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CIT- 55 i. Cons Evra Vinicius Vieira Alexandze Jean Daoun Marcelo Magilhics Peicoro Priscila Tanaca Atendimento ao consumidor: Informagées, diividas e sugesties consumidor@quarticrlatin artbe ‘Editora Quartier Latin do.Brasil Rua Santo Amaro, 349 - CEP 01315-001 Vendas: Fone (11) 3101-5780 Email: vendas@quartierlatin art br ey 243 -EARAOS CAWAEE Aovosnnos MIGUEL HILU NETO Mestte em Direito Tiibutdtio PUC-SP Advogado Tributarista Professor do IBET IMPosTo soprE IMPORTACOES e IMrosTo sopre EXPORTACOES Editora do Brasil Sio Paulo, verdo de 2003 ‘quartierlatinequartierlatin.art br 62 - Miguel Hid Neto Ge modelo te6rico eleito, construfdo por abstracao, aos postos aduaneiros, ser possivel descrever as regras- matrizes de incidéncia de cada qual, atingii poerieern ia qual, atingindo os ob- Capituilo 2 O Aspecto Material 2.1, O PONTO DE PARTIDA CONSTITUCIONAL Inicia-se a anélise deste aspecto das regras-matri- zes de incidéncia dos impostos aduaneiros pelos enun- ciados constitucionais atinentes 4 matéria, dada a sua preponderancia hierarquica em relag&o aos demais. Veja-se, também, que a Constituigéo Federal elegeu como critério de reparticéo da competéncia tributaria a matcrialidade das regras-matrizes de incidéncia dos impostos. Entéo, a constatacao da existéncia de um niicleo de significagdo e a verificacao do contetido se- mantico dos enunciados prescritivos constitucionais que outorgam tal competéncia sao necessarias para a adequada descricdo desses tributos, em especial para a delimitagao do poder legiferante do legislador in- fraconstitucional. Nesse sentido: "sea amplitude da significacdo dos enunciados pres- ciitivos que fixam a competéncia tributéria ficasse ao talante do legislador infraconstitucional, forgoso se- {62 = Cl, nesse sentido, LMA GONGAIVES, José Arlir. Imposto sobre a renda ~ pressupastos canstivlonas. $89 Paul : Males, 1997. p- 90. 64 - Miguel HG Neto Hla reconhecer o cardter sugestivo da reparticao le- vada a efeito pelo constituinte, 0 que implicaria a inexisténcia de limitagao & competéncia impositiva, ea abertura de espaco para conflitos de toda a ordem entre os entes tributantes."® Na CF/88 encontra-se a previsio da competéncia de a Uniéo tributar as operacées de comércio exterior cujos enunciados que a prevéem limitam, imediata e inicialmente, a materialidade do antecedente norma- tivo, Veja-se: ‘Art. 153. Compete a Unido instituir impostos sobre: 1 - importago de produtos estrangeiros; II - exportagéo, para o exterior, de produtos nacio- nais ou nacionalizados; (.)" Extrai-se desse artigo, em primeira aproximagao ao tema, o aspecto material do antecedente da regra- matriz de incidéncia do imposto sobre importacdcs, importar produtes estrangeiros, e do imposto sobre exportacoes, exporter produtos nacionais ou naciona- lizados para o exterior. Note-se que a outorga constitucional (4 Unigo) da competéncia para tributar operagdes de importagéo e de exportagdo foi realizada tomando por base 0 aspec- to material da regra-matriz de incidéncia tributéria, ou seja, importar ou exportar produtos. De fato: “A Constituigdo Federal jé estabeleceu al \guns pa- Tametros que ndo podem mais ser afastados ‘para o exercicio da competéncia conferida A Unido. O im- Posto deverd incidir sobre a importacdode produtos — 63 ~ BARRETO, Put src, sae Zomte A Meas care crenda © pros de todo, Sto oo Impososcbro implies o inposo sabre ExprtagSes - 65 estrangeiros, Esse ¢ 0 critério material da hipétese de incidéncia do Imposto de Importagéo, o qual jé vem estabelecido na Carta Magna. Sobre esse ato - importagdo de produtos estrangeiros ~ pode incidir 0 Imposto de Importaco cuja competéncia foi consti- tucionalmente conferida a Unio". Do texto constitucional extraem-se, assim, quais sdo os verbos componentes dos aspectos materiais: impor- tare exportan,e quais so seus complementos: impor- tar produtos estrangeiros, exportar produtos nacionais ou nacionalizados para o exterior. A partir dai é possivel iniciar a descrigéo dos aspec- tos materiais do antecedente da regra-matriz de inci- déncia dos impostos aduaneiros, a ser completada com elementos contidos nos enunciados prescritivos infra- constitucionais. 2.2. IMPORTAR E EXPORTAR Sendo ‘importar' o verbo denotador da conduta des- crita no antecedente da regra-matriz de incidéncia do imposto sobre importag6es, ¢ de delimitar, inicialmen- te, seu contetido semAntico, no intuito de descrever esse aspecto, Busca-se tal delimitagéo em repertério semAntico abalizado, o Vocabuldrio Juridico elaborado por De Placido e Silva, que estatui, sob a rubrica ‘importacéo': “Derivado de importar, do latim importare (trazer para), o que significa, pois, agdo de trazerpara dentro, € empregado na terminologia jurfdica e comercial para significar a introdugdode mercadorias, trazidas {64 ENDRES, Svana Buseab, O Impasto de Importardo na Constivigdo Federal da 1968. Dissertacbo de Mesirado opresentada & Pontificia Universidade Cat8ica de 360 Paulo em 1998p. 87. 66 = Miguel HG Neto por mar, por terra ou por ar, de um pais estrangeiro para o territério nacional”. (destaque no original) ‘A delimitacao do contetido do verbo importar, as~ sim, indica uma ago de trazer para dentro, de fazer vir, de buscar algo alhures e colocé-lo no territorio do importador, © verbo ‘exportar’, por sua vez, é aplicével no senti- do de enviar para fora, remeter, deslocar do ternitério do exportador para outro. Em sua definicéo do vocé- bulo, De Placido ¢ Silva assevera “Bxportagao, Derivado do latim exportatio, de ex- portare (\evar para fora), indica, na terminologia co- mercial e juridica, todo alo de remessa de uma mercadoria ou produto para o exterior, isto é, para fora do pais em que foi produzida ‘Tecnicamente, pois, o vocdbulo exportagdoenvol- ve, simples e puramente, 0 sentido de safda de mer- cadorias para pais estranho. Desse modo, nao se entende exportagao, a circula- 40 ou trénsito dentro de um pais, isto 6, em seus limi- ies tertitoriais, pois que exportar € mandar para fora. E, juridicamente, para fora quer significar para outro pats ‘ou para pais estrangeiro”. (destaque no original) J Pedro Nunes delimita 0 contetido semAntico do vocébbulo ‘exportar’ como sendo “Enviar produtos de um pais para outro ou para pragas dentro do préprio pais'.” ‘Véem-se pontos de toque entre os dois conceitos: aconduta de exportar denota o envio de produtos para ———_——————————— 65, SA, De Meta oats ten 20 Bo de Janaki : Fcense, 1990. p. (65+ SIVA, De Pico e. Voeabulée.p. 252. (67 NUNES, Pero. Dion deecnologia jure. Y.ed. reso, cmpliads e ctvcizod. Ro de Jona: Felis Bostos, 1990, p. 21 posi sobre inpertasese inp sabe xpos 67 outro territérie que nao aquele do produtor/exportador. Vé-se, também, uma divergéncia: enquanto o primeiro conceito limita o significado do substantivo ‘exportac&o! ‘5 remessa ao exterior, o segundo 0 amplia para abar- car remessas de produtos dentro de um mesmo pais. Esse tiltimo conceito ¢ mais preciso, especialmente estando sob andlise o sistema de direito positive de um Estado organizado sob a forma federativa: sendo au- tonomas as unidades da Federagéo, inclusive tributa- tamente, as remessas de produtos de uma a outra so atribufdas conseqiéncias juridicas. Por essa razéo, @ incluséo do destino dos produtos quando da limitagao do contetido semantico do verbo ‘exportar’ mostra-se adequada. Essa a funcao da especificagao exporiar ‘para o exterior, contida no texto da Constituigae Fede- fal, de que se tratardé mais adiante. 2.3. OS PRODUTOS Considerando que os objetos das operagoes de im- portagao e de exportagio sdo Produtos, conforms Frm viata pela CF/88, é de preencher o contetido semantico Yosse vocdbulo, na descriggo do aspecto material dos {mpostos aduaneiros. Nese intuit, cite-se seu con- coito, a partir da licdo de De Plécido e Silva: “Do latim productus, de produgdo, em: sentido lato entende-se toda coisa ou ‘toda utilidade, que se ex- traiu de outra coisa ou que dela se obteve. Desze modo, produto exprime a utilidade de pro- duntie ou seja, 6 resultado obtido da apao de produ- ‘ir (produgéo)"* (destaque no original) ee “68 SIVA, De Aco e. Voabutéila.p. 464. et 68 - Miguel Hilé Neto Pedro Nunes afirma: “PRODUTO ~ Tudo aquilo que se extrai da coisa Ocasionalmente, ou sem periodicidade, com redugav da prépria substancia que, por sua natureza, nao se teproduz: a mica ou o ouro, que se extrai de uma mina; amadeira que se tira de uma floresta, etc. 2 (leg, ind.) ~@ Coisa que se obtém da industria humana, empre- gada para transformar em utilidades a matéria pri- ma: produtomanufaturado" Ja Sebastiao de Oliveira Lima conceitua produto e © diferencia de mercadoria, na forma seguinte: ‘"Sabendo-se que produto é género do qual mer- cadoria é espécie e conceituados 0 primeiro como Sendo um bem mével e corpéreo, enquanto que o segundo é um bem mével, corpéreo e destinado ao comércio (...".” (negrito no original; sem destaque no original) Por sua vez, Aimérico Masset Lacombe assevera: “Produto é toda coisa mével corpérea. Ou sera um produto da natureza ou da atividade humana"? (sem destaque no original) _ Também, veja-se a licéo que se extrai da teoria do direito econémico: “Decompondo o ‘fato producdo’, ainda na feigao €conémica, deparamos com os seus ‘elementos’, tam- bém chamados ‘fatores’, que séo: a) Recursos Naturais ou Matérias-Primas; —_—___ 69 HUES Pao, cdi de weno iea.12*e,anp. cil Ro de 70 ne : Fela Basis, 1990, p, 687. (ea. anes © cick Roo sla Sessa de Oo. fa pr do nate de pata na gto tralia: to Poe ed taser Vous Wok he 7 Aco, amt Ms mpas oe pore Sia Poo: a, Reise dos Thbunais, 1979, p. 14, in * Se “ ‘ imposto sobre Importagies @ Imposio sobre Exportagbes - 69. b) Trabalho; c) Capital (Bens de Produgéo - Tecnologia - Di- nheiro); 4) Organizacao. Areunido desses fatores constitui o ‘processo pro- dutivo' e leva ao ‘produto’, o que se faz pela aplica- ao da inteligéncia do homem, quando the damos orientaciio econdmica ‘Tais elementos, portanto, so ‘bens econémicos’ que o homem reunird visando a satisfagao de inte- esses, tanto individuais quanto coletivos”.”? E, sintetizando, José Roberto Vieira: “"Tenha-se produto no sentido de “toda coisa ou foda utilidade que se extraiu de outra coisa, redu- zindo-lhe a quantidade" (Pedro Nunes, José Nautel, De Placido e Silva e Rubens Limongi Franca); sem confundi-lo com bem, género do qual a coisa é uma espécie, mas restringindo a nocao as “utilidades pa- trimoniais" (Orlando Gomes), ou" econdmicas” (Pau- lo Dourado de Gusmao). Esclareca-se mais, 0 vocabulo é empregado em sentido estrito, na acep- do de zes dos romanos, a mais comum no Direito, significando “objeto material ou corpéreo" (Or- lando Gomes e De Placido e Silva).”® (negrito no ori- ginal; sem destaque no original) O objeto da conduta de importar haveré de ser, por- tanto, um bem material resultante da atividade huma- na de extracdo ou de transformacao dos elementos da 72 - SOUZA, Washington Peluso Albino de. Prmetes Ins de dtelte ecanémco, Soo Pauio : U1, 1999, p, 435. Definindo "bom econémico", esse aulor ossovera ser “aqvele que, exstindo em quondade inferce 6 necessiria, 6 copar de salslazer ume necorldode , par is, exlge do homem daleminado estorgo para acongi lo. Prrmeaslnhos p73. 73 VERA, José Roberta. 1A RegroMati do icici - ldo conta, Cuba: Jur, 193, p. 7273. 70 - Miguel HiG Neto natureza em niveis cada vez mais elevados (matérias- primas, produtos intermedirios, produtos elaborados) 1, PRODUTOS COMO BENS CORPOREOS E "BENS VIRTUAIS’ Diante de uma nova ordem de consideragées intro- duzida pela criagdo da internet, revivem ditvidas so- ‘bre a. amplitude do contetido semantic do vocébulo produto, no que toca A absorgao dos bens incorpéreos, em especifico os denominados "bens virtuais", assim definidos: 2. " (0) todas as utilidades, economicamente avalié- veis, que, constituidas em meio eletrénico, sao for- madas por conjuntos de elementos légicos (zeros ¢ uns), e que poder ser entregues do elaborador a0 consumidor mediante transferéncia eletrénica pela intemet (download). Anatureza juridica desses bens é a de coisas (em sentido amplo) n&o corpéreas. Por sua vez, a nature- za juridica da transago que os tenha por objeto deve ser verificada caso a caso, sendo ora uma compra venda de bens ndo corpéreos, ora uma prestacao de servicos, ora uma cessio de direitos. Fazem parte desse grupo os programas de com- putador (softwares), as prestacdes de servicos entre- gues via correio eletrénico, as transferéncias audiovisuais (como as misicas em formato MP3) e tudo o mais que’a inventividade humana criar para ser transmitida pela internet, e que se enquadre no conceito descrito."”* ‘74 - HAO NETO, Miguel. Imposio sobre importosées © bens vitvols. in “lernat =O Do ns ec Veta Cod Ls Edvard Schuell de one Foe, Lp 78 Imposto sobre Importagdes e mpasto sobre Exportagdes - 77 De posse das definigdes de produto ja transcritas, extraem-se pontos comuns ora relevantes: a necessi- dade de produto ser um bem corpéreo, que atende as necessidades humanas (por isso avaliéveis econo- micamente), resultante da transformagao, progressiva, dos elementos da natureza, Entéo, a doutrina predo- minante entende ser insita ao conceito de produto a sua existéncia fisica, corpérea, atémica. De posse do conceito doutrinario, mister se faz veri- ficar se ele foi construfdo a partir do significado co- mum do vocdbulo ou se ele é utilizado em seu sentido técnico, extrafdo do sistema de direito positivo. Sobre esta questio, cite-se, desde logo, a opiniéo de Américo Masset Lacombe: (no tocante a palavra produto, podemos admi- lir que a Constituigéo realmente a utilizou no seu sentido vulgar (..)"”> Admite esse autor, portanto, que 0 vocébulo produ- to nao foi utilizado em sentido técnico. Assim, a evolu- do da linguagem - que alarga seu contetido semantico = haveria de ser apropriada pelo direito. Por outra, se 0 vocdbulo produto foi utilizado em sua acepgao comum, os bens outrora excluidos do conceito poderiam estar, agora, abarcados por essa categoria para fins juridicos. Considerando a amplitude do contetido semantico vulgar desse vocdbulo (que inclui, em linhas gerais, tudo aquilo que é passivel de ser alienado onerosamen- te); considerando os conceitos citados (todos técnicos) ¢ avaliando o sistema de direito positivo, entende-se diversamente, ou seja, que o vocdbulo foi utilizado em sua acepcao técnica e, portanto, mais estreita. 75 - COMBE, Amico Massel. impasto. pM 72 - Niguel Hild Net Isso porque, primeiramente, ao repartir a competén- cia tributéria, a Constituigéo Federal de 1988 outorgou a Unido o poder de instituir impostos sobre a imporia- S40, sobre a exportagdo e sobre a industrializacao de Produtos; por outro lado, deu aos Municipios o poder de crlar imposto sobre servigos. Considerando que os servigos podem ser inclufdos no conceito mais am- plo de produtos (a despeito de serem bens nao cor. Péreos), vé-se, de pronto, a diferenciacao levada a termo pelo texto constitucional. Constata-se, entdo, que o legislador constitucional nao incluiu os servigos (que sao produtos em acep¢ao ampla e nao técnica) no conceito de produto, limitan- do, desde logo, seu contetido semantico, © mesmo ocorre em relagao aos bens iméveis, cuja* tributacdo néo foi inclufda na competéncia da Unido de tributar as condutas humanas que tenham por ob- Jeto produtos, Dessa forma, pode-se concluir que, nos termos da Constituigéio Federal, produtos sao bens méveis e corpéreos. Ainda, jé época da promulgagao da Carta e dos instrumentos legais infraconstitucionais que regula- yam os impostos aduaneiros, havia bens sem existén- cia corpérea que poderiam ser abarcadios pelo conceito de produto, mas que nao o foram, Exemplos disso sio as marcas, as patentes, a tecnologia, 0 Anow how, etc., que, embora passiveis de serem | transacionados e, tam- bém, de serem inclufdos no conceito vulgar de produ- to, ndo foram abarcados pela legislacao (constitucional ¢ infraconstitucional) atinente & matéria. Saliente-se que, na linguagem comum, podem ser Produtos tanto os bens corpéreos quanto os ndo corpé- eos. N&o raro se ouvem ‘expresses como “produtos ju. Imposto sobre Importagées e Imposto solue Exporiagdes - 73 ridicos", “produtos contabeis", “produtos intelectuais", etc, Essa acepedo mais larga, contudo, nio foi a adota- da pela Constituigdo Federal, que diferenciou, clara~ mente, produtos de servicos, de propriedade intelectual e industrial, etc, Entende-se, portanto, que o sistema constitucional tributario brasileiro, ao se referir a produtos, utiliza o vocdbulo em sentido estreito, ou seja, de bens corp6- eos resultantes da transformacéo progressiva de ele- mentos da natureza,”* Excluem-se, dessa forma, os bens que ndo tém existéncia fisica, como aqueles transferi- dos por download. No que toca & legislacdo infraconstitucional, a in- terpretacao sistemAtica do direito positivo leva a essa mesma conclusao. Iniciando pelo imposto sobre im- portagées, veja-se que ndo hé a previséic da tributagaio da internagdo de bens nao corpéreos. O maximo que ha, mediante previsdo no Acordo sobre Valoracéo Adu- aneira,”” é a inclusdo, na base de célculo do mencio- nado imposto, dos valores pagos a titulo de royalties e afins, mas como integrantes do bem corpéreo, néo como bens a parte. 4 to & legislagéo do imposto sobre produtos in- dustdalleadon Tet -, 0 seu Regulamento” parte da nogéo de bem corpéreo para considerar produto in- dustrializado aquele obtido pela sua transformagéo. O produto industrializado é, assim, a matéria-prima (bem corpéréo) transformada. oral sa origo ~ sar anon Pato Ghee Aor ural em su or jt na ome oat Dele de Beto WS ol oon de Sn, p68, 71 belo 92968 6d ho de 6a 7. Det 203, de 5 do boda 8 ages 84: 74 Niguel tid Neto Entao, de todo o sistema juridico-tributério vigente no Brasil extrai-se um vetor, um principio eleito pelo legislador, a partir do legislador constitucional: para fins de tributacdo, produto é bem corpéreo e mé- Vel, ¢ os impostos que incluam seu conceito no aspecto material ndo incidem sobre bens que néo tenham essas caracteristicas, que néo sejam formados por étomos. Ferir esse principio implicaria a quebra do sistema e, via de conseqiéncia, a ofensa ao principio da igualdade.”” Sobre o tema, assevera Marco Aurélio Greco: “A legislagao censtitucional, e a especifica dos impostos sobre Comércio Exterios, sempre enfocou a incidéncia das regras, predominantemente adotan- do a nogéo de coisa ou mercadoria; vale dizer, apoia- da numa nogao de algo que existe, em fungdo de existirem determinados dtomos. Se examinarmos, por exemplo, a Constituigdo Fe- Geral, no seu artigo 153, I ou o Cédigo Tributdrio Nacional, no seu artigo 19, encontraremos a previ- so de que compete a Unido instituir imposto sobre Produtos estrangeiros. Produtos vistos aqui como coisas materiais. Este & 0 objeto classico do Co- mércio Exterior".® {sem destaque no original) Constata esse autor, portanto, o vetor antes mencio- nado: tributa-se, apenas, pelo imposto correlato, a im- Rstdo Labo Tores, 20 descrevero plycisme melodoliico da ilerretogSo do el cima: "0 metodo sistematcendo & apenos lice, Passi cimensoo vloratv, ‘eis via a compreendar a norma dentro do ssloma uric, qu é aber, dreconado ora as velores - especialmente a usigae a seguranga -¢ dotado de storccede® TAPAS =. 85. (gos no orignal. Sobre a volagdo de pinciioe iguaidode ver WRK Kaus. Prieto do lgualdade e liga de ssfema no dato bit. fs Ditto Fitri: estades em homenagem ao Pro! Ruy Barbosa Noguaira coor. Broncoe Mechado, So Poul :Sariva, 1964. p. 520 @ CANARS, Claus Wihelm. Pensomenio Séiemélic @ concep de tema na cra do cree 2. Usboa :Funcacto Colors ‘ubelio, 1996 p. 6 80 - GRECO, Marco Aut, Itemete cits, S80 Paulo: Diclitca, 2600. . 47, Imposto sobre importagées e imposto sobre Exportagdes - 75) portagéo de coisas materiais, de bens com existéncia fisica. Assim, qualquer alteragéo desse vetor haveré de ser realizada coerentemente, mediante alteragao le- gislativa, inclusive constitucional. Nesse sentido, con- clui Cristiano Gabarini (em traducao livre) “Note-se, por fim, que a auséncia de um ‘bem fisi- co! como objeto de transacio levou, de outro lado, 0 mesmo Committee on Fiscal Affairsa sugerir que se considere, para o fim dos impostos sobre consumo, como prestacées de servigos todas as operagées de comércio eletrénico direto (0 que imporia, em par- ticular, a néo sujeigéo dessas transagées ao imposto aduaneiro)".*' (sem destaque no original) E, da mesma forma, Victor Uckmar: " (4) Por fim, no que toca aos direitos aduaneiros, (..) primeiramente 0 Governo dos Estados Unidos (..) excluiu sua incidéncia sobre os bens fornecidos di- retamente via internet (naturalmente sic aplicdveis se ha a passagem da fronteira dos bens ainda se co- mercializados via intemet). Ba linha seguida também pela OCDE (...)".* Entéo, qualquer que seja a coisa adquirida por do- wnload, sua importagéo ndo est sujeita a incidéncia - fan, Fl inpost dle operated comm stranica. exo "cen no enero elec, wanda con/nes/ gobi. Ro ga ‘al In acho Texans om boo trail oggete dla rsatene hi edocs, dae a, sesso Connie on fal Ae a sug cera EF dal Impose el coneu, qu presanon sana ie 1 opera Comma laren deo fai amor, parce, leno essoggeta Gf silat tans le pate dogo ‘cession endareso 5. ‘ign: “ifine per quono rguorda | da dagana |. por prim Govemo deol Sta Uni (J 1h esc per | bea! for crtiamani ia item! notrcimente sno ‘opplesbl ze vi 8X pascaggio del confine di ben! anche se commercilzzol va Inteme. €@ @ la Ine segulla anche dal OECD (1 76 - Miguel Hild Noto do imposto correlato, pois a conduta realizada (impor- tagao de bem no corpéreo) néo coincide com aquela descrita no antecedente da norma impositiva, em es- Pecifico no aspecto material, qual seja importer pro- dutos, assim entendidos os bens méveis e corpéreos, economicamente avaliaveis, Caso se ampliasse esse conceito, além da quebra do sistema e a conseqiiente ofensa ao principio da igualdade, estar-se-ia realizando interpretacdo exten- siva, 0 que é vedado em nosso sistema juridico-tribu- tario. Assim, “em nosso sistema néo pode ser aplicado inétodo interpretativo de construgéo, integragao, ana- Jogia ou extensao, de que resulte a criagdo ow 4moditicagéo do tributo, pois se a lei ndo o previu, ele néo pode surgir ou tornarse maior ou menor, por outra via".® (sem destaque no original) Nao se nega a existéncia de valornos bens virtuais, ‘Tampouco a manifestacdo de capacidade contributiva daqueles que os adquirem. Afirma-se, apenas, quea sua tributacéo néo poderd ser realizada pelo existente imposto sobre importagées, pois, caso assim se tentas- se fazer, estar-se-ia ferindo o sistema de direito positi- vo vigente em nosso pais e transformando o intérprete em legislador constitucional, Dessé forma, havendo Mmanifestagao exterior de queza, existindo a capacidade contributiva, pode a {ue passagem,assovera 0 mesino ovo: “nGo basta para clender oo prince do legalidade que spencs tecrcamento sea efetvada em contetmicase conve faa Setador tl como deseo na lel material, sem 0 que ndo esters sendo cumprisa Senlode dole ou mebor o autoridade cdmishalve esoré se subsiindo eo (Qu € deleso": Oe Inerrefagao ~p. 102. Imposto sobre importagées e lmposto sobre Exportagbes - 77° Unido criar a tributagao da importagdo dos bens virtuais, porém mediante a utilizacao dos instrumentos consti- tucionais préprios para tal, quais sejam, a emenda cons- titucional ou a competéncia residual. Ainda, néo se nega a necessidade de interpretacao que leve em consideragéo 0 Estado Democratico de Direito, previsto pela Constituigéo Federal de 1988, tampouco uma interpretagao que prestigie os fins so- Ciais da lei e a evolugao historica do fenémeno juridico (nas palavras de Marco Aurélio Greco"). Ao contrério, visa-se exatamente garantir 0 Estado Democratico de Direito, mediante a adequada interpretacdo do siste- ma de direito positivo enquanto tal, em especial o prin- cipio da estrita legalidade tributéria, que garante a democracia ¢ a aplicagao dos fins sociais da lei. Por outro lado, chama-se a atengdo para a possibili- dade de a importacdo de bens virtuais ser tributada mediante introdugéo de norma juridica que assim o preveja, 0 que fard o direito chegar mais perto da rea- lidade cibernética.®® 24 ~ Resales quero oes ogi ugerndo @ cagéo de um ibuo sobre 0 torsltéca de lomoqies pla rede, ibn bonds no eavengezo dei fac Po Cento, um ibe cess lua aa congo ates cngos ecco de Censtvconaidada, especies porimere tore de expresso por ar ‘onduie sm conic ectmico som, parla, monieorees Ge copadode Contin, sigerese so possnisase cola co ansioense do bas om conte enc, da um pls ooo, pelo ada. Sbre os emotes & ovtogio o ntet sabre obra vie DOGG, chard w HANEREN Ue Etectonc comma and hema! aan Ha: Koes 199. 357-988, 85 ~ OR, iret. 96 a “ 6 Resales que a condisto a ue s chesou coe com @ deleminaso ‘Sera deca Fedral, bls da nog Go inpooto dose ‘esing andar doimpeso cones covlt do supatoface wes econ ‘endo, asin @iog de bem mea rca dear corso progr Ges, aso sano, mensions dente Ggto “biog na iooroe do Soft, Sfiwares pega 6% bessana pot cena eae o mel Rak, somenle 5 0 vx do ml file vr esctninadosepredamente na Nol sa Alga 78 - Miguel Hi6 Neto 2.3.2, PRODUTO E MERCADORIA Outro paréntesis deve ser aberto, neste ponto, para analisar a aplicagéo, por vezes, do vocdbulo ‘merca- | doria’, em textos legais infraconstitucionais, em lugar do vocdbulo ‘produto’. Cite-se, entre tantos exemplos, © disposto no artigo 1°, do Decreto-Lei n° 37/66, de 19 de novembro de 1966: "Art. 1° O Imposlu de Importagao incide sobre mercadoria estrangeira e tem como fato gerador sua entrada no territério nacional. § 1° Para fins de incidéncia do imposto, conside- rar-se-4 também estrangeira a mercadoria nacio- nal ou nacionalizada exportada, que retornar ao Pais, | salvo se: (..)" (em destaque no original) Os conceitos de produto e de mercadoria sao diver- sos, sendo este mais estreito que aquele, pois denota apenas os bens objetos de mercancia, bens de comér cio. Nesse sentido: “'Mercadoria'é bem corpéteo da atividade empre- sarial do produtor, industrial e comerciante, tendo por objeto a sua distribuicao para consumo, compreen- dendo-se no estoque da empresa, distinguindo-se das coisas que tenham qualificacdo diversa, segun- do a ciéncia contabil, como é 0 caso do ativo fixo".” | (destaque no original) at Coie owt dome isn xj drna a Naa Fao poganei do Ines recast or oats eet gust fo Sis wun aun Nase a a oOo doom to 8 a coats de Csi se Se ho de 2 pba ro DOU Ge 20 te peso tk 87 -SOASES 05 MO, Joc veda EMS Ie ope. Zed. 500 POU: Deca, 1996, p. 18. S20) teen Impost sobre importagées e lmposto subre Expotogdes - 79 Ainda, para Hugo de Brito Machado: "Todas as mercadorias so coisas, mas nem todas as coisas s4o mercadorias. O que caracteriza uma coisa como mercadoria é a destinagao, Mercadorias so aquelas coisas méveis destinadas ao comércio. Sao coisas adquiridas pelos empresdrios para reven- da, no estado em que as adquiriu, ou transformadas, e ainda aquelas produzidas para venda, Nao so mercadorias as coisas que o empresdrio adquire para uso ou consumo préprio. Por isto, o ICMS nao dev ria incidir sobra a importagao de bens de uso do pr. prio importador, conforme temos ha muito sustentado e entendeu a final o Supremo Tribunal Federal" (destaque no original) E, por fim, reitere-se a posigdo de Américo Masset Lacombe: "Produto 6, portanto, um bem mével e corpéreo, enquanto que mercadoria tem um conceito mais res- trito, pois 6 um bem mével, corpéreo, destinado ao comércio".!* Deflui dos conceitos transcritos que 'mercadoria’ e ‘produto’ néo s&o sinénimos. Pode-se diferencid-los pelo intuito da realizacdo da operago, o qual ha de ser especifico quando o objeto for mercadoria (o intui- to é comercial), enquanto nao hé essa necessidade no que toca as operagées que tém por objeto produtos. Emerge, daf, a imposigio de verificar se o legisla- dor infraconstitucional limitou a incidéncia dos impos- tos aduaneiros apenas as operagées que tenham por = MACHRDO, Hugo de Bit, Aspects fundamentals do CMS. Séo Poulo: Dili, 1997. p28. 189 = LACOMBE, Amico Massel. Impesto de inportogdo. Sto Poul : Revista dos “bunds, 1979. p. 18. 60 ~ Miguel HG Neto objeto mercadorias, ou se meramente aplicou 0 vocé- bulo com acepcao incorreta, ou seja, onde se 1é merea- doria, leia-se produto, Para fazer essa andlise, é de interpretar sistematica- mente o direito positivo, para verificar se é prescrita a {tibutagao, pelos impostos aduaneiros, de bens que nao sdo mercadorias, Veja-se, nesse sentido, a incidSncia do imposto sobre importagoes quando da internagio de produtos em ba. gagem de viajante,® que nao se incluem no conceito de mercadoria. Assim, em diploma legal posterior e de mes, ma hierarquia que aquele que menciona o vocdbulo mercadoria, encontra-se a previsio de tributagao de bens que no se incluem em seu conceito, que sao produtos Dessa forma, verifica-se que, a despeito de haver utilizado 0 vocdbulo ‘mercadoria’, 0 Jegislador infra- Constitucional prevé a incidéncia dos impostos adua. neiros tanto sobre os bens objetos de comércio quanto aqueles que ndo 0 40. Conclui-se que ha uma impre- ciséo terminolégica a ser afastada, sendo tributdveis todas as operagdes de importacao e de exportagéo que tenham por objeto produtos, consoante disposto na CF/88 eno CIN. Portanto, na legislacao infracons. Utucional onde se 1é 'mercadorias’, leia-se ‘produtos’, Nessa mesma linhé “Ora, bagagem 6 0 exemplo tipico de produto que nao é mercadoria, isto , que néo se destina a mer- cincia e a destinagio a ela de toda a seco II do capi- tulo IIT do TituloI do Decreto-Lei n? 37/66 é a. indicagéo de que o legislador ordinério denominou impro- S Decrelotel nt 2.120 de 14 da malo de 1584 e artigo 87 do Ragulomento ‘Aduanelo basa, Imposto sobre Importagées e Imposto sobre Exportacées - 87 priamente de mercadorias aquilo que deveria ter sido chamado de produtos. Resulta dat que, ara os efeitos do imposto de importacao, “pro- dutos" e “mercadorias" sdo palavras sindnimas e como tal devem ser entendidas. A essa conclusio chegaram néo apenas estudiosos nacionais mas tam- bém grandes doutrinadores estrangeiros"." (sem destaque no original) “(..) n&o ha diferenga entre bens e mercadorias para efeito do tributo aduaneiro, embora a Constituigéo Federal e 0 Cédigo Tributdrio Nacional se refiram a “'produtos' eo artigo 1° do Decreto-Lei n® 37 de 1966 a “mercadorias", Pretendeu-se que a legislagdo de ni- vel ordinario teria utilizado parte de sua competén- cia, de sorte a que o imposto incidisse apenas sobre uma espécie de bens: as mercadorias. Tal distingao é, todavia, improcedente, dada a subjetividade do con- ceito de mercadorias, cuja caracterizagéo depende do destino que o comerciante pretenda dar ao bem, que nao se coaduna como sistema aduaneiro, que normal- mente considera os produtos independentemente da finalidade que thes iré dar o importador, bem como Por serem considerados como tributaveis indime- Tos bens que certamente no séo mercadorias, ‘como roupas e objetos pessoais de passageiros e bens de capital para uso de quem realiza a importacao".” sO, fo gard do past de Inga a eioto "alt Sa nose tnche tea orp bm wo on osee poor do Amar etter poi: pea 92-S0U24, Homo los de. sry do ingest de porogso ebg0 tro rade So Pade Rese Wd 80 p28, . 62 - Miguel Hild Neto 2.4, OS OBJETOS DIRETOS De posse do conceito de produto, aplicivel a ambos 0s impostos aduaneiros, mister se faz analisar a altema- lividade constitucionalmente prevista para 0 objeto dire- to do verbo exportar, qual seja, produtos nacionais ou nacionalizados, e sua aplicabilidade ao verbo importar. Nesse sentido, é imprescindivel delimitar 0 conteti- do semantico do vocdbulo ‘nacionalizados', para ava- liar sua pertinéncia a descrigdo da materialidade do antecedente. Busca-se essa delimitagao na licéo de Roosevelt Baldomir Sosa: “Nacionalizar é atribuirao produto de procedén- Cia estrangeira o mesmo statusdo produto nacional. Anacionalizacao, com efeito, visa colocar o produto de procedéncia estrangeira em condigdes de circular economicamente. Em outros termos, nacionalizar € incorporar 0 produto de procedéncia estran- geira no aparelho produtivo nacional. O ato administrativo que formaliza a nacionaliza- $40 60 desembaraco aduaneiro" (sem destaque no original) Actescentando outros elementos, Ruy de Melo e Raul Reis afirmam: “Nacionais so as mercadorias origina- Hamente brasileiras e nacionalizadas sio as mercado- tas originariamente estrangeiras, tornadas nacionais pelo pagamento dos tributos devidos".®* St "3 5 SOSA, Roasove Bodom: Comenkiias 4 Lel Advansia : Dereon S1.0S0/65, ‘380 Pao : Aduoneiras, 1995, p. 101. ‘94 NELO, Ruy da; RE, Rou. Manual do inpaslo de impetacdo e regime cambio coneloo. a0 Paul :Edora Revista cos Wivunae, 1970, 4, (sem desioaue no ‘gna Impasto sobre importacdes @ imposto sobre Exportagdes - BF ‘Tem-se, pois, que nacionalizado é o produto de ori- gem estrangeira incorporado ao patriménio nacional, Para tal, hé que desembaragé-lo, momento em que so pagos os tributos devidos pela importagao, perdendo a condigéo de estrangeiro, adquirindo “cidadania brasi- leira”. Nessa mesma linha, afirma Héctor B. Villegas: “Con referencia a la importacién, debe destacarse que “importacién, despachoa plaza o nacionalizacién” son expresiones técnicamente sinénimas (con respecto a este tributo), y se refieren al momento en que se for- maliza el despacho aduanero de la mercaderia con el consiguiente pago de los derechos establecidos, con lo cual la mercaderfa deja de considerarse extran- jera para convertirse en nacional. Esto wltimo signi- fica que las mercaderfas quedan equiparadas a las nacionales desde el punto de vista aduanero, y no pueden ser afectadas por tributos de importa- cién creados con posterioridad al momento del despacho a plaza’ (sem destaque no original) 95 - VIEGAS, Héctor B. Curso do franzos, derecho Branco y libra. Buenas ies Depaina, 1994 p. 7, Fogossa uma rassala,nosla pono, sobre o vilkaydo de ligbes edindes co deta compared, Teme inilo de desciever 0 stoma de ito vad ic ef nunc. Conudo, volonde-e de instulos genéicos,colhios no s20rs ds tere geal do deo trbutéia, s2o opledveis, denilicamante comet ‘20 opiacto, as ligdes oferecidos por doutrnaderes eslrangelr, Assim, "La posible y feritdod de os invesigadones[afdiee-comporadcs se basan en que fs seicenas den td uo psi se, con fecvenc,espuenios@ problemas ludicos generales. que se plantean dela misma e similar manero en fades o en la mayer porte de ios érdonas rcs”. LENZ, Kar. Mefodeogia 181. Alm eas, crescenteregulamantogdo Iniamaclonal dos mposios adveneles ‘vem Ines outorgando homogeneidade nos diversos sistemas de dielo postive Fationas, © gue também cocboro a vildade eo igor clenco da uizagbo de Fes advindas do dreio comparado, Nesse sentido,“ dito dopancle -odilerenza (des- taque no original) Em conclusdo, é de qualificar a procedéncia ou o destino do produto objeto da operacdo de comércio exterior tributada: importar do exterior e exportar para w: Vejose nse sels go conpains pro bogie doar de dies ce ete dct ouargads co esas arbor ceonse depot no go 15, eo fe. Sendos compet eles eee ‘nibs desc pl Uno soo heen 08 Tam crt ina o receiret,nm oou mni,do Imacadoaeo precede Coro” NES Poa. sonny we {wt Sta De tio notae p58 125“ HELO, Ryde RS Ru onal pt Imposto sobre Importagées ¢ imposto sobre Exportagtes - 89 © exterior. A auséncia dessa limitacdo acarreta uma vaguidade por demais extensa da linguagem, inacei- tavel no discurso cientifico. Além disso, a eventual tributagdo de produtos im- portados de outras pracas ou exportados para outras pracas dentro do Brasil acarretaria invasao de compe- téncia da Unido no ambito legiferante estadual, haja vista serem os Estados Federados as pessoas politicas competentes para tributar as operagbes de circulagao de mercadorias dentro do pats, por meio do ICMS. Pode-se, portanto, seguir na descrigéo do aspecto ma- terial do antecedente da regra-matriz dos impostos adu- aneiros, ainda na seara constitucional: importar produtos estrangeiros ou desnacionalizados do exterior e expor- tar produtos nacionais ou nacionalizados para o exterior. Identificados os adjuntos adverbiais inclusos na cons- trugdo sintética do aspecto material do antecedente dos impostos aduaneiros, séo de delimitar seus contetidos seménticos, pela especificagao do vocébulo ‘exterior’. Entende-se por exterior todo o tertitério nao abar- cado pelas linhas de fronteiras brasileiras, sejam ter- restres, sejam aquaticas, sejas aéreas, sejam, ainda, as convencionais, como, por exemplo, as embaixadas em paises estrangeiros. 106 - Ressalese que os Imposis advanelos tomarn, hole, pr lite 0 tentro do ais. Com a evelug6o de regulamentado comunitra do MERCOSUL,enirelanio, ess lino; anda e sr eslendi ds raters do boca, a exemplo do ocorido na ‘Comunidade Européia, Nesse senda, “Como canseevenca de la erirada en vigor

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