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Jaciara de Sá Carvalho (jaciara@paulofreire.org)
Anderson Fernandes de Alencar (alencar@paulofreire.org)
1) Apresentação
A Internet é uma rede de computadores que tem permitido diversos agrupamentos de
pessoas, por meio de ferramentas de informação e comunicação, reunidas por
possuírem interesses em comum. São as chamadas redes sociais, comunidades
virtuais, redes de aprendizagem, comunidades virtuais de aprendizagem, entre outras
denominações. Esses agrupamentos apresentam semelhanças, mas também
especificidades e, todos eles, sem exceção, permitem novas aprendizagens. Podemos
aprender nas mais variadas circunstâncias, tempos e lugares, contudo a existência de
aspectos em comum não nos exime a necessidade de estabelecer diferenças. Elas nos
auxiliam a conhecer melhor esses agrupamentos e aproveitálos como estratégias
pedagógicas.
2) O que
De modo geral, uma rede social online é um grupo de pessoas reunidas na Internet a
partir de interesses semelhantes. Não importa por meio de qual ferramenta se
reúnem. Elas podem dialogar por meio de um blog, da troca de emails, de uma lista
de discussão, de um ambiente próprio para abrigar agrupamentos, etc. Nestes, são
fundamentais as interações, base para a estrutura, organização e dinâmica de sistemas
como as redes sociais (RECUERO, 2005). Uma rede social online, portanto, existe
enquanto seus integrantes dialogam.
Uma comunidade virtual é uma rede social online, mas na comunidade, o diálogo e a
colaboração entre as pessoas são mais freqüentes, gerando um grau de
comprometimento entre elas. A intensidade nas relações, portanto, seria o elemento
distintivo entre as redes e as comunidades virtuais (CARVALHO, 2009).
Tanto em rede quanto em comunidade, as pessoas aprendem umas com as outras,
compartilhando informações, desafios, conquistas, descobertas. Esses agrupamentos
são fonte para a atualização profissional, qualificação da prática, a resolução de
problemas, propiciando prazer no ato de dialogar com alguém que pode entendêlo e
ajudálo.
Nas redes e comunidades virtuais, o educador se alimenta de novidades e de outras
práticas para melhorar a sua ação de educar. Freire (1996) nos lembra que
aprendendo socialmente se descobre que é possível ensinar. Historicamente, aprende
se a trabalhar maneiras, caminhos e métodos de ensino. Portanto, “ensinar inexiste
sem aprender e viceversa” (1996, p. 23).
No entanto, verificamos que alguns agrupamentos mostramse organizados com foco
em processos educativos. As pessoas não estão apenas reunidas em torno de um tema.
Há uma proposta a cumprir, situações didáticas e alguém do grupo que provoca e
estimula a participação dos demais. Essas características distinguiriam as chamadas
redes e comunidades virtuais de aprendizagem dos demais agrupamentos na Internet
(CARVALHO, 2009).
3) Onde e como
A internet foi populada por um sem número de iniciativas e ferramentas com as quais,
com agilidade, qualquer “usuário” pode criar redes e comunidades a partir de
interesses próprios, pode “abrir” seu blog como uma página pessoal, pode
disponibilizar/ministrar cursos a distância ou mesmo realizar encontros virtuais com
seus pares. A rede, com aqueles que têm contribuído para qualificála, sob a égide da
web 2.0, vem ampliando expressivamente a sua “capacidade” de propiciar
ferramentas de interação valendose integralmente de um site na web.
São ferramentas que não requerem mais espaço em seu disco local, no HD (hardisk)
para instalação, agora são completamente web, por isso mais democráticas, obrigando
somente ao usuário final a utilização de um sistema operacional, seja ele qual for
(GNU/Linux ou MS Windows, por exemplo), e um navegador web como o Mozilla
Firefox. Nesse sentido, qualquer pessoa com acesso a computador e a internet pode
utilizarse destes recursos que, normalmente, são gratuitos.
Essas aplicações podem ser utilizadas para os mais diversos fins. Apesar do grande
número de ferramentas que podem ser utilizadas para potencializar a prática
pedagógica e propiciar a formação de redes de ensino e de aprendizagem,
selecionamos quatro iniciativas que consideramos relevantes compartilhar neste texto,
aprofundadas em nossa palestra. É importante ressaltar que todos os softwares
selecionados são softwares livres1 e gratuitos. Usar software livre é associarse a um
movimento de colaboração e e compartilhamento do conhecimento próprio da
natureza da Internet (ALENCAR, 2007).
Entre as iniciativas, destacamos:
a) Cursos a distância com Moodle: um sistema de gerenciamento de curso, também
conhecido como um sistema de gerenciamento de aprendizagem ou um ambiente
virtual para aprendizagem;
b) Redes Sociais com Noosfero: plataforma web para a criação de redes sociais que
possui as funcionalidades de Blog, ePortfolios, RSS, discussão temática e agenda de
eventos, entre outras;
1
Software livre, segundo a definição criada pela Free Software Foundation é qualquer programa de
computador que pode ser usado, copiado, estudado, modificado e redistribuído sem nenhuma restrição.
A liberdade de tais diretrizes é central ao conceito, o qual se opõe ao conceito de software proprietário,
mas não ao software que é vendido almejando lucro (software comercial). A maneira usual de
distribuição de software livre é anexar a este uma licença de software livre, e tornar o código fonte do
programa disponível. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_livre>. Acesso
em: 15 mar. 2009.
c) Reunião Virtual com o Dimdim: que permite vídeo/áudio conferência via
navegador web
d) Blogs em WordPress: que permite a criação de blogs pessoais, de escolas ou
mesmo universidades.
Referências