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Governo deve adiar envio ao Congresso de

medidas que atingem servidores


Expectativa era de que medidas sassem nesta semana mas,
segundo interlocutores do Congresso e da rea econmica,
s sero encaminhadas aps anlise de nova denncia
contra Michel Temer.

Por Alexandro Martello, G1, Braslia


10/10/2017 16h21 Atualizado h menos de 1 minuto
O governo deve adiar o envio ao Congresso Nacional dasmedidas de ajuste fiscal
para servidores anunciadas em agosto, informaram interlocutores da rea
econmica e do Legislativo ouvidos pelo G1.
Entre as medidas est a que adia por at um ano o reajuste de salrio de algumas
categorias do funcionalismo pblico; a que eleva, de 11% para 14%, a contribuio
previdnciria dos servidores; e o cancelamento de benefcios como auxlio moradia
e ajusda de custo.
A expectativa inicial da rea econmica era de que medidas provisrias tratando
desses temas fossem publicadas nesta semana. Entretanto, apurou o G1, elas s
devem ser enviadas ao Congresso depois do julgamento da nova denncia contra o
presidente Michel Temer - nesta tera, o relator da denncia na CCJ,
deputado Bonifcio de Andrada (PSDB-MG), leu seu parecer.
Pelas regras, o prazo mximo para o governo encaminhar a mensagem modificativa
do oramento de 2018 ao Congresso Nacional o dia 10 de novembro, quando est
marcada a votao do relatrio preliminar da pea oramentria do prximo ano.
As medidas provisrias e a mensagem modificativa j foram enviadas pelo
Ministrio do Planejamento Casa Civil da Presidncia da Repblica.
Diante desse quadro, a Comisso Mista de Oramento (CMO) decidiu adiar
audincia pblica com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, que aconteceria
nesta quarta-feira (11).

Oramento defasado
Com isso, o governo tambm dever atrasar o envio ao Congresso da mensagem
modificativa que vai alterar a proposta de oramento para 2018. A mensagem ser
necessria porque as medidas que atingem servidores impactam os clculos
embutidos na nova pea oramentria.
At l, a proposta de oramento para o ano de 2018, que j est no Congresso
Nacional, deve continuar defasada. Isso porque ela ainda prev a meta fiscal antiga,
que permite ao governo gastar at R$ 129 bilhes a mais do que arrecadar no ano
que vem. O teto para o rombo fiscal j foi ampliado para R$ 159 bilhes, mas
depende da mensagem modificativa para ser oficializado.

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