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12 DEJULHO DE 1999 ARTIGO 45 (Destino dos bens apreeindidos) Os produtos, objectos einstrumentos apreendidos e declarados perdidos a favor do Estado, a0 abrigo da presente Lei, tém 9 seguinte destino: @) alienagao em hasta pblica dos produtos, salvo as ex- cepe0es previstas na presente Le ) doagdo dos produtos pereciveis a instituigdes sociais ¢ organizagdes sem fins lucrativos, apés a sua discriminagdo detalhada em auto de apreensio; 6) reencaminhamento dos exemplares vivos de flora fauna, bravia a sua zona de origem, ou as zonas de protecgo mais prox 4) devolugio dos instruments a0 infractor primério, desde ue nfo sejam proibidos, aps o pagamentodarespectiva ‘multa ¢ cumprimento das outras sangGes ou obrigagées legals. CAPETULO Ix DisposigSes Finais ARTIGO 46 (Legislagio anterior) Silo revogados 0 n.° 2 do artigo 464 do Cédigo Penal, bem como as demais disposigbesleguis que contrariem a presente Lei, ARTIGO 47 (Regulamentasio) Cabe a0 Conselho de Ministros adoptar as medidas regulamentares necessérias &efectivagdo da presente Lei. ARTIGO 48 (Entrada em vigor) ‘A presente Lei entra em vigor noventa dias apés sua publicagio, ‘Aprovada pela Assembleia da Reptiblica, aos 14 de Maio de 1999. (0 Presidente da Assembleia da Republica, Eduardo Joaquim Mulémbwe. Promulgada, em 7 de Julho de 1999. Publique-se. (© Presidente da Repiblica, Joaquim Alberto Chissano, Lein 11/99 de 8 de Julho Verificando-se anecessidade de regular, actualizar ¢ melhorar coquadto legal existente em Mocambique referente& Arbitragem, Conciliagio e Mediagio como meios alternatives ao sistema judicial, de resolugio de confltos, e tendo em vista responder as ‘ransformagées que se tém vindo a operar no pats, decorrentes do desenvolvimento de uma economia de mercado © de relagées 126-39) comerciais internacionais, a Assembleia da Repiiblica, ao abrigo don." 1 do artigo 135 da Constituigio, determina: TITULOL DISPOSICOES GERAIS CAPETULO UNICO ARTIGO 1 (Objecto geral) ‘A presente Lei rege a Arbitragem, a Conciliago e a Mediagdo como meios alternativos de resolusdo de conflitos, que 0s sujeitos jurfdicos podem adoptar antes ou em alternativa a submeter os seus litigios ao poder judicial ARTIGO2 (Prinefpios) 1. Dada a natureza eélere e simplificada da Conciliagdo ¢ da “Madiago, as partes podem privilegiar 0 uso desses meios para a resolugio dos seus conflites, antes, durante ou depois de processo judicial ou de arbitragem e o tribunal arbitral constituido deve ‘aconselhar que aquelas fagam uso dos referidos meios sempre que as circunstancias do caso se revelem apropriadas. 2. Os meios alternativos de resolugdo de confltos previstos no presente Diploma estdo sujeitos aos seguintes principios: @) Liberdade: reconhecimento da autonomia das partes na escolha © adopgio de meios alternativos a0 poder judicial para a resolugo de conflitos; +) Flexibilidades preferéncia dada no estabelecimento de procedimentos informais, adaptéveis e simplificados, ) Privacidade: garantiade privacidade e confidencialidade dos processos e seus intervenientes; ) Idoneidade:exigénciade caracteristicas deimparcialidade ¢ independéncia para o desempenho de fungdes de {rbitro ou conciliador, @)Celeridade: dindmicaerapidez naresolugiode conflitos; ‘P Tgualdade: garantia de que as partes serdo tratadas com estreta igualdade e que a cada uma delas seréo dadas as mesmas condigGes ¢ todas as possibilidades de fazer valer os seus dircitos, 8) Audineia: oralidade tfpica dos mecanismos alternatives; 'h) Contraditério: garantia de que ambas as partes serio uvidas oralmente ou por escrito, antes de ser proferida a decisfo final. ARTIGO 3 (Definigdes e regras de interpretacio) Para efeitos da presente Lei 4) 08 termos “arbitragem”, “conciliaglo” ¢ “mediagio” designam toda e qualquer arbitragem, concliaglo ‘mediagio quer a sua organizasdo seja ou nfo confiada ‘4 um organismo institucionalizado nos termos do artigo 69 da presente Lei b)acxpressio “tribunal arbitral” designa um érbitroinicoou ‘um grupo de érbitros; 126--(40) 1 SERIE — NUMERO 27 6) aexpressto “tribunal judicial” designa um orgenismo ou b) os que respeitem a direitos indispontveis ou nfo ‘gto do sistema judicial de um pais; transacciondveis. 4) quando uma disposig8o da presente Lei, com excepto do artigo 54, deixa as partes a liberdade de decidir livremente umacerta questo, estaliberdade compreende © direito de as partes autorizarem um terceiro, af incluida uma insttuigho, a decidir essa questo; ‘quando uma disposigto da presente Lei se refere ao facto de as partes terem convencionado ou poderem vir a chégar a acordo a respeito de certa questo, ou de qualquer outra maneira se refere a um acordo das partes, tal acordo engloba qualquer regulamento de arbitragem af referido; ‘A quando uma disposigto da presente Lei & excepglo da linea a) do n° 2.do artigo 30 ¢ da alfnea a) do n.°2.do artigo 40, se refere aum pedido, esta disposigo aplica- -¢ igualmente a um pedido reconvencional e, quando lascrefere aalegagbes de defesa, aplice-seigualmente As alogagbes de defesa relativas 8 um pedido reconvencional, TITULOn ARBITRAGEM CAPITULO I Disposigées Gerais ARTIGO 4 (Objecto) 1. As partes interessedas podem submeter a solugto de todos ‘ou alguns dos seus litigios ao regime de arbitragenn, mediante conven expressa de arbitragem. 2. A convengio de arbitragem pode ter por objecto qualquer litigio actual, ainda que tenha sido interposta acgto em tribunal Judicial e em qualquer estado do proceso designando-se, nesse ‘aso, porcompromisso arbitral, ou qualquer litigioeventualmente emergente de uma determinada relagio juridica contratual ou extracontratual designando-se, entio, por cldusula compromisséria, 3. As partes podem scordar em considerar abrangidas no conceito delitigio, paraalém das questtes denatureza contenciosa cm sentido estrito, quisisquer outras, designadamente as relacionadas coma necessidade de precisar, completa, actualizar ‘ou mesmo rever os contratos ou as relagdes juridicas que estio na corigem da convengo. ARTIGO 5 (Ambito ¢ exctustes) 1, Podem ser sujeitos ao regime de arbitragem, previsto no presente Diploma, os litigios de qualquer natureza, salvo nos casos mencionados no ndmero seguinte. 2. Consideram-se fora do ambito do regime de arbitragem os seguintes litigios: 4) 08 que por lei especial, devam ser submetidos cexclusivamente a tribunal judicial ou a regime especial de arbitragem nfo revogado pela presente Lei 3. Aos regimes especiais de arbitragem aplic subsidiariamente a presente Lei, ARTIGO6 (Legitimidade) 1, O Estado e outras pessoas colectivas de direito piblico podem celebrar convengées de arbitragem se estas tiverem por objecto lttgios respeitantes a relagdes de direito privado ou de natureza contratual e ainda se para tanto forem autorizados por lei especial. 2, No podem ser partes em processo arbitral os considerados rmenotes ndo emancipados, interditos ou inabilitados, nos termos da lei civil, mesmo que por intermédio dos seus representantes legais. ARTIGO7 (Rendincia ao direito de oposigio) Prestume-se que renunciou ao seu direito de oposiglo a parte ‘que, tendo conhecimento de que uma disposigdo derrogével pelas partes ou uma condig8o enunciada na convengto de arbitragem ‘io foi respeitada, nfo deduziu oposigto de imediato ou no prazo que estiver previsto para esse efeito, ARTIGO 8 (Competéncia do tribunal arbitral) ‘Apenas o tribunal constituido nos termos da presente Lei & competente para dirimir os conflitos a ele submetidos. ARTIGO9 (intervengio do Tribunal Judicial) 1. Quando as partes tenham convencionado 0 recurso & ‘arbitragem, conciliagto e mediagto, a intervengo do Tribunal Judicial 96 pode ocorrer nas condigbes fixadas neste artigo. 2. O tribunal judicial competente para os actos mencionadosna presente Lei, designadamente nos seus artigos 12, 18, 23,37, 44 45, serd a designada pelas leis de processo civil e demais legislagto, aplicével na austncia de arbitragem. 3. Na impossibilidade de se determinar a lei aplicével pelas regras anteriormente referidas, é competente a lei do lugar onde deveria realizar-se a arbitragem, se esta foi prevista e, na falta dela, sucessivamente, a lei do lugar da celebrago da convenglo arbitral ow a lei domicftio do demandado ou de qualquer um dos demandados se forem vérios. CAPITULO IL Convengiio Arbitral ARTIGO 10 (Requisitos da convencio) 1. A convengto de arbitrage deve ser reduzida a escrito. 12 DE JULHO DE 1999 2, Considera-se reduzida a escrito a convengao de arbitragem constante de documento assinado pelas partes ou de uma trocade cartas, telex, fax ou outro meio de comunicagdo que prove a sua cexisténcia na qual aexisténcia de uma tal convenvo foi alegada ‘Por uma parte ¢ nfo contestada pela outra. 3. A referéncia, num contrato, a um documento que contenha ‘uma cléusula compromisséria, equivale a uma convengéo de arbitragem, desde que 0 referido contrato revista forma escritae areferéncia seja feta de tal modo que faga da cl4usula uma parte integrante do contrato 4. 0 compromisso arbitral deve determinar com preciso 0 objecto do litfgio actual; a cl4usula compromisséria deve cespecificar a relagdo jurfdica a que os litigios eventualmente emergentesrespeitem. 5. Nos contratos de adesto a cldusula compromisséria s6 ¢ cficaz se oaderente tomar ainiciativa de instruir a arbitragem ou concordar, expressamente, com a sua instituigfo, ARTIGO LL (Autonomia da cléusula compromisséria) ‘A cléusula compromisséria & autGnoma em relagSo as outras cléusulas do contrato em queestiver insertac anulidade deste nfo implica automaticamente a nulidade daquela. ARTIGO 12 (Eexcepgio de arbitragem) 1. Aconvengao arbitral implica a rentincia das partes a iniciar processo judicial sobre as matérias ou controvérsias submetidas Aarbitragem, sem prejutzodo disposto non. 4do presente artigo. 2. O tribunal judicial no qual foi proposta uma acgio re uma questio abrangida por uma convengao de arbitragem, se ‘uma das partes o solicitar até ao momento em que apresentar as suas primeiras alegagSes quanto ao fundo da causa, deve remeter as partes para a arbitragem, a menos que constante que areferida cconvengio se tornou caduca ou insusceptivel de ser executada. 3. Quando tiver sido proposta, num tribunal judicial, uma acgdo referida no niimero anterior do presente artigo, 0 processo arbitral pode, apesar disso, ser iniciado ou prosseguir © ser proferida uma sentenga, enquanto a quesito estiver pendente no tribunal. 4. Sem prejuso do disposto no presente artigo, a solicitaglo de medidas provis6rias feita por uma das partes a um tribunal judicial antes ou durante 0 processo arbitral, bem como a concesso de tis medidas peloreferidotribunal nfo6 incompatfvel com uma convengio de arbitragem. ARTIGO 13 (Rendincia & arbitragem) 1, As partes podem renunciar & arbitragem expressa ou tacitamente, recorrido & via judicial. 2. As partes renunciam expressamente d arbitragem mediante comunicagio escritadirigida ao tribunal, observado o previstona presente Lei quanto & formalizagio da convengio arbitral 126-(41) '3.Emcasode rentincia por alguma das partes, nio sendoobtido ‘acordo das restantesino prazo de quinze dias contados a partir da notificagdo pelorenunciante, aconvengfodearbtragemmantém- se valida ¢ eficaz. 4, Presume-se rensincia técita quando uma das partes, sendo ddemandada judicialmente pela outra, nfo oponha a excepeo de arbitragem, conforme estabelecido na presente Lei ‘5. O requerimento de uma das partes 20 tribunal judicial para a adopgdo de medidas nos termos do n.°4 do artigo 12 da presente Lei ou a concessto, pelo tribunal, das medidas referidas, nlo se considera rentincia técita. ARTIGO 14 (Céducidade) 1. A convengto arbitral caduca: <)se,at64constituigiodotribunal arbitral, as partesacordarem sua revogacto; ‘b)se algum dos érbitros falecer, se escusar, seimpossilitarde cexercer as fungBes ou se a nomeagioficar sem efeit, deste que ndo seja substiufdo nos termos do artigo 23 a presente Leis . 6) se 0s frbitros nfo proferirem a decisio dentro do prazo fixado na convengio ou em escrito posterior ou, ‘quando ndo tenha sido fixado, dentro do prazo referido no n.*2 do artigo 35. ARTIGO 15 (Nulidade da convengio) E nula a convengdo de arbitragem celebrada com violago do dispostonapresente Lei quanto alegitimidade, tmbitocexclusBes a arbitragem. CAPETULO IL Arbitros edo Tribunal Arbitral ARTIGO 16 (Conaposigio do tribunal arbitral) 1.0 wibunal arbitral pode ser constituldo por um dnico drbitro ‘ou por varios, em némero fmpar. 2, Seo ndimero de membros do tribunal arbitral nfo for fixado na convenglo de arbtragem ou em escrito posterior assinado pelas partes, nem deles resultar, tribunal seré composto por trés Aaritros. 3, endo nomeados vérios drbitros, estes, por maori, elegem entre sio presidente, a menos que as partes tenham acordado nouira solugBo, por escrito até 2 aceitagdo do primeir drbitro. [Nic havendo consenso 6 designado o mas idos0. 4.0 presidente do tribunal designars, se julgar convenient, um seeretério, que poderd ser um dos érbitres. ARTIGO 17 (Constituigie do tribunal arbitral) 1, Reportando-se as partes, na clfusula compromisséria, As regras de algum 6rgio arbitral institucional ou entidade 126,-(42) ‘especializads, aarbtragem deve ser institufdade acordo com tais regras, podendo, igualmente, as:partes estabelecer, na prépria clgueula:ouem outro documento, a forma convencionada para a insttuigdo da arbitragem. 2. Nio havendo:acorde prévio sob.a forma de instituir a arbittagem, a parte que pretenda instaurar‘o litigio no tribunal arbitral deve notificar desse ¢acto a parte contréria, convocando- -tparase firmar compromissorbitral,nocaso de ainda nfohaver convengfo arbitral firmada, » uA notificagdo prevista no ndmeronterior deve ser efectuada nos termos do artigo 26 e deve indicar a convengdode arbitragem cou precisar 0 objecto do ltigio, se ele ndo resulta jé determinado de convengio. 5 4, Se, no ptazo de cite digs, contados a partir da notificagio referida nos ndmeros anteriores do presente artigo, as partes nfo chegarem a acordo sobre a determiinaso db dbjecto do litigio ou sobresautra matériaconsiderada polas partes essencial afirmar-se ‘© compromisso, podem solicitar uma decislo a um orgenismo institucionalizado de arbitragem_ou em quem este delegar. 5.’Existindo cléusula compromisséria © havendo resisténcia ‘quando’asinstituigo da arbitragem, apds.0 decurso do prazo referido no némero anterior, cabe ao tribunal arbitral institucionalizado a clarficagdo de eventuais lacunas ou dividas que haja por esclarecer, 5. O tribunal encontrase validamente constituido com a aceitagio, pelos érbitros, da sua nomeagdo. ARTIGO8 Designagio dosévbitros) 4: Naconvengli dearbitragem ouem escrito posterior porelas assinado, devery as partes designar 0 érbitro ou Arbitros que constituirtoo wibunal,oufixar o modo por que sero escolhidos. 2. Nao havendo acordo prévic sobre a designagdo dos érbitros ou sobre a forma, da sua designacto, sio aplicéveis as regras previstas no presente 3,Sedspartescouberdesigiarumoumsis bitos, anotficaglo referida no m 2.do artigo anterior deve conter 9 designagto do {sbitro ou drbtros pela parte que se propée instaurara acco, bem ccomo’o convite dirigido & outr parte para designar 0 ébitro ou ‘rbitsos que Ine cabe indicar, 4; Se‘ Atbitro tito Yor desighado por acordo das partes, a nbtficpio deve contr aindicaglo de ébitropropostoe oconvite ‘outra parte para que 0 aceite, $5. Casopertengaaterceiroadesignagao de um oumais ébitros © tai designago nfo tenis ainda sido feita, deve o terceiro ser noutigido para a eféctuar¢ a comunicar a ambas as partes. 6, Seas partes nfo tiverem designado 0 bitro ou os érbitros nem fixado o modo da sua escotha nfo houver acordo entre elas quanto a essa designaglo, deve cada umpa indicar um ébitro, ‘menos que acordem em que cada uma delas indique mais de um ‘emmimero igual, cabendo aos frbitros assim designados aescolha do drbitro que deve completar a consttuigdo do tribunal 7. Bm todos 0s casos em que falte nomeagio de érbtro ou {vttos, em conformidade com o disposto no presente atigo, ‘tbe essa nomeagao ao presidente de um organismo 1 SERIE — NOMERO 21 {nsttuctonalizado de arbitragem escolhido pelas partes ou em quem este delegar e, de acordo quanto & escotha deste ‘organismo, ao tribunal judicial a pedido de alguma das partes. 8. A nomeaglo a que se refere o nimero anterior pode ser sequerida passados oito dias sobre a notficago prevista no n.°3 do presente artigo ov acontar da nomeagao do iltimo dos érbitros questo confiada a um organismo stitucionalizado de arbitragem ou ao tribunal judicial, nos termos do n.° 7 do presente artigo, no & susceptivel de recurso. 10, Quando nomearum érbitro,o organismo institucionslizado dearbitragem ou otribunal deveterem contatodas as qualificagdes ‘exigidas a um érbitro pelo acordo das partes ¢ tudo aquilo que for relevante para garantira nomeagto de um érbitro independents e imparcial e, quando nomear um érbitro nico ou um terceiro fbitro, deve ter igualmente em consideraglo o facto de que poderd ser desejavel a nomeagdo de um érbitro de nacionalidade diferente da das partes, ARTIGO 19 (Requisitos dos érbitros) A designagio dos rbitros deve recair sobre pessoa que no momento da aceitagdo da sua nomeagio cumpra os seguintes requisites: 4) ser pessoa singular, maior e plenamente capaz; 1b) preencher 0s requisites exigidos pela convencto de arbitragem ou pelo organismo intitucionalizado de arbitragem, designado pelas partes, nos (ermos don 1 do artigo 17 desta Lei. ARTIGO 20 (Liberdade de aceitagio e fundamentos de recusa) |. Ninguém pode ser obrigado a funcionar como érbitro mas, se ocargo tiver sido aceite, 36 serd legitima a escusa fundada em ‘causa superveniente que impossbilite o designado de exercer a fungi, 2. Quando uma pessoa for consultada, com vista sua eventual nomeago como érbitro, deve fazer notar todas as circunstincias ‘que possam levantar fundadas ddvidas sobre asua imparcialidade ow independéncia. A partir da data da sua nomeagfo e durante todo 0 processo arbitral, o ébitro deve fazer notar sem demora is partes as referidas circunstincias, a menos que jé 0 tenha feito, 3. Considera-se aceite o encargo sempre que a pessoa designada revele a intengio de agir como érbitro ou no declare, por escrito dirigido a qualquer das partes, dentro dos cinco dias subsequentes & comunicagio da designagio, ue nfio quer exercer a fungio. ARTIGO 21 (Impedimento e escusas) 1, Ninguém pode, em razio da sua nacionalidade, ser impedido de exercer fungies de Srbitro, salvo convengto em ccontrério, das partes, J2DEJULHO DE 1999 2.Aos érbitros designados € aplicével oregime de impedimentos © escusas estabelecido na lei de processo civil para os jufzes, sem prejufzo da eventual responsabilidade dos mesmos por terem aceite a designago conhecendo o impedimento. 3. Salvo convengio em contrério das partes, no pode ser designado como érbitro quem tenha exercido as fungdes de ‘mediador em qualquer processo arbitral ou judicial relativo a0 litigio objecto de tentativa de arbitragem, excepto se a nomeagdo partir de érbitros designados e se destinar a provir o lugar de terceiro frbitro ou presidente do tribunal arbitral 4. Um érbitro 36 pode ser recusado se existirem circunstincias ‘que possam levantar fundadas dividas sobre a imparcialidade ou independéncia ou se ele no possuir as qualificagées que as partes convencionaram, Uma parte s6 pode recusar um érbitro que tiver ‘nomeado ou em cuja nomeagdo tiver participado por uma causa de que apenas tenha conhecimento apés esta nomeacio. 5. 0 arbitro que, tendo aceite o encargo, se escusar injustificadamente ao exercicio da sua fungdo responde pelos danos a que der causa nos termos da ARTIGO 22 (Deontologia dos érbitros) 1.0 fbitro nfo deve: 4) representar os interesses de nenhuma das partes; ) receber, antes, durante ou depois da arbitragem qualquer remuneracdo, prémio ou vantagem monetéria ou de outra natureza, por parte de qualquer outra pessoa com imeresse directo ou indirecto no ltigio. 2.0 fabitro deve: 4) ser desprovido de qualquer ligago familiar, hierérquica, negocial ou de outro tipo de interesse com alguma das partes ou com o grupo a que esta pertence ou revelar As partes imediatamente apés a existéncia de ligago, ‘conbecimento ou interesse, da sua existéncia, nfo ‘obstante considerar que tal nfo é motivo para abster-se de arbitrar; ) proceder, com absoluta imparcialidade,,independéncia, lealdade e bos ©) assegurar que as partes slo tratadas numa base de estita igualdade nomeadamente, diligenciando para que em todas as circunstincias, no desenrolar do processo, cadauma das partesbeneficie das nformag6es uilizadas pelas outras partes; 4) velar pelo direto de cada uma das partes a um processo justo; ¢)tratar as partes os seus representantes, as estemunhas 0s peritos com diligéncia, atenglo e cortesia; A) manter a confidencialidade da detiberacio, mesmo em relagio & parte que o designou; 8) decidir segundo o direito constituido ou a equidade, ‘mesmo se uma das partes 0 designou como érbitro & determinar-seexclusivamenteem fungiodos elementos. do litgio revelados pelos debates do contraditéri 126-43) 4) assumir que a aceitagio da fungi de érbitro implica dispor do tempo necessério A arbitragem do litigio, salvo em caso de forga maior em que deverd advertirdo seu impedimento legitimo, que poderé levar & sua substituigdo, se assim for determinado pelas partes; ‘tespeitare fazer respeitar as regras de processo aplicével, ficandoadstritoa velar paraqueomesmosejaconduzido com diligénciaeimpedindo qualquer manobra ilat6ra, 3.Emcaso de falta deontolégica nos termos consignados neste artigo, as partes podertorequerer arentncia s fungSes de érbitro, rnomeando substituto nos termos do artigo seguint. 4. Os frbitros s8o responsdveis pelo exercicio desleal ou fraudulento dasua fung%o, pelos danos causados epelas violagdes da lei cometidas durante a arbitragem, 5.0 firbitro que se negue a assinar adecisto arbitral ou que nto fundamente por escrito as razBes da sua discrepincia ov voto particular, poderd ser sancionado com a perda de honorérios. ARTIGO 23 (Recusa e substituicio dos érbitros) 1, Sem prejutzo do disposto no n° 3 do presente artigo, as partes podem, por acordo, escolher livremente o processo de recusa do érbitro. 2..Na falta de tal acordo, a parte que tiverintengdo de recusar tum érbitro deverd expor, por escrito, os motivos da recusa a0 tribunal arbitral, no prazo de quinze dias a contar da data em que teve conhecimento da constituigao do tribunal arbitral ou da data ‘em que eve conhecimento das circunstincias referidas non.*2do, artigo 20 ou do n° 2 do artigo 22. Se o ébitro recusado nio se )acordoentreas partes quanto avencerramentodo process; 6) constatago, pelo tribunal arbitral, de que a prossecugdo Adoprocesso se trou, por qualquer razo, supérflua ou impossfvel. 3 Adecisiode extingao€ aplicavel o disposto no artigo 39com as necessdnias adaptagSes 4 © mandato do tribunal arbitral finda com a exungao do procedimento, sem prejuizo do disposto nos artigos 45 © 48 da presente Lei ARTIGO 41 (Suspensio) ‘As pares, de comum acordo e mediante comunicago esenta aos érbrtros, podem suspender o procedimento arbitral antes de profenda a decisio, por um prazo maximo de um més, contado a partir da dluma notficagio efectuada no processo. ARTIGO 42 (otificagio, depésito e divulgagio da sentenca) 1. O presidente do tribunal mandard notificar a'tomada de

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