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TRATAMENTO DE FERIDAS.
BACK, Luana
FREITAS, Lucimara Rodrigues de
BARBOSA, Maria Alves
FERNANDES, Rosana Paula Guimarães
TAVARES, Viviane Rodrigues
RESUMO
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TITLE: THERAPEUTICAL EFFECT OF THE SUGAR AS AN ALTERNATIVE
WOUND TREATMENT
ABSTRACT
Articles related with the use of the sugar in different types of injuries had been
searched in the present study, as cutaneous, wounded the operative ones of carrying patients
of cancer, infection wounds and ulcers of decubitus. The study it has as objective to identify
in literature the therapeutical use and effectiveness of the half alternative sugar as in the
treatment of wounds, based in bibliographical published scientific article research with the
considered subject, being consulted index periodic in the LILACS of the period of 1981 to the
2002. From the data gotten for the literary revision we evidence resulted satisfactory as:
elimination of bacteria that contaminate the wounds consequently and the odor of the same
ones for the sugar; reduction of edema and improves of the local circulation; promotion of
the fabric growth of epithelial granulation and, amongst other aspects that potencializam the
cicatrization process. The use of the sugar is proven thus as one practical efficient as
alternative one to the high costs in the maintenance of the conventional treatments.
Bibliographical reference: COELHO, M. C. of O. C. et. al., Magazine Brazilian Surgical
Acta v.17, n.1, São Paulo, 2002. HADDAD, M. C. et. al. The Use of the Sugar in the Wounds
Infection. Magazine Modern Nursing 1(1):11-3, 1983. Word-keys: sugar, treatment and
wounds.
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EFEITOS TERAPÊUTICOS DO AÇÚCAR COMO MEIO ALTERNATIVO NO
TRATAMENTO DE FERIDAS
BACK, Luana
FREITAS, Lucimara Rodrigues de
BARBOSA, Maria Alves
FERNANDES, Rosana Paula Guimarães
TAVARES, Viviane Rodrigues
INTRODUÇÃO
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1983, deve-se ao baixo pH e a hipertonicidade provocada no meio pela presença do açúcar,
que inibe o crescimento bacteriano. (Acta Cir. Bras. vol.17 suppl.1 São Paulo 2002)
OBJETIVOS
METODOLOGIA
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Na literatura pesquisada encontra-se que segundo CANDIDO (2001) o açúcar tem
poder bactericida pela sua hosmolaridade, uma vez que a sacarose possui efeito hiperosmótico
destruindo a parede bacteriana.
Segundo HADDAD, et. al., 1983 , o açúcar diminui o edema local; reduz a congestão
vascular dos tecidos perilesionais, melhorando sua oxigenação e irrigação; desbrida os tecidos
mortos e desvitalizados, através da degradação de fibrinas; estimulação de macrófagos;
desenvolve a maturação do tecido de granulação – mecanismo desconhecido; não tem ação
residual; não é absorvido pela lesão.
Ainda segundo este autor o uso do açúcar parece superar todos os agentes tópicos no
tratamento das feridas, considerando-se eficácia, inocuidade, tempo de tratamento, tolerância,
baixo custo tanto para o paciente quanto para os hospitais, técnica de fácil assimilação e
execução em ambiente domiciliar. Apesar de seus inúmeros efeitos benéficos, assim como
nos demais tratamentos, não se dispensam o trabalho do cirurgião para limpeza, o
desbridamento e a boa hemostasia. A ferida deve ser lavada com soro fisiológico e depois
coberta com uma camada de açúcar, até não se visualizar mais o leito da mesma; ocular com
gaze e esparadrapo, de acordo com a necessidade.
HADDAD (1983) destaca a importancia de uso criterioso com relação à freqüência de
troca do curativo, de 6/6 ou de 8/8h, até que as feridas não sejam mais secretantes,
aumentando-se os intervalos de troca para de 12/12 ou de 24/24 horas.
Já segundo CANDIDO (2001) a frequência de substituição dos curativos nos quais são
utilizados o açúcar deve ser em média de 4 a 6 horas, pois esse se dissolve no leito da ferida
passado esse tempo. A troca mais freqüente do curativo visa manter a osmolaridade elevada
na superfície da lesão, o que é fundamental para que ocorram seus efeitos terapêuticos.
Nas situações em que há acentuada proliferação bacteriana, podem ser utilizados os
curativos com capacidade de reduzir a microbiota como adjuvante na terapia sistêmica com
antibioticoterapia, como por exemplo, o curativo impregnado com clorexidina (Bactigras®),
ou com iodopovidona (Inadine®). Em nosso meio é muito comum o uso de soluções
hipertônicas de açúcar para dificultar o crescimento bacteriano em feridas. Deve-se estar
atento, pois a utilização destas substâncias podem levar à diminuição da flora bacteriana e
melhora inicial, mas ao se estabelecer um bom tecido de granulação, pode também ocorrer
lesão do mesmo e menor velocidade de cicatrização. (<www.curativos.com.br>. Acesso em:
24/11/03).
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Knustson citado por VANNUCHI, et. al. (1984) empregou açúcar granulado em
combinação com polivinilpirrolidona iodo, com teor de iodo a 10%, tópico, em 605 casos,
concluindo que o efeito higroscópico do açúcar diminui o edema nas feridas, e sua
combinação com polivinilpirrolidona iodo, com teor de iodo a 10%, reduz a proliferação
bacteriana. Isto porque o açúcar age em regiões mais profundas, facilitando a penetração do
polivinilpirrolidona.
Herszage e Richa também segundo VANNUCHI et. al. (1984) aplicaram açúcar
granulado sem utilizar antibioticoterapia concomitante no tratamento de feridas, e concluíram
que ele é eficaz, ocorrendo uma evolução rápida e favorável no processo de cicatrizaçao,
sendo facilmente aplicável e também de baixo custo.
Além das vantagens já evidenciadas, o açúcar preenche outros requisitos citados por
Uhlschimid (1981), tais como: absorção de exsudatos, desidratação de microorganismos
presentes, atóxico, não provoca reação alérgica, é indolor, podendo ser utilizado no
tratamento tópico dos ferimentos.
Em um estudo feito por Masini e Calamo (1986), usou-se uma mistura de papaína
mais sacarose, pois esta última tem a propriedade de absorver mais os exsudatos das lesões.
De acordo os autores quando há edema excessivo, o metabolismo do tecido é seriamente
retardado, aumentando a possibilidade da infeção, assim como de isquemia, hipertrofia,
paralisia e deformações, possibilitando também a formação de quelóides.
Em seus estudos na Universidade de Guayaquil, CEDENO (1983:20) constatou, in
vivo, que “a substância derivada da cana-de-açúcar cria ao redor da bactéria um meio
hiperosmótico de 15 a 20 vezes superior à pressão osmótica intrabacteriana”. Os elementos
líquidos, fundamentalmente a água, atravessam a membrana celular, produzindo uma
desidratação brusca intrabacteriana com consequente lise celular. Produz também o fenômeno
da glucosilação que é a propriedade que tem os hidratos de carbono de aderir e posteriormente
atravessar a membrana celular para unir-se aos elementos protéicos da membrana inibindo a
proteização, produzindo troca intracelulares que vão desde a morte celular até mutações que
alteram a função da célula.
Santos, Neves & Jesus, (1996), por meio de um histórico de enfermagem, observaram
que a maioria dos clientes tratados com o açúcar eram provenientes de nível social menos
favorecido, sendo necessário reforçar a importância de hábitos higiênicos, alimentação
balanceada, repouso e a importância de sua participação para o êxito do tratamento. Tratando-
se ulcerações de pacientes internos no Hospital Universitário da UFJF constataram que no
início do tratamento ocorreu um aumento da secreção purulenta e redução do edema,
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secundariamente ocorreu a diminuição de exsudato, desaparecendo aproximadamente 72
horas após.
As pesquisas acima discutidas mostram que o açúcar pode ser considerado um agente
antimicrobiano não específico e universal, uma vez que microorganismos patológicos não
podem crescer em soluções de açúcar de alta concentração.
O açúcar pode ser utilizado com grande eficácia no tratamento local de feridas
cirúrgicas dos pacientes imunodeprimidos, sendo de fácil aplicação, baixo custo, sem contra-
indicação, permitindo a continuidade da terapêutica no domicílio.
O açúcar também pode ser usado em doentes portadores de diabetes, sem efeito
colateral, segundo relato de alguns autores como HERSZAGE et. al. (1982) e kNUSTSON et.
al. (1981).
Em resumo, os prováveis efeitos do açúcar sobre a ferida são: eliminar as bactérias
que contaminam as feridas e consequentemente o odor; reduzir o edema e melhorar a
circulação local; nutrir as células superficiais da cicatriz; favorecer o crescimento do tecido de
granulação, preenchendo as falhas da ferida; favorecer o crescimento de tecido epitelial que
cobrirá a ferida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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É importante, porém, ressaltar que a equipe de saúde deverá orientar o uso do açúcar,
avaliar a necessidade de outras terapias concomitantes, evitando assim, distorções e maus
resultados no tratamento de feridas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ø HADDAD. M.C. et. al. O uso do açúcar nas feridas infectadas. Revista Enfermagem
Moderna, p.11-3,1983.
Ø VANUCHI, M.T.O.; HADDAD, M.do C.L.; HAULY, M.C. de.; MACUL, S. Açúcar no
tratamento de Feridas Operatórias de Pacientes Portadores de Câncer. Revista
Enfermagem Moderna,v.4, n.2, p.27-30. 1984.
Ø MASINI, E.; CALAMO, M. A. Uma forma de tratamento de lesões cutâneas com papaína
e sacarose. Revista Brasileira de Clínica Terapêutica. v.15,n.8.p.245-247.1986.
Ø SANTOS, K.A. dos.; NEVES R. de C. da S.; JESUS M. C. P. de. Uso do açúcar mascavo
em ulcerações. Revista Juiz de Fora. v.22, n.2, p.52-67, maio- agosto de 1996.
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