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2B MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL 2.1 —Velocidade média AAanalise do movimento é um problema fundamental em fisica,¢a forma mais simples e abordi-la € considerar primeiro os conceitos que intervém na descri¢do do movimento, (cinematic, sem considerarainda o problema de como determinar o movimento que e produz uma dada situagdo sia (dindmica). No presente capitulo, para simplifcar ainda mais @ aiscussio, vamo-noslmitar a0 movimento em uma s6 dimensio — por exemplo, o movimento, «dem automdvel em lina reta ao longo de uma estrada, Como muitos aspectos da cinemtica so dscutidos no curso secundério, vamos restringir 0 tratamento a apenas alguns t6picos centrais, Para descrever o movimento, precisamos em primeiro lugar de um referencial, que, no «aso unidimensional, & simplesmente uma reta orientada, em que se escolhe a origem O; a posigdo de uma paticula em movimento no instante ¢é descrta pela abscissa correspondente M0, Concretamente, pademos pensar no Sseguinte exemplo: xi) € a posieao na es: trada, no instante t, ocupada pelo para- choque dianteiro de um carro em movi- ‘mento ao longo da estrada (em tinh ret). Poderiamos determinar x), por exemplo, Fgura Nowmenio unidimensional filmando 0 movimento do carro e depois snalsando uma a uma as imagens do filme, Sabendo quantas imagens por segundo sio tiradas pela lmador, saberiamos ointervalo de tempo at {uma fragdo de segundo) entre duas imagens onsecutivas do filme, e poderiamos assim obter 0 valor de x nos instantes: 0, Al, 2A bastante proximos entre si {poderiamos também estar fllmando simultaneamente um ‘rondmetrofixo em primeiro plano, para definir o instante correspondente a cada imagem) ‘Outro método de “congelar” a posigdoinstantinea de um objeto em movimento étirar uma fotografia de exposicdo miltpla em que 0 objeto ¢iluminado a intervalos de tempo At regulares por um “ash” ultra-répido (estroboscopia).O aspecto de uma fotografia dese tipo para uma bolinka em queda livre ao longo de uma régua graduada esté esquematizado na figura 22, Por um qualquer destes métodos, podemos construi uma “tabela horéria" do movimento do tipo w{olr{2{3 xim! 0 Toa Taal a5 lo 2 MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL ‘ou um grafico, do tip: vi) 149) Figura 23 Grito de um movimento 0 movimento mais simples € 0 movimento uni- dense | fommsnqns gitar Cansrae wosavte ex Fgura22 Visio etrobospica de wma Este movimento se caracteriza pelo fato de que per- bin em queda lone ‘curses iguais x= 19—7 er Imtervalos de tempo igus at = == (2 ‘A velocidade do movimento € definida por 2X lFig, 24 so descritos A Malet) a2) aah u seja, €a razdo do deslocamento ao intervalo de tempo que ee leva para se produzr.Graficamente, v representa o coeficiente angular da reta no grafico x xt (v=b para a( 21.1), A velocidade se mede em mis (2 m-s:), ou emis, oukm/,., conforme as unidades adotadas. Note que \pode tomar tanto valores positivos como negativos; pela (2.1.2), v <0 quandp ax <0 para at > 0, ou sea, ‘quando 0 movimento se di no sentido dos x decres” centes (marcha-a-ré, no exemplo do carro!) Poderia- Figura24 Grificodeum momenta ms chamar de "rapidea" o valor absoluto da velo- reine wore cidade, I. Se aplicamos a (2.1.2) tomando para f; um instante t qualquer e para t instante inicial -com MM)= 9 (Posigio nici, e13) ‘obtemas a “let horéria" do movimento retilineo uniforme: @aa) Qualquer movimento rtilineo ndo-uniforme chama-se “acelerado".Podemos estender a (2.12)a um movimento acelerado definindo Y, , a velocidade média entre os instantes ty € th, om at) =, Ml) = Ae, AY = XX T= ety BOE Fg = Mtelaty) _ ax Fats = 15) re gat ae 22 —VELOCIDADE INSTANTANEA 25 «que representa geometricamente,conforme vemos na Fig, 25,0 coeficiente angular (= tg 4) da corda que ligaasextremos 1 e2do arco de curva correspondente ro grifico xx tA velocidade média entre ty €f cor. Fesponde portanto a velocidade de um movimento uniforme que, partindo de a(t) em ty chegasse a xt) emt ‘Assim, para um carro que pereorresse a eatrada Sao Paulo-Rio (suposta retilinea) em dez horas, a ‘velacidade média entre partda echegada seria de400, kn/10 h = 40 km/h, Mas isto informa muito pouco Fgura 25 Inerpreaci grometica da Sobre 0 movimento durante o percurso. O carro locdade més poderia ter parado durante algumas horas em algum ponto intermediério, e poderia ter dlesenvovido velocidades médias bem maiores em algumas etapas do percurso. Seria bem mnas informativo dar o valor de V em diferentes etapas do percurso,e isto descreverla tanto melhor o mavimento quanto mais curtas as etapas, pois o erro cometido ao aproximar trechos Curtos do percurso por movimentos uniformes vai diminuindo & medida que encurtamos ees trechos, 2.2 — Velo (Que significa “velocidade num dado instante"? Para ilustrar este conceito, vamos parafrasear uma anedota utlizada por Feynman em seu curso (veja a Bibliograia no final do lvro). Ela tem a forma de um dislogo entre um ‘esludante(E,) que estava drigindo seu carro de forma a ndo chegar atrasado na aula de fisica {60 guarda (G.) que o fez parar, acusando-o de excesso de velocidad: G. Oseu carro estava a 120 km/h, quando o limite de velocidade aqui é de 60 knw’! E> Como que eu podia estar a 120km por hora se sé estavadirigindo aqui hé cerca de ‘minuto, e nao durante uma hora? Gs Oquequero dizer é que se continuasse em frente dojelto que estava, eri percorrido 120 kmem uma hora Ez. Setivesse continuado sempre em frente cu tera ido ater no prédio da Fisica! GB, isso seria verdade se tivesse sequido em frente por uma hora. Mas, se tivesse continuado em frente por 1 minuto, teria percorrido 120 kn/60 = 2 km, eem ts teria percorrido 2 km/60 = 33,3 m, e em 0,1s teria percorrido 3,33 m, e teria dado perfeitamente para prossequir durante 0.1. Es Maso limite de velocidade & de 60 kmh, e ndo de 1,65 m em 0.1! Gs Ba mesma coisa 0 que conta € a velocidade instantanea. Ltvzemos apeto a um grau considerivel de icenca poeta nos dores de G. em matéra de ‘conhecimentos defsica ede paciéncla, mas € preciso reconecer que E. também tem um pouco de razio: € permitido exceder o limite de velocidade em intervalos de tempo fextremamente curtos, como nas ultrapassagens! | velocidade de um carro usualmente nio sofre nenhuma alteragio apreciavel em intervalos de tempo < 0.1 s, de modo que néo 6 precso, neste exemplo, tomar intervalos menores, Se necessério, para calcula a velocidade instantinea com preciso cada ver maior, poderiamos considerar © espaco percocrido em 10% s, 10° s, .. Quanto menor at (e em ‘consequéncia também o Ax correspondente), mas o valor de awa se aproxima da velocidade instantinea, Jade instantinea 26 capitulo? ~ MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL Exemplo: Na experincia de queda livre da bolinha (Fig.2.2),0 grfico xx ttema forma de uma parabola (Fig. 26), x= at, onde, para xem me tems, o valor deaseria=5 mis’: tomemos xigese® @2a) Qual é a velocidade instantdnea para t = 1 62 Com centro no instante t= 1, clculemos a velocidade ‘média (2.1.5) a partir de instantes anteriores e para Instantes posteriores,tomando at= 1s, 01s, 01's 1-0 xt2)-x(0) tat (1) x(0.99) _ 5,0000 1-099" 100-099 Fw BLOM) x(t) 5.1005 — Mei T 01-00” 1.01— Como a parabola é uma curva cOncava para cima, o coeficiente angular da corda que liga dois pontos da curva vai aumentando & medida que subimos na curva, deforma que a sequénciaacima deve representar aproximagdes altenadariente por falta e por excesso da \elocidade instantinea v para f= 15:8 m/s Feat AREA At AEST 4954110 quando at +0 Note que, quando at ->0, também Ax +0, mas o quaciente Av/at tend a um valor init, 10 m/s no exemplo acima, Para uma fungdo x), o limite 22) 22 VELOCIDADEINSTANTANEA 27 chama:se derivada de x em relago @ no ponto ty. Note que dx e at sto notagdes. ‘No exemplo acima da funcao (2.2.1), obtivemos: A (Be emma ‘A notagio “lim" (mite) para At 0 significa que podemo-nos aproximar tanto quanto ‘uisermos do resultado exato tomando arsufcientemente pequeno, como fzemos nos cdlclos ‘huméricos da pg. 26, O limite acima nem sempre existe para qualquer fungao det; quando teste a fungi chama-seiferencidvel no pont, Geralmente, estaremas idando com fungdes aiferencivels. Exemplo: Calcular a derivada de = x(t+ At) = alt + AtP + blt+ st)+o=at?2t att (At)?}+ bit + Ath+c Ax = xit+ At) x{t)=2 at At + alae? + bat Ax ax) es Este exemplo também ilustra os seguintes resultados imedlatos: a derivada de uma constante &nula; @derivada de uma soma é a soma das derivadas;, a x Glntel=aS% (a= constante) e235) © resultado anterior para a (22.1) um caso partcvlas, comb =e=0:a=5:t=4 ‘A elocidade instantinea we) num instante ¢ qualquer, num movimento descrito por x= x0, dada por & vo=F 25) Da mesma forma que a velocidade média, @ velocidade instanténea também tem uma interpre- tagio geométrca simples no grafico xx, Vimos que 4 «yo4¢€0 Coeficiente angular da conda PP queliga los pontos Pe do gréfico associados aos instantes ty et; +Ar(Fig.2.7).A medida que at-+0, P’se aproxima de Pe avat tende ao coefciente angular da tangente ‘TT’ icurvano ponto P.Logo, a velocidade instantnea Mt) representa o coeficiente angular da tangente ao grafico xx tno ponto ty &o que se chama de "declve” da curva neste ponto, Esta € também, de forma mais ‘eral. ainterpretacio geométrica da derivada did ‘la mede a “taxa de variacao de x com f Fig erp gone ‘A inerpretagio geomética da deivada mostra. Smads. Oe 28 ‘imediatamente Fig.2:8) que dv/t > Onum ponto onde x esté crescendo com t, det t) Se 0 movimento for uniforme, como na (2.1) velocidade instanténea e velocidade média se con- fundem, v= ¥= constante, eo grafico éuma reta ralela ao eixo das abscissas (Fig, 28). Pela defnigio | develocidade méaia, o espaco percorrido entre tye 2 ot Fgura 29 paca peor como sea Agar, = Hlty) = xt poatlle —)= Wt )= Mh) 23.) ue, conforme mostra Fig. 29, tem uma interpretacio georiétrica simples: 6 drea da porgio do grafico vx tsituada entre o grafico oeixo das abscssase limitada pelas ordenadts em et } ____Note-se quea “rea” assim definida pode ser po- sitiva ou negativa, conforme sea v > 0 ou v <0 (Fig 4 * 2.10), ou seja, uma dreasituada abaixo do eixo Ot tem ‘ "| de ser tomada como negativa (0 que significa sim. plesmente att) < af), ou se, movimento para tris. Consideremos agora um movimento néo-uni- {orme, em que v é uma fungdo qualquer det (Fig, 2.10), Imaginemos o intervalo [t,t] subdividido em um Figura 2.10 Arca nega, ‘grande mimero de pequenos intervalos de larguras Ay, Aly. por pontos de subdivisio ttt ..(Fig.) onde G = f+ At = 6 + Als = + Aty «Se os intervalos af (i= 1, 2 3.) forem suficientemente pequenos, a velocidade variard muito pouco em cada um desses intervalos,e podemos clculara distancia percorrida em cada um aproximando a velocidade média nele pela velocidade num de seus pontos, por ‘exemplo, oextremo esquerdo de cada intervalo 25 —ormORLEMMINVERSO 29 8g = MEX jag = E)= AG gag URI) Far = VE), ¥ able = WM ats =a Somando membro a membro estas 3 relagdes, ‘obtemos o deslocamento total entre fy € dt) =f) = VE A, + VEE + EEO, e & caro que, se prosseguirmos até tp, obteremos a ‘soma das contribuigGes de todos os subintervalos em ‘que t,t] fol divi: Figura 2.11 Divisio om saints atta) att)= Stee 232) Graficamente, conforme mostra Fig. 2.11, ceda termo da soma € rea de um retingulo, a soma (2.3.21 € & érea compreendida entre o eixo Ot e uma linha poligonal "em escada” Inseritana curva vx tentre ef ‘A soma (2.32) se aproxima tanto mais do resultado exato quanto menores forem as subdivisbes At, Logo, no limite em que os At tendem a zero, deveros obter: iY vnay= Areg entre acura vt ‘aa eoexo Ot det le lta} O limite (2.3.3) & chamado de integral definida de vi) entre os extremos ty € te € representado pela notacio im, Fteae= fone © simolo [de “integral” é uma deformacio do S de ‘Soma’; fet slo, respectivamente, o extremo inferior eo extremo superior da integral. Afungao v0) sob o sinal de J chama-se o Integrando, Note que tem no integrando um papel andlogo ao do indice ina soma (234). €a variivel de integragdo, e pode ser representada por qualquer outra letra (fv, v, da mesma forma que podemas chamaro indice de soma de jk. em lugar de 'Métodos de célculo de integrais serdo vistos no curso de Célculo Diferencale Integral doponio de vista do céleulo aproximado, a (23.3) mostra que o problema se edu a calcular a rea compreendida entre uma curva e o eixo das abscissas (levando em conta que areas siluadas abaixo do eixo devem ser contadas como regativas), 0 que pode ser feito aproximadamente, tragando a curva em papel quadriculado e contando qadriculas. Como aplicagao, consideremos um movimento caja volocidade wt) & dada pela (2.2: wre2areb e335) ‘A direa a caleular neste caso € 0 trapézio som- breado na Fig. 212 Figura 212 Fae deep 30___Capitulo?~ MMOVIMENTO UNIDIAMENSIONAL Temos ent, pela (2.3.3), s(t) ~ x) = Area do trapézo = Semi-soma das bases x Altura = Hv + ¥2)te~) 0 que comparando com a 21). implica que, neste movimento, 1 Hv(t}evteat e236) ‘ou seja, que a velocidade média num intervalo & a média aritmeética das velocidades nos ‘extremos do intervalo. Substtuindo na (23.6) 08 valores devi) vt). vem Fiat alt +4) oquedé lly) alt al) =) an ‘que coincide com o resultado obtido a partie da lei hordria (2.2.3) (e dé o valor da integral definida (2.34) quando vt) é dado pela (235) ‘A(2.37) pode ser aplicada, em particular, tomando para f 0 instante nical, =0,€ para ‘um instante genérico . Chamando M0) = calor inicial de n (2.3.7) dé entao: x(t)= x(0)+at8 + be= at? + bt +e 23.8) ‘ou seja, este processo de “integracio" nos permit recuperar ale horéria (22.3) a partir da ‘expressio (22.4) da velocidade e do valor iniial de x Matematicamente, a (22.4) se chama uma equa¢do diferencia! para a fungao incognita lt (porque a derivada da funcdo incdgnita aparece na equagio). Passamos da (224) & (238) integrand a equacdo diferencial com a condi inci s(0) 2.4—Aceleracio ‘Temus todos una noyiy intiliva do Conceito de “aceleragao”Ipor exemplo, 0 eFeito do acelerador num automével, como medida da rapider de variacio da velocidade com o tempo. ‘Assim, dizemos que um carro tem “boa aceleragdo” se¢ capa de acelerar de 0a 120 knv/h em 10's. Conforme vemos neste exemplo, a aceleracdo mede a “velocidade de variagao da velocidade”. Por analogia com a (2.1.5), podemos definir primeiro a aceleragdo média no intervalo [tt por Atg)= vit) _ ae ean Assim, no exemploacima do caro, aacleragdo médianointervalo dea 10s seriade namis S308 saa0m/ 10s, a itustrando o fato de que, se tomarmos 0 metro como unidade de comprimento e o segundo ‘como unidade de tempo, a unidade de aceleragao é 1 m-s", ‘Tomando sempre f,> fy, vemos que a aceleragdo média é positiva quando v cresce de para t,, € negativa quando decresce : se v> 0, v eresce ou decresce conforme jy cresca ou decresga, mas se v <0 é 0 contrrio: v cresce quando |v decresce. Assim, no exemplo do carro, em_marcha-i-trente, a aceleragao € negativa quando o carro esta friando, mas em ‘marcha-i-ré € 0 contrério: frelar em marcha-a-ré corresponde a uma aceleracio positive 24 ACELERAGAO, A aclerago méda pode geralmente se varvel durante o movimento, econsieracies andlogs isda Sogo 22 leva nos a defn aacelerag nstantinea at mum instante por eae. crezaee25n my) 4 “at 25) a ee ‘ou sj, a aceleracdo instantinea é a derivada em relacdo ao tempo da velocidade intanténea, Substituindo x0) na (24.2) pela 2.2.5), obtemos aya) Fr Gs eas xidt. ‘Ainterpretago geométrica da derivada (Seco 2.2) se apica & (2.4.2) num grafico vx, at) 0 coefciente angular da tangente& curva no ponto correspondente ao instante t Consideremos por exemplo oseguinte grafico xt, que poderia representar o movimento 4o automével no exemplo da Sega 2.1 xem) Figura 2.13 Fong em fncio do tempo, Note que o carro parte da origem em t= 0 eacaba regressando & origem em t= fy Com 0 auxlio da interpretagdo geométrica da derivada como coeficiente angular da tangente & curva, podemos esbocar pelo menos qualitativamente o grafico da velocidade Instantinea associada a esse movimento: aly Marcha-i-fente igure 2.14 Velodade em fonco do tempo. 32___Capitlo? — MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL Como ata) x(0) = 0, a (23.8) implica que a drea foal entre a curva e 0 eixo Ot &= 0, ou ‘eja, que drea positva (acima do eixo)éexatamente cancelada pela rea negativa (abaixo do eo), 0 aritico da aceleracdo instantinea se obtém de forma andloga do grfico vx ams Marcha-i-freote Figura 2.15 Aclralo em Fungo do tempo. Note a correlacdo entre osinal de a(t ea interpretacdo em termos de aceerar ou frear 0 carro, que ¢avferente para marcha-atrente e marcha-a-re, conforme a discussao acima Aqui também podemos considerar 0 problema inverso, de determinar a variagZo de velocidade entre doisinstantes, conhecendo). A solugdo se obtém imedistamente das(2.3.3) (2.34), bastando trocar x v, va celar exatamente a area acima de Ot (no grafico a x t), e 0 mesmo vale para o intervalo It, ta. 2.5 — Movimento retilineo uniformemente acelerado Um movimento retlineo chama-se uniformemente acelerado quando a aceleragio Instantanea & constante (independente do tempo}: wer at at? constant esa PPodemos usar as técnicas de solucao do “problema inverso” (Seco 2.31 para determinar ‘lei hordria de um movimento uniformemente acelerado. Para isto, consideremos o movimento durante um intervalo de tempo [yt onde ty & 0 “instante inicial”(Ireqientemente se toma t= 0, A(244) da via) foateat-t9 asa «que éa dea do retingulo hachurado na Fig, 2.16 (compare com a (23.1). 225 MOVIMENTO RETILINEO UNIFORMEMENTE ACELERADO 33, O valor wig)= Yo 53) avelocidade no instante incial chama-se velocidade ini A (25.2) dé entao [Woz ve alt= 10) esa) | om ‘aaa rmostrand que a velvidade € uma funyao tinear do gars 216 Tega dealer tempono movimento uniformemente acelerado. Esta oe {precsamente a situagaojéanalisada no caso da (2.3.5), de forma que o resultado (2.3.6 vale para qualquer movimento unformementeacclerado: a velocidade média num intervalo € a Imédiaartmética das velocidades nos extremos do intrvalo. Poderiamos obter lei hordria simplesmente adaptando a (2.3.7) notagao da 25.4)(em particular, 2a na (2.38) correspond a ana (2.54), mas €instrutivo recalcular 0 resultado de forma um pouco diferente, elas (2.3.3) € 234), stents fur ess) ‘onde chamamos de a varivel de integragdo (veja a 7 discussio apés a (2.34) para evitar confusio com t, 0 Aree fate ai? fextremo superior da integral. A ares do trapézio, | fis Fa=ay conforme mostra a Fig. 2.17, pode também ser caleulada como a soma da rea do retingulo sombreado, que é v(t &), com a érea do triéngulo sombreado, que & 1 fatto) -ts) ovseja Figura 2.17 Ineo da veodade x(0)— alt ety batt eso ‘Analogamente & (2.5.3), definimos 57) como a posigdo inical. A (25.6) dé entio finalmente a lei horiria do movimento retiineo lunrormemente acelerado, x(t tt ba eso) em fungdo dos valores incials x € vp da posigao e da velocidade no instante nical. Do ponto de vista matemdtico, a passagem da (2.5.1) (2.58) corresponde a integragio” 4a equagao diferencial de 2° ordem (25.1) para a funcao incSgnita at) (de 2" ordem porque entra a derivada segunda dx/d), com as condigdesiniciais (25.3) €(25.7). 0 grafico xx de lum movimento uniformemente acelerado € uma parabola. 4 2 = MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL Freqentementeinteressa também exprimira velocidade no movimento uniformemente acelerado em fun¢do da posicio x (em lugar do tempo 0. Para obter esta expresso, basta substituira (2.54) na (258), eliminando t= ou sea, 259) que é expressao procurada. Exemplo: Um motorista fj seu carro uniformemente, de al maneira que a velocidad cai de 60 km/h a 30 km/h em S% Que dstinca caro ainda percorrer depois dso ate para quanto tempo fear para percorer esa dstancia acon? Como ofreiamento uniforme, a aceleracéonstantnea emia se confundem: podemos caleular osu valor pela 25.4 It-ty=5s } km/h 16,66 m/s} a= 4=¥ Y0umineaaemis | ® 4,66 ms? Para calcular a distincia que o carro percorrer até parar, depois de atingir 30 km/h, podemos apicar a (2.5.9) com vp=30 km/h = 8, 33 vse v= 0 (velocidade final, 0 que dé 0 tempo que o carro levaré para percorrer esta distincia adicional se calcula de novo pela (25:4, tomando v= 30 km/h e tty Logo, o carro leva mais 5 para parar. 2.6 — Galileu e a queda dos corpos © exemplo mais familiar de movimento reilino uniformementeacelerado & a queda livre de um corpo solto em repouso. Este foi um dos problemas analisados por Galley em seus trabalhos, que deram origem & era moderna da sca 26 SSS ees ab EUEAQUEDADOSCORMOS 35 (0s gregos da époce clissica encontraram diffculdades intransponiveis na andlise do ‘movimento. E5sasdfculdadesestavam relacionadas com a formulagao dos conceitos basicos {do Célculo infinitesimal (como os de limite, derivada e integral, que nasceram precisamente {4 analise do problema do movimento. No século V A.C, Zenon de Eléia formulou quatro cebres paradoxos, um dos quais, "Aqulles ea tartaruga’, est diretamente relacionado com teste problema: Aquiles aposta uma corrida com uma tartaruga, e € 10 vezes mais veloz que fla. A tartaruga parte antes dele, de modo que esta uma distancia d quando Aquiles parte. Quando Aquiles singe a distancia d, a tartaruga jéteré percorrido uma distancia adicional {/10,econtinuara a frente de Aqules. Quando Aquilestver percorrido d/10, a tartaruga terd percorrido d 100, eassim por diante:a conclusio do paradoxo é que Aquiles nunca conseguira leangara tartaruga. A difculdade basica dos gregos estava em entender quea soma de uma strieinfnita de intervals de tempo que tendem a zero rapidamente (em progressio geo- ‘mdtrcal pode se inita [Como exercico, suponha que atartaruga percorre 10 cm/s Aquiles se desloca a 1 m/s; a tartaruga parte 15 minutos antes de Aquiles, do mesmo ponto inicial Depois de quanto tempo e em que ponto Aquiles alcancaré a tartaruga?l [Na Fisica de Aristoteles(século IV A.C.) a matéria era analisada em termos dos “Quatro tlementos": Terra, Agua, Ar e Fogo, cada um dos quais teria seu “lugar natural": Agua {oceanos)e Terra em baixo, Ar e Fogo (sol, estrelas) em cima. Um elemento deslocado de seu lugar natural procuraria regressara ele: sto explicaria porque a fumaga sobe, ao passo que corpos mais pesados {compostos de Terra”) caem. Segundo Aristoteles, quanto mais pesado lum corpo, mais depressa ele ca: uma pedra cal bem mais depressa que uma gota de chuva, Estas idéias, baseadas em observacdes qualitativas, transformaram-se em dogma e predominaram durante cerca de 20 séculos! Galleu Galilei nasceu em Pisa em 1564, Recebeu a educagdo Aristotéica convencional, tendo sido enviado pelo pai & Universidade de Pisa para estudar medicina. Entretanto, interessou-se mais pela matemitica e consequiu mudar para esse campo. Com 21 anos, teve de deixar a Universidade por falta de recursos e foi para Florenca. Em Florenga, conseguit rapidamente estabelecer uma tal reputacio cientifica que, aos 26 anos, fo nomeado Profes- Sor de Matematica na Universidade de Pea, Passou dois anos em Pisa, onde fez muitos inimigos devido a0 seu esprit independente. Depois mudou-se para a Universidade de Padua, onde permaneceu como Professor de Matemiética durante 18 anos. Foi um grande professor, ‘hegando ater 2.000 alunos em sua “aula magna”, ” Foi em Pisa que Galileu procurou verificar experimentalmente se as idélas de Arstoteles de fato eram validas o queera entdo uma atitude revoluciondria)-Entretanto,acélebrehistria sobre a bala de canhdo e a bala de ful que teria deixado cair do alto da Torre de Pisa para ‘erifcar se a de canhao realmente atingia o solo entes da outra parece ser epécifa. Uma experiéncia desse tipo parece ter sido feta por Simon Stevin, um cientista holandés precur- sor de Galileu, que dea teria td conhecimento. [Em Pidua, Galilew 68 tornoy um defentor da teoria de Copémnico. conforme veremos ‘mais tarde, Vollou Toscana em 1610, como Filsofo e Matemstico da Cort, eem 1632 publicou ‘0 seu "Dislogo sobre os Dois Principais Sistemas do Mundo" defendendo Copérnico. Pouco ‘depos, deu-se 0 choque com a Inquisico, que manteve Galieuvirtualmente como prisionero, Foi entio, jé quase cego, que ele escreveu seu livro mais importante, ‘Discursos e Demons- tragdes Matematicas sobre Duas Novas Ciencias’, contrabandeado para a Holanda e li publicado em 1638, quatro anos antes da morte de Galle. ‘Ambos os livros sio escrtos em forma de didlogo entre 3 personagens: Salvati (que representa Galileu), Simplicio (defensor de Aristdteles) e Sagredo (representando um ‘observador imparcial intligente). Na 1? Jornada, Salviatirefuta Aristeles: 36 Capitulo — MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL “Aristoteles diz que “uma bola de ferro ce cem libras,caindo de cem cubitos* de altura tinge o solo antes que uma bala de uma libra tenha caido de um 56 cibito”. Eu digo que ‘chegam ao mesmo tempo, Fazendo a experiencia, voce verifica que a maior precede a menor ppor dois dedos, ou seja, quando a maior chegou ao solo, a outraesté a dois dedos de altura; vvocé nao pode querer esconder nesses dois dedos os noventa enove cubitos de Aristteles, Galilew atribui as pequenas discrepdncias de tempo de queds, no exemplo citado, a0 eeito da resistencia do ar, que pode afetar bem mais um corpo mais leve, explicando assim as bservagiesqualitativas.em que Aristteles se haseara, Mais tarde, com sinvengao da maquine ppneumdtica, fi possivel verficar que objetos de pesos muito diferentes, de fato,caiam a0 ‘mesmo tempo, quando se eliminava a resistencia do ar, azendo o vacuo. Galle inicia a 2* Parte dos "Discursos” anunciando qual é seu propésit: “Meu objetivo éexpor uma ciéncia muito nova que trata de um tema muito antigo. Talvez nada na natureza seja mais antigo que o movimento, e os livros escritos por flésofos sobre «este tema nao sdo poucos nem pouco volumosos; todavia, descobri pela experiéncia algumas propriedades dele que merecem ser conhecidas e que nio foram observadas nem demons- ‘radas até agora. Foram fetas algumas observacoes superficias, como, por exemplo, a de ‘que 0 movimento de queda livre de um corpo pesado € continuamente acelerado, mas cexatamente de que forma esta aceleracio ocorre ndo foi anunciado até agora, Fol observado que os projéteis descrevem algum tipo de trajetria curva; mas ninguém ‘mencionou o fato de que esta trajetdria € uma parabola. Consegui demonstrar este e outros fatos, nem pouco numerosos nem menos dignos de nota: e,o que considero mais importante, foram abertos a esta vasta e excolentissima ciéncia da qual meu trabalho é apenas o comeco, ‘aminhos e metas pelos quais outras mentes, mais agudas do que a minha, explorardo seus recantos mais remotos”, Depois de definir discutir 0 movimento uniforme, Galleu passa a tratar © movimento Uuniformemente acelerado, definindo-o como aquele em que ocorrem incrementos iguais de velocidade em tempos iguais (Galileu havia pensado primeiro numa definigao em que incrementos iguats de velocidade corresponderiam a percursos iguais, mas logo percebeu {que ela ndo seria satistatoria). Assim, fo o primeiro a define aceleragio. ‘Um estudo experimental direto da queda livre seria muito dificil naquela época, porque (0s tempos de queda nas condigdes usuais sio muito curos. Galfeu resolveu esta dificuldade diminuindo a aceleragdo, com 0 auxlo de um plano inclinado. Em lugar de mediravelocidade fem fungdo do tempo, o que teria sido muito difel, mediv a distancia percorrida por um ‘objeto descendo por um plano inclinado a partir do repouso, mostrando que cresce com {quadrado do tempo, o que, conforme ele havia provado na discussdo anterior, écaracterstico do movimento uniformementeacelerado (vide (258). E interessante observar como Salviti descreve a experiéncia “Foi tomada uma prancha de madera, com cerca de 12 ciitos de comprimento, meio ‘cibito de largura e tres dedos de espessura na beirada dea, foi escavado um canal de pouco ‘mais de um dedo de largura; tendo feito este canal bem reto liso polido,etendo-0 forrado ‘com pergaminho, também tio liso e polido como possivel,fizemos rolar ao longo dele uma bola de bronze dura, isa e bem redonda. Tendo colocado a prancha numa posicao inlinada, elevando uma extremidade um ou dois cdbitos acima da outra rolamos a bola, coma estava dizendo, ao longo do canal, notando, da forma que vamos descrever, 0 tempo necessirio para a descida, Repetimos esta experiéneia mais de uma vee, afim de medito tempo com tal precisio que o desvio entre duas observagoes nunca excedesse um décimo de um batimento ‘do puiso cardiaco), Tendo executado esta operacdo tendo-nos assegurado de que o resultado ST eabito unites onadetasbem PROBLEMS DOCAPITULO? —__37 merecia confianca,fizemos rolar @ bola de apenas 1/4 do comprimento do cana; e, tendo medido o tempo de descida, encontramos precisamente a metade do anterior. Tentamos @ seguir outras distancias, comparando o tempo para o comprimento total com aquele para a metade, ou 23, ou 3/4, ou qualquer outrafragdo; em tais experiéncis, repetidas cem vezes, ‘sempre encontramos que os espacos percorridos estavam entre si como os quadrados dos, tempos, e que isto valia para qualquer inctinagéo do plano. ou seja, do.canal, ao longo do qual Iaziamos rolara bola, Para a medida do tempo, empregamos um grande recipiente com dgua,colocado numa posigdoelevada; um eano de peaiieno didmetro foi soldado 20 fundo do recipient, deivando fscoar um lete de gua, que era coleado num copinho no decurso de cada descida, fosse ela solange de tadoo canal ov apenas de uma parte dele; a Sgua assim coletada era pesada, ap6s ‘ada descida, numa balanga de muita precisdo:as diferencas erazdes desses pesos nos davam. as liferengas e razdes dos tempos, e isto com tanta precisio que, embora a operagio fosse ‘epetida muita e muitas vezes,ndo havia discrepancia aprecivel entre os resultados.” As experincias de Galileu, e muitas outras posteriores, acabaram estabelecendo como fato experimental que o movimento de queda livre de um corpo soto ou langado veticalmente, ra medida em que a resistencia do ar possa ser desprezada, é um movimento uniformemente acelerado, em que a aceleracao & a mesma para todos os corpos (embora sofra pequenas ‘ariagbes de ponto a ponto da Terra). Esta aceleragao da gravidade é indicada por g e seu valor aproximado é o-9amist (26.1) Todos os resultados da Seco 25 (com a=9 ex orientado para baixo} se aplicam & queda livre, PROBLEMAS DO CAPITULO 2 1. Na célebre corrida entre alebre ea tartaruga, a velocidade da lebre & de 30 km/h ea da ‘artaruga éde 1,5 m/min. A distancia a percorreré de 600 m, ea lebre corre durante 05 ‘min anies de parar para una soneva. Qual € 4 durayao manime da soneca para que a lebre nio perca acorrida? Resolva analitcamente e graficamente, 2. Um carro de corridas pode ser acclerado de 0a 100 knv/h em 4 s. Compare a aceleracio ‘édia correspondente com a aceleracio da gravidade. Se a aceleragdo & constante, que istincia 0 carro percorre até aingir 100 km/h? 3. Ummotoristapercorre 10 km a 40 km/h, os 10 km seguintes a 80 kv e mais 10km a 30, kavih, Qual € a velocidade médis do seu percurso? Compare-a com a média aritmética das velocicades, 4. Umavido ajato de grande porte precisa atingir uma velocidade de 300 kmh para decola, fe tem uma aceleracdo de 4 mvS?, Quanto tempo ele leva para decolar e que distincia percorre na pista ate a decolagem? 0 grafico da figura 218 representa @ marcacio ‘do velocimetro de um automével em funcio do ‘tempo. Trace os gréficos correspondentes da ace lecapao e do espaco percorrido pelo automével ‘em fungdo do tempo. Qual éa aceleragio mécia ‘do automével entre t=O.¢1= 1 min? Entre t=2 10 11 1, O13, 14 Capitulo? — MOVIAMENTO UNIDIMENSIONAL Uma particula,incialmente em repouso na origem, move-se durante 10 em linha reta, ‘com aceleragdo crescente segundo ale a=bt, onde 6 0 tempo e b = 05 m/s. Trace os grilicos da velocidade v € da posigdo x da particula em fundo do tempo. Qual 6a expresso analitica de vt? ‘© tempo médio de reacao de um motorista tempo que decorre entre perceber um perigo sibito e aplicar os frets) € dg orem de 0.7, Um carro com bons freios. numa estrada seca, pode ser feiado a6 m/s*,Calculea distancia minima que um carro percorre depois ue 0 motorista avista o perigo, quando ele trafega a 30 kmh, a 60 kh e a 90 krvh. Estime a quantos comprimentas do carro corresponde cada uma das distdncias fencontradas, © sinal amarelo num eruzamento fica ligado durante 3s. A largura do cruzamento 6 de 15m. A aceleragio maxima de um carro que se encontea a 30 m do cruzamento quando 6 sinal muda para amarelo é de 3 mvs, ele pode ser freiado a 5 mst. Que velocidade ‘minima ocarro precisa ter na mudanga do sinal para amareloafim de que possa atravessar ‘no amarelo? Qual éa velocidade maxima que ainda Ihe permite parar antes de atingi 0 cruzamento? Numa rodovia de mao dupla, um carro encontra-se 15m atrés de um caminhio (distincia entre pontos médias), ambos trafegando a 8D km/h. carro tem uma aceleracao maxima de 3mis!.O motorista desea ultrapassar o camino e voltar para sua mao 15m adiante {do caminhdo. No momento em que comega a ultrapassagem, avista um carro que vem vindo em sentido oposto, também a 80 km/h, A que distancia minima precisa estar do ‘outro carro para que a ultrapassagem seja segura? ‘Um trem com aceleraco maxima ae desaceleracio maxima f {magnitude da aceleragdo de freiamento) tem de percorrer uma distancia d entre duas estagbes. O maquinista pode escolher entre (a) seguir com a aceleracio méxima até certo ponto e a partir da feiar coma desaceleragao maxima, até chegar; (b) acelerar até uma certavelocidade, manté-la Constante durante algum tempo e depois Ireiar ate a chegada. Mostre que a primeira ‘opcio & a que minimiza 0 tempo de percurso (sugestio: ullze gréficos vx te calcule 0 tempo minimo de percurso em fun¢ao dea, fed. \Vocé quer treinar para malabarista, mantendo duas bolas no ar, e suspendendo-as até uma altura maxima de 2 m, De quanto em quanto tempo e com que velocidade tem de ‘mandar as bolas para cima? Um método possivel para medir a aceleragdo da gravidade g consiste em langar uma bolinha para cima num tubo onde se fez vacuo e medir com preciso os instants © te de passagom (na subida e na descida, respectivamente) por uma altura z conhecida, & partir do instante do langamento. Mostre que 2 ie ‘Uma bola de voll impetida verticalmente para cima, @ partir de um ponto proximo do cho, passa pela altura da rede 0:3 s depos, subindo, e volta a passar por ela, descendo, 417 8 depols do arremesso. (a) Qual é a velocidadeinicial da bola? (b) Até que altura ‘maxima ela sobe? (c) Qual éa altura da rede? DDeixa-se air uma pedra num poco profundo. O barulho da queda é ouvido 2 s depois. Sabendo que a velocidade do som no ar é de 330 ms, caleule a profundidade do poco. 18 1, 18, PRORLEMASDOCAMTULO? —_39. ‘Um vaso com plantas cai do alto de um edifcio e passa pelo 3° andar, stuado 20 m acima do chio, 05 s antes de se espatifar no chio. (a) Qual é altura do edifcio? (b) Com que velocidade (em ms e em km/h) o vaso atinge 0 chao? Um foguete para pesquisas meteoroldgicas é lancado verticalmente para cima. O combustivel, que the imprime uma aceleragdo de 1,5 g (g = aceleragio da gravidade) durante o periodo de queima, esgota-se apds 1/2 min. (a) Qual sera a altitude méxima atingida pelo foguete, se pudéssemos desprezar a resistencia do ar? (b) Com que ‘Velocidad (em mis e km/h) e depois de quanto tempo, ele voltaria a aungtr 0 sola? griffco da elocidadeem fungao do tempo para -———— uma partcula que parte da origem e se move ao longo do eixo Ox estd representado na Fig 219, | 12) (a) Trace os grificos da aceleracio a} eda posi loan para O

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