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031a0.000 48] 3e72- 65 - MINISTERIO DO PLANEJAMENTO, ORCAMENTO E GESTAO Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos NOTA TECNICA N° “ic ISPIMP Brasilia, 24 de junho de 2012. ASSUNTO: Proposta de Decreto que regulamenta o Fundo Nacional de Assisténcia Social Referéncia: Solicitagao da Secretaria Executiva do MP para ani Decreto que regulamenta o Fundo Nacional de Assisténcia Social. lise da proposta de __ —_ SUMARIO EXECUTIVO Trata-se de proposta de Decreto que regulamenta o Fundo Nacional de Assisténcia Social - FNAS. Em sintese, a proposta de Decreto dispde sobre a destinago dos recursos do FNAS, quais sejam: i) cofinanciamento dos servigos € programas de cardter continuado, bem como dos projetos de assisténcia social; ii) Cofinanciamento da estruturacao da rede socioassistencial dos Estados, do DF e dos municipios; iii) atendimento as agdes assistenciais de carater de emergéncia; iv) aprimoramento da gestao, por meio do IGD SUAS; v) apoio a gestao do Bolsa Familia, por meio do IGD do Bolsa Familia; vi) apoio técnico_ para o fortalecimento da estruturagao e operacionalizacao dos fundos estaduais, municipais e do DF; vii) pagamento, operacionalizagao e gestéo dos beneficios de prestacao continuada € da renda mensal vitalicia; entre outros. Possiveis implicagdes: Adequar os procedimentos de funcionamento do fundo as novidades dispostas na Lei n° 12.435/2011 que alterou a Lei n° 8.742/93 que dispoe sobre a organizagao da Assisténcia Social. Especificamente, as adequacdes referem-se a destinacdo e forma de repasse dos recursos do FNAS. © repasse de recursos por meio da modalidade fundo a fundo para a estruturagéo da rede socioassistencial contribui para o aprimoramento da infraestrutura disponivel para a prestagao de servigos. O repasse de recursos de foram automnatica e regular para o pagamento do IGD Bolsa Familia e IGD SUAS induz um processo pelo qual os entes subnacionais persigam melhor capacidade de oferta dos servicos de assisténcia social . A possibilidade de utilizagao dos recursos de cofinanciamento dos servigos para © pagamento de profissionais que integram as equipes de referéncia busca superar um dos gargalos da assisténcia social que é a estruturagao das equipes de atendimento aos cidadaos pelos estados e municipios - a Pesquisa de Informagées Basicas Municipais do IBGE aponta que 33,2% do quadro municipal de pessoal ocupado na assisténcia social em 2009 era de trabalhadores sem vinculo permanente, tendo sido observado crescimento em relago a parcela observada em 2005 (25,1%). Conclusao: A SPI se posiciona favoravelmente a edigéo da proposta de Decreto, considerando seus avangos no que tange a garantia de continuidade e regularidade dos servigos de assisténcia social, a melhoria das condigdes de oferta e ao incentivo 4 melhoria de sua gestao. Tratam-se de alicerces para o aprimoramento da politica de assisténcia social, que deverao balizar a superagao de desafios ainda presentes, como a universalizagao da oferta de servicos de assisténcia em todo o tertitério brasileiro, em especial, naqueles mais vulneraveis, 0 aprimoramento da infraestrutura disponivel, a melhoria da qualidade © a uniformizacao dos servigos ofertados. Em sintese, 0 projeto viabiliza mais um avango no sentido de oferecer condiges para a prestacao dos servigos socioassistenciais com a qualidade necessdria, especialmente ao regulamentar a possibilidade de pagamento das equipes (insumo mais importante para a prestacdo do servigo) com repasses federais, indugéo de uma gestao mais adequada e disponibilizacao de recursos para estruturagéo dos servigos. ‘Ademais, ressalta-se que 0 Decreto tem o objetivo de promover ajustes nos procedimentos de funcionamento do FNAS necessarias em fungao dos avangos introduzidos pela Lei n? 12.435/2011. ANA 1. A SPI recebeu solicitagao para se posicionar sobre proposta de Decreto que regulamenta 0 Fundo Nacional de Assisténcia Social — FNAS. 2. De forma geral, a proposta ven adequar os procedimentos de funcionamento do fundo as novidades dispostas na Lei n? 12.435/2011 que alterou a Lei n® 8.742/93, que dispée sobre a organizagdo da Assisténcia Social. Especificamente, as adequagées referem-se a destinagao e forma de repasse dos recursos do FNAS. 3. A proposta de Decreto dispde que os recursos do fundo destinam-se a: i) cofinanciamento dos servigos e programas de carater continuado, bem como dos projetos de assisténcia social, ii) cofinanciamento da estruturagdo da rede socioassistencial dos Estados, do DF e dos municipios; ili) atendimento as acdes assistenciais de carater de emergéncia; iv) aprimoramento da gestao, por meio do IGD SUAS; v) apoio a gesto do Bolsa Familia, por meio do IGD do Bolsa Familia; vi) apoio técnico para o fortalecimento da estruturagao e operacionalizagao dos fundos estaduais, municipais e do DF; vii) pagamento, operacionalizagao e gestéo dos beneficios de prestagao continuada e da renda mensal vitalicia; entre outros 4. Para as destinagées previstas nos itens i, ii, il, ive v, os recursos sero transferidos independente de celebracdo de convénio, ou seja, por meio da modalidade de repasse “fundo a fundo". Na verdade, a maior parte dos repasses dos recursos do FNAS ja é feita nessa modalidade, a novidade seria a utiliza¢o desse procedimento para cofinanciamento da estruturagao da rede socioassistencial. Em outros termos, o Governo Federal poderé cofinanciar, fundo a fundo, o aprimoramento. da infraestrutura disponivel para a prestagdo dos servicos socioassistenciais, contribuindo para a melhoria das condigdes de oferta dos servigos 5. Os recursos para o cofinanciamento dos servigos e para o pagamento do IGD Bolsa Familia e IGD SUAS sero transferidos de forma regular e automatica, conforme disciplina o art. 12 da Lei n° 8.742/93 (alterada pela Lei n® 12.435/2011). A destinagao de recursos para o apoio técnico e financeiro 4 gestéo descentralizada do SUAS trata-se de um mecanismo fundamental para a consolidacao do sistema, considerando a necessidade de se avancar na articulagdo federativa e de induzir um processo pelo qual os entes subnacionais persigam melhor capacidade de oferta dos servigos de assisténcia social. Vale assinalar que o pagamento do IGD tem desempenhado papel fundamental na melhoria da gesto local do Bolsa Familia, viabilizando, sobretudo, melhores condigdes logisticas para as atividades de identificagao, cadastramento e acompanhamento dos seus beneficiarios. 6. Os recursos destinados ao cofinanciamento dos servigos poderéo ser utilizados pelos entes para o pagamento de profissionais que integram as equipes de referencia, nos termos do art. 6°-E da Lei n° 8.742/93 (alterada pela Lei n° 12.435/2011), e pata a capacitagao de recursos humanos e o desenvolvimento de estudos e pesquisas essenciais & execugao dos servigos. A medida busca superar um dos gargalos da assisténcia social que é a estruturacao das equipes de atendimento aos cidadaos pelos estados e municipios - a Pesquisa de Informagoes Basicas Municipais do IBGE aponta que 33,2% do quadro municipal de pessoal ocupado na assisténcia social em 2009 era de trabalhadores sem vinculo permanente, tendo sido observado crescimento em relagao a parcela observada em 2005 (25,1%). Nesse sentido, 2 disposicao da Lei n° 12.435/2011 regulamentada pela proposta de Decreto, ora em analise, ao abrir a possibilidade de destinagao dos recursos para pagamento de profissionais de referéncia na prestagdo dos servigos s&0 centrais para garantir a organizacao de equipes estaveis e para conferir continuidade e qualidade aos servigos oferecidos 4 populagao, requisitos para consolidar a assisténcia social como politica de estado e de direito. 7. Tendo em vista o exposto acima, a SPI se posiciona favoravelmente a edigao da proposta de Decreto, considerando seus avangos no que tange a garantia de continuidade e regularidade dos servigos de assisténcia social, a melhoria das condigées de oferta e ao incentivo a melhoria de sua gestao. Tratam-se de alicerces para 0 aprimoramento da politica de assisténcia social, que deverdo balizar a superagao de desafios ainda presentes, como a universalizagéo da oferta de servigos de assisténcia em todo o territério brasileiro, em especial, naqueles mais vulneraveis, 0 aprimoramento da infraestrutura disponivel, a melhoria da qualidade © a uniformizagao dos servigos ofertados. Em sintese, o projeto viabiliza mais um avango no sentido de oferecer condigdes para a prestagdo dos servicos socioassistenciais com a qualidade necesséria, especialmente ao regulamentar a possibilidade de pagamento das equipes (insumo mais importante para a prestagao do servigo) com repasses federais, indugao de uma gestao mais adequada e disponibilizago de recursos para estruturacdo dos servigos. Ademais, ressalta-se que 0 Decreto tem o objetivo de promover ajustes nos procedimentos de funcionamento do FNAS necessarias em fungao dos avangos introduzidos pela Lei n° 12.435/2011 A consideragao superior, Bronembeap, Danielle Cancela Cronemberger Gerente de Projeto nh ye ef! AM QuUY Jorge/titiz Rocha Reghini Ramos Diretor do Depaftamento de Temas Sociais - Substituto De acordo. Encaminhe-se a SE, Secretaria de Planejamento e Inyéstimentos Estratégicos - Substituta

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