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mM COPIA LMuinae © PROF: JORA A DORA (lego QUESTO ANDES | ara Dauto raat Peso Beata || euttaerane asta ees ee uss Fonacas Cause se cheine Val std Casto uss Frewenas 0 Cor180 avi Fala Rediqus Que Fvcaniae eit dele Cuno Fanta (ust Fsuems 4 | Dalla Man Qustes Femuuso0 St Hasso Mata angela Vibes ses Foss Se eo Psi enaage aus aus ne pe copias— aL an Jeyntose” 2 Due | opmuus- 2007 ua ancien C28 ir ero bas) Te. tin ses xinssmaer \Opadinconbr vmsauisconte son sraasc92700 César Ricardo Siqueira Bolafio Qual a légica ‘das politicas de comunicaséo no Brasil? . Cyd Paulus Ameméria de Dariel Her, exemplo de desprendimento 2 genarcsidadena lute pela democratzardo do Brasil APRESENTAGAO [FR | dbietivo deste livro € discutir © modelo de Oi ese ncccss aate ‘acro-setor das comunicagOes no Brasil, ana- lisando a evolugdo historica da legislagio sobre o tema, pprocurando detectar,na literatura especializada, as prin- _Sipais tendeéncias através das quais os atores hegeréni- 0s influenciam os processos regulatorios e leislativos. ‘Trata-sede analisara regulamentagao & luz da regulacio, no sentido propriamente regulacionista dos termos, na perspectiva da convergéncia entre o audiovisual, as telecomunicegdes ea informitica, considerando a ques- tio da diversidade cultural e da regionalizagio, dada a crescente importincia da producto de programas, num momento em que a tendéncia a digitalizagdo universal ¢ a convergéncia apontam para uma reestraturacio geral dos setores de software econtetido. Para entender o problema em sua amplitude é preciso ir além dos aspectos juridicos formais e analisé-lo na perspectiva da Economia Politica e da reestruturagio dos mercados e das relagdes de poder e hegemonia que se processam hoje no setor do audiovisual no pais. A politica audiovisual brasileira, tal como aparece, plasmada na legislacdo, retrata a estrutura hegemonica do setor, tal como foi constituida pela dindmica das Iutas entre os atores relevantes no ificio dos anos 60 e, hat sats domaine as sobretudo, a partir de 1964, Desde 1962, os setores de radiodifusio etelefonia eram regidos no Brasil por um “inico instrumento legal, 0 Cdigo Brasileiro de Teleco- ‘municagdes (CBT), Esa situacHo perdurow atéa reforma das telecomunicasdes, no governo Fernando Henrique Cardoso, que acabou coma fragmentactoe privatizagio do sistema TELEBRAS e a conseqiente entrada de viviag empresas, principalmente estrangeira,além da eriagio eum 6rgio autdnomo de regulacdo,a Agencia Nacional de Telecomunicagses (ANATEL), que assumiu fungdes anteriormente execidas pelo Ministério das Comanica. Bes (MINICOM), No projeto original do governo,estava previstas trans- feréncia também para a ANATEL da regulacio do sistema deridioe TV, apartirda aprovagio da chamada Lei Geral da Comunicacto EletrOnica de Massa (LGCEM), que seria a segunda fase do projeto reformista do ex-ministro Sérgio Motta, Mas apenas a TV a cabo, que possui ums lei especifica ¢, posteriotmente, as outras formas de TV segmentada passaram a ser reguladas pela nova agéncia, permanecendo o rédio ea elevisto aberta submetidos a6 velho CBT. ALGCEM nunca chegou a ser encaminhada ‘0 Congresso Nacional Murilo Ramos fala na existéncia de um “paradoxo da radiodifusio” no Bresl.apartr domomento em que sed a reestruturagdo das telecomunicagées, deixando intacto sistema de rédio e televisio hertaiana explicitando hem acaracteristica fundamental do nosso modelo de regula. ‘o, até hoje inalterade: ‘para aseguraracontinuidade de ‘sua maior autonomia possvel diante dos poderesestatais « dos controles da sociedad, a indistria da radiodifusdo eptou pela inovagto téenicojuridica de situar-se como serviso singular, constitucionalmenteestabelecide, ¢ nao como servigo de teleeomunicagdes, tal qual ocorre nos demais paises do mundo” (RAMOS, 1997b, p. 176-182). orem Ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, foi criada a Agencia Nacional do Cinema (ANCINE), 'a perspectiva de sua transformagzo posterior em uma agéncia que regulasse o conjunto do setor audiovisual (ANCINAV), Sob a presidéncia de Luis Indeio Lula da Silva, 0 Ministério da Cultura retomou a iniciativa, mas softeu forte oposicao de setores empresariais e acabou Tecuando, Também uma lei geral para o audioviswal foi tentada pelo MING, sem sucesso, De um modo geral, ainda que alguns avangos possam ser detectados no con. cernente a elaboragSo de projetos de mudanga, como o proprio Sistema Brasileiro de Televisao Digital (SBTVD), 8 paralisiaregulamentar do governo Fernando Henrique Cardoso em matéria de comunicagdoe cultura prosseguia 10 primeizo governo Lula. Nao se pode negar, em todo caso, a existéncia —com- Provada inclusive dursnteo regime militar, no momento do processo de cancessbes de emissoras de TV que se Seguit a quebra da Tupi ~de uma preocupagiono mundo politico coma concentragao de poder da comunicagioem Poucas maos. Todo o modelo brasileiro de egulacao do audiovisual, no entanto,baseado no CBT eespecficado 20 longo do period aucortéto, tem se mostrado altamente concentradore totalmente avesso & mudanca, De onde vem esse autonomia to impressionante? A legislagdo, na verdade, nada mais é do que a formalizacao | governo Sarney, quanto pela estrutura do préprio oli- ‘gopélio privado, montado sobre um sistema de afliadas que promove a articulagao de interesses econdmicos € politicos entre grupos nacionais e estaduais, tomando {néctos 05 limites legais propriedade acima citados. O resultado é um modelo de televisio em que a pro- “ducto é extremamente centralizada nas cabegas de rede situadas em So Paulo ¢ no Rio de Janeiro, contum tinico caso de sucesso mais importante de empresa regional (RBS, afiliads da Globo) A competitividade internacio- @| al des grandes reds brasileira, especialmente a Globo, atestao sucesso do modelo, do ponto de vista econdmico, ‘mas esconde fracasso do sistema educativoestatal'e das oras locais, exsencialmente limitadas condigio de retransmissoras. @ Os fatores de mudanga desse modelo estio relacio- Thados &situagdo da distribuicio da renda nacional, que qualifica 0 pablico de interesse do mercado publicitério: 4 fatores de ordem politica, que determinam o arcabouso regulat6rioje@ introdugao de inovagbes teenolégicas que Str cas da aS, CRU (1986 SANS (90) OD 2518) roe a pbieade nat enka nama fr shanene cela pelos ceesenis de eins emer ee cri, 3 ce eet conose esis errs asen ann dig cnet sca serie en gus apa ser pl ps ea rca, eo ema ibe etal ch cor, 0 Sete 23567, sag 13, chap saponin fede euch se sestnrd 4 inact de programas ecucacenas mecant transmis de ass ‘onfertrces, please debates” songs banat sie posites aia tut em sew secs float ean de cana & pcs os 8,2 bla cme aside earn patocia sacs et, 967, ose ato Sobonanat Chin Basi ce Terns "7 promovem a expansio da TV segmentada e de outras formas alternativas de ocupagdo do tempo livre das ca- rmadas de consumidores, como a internet, por exemplo. ‘Todos esses fatoresacabaram por se conjugarno inicio dos anos 2000, materalizando-se na crise de financiamento do setor das comunicagées, que abre novas perspectivas ‘de mudanga, como verernos. Em suma, o modelo de regulacdo do audiovisual, ges" tado nos anos 60, €nacionalistae concentracionista. Ao ‘mesmo tempo em que protege os capitaisinstalados da concorréncia externa, limita a manifestacdo das expres s0es locas €o desenvolvimento de um panorama au visual diversificado, servindo basicamente aos interesses politicose econdmicos hegemonicos que se articulam no seu interior. Assim, a inexisténcia de regras anti-mono- polistas, como aquelas relativas & propriedade cruzada ¢ Corentago mulimii, vdenci menos um posto liberaismo do modelo do que aexisténcia de uma espécie de capitalismo selvagem por parte de grupos familiares e cligarquias locais e nacionais que detém o privilégio da exploragio privada desse bem publico que € 0 espectro de frequéncias,protegidos por uma lei criada sob medida para servir aos seus interesses particulares. ( pprocesso de concessoes levado adiante pelo gover- no de transigio de José Sarney representa o auge dese inodelo: "Durant govern do presidente José Samey as concess foram ostensvamenteutlzadas come moeda poltica, dando crgem a um des epsidis mals antidemacraticas do processaconsttunt,, im wraca de votosfaveravels 20 mandato de cinco anos para Presidente foram negacadas 418 novas concessbes de radio @ televissa\Com isso cerca de 40% de todas as cncessbes fas fn Se 95 oar ns ae 18 ul igi despots de coma rat? radio © TV~ 0 que representa 30% de todas as concessbes fetes no pals desde 1922" AMBEIRO, 2000, p 82) No governo de Fernando Henrique Cardoso, a outorga deemissoras de radio etelevisio passou a ser submetidad leidelicitagbes,o que acabaria com a distribuigéo politica das emissoras comerciais, mas a concessto de emissoras educativas continuow sendo feita pelo Poder Executivo ‘Assim, “pelo menos 13 deputados federas, alémn de de- putados estaduais, prefetos, ex-deputados e candidatos 8 cargos eletivos,receberam concess6es’, sobretudo éoca do Ministro Pimenta da Veiga, que substituiu Sérgio Motta na pasta das comunicagbes, No total, além dda venda de 539 emissoras por lcitagio, “FHC autorizou 357 concessBes educativas, sem licitacio. Figueiredo dis- tribuiu 634 e José Sarney 958, basicamente comerciais, {gualmente sem lictaca0" (LOBATO, 2002). Carfruzo 2 Conservadores e progressistas na Constituinte e na definicao da Lei da TV a Cabo PR] | 2 periodo de transigio democritica, durante © governo Sarney, 0 Congresso Nacional, além das suas fungbes cotidianas,assumiu aquelas de ‘uma Assembléia Nacional Constituinte. No seu interior, ‘rosso modo, duas grandes frentes ~ progressstas econ. servadores ~ se defrontavam, inclusive nos debates que Jevaram 2 formulagio de todo um capitulo dedicado & comunicaslo, 0 qual pode ser considerado como a base para um novo modelo de regulacdo setorial, alternativo Aquele que acabo de descrever. A BERT aparece, mais ‘uma vez, como uma forga poderosa, vinculada ala con- servadora, conhecida como “centro” A ala progressista, por sua ver, era influenciada pela posigdes da Federacio Nacional dos Jornalistas (FENA)). : thon Jambeiro lembra que, enquanto “s ADERT de- fendia que a adiodifusdo deveria ser controlada pelo poder Executivo ¢ explorada pela iniciativa privada(..) a FENAJ Propuna a criagao de um Conselho Nacional de Communica 0 (..),brgdocoltivoautdnoma, com atribuigSes executivas, ecomposto, na sua maioria, por representantes deentidades de trabalhadores eda sociedade civil’ para regular orédioe a tlevisto, os quai seriam explorados por fundagSes sem fins lucrativos (JAMBEIRO, 2000, p82 seg.).A sohuao 2 (hata d plas de comminsone Bas? encontrada foi a de determinar, “através do artigo 223, que aexploragio (..) deve ser feita por entidades privadas, piiblicaseestatai de forma complementar, xando ainda etl forma abundantese diversifcados que a regulamenta- 8085 vid como um maleic para 0 deservoWimento .) 0” 46 (hal alps ds pli comin a? sande elemento de reguamentago no futuro srs fazer com que as redes se tornem redes publics, no sentido de estrem Sisponives para tantos quantos queram fazer uso dees (.] £ uma mudanga tho grandiosa ¢ desconhecida que apavora (..scbretudoinvstidores que eso gatando inher para constr esta hiperrede (PAY-TV, 1989). As implicagbes préticas dessa nova perspectiva trae Em 21 de junho de 2001, 0 ministro das Comunica- {Foes, Pimenia éa Veiga, colocou em consulta publica, pea internet, um anteprojeto da Lei de Radiodifusto, @consagrando a separagao da regulamentagao do radio € da televisto hertziana dos demais servigos de teleco- municac6es, contrariamente & propostainicial do ex- ministro Sérgio Motta, que pretendia vincularo poder regulador a uma agéncia independente, que se fundiria com a ANATEL,formando a Agencia Nacional de Co- | municagdes (ANACOM). Pela proposta, a ANATEL Se ve, a0 contrério, despojada, a favor do MINICOM, do poder de licitagao de emissoras de radiodifusto, |seaee enterrada, portanto, a idéia de despolitizagao, (gp 22 Proceso, a favor de rtéios pretensamente mais “2 tecnicos, como os da ANATEL, que levaria & extingto do préprio Ministerio, A 4p Consolida-se,assim,a vitéria da corrente conservadora Sp) em relagao a liberal, no interior da alianga governista * anos cad Sei de oman Minis 1 ingen vse garde coors ere peso elo fo eset nae: ANY Gist #0 ST chpoam » nga cm una aden crta a ANATE, Benge HanalRegoral Feet oped stn Pec (ue as etragies dos Sc ie poste a vonmi ereta ecotes is de testa cana pay pernew Y= aca repmetia cpl vs agents) ener on-demand WOO sii acerca sine ear elitr etc) tna de 202 ccd Ue ee Seta ano gaan qe eSCW nb ne canndocom aero de igs eas pe emis de TV sb « resume dar nodadae leas pe ‘pears de esi per asinta Hae roms segue el esos Wee ‘espera cario 6 foramen o ata o desenvolimento.Nessesentida, és prindbos dave ser de bral conto sho. sabia. ano eqesona Geax Waker um crs pore {nolme eo wo ptpodsenahinet YDS w gare ros ecole (3 pce tere rts dros tama exe pci oa Rone" BOs 20), Pramas cease @ pss So Gy So gama Sac, we nbn SOLAN SSO Fae SCS MELD LON Aptiaraonde nomi a repeote ro qu le & quota do oie) rete Una lea queers alana esac {acl eregonal dopa) guar deaesa a0 sstena do todos ox caacoe cups inressdos em eet seus aes sun cute: gata de erage de exh dos caso, ‘0 que implica 0 acesso de todos a qualquer tipo de informagio, Vole estar ue o aces rato de socedade clas canals ‘mals vocacionados para a produce local é importante, mas insu- fice. A dvessdode exige una pltca depos neta = forene pr cs poten ndependerte ea conus lacs asquas por ou ad dees cuat &epage mas -amplos e nobres de difusdo (BOLANO, 2003, p. 84). Av estdo as linhas gerais de uma propésta de pol centrada na questdo dos contetidos e da diversidade cul- tural, evidenciando que as convergéncias tecnol6gica ¢ ‘econémica, para serem enfrentadas nos termos propostos nos trechos citados do Livro Verde, devem ser atacadas também pela via de uma estratégia de “convergéncia legis- lative’, ou, melhor, pela construsdo de um novo modelo de regulagao das comunicagdes em sentido amplo. O Livro Verde e 0 debate que ele prope apontam, de fato, para essa possbilidade, mas o capitulo sobre “con- tetidos e identidade cultural” fica muito aquém disso. Na verdade, o capitulo privilegiao aspecto nacional da identidade, pouco falando sobre a diversidade cultural e a problemitica regional." Um pardgrafo é dedicado aos “aspectos de regionalizagio": For ut ad, amo pate dos contadosnadonaiss8o produits nas gandes cdadese nas expoaceslocatzads no Cente Sudo els o que rete para anecessidade des incentive aed de cones que exressem acute das esas regies, bem como "fs, emp lend eateanent a npodtea po pas~ pa © prone sie = a produ dconeio eng pants ma en Icons exsteco np ecard Inga ies em main re de opis yoru ads em ceemes panes 68 al ya i policasée omnes no Sa? daguelescrupos queso idenificam por reas deinteressarfsenal, Ae negécios de ae de hobby até mesmo de carstercontestatio ee conracutr (MCT, 2000p $4)? ‘Mas ocapitulo daramente subestima o poder dos grandes ligopélios dos setores hegemdnicos na produgio cultural «nif falasequerna tendéncia de entrada de grandes capitis ‘estrangeiros e das industrias culturaistradicionais do pats, «como, notoriamente, a Rede Globo ou a Folha de Sa0 Pau- Jo, para citar dois casos flagrantes, endendo a concentrar 1 produgio de contetidos de acordo, exatamente, com as ‘mesmaslinhas de concentracio econdmica,repionale outras Vigentes no pats, Ora, essa € uma questio absolutamente crucial para se pensar a regulagdo do setor. Sem isso, as recomendagGes@ respeito do quadro jurdico limitam-se& questo dos direitos autorais de publicagteseletrénicas, do ‘stabelecimento de normastécnicas para o tratamento dos contetidos ¢ a uma legisla de incentvos “para a digta- Haga e disponibilizagio de conteidos de interes cultural, « exemplo da Lei Rowanet’, quando o que se deveria fazer | écolocar problema no interior do conjunto do modelo de regulagto da comunicagto, atentando para o aspecto entral do problema: 0 da convergencia entre audiovisual, elecomunicagdese informética Em todo caso,as promessas do Livro Verde no foram. ‘cumpridas. O grande debate nacional prometido ndo se realizou e a idéia do Livro Branco jamais voltow a ser cogitada ‘Emowo tek oe apa“ se tera acc eo de coreg spehem sb fsa tracade cor, marr vie Sesioes Se pec caval que cersoen esa ude mbes” WL 248 > 82 Was 3 aa psa eu acer man cere sca ‘pak 8nd pin em ign mop eet pla nan nal ‘ade ut oc drs oe andes era" gnc eganlre gue ce plc eda ruc, areca gia “ype ‘eles eer ou ace" Acer te ras loi pap agg erro dite Capfruo 6 A questdo do capital estrangeiro ‘questo do capital estrangeiro é um exemplo J) SitaseStensoete uorncas de “paradoxo da radiodifusio” no Brasil. A ruptura do velho modelo, com a liberalizacio e priva- tizagdo das telecomunicagbes, abre a possbilidade de participacio ilimitada do capital externo em empresas do setor, enquanto fica mantido o tradicional imite ab- soluto aquela participacio nas empresas de radiodifusio, A abertura total do setor de telefonia, ali, apresenta também uma contradiclo, pois a lei da TV a cabo de 1995, que a define como servigo de telecomunicagio, 86 permite a participacdo do capital estrangeiro em até 49% do capital, o que jé representa, por seu lado, uma enorme abertura em relagdo ao que ocorria com a ra- diodifusto, A regulamentagio das outras formas de TV seg- mentada, por tecnologia, e nfo por servigo, como seria ‘mais adequado, num momento de refluxo do poder de negociagio do FNDC e da sociedade civil organizada em seral, em matéria de polticas de comunicasio, permitiré 0s egisladores de plantao, imbuidos da perspectiva mais liberal, entender os servicos de MMDS e DTH como servigos de telecomunicagio e definis, por extensfo da legislagto setorial espectfca, um indice de até 10096 de participagio do capital estrangeiro. Ss 0 ua tie despa onto ro as E essa situaglo castica que permitiu, por exemplo, a0 senador Ney Suassuna (PFL-PB), propor um projeto visando eliminara tnica restrigéo a0 capital estrangeiro na televisto paga, sob argumentagio de adequar a Lei da TV a Cabo 8 Lei Geral de Telecomianicasées, O sena- dor argumentava que, sendo a televisio a cabo uma das ‘modalidades dos servigos de telecomunicagdes, deveria estar submetia, a est respeito,a LGT; lembrando, ainda,

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