Você está na página 1de 141
Estrategia CONCURSOS Aula 03 Direito Processual Penal p/ Delegado Policia Civil-PE (com videoaulas) Professor: Renan Araujo Direito Processual Penal ~ PC-PE (2015) DELEGADO Teoria e exercicios comentados Prof. Renan Araujo — Aula 03 SUMARIO PAGINA Apresentacao da aula e sumario o1 I = Da Jurisdicao 02 II — Competéncia 17 III - Da competéncia Penal do STF, do STJ, dos 41 TRFS, dos Juizes Federais e dos Juizados Especiais Federais. [ Questes jurisprudenciais relevantes 57 Lista das Questées 62 | Questées Comentadas 88. Gabarito 139 Old, meu povo! Hoje vamos estudar a JURISDICAO E A COMPETENCIA. Muito cuidado! Veremos alguns posicionamentos jurisprudenciais importantes, tenham atencao! Bons estudos! Prof. Renan Araujo Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Direito Processual Penal — PC-PE (2015) nos DELEGADO Estratégia Teoria e exercicios comentados Prof. Renan Araujo — Aula 03 I - DA JURISDIGAO A) Conceito 0 Estado, enquanto poder soberano, exerce trés grandes fungées: Administrativa, legislativa e jurisdicional. A primeira é exercida pelo Executivo, a segunda pelo Legislativo e a terceira pelo Judicidrio. Nas aulas de Direito Constitucional vocés veréo que, na verdade, Gadalum a0 exelusivamentel Entretanto, para o nosso estudo, basta que vocés saibam isso. Dentre estas funcées, como eu disse acima, ao Judicidrio cabe a func&o jurisdicional. Mas em que consiste a fungao jurisdicional? Para entendermos, vamos 4 etimologia da palavra. Jurisdiggo deriva do latim, juris dictio, que significa BEZERNO DIREITO. Partindo desta premissa, podemos conceituar a Jurisdicao como: A atuagao do Estado consistente na aplicagéo do Direito vigente a um caso concreto, resolvendo-o de maneira definitiva, cujo objetivo é sanar uma crise juridica e trazer a paz social. E importante que vocés n&o confundam os termos PODER JURISDICIONAL, FUNGAO JURISDICIONAL E ATUACAO JURISDICIONAL. O primeiro (PODER JURISDICIONAL) é entendido como o Poder atribuido ao Estado, de dizer quem possui o direito num caso concreto. Na verdade, ha muito tempo a ideia de jurisdicéio passou a ser compreendida no apenas como o Poder de dizer quem tem o direito, mas de fazer valer Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 2 de 140 Direito Processual Penal - PC-PE (2015) DELEGADO Teoria e exercicios comentados Prof. Renan Araujo — Aula 03 © direito de quem o tem. E esta materializacéo do direito se da, no processo penal, através da execugao da pena. EXEMPLO: Imaginem que Jo&o seja condenado a 10 anos de reclusao por ter praticado o crime de homicidio. Basta que o Judicidrio pendure numa moldura a sentenga que condena o réu, a fim de se gloriar por ter dito que ele era condenado? Claro que nao. O Estado deve ter o poder de fazer valer esta decisdo. Isto se dé através da execucio penal. Essa breve fugida para 0 processo de execuco serviu para lembrar a vocés que jurisdicfo n&o é somente dizer o direito, MAS FAZER VALER O DIREITO! J4 a FUNGAO JURISDICIONAL ¢ concebida como um encargo que 0 Estado delega a um de seus Poderes constituidos (via de regra, ao Judiciério). Eu disse, “via de regra”, pois os outros Poderes também exercem, em casos especificos, a funco jurisdicional. O Legislative, por exemplo, é quem exerce a funcio jurisdicional do Estado no processo de impeachment do Presidente da Republica, (artigos 49, IX e 52, I da CF). Nesse caso, 0 Legislativo decide com DEFINITIVIDADE a questao, nao cabe revisdo pelo Ju jo. Esse é 0 caso mais exemplar de exercicio da funco jurisdicional por outro Poder. Noutros casos, como nas sindicancias e processos administrativos que tramitam perante os diversos érgaos publicos, também ha exercicio da fungdo jurisdicional, embora nestes casos a matéria possa ser levada & apreciacao do Judicidrio, ou seja, néo ha DEFINITIVIDADE. Nesses casos, hd o que chamamos de coisa julgada administrativa. Isso quer dizer que na esfera administrativa ndo é mais possivel alterac8o, 0 que, como disse, néo impede que a questo seja levada ao Judiciério. Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 140 Direito Processual Penal ~ PC-PE (2015) DELEGADO E tegia Teoria e exercicios comentados Prof. Renan Araujo - Aula 03 Por fim, a ATIVIDADE JURISDICIONAL é 0 conjunto de atos exercidos pelo agente do Estado que, num determinado processo, esta investido da func&o jurisdicional, via de regra, o Juiz. Esse agente & chamado de Estado-J: A finalidade da jurisdigdo, ou seu escopo, é trazer a paz social. Entretanto, essa é sua finalidade social. Ela possui, ainda, pelo menos duas outras finalidades. A jurisdico possui um escopo juridico, que é resolver o imbréglio juridico que perdura, dizer quem tem o direito no caso concreto, segundo 0 sistema juridico vigente. O fortalecimento do senso de democracia participativa também se insere nesse escopo da jurisdic&o, quando falamos, por exemplo, da Aco Popular (que também possui previsdio para o a seara penal). Possui também, uma finalidade politica, que é a de fortalecer a Por fim, a jurisdig&o possui um escopo educacional ou pedagégico, que, no processo penal, tem por finalidade transmitir populacao a aplicagao pratica do Direito, fazendo com que a populacéio se torne cada vez mais consciente daquelas condutas que séo penalmente tuteladas (parte da Doutrina entende como sendo integrante do escopo social). Resumidamente temos 0 seguinte: PODER Poder que o Estado possui de dizer quem JURISDICIONAL | possui o direito num caso concreto. . Encargo que o Estado delega a um de seus FUNGAO Poderes constituidos (via de regra, ao JURISDICIONAL Judiciario). Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 4 de 140 Direito Processual Penal ~ PC-PE (2015) ns DELEGADO Estratégia Teoria e exercicios comentados Prof. Renan Araujo — Aula 03 ATUACGAO Conjunto de atos exercidos pelo agente do JURISDICIONAL | Estado, via de regra, 0 juiz. B) FORMAS ALTERNATIVAS DE SOLUCAO DE CONFLITOS © Direito admite outras formas de solucéo dos conflitos sociais que no seja através do Poder Jurisdicional do Estado. Sao eles a Autotutela a autocomposicao e a arbitragem. A autotutela é a forma mais primitiva de solucSo de conflitos. Baseia-se no exercicio da forca, por uma das partes, para fazer valer o seu interesse, 0 que implica no sacrificio do interesse que a outra parte alega ter. Por se tratar de uma forma de resolucae de conflitos um EXCEPCIONALESSIMAS HIPOTESES, onde nao é possivel esperar a atuacio do Estado, sob pena de perecimento do direito da parte lesada. Como exemplo de autotutela legalmente permitida, temos a legitima defesa, no processo civil e criminal (art. 188, I do CC e 23 do cP): Art. 23 - N&o hd crime quando o agente pratica o fato: (RedacSo dada pela Lei n° 7.209, de 11. 984, (Go) I - em legitima defesa;(Incluido pela Lei n° 7.209, de 11.7.1984 No entanto, por se tratar de um meio de resolucéio de conflitos muito arcaico, como disse a vocés, 0 Estado sé permite o exercicio da autotutela em hipéteses excepcionalissimas. Alias, 0 ato de “fazer Justia com as préprias maos” & considerado crime de “exercicio arbitraério das préprias razées", previsto no art. 345 do CP: Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Pagina § de 140 Direito Processual Penal — PC-PE (2015) ns DELEGADO fe Estratégi Teoria eexercicios comentados weuRSOS Prof. Renan Araujo — Aula 03 Art. 345 - Fazer justica pelas préprias mos, para satisfazer pretenséo, embora legitima, salvo quando a lei 0 permite Portanto, “fazer Justiga com as préprias mos”, somente quando permitido expressamente por Lei. Fora desses casos, somente ao poder Judicidrio incumbe fazer Justiga. A autocomposig&o, por sua vez, implica no sacrificio parcial ou integral da pretens&o das partes envolvidas. Fundamenta-se no acordo de vontades e ndo na forca, por isso, se coaduna mais com o Estado Democratico de Direito em que vivemos e é uma das formas de solugao de litigios que mais cresce no pais. A autocomposicio se divide em transacgéo, submiss&o e renuncia. No processo penal, a autocomposicao possui um campo de atuacao muito reduzido, pois 0 Direito Penal tutela direitos indisponiveis. No entanto, com o advento da Lei 9.009/95 (Lei dos Juizados C) Caracteristicas da Jurisdicao 1) Inércia 0 Principio da inércia da jurisdic&o significa que © Estado-Juiz s6 se movimenta, sé presta a tutela jurisdicional se for provocado, se a parte que alega ter o direito lesado ou ameacado aciona-lo, requerendo que exerca seu Poder jurisdicional. Entretanto, existem excegées. Vocés nao precisam saber todas, até por que isso nunca sera cobrado em uma prova objetiva. O que vocés Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Direito Processual Penal — PC-PE (2015) nie DELEGADO Estratégia Teorla e exerciclos comentados TuCuRSOS Prof. Renan Araujo — Aula 03 precisam saber é que hd excegées, e isso basta. Uma delas é a possibilidade que 0 Juiz tem de, ex officio (sem provocagao), conceder a ordem de Habeas Corpus, sempre que a pessoa estiver presa mediante abuso de poder ou ilegalidade. Nos termos do art. 654, § 2° do CPP: § 20 Os juizes e os tribunais tem competéncia para expedir de oficio ordem de habeas corpus, quando no curso de processo verificarem que alguém sofre ‘ou est na iminéncia de sofrer coacéo ilegal. A jurisdic&o é inerte por alguns motivos, dentre eles: % Um conflito juridico pode nao ser um conflito social, e nao cabe ao Juiz criar um; > Um Juiz que dé inicio a um processo, mal ou bem, esta a indicar para qual lado tende a julgar, e isso violaria o principio da imparcialidade de Juiz. Assim, no pode um Juiz dar inicio a um processo (salvo as rarissimas excegées legais), sob pena de violacdo a este principio da Jurisdicao. eH (INDO mais fundo Um Juiz n&o pode dar inicio a um processo sem que haja provocagao, nem julgar um pedido que no foi feito, porque isso seria um burla ao principio da inércia. Suponhamos que Pedro tenha sido denunciado pela pratica de um crime de homicidio. Nao pode o Juiz, valendo-se da dentincia oferecida, condend-lo, ainda, por um roubo cometido em outro momento, e que nao fora objeto da dentincia, SIMPLESMENTE PORQUE ISSO NAO FOI OBJETO DA AGAO. Isso é 0 que se chama de principio da adstricéo, ou Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 7 de 140 Direito Processual Penal — PC-PE (2015) a DELEGADO falEstratégia Teoria eexercicios comentados ee Prof. Renan Araujo — Aula 03 ae Depois de ajuizada a ac&o, e consequentemente, provocado o Judicidrio, a inércia da jurisdigéo tem fim, e 0 processo é conduzido por impulso oficial (sem que haja necessidade de provocacdo das partes). Entretanto, embora nao haja necessidade de provocagao das partes Para que © processo tramite, em algumas situacées, o desenvolvimento dependera da colaboracdo das partes. Tanto ¢ que a inércia do querelante, nas ages penais privadas, por determinado lapso temporal, gera o fenémeno da perempg&o, j4 estudado. Fato é que, embora a parte deva, em alguns casos, colaborar para 0 tramite do processo, apés a movimentacdo do Estado-Juiz, a parte SEMPRE TERA UMA SENTENCA. Entretanto, a simples provocacdo do Estado-Juiz nao garante ao autor uma SENTENGA DE MERITO (Mais & frente estudaremos as diferencas entre ambas). 2)Existéncia de Lide A lide & um fendmeno fatico (NAO JURIDICO), necessariamente anterior ao processo. Consiste na existéncia de uma pretenséo por uma das partes, que sofre resisténcia pela outra parte, gerando um CONFLITO DE INTERESSES. Embora no processo civil a lide seja uma caracteristica indiscutivel da Jurisdigéo, no processo penal ela ¢ dispensavel, pois o individuo somente poderé ser preso, ou seja, cumprir pena e pagar pelo seu delito perante a sociedade, apés o processo penal. Por isso, dizS@ que 6 processo 3) Carater substitutivo Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 8 de 140 Direito Processual Penal — PC-PE (2015) ae DELEGADO Estratégia Teorla e exerciclos comentados ee Prof. Renan Araujo — Aula 03 Diz-se que a jurisdic&io possui cardter substitutivo porque a vontade do Estado (vontade da lei) substitui a vontade das partes. Entretanto, nem sempre isso ocorre, visto que, como jé dissemos, existem agdes em que a vontade do Estado ao prestar a tutela jurisdicional ndo substituird a das partes, por coincidirem. Ex: Imaginem que o MP denuncia A, por homicidio em face de B. A, no entanto, concorda com a punic&o e a reconhece como merecida e justa, ndo se importando em ser preso, pois matara o assassino de seu irmao. Como © préprio nome indica, meus caros alunos, a jurisdicdo é dotada de definitividade, ou seja, @mi)um|dado\ momento) \adecisao prestada pelo Estado-Juiz seré definitiva, imodificdvel. Claro que essa definitividade s6 ocorrera se a demanda for apreciada no mérito. Se estivermos diante de uma sentenga meramente terminativa (que no aprecia 0 mérito da demanda), esta nao fara coisa julgada material, logo, a tutela jurisdicional prestada néo seré definitiva. POR ISSO SE DIZ QUE AS SENTENGAS DE MERITO SAO DEFINITIVAS. Entretanto, alguns doutrinadores entendem que no caso de no haver sentenca de mérito, NAO HA JURISDICA CUIDADO! Nos processos em que hd sentenga condenatéria, esta nunca faz coisa julgada material, pois, a qualquer tempo, pode ser promovida a revisdo criminal, desde que preenchidos alguns requisitos, nos termos do art. 621 e 622 do CPP: Art. 621. A revisdo dos processos findos serd admitida: I - quando a sentenga condenatéria for contraria a0 texto expresso da lei penal ou a evidéncia dos autos; Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 9 de 140 Direito Processual Penal — PC-PE (2015) DELEGADO Teoria e exercicios comentados Prof. Renan Araujo ~ Aula 03 II - quando a sentenga condenatéria se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos; III - quando, apés a sentenca, se descobrirem novas provas de inocéncia do condenado ou de circunstdncia que determine ou autorize diminuicao especial da pena. Art. 622. A reviséo poderd|ser requerida em qualquer tempo, antes da ‘extingo da pena ou apés. D) Principios da Jurisdicao D.1) Investidura Para se exercer a Jurisdicéo, deve-se estar investido do Poder jurisdicional. Como esse Poder pertence ao Estado, ele é quem delega esse Poder aos seus agentes. Essa delegacio do Poder jurisdicional se dé através da posse no cargo de magistrado, que, no Brasil, pode ser por concurso publico (art. 93, I da CF/88). ou pelo quinto constitucional (art. 94 da CF/88). Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporé sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes principios: I= ingresso na carreira, cujo cargo inicial seré 0 de juiz substituto, mediante concurso piiblico de provas e titulos, com a participacso da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, ‘no minimo, trés anos de atividade juridica e obedecendo-se, nas nomeacies, 4 ordem de classificacgo; Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territérios seré composto de membros, do Ministério Pablico, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notério saber juridico e de reputacdo ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista séxtupla pelos 6rgaos de representagao das respectivas classes. Parégrafo Unico. Recebidas as indicagdes, 0 tribunal formaré lista triplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolheré um de seus integrantes para nomeacao. Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 140 Direito Processual Penal — PC-PE (2015) nie DELEGADO Es stra te =gia Teoria e exercicios comentados Prof. Renan Araujo - Aula 03 Por isso, muita ATENGAO! Se houver uma questéo dizendo que a Unica forma de investidura da fungao jurisdicional for através de concurso publico, esté redondamente ERRADA! D.2) Indelegabilidade Aqueles que foram investidos do Poder jurisdicional n’o podem delegé-lo a terceiros. Possui duas vertentes: Externa e Interna. Na sua vertente externa, significa que ndo pode o Poder Judiciério (a quem a CF/88 conferiu a fungo jurisdicional) delega-la a outros érgdos ou a outro Poder. Na vertente interna, significa que, apés fixadas as regras de competéncia para julgamento de um proceso, ndo pode um érgéo do Judiciario delegar sua func&o para outro érgo jurisdicional. Embora n&o concorde com essa ultima divisio (pois entendo que quando um Juiz delega a competéncia para julgamento de uma demanda a outro Juiz, ndo esta delegando jurisdicaéo, POIS AMBOS A POSSUEM. Esté apenas cometendo uma irregularidade funcional e violando o principio do Juiz natural, mas no se pode dizer que esteja delegando jurisdicio), m ter em mente na hora da prova! © D.3) Inevitabilidade da jurisdigao Esse principio é aplicado em dois momentos distintos. Um é a vinculag&o obrigatéria ao processo, e o outro é a vinculaco obrigatéria aos efeitos da jurisdicao (ou estado de sujeicao). Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Pagina 11 de 140

Você também pode gostar