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FERNANDO A. NOVAIS Portugal e Brasil na Crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808) Qua eaicio EDrTORA HUGITEC ‘io Paul, 1869 Lcovexonamese 19 deForuds A New, Diclondepbten dome les Sitio Ciscnetomolga veces Ues ears 3) 0655s Hay ran saves zn262 Fetes o cpa eae Para sal Far HORIETA, epee WIS FERNANDO iS : neh ANA LOCIA Sei. 1997 PRERACIO. Este lio & com alguns aorécimos, camegces ¢ revisoes, a sese ‘com que obtivemos 0 doutoramento na Untecrsidade de Sao Poul, ‘em 1973. De entdo para efor tornando cade sez mai dif pre ‘Parar 0 texto para a edo, em que pesasem a; soliitazoes de cole- ate amizs. Nap tendo propria logo asa dees on ‘ros afaxres foram ocubando nouas stwsdades, esturas de wins oF ‘dems colocasam novos problemas, e a dificuldadesereciam, Tendo Publicado em separado, 0 segundo capitulo (Cadersos CEBRAP. n. 17), «anise ab propostelogrou boa acolbida entre os extudlosos, ¢ ‘meimo provocos debates. Novos iabalbos iam sindo, em que se ‘sbordanamy, sejam questies particulars, sejam of problemas mis germs aqui tatados, 0 que difcultass sobremancirs stuar-ie em fa ce da produpdo comente nesse: dominios. Resolvendo-nos agora # dar 0 trabalho luz da publiidade mo escondemos wma cera insa- ‘isfgso com a forma que acum, mas consolamo-nor com 0 fato de (que tal sentimento deve sercomum entre os autores, e metmo neces Sri, no sentido de que & proprio das areas inselectusi. Tel ia Ligfapdo do significa, & claro, que ndo estejamos convencides dat ‘idéiaseinterpretaptes aqui veiculadas; poderian, st, ter tio me. ‘hor exposta,saleex mats seguramente dafendidas — mea its trie tum munca aesbar Revendo agora 0 texto no conjunto, no nos podenmo: furter'de sranscrever @ enosa de agradecimentors que entao redigims: «Foran tantas a pessoas que de ama ow cutra forma nor etineal 1am e ginderam a realizar este trabalho, que nosiotemor ao redigit uta mote de apradecimenios& de avolumar ainds mats ese jb espesto Jomo, ou de cometer omissbes imperdosteis Noxso primeiro agradecimento vai naturslmente para a Profesor Bdeardo d' Oliveira Pranga,catedrdtica de Historia Modems ¢ Com: ~ temporinea de Universidade de S20 Paulo, de quere continusmos “ustentes, onentador desta tee, — 10 15 pelo aporo e eitimulo onstantes, como também pelo exerccio do terivel espirto eco ‘com que nos obrigou a repensar a ada pasio nosas idea, e, and, ‘bela iesgotivel pacincia com que tolerou mosio atraro de lomgos ane fament yo clip: decdey, a de et scompanou mais de perto 0 Profesio Jos Jobron de Andrade Ar ‘ude, sobretudo depots que te pis a trbatbar, digo melbor, bate ‘har fariosomente com as balangas de comércio do final do seule XVI ‘Ao connto de mus gut stem reclamando de biblioteca 4uivas, fom sempre muito bem recebados ners tituigaes, om de nunca nos fliow spate, pelo que agradecemor edivetores efi ioninos; mas queremos destacar, no Museu Pavlits, nossa colega ‘Maria José Blas. Especial gratidao devemos an prof. Antonia Galedo Novais da Escala Politzonice, que ndo 16 pdt a mos tervigo ta md. ‘ica reguade-ceulo, como nos suger tabeas ¢grifcos, que ax ‘mentavam depois o seu trabalho para wos arudar; de mocea parte, fi ‘os oF seus excritos na Sroa da dramaturga, 0 que era muito gradi el. Nossos agradecimentor se extender para Campinar, 20s nosios colegas da Unicom, especialmente ot econormitas jako Manvel Cardoso de Mello ¢ Luis Gonaage de Mello Beluszo; para 0 Rio de Janeiro, 2 Frmcico Falcon, que também se debate com 0 skcale ‘XVIII ¢0 mercanilismo; até para Pars, onde ede, ainda femerorot {que ndo chegiscers ao cabo da tarefa, Margarida «Joaquin Barra das de Carvatbo. Nunca esqueceremos gue fot grag. este trabalho ‘que descobrimes, em Lisboa, a amizade de Joel Serre ‘Como atraianios muito, os amigos ke iputctavem com os prezos, ‘eauraeniava o mimeo dos que teniaram gudar nem todos bveram chance, mas lbesromos iguatmentegratos. Nosos familiares not cer ‘cavam com caloross exhectativa. Somo! particalarmeonie yensvcis ‘jude que, no calor da hora final, recebemos de nosso colega Aral ‘do Contier. A bibliotecars Hermims Muzanck cometeu a procta, ‘spareniemente impossivel, de datiografar todas essa: péginas num brexo merivelmente curio, Finalmente, bat ne ihe least, minba ‘malber Horieta acompanbou todos os patios desta cominada. Todas coniribuiram para at eventuate qualidades que ese faba tho possa ter, pelas defisémci que certamente end, 0 Autor ‘inizo esponsivel. Sap Poulo, 29 de Dezembro de 1972.» x [Nos anos decomidos, a rods da hiciris no paron: Pancnuo Fl «om, Jost Jobsom Arnaldo Conternltimaram « spretentatam as ens, agora também em fase de publcagan; 9 trmino de dia ‘dus om Portugal peri enim que os Barada rgresiaien ‘na, Joaquin Harada, de Caraliotorminon também sex seniado sudo sobre a especie do Renaicimento portugad, 1a low gamente trabilbade. Amphamos nosas expendnciar em contactor fom as untseidades amoriancy, pudento volar 2 Earp, ¢ ever Parma transigurado pel revoegd, ‘Ao rol dos apradeciments, cumpre ands acretcenter nasa reco= becimento a banca examinadora (profesions Franesee Ilene nares Bronddo Lopes, Lax Percira, Sonia Sigueirs Eduando d'Olk ‘eins Brana) pela atngao dipensads ao meso taba, «peas rt (at feta! nd medida do postive procaramos incorporr ina ager {es Na reviao final, ude contarcom o exemplar dewumente ‘notado de Juares, 0 ue foi ta expenénciapasifcaie. ‘A sare de revo priparo da eajao fing, comtade, mio pose enveredar or todas a senda aberta: eles convent. ct ‘at, on Polar moras publeazces. O segundo capitulo, sobresudo, ‘bre wm leqae tio xrunde de quesoes, que tonsa impor! wu de lenoleimento sem desequitbrar 0 lira; rsereame nos, Ports, ‘ars retomaratemiica em oui taba At rsdee de oO mes ‘eco a uma anise lobal do sistema de olomzazo meron ‘fica exphiatade me nrodapaoe 0 corpo geal dota, As sim, com lees etoques, mantivemyo esos seindicaros ems nota ‘x Mabalbcs de Cio Hamaron Cardoio, sobre o etravamo, mio fo owiveldicatit, agua, 0 trabtlo mai recente de Jacob Corender, Ignalmente va indicsdo, mats pare mformagto deletion havo a. lament sagestion de |. Valente, ma preferimos nao dice as atgbes de P. Andercn robe oabilutiomo, tgualmente dignas de ‘om exame em profundidade, Nao menciomemn, também trabe ‘hos de colegat mosses que i sinbam irabalhando contemporanea ‘mente conaico, que wiimaram depot ust Pecguiss, onde fics ‘ado mosis obra em exemplar mirmeogrfid: fas trabalho de Prancivo Falcon (Pola econdmics € mercantisto ios, & poce pombalina, 1975), sae Jancsd (Contras ens, con flo: a inconfidencia Bana de 1798, 1973) «de Joo Manuel Car doo de Mello (0 Capitalisto erg, conteibuigio 2 teviio citiea 4a formas c desenvolvimento ds economia brasileira, 1973) — Jo sts em curso de publiaglo. No mais, procaronc, ae onde tm xi oss frat atuaiar a pergisa ad as stimas pubis; mas & lr uc sempre ser posse! idenhjicar onesie, pos tea ae é linge come dia ox antigay, de 8 breve Smises também de maiaspesoas (amigo, parentes,coegs, alana), que, de anes, fea dif enumerar; mas que no estima tam permancntemenie ating’ 0 iabao — su oicbede, 2 e- 12 nos pesana como rerbonsebildade de coreiponder 3 expecta 4a. Agora, uma sensapio de aivio nos envolve ao mos libertarmos ‘dese compromis, para enveredar bor oxtoscaminhos, Pelalonga ‘Zemora, tudo quanto podomos aprernia, 2 iis de asifiatva, 2 ‘elembrara fave de} Borges, mo fl do preci dasa inate Fistocia Univeral dela inf: «Leer, pore pronto, es wna ater ded posterior al de exenbir- mi renignads, misc me inteec- Sao Paulo, 23/11/1978, FERNANDO A. NOVAIS xm sumanio INTRODUGKO Copa! — POLITICA DENEUTRALIDADE 1. Foal ns reatesioreraonis Ect Moderna 2 Conca coomlerenaertremacions. 5. Temteseke Gipinde I~ ACRISEDO ANTIGO SISTEMA COLONIAL 1. su Dinka do Sine 2) Colas wore Ste DO vexiuivonmetopohtno Beco eabeo see 2. Reeds contin eres Capi OSPROBLEMASDA COLONIZAGAO PORTUGUESA 1 Maniesates da ce 2 Dates do patio 5. Prseracio ds slsoe 4 Actetae dosesirals apasio lv POLITICA COLONIAL 1, Formato 2 Beco ab itene da pon comer ‘incentive spot Rela esos Byres coNncusbes ‘TADELAS & GRATICOS FONTES EIBLIOGRAIA xl CCumpr.se 0 Mat, € 0 Império se defer Waiew a pena? Tudo vaie « pena Sea alma alo € pequens. FERNANDO PESSOA — . pp. CLR 4 Ede fio, a andl da poli colonial portugues relaivaao Br- Sl ss hinas cape permite sar es mame pos ee dadesamente exracéges) pars repenar aque ferent pers tose tena acura onerbs eno dives aes da eae faquce momento hisrco, Contetament,s plies reara to. Bisse mnie como ropes sos problemas cfetnos que ama autendo ea exporaro do uluamat spent 2 Metepoe. (ra, tas problemas si oa realidad tanec, 0 plano da. rita, dos means enrtis profundes que ana no Oo" yuo do sistema e promovam, news fie, sejuamenos funda: temas, ae Sse pO nr te trata o que nos abiga a tepoarmo nos proceso geal acima ‘la or tla € satan pr ncn fea que os cgetesmevopalitanos ve vio pia park apere- bids om insrumcots de ands dateaidade, elaborate os uenas de apo que ve copier nas soma ces leva 4 Piitcs Bais uma ves ampli nso quad de reetncs, ago no univeno dat ida que exprmer a tomada de consis Dente do movimento mai gel dar anformays dof do an Ugo regime. Aus de dis camines, portant, esabelcems ae. coaament as coneses ent o fenineno parla objeto da ‘ena 0 pceso geal de que parte asparoe Se. poten, 4 penpecina cm que ox clvcaios leas a eabe- dee tages nals amps par doabjeto que temos em ia, oo Stora menos acess + delimtaao precza do tema edo campo Propeimente de iaveigaio empties. Ena dispose expciicn ene 4 politica ulvamatia mas pacicularmente & pola er Dice elnial da metpole portugues, cla go Bram pe odo que media entre oensslado pombaline ca abcrur ds por ‘tos (1777/1808). Struamo-nos, pois, na area da historia da politica -econdmica, ¢ talvez no seja excessive lembrar, com Heckschet6), cum cad dena mato ht as oder condi eam femora to poss dena de eporarae sce 2 Cada paso. Analieament,€ leh desca exe eymenio 2 polfee conti do proc glabal, par eal mais de ‘iets pice cosas geremamena cosiletda anton ede eo ct peo, pode set nara como afer particle preg ‘Std egies eae Eau Lenore Oca lam = Bade Porat oni hie de ane 1971-3 "SE. Hecker: dpc moni, ad, Mei, 1983. .3eses 3 Teenie easiest slag nn clr yen dope ldo crc etic corr ager: see he cd not i eee coerce atm tna cep iodo sobre o qual dirigimos o nosso csforgo de inrerpretacao. no nc eee om hee scram ip lp rept toe isis yw maori kane ag dele = che de hoe gato hegre ror Real oe meant re ens eee Sete Bana eae se preorpieasD. Mee lope hog tee fe enon ug a cl Mr fe raph. am art cdo saa en ag Gon cit gia esis mF en ee ‘eon ot. om oglu ma rece Shige abe comme promen eate pombalina(!!) c, entre nés, os trabalhos dos professores L. Ramos de Bema ce aber cromioprs Renae Cer a Rane Dali Jag We pena Sec ieaiey cop anne Ober nm ab Soe Si oa snes ern eb Se cece ‘iedemer tena de aprvimaro belo wed de Paul Hasad «ou ous sores causes dace der tere mal conver On tend bensoup Te x ‘cputme ose atts on tac beamap Te Sivhshieme ste, spud ha, ‘eu contin sad une zoe ere, alae, ou on peut epee ence coer avenanes. La Cre dl Conese Bop done (158.1705). Bs, 038.9.¥. {ONE jeige de Macedo - A Stuaso Fzonimiza no Tempo de Pombal, Poco, tos) Jost Ago Prana Be Vile des Lames Lshomne ol Pemba, Pe 196) BA. pernguts: Labs PamBalina co Demintomo, Lon, 196, ‘Chet Ramos de Cana «Ar formar ow alr de mrags Pb, So Paulo. 932-40 Nines Dine A Companbas Geral do Gro Pad ¢ Marana (135.277, Sto Paso. 1971 {09M de Olea Lima D. Jodo no Bra (1808-1821), 2c, Rin dean, wevckp @ (Celso Furtado), como no recente empreendimento coletivo de His- ‘ria Geral da’ Civiiaapdo Brasileira"), 0 petiodo que temos em ‘ura, relativamente pouco estudado nos seus aspector exonémicos © soxiais,stua-se portanto entre dois momentos aisaz trabalhados pe- lo esforgo de reconstrusto ede interpretagaohistrica, Asim, conta: ‘mes com amplo quadro de refertncislateais,e talvez ns sja por sivel repensar problemas ¢ rediscutr esquemas interpretativos cot tentes na historiogafiahuo-brasleira. Mas no € apenas ese interes, distamos académico, que torna significativo 0 momenco'ecolhido o tema focalzado, Eas suas ca- ‘acteristics intemas, no acance de suas expeiéneias dos vitios cam pos de atividade, ns problemas enfrentadas ¢ nas solugoesalvita- das ou tentadas que se encontra 2 relevincia do petiodo em questi, [Na histoviografia portuguesa, o teinado de D. Maria Ie em consi dderado muitas vezes como uma etapa ipicamente tettSgrada, em {que se anulam as conquistas econémica, socials e politics de Pom- bal; é pois cariteranti-pombalino do reinado que se destaca como set mara enc «ete edo pace que 2 ces de tad tas impressionaram demais as geracdessubsequentes 0 histoiado- tes no se conseguiram libertar desses espectos, Esta petspeciva, «que vem da historiogeafia liberal, tende a enfatizat o conteddo «mo. para se manter no {ronal Mas nfo podia ser, por certo, esta pecéria alianga 2 que consolidaria 2 Restauragio, pois paraa Inglatetra que se voltam as esperangas de apoio ¢sus- centapdo. Tala necesidade dese apoio, que & monarquia porugue 52 se vu obeigada a ajusta-se as vicisiudes politica da Inglaterca rese periodo. Ao primeiro tatado de alianca,fiumado com Carls Swuatt (1642), eguit-se 0 de 1654 como Larde Protecor da Reptbli- ) ‘Desde 1608, por ourto lado, iniciava-se a colonizacio inglesa na Amatica do Norte com a fundacio da Vigginia A famosa viager do [Mayflower em 1620 dava inicio a0 seztiemens na Nova Inglaterra, (62 parur deses dois foces fo se desdobrando no decorcer de Sesceo- toe 4 ocupacz inglesa 20 longo da fachada alincca de Amética Se {enirional. Mais para o Sul, na regio f anteriormente ocupada pe- los holandeses (Nova Amsterdam), defrontavam-se novamente, ‘mo no mundo indiano, a dois movimentos expansionistas. thas 1664, jd no tereiro quartel do século, matcava a consolidasio do do mini beitnico nesta atea (3 Nova York dos ingleses)™) Foi na América do Norte, também, que tivetam seus primeieos éxieos duradouros ot franceses em seus empreendimentos coleniz ores. Ams de se fisar no Canada, ja tinham tambem renrado i I (Franga Antartica), donde os expulsaram os portugueses, « na Ficida, donde os espanhéis os desaljaram. Foi a itdo empreendimento de Samuel Champlain, 1608, que, coma fundaczo de Quebec, a colonizaczo francesa se desenvolveu de for ma irevesivel,apesar das indmeras vicsitudes, no vale do Sto Low engo (ji visado por Cartier em 1534), ‘aot bec modo sea — xe ensdengn amerianos — que a competisio colonial se engajou mais fundo, ponto de encontta ede friegio que foi exa Stea dos virios movimen™ tos colonizadores europeus, dadas as suas excepcionals condigges ‘eogtifiease geo-poliicas. Para aquele formidavel arquipélago de ppequenas e grandes lhas, charneira das totss das Indias de Castela or onde ttansitayam os gales eas frotas abarrotadas de pratae ou 10, convergram desde cedo as ges da pitatata e do cots> — auri sara fares. \pouco € poueo, tansitava-se nessa egifo, da piraaria € do cos, sto do asa abordagem das ous has no mat para uma atividade mais estivel sob cero pono e certamente mais svenutcita também ¢ de quslauer forma mais independente dos centtes metropolitans: 2 fibustaria e a bucanatia®®), Fixando-se “AGT. Daane Gos Solis ~ Dicer sore lr Comerion de et do Inds (06a; de MCB. Aral, Lise, 198) ONE'S. EM e HS. Commage- The Growth ofthe Amencen Republi, 46d N Yor 60, pp 3792. GE George Had Fito dele Clown angie, 3, Ptis 1938 SCE Hig os Bros de dat Oneness a op 30 a 9p. Paes, 1989 16 cm ithas de menor porte agindo persstentemente nos desvios da- {quel labitince mariimo, toda uma malta de aventureitos de vita procedéncia se vas autonomamente estabelecendo nas Catsibas, O sentimento de independénca ea forte aaqueles homens deavincula- ‘dos dos troneoseuropeus elancados 20 winferne» topical; chepatars ‘mesmo a consttuir uma curiosa sociedad com Sat cegtes prOpriae ‘de comportamento, ais extremameate tigotoas. Acabatam poner ‘por se tansformar em cabecas-de-ponte para 0 atague sistemitico por parte das novas poténciascolonais 20 moaopdlio ibérco. A sta Tncia decreseeu na medida mesma em que x encetava a colonizagio sistematica das ilhas por parte de feanceses, ingles eholandeses. A epoca de seu maior floresimento foia segunda metade de Seiscen- 10s, coincidindo, como agudamence nota Jean Gage, com uma po ‘a de consolidagio de governos rgidos a Franca (absoluismo de Ls XIV) c na inglaterta(testauracao Stuart) e de crise politica nas Provincias Unidas (conflio entre o Stathoudetato ¢ 0 Pensiondo), situagbes politica tendences a expulsa os inconformados, No século, {XVIII vao capidamente minguando os fbuseiros ¢ bucaneitas; € Droptiamente a concorténcia colonial que se insiaura no mundo an- silhano®0. Foi neste contexto que Inglaterra, Frangs ¢ Holanda estabelece- ‘am suas coldnias nas Antilhas, A pattit dos exabelecimentos Dusters se processa a formasio dos primciros adcleos de povo to. donde parte a conquista 4s ilhas espanholss, A pequena Sao vio (a St, Kitts dos ingleses) parece er so 0 aGcleoinicial de foxasdo francesa e inglesa. Ja em 1625 0s ingleses se expander para Nevis, Antigua, Barbados; os franceses para Guadalupe, Martinica, (1635), para depois, em: 1640, empreendetem a ocupagia de S. Do ‘mingos. nas Grandes Ancilhas. Os ingleses, por sea curno, em 1655, 2 época cromwelliana, apoderam-se de Jamaica, Desde 1634, 05 ho landeses dominam Curacao. Indicamos, como € narutal, apenas 95 ppontos mais salientes desse movimento expansionista, Tratava-s, ‘essa fase, de ecupaszo com fins polticos ecometciaisindteramen. THE Fan Gap Caso mimeoatado sole Lxpancon Colonie Btu 192 (blows do Depararenta de Hira da Faldade de fai, Lee (Gencas Humans SP) Um dese svesuror-Exguemlin-deaou ume ‘rived eats deses scontcimester: lio, Publica cm 67 ctv ae ‘ln apie adi em va ingasrctve mie die Vee ‘digo moda de Tbr Buccaaer f mance John Eauering. Lone, 37 te, ito €, visavase 8 fxacZo em pontes estratégicos para organizat cfcientemente a apteensio dos navis espenhdis, e quicé preparar 0 fatwio asato a0 Império Expanhol. Avsim, fomentava'se 0 povos: -mento na base de pequenas proptiedades para fiat colonos 3 tera, ‘e esses dominios iam assumindo nesta curta fase inicial a forma de ‘colbniss de povoamento0 A itoducao da lavoura agucareica — 2 plantation inglesa — es- ‘ravsta alceou substancialmence esta siuacio. Tal fto se igou 2ex- pulsio dos holandeses do Nordeste Brasileiro; portadores de amplos Feeusos de capitaisesenhotes de um sistema de comercalizagio su- petiormente organizado, a estada dominadora na colénia acucareira portuguesa petmitiu aos halandeses um contacto dit produtivo dessa mercadoria dectescente mercado na Europa, assimi- Indo assim a tenicas de producto: dspunham a panir de entao de todos os eementos para 2 monrapem de uma economia concoren dal 3 da irea de onde tinham sido rechacedos peas armas, Inciow se fentdo 4 implantaczo sistematica da economia agucareira nas Anti- Thar, 2 base do trabalho eeravol), Efecivamence, também este tltimo setor da exploracio ultram ‘na, 0 tafico negreiro, ourtora monepélio porrugues, pasa 2 set ‘objeto da concorréncaincernacional. Jé em 1613 os holandeses se fi ‘avam em eottepostos na Guinél), Petfunctoriamente, os ingleses [puticipam do fico desde o séeulo XVI (expedigio de John Haw: kins em 1562), com grandes luctos®”, Esporidicas ¢ asistemacicas foram também st primeirastentativas francesas no sett), Nesta primeira fase ao que se vstvasobrecudo ea contrabandeatestavos pa fa América Espanbola, carente dees. Quando, porém, 2 concot- ‘cia e ampliou para o campo da produto colonial om a ocupas30 de seas ulramasinas pelas povas poréncas concorcntes, a situago alerou-se notavelmente. Durante 0 seu dominio no Nordeste Bris- leito, os holandeses ccuparam Angola por algum tempo; foicomo se "SHGF Cao Fuad ory Komi do Bri Ro de Jan, 1959. pp. 65 "WHEE, Alie B Canabrea- A inlaid bio do ‘ara Anas cent aleanoa renin daca Xs Am ef. ‘Lae le irae eomimac «Amant de U3. $0 Pel, YO Wr 8B. Clog e Ch W. Cole, op. cp 3. (6M. Nii «Caption tery, 2rd. N. Yat, 96, 30 {EE Gaston Maren“ lito ae esanage din scones ae, Pat, 1948, pp 0 38 sabe aesratgin de Salrador de 84 que coordenou a teromada do en- ‘eepesto afticano com « Tata pea expulsto dos bacavos da América portsguessl®), A fxasio de holandeses, Fanceses ingeses nas Aa. filhasalteou exe quad. O refico negreio gunhou novo impul sof; inseaurou-se, asim, conforme assnalou Celso Furtado, 2 con- ‘ortéacia de uma economia exportadora com base ma grande proprie- dade excravinta — » plantation —, que se ofganizava primelzamente fa Virginia para 0 cultivo em large excala do tabaco, @ produgo _maisresia das coldniae de povoamento ansilhanas. O conftonto er termes de incerese econémico pare as mecrépelescesukow natal mente desfayorivel a5 segundas©). A expulsio dos holandeses do Brasil abtiu, pois, o caminbo, como vim, para a montagem da eco- roma scuenteitaescravsta aus iIhas do Caribe. Asim, se tansforna ram as primitvas eolonias em coldnas de exploras2o,produtoras de agdeat parao mercado europeu em grandes empresas 3 base do taba Iho excravo, O treo negreito pasava, asim, ase nero da conene ‘Bacia colonial. Na lnglaera, organizavase a Royal Afincan Com- pany. em 1663, reorganizada em 167200, _Desaa forma, acompanhando orecuo da preponderincia espanho- Ja, os tes setoresfundamentais da exploacio ultramarina, que indi ‘ames £0 inicio do capitulo, passaram para uma etapa de intensa concorténcia entie as poténcias europtias. Comercio dos produtos cotietais, predusio colonial, eetio negreiro — sto de at por diante ‘objeto de afanoea competi por parte dos ingless, frances, ho- Tandeses,além dos precursoes ibéticos. A concorténcia colonial se centrelacava com as questbes europtias€ esse entrelacamento fo se Scentuando ao corre da segunda metade do século XVII, engen- Grando tensGes que se genetaizaram nos conflites da guerr2 de Su- cessao da Espanka, A assocac3o hispano francesa, opunha a Ingla- testa alianga com as Provincias Unidas e a casa austiaca de Habe CECA Bons Gat de 6d the Sire or Berl md Ag (1602 ogy indies 1932 ‘iN capiaacegine dictiemn mis and anstorers Acari io slate defo opto glass pesca em compan espa [Resumgio de concorrnca aos "GET Ca uriade Rayo Ecmdme do Bri, Ri de Jane, 199. BP es "UAE witams- Cpa a Slery, 2 oN. Yosh 96, p31. KG. avs Tae Roa! Sete Company, toes, 3. 39 burgo. Portugel fo vimos, acabou por aderi& causa inglesa — de «que Ihe resultou a incusto das armada fancesas de Du Clerc (1710) € Duguay-Trouin (1711) no Rio de Jancto, sem maiores conseqiien cias©- 0 confit, riginasiamente uma questo dinéstica espanho- In, deu hugat, portant, a um conffonto global entre as potécias Agemais,o engajamento da Franga na pugoa contre a Ingatets en fraqueca na Europa de Nordeste& posigao da Suécia, liad da Fran- ay, eritndo a vstia ssa Peto, 0 Grande) sobre. Caos Sain), "No-quadko’curopeu, « questo. propriamente dinisiea alterou-sesubstancalmente em a morte de ore ida Austia (1711); © arquidague Carlos, pretendente 20 trono espantolapoiado pelos Sliados (Inglaera, Holanda, Poctugal) ea também o herdeita do Santo lmpéro, e sua acensio a0 tone de Espanha teconsttiia pratcamente o Império de Cats V. Iso, evidentemente, fe ecua fern as pottnens aritimas no sev apoio 2 casa Must, POP siando as negoriagses Os tatados de Unrecht, vlkimados em Rastadt_e Bade, to, seulrasenszo ingles no dominio do comérco altamaino, asics process soconccondmicos intenos no Reino Unido, ONCE HB Egerton «A short ison of he Hats Cooma Pay, Leds, 190, pp. 17 ep HU. Fale" Avercan Benoa Hit. ed N. York, oe, itte, TinsCAM, 8, Aneto op i Ph Sana opi SER H. Baltes op a 8-E- Norton eH. 8. Commager- The growth of “he Amoncon Repub, Note, st 1 pp. i es WCE Willa Capainn sd Saye pp. 8 53 absiam enfim a roa irveversivel de economia inglesa pata 0 indus- ialismo. Na década de 60 do século XVII, quando atingia 9 Spice 2 preponderincia britinica, « mecanizagio da produsio industtial inglsa dava seus primeivos decisivos pasos), Era a Revolugto Tndustial em marcha, Por outo lado, a independéncis dos Estados Unidos — uma colonia que se sepata da mettopole no por ter sido ‘apterada por outta poténcia, mas para constitait uma nora naglo soberania — transcendia 0s limites do antigo sistema colonial, abrin- {doasim o caminho para aerise do Antigo Regime. pois neste qua dro de hegemonia da Inglaterra industil e de exse em process do ‘Antigo Regime que devemos stuar a posigio do Brasil ede Portugal, Requena mecpoe ainda Ingle pars presets exes dominios ulramarings Retomernos, goa. 8 prncpusconseraes deste capitulo, pa ‘afoarmss melhor aueles elemento conclusnes que importa pa "aa analse de noso tema. Asuesio de preponderinute ope ‘hol, francs, inglse — que caacterian as lade internacional fence o Renacimento ¢ 4 Revolio Fences, cimana do propo Proceso de formacio doe etadosmederace qe fs metamovioe oltice Mice dese prio. Pofundamemcvnclada 3 formato ths esados modefnes ewopeus, 2 epansio.slramaring ¢ Colonia inerese como elemento dein ogo pli das hep Or pases ibis, peda a posiao de wangoarda¢ mesmo de eponvernca, edurido a csueas de segunda grandes em os ferminas momentos emvlvidos em perigons depresses, tons. sem no obsamte preserar sua atonom cuopen ane ses xerss dominios uamarinos — ainda os mas tess at oa dbo sécula XVI eatamene por cast da competi ene spor free sein corm aetna Pa $4 Vincladoa Inglateta, que enfim su venecora a longa dpa {Portugal pe mai que Espana, slasa a Panga, aves longa sucso de tenes pcsvand sus daninans chile os que © Beall €o miceo esac. Frmado nea posi, sua pits ea CSE E Wotabawin Ex srw a arogeer de reali indi ta ‘op. 24 a, Bim Ais, 1972 pp. 8118 epecalmente Pe 14g 34 acumen a da nexrlidade: 2 proves poltcs da Inglaterra ¢rapoga com vantages comers que akangaram mete lt marina, de suanto menespoteto necesse menor ocsto da tutla, Asim, 0 plano politi internacional, peserart doh tama portugues Stora codigo mesma da exten etapa tana: Sua veda de gutanin. Poe ss, nascses mas eves de que Se no pede exit «metro luniasuopiou see, ao fim 0 Cabo, pel aiangeingless que Ihe defends ols inl pa ‘a exploclasem seguida — talo chal cow inferal ta compen so das pottncas, Naquclar resem gue Expanha Se envlvey em farzo de sua alana frances ns pobiemaseuropes, tornados tim perig imnene ple tendEneta de tefarr a unlio peninulat, Portugal ¢ obrigado poate no podero tages Arse na ha de sect i pea sin Gur dn St An td copia e mesmo prepa a nsdanca da Crt pra o Bra, sim na ct final do Antigo Regime qu se monet, no nivel delays Interac, oss guts da Reolsao © do inert napoledno, Sande esa solu externa €enfim vad 3 ‘No plano dis relgdesintenasgnais, que €0 de que tatamos qu, explciago da poo den pies Beco, c mas parle ‘mente de Portugal eset Ultra, o cana de alias, jam pr imei elemento ds ene do Antigo Sitema Coloma» étsagem ‘nite a pongo pale e econdmis das mesrdple bess no dua dio do equiiitocuropew ea acento e mportinacomertal de Seu dominios wltaratins 26 se pode mater ato fm do slo, XVI gros vale ees poten ncendentes, Inglaterra Franc Tal suaglo, at cto pont aul, fi pose enquarno os conto st desenolveram deato dos quadro ée posibldades to Antigo Regie e do Sister Colonial meceantisa: quando, 8 part ds independénca dis colbnas ingles €' pripno nema fe cna cei ai ni raise ent, Beg {has simples preserva dagua defaagem ato fal do se AXVil, implies eienemene um for de desajse e deequl bio, € pots num clemento de crise ; Ena obsenagio€ tao rai importante quanto ns leva a cons dat que € exe prone clemento-— sano de Portugal seus dominos ulaatines no concent as lage de orga erode ‘pols dof de Setecents — gue os permit compreenier a tmaneta pula e especie de maniferarse acs final do pi mero colonials europea. Temes pow que far ete ponto de 33 partis de noso estudo; mas € apenas 0 pomto de partida,¢ se qu Sermos compreendr altima etapa do Antigo Repime edo Sistema Colonial Mercanilisa, para euidarlucidamente a politica ulteuma rina portuguesa na suzcolénia americana nesta quadta critica, deve mos agora transcender a nivel agitado das telagtes interaazioras pa. ‘a nos aprofundarmes nes fenémenos estrururais de longa ducasto. 36 CAPITULO ML ACRISE DO ANTIGOSISTEMA COLONIAL Se, naealdade, a psigiorelacivade Portugal edo Bra no quae do das elagdesinternacinais do fra do seal XVII, permite-nos omega a petcbet modo especico de come sto envolidos pela ‘se do Sterna Colonial edo Aigo Regime, € «lato que prea thos agora expla s sattenee os mecansmos dessa seem si ream, Fo esd do proprio sstema de colonsarto que terns de Durr, po erie, que endo se maniest, explena cconimat profurdos, ue ose apreendem nessa anal global egenealzado- {a Do contin, fara 98 constatago de manifevtarderdarise fm vss scores david politica e condmica da epoca, sem ene tanto compreende as elagoes que s vinculam umas as outa. les dio sentido. Sterna colonial, efeivamente consttuise 0 compo nent bisio da coloizasto da época meee, o elo que petmi te etaelecer a mediagdes essenciais entre os divetsos nivel da eal dade hisérica, Import, ponanto,distinguir os mecanismos de sev Fanconsmeato, pura apeender a eontadies que tbe cag ima nentes, « enfim explicit a crise em que afial desu. Eo que teataremos nese capitulo 1) Eurasia e Dinas do Sites 2) A colonisagso como stems [Numa peincitaaproximasto,o sistema colonial apresemase-n08 como oconjusto das relagies eee as mewopolesc sua fespectvs colbnis, num dado petiodo da histvia da coloizasi. na Epoca Modeina, etc o Retascimento ea Revlugio Panes parece-nos convenient chamar esas flags, eguindo a adican de vrios his ‘oviadotes (Beer, Schuyler, Lipson), Anvgo Stem Coloma! da era 7 eran a onc adage, ins pai de> ‘uv, permieosesbelee pate logo wma pimeia dingo de te omen gn Ney oa cai era, “amen deowo dos quads do sstema colonial; dena ms eal de alargamento da drea de expanso humana no globo, pl ‘tupac, poreamento ealorzaao de owas elds em a, ‘rptoaso do ccimeno, no dizer do gedgefe Max, Sorel) 3 ‘olonizagao sedi nas mas divers stusoe itis. Nos Temps Moderaos,cotudo, tal movimento se process tavejado por Um ss tema especifico de relagdes, assumindo assim a forma mercantilista {te calonzfdo, cesta dimensto tomas pata logo etna Wo con junto a exparsi coloniradora europea. Nout alas, € 0 {ema colonel do mercantiloma que Gs sentido & coloizagi eo él ene os Decobrimentos Matfumos ea Revolugo Indust) Tanto io €exato que no € impose! dsinguit na etema ra tied que ssumen as ciagbies metrdpleclba to igo dos ‘los XVI, XVILe XVII, yatiando ainda de enerOpoe pata meus oie de uma colonia pata puta, eros devominadorescomurs que icabam por prevalce, persistent do esendial ase peservatem na Compleravaicdade das ccunstnciashistricas “As telages cob aia podem, na elidade, set sprendies em dois ives prime, ta exten lopatars ulttamarin das vas poréciascolonizadotas (Gornigal Espanta, Holanda, Franss Ingatr) egondo, no mo iment contet de ciculagio de umes pas outs so € 0 co- rméteio que faim ene si, ¢ nas sinculSes.polficosdmiis teas que eavolvam. A legis colonial, ta reaiade, 0 {que procs € diplina as relagoesconcteras, pics e sobretado Sconbmics, Para o que temosem vst, contd, este momento de om ani, qe pep par dito er d= blzagio europela oo Ango Regime, sobvelea x importa das tras ese, pois els cone objetos da empresa ‘izadors, aque que se visa com acolonizalo, Asti, or Atos de [Navegusio da Insta) as dei que proibem os navisestange TACT Wien Sone Ler mit peuple, Pit 195,20. 16 € "Bt rma A Noni alsa Sea Caoil dens dete tose pep ha« Anata Sinai Non des reer Oot ‘ir de Hare 5B: 1903 9p. 208.0). “BCE GM Anew he Tes Combo ity of the Bs Emp} Holod Roms | (nbc, 1980) Pp eB 38 tos no pros do Baia isto coli cclbenana?, os - fulumenos dis companise Se comer xe saa crea Bites no mens comp da lpia ultramatna da Europa ces ‘enpos Modena peniem os esos cone 2 que not reftinor Parse ¢contemporancamente, ena Aesenralao proces concen da colonagio, or cone da tee ‘ia mercanlit esi apo ¢ fuga das colons no qa Sto da vide econdmica dov Etalon europe. Exum. asim, su plano mt sbatato, o fine objeivos vitae nos empecendime tesla eis nip far na elidade a que ena loa 4 prea os princpnosformulados pela teoia merce, Be queen, porano,oieoramna-nonsguramente fo quadko nore da hin colonial europe, sein eta neil ecarac ‘eri, pases convenieee pari do modelo pc ds eae € > funciona do pace clo da pallies economia Sos est ‘os calories, tl como 0 formulatun o eios da pols ‘mecalita,Formulou-o, ete tantosouton, anes depts, com trian tens, Pocletbwaye tn 1747. oA collnas “em Primer det 4 metSpole um mic merido pata seus producn Segundo, dar olpasto ur malo aimra dos seus (da esp) ‘manufrs, tess, e marinheios tee, fencer Ine une ‘aoe quanidade do argos de que precasl, Nouos cern, ¢ rm lnguugem moderou clots se devam conta em tor essen de desenvolvimento eeonbio da meopele Io ,em ter fi Asia al porem se desenla mai to plano do apc edo alga dt Lys ¢ Oden que protibmot Nevis Euan, ei a de Gwora, come os Meron, ota Bra WU. abba). 1S BA ie deSaoero) Me 3,8 ict H, Deshangs «Le Moder flr Decnnes aloe deb Fane (tv set jms): Paw 195, op SE CH EL J. Cowoaer «The Canted Compas « Combe Exam ‘Higa of Eampe.ct E ih, wl 1 (Cambrdge 16), pee 22 "at's Commer Internal. "07 Aid Ment Se Avenged pias Modo. Tad pore Bs fio, 198, pM Expr com pls da concpato means po do Margate de Pemba (dense 1726, 20 banda ants) as conias lets, Revendao eaes ‘amo precio abt dead darts sam poretenin alse de "ra es infalveseunieaiette alsa naps det Nae (ats noso) CI. noa pena 0 bbete do Magus de Fombal de Md aco {Se1078 putts marge de Bw Satie «Ques moms ley Poles # piomivss ae Parag Pas, 1842,» Mil ppc BU. 9 Devas de que no quad dos modelos; colontaro eveptia na tfc on uta pa aug ae mm tte apronmam daquleexquera sand no teipa¢ 90 e540, Compieando inezoravelerte arcade. Sia, contudo. dec theft ox mecaniseosprofundos do proceso, e fat aa serie Aoseventon gnarar aque pts beso. qe po ios scsi foxmoo a palticawlramaron das wags europea, « qe far por tant pa desa mesa ecompiexa reside. Encradaem cog: {oy © alaando dem lado ss economia cent earopés,€ ‘clonts perfec dc ou, €incpiel que «hia da colonia ‘podetnd pecenoa segundo aguledesderso Fundamental. Di. ‘eu inetese pas ani ‘Mats anda tal concep no era um clement ilado mo pano- tama da mencldae pics eecontmica dos tebticore den exadi {ar dos Tempor Menor pe comin, acs Organic teat com @ corpo da douins de economia police cendrica ‘que desemoli c predominavana Europ ee os Decobrimen- tise Revol Indust Mecanismo. Tentemos Brat lhe tr lncamenosexencis, O porto de para 6 como se se, 8 ‘det meta, ou saa identi deel de nquera com © tmontare de meal nee extent dno de aa nan. Eimpor. ‘lore dest, dade «pat dea Formulago bs, que 4 tn rain oa je de maa ou {spol ecombmic. pate dea probes, e patajusiar edu recro€ auf aa formulas dum cota expla Aa vidaceondnca cna al Nio pane dr concetos posed a. Sremavcaexplcagio da cconoma pars dedi normas de intr ‘enyao nex vealidade, emo que penne quae o camo ve Darllarnente 8 prescpagics de seus doutinedores eo leaps. Se oi dat exp nai 2 ucts Ingles que se peocapara Thomas Men, ses com 3 iguesa dat, tgdc ic preacpart Adam Smit xe ahegamenta do hoi {oe lela que ates ta deca na consti cetica Tohee Nene: J W Hownks =A shot hy of meron (125), Morini Comb“ Meranidme 1 proteomic (190), € Bebe = enc ‘am ead mp 993, eee oii, O31, Deon = Le meantime {Uy Cem vn Mera (te es Sfeutrs ou do pear coco, di dena a9 mercnleno nt tus aso de Gna, Hogan, Dens, Hein, See, Rell bumps Fun Aline Pip Back» The Puli of Mersin New Von. st 60 4a tcoria ccondmica, ouma crescente generalizacio dos conceitos, comresponde expresivamente a momentos diveros da evoluyio pol, tica€ econdmica do Ocidente curopeu. ‘Aqua nos inceressa, contudo, matcat apenas as linhas mestras da ddoutrna, para situarnela 0 papel do colonialismo mercenilita, As. sim, «concepsio de riqueza identifcada com os metais amoedaveis, Posto que no desenvolvimento da teoia enka sido matizada pelos ppensadores que aperfeigoaram o mercantiligmo, nada abstante pet- ‘maneceu a idéia bisca metalista como orientadora da politica tco- ‘némica. Ela envolvia uma conceituaydo priméria da acuteza dos bens econdmicos,e 2 suposico de que os hcror se germ no proces s0 de cteulaczo das meteadoris, isto €, configuram vantagens em ddewiimenio do parceiro, Assim, 0 receiuario mercantiista coca: ‘minha-se diretamente para a formulagio da dostrina da bulanga favordel; balangs dos contatos na formulagio mais tose, no nivel ‘dos mereadores particulates, balanga do comeércio no plano do intet- cimbio internacional. Era a manera de promover a entrada Kiquida do bullién, wermémett da eiquezs nacional, Dai, a politica prote- ‘donista: tarifiria em primeiro agar; ligada a esta, fomentista da produgio nacional daqueles produtos que concotram vantajosarnen- te no mercado entre a8 nagSes. Defess da sida das matériasprimas, estimolo as exporagdes de manufaturas; inversamente, esimulo 3 entrada dos produos primaros, dfieuldade ow mesmo proibicao da importasio de manufacurades. Para tanto, 2 produ interna deve tet baiao custo, ainda que para ito se esrija o consumo intern — «fim de concorter no exetior. O mercantilismno n20 6, efeivamen- fe, uma politica econémica que vise ao bem-estreocial, como se dita hoje; visa a0 desenvolvimento nacional a tode custo, Tada forma de ‘stimulos €legitimada, 2 ineervengao do estado deve criss todas a8 ‘condigdes de lucratividade para as empresas poderem exporiatexce- ddentes 20 méximo. Dai se propugnst uma politica de fomento de- ‘mogtafico, meio de ampliat a fora de crabalao nacional, eimpedir 4 elevasio dos slices, por exempl. [Neste context, #@-se bem o significado © posigio das colons las se devem constitu em retaguarda econdmica da metpoe ois que a politia mescantlsa ia sendo praticada pelos vatios esta- os modernos em desenfteada competigio, necesito se aria a re serva de certasireas onde se pudessem pot defini aplicat 2s nor ‘ag mercantlstas; as colbnias garantiiam a auto-suficiénca met politana, meta fundamental da politica mescanilista, permiindo o Talabdaen teeter tee igsesarerere BU ee natin tn deja. Paeros, os, patculaiand caprimest dese feel ebeeecatoenine ceil aaa altar re Sh Sees debate on £09) F. Rees -«Calonial Systerm, Emeyclopedie of Sacil Sciences, v. IN. pp. 631- ‘nas detente na ciclaso das meteadoras que anima von de econdnea,Extzdosbolutita, com eters centraizacn dopo deta. que de ces forma wns diipine un socedade ge furada emecrdenss,e casera uma polica mean de froen do desenvalumesto da ewnomia de metado. inteoa € exerts meote-~ no plano eeroopelsexporytoultararna asso {ado todo. que conv salt O eu simples crane fo Abrecuminbo nese semi De fate, entre + monargu unrn © ‘era ais eo pore deel ai una polite mercantile daa reassess segundo s fr multe defintiva de Heckscher”), 9 meteansmo ft un inst mento de unifeasio, 20 meme tempo ale que presupunha uy Cero geau de integragin do eada nctoval pars ques pudese xe Cota. Soares an, poi, ever, o que oncom acomide- {a1 que ambos promanam dem mesmo procs, ual sei fase ercea de ulrapesagem da ese eal Da mesna fone, ae Parso uleamarion perce romper o»himitesecos cm que ve Inova a exon pean a hn a ade Media sis impratiel, nce ites que tos popomen, eentat aqui urna anise da crite do feudalism’ Digamor pens, compare do as andlses de M. Dobbs, n cojunto la dev ho po amen do renainen do cmc emt meso, as da ‘ea pela qual a enruura feudal eage a0 impacto da ccopomin de ‘nero O teivescmento do comet (0 €, asa de eso oeat comiao denne um an ta sociedade) pide promover, de wraldo,» lena dsologo ds as seri ot no etn so. Nas fteas pours grandes rors coercas,onde a presen do met. ‘adr mais constant. & 0 primeit proceso que ve fr hott, mas {utes teas, onde oneae cm omeado sa apenas ms can das superiors da ordem feudal, €0 sepundo leer da seid) fue e proces. Asi, 0 sesenvlvmento a ecosina meen TUE E ech ta pcs Menon, Tid tp. Meio 183. 17 {inet Oh Veshnon Let Orgies debe Criletion Atentigue. Neusat I966vespecalmente pp. 129g. Late, Srna Economic del a ders ¢ Commperanes Padua, 3-4. I phe ibe? Honore al Comer, di aouaret tad esp. Baca, 1936 I pp. Uesepe. LSE M Dab Wedron tbe Development of Cara Lames, 1984, BP ve 6 (com os process corelatos de divisto social do trabalho e especial: Zacio da produgio) na medida em que se expande, agrava as condi- (hes daservdio — e no limite promove as insureigses camponesas, Por outra parte, 0 priprio alargamento do mercado, a longa dissin cia, eaimalla a diferenciagio dent da sciedade urbana; o produtor iteto, petdendo o dominio do mercado, tende 2s proletarizar —0 ‘que leva As insurceigdes urbanasl 9, Nos dais serres abet pois a cise socal ‘A longa ¢ persistence recotttncia dessas crises sociais tendev, por seu turno, na medida em que se desorganizavaa produgio. a est Biro ritmo de desenvolvimento do proprio comércio(). Isto, als, fra ainda agravado pela depressio moneviria®), pois economia ‘européia cinha de conter com linhas externas de abastecimento do ‘metal bre. Tal sewago levou a um crdurecimento da competigio tentre os vitioscentos de comercio, com a tendéncia ase fecharem © ‘dominar ax principais ras, O principal stor comercial, o comércio ‘de produros oricatas, fica dominado pelos mercadoresitalianos(s0- bread de Veneto ea eaves mean (Bare ingles, franceses, ibécicos) eforgam-se, asim, cada vez mais, Fela aberara de ove ors No quadto geraldessas tensbes eem fungho delis € que se proce sou a formagio dos estados nacionas. A formasio das monarquias abou ois terol ena pti) fo defo ‘uma respasta a tise; 00 melhor, fi o encaminhamento politico das tensdes de roda ordem, Bfeivament, o estado centalizado, de um lado, promove a estabilizasio da cedem socal interna (num novo cequilibrio das forsar sins, agora subotdinadas 20 re), de outro es TE. Pcoe Les Ancennes Demonte ay Bs. Par, 1910, pai Hugo Eso «Sc Lad Mada edo 8, ral. 1965, pp. 208 2 ‘ice a. Ran «Tad in Medieval Eope: The Nt. Comrie Boo mci of amp, vol (0992) p. 190s. eR. ape Trade Neder Farge: The Souths op. pe 38 ee TWEE Mel is role deer 2 Moyen-Ags. An Hit Bu Soe 1938, pp MCR Uaadel oedarecinlanze Do cre do Sao 3 eta do Aime - Rests de Hung (SP) 1. 1095 pp. 618. Pre Vat Or 9 Momeda vhs tse 1430199) ins ep Batons. 96) pp 3342, 750, CREE. MagabieeGadinbo = sreaione dysumime emamigue da monde sxlaniqus A (son Se Cir 1930. pp. 328es. Economie de Empire Por Iagas see XV XV ses, Pcs 98 nods. A expanse quateenats porraguss, biden, 13. 9p. 3 “4 timul a capeso unin etaminhand 2 peo da ie i abertrs de nova freats de explorsdo meant de ao sig- niles sabercats de nova fp ean done molds suprael mare de, © endo beads tina acumlagio previa de capa quc afr de ongeniczto ca rest da Kade Medi cavam loge de prover. sonia de fecuos a srem mobiizadon, 2 problematic luratdace loose ‘atuago da eropesa— ido io tomara ive! 2 formas de Sepsis macants median ocmprendient S90 taco cenlzae poe anconar como conto crganaer da sue. ‘ag de ese ou dis ces, calizando recursos ef ea acon intemacionl,svazsndo or rerukados, Net & por out mote Su um peaieno extado do ocideneeutopeu, prevocemente cen. Telrad, ~ Porugal ~ pide nears arancada pels vs rts, brid camino ps3 eiperagi da cn ta economia seiedade *uropias, Asim se comptecndetanbema form que este Ce Pitalsmo meteantl em Portal aexa wa pment fe modern, Empres do exado monirguke absohuir4iN. Tormese cus explicia &concotdéacia que indieamos capitulo amen, ene formasio dos esadossacionat« expanioulvamasia, Ppa ESpanka,Provindas Unidas Ingltera Fangs langan sens con. cornea comercial e colonial na medida mest em qu sore ‘am incesmamente come exados nitro ¢centalzdes Toi um proceso asinciOnico nos virios paises a formagie do esta- o centralizado e unitérin; vatou no tempo e no espago a feemwula fencontrada, ¢ ada nova forma se constitula em uma fova pegs 90 jogo das relagoes internacionas. No conjunco« no esencial, pore, ‘se proceso politico emergia das tensces do feudalism que acima indicamos; a nivelago de rodos coma sidite ao poder real. que cen waliziv o poder e 0 delegava, permitiu disciplinat as tenses © 0: confltes socais, ao mesmo tempo em que 2 politica encombmica ‘mercantilistaexecutada atacatasimuleanenmente toda ftentes de rereagio do desenvolvimento ds economia de mercado. A retomada a expansto exondmica por soa ver aliviava as tenses seis, E de fato, o estado moderno ps em execusao com maint ou me- ‘nor intensdade variando no tempo e a0 espago, com Exitos ou fs ‘OMCE M, Nunes Dis =O Gatainmn Movdrgte Praga, Coamba, 196, 63 trasbes uo logo desu eins, politica econmica mescansis tan que preconeaasurutaneamcete a abl das aduams ine st Steequene megiagie do mercado nana, af ecerms Tgidumente proces para promoner ita balan favrsel etererco econsequene igre co lin, colin para com fletenar suomi economia metopeliaaa.Aconsonanca EES pole ecomimea com 4 fe do capo comercial que ihe fatten ca pot pera: iualenteo sao abvolsa IP pied ne fortaleca pel pleat do fiscaismo sei, comple- Glo a rede das interflgoe, Tal consonancia desc por Sarit, redur em grande pare a valde ds rica qu a tona SSanomica the formu a pattdoslsicos, apoiada numa ste SSatenconcetan n que scapavaem grande parte set hit (ds dowtina®. Absoutsmo,societade samen, capitalsmo comes, pot ca dena, expat lean ecloal 20, pan, pat sede un todd, iter apen evensmene neste complex ques fevers charet, ante u term da tradi, Aigo Regie? eto cnjunte proces conelaese interdependencs, produ- teens ds tetera geadas na desires do feudal seo, para a constr do modo de rods captains. Ne sri teemeatana em que a expanso ds tages tecants Pro Shans taperoae da ceoomie dome sensi db regime tip oa, 9 pl cml cman tans neces mas 2 bargucsa meron enconava ebsticulos de Serum pars moter tno de expansi ds atidaceseascen- SESE aE no plano conte aneesidade de sponretemoe Deseila Se THREW. Sa Ware be omomia ow Resi sea exp» Med, 1961, pp. 2026 ‘xf aun Heckshe en poestrs pad desperceitas ea ane ses que tapas ord Keyae. guano ee mort qe, om Eps em ge {rm mimina se ondldades de marpulco povemamenal Gu cat de sm {burlanss do snerin eo expedient mas ncetado de atlas ‘nemmearostnwenomentn paren Cl Teena Geraldo Emp, noe rhe Trad pt Rir deseo, 161, pp 38330. ‘geen ou arc corns do problema da ans feudal dapat, aque eutavaarawcneée do cpa deans onto no we 26 (Br nas mperimes ae ot vin ves eatres da ead stra da Epos Mosca No sure des, re prc dees rescupa si ipl Nese seni. in atamest saps sora de Walle = TP Medi Wo System. New tore. 94 « — ss conomiss colonia — para omentar a acunmalagao, <0 aise politico 2 centlizaczo do poder para unificaro mercado nacional © oblacaoypno dexavncmo 2, Nesesed.w A Aigo Regine Polico ~ esa exeanha €aparente projeio do poder parafor.dn eae —reprccnn sul bapur ‘ani aseguarse das condiges pata garam sta Opis ascensio ‘iar o quad insiucional do desenvolvimento do capitalism co- metal Taam laa stn sbi odo 2 ‘orienta spol datealeza no sentido do progress burgués, std She, panda Revolupio Fans pelo lo MX fos, ab fueta pudestewtna-se, como dia Chases Mora, «onquistado- ‘eemodela asociedade sua imagem. de cord como seu ‘essere segundo os seus valores. Entatégia acm sempre cepts 90 shel da consis individual, espe nga de deals sem conta; a hitésiaconteta dese proceso € sobremaneiatonvoa. Braudel pide falar nas aie da burguesa ©) Ea co 3 contradigdes em que se deseavolre a expansiocaptalia e a axen- So burpue, perpass aquele mecaniimo de fun, subjacent 3 todo 0 procesa nate conte cnsepuareleme dle que pode oan ‘apansio ulcamarina eutopéiae a etiagio das colbias do Now Mundo, A colomzaeso euopéia mode aparece, sim, ex pr meio gat como wm desdobromenso ds expansso puramente ‘ere Fo\ po curso da aberata de novos metas pars cara ‘ho mereantlewropeu que se descobviam as teas smercans,¢ 2 Primes avidade aqui desovolvida impoctou no exambo, cones aborigenes, dos produtos naturas; © povoammento decore inka rent de necstade de garanr 2 pose em face da dispa pela par do now continent; complementa a produto pars ome. {ado cuepe fs fra de ent rena ees noes dons ransitava-s asim como que impetcepivelmeate do cemétco ara 2 coloizgt, mis exe dedabramento cova de ftom tore forma dasa Ni expos oxo laos obser EB Te tr ya Se ca nuamaneatiae Oe eget ge she np eee esa o Hfeamente, a0 € tasitr do comércio para a oloaizago, passara-e da cometcaizaio de bens produzidos por sciedades jt Prabeleedas para a produglo de mereadorias e montagem de wma sere ove, Engram, aap, poroeni ¢ab Tiagio de nova tes, ua integragto nas inhas da economia euto- pei, Aexplorszo ulspasars dewa forma o ibe da czeulasio ‘Ec motcadoris, pata promoters implantao de economins comple imentares eneacuropeis, 0 €,atngia propriamente a orbita da prougo, Endo obrante tis diferengas fandamentais, eas dimen- $oesnovas que ssumia a tvidade colonzadora ao anscendet ex Porago de comérc uluaruarno, a cloniacio guardou na soa es Feociao sentido de empreendimento comercial donde prove a ‘do-exiténcia de produtoscomercaliivels evou 3 Soa produto, € dio result a gto colpszadora. Asim eajustavam gore dees so gud dis eed de cecimeny da cone eure ‘Reolomzaco moderna portant, como ondicouincsvament Caio Prado jr, fer uma nathtezaesencalnente comercial: produit pa ta metado eterno, fomecee produits topics ¢ metas nobres ‘Sonoma europea — es, no fundo, 0 «sentido da colonizacio» ©) Se combinarmos,agots, ets formulasio — o earfter comercial dos empreridimenios oils da Epoca Modeina — com as cons detagesanteriormene feta sobce o Antigo Regime ~ etapa int ‘media entre a desiaterayto do feudalsmo e consttugo doe pitalsmo indus — ei de um sentidor ds colssizagloatin- Bik seu pleno desenvolvimento Ffedramente, a expan da cconomia de mercado, com os po- «gamete dito ox do abu cespecalaie do lac ¢ consequenteelevaao do vel gerl de produuvidade,so- ‘mente apart da mecanirago da produ induseal adauiriy uma foryadeauco-desenvolimento. Poceso que inca pela meant Inacio orstanal de excedeats da produto regional pre-metcant [Namedilaem que a comercial aso se fora permanente, desaca ‘hap, porge aa a nenham que ten bas deci, es 88m ode pues ‘omlifpoy come todo osc erbedal ent empeefdo em cosh eels “bacem nos comigo «do prego porque os eadem m Kena contra cna. que integra acaba ‘Slonizapo com as conomis cena corps, tesidade sje Cente ¢iranente no pce conceo da cones: que 3st ‘Sniinuarente 2 seu eerdon. Nao sc rata pois de spies deno tuinuor comuin presente em todas a taniestases concrete So proceso hioioe mas do detomizane extra, componente + at do ual € poste! connpeendetoconjunt ds rites, Tomandoasitclgher, o cement cin que expla Sefine os Alea, ease define por eles: TE Ne Dub Sass in she Deelopment of Capa, pp 20-20 ONCE Man Webee= Wnachatigerchche, coin, Bet, DS, pp. 296-28. ("EE Fetande A Nora = Colona esters Cana dee coset 70 a realdade, nem toda a colozago se devenroa dentro das tae vat do sera clo Ov aemastucasapcenan haces ‘mente, em estado puro. Apesat de coea, x colonzapio da Nova In: later se deu fort dos mecensmosdefinidores do stem clonal merantists%, ef indieamos nouto paso, om fates epecticos As cls poltico-cigosas da ingles, no proeso de Ramat do estado moderno inglés que deram oiger tesa forma dee pansioulramatina: coldnin de ponoamento, oa cerminologa con SSgradh por Leroy Beaulieu, coe producto se process mats em {ango db perenne dln, on predomi pequena propticdade- A eaegora de col6nas ques Ihe conrapoe, 1S colinat de explorepio!), em uma economia oa volada pala © tmerao exe, metopolitano. cx produsio se organiza na tam de propiedade cscravist, como no Bra, por exemplo No anda memo de nos exposio,esasategotas asumem nova dietsao, ero € fil de ptceber: de explora so 8 colaias mais juste das as quads do items cilia de povoarento as qu fica fe. iatvamente 4 matgem do sitema. Masset verdadeia 0 equema cexpliaivo que vattun constrindo, geundosse ambos oe pos de po algunas teins xa coepés x deveu sie. nels. favamene,» ents 30 subicetclemeno no Bode Urpintates Bram Besar: Clorasimn y acum copia ene Ete pa Madera Bocas Ais 1973.28 TNT toy Beslen- De la Cabmistion cess Peples Modeme, Pi Uirdapp, Shoop NaS cd Da Inve lepp. 86s Baer las pio de Renker CE W Homer eR Janaach” Kelomten. Kolsmapolih aad tawaedenorg. ed Leptie I8HS. pp 232 A ted de TBH6. Nein n mente, que retomat mais adiante alguns elementos jé aqui adianta- tos, pura tecompotmas a posigfo de Portugal metropolitano eda co- Tonia Beas! no conjunto do sistema, e pois amaneira como ais ge- ral afeta as telagtes Portugal-Brasi, Asim, pensamos, nossa anise Ins se conctetiaando cada vez mais. b) O vexctusioos metropolizano Eaminemss, pols, 8 meeoismos de fncionamento do Antigo Sema colo do mereantlisa, Eno rene do como cate tmetpolesccloiasgu se stm elemento esencial dese mec te OF Renae culation como Ue tna, as mctpoles eropens na realidade ogenizavam um quae ‘frciona de cages vendents + pomoveraeesafamente uh {Stimulo 2 acumlag pimiva de expt ox economia metopol- {ina'a capensis das conomias peers colons, O chumato {monopslb colonia ov mals cometamentee usando wn temo da prop pea, o vein do sesclusvos metropoten constuia Boss cai po exeleci dosima, aves do quale por Seca o sjusameno da expisio colonaadora nos pocesos da conor ¢ da stedadecotopéa em tango part 0 capitalise ince Creme i defo 0 nero da oonzaso do Antigo Regime, ig € ps ceca sidades mereants prcesavase 400. prsiospoveumento eruagio da nova fray. Baga esa de fone Sscmido qu indxaes ances da colonsago da pra Mode ter lnc tn uma Eup» expantso da economia de metado, {Coma meteaniizaga crescent ds in seoresprodutvs antes ‘tugem da ciclapn de mercado ~a produ colonial, st €, 1 rll dos cos etades a perifera do ents dindmicos Cute eus par malin, et a podusio metal gad fran es inhas o alice inirnaional. 89 jt nda oseatdo [Xolmizn como pea eumiladora do capitalism meant ‘nso comeicoloral cr pata aso comer ecu da me topole,prador de super itor, 0 que completa quel cratetien {dow Bde fo, como procurstemas ind sinctamente aor, right Calonesn, Beeeoped of Seed Scenes, ¥ pp 693603. FA. No a) Coloago © Stem alee "ACE EY Horton The roe of maple othe wa st Barge tee Ne Ae som a 38.1948, 53 7 apesar de todas 2 vatagdes que soferam ao longo dos séclos XVI, XVie XVI as telagies comets dis metopoles com sas espe. divas colnias,aquele regime foi a mattis Daska devas telagbes, “ntendeio-s assituagoes que se afastam dese procedimento tice Como variagdes decorrentes de fatores espe ow esunstancias. Desdobramento da expansio comercial ¢ mariima dos Tempos Moderoos, a coloniraio, como jt indicamos, signlicva a produto de metcadoris para 2 ropa, naquels areas descobertas em que tividades econdmicas dos pores «primitvose nioofeream a pos bulidade de se engajatem relabes meteantis vancajosss as caminhos do desenvolvimento capialistaeuropeu. Asim, passavese, da sim: ples comercalizaao de produtos ja enconttados em producio orga fizada, pam a produ de mereadois para o comer; ving {do como proveme am simple puts comercalierto —-cootr {io jd iseta x comercialzago dos prodtosclonias no tegime mo- toposes caraceristio da fiseantefior. Foi efetivamente exclusiva ‘coméccio que se montou com a aberira das novas rots occincat to nico da Epaca Moderna, Dutuote toda a expansao quatcentis: {a portuguesa; a exploraao do comecio da costa alia africana foiapandgin doe, io €, do eatado mondxquic absolutta ex te podia delegé-lo 3 outosoros, a Ordem de Cristo na pesion de Seu Grio Mestre o Infante D. Hegrique, attendilo a empresiios Partculares, mesino esrangeitos 9, que o principio bisico do te Pn ees ccm oman fuanenas debava de TReslizado em 1497 0 péiplo aftcano, descortnavacse sor porte uses a posibilidade de explora o cométco das caus abcana ¢ Sitica do Indico, Montou-se entio todo um atcabouo palo militar, vice ino portuguts da India, para excaien mugulmanes através dees os talanos de partiparem nas aivdades mercanis tours palawas, oganizou-st um apaelho de frca para garaci © LSA peie nfl commer colons fre as Borugal objet un poke Linder Lonay = LExpanonclomale des pene earopdem4 res 190). "He Lgo ups ultapazagem 6 abo Bed = mato deco oft da ea eri pote smarts yest at ets dsb sau ‘tan do Inte D: Heme, CF Cars pa de 2 de oto de 1443. = [Baten wie expense poruguce, orgnagioe ots de V. Magathis eae a sb 149). 1. "Ripe gal do nando comércs na cxpanto popu. CE a. tane Su Capa Mars Praga (eam, 1963). TB *B ern hail, Fess Semin apnea tea ci iigiamans abe an eee eee eat adidas stage Sees mas ave etal ies me ae en ene te seers ars mia heeeretemnat acai ; ici eategacar ata Spgutmnmeta enna teen Teton inmee tienes ne iceahae amr ee Pea gee es acme ee eae ‘Ses range i Cite Soaring ree ene cat saeco tier cena snub eae ia nea hs cenlion macnn arate ‘Reopvacmt te es a pe deoeurintrane Pram cna, Provocar quebras ¢ faléncias(36. Spe dit dn wane reeds ee de geome a emt romance Ce Serene Ceara Eocentaemcione cst Seyi ie redone ae Claire tamnatehs gerne fee tales eee san es Indico, recuando 0 volume das atividades comerciais (37), JS saps Vicente Almeida Nomar Etowimicas da colo rages ee nha 7 pn ht fren memipinchan tarde da atten © seo ponuputs fio 2 peoeato hold 0 ino do séeolo XVII, Apesar da guetta de independéncia (1579, uniio de (Uuecht) ¢ da unigo ibévica (1580), continuow ainda a partiipagao decua da Mundie no coméran ental stars de Lia. rn 1585, potém, ano da tomada de Ancuérpia pelos espanhdis, navioe holandesessio apreendides na capital portuguesa 8) Sob Filipe 1, ‘ontudo, procurou-se ainda evitar a muptara das elas cometcais, tal erao geau de vinculasio¢ a imporcncia dos entrepostos da Flan- des para 4 comercalizagao des produtos do Oriente. Em 1398 en- fim todo 0 comércio com Holanda € proibido decretando.se os se- _qbestros — seit bétbaros, como o chamou Grotis (5), Nessa con- junrura, ia-s articnlando a Holanda 0 projeto de telagbes comer ‘ais dietas com 0 Oriente, Mobilizarem se recursos, ¢ em abil de 1595 realizou-se a primeira viagem de resultados pouco compensa dores:a rota da India porém, para os holandeses, estava aberta (0) Ora, 1 posigio dos Patses Bais no concexto da economia euro- pia era mato peculiar. Desde a Idade Média, ess repizo se vinha Aestacando como um dos mai ativoscenttos de desenvolvimento da ‘conomia de mercado na Europa: Bruges, n2 baixa Idade Média, Antué:pia a partir do séeulo XV1 9), eram ceatros de circlas30 cconimicosfinanceita 2 tvalizr com as ddades italianas. A viquesa es mundial de 15171324 0 imptrio prugut, 9p opp 12-535 lune {Seconds eden eesti dp seo a0 sla Sin. op. tp. 197 Sip. itl Mauro Le Prngl et Aung ne VIL Pa WD), pp CE GR Bone” Te Poapeeseeaboree Empre N. Yank 90, 8S (0 vec potguts em fected pene ds nnn precio nao tbe. ‘a lea epi, como os Jel Sra, eo dae condo Sons ate ton. Septin de Vere, Cabin, 952 ‘ONCE G. Lasanto = Sons Bzonomicsde'té Moderne e Conempranes&* ‘Pd 1938, 41, pp 209296 HA. Brno van Colder Hho Pay a Pus, 1986.p.34°HL Wixjen 0 dbs coma Holos no Bra tnd. poe 5a. 1938, pp. C56 ‘CRs Berge de Holndac Olga Pantene, Holandoe ingle. sex 1no Baal quinbe ati Harn Cor tC Bede, 190, he tole pp 163466 41 van Geld, opp. Ch Re Banc opp 108 5 "E.G Luzato, ope. p. 26. V. Vaguen de Pods Hato Boao mice Mend, Mad 96,1 p. 313. BAL Vie: la Inne Onenae Ho- ndeasy nL Nace Halide di poe Butoomen Lancet ep. ME sto. 1943 340, Maselman «Durch noma play inthe VIN centre Tope ti, 21, 1961, po 45-156 {0 pogrom evel que oa ciade Anti) eo ena » ‘lamenga advina pois de ua posigio de entreposto, centro de rans- feréncia dos produros e tedistribuigio das vias dceas econdmicas ‘européias 2), em suma o caring trade. Data saa politica cond ‘ca pautada sempre num grande liberalism, exatamente pare aril 38 mercadotas de sodas as eas, reistibuindo-as em seguida, Des- ‘arte, e fundados nessa ttadigio, 0s holandeses a partir do fim do sé- culo XVI, organizatam varias emptesas autOnomas para tentat co- inicio direto com o Oriente: entre 1595 (primeira viggem) 2 1602 Foemaram-se ceca de uma dezena de companhias, armando 65 na vio, Paes serum ko, Pr mina esas fram des roses. E que elas acabavam por compett na compra dos produtos ‘orients, 0 que pate mais era agravado pelas eondighes desse comét- cio « longs distnciae, no Indico, dependeate das mongbe Neste quado € que se comecava 2 tomar conscéncia da necesida- de de alterar a oriencasio da politica econSmica telativa a0 Oriente A companhia de Amsterdam, que conseguia manterse em bows

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