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[Revista A Forca Policial O MITO ee POLICIA -spolicias brasileiras, de forma indevida, sao taxadas de letais, violentas e fascistas. Por de tras de ideologias que exaltam as virtudes dos criminosos e desconstroem as policias, criou-se a cultura da bandidolatria. As policias brasileiras, no entanto, atuam em um cenario de guerra nao declarada, onde criminosos, extremamente brutais e destemidos, provocam cerca de sessenta mil mortes todos os anos. Policiais brasileiros, para proteger a sociedade civil, morrem muito mais do que a média nacional. Policiais, antes de algozes, sao vitimas da sociedade incivil. Taxar a policia brasileira como brutal nao passa de mito. Introdugéo: 0.0vo da Serpente cineasta sueco, Ingmar Bergman, no filme 0 Ovo da Serpente (1977), tracou o perfeito retrato do alvorecer_do movimento nazista na Alemanha do pos- Primeira Guerra Mundial. Como bem capturado por Bergman, naquele momento historico, 0 pais encontrava- se em cabtica crise econémica. Derrotada no conflito mundial, a Alemanha foram impostas _pesadas indenizagées de guerra, as quais the lancaram em um periodo de hiperinflacéo, recessao econdmicae miséria, Nesse contexto de caos, o pais era o ambiente ideal para a proliferacdo de ideias am © ideais messiénicos que, magicamente, propusessem solugdes que retirassem a ‘Alemanha da crise em que se encontrava, nem que isto. significasse 0 fim da jovem democracia_alema. Do interior das estruturas democraticas, aproveitando- se da Ansia popular de um porvir mais venturoso do que 0 sinistro presente entao vivido, emergiu o Nacional Socialismo, doutrina que pregava o retorno do povo alemao aos seus mais puros valores e aos seus dias de gloria. Rapidamente, por inspiradora. do senso de dignidade alema, 0 nazismo passou a angariar apoiadores. Em poucos anos, 0 grande cone e idedlogo da doutrina, Adolph Hitler, assumiu, pela via democrética, 0 comando do pais, destruindo, ao atingi- lo, para se perpetuar no poder, ademocracia que oconsagrou ‘como chanceler da Alemanha. Em cena emblematica do filme, 0 personagem Hans Vergerus, misterioso cientista que conseguiu perceber, antes dos demais, do que ‘© nazismo efetivamente se tratava, usoua seguinte figura de linguagem para definir 0 emergente movimento: “E como 0 ovo de uma serpente. Através das finas membranas, vocé pode —claramente discernir 0 réptil jé perfeito’ (LEITAO, 2012). Lamentavelmente, 0 nazismo nao foi a ultima serpente gestada a partir das ntranhas do Estado Democrético de Direito. Dentro das sociedades democraticas, _justamente por serem democraticas e permitirem a amplitude e a EE revista 4 Forca Policia diversidade de idetas e credos, tal como no caso nazista, intimeros outros “ovos de serpente” sao todo momento chocados. Como expressées_perfeitas e acabadas das “serpentes" paridas no —_contexto democratico, encontramos 0 terrorismo,ocrimeorganizado ea criminalidade comum que aflige a populacao. Gestados no titero da sociedade, esses rebentos ingratos, sempre se apresentam prontos para inocular veneno mortal na mae gentil que os acariciou e alimentou, ‘Ao prefaciar a Convencao de Palermo, importante marco e referéncia legal internacional no combate a0 crime organizado, KOFI ANNAN, entao presidente da Organizacao das Nacées Unidas (ONU), —_tracou © paralelo entre duas sociedades que, infelizmente, coexistem sob a égide do mesmo Estado Demacratico Direito. A primeira delas, a que chamou de sociedade civil, e a segunda, a quem chamou de sociedade incivil, que, tal como a serpente de Hans Vergerus, prolifera-se no interior daquela, tendo-a como hospedeira e fonte de alimentagao. (ANNAN, 2004). Nesse contexto de eterno conflito, onde a sociedade incivil, que prefiro chamar de incivilizada, tal como um cancer em metéstase, busca tomar conta e debilitar 0 seu hospedeiro, a primeira linha de defesa da sociedade civil, na verdade ci policia. No entanto, os guardides dos mais importantes valores e conquistas da sociedade civil, justamente por exercerem © seu oficio, sao vitimas de persequicao ideoldgica e de indisfarcavel_campanha de desmoralizacao. As policias brasileiras, a todo o momento, por bandidélatras de plantao, sa chamadas de fascistas',"“violentas’ e“letais" como se os seus adversarios nao fossem extremamente agressivos, destemidos e sanguinarios. Por esses motivos, € 0 objetivo do presente artigo desconstruir 0 mito de que as policias brasileiras séo violentas, demonstrando 0 crescimento da criminalidade brasileira em —_nimeros, © tipo de criminoso e crimes que nossas policias combatem, ——culminando com a demonstracao de que policiais brasileiros, antes de algozes, sao vitimas. izada, é a 0 Brasil em nuimeros No ano de 2014, segundo © Forum Brasileiro de Seguranca Publica (2015) , nada menos do que cinquenta nove mil seiscentos e vinte e sete (59627) brasileiros perderam a vida, vitimados por homicidios, por conta da violéncia que campeia a solta no pais, a razéo de 4.96891 mortes por més, 163,36 mortes por dia e 6,80 mortes por hora. Tais nimeros, em sua nefasta magnitude, falam por sis6. No entanto, ainda que 0s niimeros do fossem aterradores por si mesmos, algumas pequenas comparacées tém o condio de demonstrar a dramaticidade das estatisticas, as quais, na objetividade que deve nortear a exposicao de numeros, sao insuficientes para refletir a dimenséo da dor e do sofrimento _experimentados pelas familias enlutadas que perderam, pela agao de criminosos, os seus entes amados de forma brutal. Suponhamos que a cidade de Gramado, aprazivel destino Gaticha, conhecida por suas belezas naturais, seja atingida, 20 longo de 2016, por um virus mortal. Suponhamos, ainda, que, no curso deste ‘ano, todos os seus habitantes venham a falecer por conta da contaminacao por aquele provocada. Ainda assim, mesmo que perecam todos os 34.605 moradores da cidade, o numero de mortes provocadas pela epidemia viral sequer chegara perto das mortes provocadas pela pandemia de homicidios no Brasil. (CIDADES.., 2016) Nem a Gripe Espanola, que chegou ao pais em 1919 e ceifou a vida de, aproximadamente, 35.000 brasileiros, em uma época em que a satide publica no Brasil era uma quimera e inexistiam medicamentos capazes de fazer frente a moléstia, matou tanto quanto os homicidas Ne 1.2017 Reser Pot aT brasileiros em 2014. (VIRUS.., provocada pela guerra, foi homicidios verificados no 2014). inferior ao ntimero de pessoas Brasil, ano apés ano, vem Se 0s exemplos cima _ mortas por homicidas nestes aumentando, tendo atingido no agradarem e forem pagos. negativa. marca _histérica, considerados por demais Se oleitor, ainda, desconfiado_porém ndo o seu zénite (este esdrixulos, afastados de dasestatisticasecomparacées ainda esta por vir), em 2014. qualquer cientificidade, vamos anteriores, entender que O Atlasda Violéncia, publicado compararonimerodemortes articulista esta inflando pelo Instituto de Pesquisa ocorridas no Brasil em 2014 os niimeros, valendo-se de Econémica Aplicada (IPEA) com © que efetivamente é falécias ad terrorem para e pelo Forum Brasileiro de comparavel por sua grandeza: justificar 0 seu raciocinio, Seguranca Publica (FBSP), a8 mortes provocadas por vamoscompararacapacidade demonstra que, de 2004 guerras. letal dos homicidas brasileiros até 2014, 0 vertiginoso Vejamos, em __termos com a letalidade dos cinco crescimento no nimero de comparativs, a Guerra da maiores grupos terroristas homicidios no pais garanti Bésnia. No periodo em que hoje em aco ao redor do a nossa patria mae gentl, 0 ela se desenrolou na regiéo mundo: o Estado Islimico primeiro lugar no ranking dos Balcas, de 1992 a 1995, (Siria), o Boko Haram (Nigéria), mundial de — homicidios portanto trés longos anos, de 0 Al-Sabaab (Somidlia), © em ntimeros absolutos, os 93.000 a 100.000 mil pessoas Taliba (Afeganistio) e 0 quais circunscrevem 10% morreram em decorréncia Maoista-Comunista (India). de todas as mortes matadas desta. Eo que afirma MIRSAD (NATIONAL..,2015). perpetradas ao redor do TOKACA , diretor do Centro Emais,paraqueacomparagéo globo, perfazendo a abjeta de Pesquisa e Documentacdo _demonstreo quao impactante média de 29,1 mortes por cem Bésnio, entidade_—ndo._ ela &, utilizaremos, como mil habitantes. (CERQUEIRA et governamental. Algoemtorno paradigma, as mortes e lesdes al, 2016). Diz 0 Att de 33.000 mil mortes por ano, cometidas pelos _referidos aproximadamente a metade grupos terroristas em um “Segundo 0 _ Sistema dos homicidios verificados no periodo de dois anos, 2013 de — Informacées sobre Brasil em 2014. 2014. Mortalidade (SIM), do Na conflagrada Siria, o quadro. Infelizmente, no Brasil, mais Ministério da Satide, em 2014 ndo é diferente. Desde 0 mortes sdo cometidas por houve 59627 homicidios2no momento em que a Guerra ctiminosos no periodo de um Brasi! -o que equivale a Givil eclodiu, no mésde marco ano do que em um perfodo uma taxa de homicidios por de 2011, para retirar do poder de dois anos por terroristas. 100 mil habitantes de 231. © tirano Bashar al-Assad, as Contra as quase sessenta “Este é 0 maior numero de mortes verificadas no conflito. mil mortes em um ano no homicidios j4 registrado e atingiram ntimeros superiores Brasil, observamos que, no consolida uma mudanca no ‘a 250.000 pessoas. (HUMAN dobro de tempo, terroristas nivel desse indicador, que RIGHTS WATCH, 2015). Se _internacionais mataram se distancia do patamar de considerarmos que a guerra 24.044 pessoas, lesionando 48 mil a 50 mil homicidios, se desenvolve ha quatro anos outras 19.912, perfazendo um ocorridos entre 2004 e 2007 @ meio, concluiremos que, total, entre mortos e feridos, e dos 50 a 53 mil mortes, por ano, estatisticamente, de 43,956 vitimas. registradas entre 2008 a 2011. ocorreram cerca de 55.000 O que é mais aterrador no Para situarmos o problema, mortes. Tal como no caso da quanto apresentado, é que estas _mortes representa Bésnia, a mortalidade anual o astronémico ntimero de mais de 10% dos homicidios http://www.revistafpolicial.policiamilitarsp.gov.br/ [iin registrados no mundo e colocam 0 Brasil como o pals com 0 maior numero absoluto de —homicidios. Numa comparacéo com uma lista de 154 paises com dados disponiveis para 2072, 0 Brasil, com estes nimeros de 2014, estaria entre os 12com maiores taxas de homicidios por 100 mil habitantes. (CERQUEIRA et al, 2016, p. 6, grifo nosso).” Os ntmeros refletem, na verdade, 0 quo pouco vale 0 bem vida em nosso pais. O ato de matar, hd pouco vinculado 4s paixdes humanas e ao atendimento das pulsées néo reprimidas, hoje se tornou em formade resolucdode disputas econémicas e@ comerciais. Grupos e __organizacées criminosas_utilizam 0 matar como ferramenta_ para neutralizar (em termos concretos) a sua concorréncia, expandir territérios,_ cobrar dividas, submeter populagdes a0 seu taco, executar agentes encarregados de mantera leie a ordem, portanto empecilhos ao exercicio de suas atividades, e aterrorizar o Estado. Nesse sentido, os Caderos Teméticos do Ministério da Justica = Investigacao Criminal de Homicidios, afirmam que 0 aumento dos homicidios esta associadoacontlitosresolvidos de maneira violenta, tendo como protagonistas grupos delinquentes ou gangues: “0 que todos os dados apresentadosatéaquisugerem € que existe uma dindmica de violéncia bastante delineada atuando como principal vetor do aumento dos homicidios no pais nos ultimos anos: 0 acirramento dos confrontos entre adolescentes @ jovens, moradores de vilas e favelas, associados. em — grupos delinquentes ou gangues, sistematicamente_envolvidos em conflitos territorializados. As caracteristicas assumidas pela violéncia nestes locais nao deixam dtividas de que 0 crimes possuem um carter grupal_e séo associados a conflitos resolvides de maneira violenta dentro dos proprios —ambientes” (CADERNO TEMATICO DE REFERENCIA, 2014, p. 18, grifo nosso)” Os niimeros refletem, na verdade, 0 quéo pouco vale 0 bem vida em nosso pais. O ato de matar, hd pouco vinculado as paixdes humanas e ao atendimento das pulsées ndo reprimidas, hoje se tornou em e aterrorizar o Estado. violéncia bastante delineada formaderesolucéodedisputas Nesse sentido, os Cademos atuando como principal vetor econémicas e@ comerciais. Temédticos do Ministério da do aumento dos homicidios Grupos e —_organizagées Justica - Investigacdo Criminal no pais nos Ultimos anos: 0 criminosas utilizam 0 matar de Homicidios, afirmam que o acirramento dos confronts como ferramenta para aumento dos homicidios esté_ entre adolescentes e jovens, neutralizar (em —_termos _associadoaconfiitosresolvidos moradores de vilas e favelas, concretos) a sua concorréncia, de maneira violenta, tendo associados em grupos expandir territérios, cobrar como protagonistas grupos delinquentes ou gangues, dividas, submeter populagdes delinquentes ou gangues: _sistematicamente_envolvidos a0 seu tacdo, executar agentes em conflites territorializados. encarregados demanteraleie "O que todos os dados As caracteristicas assumidas aordem, portanto empecilhos apresentadosatéaquisugerem pela violéncia nestes locais aoexercicio de suasatividades, & que existe uma dindmica de nao deixam diividas de que os crimes possuem um cardter grupal_e séo _associados a conflitos resolvides de maneira violenta dentro dos _prdprios _ambientes” (CADERNO TEMATICO DE REFERENCIA, 2014, p. 18, grifo nosso)" 0 socidlogo Sérgio Adorno, ‘em seu artigo Sociedade Sem Violéncia, aponta a relacao direta entre 0 crescimento da violencia no pais @ erosao do que ele chama de formas tradicionais de socialidade. Segundo Adorno: “O crescimento das taxas de violéncia, nas suas mais distintas modalidades: crime comum, — violéncia fatal conectada com o crime organizado, graves violagdes de direitos humanos, explosao de conflitos nas relagdes pessoais e intersubjetivas. Em especial, a emergéncia do narcotrafico promovendo a desorganizacao_das_ formas tradicionais de socialidade entre as classes populares urbanas, estimulando o medo hilpy Anwerevistatpolal palclamlitarsp.9ov 67 EBay revista 4 Forca oiicial das classes médias ¢ altas e enfraquecendo a capacidade do poder puiblico em aplicar lei e ordem tem grande parte de sua responsabilidade na construgéo do cenério de inseguranga _ coletiva. (ADORNO, 2002, p. 87-88, grifo nosso)” ADORNO e SALLA, ainda sobre © tema, afirmam: “Os crimes cresceram e se tornaram mais violentos; a criminalidade organizada se disseminou pela sociedade alcangando atividades econdmicas muito além dos tradicionais crimes contra 0 _patriménio, aumentando as taxas de homicidios, sobretudo entre adolescentes ¢ jovens adultos, e desorganizando modos de vida social e padrées de sociabilidade inter e entre classes sociais_(ADORNO; SALLA, 2007, p. 10).” A ctitica situagao que o Brasil enfrenta. em matéria de Seguranga Publica, refletida na incapacidade de refrear © fendmeno homicidio e as demais expressoes da criminalidade violenta, é apontada, por organismos internacioné como um de seus aspectos mais negativos (junto com a corrupsao talvez (© mais impactante na vida da populacao brasileira) e que lhe confere “privilegiada” posicao no ranking dos paises mais inseguros e perigosos para se viver. Em recente relatorio, SCOTT STEWART, analista de inteligéncia vinculado a empresa Stratfor, cuja misao € fornecer aos seus usuarios andlises de inteligéncia estratégica, com —_foco geopolitico, ao tratar das ameacas a0 bom andamento dos Jogos Olimpicos Rio/2016, foi enfético ao afirmar que 0 grande problema do Brasil € 0 avanco da c idade comum —e _organizada (STEWART, 2016). Diz STEWART: “Statistically, far more people will be affected by street crime during the Olympics than by terrorism. The murder rate in Brazil is four times higher than it is in the United States, according to the US. Department of State, and the incidence of other crimes in the country is commensurately elevated For instance, kidnapping is a serious problem in Brazil. Frequently, gangs that specialize in express or lightning kidnappings target foreigners who have had too much to drink. Some victims of these “quicknappings” have been beaten or raped Events such as the Olympics tend to draw pickpockets, con artists, muggers, prostitutes and other criminals from all cover the country and region. During the games, Brazilian criminals will target citizens and foreign visitors, especially near attractions such as beaches, bars, nightclubs and hotels. And criminals come in all shapes and sizes. Not too long ago, a band of children mugged a friend of mine in Rio de Janeiro. Until one of the kids pulled @ knife on her, she had not considered them a legitimate danger. Fortunately, they did not hurt her but stole her purse, cellphone and jewelry (grifo osso).” A Organizagio —_Nao- Governamental Vison Of Humanity, cuja misao € gerar informacées sobre 0 estado de paz em nivel global, todos ‘9s anos publica 0 Global Peace Index(GP!), _valiosa contribuigio para__melhor se compreender como a sociedade civil, pesquisadores, politicos © governos podem criar_uma sociedade mais pacifica® Com 0 objetivo de formatar 0 GP1,aVisionofHumanitysevale de vinte e trés (23) indicadores, criteriosamente selecionados por experts _reconhecidos internacionalmente. —_Ditos indicadores sao divididos em 1rés grandes temas: domestic and intemacional conflict, societal safety e militarization. “Ongoing Domestic and International Conflict Number of external and internal conflicts fought Number of deaths from organized conflict (external) Number of deaths from organized conflict (internal) Level of organized conflict Relations with Ne 1.2017 Reser Pot aa neighbouring countries definicao final do conceito de Sul, a situacao do Brasil nao Societal Safety and paz, dez (10) deles, portanto nada melhor. Entre os onze Security: quase a metade, dizem (11) palses dela integrantes, Level of perceived respeito a questées afetas 4 segundo 0 mesmo index, o criminality in society area de seguranca intema e pais ocupa o nono (99) lugat, Number of refugees publica. E mais, desses dez estandoa frente, emtermosde and displaced people asa —_(10) indicadores, nada menos _paz e seguranca, tao somente percentage of the total do que seis dizem respeito, da Venezuela, cuja economia population diretamente, 5 questées._ se encontra_em_frangalhos, Political instability de seguranga piblica: level e a Colémbia, pais em que Political Terror Scale of_ perceived. criminality in parte do territorio esta sob 0 Terrorist activity society, number of homicides comando das Forcas Armadas Number of homicides per 100,000 people, level Revoluciondrias da Colombia per 100,000 people of violent crime, likelihood (FARC), grupo dedicado a Level of violent crime of violent demonstrations, narcoguerrilha. Likelihood of violent number of jailed population Se — compararmos —_ os demonstrations per 100,000 people e number indicadores brasileiros com Number of jailed ofinternalsecurity officersand 0s da Islandia, primeiro lugar population per 100,000 police per 100,000 people. no ranking GP, portanto o people No caso brasileiro, 0s _ pats mais seguro para se viver, Number of internal problemas internos de chegaremos a conclusdo security officers and police per Seguranca Publica influem, de que o grande fator de 100,000 people decisivamente, na sua__instabilidade do Brasil é a il, Militarization: posicao no ranking do GPI. inseguranca publica que Military expenditure as Dos cinco pontos possiveis 0 acomete, Em termos de a percentage of GDP de se atingir (modo negativo) Militarisation (Brasil 2,2 € Number of armed- no item Society & Security, Islandia 1,3) e Domestic and service personnel per 100,000 0 Brasil atingiu o escore 3,1, Internal Conflict (Brasil 1,0 € people 20 chegando a0 extremado Islandia 1,1), as notas obtidas Volume of transfers of ponto de obter a nota cinco por ambos os paises nao so major conventional weapons (5), “pontuacao maxima’, no por demais desproporcionais. ipients (import) per quesito homicidio, e quatro, Entretanto, relativamente ao 100,000 people também de cinco, em matéria item Society & Security, as Volume of transfers of de crimes violentos. notas de um e outro pais sa0 major conventional weapons Por esses motivos, entre os completamente dispares. O as supplier (export) per cento e sessenta e trés (163) Brasil, com a pontuacdo 3,1, 100,000 people paises avaliados pelo Index atingiu o triplo da alcangada Financial contribution of Peace no ano de 2016, 0 pelalslandia, apenas 1,1. toUN peacekeeping missions Brasil, apesar de se constituir Os reflexos. de _tais Nuclear and heavy na sétima economia mundial, disparidades so sentidos, weapons capability ocupa a incomoda centésima no dia a dia, pela populagao Ease of access to small _quinta (105°) posigéo, logo acuada que, se nao foi vitima arms and light weapons atrds do Camboja, figurando de algum tipo de violéncia Weapons import entre os paises menos _praticada diretamente pacificos e seguros para se contra si ou contra algum de Dos vinte e trés (23) viver. seus familiares, em algum indicadores utilizados para a Em termos de América do momento futuro e incerto o http://www.revistafpolicial.policiamilitarsp.gov.br/ [iin seré, As estatisticas esto em nosso desfavor. ‘Contra quem lutamos A partir de determinacées oriundas do interior do sistema prisional, entre os dias 12 e 19 de maio do ano de 2006, © maior e mais importante Estado do pats, $40 Paulo, foi vatrido por ataques violentos queaterrorizaram a populacao e deixaram 0 Poder Puiblico na defensiva, colocando a ordem puiblica na berlinda. Segundo EDUARDO DE OLIVEIRA FERNANDES: ’n adogio do Regime Disciplinar Diferenciado (ROD) ao sistema _ penitenci paulista, sobretudo no que se refere 8 sua aplicacdo aos lideres do crime organizado, foi 0 agente catalisador principal fomentador das revoltas internas que culminaram nos ataques de alcance terrorista verificados além-presidio. (FERNANDES, 2012, p. 101)" No decorrer do movimento, mais de trezentas e setenta ocorréncias violentas foram verificadas, desde homicidios, passando pelo _incéndio de transportes publicos_ e rebelides em mais de sete dezenas de presidios. © Primeito Comando da Capital (PCC) , a fim de demonstrar 0 seu poder e forca, determinou que os seus integrantes, que estavam em liberdade e —encarcerados, passassem a cometer os mais diversos crimes e atos de vandalismo contraasociedade paulista, tudo como forma de acuar ao Estado. Policiais civis, militares e bombeiros, naqueles dias, foram cacados e assassinados sem qualquer cleméncia. Os niimetos oficiais dizem que ‘ocorreram cento e cinquenta e quatro (154) homicidios, assim divididos: vinte e quatro (24) Policiais Militares, onze (11) Policiais Civis, nove (09) Agentes Penitencidrios e mais cento e dez (110) pessoas, sendo que, destas, setenta e nove (79) eram suspeitas de integrarem a faccao criminosa. (GUTIERRES, 2007). No mesmo ano, 2006, a cidade do Rio de Janeiro também foi varrida por inumeras acées engendradas pelo crime organizado. As liderancas do trafico de drogas da Cidade de Deus e Morro da Mangueira langaram ofensiva nas regides Reser Poi a dominadas elas milicias, criminosos e vandalos, com firma que 0 Complexo da para expandir 0 seu poder. os seus atos, tal qual nos Maré é dominado por trés (FERNANDES, 2012). casos antecedentemente _faccdes criminosas, as quais, O ‘oteiro de violéncias foi citados, aterrorizaram em seu arsenal, contam com © mesmo: 0 incéndio de amedrontaram a populagéo mais de 500 fuzis. A parte transportes coletivos, amorte ordeira e —_trabalhadora. mais chocante da matéria, de agentes da lei, danos a (POLICIA... 2014). no entanto, € a que se refere viaturas policiais e ataques Nos anos de 2015 e 2016, a importante dado histérico, a Delegacias de Policia, diversos Estados e cidades 0 qual informa que, desde a deixando, atrés de si, rastros brasileiras foram alvos de Guerrilha do Araguaia, em demedo, destruigaoe sangue. criminosos e organizagées 1972, 0 Exército Brasileiro Em 2009, na Bahia, seguindo criminosas —extremamente nao havia perdido nenhum © mesmo modus operandi violentas. Assaltos & mao soldado em combate. (LEITAO, e motivos dos ataques do armada, latrocinios em 2016). No entanto, durante os PCC em Sao Paulo, em razio_ profusdo, roubo e furto de catorze (14) meses em que as da transferéncia do preso carros, explosao de caixas- Forcas Armadas se fizeram Claudio Eduardo Campanha, eletrénicos, entre diversas presentes. no complexo para 0 presidio de Seguranca outras modalidades de crimes, (apds a invasao e pacificacao Maxima em Campo Grande, tornaram-se 0 cotidiano na ocorrente em 2010), além a organizagéocriminosa_vida de cada brasileiro. de um soldado assassinado conhecida como Comissio Odiaadiade cada um denés, por traficantes, outros vinte de Paz determinou 0 inicio em especial nas uiltimas duas e sete (27) efetivos foram de ataques, tendo como décadas, passou a ser uma baleados, a demonstrar, além alvos postos da PM baiana aventura, ou desventura. Sair do estado de beligeréncia e _ transportes —_coletivos. e retornar a casa deixou de em que a sociedade brasileira (FERNANDES, 2012). ser uma tarefa corriqueira ese esta imersa, 0 destemor dos No Rio de Janeiro, em 17 de tornou uma questaode sorte. bandidos frente ao aparato outubro de 2009, bandidos A revista VEJA, dando o exato de seguranca estatal, sequer derrubaram helicéptero. da tomdo poder do crime, em 11 temendoo seu poderio militar. Policia Civil daquele Estado. de agosto de 2016, publicou (CARNEIRO, 2010). Enquanto a —_aeronave, sugestiva._matéria: Maré, a Diz Leslie Leitéo, por tripulada por quatro pessoas, bomba relégio que ninguém derradeiro: sobrevoava 0 Morro dos desativou, de autoria de Macacos, na Vila Isabel, foi LESLIE LEITAO. No curso da “A previsdo era de que, apés a abatidoatiros.Opiloto,mesmo matéria, a jornalista repercutiu saida dos militares, a secretaria diante das avarias provocadas 0 ataque praticado contra trés_ deseguranca ocupariaaregido pelos disparos, tentou fazer integrantes da Fora Nacional para instalar as Unidades de um pouso forcado, mas o deSegurancaque,ematuacéo Policia Pacificadora (UPS), helicéptero foi consumido no Rio de Janeiro durante as com preciso de 1 200 pelas chamas ao colidir Olimpiadas, ao entrarem por homens. Era nitido que, se com o solo. Duas pessoas enganonoComplexodaMaré, as Forcas Armadas sofriam morreram __carbonizadas. foram alvejados por bandidos, ataques didrios. mesmo (HELICOPTERO..., 2009). tendo, um dos policiais, sido com um aparato quase trés © Estado de Santa Catarina, atingido na cabeca, vindo vezes maior, a ocupacao da entre os anos de 2012 a 2014, a dbito poucos dias depois. PM seria quase uma tatica foi assolado por quatro ondas _(LEITAO, 2016) suicida, semelhante a0 caos de ataques violentos, onde Na matéria, ainda, LEITAO que se transformara outras http://www.revistafpolicial.policiamilitarsp.gov.br/ [iin FEED revista 4 Forca oiicia regides com UPP, em especial ‘0s complexos do Alemao, da Penha, —_Jacarezinho, Manguinhos, Rocinha e Lins’ = grifos nosso. (LEITAO, 2016, grifo nosso).” Como facilmente se pode perceber de tudo 0 quanto acima narrado, que reproduz alguns poucos exemplos que dao 0 tom do caos em que estamos imersos, 0 Brasil esté em guerra, em que pese néo declarada. De um lado a sociedade civil, circunscrita por valores republicanos e democraticos. E, de outro lado, a sociedade incivil, integrada por bandidos cada vez mais inescrupulosos e destemidos, cujas regras de convivio social por eles so solertemente ignoradas. E contra esse tipo de criminalidade e criminosos violentos, integrantes de gangues, grupos, faccdes organizacées fortemente armadas e sem nenhum respeito pela _autoridade constituida, que as. policias brasileiras, primeira linha de defesa da sociedade civil contraosavangosdasociedade incivil, cotidianamente lutam. E a luta € desigual, policiais no sao treinados para a guerra, so formados para proteger a sociedade e as regras que norteiam a vida em comunidad, nos estritos termos da _Constituico Federal e das leis. As. policias brasileiras, em termos de —_observancia dos limites constitucionais e legais, sao altamente controladas e fiscalizadas, estando submetidas, dia a dia, a controles internos, controle externo feito pelo Ministério Publico ,bem como a0 controle da sociedade civil organizada e ao controle da imprensa. As condutas —_desviantes praticadas por _policiais, individual ou coletivamente, uma vez descortinadas, sao rigorosamente apuradas e punidas, tanto administrativa quanto judicialmente. De outro lado, os seus adversérios e algozes, que contam com poder de fogo superior © auséncia de freios inibitérios, nao se prendem a nenhuma das regras impostas pela sociedade, fazendo da satisfacao de seus interesses pessoais 0 Unico movel do seu agit, sentindo-se autorizados, em qualquer lugar e a qualquer hora, a usurpar bens e direitos alheios. Como nao poderia deixar de ser, nos confrontos entre agentes que tem o dever de manter a lei e a ordem contra bandidos sem limites e fortemente armados, o indice de letalidade, em ambos os lados, é alto. Assim é que, no ano de 2014, as _polici no Brasil, no contingente adversario, provocaram trés mil e nove (8009) baixas, nuimeros que dao o exato tom da viruléncia e destemor dos criminosos no pais, os quais se langam em sua sanha criminosa, sem temer o resultado de suas acées, entrando na “guerra” para matar (de preferéncia) ou morrer (se necessério). O que mais chama a atencao. nos niimeros de baixas nas hostes da criminalidade, ndo é ‘elemento quantitativo em si, e sim como 6rgaos oficiais e a prépria imprensa fazem a sua leitura. Ao revés de enfocarem o grande numero de baixas como decorréncia do avanco. da _criminalidade _violenta, da auséncia de respeito dos criminosos as regras de convivio social, 0 desdém que emprestam a figura da autoridade policial e a viruléncia de seus ataques, aqueles preferem taxar as policias brasileiras de violentas e de excessivamente letais, como ofaz,com todasasletras, 0 j citado Anuério Brasileiro de Seguranca Publica, comose © agir dos bandidos nao fosse decisivo para desencadear 0 seu préprio e fatidico final. Esperam os detratores das policias que policiais, que sao honestos e trabalhadores em sua imensa maioria, no exercicio de suas funcées, a0. combaterem criminosos armados, que atiram para matar, nao revidem na exata medida da agressio, deixando-se morrer para que as “vitimas da sociedade” sobrevivam. E diga-se mais, policiais, quando matam no estrito exercicio do dever legal, seja em caso de legitima defesa propria ou de terceiro, nao cometem ilicito algum, tal Ne 1.2017 Reser Po como disciplinado no artigo policiais brasileiros que a (permito-me ndo_—_usar 23 do Cédigo Penal . duivida milite em seu favor, eufemismos ao me referir a Assim, para que os policiais aviltando-se 0 principio _assassinos inescrupulosos), os brasileiros pudessem ser _constitucional da presuncéo _quais comemoraram ter tirado nominados como assassinos da inocéncia insculpido no a vida do valoroso agente da cruéise letais, do numero total inciso LVIl do artigo 5° da lei. de mortes antes referidas, Constituicao Federal, principio A morte do policial Thales, deveriam ser destacadas este largamente utilizado para _infelizmente, enquanto aquelas que redundaram no beneficiar criminosos. fatidico exemplo, nao é tnica indiciamento, pela pritica Comparando o que é e nem excegdo a regra. Em do crime do homicidio, comparavel nosso pais, todos os dias, dos agentes da lei que as Na madrugada do dia 06 de _policiais brasileiros s4o mortos cometeram; 0 ntimero total agosto de 2016, na pacata no exercicio de sua missio de processos-criminais que se cidade de Cidreira, no litoral de proteger a sociedade que seguiram aos indiciamentos;o nortedoEstadodoRioGrande esta cada vez mais acossada niimero total de condenagdes do Sul, o policial militar Thales por bandidos violentos e resultantes destes processos- Ferreira Floriano, entéo com _inclementes. crimes; e, © que € mais 31 anos de idade, tambou no No ano de 2014, apenas para importante, 0 ntimero total cumprimento do dever. que se analise a dimensio de condenacées transitadas Thales, que havi do problema, nada menos em julgado. deslocado a cidade de Cidreira do que trezentos e noventa e De outro lado, ao se utilizar pelo comando regional da ito (398) policiais perderam © referido nimero de mortes Brigada Militar, com outros a vida tentando proteger a sem a criteriosa anélise do policiais militares, para__sociedade, a razao de 1,09 por que ele efetivamente quer atender grave ocorréncia - a dia, (ANUARIO BRASILEIRO DE dizer, de forma bruta, chega- invasdo armada da Vila Chico SEGURANGA PUBLICA, 2015). se a falaciosa conclusio de Mendes por uma dezena de Policiais, cuja missdo nao se que cada singular morte bandidosfortementearmados _encerra ao final do expediente 6 resultado da pratica de que queriamdominarotrafico , tm a obrigacdo, 24h por homicidio por parte de de drogas na localidade, foi dia, de estar & disposico da policiais. atingido mortalmente por um _sociedade e agir para evitar a Dessa forma, nega-se aos disparo feito pelos meliantes ocorréncia de qualquer ilicito. Policiais, portanto, morrem apenas por ser policiais cumprir as suas obrigaoes legais e constitucionais, seja em servigo, no curso de sua merecida folga ou mesmo em empregos paralelos. ‘Aliés, aqui se apresenta, com certeza, uma das facetas mais perversas do sistema. Como a remuneracdoqueoEstadolhes alcanga mensalmente é quase miserdvel, para manter um padrao de vida minimamente razoavel, agentes da lei e da http://www.revistafpolicial.policiamilitarsp.gov.br/ iin FE revista 4 Forca oiicial ordem veem-se forcados a, nos periodos de folga, trabalhar como segurangas privados, o famoso “bico”, Assim, para suprir dupla falha do Poder Publico, quais seja, a incapacidade de remunerar adequadamente os seus servidores e alcancar a sociedade sistema de protecdo eficaz, policiais colocam as suas vidas em risco por uns poucos reais. Em termos estatisticos, se formos analisar © niimero de homicidios em que policiais brasileiros foram vitimas no ano de 2014, cotejando-os com 0 niimero total de homicidios no Brasil em igual perfodo, o percentual resultante nao chamaré a aten¢ao: 0,66% do total de homi Mais, se considerarmos 0 numero de homicidios de policiais sob o prisma do total da populacio brasileira, mais de 200 milhdes de pessoas, os dbitos destes agentes puiblicos ‘ocuparao pequeno percentual nas 29,1 mortes por 100,000 habitantes que o pais ostenta anualmente. Tal anélise estatistica, no entanto, peca por ser falaciosa e partir de premissa equivocada, comparando 0 que néo é comparavel, chegando, como nao poderia deixar de ser, a errada conclusao. De fato, em que pese ébvia a afirmacdo de que s6 se pode comparar o que é comparavel, no raras vezes 0 dbvio é de dificil compreensao. Os estudos oficiais que tratam do tema vitimizacao, e aqui se cita, a titulo exemplificativo, 0 Anuario Brasileiro de Seguranca Publica e o Atlas da Violéncia, além da visao geral dada ao problema ea analise dos negativos impactos que a criminalidade impoe a0 conjunto da populacao, deitam olhares os efeitos e impactos que o fenémeno crime produz em determinadas parcelas especificas do todo, tal como no caso de negros, indios, Jovens, mulheres, homossexuais ete. ‘Ao caso dos policiais, infelizmente, ndo é dado 0 mesmo tratamento. Simplesmente 6 descartado 0 fato de que eles formam um grupo especifico de pessoas expostas impactadas pela violéncia urbana, de forma mais aguda do que a populacao em geral. As policias no Brasil, segundo dados oficiais, no ano de 2014, incluidos nos célculos Policiais Militares, Policiais Civis, Policiais Federais, Policiais Rodovidrios Federais e Guardas Municipais, eram compostas por 666.479 efetivos. (ANUARIO BRASILEIRO DE SEGURANCA PUBLICA, 2015). Com essentimeroem mentee compreendendo que ele contém 0 total de integrantes de uma populaco especifica, exposta diretamente aos efeitos da violéncia urbana, é que se pode calcular a extensao do impacto que os crimes contra ela praticados representam. No caso dos homicidios praticados contra policiais, estes visualizados sob a mesma perspectiva dada pela Organizagéo das NacGes Unidas e por institutos nacionais, de uma morte para cada 100.000 pessoas, chegaremos a conclusao de que policiais, antes de algozes, rétulo dado por aqueles que nao compreendem ou nao querem compreender a complexidade do fazer policia no Brasil, so vitimas de exterminio. Ataxa de homicidios cometidos contra policiais € quase dobro da média nacional, saltando dos 29,1 mortos por 100.000 habitantes para 59,716 mortos para cada 100.000 policiais. © indice de mortalidade entre policiais, portanto, resultado do agir criminoso de meliantes cada vez mais audazes e com total desprezo a vida humana, é absurdamente elevado. Hé, ainda, outros dados e informacdes importantes sonegados pelos estudos oficiais. Sonegam os estudos, em regra, que é na categoria dos policiais militares, encarregados do policiamento ostensivo e, portanto, com contato mais estreito com a criminalidade violenta, em que se verifica 0 maior numero de mortes no exercicio das funcdes. Vejamos, por exemplo, o caso da Policia Militar do Estado de Sao Paulo (PMSP), No fatidico ano de 2014, utilizado no presente artigo como paradigma, morreram nada menos do que setenta e cinco (75) policiais militares, catorze (14) em servico e sessenta e um (61) na folga Considerando-se que a PMSP, em 2014, Ne 1.2017

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