificamos que 0 modelo recomendado ¢ o de 50°. Esta peneira tem capacidade entre 30 e 150 GPM/ft de largura da peneira. Adotamos, para efeito deste exercicio, o valor médio da faixa, 90 GPM. 45 ‘Teoria & Pramica Do TRataMENTo DE MiNERIOs - VoLUME 2 A vazao de polpa é (5 t/hsélicos, 13% sdlicios) 38,5 t/h polpa, ou, th solids [3.0 [38.5 | t/h de polpa % sdlidos em massa |_13,0| 33.5 | m’/h de agua densidade do sélido | 2,7, mi/h de sdlidos {1,8 | 35,3 | m'h de polpa = 155,3 USGPM 155,3 / 90 = 1,7 ft Adotamos uma peneira DSM de 2 ft de largura. 18- Desaguar 50 th de pellet feed, de uma polpa a 20% de slides, em peneira DSM. Densidade = 5,5. Solugao: Da figura 14 verificamos que o modelo recomendado 6 o rapifine. Esta peneira tem capacidade entre 30 e 100 GPM/ft de langura da penei- ra. Adotamos, para efeito deste exercicio, o valor médiio da faixa, 65 GPM. h sélides [50,0] 250 | t/h de polpa % sélidos em massa |_ 20 | 200 | m'/h de agua densidade do solide [5.5 m/h de sdlidos [9.1 [209.1 | m/n de polpa = 920 USGPM 920/6: 4 f= serdo necessarias 7 peneiras rapifine (2 ft de largura) 19- Desaguar 100 t/h de cassiterita (densidade 3), de uma polpa a 20% de sdlidas, em peneira DSM. A tela recomendada 6 de 35 4. Solugao: Da figura 14 verificamos queo modelo recomendado é0 de 45". Esta peneira tem capacidade entre 30 e 200 GPM /ft de largura da peneira. Adotamos, para efeito deste exercicio, o valor médio da faixa, 115 GPM. hh sélidos [100,0[500,0| t/h de polpa % sélidos em massa | 20 |400,0| mh de dgua densidade do salido [3.0 mi—h de solidos |_33,3 [433.3 | m’/ de polpa = 1906,5 USGPM 1905,5/ 11 16,6 ft =» sero necessdrias 3 peneiras de 6ft de largura. 46 F Se ‘DESAGUAMENTO. 20- Desaguar 450 th de uma, de séldos, em peneira fixa com tela de 28 th solidos [450,0[900,0 9% sélidos em massa [_50 [450.0 densidade do solide [7,6 m¥fh de sdlidos | 281,2|731,2 | m'/h de polpa tabela 8: a peneira de 4 ft, com tela de 28 tem capacidade para remover 225 USGPM: a de 5 ft de comprimento, 245. Resultari- am telas fixas de respectivamente, 8,8 ou 8,1 ft de largura. Adota- mos este tiltimo valor, arredondando para 8 ft (diferenca de 1,2%). A tela fixa recomendada é de 8 x 5 ft (ou duas de 4 x 5 fi) inclinadas de 60°. th de polpa m/h de gua = 1980 USCPM 21 - Umespessador recebe 100 thn dealimentarioa 20% desicdes. Ooverflow tem2,63 % desélidas eo underflow, 75 %, Estabelecer as balangas de massas ede agua Isto pode ser feito pela aplicagao da regra dos dois produtos. | Entretanto, se a aplicarmos diretamente as porcentagens de sdlidos, teremos a particao das polpas, pois a porcentagem de s6lidos é um atributo da polpa e nao dos sdlidos*. E necessério fazer o balanco com- pleto ea partir dele calcular as vaz6es de solids. Calcule portanto a bandeirinha da alimentagao e aplique a re- | gra dos dois produtos a vazao de polpa encontrada, para calcular a vazao de polpa do underflow. % SOLOS sienagae ” 96 SOlidOS, veo 20 - 2. = sod % SONOS srietou ~ % SOUGOS yeigyy 15 2,63 t wh sélidos [100 | 500] wh polpa % solidos [20 | 400} th agua ae 10 [| 380 2,63 | 370 90 | 120] = 0,24 x 500 75 | 30 Rodrigues Silva, RR. Comunicagio pessoal, Aguas Claras, 27/7/2001 a7

Você também pode gostar

  • Maria
    Maria
    Documento1 página
    Maria
    Rodrigo Lima
    Ainda não há avaliações
  • Azul
    Azul
    Documento1 página
    Azul
    Rodrigo Lima
    Ainda não há avaliações
  • Pé Esquerdo
    Pé Esquerdo
    Documento3 páginas
    Pé Esquerdo
    Rodrigo Lima
    Ainda não há avaliações
  • Programacao Virada
    Programacao Virada
    Documento7 páginas
    Programacao Virada
    Rodrigo Lima
    Ainda não há avaliações
  • A História Da MPB
    A História Da MPB
    Documento19 páginas
    A História Da MPB
    Rodrigo Lima
    Ainda não há avaliações
  • Velho Amor
    Velho Amor
    Documento2 páginas
    Velho Amor
    Rodrigo Lima
    Ainda não há avaliações
  • 23 Lei Gauss
    23 Lei Gauss
    Documento20 páginas
    23 Lei Gauss
    Rodrigo Yamauti Correa
    Ainda não há avaliações