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JULIO Payor SSS eS. a Eoucacdo Oa Vontade — JAime'conresho Hs P GUIMARAES & C’—Evitores 65. a be. Rogue, 70 spon Prefacio da vijésima séfima edicao No bocurso BB tnez0 anos e melo, chega a Kdueait da Vowae & sun vilésima sétima edigio, ¢ est iraduaida na maior parie Bas Hngwas eutopelas. Tal Exio prova quanto profiunda a necassibabe a que este ino corespanbe. fs publicasae Das eatigs que autér recebeu consiiirta uit Document comovente sSbre 0 estado de espirite 32 mocioade 0¢ agora. 0 périodo que nbs alrevessarios belaa ‘milos espictos num Daploravel abanddo : nao encontram res Douttinas nem nas insttuiggisa paz das cerlezas tra. ‘tudlzantes, 0 proprio calolicismo, @be oferecia um seguro nlc. 408 esp(tos inauietos, esté BivDbiDo por profumbas Dissangbis interna En paliica, em soeiooji, em moral, nenhum principio & Inbiscutivel, A educagao secundara, iquorando a vontade, fica gjss excivsivamente intelectual, $09 0 ponto De vista moral esas edueagio é um comprontsso ineicaz entre a6 crengas bo yessado ¢ as novas Doutrinas, A mocidave en ‘a dasamparaba na vida Nao se adestraram ria paciéncis persaversnte, no Desine feresse © na Mévida met6dica que constituom 0 Espirito fosatica, ‘N20 sem foleramtes, porque a grade 2ou ina ba velatl- 6 suo eaxor ‘idade coiliecimente: ARG thes enetrou a praia quo: ‘ibiana. Nao se habituaram rarma siscipina de liberosbe 2 procurar a 8 parte nas noseas veligoes aos impetos instintjvos e 20 faites. Mas sustenlamos por um lado, que a vertade su- perlot consiste ein submeter as nossas tendéncias as ideas, por tro fad0, que 4 1Pela M20 tem Sieci= ¢ itr ‘moose nonhuma orga contea a scoorte rulal das ineltns ‘858 Inferioresr, A torsade oa conta tals abversiriog, € Snbireca : Deve, sob pena de fata De Dom salto, buacé-la, onde ela existe, ita 6, nos astados afectivos. Coiss curiosa, quando coniavamos ver 2 noses teoria 2a HHberdade multe vivameale combatiba pelo: defensores 20 lie-acbitrio, foram os partibarios Ga inelidade Do cardeter fue nos tomaram 4 sua coma, Também 2 teori Oo liv arbinio parece eada vez ais abandenada pelos educado. rs, que tfec De Inlar com reaidades vives € nbo com abo tracco's Fazent-ime notar.a esta respelic, que Marion. 0 qual lem grande auloridade- em comelhante. matéria, Indica’ om eneriia no seu curso Be 1803-85, 9 mal que a hipdtese tuetafaica 69 llre-arbittio nos tem filo praticamedte, i pedindo-nos estado O26 eandigois oe Nberdade real, ass Techrits, aus noe cabe conquistar pelos nessos proprios 2: forgos. Marion, no prefdcio da sua lese, sobre soliBariedade moral, op6i A formula be Poulté, que.9 ‘ela da nossa li nos az lures, © ponto de vita praticamente mats herasde, Nada’ mals fusio: 56 somos livres, se scubertios| conguistar a nossa lberdade por uma grande iit Qianto 4 censure Nie ae autor por nde ter Dado, smalor inpotidncia so cardctoy inato, parece-nos que essenia sore ums eoncepesa jnperieia bo quc seja um carscter. Um caristor nio # uma eubstancia simpler, @ wma resul- tarte counpens Be Incinagdia, De SDeias, ele. Por consnquén. in afirmar «1 Sneldade Oui earacter€afiemar multos taux os. “ seu10 Rayer: F Peimeivo liver que uma resultante, que una: does Jem be elementos hcterojéneos, que uina expécis de agri fpamen'o be ttneas pode Ser Inala: © que é inin‘elivel Por oulro lade © slirmar que podemes obter na esiado Re pureza perfeits 0 elemento Ieaio, que-o poderios 2es- ‘emibaracar Da ganga de que 0 roeiam as jnfluéncias D0 mein © da ebucacto: 0 que & impossivel, Este impossibit Dave jmpsinoe a maior Descontlanga na fkacHo Da parte Devida A neidede, Por iltimo, airmar que o carécler sejainafo implies ume ‘asueryio contra gual se insurfe a nossa experiénci iia, 2 exputéncla dos edueadores 4 pratica Da humanidade inteles que oo elementos essenciais 00 caractor, a6 tendéa. ‘las, selaru Inodificaves para sempre! Provamor que nade Disso assim siced# (H,{1D, © que se pode modifica, repr -mir ou retorgat un sentiniano ‘Se a humanidate inteire nBe fovee Desia opiniao nao se Daria a0 irebalho de. edueat as gnancas. A natuveza sozt tha tomarla Isso 2 sex cargo com a3 suas leis imulavele, Eves polos de visa tesco bastam paia ilirmar a Dou Wring Be iunideds D0 cardcter, Para fortalucer esta convi- cae Ielan-se 03 traliathos tecentes aobre.o cardcte!, 050. Drehido a wrcelra parte 8a obra De Paullhan. Aise verd que a mor parle das vezes ha plurallozde de tipos no mes individu, que a evelugio far desaparscer unas tenden ‘lab tra2 outras cam alDade 5 que sar frequenies ay ub: ‘rugs be eardcter mana mesma pessoa. © que isto acs dizer € que vada & fam raeo como win cxrdcter! 1a imensa maioria Sam a8 tiaagee 0 -eepecticulo Duara anargula be lendéias. Nao tent a educacao prectsamente 1 mi onl, oe abe Pann Corny VB 1 eumengio ba YourANE 18 por fim orpenar essa desorbem-€ organliear essas tenbén- (ag coin estabilDbade eunidade ? Muitas vazes ate, quand9 fe jlga a obra acabads, chega 2 crieo Da puberdade, que {ado revolve, como am vente de tempestade; © se 0 lovers ‘al por deamie isolate mao toma por sua conta a obia De tuaitise30 moral, se nao forja 0 sen caracter, fornar-se-ha ‘ame Seatae . Descobre-se-the a prequica va-prépria, Fionomia, onde se The pode ter « languider fem tum tramgo, ¢ adimeamo fempo mole. preocupado. Nem Migor, nem. precisto de movimentos, Depots de ter perdide.a mantis, vai alniogar, vai ae ale ler os jor- Pais até os aniiios, porque isso entrelém e no exile Miferees, gan na obstante, 2 tarde encontra um pouco 1 Fenclon: Education dee ile Gap. ty & roueagho pA voxtaDr 23 de vigor, ‘mas este vigor gastave em conversas, em tlscussaie estereis, © principalments, (porque lodo.9 Hpreguicoso & invejoso) em eifamecdis; homens poll- ticos, lteratos,-protessores,jaios tecebem a sua parle de ciftica. A. noite @ inieliz deita-s¢ mais ieritado. que ta vespera, porque esta atonia que o acompanki no Trabalho, atempanha-o as mais das vezes, no prazer henhuma alegrin sc, colhe <ém dificaldads,.< toda & felicidade supéi qualquer esféres. Um lives a le, uit musen a visita, um passeio nos bosques sam proze- es quie exijom wma iniciagao, stm prazares activos Comto por outrolady os prazcres ackvos, sams tov ‘cos que valent os vnicos renovaveis indefinidamente € 4 vontade, 0 prequicaso.impdi-se a i que @ possiva imajisar-se, Os proguicosos deixam tescepar'os prazetes. pot enlre 05 dédos, 58 pata ao forum © Wakalho de fechar'a mio. 8. Jeronimo com: pata-os engrazadamente a estes soldados de gravura, que Hem sempre 2 espada enguida, sem nunca fe- 'A. progulca Tincamental ado. impede de neni modo 05 instantes de enerjia por impotos {rregulares. O que repugna aos povos nio civilizados nao sam 05 esforcos violenios: & unicamente o trabalho regulan- ado # continuo, que no fim de comtas conzor ‘uantidadede enérjia bem superior: mp dispéndio a -da que fraco, mee Constante, acaba por consumir mais do que o fazer grandes ispéndiog sepstados por lon Bes eet O vgseo i pei erra, que eae vilenles esforgos momentérens, se- uidoy de fongos perfodes de inactnvidade. Os sirabes Gonquistaran. rt vasio ‘impézio. Nao © conservavat parque thes fallow a consténcta dos esforgos que or Sarizam a adminetragao dum pats, cram a5 estradas, findamn as escolas ¢ as incistrias. Assim os estudan- fes pregniqosos, istigedos pela apronimagéo dos oxa- on soso waver: ames pod prose un lento esirco. O gue hes Fepugna sam 0s esforgos moderados, mas ceiter ddriog, durante meses © anos . tanlo é no esfdrco. moderado mas coniiauo gue reside a enerjia real e fecunda, aue todo 0 trabalho, Quando 0 afasts deste fino, pode ser. considerado Gamo um trabalho preqiicoso. Trabalho continva implica, escasado &dizé-lo, continvidade de diress30. Gra a éneria da voniade tredita-se_menos por e5: forgos multiples que pela orioniaczo para um sesmo de todas as faculdadee do espirite, Eis, com efeto, ‘um tipo de preguicoso muifo, reaiiente, Corto man- febo 6 wivo, alegre © enérico, Roras vezes ¢sié sem Facer nada, Durante-o dia low alguit tralulo de geo Ioita, unt artigo de Bruncligre ecbre Racine, percor- ‘eu vdtios jornais, relew algumas notas, oabogou wm plano do dissertagao, traduzia algumas pajinas de in- flés, Nao esteve maclivo. durante um nico instante ‘Os seus catnaradas adimiram o seu poder de traba Ino @.a vatiedade das suas ocupacdis. Todavia deve- mos desighar este manccbo com © nomie de presul £00. Para 0 psicdlogo nia ha nesta multiplicidade de tratathos senio 0 indicio duma afengao expontines dump. ceria riqueas, mas que ainda se no tornou alencio volunigtia. Este pretenso poder de trabalho Gariado nto. astra mais que una grande fraqueza fle vontade, Este eshdante fornece-n03 um tipo de preguicoso freqiente, a que nbs daremos 0 nome de fipo disperso, E-esle . Og alunos #e Filosofia, por exemple, sam bons alunos, estimulados pelo exame fi- nal. Sam laboriosos @ em geral exactos no seu Iraba- Iho. Infelizmente nao reflector nada, A saa proguica de espitito treduz-se por ama propensio a pensar com as palavras e nada mais, Assim, ad estudar a psicelojia nenhum doles tera a ideta que fazendo psi- \psfecation des files: Ch. V, 26, sue Axor colojiaaplicada désde 0 principio durante todo:0 dia, como Jourdain Tazia prosa, sem o saber, cova iini- tamente simplez examinarem-se a si: mestos, © en Contrat exemplos pessosts, em_vor de reler es gue fies eilam os sous livros. Miss to, tem wm tendén- cin invoncivel para aprender, em vez de Investigany A enonne sobrecarga, que tem de impér, assim a me: fdr, alemtoriza-o8 mans, que o its lfeiro ero pessoal, Sam todos passives, excephiando, bem enten- ds as om pegneno ninero~ 8 lide dos bons almnos. 7A provs experimental desta incapacidade de esfor- 05 pesssais. Enos dada pelos: concursos timestras fara 6 logar de primeizo. A. maioria dos alunos teme Este exercicio. Compar sobre un assanto, ei qve no ‘Se hate ainda de excontrar por si miesmos, mas ha maiorig dos casos simplezmente radistibait, segundo du plano novo, 0 materiats fornecides pelo curso — POF na su exposicso a nifider ¢, a ficidus oro que DB lelior exe — € um exercicio francamente desaura- aro que esta repugnincia pelo trabalho, @ levam consigo pata as unwersidades, aids sem grande preiuivo, pois que neokum exame se acupa-do que Tire eandidito e do que cle valha: apenas ¢¢ ava~ fie o cdlado de moméria ¢ ¢ nivel mining ainido pe: Tas coisas sebiggs: Um estudante consciencioso, sere; fiectir, confessarf asi mesmo quanto € pesuuena, du: ranle'um_ano de diveio, de cicneing naturais, de Tisiéia, a soma de estorcos que ndoseiam puraimente de memoria, “Tamben & uiioso Seg a16 nos sibios, as for ‘mas sublis que a preguica sabe revestir, Preguiea born ‘nendigo, gee de nenhum modo exclul um. grande ira fralhoe grandes foinas: porque aqui a quamtidade-n30 ecu a qualidade. Aida mais, a qwanbidade do tra- ‘ epveagao oa voNravE 7 ho & rnuiles vezes pechudicial & aua qualidade, Por jo, 03 erudilos escarnecem de bom aradé os fos. Todavia € para estes que eles firamn as cas~ thas do lumne, coma'o Raldo da fabule. Ratio € 0 odo trabalho de erudisso Raigo ime 3 jatinhs urna tameira engragsdinka, ‘fasta m pouea ca © ta 9 et HgScts nae outa vor a meta 2 mobo? Tan a caetanna, @ Suse Doutta vee aie suripl tres E com efeilo un hrabatho ove se deisa ¢ qile te Yotoma. Constaniemenie.suslentado por lexios, 0 3 Be s20 fom a fsb fe esgdo, «pode = r coin proveito ainda quando leita perdido 3 sua fine poria de penetracdo, Talucz 0 tempo se encar: goo de contirmar as previsdis de Rensn sObre as ‘Bentios do pura erudigzo. Nao tam futuro, Os seus ltades sam preciries, muito sujcitos a controver- Wins —e ce mais, as vine mil obras que cada ana 6 ‘ain accontoar na Biblioteca Nacional, fendi antes Hs cincoenta anos sjunizdo, sem cantar os jornals & Prriodices, am rwilhas do volumes 2 colocgdo actual. Un mithao de volumes! Tomiendo, como esaesaiara ‘Widi por volume dois ceniimets, fmos ana nilha (oalro vozes.mais alta que o Monte franca! Cada vez mais a hist6ria se desembaracaré dos no= snes proprios part se afer aos grandes faclos ria, pempre muita hipotdlicos nas suas causas © nos Seu icles, ¢ a orudieao pura perderd, morte pela enor- Tiidade de materais amontcados, toda a autoridade nia dos espirtos pensantes. A gcurmulacao seri cada ur tanes considerada como trabalho. A essas late fis wir-so-ha a dar 0 seu verdadeire nome de que Newton verficaw a sua escoberta da gravitagao universal. Se ha 2inda quot wide de que 0 ¢énio seja uma «longa paciéncia>, que escule a tonlissio de Darwin: «Coma assuilo de meditacao e de lsifura ou 56 ascolhia aquelos que me fizessem pensar directamente macuilo que tinka Visto, oi aire viesse provavelinente @ ver... estou ferio que essa disciplina € que me lornou capaz de fealizar’o que om cidncia realize» Seu filo acras- conta: «Meu pai tinha © poder do nao perder do vista lum assunto durante vim grande némero de anos.» '. Mas de que serve insisir numa verdade tam evi- dente? Bastasnos resumir. © fim a alinjt pelo tra- | Vi et correspondence de Darvin, rad, Varingny, 1088 2 vol pao. 66 138. ere 36 suLio:raror tbalhador intelectual 6 eneriia da atongao volunts- fia, aenerjia quese traduz nfo somente peld vigor © freqdéneia dos esforcos, mas ainda e sobretudo por tuna ofientacSo muito clara de todes os pensamentos para am fim Ynieo, © pola subordinacao durante 0, Hempo necessério das nossas volicdis, sentintentos ideias 4 ideia cirechtiz e dominadora, pela qual tra~ balhamos, A preguiga humana ha de nos afastar sem- pre désse ideal, ras, dovamos tender a, realiza-lo 0, mais completamente que nos for possivel, ‘Ainles que examinemos de perto os meios de frans~ formar numa vontade duradoira um desojo fraco & indeciso, imBoria desembsragarmo-nos de duas 1e0- rigs oposies, mas igualmente funesias para o dominio ée nos mesmos. cAPhEBLO 1, Rejeisao Das teorias Desanimadoras ¢ falsas a respeite Da educagao 0a Vontade §1 Nao deve a polemica passar dum ttabalho pres ratorio, que o eseritor tem de fazer cuidadosancente, tmas que deve guardar para si. Nao ba nada fam im- potente como a pila negacko: para convencer, de hiada setve 0 eriticar yo que 6 necessitio. € ccnsiniir, TE poraue @ si0ss0 livro é wm trabalho de constr. ao, porguie apresenta uma dowltina inais se mais Solidamente apoiada, sbbr2_os mais claros dados da. psicololia, € que nds aiacamos aqui. duas. teorias fads praticos, como especlalivaments falas. Falsa em se praticamente lamentavel no mais alto ‘fat ¢ a feoria que considera o cardetor conto imuta- vel. Exposta por Kai, € renovede por Schopenhaur, tom esta hipotese por si apoio d> Spencer, Se gurdo Kant, escalhems 0 nosso caticter no mundo Toumenal ;¢esia escolha € rrevogavel. Apenas «des- ‘idos» no mindo do espaco'e do tempo, o noss9.ca- Ticler, 9 por conteqliéacia-a.nossa voulade, fica tal fe qual como esti sem que o possames thadificar por tuto pouce guy s¢i8, Trio espalhadas, e tam deploravels pelos sous resul- 38 auto ravor Schopenhauer declara também, gue os dlferentes saracteres sam inatos ¢ imutaveis, Poi exemplo, Se pode mudar 2 espécie de motives & gual a von- fade do egotsla é acessivel. Pod is pels edicacto err ‘ganar um egoita, ou antes cortje-the as idelas fevé-lo a compteender que 9 meio seguro de alcan- ‘ar 0 bem esiar © 0 trabalho & a honestidade, e nko a velhacaria. Mas ferios de renunciar a fottiar 4 sua ‘alma seneivel a0 sofrimento de owirem: isso é de Gerfo, muito, mais, iinaossivel que mudar 0 chumbo fem ouro, «E possivel Tazer ver a um egoisla que te nunciando a uma. pequera vaniajem pode realizar lima muita maior; ¢ 2 um mau que, causando a ou- jofsimento, as) mesmo inflje im cufto Mas refutar a maldade o egoismio em si mesmos, ss0 6 que ¢ impostivel. Nao, tanto. como provar a sim gato que cle fa2 mal ein gostar dos ra for! Herbert Spencer considera 0 vassunto. de modo anito diferente. Admite com 2. escola inglesa que 0 saricter pode ser traniformado com 9 fempo sob a pressdo das fOrcas exieriores, das conicdis da vida; mas ésse trabalho exje séculos. Praticamenie esta feoria € desanimadora, porque eu estudando no pos- 59 coniar com dez sécules de vide, mas somente com vinte anos de plastcidade. Se quiser lentar a obra do meu melhoramenta moral, néo o pederei fazer. Nao podere! lutar contra o mou cardcter. heranga ‘que me foi legads pelo meus antepassades, © que re presenta milhares, talvee até sailhois de anos de ‘experiéncias, ofganicamente rejistadas no meu cére- ‘bro, Que fazer contra ia formidavel coligagto de antepastados que, apenes eu me-quiser desembare- ‘ Fadément de la morale, p: 172; ad, BourBeau F. Alean A EBUEAGAD A VONTADE 39 WF duma parte do legade que me transmitiram, se 1 contta a. minka Traca vontade pesscal ? Nem fiesmo é razoavel tentar @ revalta, porque 9 dasba~ lo é certo de antemio. Posso todavia consolar-me ‘toma ideia de que os meus descendentes mum es- ‘paso de-eincoerts mail anos, pele jogo regular do social ¢ da hereditariedade, se han de asseme- ir a maquinas aperfeicoadas, confinuamente torna- das 2 montar durante séculos, e dando em resultado: W dedicagio, 0 espirito de imciativa, etc. Posto que esta questo do caracter, considerada sob este ponto de visla, ultrapasse os limites do qite “foe proptisemos tater, davemos examind-la a sa evita © na posigao mais forte para os nossos. “verséios, As leorias que acabamos de expér oarecem-nos tum notavol exetnplo da preguica de espitiio, que & pecado ofijinal indelevel nas mais allas intelijén~ “Faas, preauica de espirto, que os fez sorer passiva- ‘mente 2 sujestio da finguajem, Estamos todos tam habituados a pensar com as palavras, que elas oeall- fam-n09 a realidade de que sam meros sinais. Porque ¢ dinica, a palavra arvasta-nos a crer na unidade teal das coisas. E a esia sujesiéie provocada pela palavra éardcter cue devemos a teoria preguicasa do card- ¢lor imutayel. Efectivamente, quem nao ve que 0 ¢#- facter nio é mais que wma resultanie? Ora uma resultante de forcas esid sempre em via de se modi- ficar, O nosso earaeier tom ums unidade andloga da Europa: © jdgo das aliancas, a prosperidade ou a decadSncia_ dum Estado modificam sem cesar @ re- gultante. O mesmo sucede com 2s mossas.paindis, [Ets §senimenag spam ne prt Tap macko ¢ qty peelas alianzas quo jun- famnenie conttaem e deslaéem podem rivdar a inten ‘sidade, e até mesmo a direccao da resullante. Assim 42 peue Paver Fes, absolitiamente egoistas, por exemplo desde o pri meiro 20 altima pensamento, desce © primeiro ao tl- timo sontimento? Uma tal simplificacao da natareza humana provavelmente nunca se realizou; emais uma vez a ctenga de que 0 cardctet seia uina coisa ine, tum Blbco homojéneo, assenta sdbre uma abservacas excessivamente superficial. O caracier & uma resul- fante de f8rgas heterojéncas; e a nossa asser¢a, fun dade. sBbre a. cbservacéo_ dos homens vivos, € 120 Sobre abstraccdis, basta para deitar por terra a injé~ ins teoria de Kant © de Schopenhauer. Quanto. a Spence bastard observar-he que as boas tendéncias sam lam heredilénias e fam forlemente ofgatieadas como as ms, & que se pode ler por sj, com habil- dade, tanto poder ancestral, como se.'poderia tor conta si. Em todo.o caso a questo nd passa dima | ‘ouesiio 2 tials ou a menos e a coniuagao désie tivto acabara com ela, contormie © experamos Deicemes, pois, estd leoria do caracter imutaye) | que ela se no segura nutito bem de pé, ARI nds le ios também os nossos tedricos.do desénimo, e em particular Taine, que, com ima estretteza de vistas imconcebivel num lamt'grande esprit, nie soube dis inguir 9 fatalismo do determinismo, Reajindo, contra | © espirinualismo cousiniano, fot até 0 panto de con. siderar a nossa vide como independente da nossa von- fade, © a virtude como wm produto, tal qual como o acucar. [isajem injénua-¢ infantil, que pela sua brute: fidade afasiow por muito tempo os espiitos do estado do dotorminisme psicodjico, © que falseou, a. quando do seu aparecimento, © ainda muitos anos depots, 3 | signifieacay do livro. de Ribot sObre as doencas da, vontade. Tato. ¢ verdade que nesies delieados as- | Samos, mais vale uns lejgo de advsrearion quem amigo decidido mas desastrado. 4 mpucacho na YoxtADE de feigio, mais arrogante, que afirma 3 possi- ide de os, jomarmos senhores de nég mesmes, que, considerando demasiadamenie facil esse ho de Niberiacge, fem levado a dessnimo a tan- Dit mais espiriios que:as feorias fatabstas, Que- 199 falar da teoria do livre-atbittio. 0 livre-arbitrio, eu destine se tem procurado li- 20 da liberdade moral, nada tem que ver com Porque, apresentar aos jovens coms faci, come jendente dum fiat, o ttabalbe longo, penoso © de perseveranca, gue € a liberiacdo de 3i mes- € voii-los proviametite ao destinimo, Quits 0 jo aestduo com os homiens de vontade da anti- ide enckeu © mancebo de entusiasmo, convéin slo. em presenga uo trabalho por exceléncia, 120 ¢ dissiminlando nenhurea das. dificuldades. Mas & esessirio egualmente mostrar-the 9 friwnfo seguro, perseverar, Tomémo-nos tam sewhores dé nds miesmes por ‘yn ict, como x Franca se tomon podatosa depois 1870 por um flat: A patria levou vinte anos de {fsforcos. perseveramtes e: penosos. a. levanler-se. Do- Testo. modo 0 nosso Tevaitamento’ pessoal seré. um Itabalho de paciéncia. Pois coma! fia craturas que am trina ange a excrcer um dure aficio para ga Thar © diteite de descansar depois io campo, € ¢ “ipiaobca tam grande e ism nobre do dominio de sibs mesmés nao se havia de consagrar nenkum tem- F Disso, depende o-ave havemos te valer, ¢ conse inlemente 0 que fenios de ser. © 0 papel aue femos desempentar. Por esse trabalho podemes impor a0 Inesmo tempo eam © Terpelo'afodos $6 as “a 20Li6 payor ‘A enucagio OA VONTADE 48 Oh! aoahuma’ Guestao, tem sido mais bscureeida, je questao. vital da iberdade. Bain chama-the @ dura enfercujada.da metatisica. E claro que jisdemos por liberdade 0 dominio de nos mesmos: Hp sequto predominic em nds des nobres sealimen- fe des ideias, morais sobre os impulsas da anim: Nao devemos sonhar assim 0 jinpasavel domi- de ings imesmes.: tnito poucos séculos nos sepa- das sehajens aniepassados, que se abrigavam cavernas, para que possames desembaracar:n0s Titamente da herance de irasciblidads, de egois- de concupiscéncia, e de preauica, que eles 10s om, Of grandes santos, que venceram nesta lta réquas da posea natureza humana com a nate ‘iaimal, no conheceram a alegria dos trianfos 5 & ineontestados. Mas, nofeno-1o de novo, a cbra cuias grandes li- jhas fragamos, nao ¢ tam dificit como a obra de san ficaqao de nos mestnos, porque wina cnisa 6 Jutar ra 2 nossa prequica © contra as noma’ paix, evita procirat eiepar de nds, absolulamente, © isto, Mesto reduzido a osies termios 0 combate # longo © dificil, Nemos ignerantes, nem 08 vaidosos Hpodcram salt vencedores désse combate, Ha uma titica 3 seguir, que € necessirio conhe- fer, © uni longo tober, que & necessdrio aceiter. En- J na arena sem couliecer as leis da pacolojs, ow sim se nos abriedm Targamente as fonles da felicia 2 (otque toda 2 felicilade profunda provi ‘osst acividade bom regulada}, © com osia obi ‘quis! enh adulto se inquictaris ? O desprézo, a 1 Hfectamas vclarlhe, oculle evidenleniente um solr ‘Qual o estudante quedo. seni 2 dosnraporcio entre 0s seus deseios de bem trabas thar © @ fraqueza da sus vontade? Sols livres! di iam 6 nessos mesttes! E esta afirmaqao, com dos espéro a Seitiaites meatirosa. Ninguém 08 ensina i va que 2 voniade se ronuisa lonlamente, nina ‘penaavs om estudar os moios de a conquistar. Nin: Suen nos exerctave nessa luis, ninguén nos-amspa fava e-enido, por una reacclo’ multe natural, acelt ‘vamds com fransporle as dowirinas de Taine ed fatalistas, que a0 menos nos consolayam e nos enst navam a resignagio petante a inwtilidade da lita, do papel que a5 idvias rearesentam aa vontade Se os elementos da nossa vida psicolbjica fossem inplez, nacla seria mais facil que estudar os perjgos ® vs recursos que apresentam na obra do. dominio de nos ‘mesos, Mas estes elementos formam entre Wi lioas © el mesmo combinactis, que iornam cel Eady o traballio de anilise pe E contudo facil de nptar que os elementos da fiossa vida intima se yeduzem a tres: as noses ixlkias, 03 noss0s estados afectives & as néssas acyDi, sg! A palavia ideia encerta mujtas. elementos, dite vies, A disfincao mass profunda, que 9 psicdlogo, ocupado cont as rélagsis entre a infolijéucia © fa vontade, pode efectuar entre as nossas. idelas € 1 disiincI0 das. ideias. ceniripetas © das idetas cen-* 52 supe Payor tefuges, Um grande niimero de ideias vtem-nos de Torn Reterindase.a casas ideias diz Montaigne que: ‘nao foram joeitadas» ; sam verdadeiros hdspedes de preesiem, ave nao sofreram nenhum trabalho de 2s jimilacko, © a3 quais a nossa _meméria unicamente serve de depésito. Estim ai alojadas lado a lado as icing contradicts, © lados.nés temos na cabeca um montio de pensamentos vindos das nossas leitu ras, das nossas conversacdis @ até dos nossos sonhos: Ceitarhos que, para se infroduzirem dentro de nés, se aproveitaram da nossa preguice de espirito, ¢ 2 maior parle ao abrigo da auloridade dalgum escritor ow fagun mere ‘Einesie arsenal, onde fa bom « mau, que a nossa peeatta es noua aensulidde idm foeonior js" fificactis. Das ideias desta natureza somos nbs se~ theres; podemes pé-las om linha, fazé-las evolucio~ nar 3 nossa vontade: mas, se temos todo o poder sobre elas, ndo ttem elas quési_nenhum sdbre nds, tre lean sam paras, ida tle Ea ala dat pinoa’coneae noun pregiga nossa sen sualidade ¢ a huta da pancla de barro conira a paola: Ge ferro. Fouilée, falando das ideias-forces, detendex unta {ese que é {alsa duma maneira geral. Nao viv wa eae Se cin tow do frca executes Ihe vem ec pdr da sunita com ee voradcas 1 a5, que sam os estados afectivos. A cada momento ‘hos vem a esperiéncia demonstrar o frac poder da. deta. Vai uma grande distincia do puro assentimen- to formal a {¢ eficiente e instigadora de actos. Desde te fool jens ce enconta sb na lal, sem soxlio aie 8 Coats s coer brutal dae freee aenstl, esd tondenada 4 fmpoiéneia, No estado de sade ¢ im- Sosstal ese ibolamento da iniliencia; mas 1 doen ca da-ngs provas claras de que toda a fdrca instiga~ Shea de actos. imporlanles emana da sensiblidade. 4 eoveAgie ws voTADE 53 ue a inteijancta nao fewha sim si neahuma fOrca, iio pretendemos; mas que ela 6 impotente para Fomover ou recalcar as pesadas & massicas tondén as animais, eis 9 auie nos parece bem certo. Ribot “Gotuonetroy com o auxiio.de exemplos frisanies que, ‘giando 2 sensibiidade est8 profundamento.atinjida, “quando a alegria que seaue a sensacéo ado aparece, a fica seca e fria, um serinveliente tor 32 até incapas de mover a'mao para farer uma dssiaura. Qual de nés ao despertar, deaois de uma mite ailada de um vepouso imperleito nao se et Meailrou ainda num esiado semelhante? Mergulhados om lorpor profundo, com a imtoijénda bastante sara, vemuos 0 que seria preciso fazer, mas, ah! sen- Simos que, apesar disso a ideia tem pouca forca_ por si-mosmna, Mas se seniimos neste romenio a criada ferlamentar com um visitante amunciado, de que fos tinhamos esquecide, a vergohtta de nos encon- trarem em ‘alla, o que é um senfimenio, deita-nos fora da cama_a toda a pressa. Os casos cilados erm Ribot consifuen usta viva ilistracao do. contraste @uire 03 efeitos da ideia ¢ 98 do sentimento, Ui-dos ddoentes de. que ele fala, € incapaz de fazer o'ininimo tnovimento Valuntirio, posto gue tivesse a intelijén intacla, foi 0. primeiro a saltar da carruajem om quo 1 quando ela esmagou uma mulher na estrada, In feliemente, ha. quem acredite que 05 esiados patolé- jicos sam estados & parte, quando eles +30 sam mais do que sum aumenio da realidad, Assim como vin fyaro eslaté serupre pronto a ri-se dos ridiculos de Harpagio, som os aplicar a si, da mesira forma nos repugna yermo-nos nos esiados bem claros das doen- 25 mentais. Mas foda_a nossa exporiéncia 105 con- Vencew da imipoténcia da ideia. Semi falas dos, alcod- Ticos que saben muifo bem as conseqiiéncias que tram do tnar da sua embriaguez, mas que 36.28 Sen- ll 7 ll 4 suuso eavor fem a0 primeieo alaqué de delirium, quando ji & tarde em demasia, o que 6 a imprevidéncia senio a visto das ameacas do fulurs, sem 9 senlimentos des- Gas amgacas? Depols ver 2 miséria © dizem: ah! so ‘en soubesze! Sabiam, mas nto com aquele conheci~ tmenio sensivel e comovido, o Gnico: que vale em face da voniade, + Abaino desia canada de ideias tam pouco, pene inns ho a8 as que podem genta slay bene fico com © apoio. de sentimenlos passsjeir0s. Por ‘exemple, aeabames de passer muitos dias rumo meia ppreguica, a ler, enguanto o Tato que: deviamos fazer Fisa' de lado, porque esfongo se tecasn, apesar das oxcelenies az0is, que a nes. meamoe.nes dames bruscamente 0 corfeio ta fe gue as wal allas o solidas considerag deram conseouis, consegue-o de repente uma,onda notion de ordem inienor. Lembrar-me hei sempre dum seentecimente. que me micstton com deslan- branle evidencia a dilerenga que ila fax da emo- ot Ere niuma antemanh’ é eu alravessava uma ca mada de_nove de répida incinacao, exjo Tundo dessparecia no escuro, lo eszorzegando. Nem pax um tomente perdi o sane fric. Tinks a consciincia da ‘inka. sitngza cctica «uma 8s do ness Conseai, pensando muita a serio que me ia rater sbtander’¢ epcte.parar, 46 todo a minha carceea, om metros tals abaixo, Muito calimo,alravesso en famenle a canada de neve ajddando-me com 0 al- Densfoch ¢ sea vex. om sogrranea qos cached, Sefinivamente salvo, fut (ialves por casa do esap- tamento prevocado pelos esforeas excessive) famado dum vielento tremor. Bata-me © coracia, cobrirse, moo cerpo dem suor fro, sortente enido ex sent A envcagio by YonT«W 55 ‘yin medo, um torror exttomio, Nury instante a feta ee pertze tno ae sentimento do iri. ais profundas que estas ideas de orem externa silopiadas provisoriainenie par estados afectivos tran ‘terios, ha a5 ideias que, anesar do proveniontes lam- vam do exterior, estim em harmonic com sentiments ndameniais, e que formam com eles ima alianca ‘nm estreta, que nio se sabe se & a jdeia que abeor- eu ¢ contimonto ov o ceniimenio a ideia. Neste grau f se cofundem com a3 ideias de onien inlerna, que hascem da nossa profundidade © que sam a-tradusio fim Férimulas claray da nosso proprio. caracer © mais profundas tendéncias, A nossa personalidade afectiva di-lhes uma ardenie coloracao samt até certo panto seniimentos. Tal como w lava, «ue resfiada a super cic, se conserva darante amos ardendo a uma certa profundidade, assim cssas idelae conser nae ‘ielamorfose intelectual 0 cal6r da crijem aective Sim ao mesmo leripo as inspiradoras e os susteni’- fulos de: toda a actividade prolongada mma certs firaceao, Todavin, nole-se bem, estas ideins no sam periei> famenie iefas: samt substitutes clatos, preeisos e co- miodamente manejaveis dos. sentimentos, dos tatados palcolojieos podevoson, mas Joules, posados ¢ dificels de. manciar. Sam: nivito diferentes dessas Ideias de superficie que consfitiem so hemem ver- false. que nao passa de palaveas,sinbis vazios das ‘coisas significadag, De certs, moto thes vem a ener jis pelas taizes. E sina cnetia empresiada, aue vam ober nafante visa das seufimentos, das pakbis, ima palavra dos estades afectives. Quanto ama ideia como tsia de que falémes gaace auina alma que.a acolha arcesitemente, por um duplo.e misierioso fendmenn, de endosmose, que estudarenios, a ‘deta airal a si 08, sentimentos.prépiios para. a fecundar: forifea-se © 56 suo Favor A Eoueagho 1a voutane 57 ae alimienta-se deles de certs maneira; e por ouiro lado 4 clareza da idoia passa para. os sentimentos 6 d- thes ngo o vigor mas a orfentacdo. A ideia & para os Sentimenios ¢ que a magnelizacao € para as. nume- faveis correntes da barra de fer” macio: dinje-es no mesmo senfido,dsltei 08 contlitos e, do qe era ape~ fas siuniamento neoetente, forma uina corrente dis- Ciplinada, cuma Torca centuplicada. E assim que basta por vores em politica 2 formula feliz dum homem po= pillar para. die a um fire bem claro as forpas a%6 At andrquieas @ contradiSrias duma democracia. ‘Mas reduridas asi mesmas as ideies ndo tem force contra a Brutaidade das incinagos. A quem ‘go aconteceu jd ser de noite fomado por am med despreposiiado, absurdo, ¢ fiear na cama, 0 coracse 4 bater the com vieléncia, 2s fontes inchadss pelo afluxe de sangue ¢ ser incapa2, apesar de The nao wecide a rardo ¢ de confinuar clara a in- de abandngr oss cla amneto? Rave Tes que ainda nfo fenham oxperimentado coisa seme Tnante aconselho-os a que lem no campo, depois da rola noite, com hinvernia e grande vento, a Porta imurada dos contes Tantasticos de Hoffman; verdm 4 minima repugnincia pelo mais torpe- egoismo. E- tico © explora sem piedade- ama pobre ctiada que lineata mal, exijindg dela continuamente ur traba: “Tho extenuanie, Comparem-se ainda as voleidades do Forislsmo dam boulevardier, que nfo se privaria ‘Guim prazer, nem mesmo dumna despesa de pura vai= ‘ade, com 6 socialisamo sentido dum Tolstoi, que acu- ‘niu’ lodas os bens — nobreza, fortuna, génio, e que TWive a vida do camponés,russ0. £ por isso também uc a ideia da jnovitabilidade da_ morte & abstracta para a maior parte das pessoas. E esta ela, apesar He tudo tam consoladora ¢ tranquilizant, tan propria para enfraquecer os nossos senlimenlos antbicicsos, 0 Grcutho @ o egaismo, e para secar a fonte dos nossos Sofrimentos, nag fom inihigneia sdbre a nossa condita: Como nao havia de ser assim se até, noe. condena dies. 3 morte essa idea, geralinente 36 € senfida nos fitimos momettos. «Esse pensamento esiava sempre piesenfe, mas dama maneira vaga 2 geral, © ele nao odia deter nele 0 espitife. Assim a0 passo que_es- Iremecia de terror € sefamava vermelho som 0 fg0, jpensando que om brove ia morrer, pos-se involunta- Hamente a conlar os varbis da grade do. tribunal, espantando-se por ver um quebrado ¢ perguntando- ge 2 si mesmo se 0 concerlariat.». fol 50, noite desco ailimo e triste dia, que o pessamenta da sua si fuagao desesperaca e do espantoso desenlace do que se aproximava se aptesenfou a0 scu eapinito em todo 18 entao nao tinha entrevisto sena0 ira vaya a possiblidade de morrer tam evidencia quam pouco posam a gua azdo_e 38 sas ideias claras, contra a emocia do edo. Sem falar de contimentos fam fortes © quasi instintivos, podernos tstudar a diferenca do poder realizador da ideia e dos testados afectivos, cbservando os sentimentos a0qui- Tides. Comparevse a crenca spsitdeicas mirsmente intelectual da burguesia das pequenas cidades com a renga sentida dum dominicano. Porque senie a ver- dale reljiosa, este dltime pode-Ihe fazer 0 sacrificio absoluto de s mesmo, privar-se do que o mundo faprecia, accitar 2 pobreza, 25 maceracDis, © mnt re- ren de vide muito duro. O burguds, pata quem a Eronca é deordem infeleclual, vai &missa, mas notem cedo, > E inufil acumular exemplos, Cada qual pode, pte: urando na stia experigncia passada, encontrar uma + Dicwens Oliver. Twist ch Mea. frame, t983. 58 sano waver A SpUCAGAO Bh VONTANE 59 le associacdis, muito Foties, estades. presentativas, ve rompam violeniamente a eadeia. Ha sobretudo “am estado prosantativa notevelmente dosil.s como dio: movimento @ entre at movinenice, oe ue fovstiluem a linguajem. Podemes, pronuncar pela- ros em vor alia e pagenios Wr, Podemos alé, 8 mma- Neiea doe reliionos ras suas tentacdi, fusigar-nos & cbt com violencia 26 smash erase, Pox amos assin nner pela orca @ Weis aque queremos ssegurar a vittnia, de-modo que: por sta ver sea ‘9 ponio de partiga dima’ nova direceio. do. pensa- inert, Des mais, femes wm poderoso.cuxilist Bara a Goss favela ia grande lei da menérin, Toda alen- trance precisa para se aravar profundamente dima re- Pelicdo.freqientoie profongada. Tem sobsetndo ne- Eesidade durna ateneao viva'e simpalica, se assim se pode cizer. OS subslractas cerebrain das. cadetas de Hdeias que expulsimos da conseigncia, ¢ que mante- {tos no evil, anemmiam-se, apagam-s6Carrastam cot if sua alrofia © desnparecimento das ideias correspon Senies. Somes, pols, senbores dos nosses pebsamen= fos: pademios rrancar az mas plantas e até mesmo desieuir-a pongo de larrice que clas Irazen. ‘Ao contrat, quando queremos conservar a8 888: iacbie_presentes e dejxi-las desenvolver, devernos fer primeiro grande cuidado em afastar os estadas Dresentativos esiranines a9 nosso assunto © proprios 4 fazer inrupeds na conscience: procutamos © si iléacio, 2 cals, @ podeimos até fechar os alhos se a trame, dos noscos pensatentés ¢ frail. Além disso chomimos em nosso. aaxiho os estas prosentatives {ve nos podem auxiliar: falamos em vor alia, escre- Vemos of fgssos. pensamenios; a escriia sobreludo onsttul um sccorro maravihoee: nas longas medita- s6is. Ampara o pensamenio: e far ctimplces do mo- Vinenio das idetas os olkios © a mio. Una dsposi- ampla colheils de facios caractersticos, que o con vencerdm foriemente das nossas conchistis, Nao, «| dein par simesms nto € wira forea, Seta. wa fre, So existisse £6 na conscioncia. Mas como 14 50 en | contra erm contlio com esiadoz afectivos & obrigada 4. buscar aus sentiments alice gue kefala para tae gu ‘A-impoténeia. da. ideia'é janto. mais desoladora, ‘quanio:nés tomos plone poder sobre ela. O.dotermi tismo de associacao dos estas de consagncia, ha bilmente uflizado dé-nes ne rejilo:inteleciual ‘ina liberdade absoluta, Sam as mesma leis da assoriagto, que nos permitert quebrar wna cadcia de estados a5- socitdos, inlroduairthe elemenies novos ¢ tomar a figar-@ cadeia, Enguanto ew ptocurava nm exempto, tonereto destingdo a «ilestrars esta afirmagao tedrica, ‘9 aso, fiel fornecedar das evituras que sequom tuna ideia, velo trazer-mo,:Ouviuese 0 apifo. duma Hibrice. Esse som, esse estado presentativo quebrou conirs a minha vonisée a trama das ideias que eu 5c;.uia, ¢ inlroduzin Uriscathente na minha’ conscién sia a inajesi do oir, xin peril de montawias da Cor- sega, depois o adminavel panorama gue se descobre dos Cais da Bastia, © que 0 apilo linha exaetamente ‘ormesmo. som gus-o apito do paquets que eu owt tables verso durante ies anos,Dow bem! Eis a apes libertacag: ¢ a: Jef do. mais forte. Um estado presen: tativo. € om reafa ais forie que wm estado re sentalvo, © 2¢ © apito ojnvide pode pariir wita sence de ideias, nas quais qeeremos pensar, basiard gue empreqiiomos conscientomente 9. meso. processo, Paemon, cuando. queremon, produir em foe eta os prescatatives — introduzir, para nos libertarmos 60 wlio pAYoT ‘0 natural, fortemente-cullivada pela profssio, far fom que et n20 possa ler sem articular, de manera ‘qe 0 pensamento & susteniado por tres cadeias de Sensacdis presenlativas, c até por quatro, porque & dif! articular sem ouvir a palavra. ' Em resumo, porque nds temos ‘leno poder: $5- bre o¢ nossos misculos, especialmente sdbre os dos: ordios dos sentidos, ol sobre 05 que: se. poem em jogorna lingvaern, effte-nos podemos libestar da. e= cravidao da associagso do,ideias. Pode isso diferi segundo a natureza de cada um de n5s= en psico oj actualimente, @-se culpedo de ‘querer gonerali at 6 sei cas0, pois que se descobrem cada dia no- 98 fipas, quie até af se confundiam, © Mas paca mim, a siuca lembranca completamente 4 minha disposicdo, © sempre a primeira a eer evo cada quando quero intervir no met pensamento par ihe modificar 0 cues, € @ preimajinacao dum mo: vimento, Nao tenho poder sébre o meu pensamonta, senlig porgue sou senkior dos. meus miscues. Seja qual for 0 ponto de vista sob que encaremos. ax educagdo da ventade por nds mesmcs, 3 conchisio déste capitulo é baslante desanimadors. Tews todo, 1 Sabido € que a lombeanga Ouma palavra é muta com piesa e que se compel oe quairo elementos, & saber uina fine mori ipelavce pron jes visu (palaura iorpresoa gum mn fudliva (pelayre ouvibay = Suma imajam motn2 gra- fea (palavea gserta) Senco mpossivel © pensaienO sem fllaguatem, ¢ cera que’ sob Toba a trama De pensaioenios Se esenvoiven ua ou mullas taimas, fomabaa O48 ima [eus, Oe que acabamos de alar. Quando ce eacreve, a8 qa fro ants te fans podem serir Ge ato para 9 pe MEL RiboL, Cevolutioy der dees enweales. P. Alan. 1951 ‘) eoneagho ba’ voxTAoe 6 p poder sdbro as noisas ideias mas, ai! o poder Has hnossas ideias na huta contta a preguica sensualida- “de & quasi desprezivel: veiamos se podemos ser mais Teles, estudando os recursos que oferecem 0s esia- os afectivos para a obra do dominio de nos mes- ins. * A. oveAgAD A VONTADE @ Mo ptazer ¢ da dor, © das recordec@is, Mas ¢ ole je vai colorir coin’ uma gradagio particular todd ies elentenios secundétios, Como-as criaturas, que Descartes no. existom sono, por una criacao itiruada de Deus, do mesmo modo os nossos ores, as nossas, Ores, as nossas sonsactis € as as recotdagois nwo leem realidade sexo. por a espScie Ge criagdo continuada; é a eierjia vive [endéncia que nelas resplandece. Desapareca ela, fiear apenas um conjunio. de esiados psicaltiicos morios — puras, descoloridas e inefieazes, abs: tracccis, sie fundo subslanciel dos seatimentos deixa-nos reenicder porque é que eles {Zen em nés um Jam grande poder. Com sfeito, 0 quo sem as tondén- jas) sena0's nossa actvidade, a nossa vortade de vi ‘ver, quo fortemente disciplinada pela dir foi con- fnjida a abandonar muitas direccois no seu diesen. Mélvimento para ce espalhar nas dovidas direceOis, Iiciiando-se de cerly modo 4 lei de morrer ou de argis, ue san as feudéacias patlien- Dares organizadas? Esla acvidade diccipiinade pela dn, ¢ exe, Tinal ionic, se vai traduzir por séties de movinentos mus Uculares ligados entre. sive consiiuindo: wma acao ox Vial grupo de accois caramonte diferenct Dias, € a forma inicial de toda a lendéneia, A actividade sent x cisciplina da dor, dixpe'sar-se Tin eh todas as direcgtis e ficaria emasculady: 2 speriéncia forca-aa canaiizar-se em. fendéncias, Sesti® tendéncias, nosso ver, consfiiem 0, nosba Ttneriis central primitiva, que por iacios.ardentes Airavesson a crosta superficial das ideis adguiridag € los sen‘imemies secundavios do orijern externa. E 3 hhossa fBrea viva que se deerama nos misculos.apro: priados € se traduz em actos habituais: © & isso capiruLo 1 siudo do papel que os estados afectivas representant em relacdo & vontade §1 E dificil encarecer-o poder que os estados afecti- vos tom séhre a nossa vontade. Tudo podem, © alé mesmo fazer-nos afrontar sem hesitas40. 2 morte & 0 Sofrimento, Verificar 0 seu poder voriicar im jai fomplrica universal. Mas & possivel transformer essa lef empirica numa lei cieniiica, fio 4, fazé-la derivar iad leh inais alia ¢ considerd-la como uma conse faigncia dedusida duma verdade evidente, Se separarmos. pola andlise cs elementos que, conjuntantonta fundies, consituem 0 Sentimenty, con= Chiimos que aconiece com ele 0 mesic que com fim edéfio de Beethoven: ha um wolvo fundamen fal sob todas as variagOis, que ofa o octltam, ort 0 poem erm relévo, Esis fase, renascendo, sempre sob) Ini formgs, € como -a alma juntaments diversa,o gna que da vida a0 desenvolvimento musical. Essa face que supotia o addjio inteita chm as sias predic: fas riguezas, tem por correspemdente no. seniimento lima fendéncia elemeniar, Lean tendéncia & que di aa senlimento a sua unidade. Sobre ela se. podem Mesenvolver as variacdls mais ricas das. sensacdis, oa puuio payor ‘A eovcAGKe pA youraDe 65 mosmo que explica a poténcia mottiz das inclinagdi Consistem num grupo de movimentos, ou antes, ni massa de movimentos elementares, Por exentolo, material muscular posto em jOgo pela célera, pel inor, als... € sempre 0 mesmo na seu conjunto or todos os casos. E, além disso, sensivelmente o mes: ‘mo em toda a espécie. Tal como & assin foi para ruimeraveis geracois que nos transtnitram a existén- ‘ds, Sobre esto kundo um pouco falhe, borda cada lun as suas inovacdis pessoas, mas.o seu conju fam coomgnie, que as proprias ctiancas de berco Ihe Combreendom 2 significagaa. Esta Figacao entre tal eadéncia e tal oénie do. expressbis musculares transmilide por herediferiedade. E um laco multi-se cular. Compreende-se que: a8 tramas conscientemeni Higadas. por mim ontte tal idcia e tal moviment ‘muscular quési no tenham térga a0 Jado désses on fos lacos fomados automaicos: a sinica probabil dade de nao. serem desitiidos esta lita desegu Seria, conforme pravemos, 0 procurat aliangas e fa. er ‘causa comum com_3¢ lendéncias horoditérigss desta forma poder-se-hia erriscar ima lita em que 3, rama ral gue liga Meta 20 movimento n50 si Hasse o choqud. Pen ferca do senlimento manitesta-se por sma grande riqueza de efeitos. Um senfinento vivo pode pertur: bar os eslados psicoldjicos, que sejam aparentemente. 0, mais independentes déle, como a percepcac dos. jeclos sensivels, E verdade que toda a percepcaoy ainda elementar, uina inierpretacao de cerfos sina Eu nao veja esta laranja, julgo somente por certos Sinais que. dove sor uma Iatanj2. Mas esta interpreta Ho cont o hibito fornase insfanténea, aufernsticn, portant bem difici] de allerar, Pois bem, 0 senii- mento repale a cada momento a_verdadeira inter ppretag2o © sujore’ wma interpretacao halucinatoria, je toma na conscigneia 0 logar da outta: Som Salar lo modo que provoca, 2 noits interprelacdis absur fe dos ruidos. mais naturals 10" ceslo gue o ig nes cega sobre os faclos mats evidentes? Lem- 05, para nos convencermos bem desta cu esa falsiicagno, dos erros das indie sobre ¢ beleza 6 flhos, ou tommemns a ler a bela boutade de Mo- ue Fi das iusbis provocadas pelo amar: SE a palit em brancica Aum [asin compaoaeel, * Ea egra Oe moter meoo ‘ Gina niorens atoravel > Mas nao: 6 somente'@ percopcia que pode talsif- 2 senttinento. Os seitimentos fortes no espe! jm os senimentos mais fracos. Par exemplo,« bre Vemenie fersmos que suplinhar a imporlanca déste Facto, 2 vaidade, sentimento tam vivo em muila gen- Mey pode expulsar da covsciéncia.senlimentes. real- Mente esperimentados. Os. sorifimentas que con- ‘Wetiente e elegante oxperimentar sam foriemente Iujerides’ pelo amor proprio. Esses eatranhos hospe- Gdixn-se na consciéncia e escondem os seuitinentos “esis como um. espectro, que aparsceu deante dura Pparede, oculin do halucinado os desenhos da ‘apoca Uff! ail o fri wna estan texinentepresene For consecudncin dunn ule suesto deta nati exe que o estudante sactifica 4s profundas clegrias Tila sua edade ©’do sen estado a pretenses prazcres “site, detembaragados da: ganga des sentimentos si feridos pela yaidade © pelos companheiros, sam mi- “seraveis. E assim também que-os mundanos, super “tins por g0sto ¢ incapacidad ‘no fando de si mesmos 03 seniimentos reais que ex- Perimeniom a meio da sua vida ao mesmo tempo digada, fola e ester. Coniracm o habito dese af E 5 % suns PAYET rat que experimentem realmente os sentiments d= Spuvena, que ee dingao na sua veda areas ceveikealan © este habile. acaba por water Teles eet dade dura emogto verdedcta, Esta eisi= aaa irgm os cutee: fae dts ceres ama 2040 ion e sein, wean ovialidade gens te PelNicdnicon, cs cordsinhos estam nae macs din eos aoe. fvats monet 0 a8 ting senfem € tudo convoncioual “Bh abe potendo leat ot Howes oe aap posses, celine, csieas peeadas & Heb fata afectivos fora Woda, a facideds_ em GeSurbar ence fails etadee poli que sa perigbrancas, como qunlaucr jlgamtento, qual: aie renga depend de swestaacds mo ene Gus um sequdes uma mola precisa de Sonos da eesiaeeo.¢ gave 6 snlnae Poder er anu cones presen, © ri pear tae que tazemos do amor & verdade SEetimoraps que ¢ vordalvo,agulo que amd see A gud todas 30 os agua que non de: eis pot um lad, escllendo. um, one mila cess seguir! Bhi as quash semore 216s Sra oma em nose "a0 pov NGs: 10 ¥ dere initia. paricipago do, nosso, querer forneeé-lascha as dezenas. Aléim dos exemplos, que if citémes no. capitulo primairo déste ovo, bam do também repatar nas devolas aie, fends fodo 0 e3- cripule ena n8o faltar a uma reza, indo hesilardmn em despedacar a dentadas a repulacao das suas. "As emocdis reljjosas nos rasios ou mis épacas de {€ profinds fossaam nia massa de extrem onerja, porque sam composlas de senfinientes elemeniatesy Teoladamente poderosos e agiupados num feixe coe™ fente, O medo a epinito publica, 0 respeio pela ar foridade de pessoas vevecidas dum caricter eagrado, 28 recordagbio acumulades pela educacso 9 terior dos castigos elernos, 2 esperanca do céu, 0 terror dun: Deu justieeto por toda a parte presente, tudo dlhando « tudo escutando, ¢ discernindo anda 08 mate Sectekoy pensamtentos, lado iss0 6 como. que fundido fhm dato afectivo extremamente complexo, mes que consciéncia se afigura:simplez. A chama ardonte ‘dssse senfitiento fam vigoroso, danse soldajens de~ Fintvas enfte ides « actos: @ assim que. nas natu~ tzas teljoses eauperiores, uma injiriapode nao pro~ vocar a cblera, tanlo.a sua resionecdo € pronty Sincef; e-nem a caslidade ‘causa falas, deal nod 3s inetagbis conuaig que abrasani © cétebro, das sé= Testworalmente inferiores e334m destruidag, enfraque~ ‘idas ow deparadas, Belo exenplo de irianfo obs fom lendencias tam povlerosas, unicamene pele a Iagonisme de gontimenios. superioras. Dizis Renans-sSinlo que. minha vida ¢ sempre governada jor usa 48 que eu id nao feuhor # {6m {Sse departicular, que artia ainde depois de tor des: faparecidor. Isto neo é do modo-algum pactcalar £2 Toda a vinocdo sincera que durante muito temps Iigot oF actos a ceries idelas pote desapurecer, mas vise atrés de si esse ago, asin como'no sljisina 0 mela termo desaparece, apenas trouxe 3 conelisi9, Mas_somelhanies ligagsie, que 9 senfimento ala Asin foclmente, pode fan leis ormailas. com a condicao de Sonseguir a cumpliciiage dos eatados afecivos, Nada mos treoien|e na edueoga0. que re- “cobomas na famitia © no tice, 03 pais c os proiess res podem fazer as soldajens que quiserem, coma jd vias. Do mesmo modo 4 relfido.” Mas.na obra de educa¢aa de nds mesmos por 10s mesinos assim ndo sueede. A tosis. & maito mais complicada; exile um profundo conhecimenio. ala nossa natureza_psicaléiicn ¢, dos seus recursos. A sata do lice, os mancebos quiadas aié ai peles pais ou pelos rofessores, que: tinhamt um fabatho reo Jar © perfetamente detinide imposto palo regulartento, ‘icontram-se dum para outro dia sem preparacio es Dacial, sbrinhos numa grande cade. sem vijlsnea, tubs vezes sem conselhos e principatnente sm um trabalho detinido » porau® preparar um exame x30 & “6 mesmo que ter ia digo empr6gedatertpo bem Fracado. Mais sans tannngin nao tem. a tic (o fan afta, tam pouco elicaz)) 6 6 reués emido no Tim do ano, : ‘Mas a maior parle das eatudaates, aprovados ape= sar de tudo quia sew Irabal, cizew para alastar fda 0 raciocinio trabalharemos-a valer no wie ies! . Uni ser uecessinie, no meio de civcinstines ‘aun iworslas assegurar 0 predomfiio. da. idea, © cones: uir-he qpoio em sentimentos que jf exstem no es Trane, E questio de lstiea; mas primeira devemos Saminar bem 93 nosses reeurs, sem ome mehuny, Fe olservar de millo perlo a quesiae de saber como Ae liam de formar os lagos secessiris ens tas ideiag © fal procedimenta, 4 s9u9 vAvOr sl Examinaremos ent primeito logar as relacols da’ ideia com as poténcias afectivas fayoravels 3 obral do dominio do eu. Os fildsofos que se ocuparam das relacdis da ins teliiéncia com o sentimenta, c esses bem mais numa 10505, dsfinguem dias espéciest de comheciment onhscimento préfriamente intelectual ¢ o coukecic monte polo coragao |, E wma forma incortecta ‘expr ina verdade fundasnental, Todo o coneciment & hntelectual. Mas- quando © conhetimento ¢ acom= panhade por uma evnogio, ha fusdo intima dos dei Hlenioatos, 9 intelectual eosersivol:e osentinenio por fssim dizer mais volunioso © mais infenso que aide oloca-se em plena liz da consciéncie, angando ma pe= fumbra a. ideia associada, Vimos mais acinia exem~ plos de ideias frias até corta dota, que, bruscamente, eaperiam emogdis violentas, de fal modo que depois 2 idels mal pode surir na consciencia, seu que faste consigo a lemibranca dx emo, lembrana aig © afinal do ebmias a emocao no estado. nascente assim que actualmente, ap6s uma experisncia dema- Siada viva *, basta-iie pensar que vou # eseorrcgor por uma ramps, para imediniamente experimenter 0. Fenlimento da verliem. Eis aqui ewire uma ideia 6) tim estado afectivo anleriorments desconhecida, ama ligagae que infeizmente se fowou automatica duma 58 vez, Tais ligacois peder-se-hamn cimentar atificial: hhente? Se a reposta force negatva, ld se ia a ec Caczo da voutede, Mas acabimos de ver que toda a trad. Bureau, Pe GE, expecioimihte Clay + 1: Aitornati 229, F Alcan. ‘Vine seima, Liuro Tl, cap. 4, §1- A roveagAo a vowrane 35 sdlucagie assenta edbre essa possibilidade, Todavia, Doderd un estudante lve, que 38 depende desi em: pice ider egualmente or sua propria canta o qua as ipiis © 05 professores podem consaguir? Se a reposts “f negativa, a educaao de cada um por si mesmo sera Ingosive ae tals agsociacdis. sejam dificeis de conseguir, Therm & certo, Mas que sam pessivers cis o que ainda fsis certo julaimos, Ora esta possiblidade'& a nossa Tivertacio, Afirma-to & afirmar que somos lures. Pols hom, nao hecitimos om fazer essa afirmasao. Sim, 010s lives. Todos podemos, se-0 desejarmos, 3330 Gar, por exemplo,a ideia dumm trabalho desegradavel, Geniimentos que o. tornemn facil dai por deante, Di: 4etios sentimentos, porque om geral no trabalhador Inieloctual esta assoriagio faz-se com um grande n nero de estaidos afectivos. Alem disso essa associa: aco 6 raras vezes 6 resuljado duimma experisncia {itica, como no exempto citad> mais acina, Procede 105 como um desenhadar, por iracos sicessivos de rayon; cada associac2o realizada deiea na conscién- a, gracas a lei do habito que comega a.achiar desde A prinicira experiéncia, uma espécie de esbdco Sum 40; as que se realizam, nos momenjos de plena ener fis trazam os Inacos decisvos que ham de acabar a febra esbocada, que depois, pacientemente, se comple: fara por meio de retoques Esia lenta eleboracdo € necessitia, porque 9 tra- batho soltérig do jensamento € tam eontratio 3 na- fureza humana, @ a atencao continua 9 porsoverante € tam penosa para_'o mancebe que, part lutar con: aa reals gue init este esade deinotidade, e-em especial de: concentracao, de ajenczo sobre uma ioia, nao & inutl retnie num feixe eslido © coerente fodos os poderes aiectivos, proprias para sustentar 36 2010 paror 2 vontade na sua recisiénsia epintta as poténicias fa Taig da inércia © da preaui Desie modo se examinarniog.o que sustenta a ener= iia nesta langa e fastidiosa série de esforcos, que ne~ testila a composicao dum livre de grande fblego, 449 qual nos enlregames de todo'0 corasto, achamos lima poderasa coatisio de sentimentos ovieatados para © mesmo tim: 0 sentinento da eneriia, que 9, aba tho nos dé nam tam allo gra de yivacidade; a me~ dilagio recompensads pelos resultados, pelas ale@ias dda descaberia; 0 seatimenio de stperioridade que nos 444 a {vie por um fim elevado; 0 sentimanio de vi- ‘90r, de bem estat fisico, que da a eetvidade encami hada e infeiramente uilizada por uma forma spre: jtavel. Ajunlemos 2 esies mobels tam fortes a: con aciéncia da estine por parte daquteles que, nada fazen do, nos Seguen uns com va inteirasimpatia © outros com uma ponia de juvela: elegrigs do. hotizonte in: {electual que se. vai algrgando. Ajuntemos ainda as SatisiagSis do amor prOprio, da ambicto, a descon: tara alegria de ver alegres os que nes sam sates, 6 cenfim mobeis mais elevadas—o amor da humanidade, 6 eecvigos que se podem presta: a fantos mancel {gue etram, ignarantes do-caminho 4 seguir para che- far a ciencia das cigncias, que € a do govern de nos mesmos ‘Senfimentos,egoistas no presente e no ftio, sen times aliruisas ¢ impessoais. dam-nos um tesoiro rico de lendéucias, de emogdis e de paindis, que po: demos chamar am nosso ati, © cujas enerias alé ‘enfig incoorentes, pademos coordenar para iransfor- thar numim até ai io: © desagradavel, rum fim vivo e atraenie, ‘Sobre esse finn “nds. projectdmos tudo que em nos femos de entusiasmio quente e vibrante, tal como © amante apaixonado que adcma a sia bem-amada -HbUCAGAG DA YoNTAUE sr ort 0% seus sonhos © os seus deseios; com a dife- tenca de que nele esla objectivacdo de iisdis € sim- plez & espontinea, 20 passo. que para nés ela & pro. turada pela vontade, deliberadamento, © $0 com @ fompo gant esportancidade. Como! Pois avaro chega a-sacrificara sva sate, 5 Saus pravares e até sua honestidade ag dinheir, © rao podoriamos 16s chegar s amar suficientomente {im fim generoso, como é © trabalho intslectual, pare Ihe fazer o sacrficio, cada dia renovade durante ab ‘gumas horas, da nossa preguica! Aquole comerciante Tevania-ee todas 0g manhas a3 cinco fioras, © fica 3 isposiqdo dos seus fregueses alé as nove horas da rite, ha experanca de poder um dia relirar para 0 campo & gozar iima ociosidace completa e os nossor Imantebos desdaattariam passat cinco horas, deante da fiesa de trabalho, para a si mesmos essegurarem agora ie no fuiuto:as alegries maliplas da alla cultura intes Teciual! Fosse esse trabalho dgsagradavel ~ mas cito de todo o corrcao munca’ ¢ —pedemos estar cer fos de que, pelas leis da assocjacio de ideias, 0 hé~ bilo ceminutts os sofrimenios do esf6rgo, @ m0 tar- days a tornd-lo agradavel ‘om efoito, 0 Noss0 poder de formar slroeute por associngao 0 Que dantes nao eta, vai mul lonje, Po- demos enriquecer os sentimientes favoravels & nossa wontade, a pono de os transformar. ‘Quem reconheceria no delicioso senfimento domis- fico, que segundo. 0 exaressao de S, Franciscode Sa- les deixa sescoar e laiiefazer as alma em Deus» uma sinfese de amor, ¢ désse medo dos primeiros ho- ens, gue nis e lancados jo. meio duma naluteza, poténcia incomensuravel com a sua, tnsatt © vivo sentiment do seu estado miseravel © 0 terrdr das {orcas naturals? Da mesma forma, até o sentimento 4a brovidade da vids sdessa fuga da hora, dessa car 88 iso eavor: 4 EoneAGRO HA vowrane 89 railtados palas potsacias viginbas. Vejetavam ingloria- Inente como essas-eslrelas que. nao deixamdo brilhar ‘tm pleno dia, ainda que 9s ignorantes nao suspeitem 4 sia presenca, A nossa atencao, da qual podlemos “Gispde fae a fungdo. de poléncs ciara, que no Por owino taka como se explica 6 éxito dos roman- 185 esphnimente como 6 que todos os ompreen- E que aproveitamn sentimeatos que ina vila pring “tix ouish no iGem ocasiao. de. se exercer. E como “wsia pequersa quorra ha auséncia da guetta sa valet; E se grande parle de pilblico pode sequi os roman ‘6:3 dos grandes. mestres, ndo prava isso que na maid. fia dos lelloees os sentimentos corrmam, e56 esparam cocasifo de aparacer em plona luz da’ constigncia ? gus'9 roaaacista pode sobve ngs seria esttanho ‘que, senlotes da nossa alencao © da nossa imajinag3a, @ nko pudéseinas nds: Ora nos podeme-lo. Posse Por exemplo, provocar em mim Oleras atiliiais, 0 Selermecmanio o enim elim sextet de hue necessito para chegar ao fim dessjad. Nia se uber as descobertas stientihess ctiar, no sentido humavo da palavra, centimonler inieiramente novos ? Ha nada mais fi em aparéicia que o me- anism carlesiano ? E todavia essa teoriaabstracia ainda, na alma ardente do. Espinosa, nio coordanou ‘nun sistema novo sontimentos nele dispersos até ai _Aarupando-05 em volta do forfissino senfimento. que t tnhia da.nossa rulidade, e a0 provocey a eclo- sao do mais apaisonado e do mais admiravel dos 10 mances mefafisicos quo temos ? Pade-se_ dizer por- ventura que o senfimento de bumanidade sejainato n0 hhomem ? Nao ¢um pradulo consciento, uma sinlese nova, sinless duma forga tieamparavel ? & alo € evi dente tor Mill razao quando escreve que «0 cullo da reira imperceptivel, de enlovquecer a"quem a medita, dessa infinits. deshlada de pequenos segundos, que oem 0 corpo € a vida dos homens '> pode vir em hosso” airai, ensinando-ncs a desprezar as distra- cgbis vulgaros Gemeente 70 podemos eridar nem car send limenios, que ndo exisiam na. consciéncia, Mas nto treio que os senfimenios clementa‘es possam falar hiumma canssieneia humana, Em todo 0 caso sa ho Tens que podem diferir tanto dos seus semeliantes, no 2 a esses que nas dirjimos, Escrevemos um trate do para mancedos normaise ndo um manuel de-teralo- Tojia.E além disco tais monsiros nao existem, Onde se viram, por exemple omens, cujo carscier disiiiva, Fosse a crueldade e que nunca, em qualquer circuit ‘tanca,fivossom sentido piedade pelas, suas pessoas de familia’ ou por si mesmos ? Dizemos nunca, porque ainda que esses movimentos Fosse muito raros, nio sera menos fri. ae les sam serim posivs Sa Demos por axtro Jado que os sentimentos. mats, com plexon, aie clevados, sam sateesformadst pela as- Soclacao infina de muitos senfimenios elementares * Por outro lado & manifesto que a alencae tigorosa € pprolongada, concedida pelo expire a ium estado de ‘Consciencis qualquer, tendo a trazél-opara a plena luz a conrigucia; por consegiiGncia permite-Ihe despers tar. of esiados associados e fomnar-se um centro de. ‘organizagao, Por isso sustentamas (@ cada, mt pode. Vertfici-lo em s) que podemos encerajar, forkticar slados afectivos dalgum modo timides €_ humildes, ‘gue até af mal finHlam wm sépro, comstraniidos e hu- {ae Maupsbaset, Fir crim le wart + spences Pay chotoge Lehr Seaman, Te, Rib F. Aen 90 Ihumanidade pode apoderar-s0-duma vida fumans, com Toritehe o pensemento, @ sentimento e a acgto om tim poder, de que a tlifto apenas poderd der wn ‘ela, uina especie de anie-g6z0 ">! Ee mais, nfo & 0 papel da intliéncia orentar @ operat a fusd0 de sentimenios elementores andrquicosy) Gando-thes wma expressto nitida? Porque todo 0-454 Todo atectiva, todo 9 desojo permanece por si mes mo. vaso, cego € por consegienea impotent. Salvo os senlimenios institivos, coing a colerae o” nedo, que por simesmos se traduzem exterionmente, {8 maior parle necessita 9 cooperagio da intel tia, Provocam na alma war mal estar, um sofrimenta, & 6 0 espirito que dé a esse: mal estar in cada preciso. E a0 espirita que incumbe a investigagac os micios de gatistazer 0 desejo, Se formos surpreeri= didos por ume tormenta no Monle Branco, sofren frio © 0 (error duma morte horrivel, é a infeljéncia ite nos sujere cavarmnos muma parede de neve un rie onde eoperaremee 0 fn do perigo. Se form como Robinson Crusoe, laneadds 0 uma ila deserts, aque fardm fodas as nossas inclinacbis, dclorosnmente Quajeradas, se uma inteliéncia nto trabalhar para sa= fisfazelas ? Se estou wa miseria 2 desejo sair deta, & aida a inteliéncia que vei dar 2o meu procedimenta uma direccAa clara @ definida, Compare:se a indeter= minacio @ 0 vago do abalo prodizido pelo instin‘o se ual num mancebo perfeitamente putro © ignorant Com aclareza e eneriia que tomors nee 0 decejo depoig uma primeira experiéncia, e compreender-se-ho ai aundliat represchia a inteljéncia para os estados afe> Gtivos. Basta, por i350, pera dat a ui dase, a nam ¥ Stuar Mil, Cileardene, ch II, Trad. Le Momnier. Pu can A EDUEAGRO OA YONA NE st trot, na uncidadermllo grande, torneo ebjesto “ale se persegue perfeilamente preciso para o es) Jo, de forma gue lodos os seus aspectos amavels, ¢e- fores ou shnplezmente utels sejam postos om re Vesios; pois, que 36 pelo facto: de seimas intelijen cepazes de prever (pois que saber & definitva. jenie prever) podemos wflizat todos fro para aléin das falacosas promessas do presen: lentes razbis por nae fazer nada, ¢ que nay lena lidas repostas pars opér a.quem 0 incite a lascar-se A ves pA Hy YoMrADH ar 96, sue favor momentos de cleyacio om que a superioridad pola Ielicidade. do trabelho sébre uma vida ociosa the “aparece nitidamente: e esses momentos, a seguir, tor- “fam impossioel uma vida de pregiica isenla de re- ‘norsos, © que & possivel, guanilo:ha veidedes « opdr a ‘govismas, 6 ainda possivel em casos que parecem mais filiceis: quando se irata de opr a sofismas vordadei- Sins ilusdis yoluntérias, ou ainda mais, quando é ne. ‘cessirio opr a uma verdade que conlraria a obra ‘de slominio do eu, via rede de fegdts wi E claro. que uma fiegéo nao pede tor nonfumna in sTluéucia sBbre 0 procedimento, se nao Ihe atcescen Jaimios £6. Se apenas fOr uma formula va, 95 spsifa- iisino>, de nada wos serviré. aqui. talvez alguém nos detenha pm ‘qué! poderemos, engenar-nos a nés incsmos, Srieniamente, deliberadamente, e ser voluitiriamente Jogrados ? Ise 6 absutdo,—Sim, absurd om apa- “réicie, mas. perfoitamnente' explicagel para quem re- ectir ao. extraordinério poder de libettagio que nos 125 leis da aienc2o e da memdria. E com afeit, a lei mais garal da memstia nto é “ave toda a lembranca, nao endo reavivadn de quan- flo em quando, tende a perder a clareza, x empalide- Stor cada ver miais, @ a desaparecer depois da memé- fal wual 7 Orn ng somos sonhoree de nove aen- fia numa lard escala, Pedemon, por conseqiéncia, “ondenar 4 morte uma lembranca, bastendo pare iss0 oh recusa de a considerarmos de novo: pademos, 20 ontrério, dar-thes 2 intensidade de reldvo com que a squiserinos na consciénda, prodigaizande-tho os cui tej a previsio de conseqiiéncias dolorosas. para. ‘nossa vaidade, para a nosse sade, para a noses lisidade ¢ para a nossa dianidade, suscitarim em fe do. desejo, que’ som isso tetia abafado as conside #018 tondontos a contrarié-lo, outros descjos 2 out Estados afectivos. Estes far-Ihe-ham opesicio, ¢ 0 chegarem a vencé-lo, ndo the deixarém mais uo uma vitéria duvidooa ¢ precaria. A tranatila pos dda consciéncia, substituir-sé-ha a. querra © a inqul lacao. Dasie modo, conira a preguipa contente de ‘mesma, poder-se-ham armiar na consciéncia adve ios que se ham de cxercitar na luta, © que termi taut per alcancar vitérias cada vee mais freaiientes mais docisivas. Recordam-se dessa adoravel figura Quorubim ne Casamento de Figato «54. na0 sei gue sou, extiama cle! Ha js algui tempo dte sino peito aiitado; palpita-me 0 coracaa. simplen, vik duma mulher; as palautas amor e voluptuosidede f zem-no esttemecot © perfurbar. Enfim, 2 necessia: de dizer a alguém —amo-vos — fornou-se para mil tam instante que 0 digo s6 de todo, a correr no ne qua, & tua amante, a 8, as Arvores, 20 vento fem encontrei Marcelina..- Susavia (rindo): ata ah! ah Querubim: porque nao? E rmk there donzela! wnia mulher! ah! conto estes no sam déces'» Se Querubim {dsse capaz de recons derer por ura. momento, dando-ce a olfar Marcel de perio, a compencirar-se da sua fealdade, das welhice «do sew prelenciosismo, teria sido 0 Seu fejo gravomente ferida: e quem o mataria ? 0 exat atento, a verdade. Uma grande paixio nao dei acordar 0 espirilo erica; mas se o descrécio vol taro do objecto da paixio For possivel, a paindo c 0 fisco de morrer. 2 ‘0 preguigaso, ainda mesmo 0 que mais fertifica sliver exteriormente com boas razdis sofsticas, 051 Poi, |, | Arescentamos esta palavra nsx no fntilo Re Beixar Iniacia a quesiao de saber se alguma lerbranca se perbe i abso, ‘ foo ante Paro A. est2s: meios de acgie juntemos a disposicao in Tiente dos meios exteriores, ¢ 9 afasiamento do se préprio pata alimentar as nossas paisbis © 2% condi= gots que the sojam propiclas. sv Mas este conjumto de procéssos lslicas consit antes a ptearaes0 para a guerra, do que 2 guerré prooriamente dite, Esta preparagio pode ser subita- frente inferrompida por alguna paisio que feriha cress ido sem einbargo dos nossos esforcos, o1 muilas das Vezes aproveitande se da nossa falta de alencto e do. Sono da wonlade. Mas quand a tempestade roje, cus: do 1 sensualidade invade, por excmplo, a cousciéncia to devemos eaquecer que os alimentos de que a painaa SE pote alimentar sain ideias, © que essasideias, que 0 fenide a. associar em seu proveito, podem Inds tontar aisociar em noss0 beneficio. Sea lute & desegual, € 6 incéndio caminha cada. vez mals, € mes cemario que a nossa, 82 ideias © os sentimentos favoraveis, e que o que & lea abstracia 0 transiormenas ei afectos sensiveis © vivos. A reflexta meditative. avinie 0 seu fim de pois de ter provocado poderosos movimentes afectno- Sas ou vigorosas repulsbis, Ao paséo que 0 estudo procura saber, a reflexdo deve procurar a acco, 10 nuii6 eavor 4 OUEAGAG Lis yOR! AME rr) como escancararam 9 consciéatia as coisas de fora ‘ip {Gem nunca a:corajem de ir, sob esta forrenie-d grijem externa, sondar 0 fundo ‘sido e permanent do seu, proprio ser. Dai rosulla. que yam attaves. ida, a mercé dos acontecimentos exteriores, lant ps €8 orlisis, tam pouco seahores de si mesmos, co as fellas que rodopiam impelidas pelo vento de o foro. O provelto que lira das suas expericicias nalo: dear errar o olhar sdbre lanlas coisas efi vale a nada olhar: $6 fezem ama grande colbeita-d descoberias aqueles gue mergulham na torrente d impressois sem se deixar arrastar, ¢ que conse ‘a presence de esoitto necessdria pare agerrar na pak Saiem as circunsidncias, as. idelas © os sentiments que escolar, e aos quis fatima sogutr sofrer Mi vetdadoiro trabalho de assimilaca®, Uma vex conscienies cloramente do. nosso fim, qu fortiicar a nossa voniade, ¢ em parlicalar a no wontade dé trabalhar, & prociso fazer a velecgao Jodas_as cincimstancias cxteriores, de todas as i ideias € sentimentos, obrigar os pocleres hi 2° Quando um sentimento os fala ou recusa des Dperiar, examinar com que ideia ow com- que grupo ‘ie ideias pode ter algats Lagos; far a atens#0 s6- Tore ssas ideias, manie-as fortement@ na corsciencia, f fsperat que, pelojégo natural da associaeéa o seu" Hfimenio desperte. 3" Quando um sentimento desfaudravel & nossa bra iresmpe na consciéncia, no Ihe presiar alencao, Iprocuratndo pensar nel ¢ de ceri ode fazbo inorser de inanigao, ‘ 44 Quando wm senfimento desfavoravel crescet: & “ge impdi a. alengao, sem que tha possamos recusar, Giclic um trabalho de critica malévola aébre todas as fdeias de que esse seniinenio depende e sobre 6 proprio objecto do sentimento. 5. Trazer sbbro-as circunstincias extoriores da vida ‘olhar peneirante, indo até as menores partcula- je mancita @ ulilizar iniebjentemente todos 105 recursos © a evitar todos 08 perigos. Tal 6, por assim digee, @ programa geral que cada uum deve peocurar eplicar gralmente, © deixar quo ce oscapern, sem ac me: tum olfiar de. atencae, 03 poderes hostis, O seqreda bom éxito € aproveilar tudo © que fOr util para: o giv Mas ha cerfos panies sObre os quals € necessirio nossos fins Insist Quando cada um 40 compenotrar da tecessi- stn fade do nao ser um ler f conipletando- thes a. adzniravel oxpasicae de Fovil fee sdbre a imporléncia dos esiudos cldssices. 192 IHLI0 FaYOr - Sur Todavia wma objecgio ve ha de’ apresentar sent vida, obstinadamonte, ao espitito dalguns Jeitores, Trem ouvido nivitas vezes repetiy que. ha antinomia entre-a.actividade'e 2 medilzeaa. prolongada, © que ‘98 ponsadores zai em geral pouco propensos 2 vida prestige: sisi a ullidade da ellenso meditative prog longada para a accao nao Ihes parece ttada corts. ‘que. confundem com os ajtadas os homens de accaa Votdadeiraiente dignds déste nome. O alitalo & 9 coutrétio de homem de ecco. O ajfado tem a neces date dese exer a sua actvidade tract ge ia a ia por uma accdo freqitonte e incoerente, Mas, como ‘88 bons éailoa na vide, na politica, etc, ndo se obiter sendo por esforyos confinvados na masita direeca, esta alftzea0 ruicosa f27 muito baralho, mds traballi [rccis®, principamente bom trabalho, posico ou ne= hum. A actividade orienlada, segura de si oiesma, ica @ mneci'acZo profinda, Os grandes homene de coma Hentique 1U-¢ Napoledo, autes dese de. cidirem, reficctian longamente, quer por si. mesmo, quer pelos seus ministros (Sully). Quem nao medita wen 180. lem sempre presente na. meméria o. fim ‘eral a afin, quem nao. procura assiduamenle os melhgres mvics para conseguir os fins parcais,for- aa-se necessariamente joguete das circunshincias per {urba-o 0 imprevisto, cbrigando-o incessanfemente a dosvios de caminho, que aeabam poy lhe fazer perder 4 dirocgao geral. Todavig, vé-lo-hemos, a accao deve seguir sempre ¢ rellexdo, meditative’ ela por si $6, nay basta, posto que soja condicao necessaria do toda 3 vida activa @ fecunda. Condigio stecessesra, dizemos nds, porque todos somos, mais Vo que pensimos, esitanhes de-nds mnes- tes. Com toda a taz80 nos podemos. enfristocer, A eoucagio Dy voxtane 123 and cbservaniss que ido he um home ene mi, die sb tums personaidade quit todos sam, 6 38 to content dam ocd oo 18 seus cies particulates, une como fiteres movides por uma Sesciacto de fortas prodiivesmente male poderosas fie 4 sua, Vive tao una vida. pebpria came soe edaro de madelta, que eu lanco a Torrent® e que 6 Grrasado com saber como nem porga®, Repelindo dn pensamento célbyo: im mtouitos come ventol= thay consciettes dow seus toyentos¢ ineonscion- tos do vento que 2s move. A eicacac, as pedevosas Scestis a Tinguaatn, 2 pressao exttemamente ore dot tamaradas'e do pablice, ov powtbios 4s figto, calegoricae finalmente as iicinacGls natursis sian selon parte dente. nds e bem fares san aqueles 1, movidos por lnias cortenies insuepetag One tant resoldemesfe-m sua vidio pata am pelo pre- timente elit,» sabes eter a eqtenmenle a (omar © potto @ recilicar a directo, {Pepa oe usa eter ss vena ge cnestios & tam testrilo 0 fenipo da posse do gil os gl ste anos tomes levedos sem refed mute mo nosso destitos «quando camecimos a querer {0- tmar's drgceao da vida, comos spanhados por engre- fajeas que nes arasinn. © sno’ fora Um treo de Guslenda; os tabulhos_cegilares — vesimo 10s Somer, dient, as exiéncias do mundo, 9 cbrigachis do emprégo, a0 mis disposieas, az doencas, debam fnuito pouce tempo para a via superior! Ua: so indo, Cal-se Indy os dias sucede'se,e- quandD comecd” tvs x ver claro na nossa exiténcla, estes chea- dos 8 wshice, Dai ease prodiioso dey da grea ea- ties, que abe onde be de conduct 6 caras, © gue, posta pels confissio a pela direceao das aloes So tetronte das mals profundas ypedadet ds pscolo= jn pric, tga uma fatga Wa para © grande reba 128 sunlo Avot: ho: de tenes, anparaos fracos aue vata, © m= pele noma dreceaospnsvelmenietnviorme ona os faa, que som ela feria des ou permanectia 2b © posto de vista de moral mt qués todos stent inrielieme 23 Sales sindas do evento! En primaire loge 6 3 eaiagae date 0a farthas de esos sam rtaa! Faves or consesicnia samt mo criangas que Yecebem unt tducaego ectnal, Al aqueles que sam tavorocton ym us fal edcngso sin iets numa atosiera de folice. A soriecsde habitiay cs cradon 9 ami= 369 ave sfren,poderosemone's infuenci di Ingo bia, atlhardm'9 moméra. da sianey om forrmlas correnten na sociedad Aindo Moon ae a. fain pudesie [event farlesdiquey coil tse tes prshieos a cian ba de ier protesages, ied aunis eqn poscosrelecleny, #camaradas ination Belo espieto comin, Depts viendo ene oo ae Eeanelhantes clang, ata gue mutlo bem cicada, ieth ge falar a sons Hnguajem Ora a inguaiem ae onfem ‘Papin, A mulidas Weta 9 cu aie Nola vasod a sua mediocridads, 0 sou Sti0.9 Tilo 9 gue 6 superior, e oeu jizo expose e sinmploria, ae fo vai-alam das aparénclas, Por ‘sso se encontram ta tng dae muitdols astocaots de tds de Hosas pata fortns, para'o poder para os iets de ferro © de despeco’para a bondade para 0 dein: Keres, pate a vida simpler © (abate Ines ial Sofremios mist gran slovado essa peneasajestia Gucreisa prova ? Gye promuncism deaple ds ves a palavra sarendeza> e'ha cem probabildades conta tima de que's palaora tvocard ideas de. poder de paral, om vor ta Uos fazer pensar ta seancezs ioral. Todos penesrim em Cesar © ninsuem en Epiceio, Ede feeidade que se tala? Els que su jem no espiio sas de riqia, ve poder ee « Howcngho a vowtate 105 pluses! Fae, como eu o fz experiucin sobre aus palsras carnteiscas anu gue az com ssh um ponoeder a wi. valhz a pona de. ser Fhidds Tove cree que procira sob 0 penta de vsia peice as inajens que acbmosahars a palata ace gue ninguém ponha er divide 0 aeance total tae bnerico, fara etfcedes. Have de con shat ac lingua € 0 mals poderosonalrureen 4s safestas. que psu em prefizo sos espitos de vnigiea tenovencin tla ¢ Sg ‘Grn sobre esta flice unierel, cada tomarada do now esludante rguiecte tin conjente de obra TG gue ha de converterem moeda correnteconforme Sodio tas eespesss guotitianas, Os provéeios cefsenre ua foe wr cone ashen ay gin ilo 6 as observa d88 pesos qe N20 fonbecem ns regras elemenfayes duma boa observa Saat gue mio sgpaviam.sequer em que poke SSir uma expert comprovat sles prowerboy sepeidosiseseaniemente acaba por fompe uma. rwtcridade, que a0 € fe bom fom oe as rala a dua mancebo que sacricn expt Emnene’ cg, praveres, verdaderements fignos deste hain, 4 vadade de paseat de cevcirs em, corre. jana ‘com qualquer nsther grossete e canrichos ant oe bale & acids rs alg res {hue ‘Agueto, gue aver slardonrlargueza de tds. Por veses at incity 0 mangebo a continua, manies- fhe au ogo Hse fer rato a tempo fests loucoras ri bent ec econ deo dir: cssas formulas consagraas fazen ao mancebo un Shak qe nao @ posavel calelar, impeiio-o de Te Foci de vor a verdade, E vom em Tolos os paies Ge Puiropa ede Aerie, scmo langades 20 cat do ate" au do eeu, sem nethuma,viléncia Teal ©

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