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Antnio Torrado
escreveu e
Cristina Malaquias ilustrou
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APENA - APDD Cofinanciado pelo POSI e pela Presidncia do Conselho de Ministros
Repare que, dantes, nos dava pela cintura e agora est
mais alto do que ns dizia-lhe um dos vigaristas,
agachado, a fazer de conta.
Por enquanto, no olhe para baixo que sente vertigens
dizia o outro, de joelhos.
Foram-se embora com o vitelo, a rirem-se.
O rapazinho andou pela feira com a aba do chapu
enfiada at ao pescoo, que parecia um babete ou uma gola
de fazer rir. volta dele, riam-se, mas Z Pequeno, muito
empertigado, no dava troco. At que percebeu, afinal, que
continuava da mesma altura.
Correu, desesperadamente, atrs dos aldrabfonos. Pois
sim. Onde que eles j iam....
Mas no desistiu. Meteu por uns atalhos, correu que nem
um danado e foi ter a uma curva da estrada, por onde
haviam passado os finrios. Quando os viu, escondeu-se e,
fazendo voz grossa pelo meio de uma cabaa, como se
fosse altifalante, vociferou:
Parem, em nome da lei. Eu, sargento Vioso, sargento
da Guarda Republicana, intimo-os a largarem o vitelo,
seno disparo.
Eles, que tinham a conscincia pesada, aterrorizaram-se,
de mos no ar, a tremer. Ento o Z Pequeno acertou uma
pedrada num, acertou uma pedrada no outro e f-los provar
o p da estrada. Com os dois homens desmaiados,
estendidos sua merc, o rapaz era o mais alto. Recuperou
o vitelo e voltou para a feira.
Feliz com o seu sucesso, sentia-se, subitamente, mais
crescido. E at talvez estivesse. Era mesmo muito natural
que, depois daquela aventura, tivesse dado um grande pulo.
FIM
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