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“FOTO-CINE CLUBE BANDEIRA ANO IV — No 45 JANEIRO — 1950 Voeé ficara admiradot Sim! Até vot ficaré admirado com os ex. celentes resultados das maquinas Agi amador avancado e exigen- ‘ipiante na arte da fotografia ultados simplesmente maravilh ja vocé iambém um feliz, p ma Agiflex ou ald. Dois tipos diferentes para sua melhor satisfagio, AGIFLEX camera tipo reflex, ti- } ta 12 fotos 6x6 em fi # me 120. Construgao fortissima, obturador de grance precis%io com velocidade até 1/400. Objetiva Agilux 13.5 azulada. AGIFOLD camera de fole, tira 12 fotos 6x6 em filme 120. 4g Construciio sélida e d> PRODUTOS DA AGILUX LID. DISTRIBUIDOS POR MESBLA BOAS S DO RAMO AIO - P. ALEGRE - B. 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PAULO — BRASIL Fone: 2-0087 ANO IV — NL 45 JANEIRO DE 1950 A Hota do Wés Apés longa e carinhosa inewbaeao, 2ssistimos finalmente & eclosio o anuneiado 1.0 CONCURSO CINEMATOGRAFICO NACIONAL PARA AMA- DORES, organizado © promovide pelo Fato-cine Clube Bandeirante, num brilhante inicio de atividade para 1950. Nao confudamos, ‘Cinema Nacional. Porém, Concurso Cinematografico Nacional com Qualquer semethanea seré méra cofneldénela, Mesmo porque, com relagio 20 segundo, acontece uma coisa eurlésa: 6 que nao existe propriamente cinema nacional, mas simplesmente cinema, que muita gente no Brasil gostaria de fazer bem feito e ainda nao esta credenciada Para tanto, E porque © cinema bem feite é dificil, nada justifiea entroné-lo como um dos magnos preblemas da nacionalidade. Mais acertado sera enfrentar os trepecos que se deparam © procurar supera-los. Acroditamos nfo ter sido outra a posigéo assumida, no easo, pelo nosso companheiro Silva Victor, diretor do Departamento Cinematogratico do Fe, C. B.. Primeiramente, conhecer a forga daqueles que fazem cine- ma entre nés. Depois, verificar as falhas, as deficiéucias, ax imperfel- Qées © procurar sani-las de um modo objetivo, A isto chama-se comecar pelo comeco. Nasceu, emtao, a idéia de um Coneurso entre emadores por repre- sentarem estes que ainda existe de ingénuo, pestonl ¢ creative no cine- ma documentario ¢ estético. So os que vém aginde pela prépria inspi- Tacao, divorciados inteiramente “e interésses secundirios de qualquer e pécie. Constituem, pois, material mais Gti para uma tentative de aper- felgoamento. Realisada que fol o concursa, duas verdades ficaram patentes: o enorme interésse despertado entre os aficionados © 0 indice sofrivel no que concérne 4 qualidade técnica ¢ artistioa dos trabalhos inserites. Dessas duas verdades, resultou a tercelta: a necessidade inadiavel e conjugar esforcos num trabalho sistematisade de cquipe, objetivando @ divulgago de conhecimentos imprescindiveis para que o cinema entre 9S nossos amadores transponha definitivamente a barrcira das tentativas timidas © por vezes pueris. Por isso mesmo um dos brgics mals prestigidso: da nossa imprensa Jembrou a mecessidade de serem promovidos, pelo Feto-eine Clube Bandei- rante, seminérios sébre cinema, a exemple do que vem sendo feito com tanto éxito sobre Arte Fotografion, Nio 4 divida que seria w'a medida de muito acerto © estamos convictos de que a Diretoria do F.C, B. saberé roveltar a sugestio, © que resulta & que esse primeiro concurso marcou uma etipa Gecisiva na evolugéo do cinema entre os amadores ¢ pelo sucesso aleanga- do, cumprimentamos calorosamente © seu Inspirador: Antonio da Silva Vietor. ee © FOTO-CINE CLUBH PANDEIRANTE, receberé com prazer a visita ae todo © qualquer aticionado da arte fotografica, assim como responder pelos seus Departamentos, a qualquer consulta que Ihe for dirlgida quanto 4s suas atividades ou sobre a pratica de fotografia e cinematografia amado- rista. Ontrosim, recebe, sem compromisso, eolaboracio pera o seu Boletim sendo que as opinives expendidas em artigos assiuados, correréa sempre por conta de seus autores, ‘Teda eorrespondencia deve ser dirigida para a séde social do FOTO- CINE CLUBE BANDEIRANTE - Rua Avanhandava, 316, 8. Paulo, Brasil, ARTE, SUBJETIVISMO E FOTOGRAFIA Ao tentarmos discutir a questo do objetivo e do subjetivo em Fotografia, an- tes de mais nada, & necessario localisar, precisamente, 0 campo em que vamos li- dar. Se, o que nao é 0 caso, estamos em presenca’ dos eternos descrentes, daque- les que se ufanam em fazer gracolas s6- bre a “artesinha mecanisada”, melhor se- ria nao trazer a baila questo alguma, pois a mente escassa daqueles elementos ja- mais poder atingir que uma arte pro- cessada atravez uma objetiva possa ser subjetiva, Dizer isto ou declarar que tal arte nfo é arte teria idéntica significado No outro campo, naquele em que vi vemos, onde conhecemos as possibilidades da Fotografia, seu valor artistico, suas dificuldades e realisagdes, n3o so é pos- sivel cogitar do assunto como, até certo ponto, é indispensavel. Ao iniciarmos mais justo ser estu- darmos a forma pela qual se realisa o processo artistico e dai partirmos para as cogitacdes do nosso téma. Assim é que se continuarmos arraigados as definicoes e conceitos de arte que nos ensinaram nos bancos do grupo, completamente imposs{- vel se tornara a compreenséo do real sig- nificado das expresses em apreco. ‘A Filosofia em sua eterna busca dos primeiros prinefpios procurou alicercar as artes das mais variadas formas. De ma- neira geral, no entanto, fixou seus funda- mentos em conceitos normativos como o bélo, 0 bom, 0 verdadeiro. Aristoteles, mais acertadamente, j4 distinguia, em principio, a Estética da Btica 0 que cons- tituiu_a semente para o isolamento do conceito de bondade na obra artistica. O desenvolvimento da estética através dos tempos foi modificando as idéas antiqua- das e Kant j4 declarava que “‘o belo ar- tistico nfo é uma cousa bela, mas a bela representacio de uma cousa”. Os con- ceitos atuais, cristalisados apés dezenas de teorias, é totalmente diverso, Enquan- to os filosofos debatiam-se em torno dos ideais da arte, permitindo-se cercear as inspiracoes e os arroubos artisticos em be- neficio de teorias pré-estabelecidas, a Es- tética moderna, vencendo os obstaculos, alargou os horizontes, facilitando o pleno aproveitamento da capacidade de creacao. Nesse desenvolvimento o elemento ba- sico foi o perfeito conhecimento do que faz, de uma obra humana, uma obra de arte. Eis o problema da Estética atual: 0 atributo comum existente nas varias rea- lisagées humanas (i. é, nas varias artes) que as tornam artisticas. Aldo A. de Souza Lima Nesta pesquisa dois métodos foram empregados: 0 objetivo e o subjetivo. N: quele procurou-se analisar a manifestacao tisica da arte mas, como é dbyio, nenhum atributo comum poude ser encontrado en- tre palavras, formas, céres e sons. O pro- cesso subjetivo, todavia, aclarou, em defi- nitivo, a questao. Por meio dele tentou- se conhecer a atitude propria da mente humana quando nela se processava uma creacao artistica. Desta forma coneluiu- se que a atividade humana que produz a obra de arte é a “imaginacio”. Através dela o artista reage diante do mundo ex terior expressando seus proprios senti- mentos por meio dos elementos materiais de qualquer uma das artes. “A imagina cao ¢, portanto, a visdo interna que obser- va o amago do asstinto e dele parte para a exteriorisacéo. Nisto se distingue da pura fantasia que foge a qualquer reali- dade e assume o aspecto de mero capri- cho. A imaginacéo em lugar de fugir 4 realidade, nela penetra de forma a reve- lar_o que nao pode ser alcancado pela razo, € que se apresenta como a miste- riosa essencia da propria realidace” Assim, desde que os sentidos forn cem as primeiras experiéncias do humand, perante 0 mundo, a imaginacao delas forma a visio propria e interior que constitue a sensacao individual de excitacdes sensoriais. Neste processo que parte das sensa- cOes sensitivas e termina no trabalho ima- ginativo, o artista demonstra a sua indi- vidualidade por meio do “sentimento” Vemos pois que as bases da obra de arte estao nos sentidos e no sentimento. To- davia enquanto o artista se achar apega- do, exclusivamente, a estes fundamentos éle nao poder criar. A creacao se da quando, de posse da sensacdo e do sent mento, éle se afastar da razfio pura permi- tindo que a imaginac&o opere a sua ver- dadeira funcao de transmitir a visao in- terna 0 pintor, pelos sentidos, vé; num cam- po aberto, a imagem de uma arvore. Em nada lhe interessa a espécie, género ot. idade da mesma. O que éle vé é a sim- ples aparéncia, ou seja, a massa escura contrastando no céu claro. Aquela ap2 réncia desperta nele um sentimento ané- logo aquele motivado pela visio de um sér humano: éle sente que a arvore é for- te ou fraca, calma ou agitada, modesta ou orgulhosa, ‘admiravel ou digna de com- paixao. A realidade objetiva 6 a arvore enguanto que a subjetiva, creada pela imaginacao do artista, é 0 que chamamos 0 “‘carater” — isto é, a que, por meio do sentimento, tornou-se a visao interior. Dai a definicéo de arte dada por Venturi: “Arte é a forma dada pela imaginaco humana 4s suas experiéncias sensoriais ¢ sentimentais”. Aclarou-se, desta forma, indiretamen- te, 0 sentido do subjetivismo por meio do estudo do processo de creagéo da obra de arte que, segundo vimos, é totalmente ce- rebral, servindo a realidade objetiva co- mo fator de inspiracio — mero agente necessArio ao dispertar do processo crea- dor subjetivo Arte é, portanto, o final de uma cau- sa subjetiva. Objetivismo nao é arte: copia. Esta assercéo trara, certamente, a in- dignacdo daqueles apegados a uma das mais classicas definig6es de arte. “Arte é a imitacdo da natureza”. Tal definigéo oriunda dos tempos em que o maior vd Jor da obra de arte dependia dos objetos exteriores que representava, erroneo co- mo vemos, pode ser combatido pela sim- ples consideracao de que “natureza”, filo- séficamente, tem inumeros significados Entre estes se contam, também, a apa- réncia sensorial de povos e cousas, bem ‘como seus carateres. A arte tem, real- mente, uma grande relaco com tais ele- _ mentos mas precisamos considerar que o artista escolhe dentre os aspéctos da “na- tureza”, aqueles que se enquadram em ‘seus sentimentos melhor expressando a visio creada por sua imaginacao. Desta maneira néo houve imitacao alguma e sim uma simples escolha de elementos que se adaptavam, apés transformagées devidas, a uma realisacao imaginativa. E na Fotografia; o processo é idén- tico? __ Sim; apesar de sofrer modificacdes inherentes aos meios de que dispde esta arte. Aqui a experiéncia dos sentidos “tem que ser mais cuidadosa pois nao po- ‘demos, regra geral, introduzir elementos estranhos ao que se depara diante da ca- mera. A capacidade de selecio do foté- Srafo com referéncia 4s imagens senso- tiais tem que ser a mais acurada possi- _vel. Apés o primeiro embate da visdo, a imaginacéo dela formard, normalmente, @ realidade e, em seguida, no trabalho de execucéo, € indispensavel volver ao obje- to afim de analisd-lo, detalhadamente, sob © prisma daquela realidade subjetiva. Nao s6 neste ponto se manifesta o Processo artistico subjetivo no meio fo- tografico. Que diremos dos cértes que podem alterar completamente o poder ex- pressivo de um trabalho; do uso dos pa- peis cuja textura, coloragdo e grau po- dem modificar, e realmente o fazem, todo © valor da chapa; das viragens, dos tra- Lalhos de transformacao, leves que se- jam, obtidos nas ampliacdes? Enfim, em todos estes detalhes manifesta-se a reali- dade interior imaginativa do artista fo- tografico. Em todas elas séo acrescidas parcelas de sentimento individual e estas, somadas, formarao, no conjunto final, a0 a representag&o objetiva do motivo foto- grafado que por vezes nao tem, e nem precisa ter, 0 menor valor intriseco, mas sim o resultante creativo que a imagina- co do autor dela extraiu. O proceso Creativo na arte fotografica 6, desta for- ma, perfeitamente subjetivo Subjetivismo, portanto, nada mais ex- prime que 0 verdadeiro processo cerebral na creagdo de uma obra de arte. Nada tem a ver, diretamente, com expressio- nismo, impressionismo ou_introspectivis- mo, como se poderia supor, ou com qual- quer das escolas da pintura. E a representacio pura, simples e perfeita do objeto obtida pela fotografia? — Nada tem de artistico, ainda que possa determinar uma excelente técnica. Somenie isto. Técnica 6 um dos. elementos para a consecugao da obra artistica e de per-si nada vale. © desenvolvimento da técni= ca no constitue um artista: forma um “virtuose”. E’ um meio na obtengéo de um fim. Quando boa ela serve 4 imagi- nagfo creadora facilitando-lhe a tarefa; quando mé lhe perturba. Nisto, e exclu- sivamente nisto, acha-se o seu verdadei- to significado e valor. Mas... “isto é uma outra histéria”. 4 NOVOS SOCIOS A campanha para o aumento do quadro social — aligerce bésico do nosso Clube — continga com grande entusiasmo, © na wltima reunifio, a Diretoria aprovou mais as propostas dos seguintes aficionados: InserigGes nrs.: 722 — Sergio Prudente Correa, 8. Paulo; 123 — José Pereira de Queiroz Neto; 124 — Jean Lecoce, 8, Paulo: 725 — Vernon August Fagin; 726 — Sadayoch! Tamura; 127 — Alfredo F. de Vas- concelos, 8. Paulo; 728 — Attilio Grossi, S. Paulo; 729 — J. de Castro Neves; 730 — James P. Suncer- Iand Cook; 731 — Dr. Pedro Cabello Campos, S. Pau- lo; 732 — Emilio Pelost, 8. Paulo. 4 Propor novos sécios ¢ o dever de todo bom sécio Como montar diapositivos em vidro A conservagio dos diapositivos 6 um dos problemas que afllgom os aficionados da fotografia em cores. A “Bales Service Division da KoaaX, recomenda o seguinte método, cujo processo de execucao trans- erevemos do folheto recebido pelo Clube Qs diapositivos expostos ao calor dos projetores de grande intensidade lumino- sa, frequentemente acabam enrugando, e si nao estiverem perfeitamente montados e protegidos, ficam riscados, empoeirados e apresentam, finalmente, imperfeices fais que a sua projecéo se torna bastan- te desinteressante. A pratica atual de montar os diapo- sitivos entre duas pequenas e finas pla- cas_de vidro, asseguram-Thes alguma pro- tegio, sem constituir, contudo, uma solu- G0 completamente satisfatéria para o pro- dlema, porquanto este tipo de montagem também apresenta alguma deficiencia. E’ algo volumosa e nem sempre mantém o diapositive em posicao adequada para a projecdo; alguma poeira pode penetrar en- tre as duas placas de vidro e algum pe- queno movimento poderd riscar 0 diapo- sitive pela pressao das particulas de pé sobre a emulso. Uma solugéio quasi perfeita e que sa- tisfaz ao amador é a de montar o diaposi- tivo, cimentando-o ao vidro. Assim, ele poderaé alcangar muitas das caracteristi- cas mais aconselhaveis, ao mesmo tempo em que resolve as deficiencias j4 mencio- nadas. Muitos processos poderao ser empre- gados para a montagem de diapositivos pelo cimento. No processo gue vamos descrever, emprega-se um cimento & ba- se de gelatina, 0 que faz a emulsao do dia- positivo aderir 4 superficie gelatinada do vidro do “slide”. Qs diapositivos revelados ha pouco tempo, apresentam melhor resultado quando assim preparados. Os diapositi- vos velhos, cuja gelatina ja se encontra muito seca, especialmente aqueles util zados em projecdes com mais frequéncia, com toda certeza nao ficardo sélidamente presos 20 vidro. Os diapositivos que se apresentam enrugados ou dobrados, co- mumente néo cimentam com_perfeicao. De qualquer forma, a maioria dos diaposi- tivos fica satisfatoriamente montada si fo- rem observadas as indicagdes a serem assinaladas. Dependendo o resultado do maior ou menor nivel técnico empregado na mon- tagem dos diapositivos, sugerimos que os primeiros a serem montados sejam esco- Thidos dentre os de menor valor. Para obter melhor resultado, recorra a um dia- « tém evaporacao muito rapida. positivo novo e bem plano; si ele apresen- tar alguma ondulaco, coloque-o entre duas folhas de papel e comprima-o com o Ferro de Montar a Seco Kodak. 1 — Remoeao do diapositivo da montagem Muitos diapositives quando voltam do laboratério, j4 vém montados. Para remové-los deve-se cortar a tira da par- te superior e que mede aproximadamen- te % de polegada. ‘Tesouras bem afiadas devem ser utilizadas para esse trabalho. © melhor posto para efetuar o corte se 1égo abaixo da palavra Kodacrome. Pode- se, ento, retirar o diapositivo sem qual quer esforgo e sem retorcé-lo. 2 — Remocio do verniz do diapositivo Antes de se fazer a cimentagem do diapositivo, deve-se processar 4 remogao do verniz protetor que recobre a emulsao E’ necessario também remover toda par- ticula de pé ou mesmo de gordura, o que se realiza quando o verniz é removido. Deixe o diapositivo a ser cimentado descansando sébre uma toalha com a par- te lisa ou a emulsdo virada pata cima Mothe um algodéo num dos solventes abaixo indicados e limpe suavemente 0 Jado da emulsio, algumas vezes. deixan do uma leve camada de solvente s6bre @ mesma. Rapidamente e sem muita pres- so, remova 0 excesso de solvente corm um’ pedaco de pano macio. Mesmo que uum pouco de solyente ainda permaneca sobre a emulsio, ndo ha qualquer risco porquanto todos os solventes indicados 8 impor- tante evitar de retirar o excesso de sol- vente com alguma violencia do que pert tir que com esse movimento fique pre- judicada a emulsdo do diapositivo. Como é bem possivel que alguns dos solventes ndo sejam encontrados no mer- cado, indicamos diversos tipos de acordo com suas qualidades: a) Mistura de 95% de alcool, eti- lico com 5% de alcool metilico- Esta mistura ¢ classificada como Al- cool Especial Desnaturado, Formula 3A pelo Dept. do Tesouro dos Estados Uni- dos. Nao pode ser yendida, adquiride ou transportada a nfo ser com licenca © de conformidade com as recomendagdes do Dept. do Tesouro. b) Alcool desnaturado — E’ en- contrado na maioria das far- macias. Qualquer grau de al- ta pureza. ¢) Mistura de uma colher de cha de Bicarbonato de Séda dissol- vida em um copo de agua. — Nao é muito recomendavel este solvente, a ndo ser em casos de emergéncia, porque a emul- so fica de tal forma amacia- da que se torna imprescin- divel um periodo de 8 horas de secagem, em condigoes de abso- luta protecdo contra a poeira. Para se constatar si o verniz foi ou totalmente eliminado, deve-se exa- inar o diapositivo com uma luz refletida. superficie da emulsao devera se apre- sentar Aspera; qualquer vestigio de ver- jz aparecerd’ brilhante. 3 — Secagem do diapositive limpo Si foi empregado algum dos solven- organicos, 0 diapositivo secara muito ypidamente e a cimentagem pode ser ecutada quasi em seguida. —Contudo, utilizou a solugdo aquosa de biearbona- de sédio, 0 diapositivo devera ser la- o em agua limpa e ficar secando, de- pendurado, num ambiente rigorosamente Protegido contra a poeira Usualmente, a secagem exige de seis a oito horas. 4 — Colocaeao do diapositive no vidro Coloque o diapositivo limpo e seco Obre uma toalha limpa e seca, com a su- Perficie brilhante para o lado superior. enda um pedaco da “Fita de colar Ko- "a0 longo de uma das margens do positivo, deixando que fique preso pe- metade da fita. Esta poreao da fita de- feta ser do mesmo comprimento do dia- sitive ou ligeiramente menor. Coloque a placa-de vidro gelatinado de 2x2 po- gadas (“) sdbre a toalha, estando a Parte gelatinada para cima. Para ter Certeza disso, procure raspar com um ‘bieto ponteagudo um dos cantos do vi- dro. A gelatina ficaré riscada si o lado estiver certo. “oq Podemos sugerir um método rapido e @ticiente para colocar 0 diapositivo no vi- Gro; consiste no emprégo de u’a monta- Bem (ver o item 8 — Montagem do dia- Positivo) cimentada numa folha transilu- ada de vidro, com guias presas em. aixo © num dos seus lados, ¢ contra a places. qual o diapositivo péde ser_enquadrado. Com este método, a colocacéo exata do diapositivo péde ser acompanhada visual- mente quando estiver sendo definitiva- mente colocado no vidro, Coloque a placa de vidro, com o lado gelatinado para cima; sébre ela coloque o diapositivo j4 com a fita, enquadrando-o até ficar perfeitamente concorde com as guias da montagem, quando, entdo, sera procedida a colagem da fita, bem forte- mente, 5 — Cimentagem Usando 0 polegar e 0 indicador, segu- re a placa de vidro pelos cantos opostos aqueles em que o filme esta preso. Com a outra mao, dobre o diapositivo para tras, levantando-o do vidro — a fita esta servindo de dobradica — e com uma se- ringa {aga expelir todos os residuos de peeira que porventura ainda se encon- trem s6bre o vidro ou o diapositivo. Tam- bém poderd ser empregado um pincél je pélo de marta para esse fim. Mantendo o vidro seguro pelos cantos, mergulhe s6 © filme numa solucéio de gelatina prepa- rada de acordo com as instrugdes dadas no final. Si uma pequena parte do vidro tiver de ser molhada para cobrir perfei- tamente o filme, isso nao tera importan- cia especial. Retire o filme da solucaéo e manten- do-o afastado do vidro, coloque a beira do vidro ao qual éle esta preso entre ro- Jos de um secador. O secador aqui utili- zado pode ser 0 do tipo de rolos de borra- cha. Os rolos devem ser macios e lisos, com superficie igual e devem girar livre- mente. Deve ser ajustada a pressio de tal forma que o “slide” possa atravessa- los sem dificuldade. Depois de ter cada “slide” passado, os rolos devem ser lim- pos do excesso de gelatina, por meio de um pano molhado em 4gua quente. Se ficarem residuos de gelatina sobre os co- los, sua superficie ira se tornando aspera e desigual. Usando, entéo, um movimen- to igual, comprima o filme ao vidro. Nao deixe que o filme caia s6bre 0 vidro quan- do estiver sendo pressionado pelos rolos, porque isso poderia causar a formacio de bolhas de ar entre o diapositivo e a placa de vidro A solucéio de gelatina empregada nes- sa imersdo acima citada consiste em: Agua distilada, 1% de 4gua Emulphor e 2% de gelatina Knox. A Agua Emulphor é uma solucao de 1% de Emulphor O, um agente Como expediente de titima hora podem ser empregadas as plaeas do tpo de lanterna; ias deverao, porém, ser fixadas em hypo, lavadas e secas pelo menos durante 24 horas. secante distribuido pela General Dyes- tuffs Corporation (435 Hudson Street, New York). Recomenda-se ter 4 mao um estéque de solugdo de gua de Emul- phor a 1%. Podera ser preparada dissol- vendo-se 1 grama de Emulphor em 100 ce. de agua distilada, ou 1 onca em 2 quartos. Mistura 18.°cc. de gua distila- da, 20 ce. de agua de Emulphor a 1% e 4 gramas de gelatina Knox (16 oncas de agua distilada, 1% onea de agua de Emul- phor ‘a 1% e % envelope de Gelatina Knox), aquega a mistura até quasi 100°F, mexendo sempre. A essa altura a solu- co deveré estar mpida. Deixe esfriar a temperatura ambiente antes de utilizd- Ja. Si fiear muito viscosa, aqueca-a ligei- gamente. A soluc&o deveré ser prepara- da no dia. 6 — Resfriamento e limpeza do diapositi- vo cimentado Depois de ter passado o “slide” no se- cador, mergulhe-o num recipiente con- tendo Agua fria, tendo cerca de 1 onca da solucio a 1% de Emulphor O para ¥%4 de Agua. A finalidade deste tratamento é a de fixar e endurecer a gelatina. © fato, pois, da 4gua estar fria é muito importan- te. | Mantendo o “slide” cerca de 30 se- gundos dentro da gua, retire-o em segui- da e com a ponta da unha levante um dos cantos da fita com a qual segurou o diapositivo 4 placa de vidro. Cuidadosa- mente, retire a fita, puxando-a para fora do filme no plano do vidro. Torne a mergulhar o “slide” na agua e suavemen- te esfregue ao redor € sobre o filme com os dedos para remover 0 excesso de gela- tina Deixe o “slide” secar por alguns se- gundos e examine-o a luz refletida e pro- jetada para verificar se n3o ficaram for- madas bolhas de ar ou outros defeitos de cimentagem muito destacados. Si a ci- mentagem no foi perfeita, 0 diapositivo poderA ser retirado seguindo as recomen- dacées do item 7 e re-cimentados confor- me as indicagdes ja apresentadas. Deixe 0 “slide” numa esteira para secar ¢ escor- rer. Q Emulphor colocado na 4gua faré com que o “slide” séque por igual, sem manchas. Este trabalho exige cerca de 8 horas de seeagem, & temperatura ambien- te ‘1 — Remogio dos diapositivos imperfeita- € mente cimentados Diapositivos cimentados em vidro pe- Jo processo acima descrito podem ser re- movidos, lavados, secos e recimentados. A este recurso 6 se apela em casos de emer- v 8éncia, mesmo porque s6 deve ser utiliza- \ do quando necessario, porquanto 6 muito mais dificil recimentar 0 filme satisfaté- tiamente e também porque as cores do diapositivo sofrem pequena modificacao Si o filme vai ser retirado légo apd ter sido cimentado e antes do cimento ter secado completamente, segure o “slide” com 0 lado do filme para cima, em agua quente corrente. A Agua deve ter uma temperatura que as maos possam supor- tar. Depois de ter colocado o “slide” nessa corrente de Agua por uns 30 segun- dos, descole um dos cantos da montagem. Deixe a agua penetrar pela abertura e com os dedos, suavemente, retire o diapo- sitivo, tao rapidamente quanto o permita o amolecimento da gelatina. Retire o vidro do “slide” e mantenha o diapositi- vo sob a agua quente, esfregando delica- damente o lado da emulsado com os dedos para retirar toda gelatina que ainda pos- sa ter ficado. E’ facil saber si ainda exis- te gelatina sébre a emulsio, porque ao passar o dedo havera a sensagéo de ma ciés escorregadia, cousa que a emulsio verdadeira nao apresenta. Si o “slide” cimentado j& se encontra seco, coloque-o num recipiénte com Agua quente A temperatura de 100°F., e deixe-o de mélho por 24 horas. Deixe a Agua es- friar até a temperatura ambiente. Depois de estar de mélho, o diapositivo podera ser retirado conforme as prescrigdes da- das acima. O diapositivo que tenha sido retirado de um “slide” de vidro e tenha sido com- pletamente lavado, estando livre de qual- quer residuo gelatinoso deveré ser de- pendurado, de cabeca para baixo, num lugar & prova de poeira, para que a emul- sAo, um pouco amolecida pela acio da Agua quente, ndo seja prejudicada pelo contacto com algum objeto ou possa ab- sorver poeira, antes de se ter completa- do sua secagem e estar perfeitamente con- solidada. Antes de ser recimentado, deve permanecer em secagem, & temperatura ambiente, pelo menos durante oito horas. 8 — Montagem do “slide” “Slides” secos e cimentados poderdo ser usados sem a montagem, porém isso nao € aconselhével. Ela no sO protege © diapositivo contra arranhaduras e_ su- jeira, como também o filme sera melhor protegido do calor da projecdo si for em- pregada uma do tipo metélico. ‘© melhor tipo é 0 feito com uma del- gada folha de metal como 0.010 aluminio. Poderfio ser feitas, mediante especific: co, por uma oficina aparelhada. Si nao for possivel obter com um fabricante da localidade, a Kodak poderé fornecer par- tidas de 1.000 montagens ou mais, de acordo com pedidos especiais. Para prender a montagem ao “slide”, puxe uma tira de cerca de 4 polegadas de comprimento de um rolo de fita go- mada Kodak. Nao corte a tira do rolo, deixe-a como puxou, com a parie gomada "para cima, sobre a mesa de trabalho. Co- Joque a montagem na posicao que corres- onde ao lado do filme do “slide” e fixe © vidro e a montagem pelos bordos, ao A Sessio Publica Concluidos_os preparativos para a tealizacao do I Concurso Cinematograti- co Nacional para Amadores, patrocinado pelo Foto-cine Clube Bandeirante, teve Jugar no auditério do jornal “A Gazeta”, _gentilmente cedido pela diregéo daquele vespertino, a sessio publica para selecio e julgamento dos filmes inscritos neste vitorioso certame, Reunindo a participacao dos amado- tes Adolfo A. Pinto da Silva, Paulo Mi- nervini, Henrique Hirschfeld, Acacio Ri- “beiro Vallim, Luiz G. Marcondes Nitsch, _ Arnaldo M. Florence, Manoel Morales Fi tho, D. Ivonete Yazbek Assad, Pedro Ca- bello Campos, Jean Lecog, Estanislau Szankowsky, Thomas J. Farkas e Luiz Andreatini, 0 concurso apresentou 14 fil- mes — 4 em 8 mm. e os demais em 16 mm. —, abrangendo as duas categorias gerais: filmes de argumento e documen- tarios. Pela primeira vez levado a efeito en- tre nés uma exibiefo dessa natureza, re- Intelramente @ auditérle da Aspecto parelal da numeresa assisténela que lotou “Ridlo Gareta”, centro da fita gomada. Gire o “slide” ja enquadrado, fazendo-o seguir a fita goma- da até que esta recubra os quatro lados. Nos cantos, corte pequenos pedagos trian- gulares da fita, para que cla nao seja do- brada ou montada em duas grossuras. Feito isso, dobre os bordos da fita goma- da sobre as beiradas e lados da monta- gem e do “slide”. 0 12 Concurso Cinematograiico Nacional para Amadores presentando 0 trabalho e esforeo indivi: dual de cada participante, foi excepcio- nal o interesse demonstrado pelo publico que afluiu em massa, esgotando em pou- cos minutos a lotacao do auditério e se comprimindo pelas portas laterais duran- te trés horas e 15 minutos que foi por quanto tempo se prolongou # projecdo Muitos outros, inclusive diretores do Clube, tiveram de regressar da porta de entrada, onde numeroso grupo ainda se comprimia, esperando uma chance de su- bir e encontrar um lugarzinho! Para os “bandeirantes”, constituiu motivo de imensa satisfagéo a acolhida dispensada pela seleta assisténcia que acompanhou e aplaudiu, com entusiasmo, as melhores realizagées dos amadores, au- ténticos “pioneiros”, os quai’ corajosa- mente, venceram agucla inibicdo que afastou déste primeira certame muitos destacados cinegrafistas, experimentados e inteligentes. Sentimos, por parte da- quele numeroso auditério, uma compre- ensao de tal forma elogidvel, em face da timidez e mesmo ingenuidade de alguns filmes apresentados, que nos en- tramos sinceramente agrad dos por mais essa demonstracao de cordialidade. Julgamento Entregues os trabalhos de selecéo dos filmes A Comisséo composta dos srs. Alfredo Vas- concelios, Antonio da Silva Vic- tor, Benedicto J Duarte, Carl Ortiz e Orlando Nasi e, adotai do ésta_as recomendacoes técni- cas da Divisdo de Cinema da The Photographic Society of “Amer ca, foram examinados os seguin- tes filmes, segundo a ordem de projecao: “Despejo”, de Adolfo A. Fin- to da Silva. “Noite Feliz”, de Paulo Mi- nervini. “O Roubo Atréz”, de Henri- que Hirschfeld. “5 Minutos no Rio”, de Adol- fo A. Pinto da Silva, (documen- tario) Em 16 mm. s6 documenté- rios : “Espetéculo de Sonja Henie no Madison Square Garden”, de Acacio Ribeiro Valli, (Kodachro- me). “Artifices de Amanha”, de Luiz G. Marcondes Nitsch. “Brasil x Bolivia”, de Arnal- do M, Florence e Manoel Mora- les Filho “Usina Sidertirgica de Mine- rag&io Geral do Brasil”, de D. Ivo- nete Yazbek Assad, (Kodachro- me). “Clube de Pesca de Santos — Ilha das Palmas”, de Pedro Cabello Cam- pos, (Kodachrome) . “Vamos Pescar no Itapura?”, de Pe- dro Cabello Campos. “Viagem ao Norte”, de Jean Lecoq, (Kodachrome) “Vistas da Bahia e Recife”, de Jean Lecoq. “Haras Jaberave", de Szankowsky, (Kodachrome) . Estanislau “Estudos”, de Thomas J. Farkas e Luiz Andreatini. Distribuicao. de Prémios Reunida na noite de 23, na séde do Clube, a Comissao deliberou sémente pre- miar os filmes que, pela pontuagdo total dos juizes alcangasse a média minima de 60%. Nestas condigdes, foram laureados os seguintes : “Haras Jaberave”, com 353 pontos, média final 70,6%, 1.> prémio do Clube, na categoria de documentario em 16 mm. e Taca “Wolff” pelo melhor filme colori- do. A Comissao Julgadora deliberou re- comendar um “Prémio Especial” 20 filme “Estudos”, de apreciavel nivel cinemato- gréfico e que por nao se enquadrar em nenhuma das duas categorias gerais do certame, fazia, contudo, jus 4 uma dis- tingéo dessa natureza. | Emprestando in- teiro apdio a deliberacio da Comissao, 0 sr. Orlando Nasi, representante dos jor- nais “A Gazeta” e “A Gazeta Esportiva”, determinou fosse outorgada a Taca “A Gazeta” como o “prémio especial” reco- mendado, aos autores do filme “Fstudos” EET) © Siri do 1.° Concurso Nacional de Cinema Amador em plena atividade. ea Taga “A Gazeta Esportiva”, ao sr. Pe- dro Cabello Campos, pelo filme “Vamos Pescar no Itapura?”, cuja nota final, no boletim daquele juiz. atingira 68 pontos A Livraria do Triangulo ofereceu um exemplar do livro “La Technique du Film” para ser atribuido ao filme de me- thor técnica e, nestas condicdes foi o vré- mio conquistado pelos srs. Thomas J. Far- kas e- Luiz Andreatini, realizadores do filme “Estudos”, 0 qual obteve nos itens II e IV de classificacdo 0 total de 303 pon- tos. Entrega dos Prémios No dia 11 de fevereiro, 4s 16,30 horas. na séde social serao entregues os prémios conquistados pelos amadores acima indi- cados. Agradecimento A Diretoria do Foto-cine Clube Ban- deirante deseja agradecer, vivamente, a colaboragéo emprestada por todos os amadores inscritos no I Concurso Cine- matografico, aos ilustres membros da Co- misséo Julgadora que tio prontamente atenderam ao nosso convite e, de forma especial, & ilustre direcéo dos jornais “A Gazeta” © “A Gazeta Esportiva”, pela va- liosa oferta dos troféus e cessio do audi- torio, 0 que contribuiu para maior suces- so desta realizacéo “bandeirante” Ao publico paulistano o nosso “muito obrigado” pelo apdio e estimulo que nos trouxe, recebendo com tanto entusiasmo o 1 Concurso Cinematografico Nacional para Amadores. As Fotografias do Mes “BRA ATOMICA” Roberto H. Yoshida. dpe ane atk “ELIZABETH” Fredi Kleeman “VERAO” Karuo Kawahara aay 2 — 4 “CENAS QUOTIDIANAS” German Lorea Mais um Seminario de Fotografia Conforme fora anunciado. teve lugar na noite de 19 do corrente més de janeiro mais um seminério de fotografia. As vivas e inesperadas discussdes travadas, desta vés se cingiram mais 20 contetido dos trabalhos do que as técnicas empregadas, man- tendo sempre atentos os assistentes que lotaram completamente a sala nobre da séde social. Alids, ao observador atento, nao tem passado desapercebida essa preo- cupacio dos nossos aficionados da arte fotografica, que se voltam mais para 0 es- pirito, para a idéia, ou seja 0 “eontetido” do quadro, nao se perdendo em minucias de ordem puramente técnica, demonstrando, assim, terem compreendido perfeita- mente que a técnica é simples meio e no um fim, é que, no dizer de Alejandro C. Del Conte, “ela deve ser tao perfeita que passe desapercebida”. Acreditamos mes- mo tenha sido esta orientacdo um dos fatores do grande progresso que os aficio- nados do “bandeirante” vém apresentando. Como o anterior, este semindrio foi orientado por Jacob Polacow, sendo as discus- soes anotadas por Alfio Trovato 5.2. SEMINARIO 1.9 TRABALHO RA ATOMICA” por ROBERTO YOSHIDA (pe. 11) ‘Téenica — App. Rolleiflex; filme Plus X; dois nega- tivos: 1.9, abertura 5,6 com 1%" de exposigio 2.0, com abertura 8, 1" de exposicAo, fundo preto. A fotografia dos cireulos (1.9 negativo) foi obti- da fixando a cOmura a um suporte e abrindo 0 obtu- Fedor, na cdmara escura; movimentou-se em fren- te 4 ciara, uma fonte luminosa pres a um fio, em forma do pendulo. Tempos de exposigio: 1 minuto ¢ melo. ‘A segunda fotografia — homenzinho — ioi obti- da com um benéco, Huminado por um “spot” e uma “photoflood” ‘A ampliagéo fol executada com a superposicio dos dois negativos. Papel Ilford, velvet. ORTENTADOR — Qual a idéia que norteou 0 au- tor na execuedo desse trabalho? Fol o mesmo su- geriéo por algo que tenhe visto semelhante? AUTOR — A idéia 6 propria. Impressionndo com as explosses atdmieas, pensou executar algo que sugerisse a epoca “atémica” que estamos stra~ vessando. Ydealizou entio o trabalho e passou a sua execugllo, e qual Ihe oferecen grandes dificul- dades, na parte da execugio dos circulos; varios ‘métodos oxperimentados ufo deram o resultado que queria, quando uma revista téenica, em artigo pu- lleado, Ihe ofereceu dados suficientes para a exe- cugdo do trabalho GERALDO BARROS — Indaga se o autor, a0 Adear 0 trabalho, planejou préviamente a compo- siglo, 0 arranjo dos elementos, ou 0 compoz a0 exe- cutar @ ampliagio mediante vérlas tentativas. AUTOR — © atranjo dos elementos © sua cis- posigo no quadro foram préviamente concobldos. ORIENTADOR — Colaboranco com o autor, ex- pliea que no trabalho nota-se nitidamente ter havi- do a preocupagio de harmonia e equilibrio seja ten- o em conta as massas dominantes iluminagao, etc.. GERALDO BARROS — Esta inclinado a ver um certo “academismo” na composigie, uma certa re petigéo que nota em grande numero de trabathos apresentados pelos colegas, de comporem seus qua- x08 cotmo que obedecendo uma sd regra. ORIENTADOR — Dado o habito, o bom toté- grafo observa insensivelmente as resras de composi- sho; vindo a constituir, wo contrdrlo, umu grande Preocupagiio, a fuga proposital dos principios € re- gras de composigio quando, para se obler efeltos especials, isto se torna necessérlo. B. SALVATORE — Contesta a opiniso de Geral- do nao 86 quanto 4 fotografia em exame como no mais. Quanto Aquela, denota ter havido um pla- nejamento prévio seja du composicao, seja das pro- poreées, E, evideniemenie, dentro do arranjo dos elementos planeado, outra nao poderia ser a com- posi¢io; outra nio poderla ser a colocagéo da figura humana, caso contririo nfo haveria equilibsio nem harmonia, Quanto & repetigfo de fotografias sob © mesmo Angulo, ete,, isto nio deve ser tomado co- mo que resultado da oriertaeao que o amador rece- ve ne Clube, 5” muito comum, prineipaimente nas excursdes, se detrontarem varios assoclades com o mesmo assunio © mesino que um nfo tenha visto trabalhar o outro, si a fotografia é colnida do mes- mo Angulo, € simplesmente porque aguele 6 que € 0 Angulo certo e adequada ORIENTADOR — Apoia Salvatore, “Academia” no sentido empregado por Geraido, no existe nem em pintura nem em fotografia. © artista é livre. Resta-lhe saber usar dossa Uberdade, de forma a impressionar fuyoravelmente o observador CIRO A. CARDOSO — Yoltanda a fotografia, julga nfo ter o autor renligade seu objetivo, pols nfo se sente, através dela, o horror da épaca até- mule. MARIO H. DUTRA — 0 trabatho 6 harmonioso isto nfo condiz com brutalidade, forga, capae de fradusir 0 que entendeu o colega precedente, confor- me exposte pelo autor. ORIENTADOR — De fato, 0 predominio das i nhas curvas d4 ao trabsiho certs macler, nfio tra- @uzindo brutalidade; nem opressao. As linhas cur~ vas se prestam para representagio de ritmo, ¢e he- lean, sensualldade mesmo SS “MARGINAL” Geroldy Barros A. SOUZA LIMA — A prépria figura ¢ exaltati- ya e nfo dé, em absoluto, a idéia de estar tomada de pavor, Isto, porém, na sua opiniio, em nada afeta o valor do trabalho © cré mesmo, que dando o titulo de “tra atémica”, o autor, muito embora se tenha referido 4 bomba atémiea como inspiradora de seu trabalho, nfo quiz prdpriamente simboliza-la com tOdas as suas consequéncias horrorosas, mas, simbolizar de preferéncia o descobrimento da energia atémica que nfo significa stmente destruicfo, mas ‘também progresso. ORIENTADOR — De fato, considerando-se 0 tf- tufo, 0 trabalho nao foge ao seu objetivo, muito em- bora a realizacéo néo esteja plenamente de acordo com a idéia infelal do autor, desde que tinha em mente, simbolizar a forea destruidora F. PALMERIO — Si o autor tivesse empregado ums figura humana ao envez ¢e um boneco, com- pletaria menor a iaéta. E, SALVATORE — Nao julga isso necessirlo ‘Trata-se de um trabalho simbélico, ¢ como tal, © ‘emprégo de um boneco, aliis muito bem escolhido, slnbollza melhor 0 homem-maquins, 0 “robot” a que 0 homem moderno esté sendo pouco a pouco re- dunide ORIENTADOR — Finaliza os debates, salientando fas qualldades do trabalho e eumprimentando 0 au- TEM TOPS tor que vém se revelando um dos de mals fértil tma- sinacho @, sem duvida, o melhor aficlonado do “table-top”. 2.0 TRABALHO “MARGINAL , (ARGINAL” por GERALDO DE BARROS ‘Técnica — App, Rolleiflex — Filme Plux X — 5 mi- nutos de exposigio — filtro vermelho, Diafrag ma feito com cartio perfurado com alfinete, se- trabalho que Zl Amplisefio em gundo técnica ja adotada em evrau no semindrlo anterior. Rrovirs AUTOR — Ele préprio posou para a fotograsia, abrinéo 0 obturador © Indo postar-se diante da ma quina; para dar {déia de movimento — tamborilar dos dedos sébre a janela — movimenton-os cada cinco segundos. RB, SALVATORE — Nio vé relacho entre o tf tulo € 0 que a fotografia sugere; péde uma expli cagao da intencao do autor. AUTOR — Entende-se por marginal, ume pes soa que se encqntra mais ou menos a margem da vida, indeolza mesmo sobre a atitude a tomar. Foi ‘0 que quiz sugerir com @ fotografia em estudo E, SALVATORE — Mesmo com a explicagio do autor, ndo encontra correlagio entre » sua idéia c f& execugio, pois 0 quadro sugere mais uma pessoa que desgla entrar ou mesmo, de féra, chamar a atengho de alguém dentro da casa. M. H, DUTRA — A fotografia € mats subjeti- ya do que objetiva. Nosses casos o titulo deve com- pletar @ mensagem artistica, , SALVATORE — Lembra a importancia do ti- tule, 8 veses, tho importante como a prépria foto erafia, Multos julgam o titulo cousa supérfiua mesmo desnecessizia, ¢ a malorla dos aficionados ndo the dio mesmo maior importincia. Mas ¢ inegivel que polo titulo pode-se melhor apreender da verdadeira intencfo do artista © si multas vezes Clante da clareza da mensagem, o titulo pode ser Aispensado, outras veres torna-se absolutamente ne- cessirio um titulo adequado — cousa que nfo é fA cll — para completar ou elucidar o pensamenta do artista, A. SOUZA LIMA — Apoia Salvatore e em abo- no de sua tése, exemplifica com a fotografia em estudo, a qual sendo subjetiva, o titulo que the foi dado, @ seu vér mal empregado, deturps mesmo 0 que € sugerido pela fotografia, Nao vé relacto entre o titulo “marginal, marginal” e 0 contetido do quadro. ORTENTADOR — Faz comentérlos s0bi vidade © subjetividade de uma obra de arte. objeti- ‘Trava-se animada élsonssfo da qual participa. principstmente os srs, Polacow, Souze Lima e Hoep- ner Dutra, sObre ésses problemas artisticos, 4 quel Salvatore pée termo, voltando a anallzar a fotogra- fia, ¢ fazendo consideragSes sdbre 0 intertsse da jdéis de movimento dos dedos guida na mesma (tamborilar) conse~ ORIENTADOR — De fato este ¢ um grande mé- rito da fotografia, salientando que a fotografia tem recursos que Iho permitem, dentro da arte estitica, fraduzir o movimento com bastante propriedade. ANGELO NUTI — Critica as qualidades “foto- graticas” do trabalho, julgando-o de técnica defi- eiente. E, SALVATORE — No caso em aprégo, nao con- sidera @ riqueza téenlca, de importéneia, pois aci- ma déle prevalece o téma, bastante forte, fazendo ‘com que 0 observader nao atente para as deficién- ‘cias téonicas. Allfs no caso em aprégo, julga a difusdo muito bem empregada, assim como a propria fonalidede para acentuar 2 atmosféra de mistérlo ‘que o quadro sugere. A forga esta no concepgio ¢ Sado na técnica. ORIENTADOR — De fito, a {déla prevalece so- bre a téonica. Palta realmente fotografia, um pouco mais de qualidade; ha no entanto equilibrio entre 05 elementos estéticns ¢ anentéticos, elementos ‘estes que podem fazer uma obra de arte apreciada, em um lugar e época, © pouco apreciada em outros melos ou grupos socinis. Aqui, p. exemplo, os ele- Mentos (chapéu desebado) tem um significado es- pecial para nés nossa épova. © trabalho & bom, ‘Obedeceu a uma concepeio prévia, realizada com folicldade. ee 4 \ : a “JANELA VECHADA” Sergio Trevelin 8.0 TRABALHO “JANELA FECHADA” por SERGIO TREVELIN ‘Téenien — App. Spood Graphic ox? — Pilmpack Plux X — F-8, 1/25 seg. — filtro vermelho — Re- velagéo em DK 20 — Ampliagéo em Brovira; revelador D-55. AUTOR — Quit, sugerir um ambiente pobre, através de um simples detathe, como uma Jancla, procurando um Angulo adequado e¢ um jégo de lu- zes também adequado A. SOUZA LIMA — Acredita que o autor nfo conseguft realizar plenamente sua intengio pois & janele fotografada néo df a impressdo de casa po- bre, coneorrendo por outro lado as altas luses, para desambienté-la ainda mais, No deixa de ser, toda~ via, uma boa fotografia, embora nao preenchendo completamente a intencao confessada pelo autor. E, SALVATORE — Discorda um pouco do colega precedente, A fotografia consegue em grande parte © seu objetivo, traduzindo mo simples detahe de uma janela, um ambiente Incontestavelmente pobre, sl bem gue néo paupérrimo, como muitos deseja~ iam. ORIENTADOR — Quer the parecer que nesta fotografia houye uma hipertrofia da forma em de- trimento do contetido. © go de linhas geométri- cas conseguiu um equilfbrio pléstico muito formal. M. MORALES — Faltam elementos tals como, P. exemplo, vidros quebrados, telas de aranha, tra- vessas carcomidns, ete., para dar melhor idéia de pobreza E, SALVATORE — No vé porque se deva sem~ pre Jogar com elementos como esses ou outros seme- Thantes, elementos de muito facil eompreensio para qualquer observador. A fotografia poder ser mais subtil © prescindir desses detalhes (vidro quebrado, etc.), Nem por isso deixara de atingir seu objetivo. E’ I6gieo que dependerd também muito da acuidade do observador compreendé-la ou Mus isto 6 uma condigéo mesmo das artes. Multas e muitas veres, 0 artista 86 6 compreendido por uma elite e nnisto reside mesmo um dos valores altos do artista. A. 8, VICTOR — Observa que, na sua opiniio, a perfeigho da forma supera a Idéla, ‘Temos aqui 0 aso oposto do trabalho anterior: a técnica sobre- pujando © tema ORIENTADOR. — Concorda com a observacio; 0 trabalho 6 rico em superficle sendo, porém, mais pobre em profundidade. A seu vér o valor da fo- tografia reside 1s elementos plasttcos G. MALFATTI — Julga que, mais do que po- breza, o trabalho traduz uma época passada; e nis to, est plenamente realizado seja em superficie ou contetido. Sente-se através dele 0 séoulo passado, sendo completamente indiferente a idéia de pobre~ aa, O/ trabalho traduz uma época ORIENTADOR — Finaliza, os debates, do as ‘qualidades téenicas do trabalho, dp mesmo, pelo rendimento obtide. acentuan- ponto alto Suny 4.0 TRABALHO “BALLET” por JULIO AGOSTINELT (capa) Técnica — App. Speed Graphic 6x9 — filme Plux X — P:8 — 1/28 de seg. com sineroflash 1/10.000 — reyelado em DK 20 — Ampliagao em Indiato- ne — Revelagao em D-65, AUTOR — De ha muito vinha querendo fazer uma fotografia de ballet, diferente, porém, do que comumente € apresentado: corpo inteiro, poses clis- sicas do bailado, etc.. Procurou assim jogar com um primeiro plano forte fazendo moldura para a cena em segundo plano. E, SALVATORE — Quando participou do julga- mento do coneurso no qual fol o trabalho apresen- tado, manifestou a impressio de que a fotografia The parecla préviamente composta, com a colocagho das figuras estudada antecipadamente, caso em que Ihe parecia que a composicao poderia ser melhora- da com o escalonamento dag ballarinas do plano so- cundirlo em profundidade, Indaguva agora do au- tor se esta impressao era exata, ou s® a fotografia foi obtida durante um ensaio, nfo podendo o autor cispér dos figuras 4 sua vontede. AUTOR — A fotografia fol obtida durante um ensaio, nfo sendo préviamente estudsda e arranjada @ composigic. Procurou porém evitar os Ingares comuns to temidos em fotografias deste género @ fazer cousa algo original, Dal ter procurado um Angulo baixo, e com uma figura présima que j& sabia, deveria tomar aquela atitude durante o baila do, formar um primeiro plano bastante forte. ORIENTADOR — Considera o elemento primer- dial da fotografia o primeiro plano, as pernus da bailarina formando moldura muito interessante © de efeito agradavel. Nota também a ligacdo existen- te entre os pés da primeira bailarina © as pernas das demais, unindo-se num ponto de equiiforio. Enearece a riqueza de tonalidades do trabalho, valorizando gran- demente a apresentacho A. SOUZA LIMA — Considera o tra. batho bastante expressivo, sendo de no- tar-se também a capacidade de sintese do mesmo ¢ outros atributos como pose plisifea, rftmo, sensuatidade, elegdncia, Jogados com muita propriedade, fazendo com que a fotografia exprima o ballet com beleza e arrojo. M. H. DUTRA — © colega preceden- te falou em sensualidade, e realmente Parece-Ihe um sensualismo a colocacéo da figura, principal, com @ qual o autor, mais do que o movimento do ballet, quiz acentuar as formas do corpo da bailarina, ORIENTADOR — Um caso de “fro!- aismo” talvez... Realga todavia que o autor, sem conhecer ballet, como ele afir= ma, conseguiu gragas uo seu senso o5- tético um bélo e expressive trabalho, —18 — “DESESPERO” 5.0 TRABALHO “DESESPERO” por ANTONIO 8. VICTOR ‘Técnica — App. Super-Tkonta 6x6 — filme Plus x filtro verde-amarelo — P:8, 1/100 — Revelagio ¢ ampliagio em casa comercial, AUTOR — A idéla bistea do trabatno sursin por oeasifo de uma conversa, durante a excursio fa Itanhaem, sobre um filme que havia assistido centemente; divisando na praia um treneo seme. Thante ao visto naquele ‘filme, pediu a (0 Geraido) que pozasse, resultando a fotografia que ai esta. A idéia ¢ tradusir 0 desepero de uma pe soa Ji exgotada © que, quasi sem energie, se ag desesperedamente ao ultimo elemento de salvacto, Visava portanto, obter uma fotografia dramética E, SALVATORE — Recorda 0 que teve ocasido Ge dizer por ocastio do julgamento dessa fotogratia, no iiltimo coneurso interno. De fato a coxcepyio ¢ lima, bastante felis; sua realizagio, entretanto, p, cou por um pequeno detathe, qual seja 0 vestuszio, limpido ¢ imaculado, do figurante, ocasionando um ponte de distérbiv, um artifioialismo que multo pre- Judiea 0 efeito final do quadza ORIENTADOR — Concorda com Salvatore: sente se, com efeito, algum ariificlatiama na fotograsta originado, certamente, do detathe apentado por S: vatore e que impressiona mesmo pela diferenca cc tonalidade, demastadamente clare. Cré que autor tivesse eproveitnde apenas az mfos, di melhor @ idéia do Ultimo e desesperado esforco selvaclo que quiz traduair com seu trabalho. GERALDO BARROS — sugere que, com prote- io adequeda quando da ampliagéo, esourecendo 0 ponto de perturbagio que fol apontado pelos cole gas precedentes, talves se consiga obter o resultado Aesesaco. Conelue na pagina 20 Antonio 8. Victor A Excursdo 4 “Estancia ‘Na verdade, parecia que os fados cons- Dpiravam contra a primeira excursio du ‘sérle programada para o corrente ano de 4950, marcada para 22 do corrente, para f@ qual havia sido escolhida a acolhedora @gstancia dos Reis", na visinha cidade ide Mozy das Cruzes. Desde ha 15 dias antes, Wis “afogado” num dilivio... (chovia sem cessar, Ora a cantaros, aquela chuvinha fina e penetrante tio nossa conhecida, mas chovia sempre. Nos ‘iss mais prdximos, enti, nem & bom falar. Os “bandeirantes”, narlzes espetados ‘no céu, olhos ansiosos tentando stravessar @ perada camada de nuvens, procuravam “yislumbrar o que on barémetros teimosa~ 8. Paulo vi- Chavia, Gente se recusavam em mostrar. Nin- “guém pensava, porém, em desertar. Ainda ‘na véspera, sibado f tarde, quando se 16g0 depois Vislumbrou ligetra melhoria, 48 de confianga e... teimosia! — "Como ¢? Vae haver excursio? —Naturalmente. Porque? Vocé nfio vai? " canivete. | Mas, © santo da turma ¢ mesmo forte. Tai feduras, ndo havia mesmo santo que resistisse. dou espalhando cinzas de spo... Trovato, ‘parglu sangue de urubi cientificamente plasma @urante irés dias a flo... Da. Maria Cecilia us "tou duas duzias de claras de ovo ao relento... Sabe-se 1i 0 que mais! | enchendo a naturera e 0s coragSes bandetrantes © Scotti, Palmérlo, Nelson, Morales e/a Srta. J Palpitaram que ali, depois daquele “agsinto” pri Saldo e... toca a subir. dos Reis” (Mogy das anulada ‘por outra chuvarada irritante, o ambiente, na séde — Quem disse; ld estarei firme, nem que chova “bém pudéra,., com tantas mandingas, rezas e pen- Barbara, 4 meta-nolte em ponto de sexta feira, an- © fito & que domingo, cedinho, o 361 brilhou Um grupo dos exoursionistas posa para o Boletim alegria e esperancas,, H 4 hors maroada, 14 esta- vam todos: Palmério, Albuquerque, Salvatore, Otsu~ xa, Lorca, Washington, Trevelin, Nelson, Scotti, etc., ete.. © Morales assumiu o seu posto € 0 nosso conhe- eldo onibus rodou, engulindo vorazmente os quil6- metros, La atras, no witime banco, 0 “bloco das pladas” sacolejava alegremente. © Cyro, contra~ rlamente ao habitual, muito sizudo e calado, expri- mido entre 0 Trovato e o Fiore. © Yalenti, mais 4 frente, explicando @ Barba- ra © ao Euelldes como consegulu um novo filtro, melhor que o “polaroide”, com a sobra de um vi- aro azulado, desses usados mes janeles dos novo- onibus CMTC.. — “O diabo — dizia éle — ¢ que © vidro & muito grosso e a sua Super-Tkonta niio aguentava o peso” assim, 0 “especial” chegou rapidamente = Mogy. Um catézinho, e... logo mals a Es- ‘timeis, onde o Sr. Carlos nos esperava, amé- vel e prestimoso. Nem bem haviamos deseido, um buzinar insistente anuncia a chegada, nos respecti- ‘vos “possantes”, das simpiitleas ¢ risonhas f1- guras das famflias Yoshida e Orlando de Frelias. ‘Surgem os sparethos e a turma se espalha ‘em busca de assunto. © TA é logo surpreen- ido, objetiva voltada para o alto de frondosa, Grvore: clic... clic... clic... — U6, FA, que é que voce viu af? A es- 0, a3 de B ele, encabulad su estava 86 experimentando a méquing,..” ‘A Barbara, enti, ajudada depots pi Judith, passou a perseguir, ou melhor, a ser persegulda por uns carneiros... “Uff — que sust~” — contava ela depots ofegante. © Euclides “descobriu”, depots da- judith, quele morro, uma palzagem “maravilho~ tinka sa” estava todo entusiasmado. E assim por dlante, até que, chegou a ony 2s “nora nagradu”. E enquante corria © aporitivo, os imninhos 40 Palmérle ¢ do Salvatore, flzeram-se ou- ‘vir ao piano, e até o Presidente ensalou uns"boogle- woogie”, Jembrando os velhos tempos de academia... © almoco decorreu alegre como sempre, tinal!- nando com 0 clissimo batismo dos estreantes: 0 ca~ sal Washington, 2 Barbara ¢ a Judith... celebrado “qquésamente” pelo Palmério, Depols de um bréve descanco, quando o pessoal se preparava pare voltar 4 lide, @ trovdo roncou a0 Jonge © 16go despencon a tempestade, violenta. A turma nfo se deu por achada. © Agostineli mos- trou entfo como ¢ previdente: puxou pela bolsa € © seu “Flash” entrou em fungao, substituindo o astro rele deixando os outros com uma invejn, lou- ea. Assuntos para o proximo concurso interno sob © téma “Diss de chuva” nfo faltaram e 0 Morales @ Otsuka, nao tiveram diivida: debalxo de chuva mesmo, foram buscar aquela arvore séea com a qual havlam “enfezado”.... © Albuquerque bancou o traperista, para buscar uns Angulos "batatas", Pé- cas d'dgua, refléxos, tudo explorado © assim decor reu a tarde, até que, como o tempo nfo melhorasse mesmo, fol ordenado 0 regresso. Chegades em S, Paulo novamente, pés enlamea- dos © multas esperangas “enroladas" nos carretéis, © pér de sol deve ter dolxado muita gente com raiva.., Porque néo fic&mos 16 mais um poueo? CALENDARIO DAS ATIVIDADES SOCIAIS DE FEVEREIRO Estaréo assim distribuldas, no decorrer do més de Fevereiro, as. atividades dos diversos departa- mentos de Clube: Dia 9, quinta-felra, As 20,80 horas, projecio do filme “O CORCUNDA DE NOTRE DAME” — Dire- ‘co de William Dieterle — Filme da R.K.O, — Char les Laughton ¢ Maureen O'Hara. Dia 11, sébado, As 16,80 horas, entrega dos pré- mios do 1.° Concurso de Cinema Amador, no salao nobre da séde soolal. Dia 18, segunda-felra, is 20,30 horas — SEMI- NARIO DE CINEMA AMADOR — Anilise eritioa dos filmes “Estudos”, de T. J. Farkas e Luiz Andrea. tint e “Artiflees de Amanha”, de Luiz G. Marcon~ des Nitseh, & eargo dos srs. Benedicto J. Duarte © Carlos Ortiz, respectivamente, Havers debat Dia 16, quinta-felra, WARIO DE FOTOGRAFIA, As 20,80 horas — SEMI- Dia 20, segunda-felra — Encerramento das ins erigées ao 2.° Concurso Interno — més de Feverel- ro — TEMA: “FLORES”. For autor: 4 trabalhos. Dia 23, quinta-feira, as 20,80 horas — projecio do filme “O BEIJO DA TRAICAO” — Direcéo de Richard Wallace — R.K.0, — John Garfield. Dia 21, sesunda-feira, as 20,80 horas, Julgamen- to do concurso interno de Fovereiro — Tema: FLO- RES. a © Albuquerque ¢ 0 Washington, © volho tronco. eneantam-se com 5.9 SEMINARIO (Conelusio) F. ALBUQUERQUE — Julga que o autor mio conseguit reallear sua finalidade, apesar dos «1 mentos que teve em maos, Pensa que o sssunto Geveria ser tratado de outra forma, Como se apre- senta, falta-lhe dramaticidade. E, SALVATORE — Reafirma seu ponto de vista de que apenas a nfo observincla do deialhe spon- tado prejudica o trabalho, dando-Ihe certo artifi Uamo, No mals, julga o trabalho perfeltamente rei- izado, inclusive quanto 4 técnica empregada, € 90 arranjo dos elementos — a composigio. ORIENTADOR — © poder expressivo do trabe~ tho, detxou com efeito algo a desojar, Sentem-se realmente, deficlencias e as criticas que vem sofren- do sfio muitas, porque o trabalho, tem um propé- sito muito alto, enquento a reallzaglo ficou, por assim dizer, “no melo do caminho", Nao delxs, porém, de acentuar, a Idéla, 3 concepgio bastante fellz, Sugere ao autor repetir o trabatho na primel- xa oportunidade, prestando atengdo aos sendes spon~ tados, que dis vezes, aparentemente sem tmportanc's, deftam por terra os trabalhos de propésitos tio ele vados como 0 que vem de ser examinado. 12 Exposicio Mundial de Arte Fotografica Em aditamento As noticias estampadas em nossos Sgimeros anterlores, temos a satisfacio de registrar @ realisagGo dessa méstra do arte, inaugurada so- TYenemente a 7 de Janeito, cotrente no auditério do iinistério da Educago, no Rio de Janeiro © en- errada 2 19, Flguraram nessa Exposicio, cerca ‘de 875 trabathos, représentando 35 nag6es, reaultan- te de uma rigorosa selegéo. Néo 6, pois, de ex- Granhar o enorme éxito alcancado por essa Exposi- 4440. Os trabalhos admitidos foram classificados de facdrdo com os seus méritos artisticos, computando- [se as respectivas pontuagées para efeito de um con- jgurso entre paises © entre entidades fotograticas, “tendo © Brasil alcancado o primelro lugar, confor~ me pode cer aqullatado pelo quaéro de resultados finals que passamos 8 transcrever Campeonato dos Paises | Pontos em Grupo Total Ieee Teame Pa of rte ;r|z ee sav Fontes pra | 39 — Brasit st | o52 | 447 | 1001 Be otimanna aot | ep | a62 | 1617 rer co | | a0 | 1335 Be spans moja fe 50 Hunecia | 1259} — | ost cic fisty abe (Sesh (nn |e fhe— tenecs-esora| | | ee Lin olen} enn > 8° — Italia ne = a 204 "8.0 — Incia 283 )=| Dano — Portugal. =} =] eo} a6 Lees Campeonnto don Clabes 2° — Agrupacion Fotorratica Cataluns, Barcclons, Rspanha...... 807 pontos "2° —svaz Ceskoslovenkyeh Klubu Fo- ects jmaeghas erat sr ‘2° — Magyar Amator Muvésafényképezdk . Orseigos Subvetsége, Budapest © — Sezession Mlnchener, Lichtbildner, a Minchen, Alemanha............... 910” Foto- ine Clube de Campinas © tempo vent demonstrando quao fundadas eram, BS esporangas que deyositavamos no éxito dessa Enti- ATIVIDADES FOTOGRAFICAS NO PAis dade, recentemente fundada. Realmente, os cam- pinelros vém-se aplicando com louvivel tenacidade fem seus mistéres clubisticos do que nos déo uma Prova concréta com @ inauguragio de sun séde so- 1, marcada para 26 de janeiro, corrente. Numa demonstracio de marcante vitalidade, nessa mesma data, fargo a Inauguragio da Primetra Exposigho Interna, com trabalhos fotogrAficos de seus associa~ dos. © exemplo que estéo nos dando os campinei- ros deverd servir de estimulo aos companhelros fo- tégrafos amadores de outras localiéades do nosso interior para que nao se deixem levar de vencida pelas dificuldades que usualmente surgem nos em- Preendimentos dessa natureze. Ao Foto Clube de Campinas, pois, a nossa revista apresenta seus ca- loroses cumprimentos e votos de prosperidade na {ase de atividades que id inaugurur om sua néva séde Exposigao de Fotografias em Amparo Hm meados do corrente més, foi maugurada nes- 9 culta localidade da Mogiana, uma exposicfo indl- vidual de fotografias, Trata-se do adiantado tot6- grafo amparense, Sr. Ariovaldo B. Camargo que est expondo aproximadamente t inta trabalhos de sua autorla, compreendendo retratos, palsagens ¢ c=mposigoes. I Salao de Fotografias de Botucati De acdrdo com noticias que vem de nos ehegar, © Centro Cultural de Botucata esté empenhado na reallsagiio do IT Salo de Fotografias, 0 qual espera inaugurar ainda neste semestre. Os interessados nesse certame deverfo se dirisir 4 entidade cima, tim de obterem os esclarecimentos necessérios, @ camara uni- versal da mais alta precisdo. KLEINER & CIA.-Rio Re ed * Aperteigde-se na arte fotogratica, participando dos concursos internos do Clube *« — 21 — O BANDEIRAN'TE NO EXTERIOR Continuam chegande os resultados dos varies sa- Wes internacionais de 1949, a que concorreu o Clu- be com trubalhos de seus associados, Para co- nhecimento dos interessados, publicamos mais 0s sexuinte: II Exposigao de Retratos de Bologna, Italia Admitidos: “Fuge” ¢ elsco Albuquerque: ma; “Ultimo retoque F, Florence; Beldade rustica” de Fran- “Rstudo TI" de Aldo Sousa Li- @ “Lobo do mar” de Arnaldo “Senhor ¥" de Masatoki Otsuka; “Me- itagio" de Manoel Morales F.0; “Madame Caldei- ra” e “Chico Piza" ce Jacob Polacow; “Concerto familiar” e “Pensstivo” de Eduardo Salvatore; “Ca- boclo velho” de Roberto Yoshida; e de Moncir Moreira, — Cumpre notar ser este mais um resultado ex- pressivo que contribuiu para colocar o Brasil em se~ gundo lugar —o primeiro fol obtido pela Italia nesta importante exposicao especializada, da qual parlieiparam 26 paises, com um total de 1.885 tra- palhos inscritos dos quais foram aceitos apenas 2571 © bélo catilogo do certame reproduz os tra~ balhos “Fuga”, “Concorto familiar" e “Caboclo ve-~ tho”, respectivamente de Albuquerque, Salvatore e Yoshida. IX Salio de Salta, Argentina Admitidos: “Ipé da estrada” e “Luzes da Ma- nh&” de J. Agostinelll; “Ela e os planos” e “Perfil” "90. anos de ¥, Albuquerque; “Sombras” © “Redes em des- cango” de G. Calliera; “Ponto de obserracao” de A. Martins Castro; “Movimento” de A. Corvellini; “Paisagem tropical” de C. Comelli; “Sombras em perspectiva” de TT. J. Farkas; “Campo Santo” de A. Florence; “Natureza morta” e “Sorenidade" de G. Gasparian; “Sesta” de C. ¥. Latorre; “mm re- pouso” de H, Laurent; “Casas velhas” de G. Lorca; “Ao cair da tarde” © “Manh& de Inverno” de P. §. Mendes; “Tarde ensolarada” de M, Morales 7.9; “Varredor do parque” de L, Mungioll; “Volta da pescaria” © “Velha proa” de A. F. Nutl; “Limpeza” de M. Otsuka; “Berenata” de J. Polacow; “Pateo Andaluz” de C. Pugliese; “Cristais” e@ “Borrasca” de N. S. Rodrigues: “Quando a cidade dorme” ¢ “Composigio" de E, Salvatore; maré" de L, Vaecarl; to” de R. Yoshida. “Bstuarlo” ¢ “Modelo” ¢ “Batxa “Vento inais: 1 CONVENCAO BRASILEIRA DE ARTE FOTOGRAFICA Conta 0 nosso pais, presentemente, com uma es. pléndida rede de clubes ¢ associagées fotogriticas que tem influido decisivamente no rapido ineremento que a Arte da Cimara vem experimentande entre nos ‘Mas a despeito dese surto fotegrifice a que vimos assistindo nestes dltimos anos, nao ha negar que uma unifieacho de pontos de vista e do “modus operandi” das inumeras entidades fotogrificas re. presentaria incomensuravel passo 4 frente. Por esse motive a Diretoria do Foto-cine Clube Bandeirante esta vivamente empenhads em realisar, ainda no corrente ano e na Capital de Sao Paulo, a 1.2 CON- YENCAO BRASILEIRA DE ARTE FOTOGRAFICA, Desnecessirio seria encarecer 0 alcance da ini- ciativa, consregando num certame dos mais provei- tésos, todos aqueles que vém propuguando pelo aper- feigoamento da Arte Fotogrifica no Brasil. Podemos adiantar que © programa vem sendo estudado minuclésamente pelos dirctores do Bundel- rante, devendo ser tratados, nesse certame, questoes de palpitante Interesse, como: extruturacio de enti- dades fotografieas, atividades clubisticas ¢ relagdes inter-clubes; problemas téenicos estéticox da Arie Fotogrifiea: estudo para a fundagio da Federacio Brasileira de Arte Fotogrifica; métodos © procéssos para a realisagdo de Saloes Regionals, Nacionais ¢ Internacionals do Arte Fotografie; métodos de jul gamentos em coneursos fotogrifices, ete.. Nio faltarso, por certo, uma excursio aos re- cantos mais pitorescos das cereanias de Sio Paulo © um banquete de confraternisagie para os parli- clpantes do conclave. ‘Todas as entidades fotogrifieas do pais, come aficionados pertencentes aos quadros so- ciais das mesmas, poderao participar do certame © nesse sentide a Diretoria do F. C, Bandelrante s0- Hicita a colaboragio dos interessades, enviando estes para que a Convengio se revista do maior proveito e brithantismo possiveis. bem CONCURSOS INTERNOS Os Concursos de 1950 2 Contorme foi 3 anunciado, para os concursos do A Classificacao geral de 1949 corrente ano fol reduzido para 4 0 numero de to- Computado que fol o resultado do concurso de tografins que eada concorrente poder inscrever, Jerembro p.p., com o qual fol encerrada a série de injciando-se a sérle com 0 concurso deste més de meursos internos de 1949, pelo Diretor Fotogréfi- janeiro, sob téma livre. Como de costume, us ins- foi levantada a classificagio geral dos concorren- rigbes serio encerradas no din 20 de cada més, com ‘ais varias categorins em que se subdividem, © tolerfnela de 48 horas para entrega dos trabalhos. liltima reuniao a Diretoria proclamou vencedo- R’ 9 seguinte 0 CALENDARIO para os préximos ‘0s conséclos abaixo relacionados, cujos resulta- meses : es es on noeuintes:: MESES FOTOGRAFIA DIAPOSITIVOS: ‘Teabaltes Pas. em cores sors : Ins, Adm, MAH, Janeiro = TEMA LIVRE 1,0 Tema Livre Jo- Francisco Albuquerque 34 18 2 220 Fevereiro FLORES (composicoes 0 - Roberto H. Yoshida m8 gy am dite, Sabiest) sea! Beomapar Gasparian 200 8 1 100 marge ‘TEMA LIVRE 2.0 Tema Livre ae: Abril INDUSTRIAS (cénas, 1.0 - Masato! Otsuka 44 10 13360 TE ee ake = Jacob Polacow ate 38 ohg a0) rap te) Soe © - Julio Agostinebi 2 3 5 130 Malo TEMA LIVRE 3.0 Tema Livre sani DIAS DE CHUVA a “sted Julho TEMA LIVRE 4.0 Tema Livre © Sergio Trevelin 4 15 18 510 ‘Ae osto PATSAGENS: es es Tore 43 19 15 400° Setembro © TEMA LIVRE 5.0 Tema Livre ee See eee N&o haverfs coneursos em virtude da Nos termos do regulamento de concursos inter- Outubro} realizagio do IX SALKO INTERNACIO- foram promovidos da classe de novissimos para Novembre | NAL DE ARTE FOTOGRAFICA DE 8. de juniors, os consocios Sergio Trevelin « German PAULO. eiea. Aos vencedores, 0 Boletim consigna as con- Dezembro “UMA CHICARA DE 6.9 Tema Livre itulagdes de todos os colégas. CAFE" “Composicio” ALENDARIO DE SALOES INTERNACIONAIS DE 1950 Polo Diretor de Intercémblo, foi organizado o com idénticas representagbes no Salio Internacional lendarfo abaixo de saldes internacionais a se reali. de S80 Paulo. gm durante o ano Ge 1950 no estrangeiro, e acs Foram considerados apenas os saldes que se © Clube concorrerdé em representagées cole- reallzam Impreterivelmente, todos os anos, 0 que nfo 18 de seus assoctados. impediré de a relagho serem acrescent~ = poste~ Nessa relagéo foram ineluldos, de preferéneia, riormente, outros saises e certames promovides por slées promovidos por entidades congeneres que assoclagGes amigas ou que venham a intelar relagbes antém interciimbio com o Fe, C. B., concorrendo com 0 nosso Clube. SALOES cmcurros 40 Salo Int, de Montreal (Canadé) Vancouver, Vitéria, ete. oo * Barcelona (Bspanha) San Sebastian, Zarago- 5 de Fevereiro za e pry. Madrid ©" * ™ tondres (Inglaterra) Southgate © Combined 5 de Margo ‘Societies oo ” » adelaide (Austrélta) Sidney, Melbourne ¢ | 30 de Abril ‘Nova Zelandia >» paris cPranga) Holanda, Luxemburgo ‘¢ Chee-slovaquia 12 de Maio (provaveis) da Dinamarca Suéclae Noruega 19 de Mato (provavels) de ‘Tres Arroyos (Argentina) 28 de Mato "Ba, Ils (Antuerpia) Gand, Charlerot ¢ ou- ros de Belgica 4 de Junho do F.C. Buenos Alres (Argentina) 30 de Junho a Chicago H. 0c. (Chicago) ‘outros saldes dos BE. UU. 16 de Jutho 40 » ae Retratos, Bolonha (Italia) 28 de Julho ” do Chile (Santiago) @ de Agosto ” F.C. Argentino (Buenos Aires - (Argentina) » » ™ Soproni F. K. 29 de Agosto Outros salées de ungria e Austria (Hungria) 11 de Setembro 7.2 Concurso Esportive do C. A. Provincial de Ro- sario (Argentina) 24 de Setembro = 23 — * eid * AY RIO BRaNe 181, 5* eae EDCINEAC Thala NON #TELA2-Sil1* RIO & Wenicio GUARDE BEM ESTE NOME: FILMES «+ PAPEIS + DROGAS @ Onde quer que seja — em terra, no mar, no ar... em interiores ou ao ar livre... onde quer que a luz e a sombra tecam suas admiraveis combinacées... onde houver uma cena que valha a pena fotografar — h4 sempre uma oportunidade para fotografias melhores, com material “Defender”. Um filme para cada motivo, um papel para interpretar tédas as quali- dades contidas no negativo, drogas para revelar os seus mais belos e menores detalhes... na completa linha de produtos “Defender” — em sua caracteristica embalagem azul e amarela. E. 1. BDU PONT DE NEMOURS & COMPANY INC. representada no Brasil pela INDUSTRIAS QUIMICAS BRASILEIRAS “DUPERIAL” S. A. MATRIZ: SAO PAULO, RUA XAVIER DE TOLEDO, 14, 8° ANDAR FILIAIS: PERNAMBUCO, BAHIA, RIO DE JANEIRO E PORTO ALEGRE y, SZ uv py NOS CEUS DO MUNDO “PANAIR DO BRASIL” adotou em suas aeronaves “BANDELRANTES” para as yotas europeias e americanas tatheres e baix: FRACALANZA. Tul preferéneia, baseada na matéria prima empregada, na clegancia dos artigos e no rigor do seu fino acaba- mento, representa uma vi- téria para a indastria bra- sileira, isto 6, para a prata de casa. O “made in Brazil”, gravado ao pé da gloriosa marca FRACALANZA, percorse os céus do mundo levando por toda parte o nome do Brasil e a afirmacao de quea indastria nacional, em elguns parti- culares, j4 pode emparelhar com as mais antigas dos va- rios continentes. FRACALANZA 6 uma tradigao viva de nossa terra, que alravessa @ distincia e 0 tempo, Brasil: seu trage care perleicao de suas baixélas e talheres.

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