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dugao - > de Tensao Este capitulo 6 dedicado ao estudo das tensdes que ocorrem em muitos dos elementos contidos nesta escavadeira, como, por exemplo, elementos de barra, elxos, parafusos e pinos, 1.1, INTRODUGAO © objetivo principal do estudo da me luro engenheiro os meios para analisar e pr inica dos materiais € proporcionar go fu vérias méquinas e estruturas de apoio de carga Tanto andlise quanto o projeto de uma dada estratura envolvem a determin das tensdes ¢ deformagdes. Este primeiso capftulo € dedicado ao conceito de rensdo. so 1.2 apresenia um ripido exame dos métodos bfsicos de estética ¢ sua aplicagio na determinagdo das forgas nas componentes de uma estrutura stp sistindo em componentes conectadas por pinos. A Segio 1.3 apresentard 0 jensdo em uma componente de uma estrutura e mostraré como aquela tensio pode ser determinada a partir da orga na componente. Apés uma breve discussfo da andlise € projeto de engenharia (Segdo 1.4), voo8 estudaré sucessivamente as tensdes nor mais em uma componente sob carga axial (Segl0 1.5), as tensdes de cisafhamento originadas pela aplicagdo de foryas transversaisiguais e opostas (Sega 1.6), € nsies de esmagamento criadas por parafusos e pinos nas componentes que eles conectam (Segio 1,7). Esses varios conceitos sero aplicados na Segdo 1.8 para a de- terminago das tensbes em componentes da estrutura simples considerada anterior mente na Seo 1.2 A primeira parte do capftulo termina com uma deserigéo do método que voce devers usar na soluglo de determinado problema (Seco 1.9) e com uma discussdo «a preciso numérica apropriada nos eflculos de engenharia (Segio 1.10) Na Segio 1.11, em que examinamos novamente um elemento de barra sob carga axial, seré observado que as tensGes em um plano oblique inclu as tensdes normal e de cisalhamento, enquanto na Seglo 1.12 voc8 notaré que sto necessérias seis com- ponentes para descrever 0 estado de tensio em um ponto em um eorpo, sob as con ges mais generalizadas de carga Finalmente, a Segdo 1.13 serd dedicada a determinagio do limite de resisiéncia de um material € 20 uso do coefice no céleulo da carga admissivel para uma componente estrutural feito com aquele material 1.2. UM BREVE EXAME DOS METODOS DA ESTATICA Ne as forgas nos elementos de uma estrutura simples. Considere a estrutura mostrada na Fig, 1.1, projetada para suportar uma carga de 30 KN. Ela consiste em uma barra AB com uma seco transversal retangular de fa seo vocé examinaré os métodos bésicos da estética enquant — Fig. 1.4 Gap. 1 Inbodugdo~ 0 Conceito de Tensio 3 30 X 50 mm e uma barra BC com uma segdo transveisal circular com didmetro de 20 mm, As duas barras esto conectadas por um pino em B e sfo suportadas Por pinos e suportes em A e C, respectivamente. Nosso primeiro passo serf tracer um diagramma de corpo tivre da estrutura, separando-a de seus suportes em A e Ce mostrando as reagdes que esses suportes exercem na estrutura (Fig. 1.2) Note que o croqui da estrutura foi simplificado omitindo-se todos os detalhes desnecesstirios. Muitos de voo8s devem ter reconhecido neste ponto que AB e ‘BC sto barras simples. Para aqueles que nao perceberam, vamos proceder A nossa andlise ignorando tal fato © assumindo que as Wireybes das 1eayies ei A © C sv desconhecidas. Cada uma dessas reagbes, portanto, seri representada por duas componentes, A, A, em A, ¢ C, ¢ C, em C. Eserevemos as trés equagdes de equilfbrio a seguir: sok HEM =0: A{0,6 m) ~ (0 kNY(08 m) = 0 Fig. 12 ‘Ay = +40 KN an sye A+ C,=0 -A, C= ~40KN a2 +TEF, = 0: A+ G,= 30KN =0 A, +.C,= +30kN 3) Encontramos duas das quatro incégnitas, mas no podemos determinar as outras ‘duas a partir dessas equagGes, e nfio pode ser obtida nenhuma equacio indepen- dente adicional a partir do diagrama de compo livre da estrutura, Precisamos agora ‘lesmembrnr a estrutura. Considerando o diagrama de corpo livre da barra AB Fig, 1.3), eserevemos a seguinte equago de equilforio: Fig. 1.3 +52 My = 0: -A(O8m)=0 A,=0 a4) Substituindo A, de (1.4) em (1.3), obtemas C, = +30 kN, Expressando 03 1e- sultados obtidos para as reagdes em Ae C na forma vetorial, temos A=40KN — C,=40kN©,C, = 30kNT Notamos que a reagdo em A & dirigida ao longo do eixo da barra AB e causa ‘compressio naquela componente. Observando que as componentes C, ¢ C, da em C si, respectivamente, proporcionais as componentes horizonial © vertical da distincia de B a C, concluimos que a reago em C ¢ igual a 50 KN, Fx a € dltigida ao longo do eixo da barra BC, e provoca tragdo naquela componente, win} NE Esses resultados poderiam ter sido previstos reconhecendo que AB ¢ BC io barras simples, ou seja, componentes que esto submetidas a forgas apenas os B = em dois pontos, sendo esses dois pontos A e B para o componente AB, e Be C para a componente BC. Sem diivida, para uma barra simples as linhas de ago ddas resultantes das forgas agindo em cada um dos dois pontos sio iguais e ‘opostas © passam através de ambos os pontos. Usando essa propriedade, @ o poderiamos ter obtido uma solugdo mais simples considerando o diagrama de Fig. 14 corpo livre do pino B. As forgas no pino B so as forgas Fyy € Fyc exercidas, respectivamente, pelas componentes AB e BC, e a carga de 30kN (Fig. 1.4a). Podemos expressar que 0 pino B esté em equilfbrio tragando 0 trifngulo de Fn forgas correspondente (Fig. 1.4b). Cs Como a forga Fc esté dirigida a0 longo da componente BC, sua inclinagio a mesma de BC, ou seja, 3/4. Entdo podemos escrever a propargéo Fas _ Fac _ 30kN at ae dda qual obtemos INE Fyp=40KN Fac = SOKN As forgas I”4y € F'gc exercidas pelo pino B, respectivamente, na barra AB © haste BC sdo iguais e opostas a Fyg ¢ Fac (Fig. 1.5). Fig. 15 4 Aesiséncia dos Materials XS @ ; Conhecendo as forgas nas extremidades de cada uma das componen: tes, podemos agora determinar suas forgas internas, Cortando a barra BC algum ponto arbitrério D, obtemos duas partes BD e CD (Fig. 1.6). Como forgas de 50 kN devem ser aplicadas em D, ambas as partes da barra, pa manté-las em equilfbrio, concluimos que uma forga interna de 50 KN é pro- duzida na barra BC quando uma carga de 30 KN é aplicada em B. Verificamos ainda, pelas diregdes das forcas Fgc © Fgc na Fig. 1.6, que a barra esté sob tragéo. Um procedimento similar nos permitiria determinar que a forga in- terna na batia AB é 40 KN © que a barra esid sob compressao, 1.3. TENSOES NOS ELEMENTOS DE UMA ESTRUTURA Embora os resultados obtidos na sego anterior representem uma primeira e necessiria ctapa na andlise da estrutura apresentada, eles nfo nos dizem se aquela ccarga pode ser suportada com seguranca. Se a barra BC, por exemplo, vai se que- brar ou no sob essa carga, depende nfo somente do valor encontrado para a forga interna Fyc, mas também da érea da secdo transversal da barra e do mate- Fial do qual ela 6 feita. Sem divida, a forga interna Fyc realmente representa a resultante das forgas elementares distribufdas sobre toda a drea A da seco trans: rsal (Fig. 1.7), ¢ a intensidade média forgas distribuidas ¢ igual 8 forga por unidade de rea, Fyc/A, na segio. Se a barra vai ou no se quebrar sob 0 feito dessa carga, depende da capacicade do material em resistir ao valor cor- respondente Fyo/A da intensidade das forgas intemnas distribufdas, Tudo depende entio da forga F A forga por unidade de rea, ou intensidade das forgas distribufdas sobre luma dada seco, 6 chamada de tenséio naquela segdo e € representada pela letra grega o (sigma). A tenso em uma componente de Srea de seco transversal A submetida a uma carga axial P (Fig. 1.8) é obtida dividindo-se o valor da carg: pela firea A: 1 da fren A da s9go transversal e do material da barra Serd usado umm sinal positive para indicar uma tensio de tragdo (componente sob wacio} de compressio (compon te em compress). Como nessa discussto sto usadas as unidades métricas do Sistema Interna cional (SI), com P expressa em newions (N) e A em metros quadados (mm), a ensto ose expressa em N/m. ssa unidade € chamada de pasea! (PA), No entanto, considerando-se que pascal 6 um valor extremamente pequeno, na pritica deverto ser usados multiplos dessa unidade, ou seja, quilopascal (KPa), © megapascel (MPa) e o gigapascal (GPa). Temos um sinal negativo para indicar ten 1 kPa = 10° Nm? MPa = 10°N/m? 1GPa a = 10° Nim? Quando so usadas as unidades inglesas, a forga P geralmente é expressa em libras (Ib) ou quilolibras (kip), ¢ a dea da sepdo transversal A em polegadas ‘quadradas (in’). A tensio o serd entdo expressa em libras por polegada quadrada psi) ou quilolibras por polegada quadrada (ksi).t As principals unidades SI usadas em mecinica sf lisadas em tabelas na caps frontal interna deste Ivo. Na tabela do indo dvi, notaes que | psi é aproximadament igual 87 KPa, € 1 si aproximadament igual 27 MPa (Cap. 1 Introdugo - 0 Conceito de Tensio 5 1.4, ANALISE E PROJETO Considerando novamente a estrutura da Fig. 1.1, vamos supor que a barra BBC seja feita de ago com uma tensio maxima admissivel Gq 165 MPa. A barra BC pode suportar com seguranga a carga & qual ela est submetida? O valor dla forga Fyc na barra jé foi ealculada como 50 kN. Lembrando que o diéme- tro da haste € 20 mm, usamos a Equaglo (1.5) para determinar a tensfo criada na haste pela carga. Temos P = Fic = +50 KN = +50 X 10°N 2 A r= o( 2a) a(10.X 10m)? = 314 x 106m? P_ +50 10-N o* A” 314 x 10m? +159 X 10° Pa = +159 MPa ‘Como © valor obtido para o é menor do que o valor da tensio admissfvel do 0 utilizado 49, conclufmos que a barra BC pode suportar seguramente a carga qual ela esti submetida, Para completar, nossa andlise daquela estrutura tam- bem deverd incluir a determinagdo da tensio de compresséo na barra AB, bem ‘como uma investigagao das tensdes produzidas nos pinos e seus mancais. Isso seri discutido mais adiante neste capitulo. Deveremos determinar também se as deformagoes produzidas pela carga so aceitiveis, O estudo das deformagées sob ccargas axiais serd discutido no Capftulu 2. Un considerayao udicional, necesséiria para componentes em compressao, envolve a estabilidade da componente, ou seja, sua capacidade para suportar uma dada carga sem apresentar uma mudanca brus- ea na sua contfiguragao. Isso seré discutido no Capitulo 10. papel do engenheiro nao esté limitado & andlise das estruturas e méquinas existentes sujeitas a uma dada condic@o da carga. Mais importante ainda para 0 cengenheito é o projero de novas estruturas e méquinas, ou seja, a selegdo de com- pPonentes apropriadas para executar uma tarefa. Como exemplo de projeto, va- ‘mos voltar & estrutura da Fig. 1.1 e supor que serit usado o alumfnio, que tem luma fensio admissivel yy, = 100 MPa. Como a forga na barra BC ainda serd P= 10 KN sob a carga dada, devemos ter ent, da Equagiio (1.5), P42 P_ SOXI0N Fran 100% 10%Pa 00% 10 como A = mr, —_ (500% 10 a -\™= 12,62 x 10m = 12,62 mm d= = 25,2 mm Conclaimos que uma barra de alumfnio com 26 mm ou mais de digmetro seré adequada, 1.5. CARGA AXIAL E TENSAO NORMAL Conforme jé indicamos, a componente BC do exemplo considerado na segzo anterior & uma barra simples e, portanto, as forgas Fyc ¢ F’ge atuando em suas extremidades B C (Fig. 1.5) estdo dirigidas ao longo da eixa da componente BC. Dizemos que a componente esté sob carga axial. Um exemplo real das com- Ponentes estruturais sob carga axial é dado pelas componentes da ponte em tre- liga mostrada na Fig, 1.9. Sr 6 esietincia dos Materais Fig. 1.10 Fig. 1.9 Essa ponte em treliga consiste em barras simples que podem slar Sob tragdo ou compressa. Retomando & barra BC da Fig. 1.5, lembramos que 0 corte que tragamos através da segdo da barra para determinar a forga intema na barra e a tensSo cor- respondente era perpendicular ao eixo da barra; a forga interna era portanto normal ao plano da sego (Fig. 1.7) ¢ a tensio correspondente 6 descrita como ima narmal Assim, a formula (1.5) nos dA a renstie narmal em una compo- nente sob carga axial: Ty (5) Devemos notar também que, na frmula (1.5), 0 & obtido dividindo-se a in- tensidade P da resultante das forgas internas distribuidas sobre a se¢do transver~ sal pela érea A da segdio transversal; ela (a tenso @) representa, portanto, 0 valor ‘édio da tensfio sobre a seglo transversal, € nflo & tensio em um ponto espect- fico da segiio transversal. Para definirmos a tens#io em um dado ponto Q da sego transversal, deve- mos considerar uma pequena érea AA (Fig. 1.10). Dividindo a intensidade de AF por AA, obtemos o valor médio da tensio sobre AA, Fazendo AA aproximar-se de zero, obtemos a tensfo no ponto Q: AF ii a [Em geral, o valor obtido para a tenso oem um dado ponto Q da seco é diferente do valor da tenso média dada pela formula (1.5), e observa-se que o varia através da soso. Em uma barra delgada submetida a cargas concentradas Pe P’iguais e de sentidos opostos (Fig. 1-1 a), essa variagdo € pequena em uma segdo distante dos pontos de aplicasao das cargas concentradas (Fig. 1.1 Ic), mas € bastante significativa nas vizinhangas desses pontos (Fig. 1.11b e d). Pela Bquacdo (1.6), vé-se que a intensidade da resultante das forgas inter- [r= fou Mas as condigfes de equilfbrio de cada uma das partes da barra mostrada nna Fig. 1.11 exigem que essa intensidade soja igual a intensidade P das cargas cconcentradas. Temos, portanto, [, P= |dF Joa an gnilica que a resultante sob cada uma das superficies de tensto na Fig 1 A intensidade P das cargas. Essa, no entanto, é a tinica infor- ica nos fornece, relativa & distribuigio das tenses normais nas a barra. A dist real das tenses em uma dada segio € esta jerminada. Para saber mais sobre essa distribuiglo, 6 necessério con- es do modo particular de aplicagao das cargas nas extremidades da barra Isso ser discutido mais no Capitulo 2. onsideraremos que a distribuigao das tenses normais em uma ‘componente sob carga axial é uniforme, exceto nas vizinhangas imediatas pontos de aplicaedo das cargas. O valor oda tensBio € endo igual a ogy € podle ser obtido pela formula (1.5). No entanto, devemos perceber que, quando assumi- mos uma distribuigao uniforme das tensbes na sego, ou seja, quando assumimos as internas esto distribuidas uniformemente através da seyo, segue- se da estitica elementar} que a resultante P das forgas internas deve ser aplicada no centréide C da seglo (Fig. 1.12). Isso significa que uma distribuigdo uniforme vomente se a linha dle agdo das cargas concentradas P e P ssar através do cenurdide da secdo considerada (Fig, 1.13), Esse tipo de car mento & chamado de carga centrada e consideraremos que ele ocorre em to- de barra retos encontrados em teligas e estruturas conectadas por pinos, como aquela da Fig. 1.1. No entanto, se um elemento de barra estiver carregado axialmente, mas excentricamente como mostra a Fig. 1.14a, percebe- mos pelas condiges de equilibrio da parte da componente mostrada na Fig. 1.14b ue as forgas internas em uma fem ser equivalentes a uma forga P um conjugado M, cuja intensidade € dad pelo momento M = Pa. A distribuigto das forgas, bem como a distribuic&o corres- Pondente das tensGes, ndo pode ser uniforme. B também a distribuigio de ten nio pode ser simétrica como mostra a Fig. 1.1. Esse caso sera discutido em detalhe no Capitulo 4. rar as deformagées result 1.6. TENSAO DE CISALHAMENTO s tensGes correspondentes discutidas nas Seg6es 1.2 € |.3 eram normais a see3o considerada. Um tipo muito diferente de tensdo € obtido quando forgas transversais Pe P' sio aplicadas & componente AB (Fig. 1.15). Passando um corte na seedo transversal C entre os pontos de aplicacio das duas orgas (Fig. 1.160), obtemos o diagrama da parte AC mostrada na Fig, 1.16b. Coneluimos que devem existir forgas internas no plano da sego, e que a resul- tante dessas forgas ¢ igual a P. Essas forgas internas elementares so chamadas foreas de cisalhamento, e a intensidade P de sua resultante € a forga cortante na segao. Dividindo a forga cortante P pela dea A da segio transversal, obtemos édia de cisalhamento na seco, Indicando a tensfo de cisalhamento cla letra grega 7 (tau), es Deve-se enfatizar que 0 valor obtido € um valor médio da tensHo d mento sobre a seedo toda. Contrério ao que dissemos antes para as tens6 mais, a distribuigdo da tensio de.cisalhamento através da segiio no pode ser cla uniforme. Conforme veremos no Capitulo 6, 0 valor real r da ten- siio de cisalhamento varia desde zero na superficie da componente até um valor ser muito maior que o valor médio tyes: méximo “ay, que pod Veja BEER, Ferdinand P, e JOHNSTON JR.,E. Russel, Mechantes for Engineer, 4 Graw-tll, Nova York, 1987, u, também dos meses autres Mecdnia Vroral para Engenkers, 2d, McGraw-Hill, Sto Paulo, 2006 ap. Intcdugdo ~¢ Coneelto de Tensio 7 Fig. 1.16 Fig. 1.15 s6es de cisalhamento so encontradas comumente em parafusos, pinos rebites usados para conectar varios componentes estruturais ¢ de méqi (Fig. 1.17). Considere as duas placas A e B, conectadas por um parafuso CD ( 1.18), Se as placas estiverem submetidas a forcas de trago de intensidade F, sorfio desenvolvidas tensdes na seco do parafuso correspondendo ao plano EE Desenhando os diagramas do parafuso e da parte localizada acima do plano EE’ (Fig, 1.19), concluimos que a forga cortante P na segdo é igual a F. A ten: sfo de cisalhamento média na segio € obtida de acordo com a formula (1.8), dividindo-se a forga cortante P = F pela érea A da se¢do transversal: Fig. 1.17 com um paratuso em elslhamento ig. 118 Fig. 1.19 Dizemos que o parafuso que acabamos de considerar encontra-se em cisa- Thamemto simples. No entanto, podem ocorrer diferentes situag6es de carga. Por exemplo, se forem usadas chapas de ligagio Ce D para conectar as placas A e B (Fig. 1.20), 0 cisalhamento ocorreré no parafuso HJ em cada um dos dois anos KK’ e LL! (e cimilarments no perafuso EG). Dizemos que os parafusos cstio na condigio de cisalhamento duplo. Para determinar a tensio de cisa nento média em cada plano, desenhamos os diagramas de corpo livre do pa- 0 HJ e da parte do parafuso localizada entre os dois planos (Fig. 1.21) Observando que a forga cortante P em cada uma das segdes 6 P = F/2, con- a tensfio média de cisalhamento € cluimos qu (1.10) Fig. 1.20 Fig. 1.21 Cap. InrodugBo ~ © Concoto de Teneo 1.7. TENSAO DE ESMAGAMENTO EM CONEXGES -afusos, pinos e rebites criam tensGes nos componentes aos quais eles se 20 longo da superficie je contato. Por fe esmagamento, ou supert asidere novamente as duas places A e B conectadas por um para- Fuso CD que discutimos na sego anterior (Fig. 1.18). O parafuso exerce na placa A uma forya P igual e oposta & forca F exercida pela placa no parafuso 1.22). A forea P representa a resultante das forgas elementares distribuf- lus superficie interna de um meio-ilindre de didmetro de de comprimento pig 499 i espessura da placa. Como a distribuigfio dessas forgas ¢ as tenses cor- spondentes é muito complicada, usa-se na prética um valor nominal médio o, 1 tensio, chamado de tensdo de ¢ nto, obtido dividindo-se a carga P pela drea do retingulo que representa a projegiio do parafuso sobre a seco la placa (Fig. 1.23). Como essa drea é igual a td, onde 1 a espessura da placa limetro do parafuso, temos p_P aie aa CAD) rig t.28 1.8. APLICACAO A ANALISE E PROJETO DE ESTRUTURAS SIMPLES Stamos agora em condigdes de determinar as onexdes de vérias estruturas simples bidimensionais e, portanto, em condigées ojetaressasestruturs, Como exemplo, vamos voltar 8 estrutura da Fig. 1.1 que consideramos na Segiio |.2 e vamos especificar os suportes econexdes em A, B, e C. Como mostra Fig. 1.24, a barra BC com difimetro de 20 mm tem extremidades achatadas yy d=B0 ISTA SUPERIOR 8 vistas exrnemipape fF) —120 00 f ¢ SUPERIOR DABARRAAB Fig, 1.28 9 y com segio transversal retangular de 20 X 40 mm, enquanto a barra AB tem uma segdo transversal retangular de 30 X 50 mm e esta presa com uma articulacio va extremidade B. Ambos 0s componentes so conectados em B por um pino a partir do qual é suspensa a carga de 30 kN, por meio de um suporte em forma de U. A barra AB é suportada em A por um pino preso em um suporte duplo, enquanto a barra BC esté conectada em C a um suporte simples. Todos 0s pinos tem 25 mm de diam a. Determinagao da Tensao Normal nas Barras ABe BC. Conforme determinamos nas Sepbes 1.2 e 1.4, a forga na barra BC & Fyc = 50 KN (tracao) © a Grea de sua segdo transversal circular € A = 314 10® m’; a tenstio nor- ‘mal média correspondente € ogc = +159 MPa, No entanto, as partes achatadas da barra também esto sob traci, e na seplio mais estreita, onde esté localizado ‘um furo, temos A= (20mm)(40 mm — 25 mm) = 300 10-* m? valor médio correspondente da tensfio 6, portanto, P__50x10N 0 x 10m (och Note que este é um valor médio: préximo ao furo, a tensio realmente teré um valor muito maior, como veremos na Sepfo 2.18. tf claro que. sob uma carga crescente, a barra falharé pr6ximo de um dos furos e nfo na sua pare cilindrica; set projeto, portanto, poderia ser melhorado aumentando-se a largura ou a ssura das extremidades achatadas da barra ‘Voltando nossa atengéo agora para a barra AB, recordamos da Seg 1.2 que a forga na barra é Fy, = 40 KN (compresséo). Como a érea da sogo transversal ‘angular da barra €A = 30mm x 50 mm = 1,5 X 10"? mi, 0 valor médio da ten- so normal na parte principal da barra, eae 0s pinos A eB é 40 x 10°N a 7 X 10°Pa = —26,7 MPa Sead 10°Pa = —26,7 MPs Observe que as seges de Grea minima em A ¢ B no estilo sob tensio, pois a barra est em compresso e, portanto, empurra os pinos (em vez de puxd-los mo faz a barra BC), b. Determinagao da Tensao de Cisalhamento em Varias Conexées. Para determinarmos a tensfio de cisalhamento em uma conexio, por exemplo um parafuso, pino ou rebite, primeiro mostramos claramente as forges aplicadas pelas vrias componentes que ela conecta. Assim, no caso do pino C em nosso exemplo (Fig. 1.25a), desenhamos a Fig. 1.25h, mostrando a forga de 50 KN apli- cada pela componente BC sabre o pino, e a forga igual e oposta aplicada pelo su- porte. Desenhuando agora o diagrama da parte do pino localizada abaixo do plano DD! onde ocorrem as tenses de cisalhamento (Fig. 1.25c), concluimos que a forga cortante naquele plano & P = 50 KN. Como a frea da segdo transversal do pino Gep. 1 Introdugo ~ 0 Conceita de Testo 17 Considerando agora 0 pino em A (Fig, 1.26), riotamos que ele esté na condigao de cisalhamento duplo. Desenhando os diagramas de corpo livre do pino € da parte do pino localizada entre os planos DD’ e-EE’ onde ocorrem as lensdes de cisalhamento, conclufmos que P = 20 KN e que P 20 kN A” 41x 10 Considerando © pino em B (Fig. 1.27a), verificamos que o pino pode ser di- Vidido em cinco partes que estio sob a agio de forgas aplicadas pelas barras € suporte, Considerando sucessivamente as partes DE (Fig. 1.276) e DG (Fig, 1.27e), concluimos que a forga cortante na secdo E é Pe = 15 kN, enquanto a forca cortante na segio G & Pq = 25 kN. Como a carga do pino é simétrica, concluiimos que o valor méximo da forga cortante no pino B é Po ‘que a maior tensio de cisalhamento ocorre nas segdes G e H, onde _?e 25 kN fet A” O91 10 90,9MPa o Fig. 128, Fy 2048 bs ioeiat Fy 2040 e Fino 2 615k $@=15kN « Fig. 127 ©. Determinagao das Tensdes de Esmagamento. Para determinarmos ‘tensdio de esmagamento nominal em A na barra AB, usamos a férmula (1.11) «da Seedo 1.7. Da Fig. 1.24, temos ¢ = 30 mm ed = 25 mm. Lembrando que P= Fyy = 40 KN, temas a 40 kN ‘d~ (BOmm)(25 mam) 08 a tensio de esmagamento no suporte em A, usamos ¢ = 0 mim e d = 25 mi: _P 40kN t od ~ GCOmm(25 mm) = 53,3 MPa Para. obs 2(25 mm) 32,0 MPa ‘As tenses de esmagamento em B na barra AB, em B e C na barra BC, eno suporte em C so encontradas de forma semelhante, 1.9. METODO DE SOLUGAO DO PROBLEMA Voot deve abordar um problema em mecénica dos materiais da mesma maneira como abordaria uma situagdo real de engenharia, Usando sua experiéncia ¢ intuiglo, voe8 tert mais fecilidade para entender e formular © problema. No entanto, uma vez definido claramente 0 problema, nao hi lugar em sua solugdo para divagagées. A solugio deverd ser baseada nos prinefpios fundamentais da estitica e nos prineipios que voc€ aprenderd neste curso. Cada passo a executar j dloverd sor justificado com base no que avabamus Ue Uizet, ul restando lugar para “intuigo". Depois de obtida a resposta, ela deverd ser verificada. Aqui nnoyamente, voc® pode usar 0 seu bom senso e a experiéncia pessoal. Se no es- tiver completamente satisfeito com 0 resultado obtido, verifique cuidadosamente a 12 a formulagao do problema, a validade dos métodos usados em sua solugio e a precisio dos seu enunciado to problema deverd ser claro e preciso, Devers conter 0s dados mecidos ¢ indicar quais as informagtes necessérias. Deve-se incluit também lum desenho simplificado mostrando todas as grandezas essenciais envolvidas. A solugdo da maioria dos problemas que voc® encontrar necessitaré que primeiro sejam determinadas as reagdes nos apoios e das forgas e conjugados internas. Isso vai requerer 0 desenho de um ou virios diagramas de corpo livre, como fizemos na Segdo 1.2, a partir dos quais voc# escreverd as equagdes de equi- librio. Essas equagdes podem ser resolvidas em Fungo das forgas desconheci das, das quais serdo calculadas as tensdes e deformagdes necessérias. Ap6s obter a resposta, ela devers ser cuidadosamente verificada. Eros de raciocinio freqlientemente podem ser detectados especificando-se as unidacles or meio dos seus célculos e verificando as unidades obtidas para a resposta. Por exemplo, no projeto da barra discutida na Segio 1.4, encontramos, ap6s especi- ficar as unidades com nossos célculos, que o didmetro necessério para a barfa estava expresso em milimetros, que & a unidade correta para uma dimensio; se tivéssemos encontrado uma outra unidade, saberfamos que algum engano foi comatido, Enos de cdlculo geralmente podem ser detectados substituindo-se nas ‘equagées os valores numéricos obtidos que ainda nfio foram usados, e verificando se a equagdio é satisfeita. Nunca é demais destacar a importincia do calculo cor- reto na engenbaria, céleulos. 1.10. PRECISAO NUMERICA A precisdio da solugao de um problema depende de dois itens: (1) a precisdo dos dados fornecidos e (2) a precistio dos eélculos executados, A solugio no pode ser mais precisa do que o menos preciso desses dois itens. Por exemplo, se a carga de uma viga for 75.000 N com um possfvel erro le 100.N para mais ou para menos, 0 erro relative que mede o grau de preciso dos dados & 100 N = 0,0013 = 0,13% 75,000N Ao calcular a reagio em um dos apoios da viga, ndo teria significado expressé: Ja como 14.322 N. A precisiio da solugo no pode ser maior do que 0,13%, no importa quo precisos sejam os célculos, e o erro possivel na resposta pode ser de até (0,13/100\14.322 N) = 20 N. A resposta acequada deverd ser escrita como 14.320 + 20 N. Em problemas de engenharia, raramente os dados sto conhecidos com uma precisio maior do que 0,2%. Portanto, quase niio se justifica escrever as resposias de ais problemas com uma preciso maior do que 0,296. Uma regra pritica é usar 4 algarismos para representar nimeros comegando com um “I, € 3 alge rismos em todos 0s outros casos. A menos que seja indicado 0 contrétio, os da- dos fornecidos em um problema devertio ser considerados conhecidas com um ‘gran comparsivel de preciso. Por exemplo, uma forga de 40 N devers ser lida como 40,0 N, € uma forga de 15 N deverd ser lida como 15,00 N. As calculadoras de bolso e os computadores so amplamente usados pelos cengenheiros e estudantes de engenharia. A velocidade e preciso desses dis- positivos facilita 03 célculos numéricos nas solugées de muitos problemas, No entanto, os estudantes néo devem usar mais algarismos significatives do que os necessérios meramente porque sto facilmente abtidos. Conforme mencionamos, uma precisio maior do que 0,2% raramente € necessdria ou significativa na solugo pritica dos problemas de et “eA 180 mm A BUN eco Ie 95 mm dine 4 min dectametto 4 Fie = 672N Sol 0mm le es Fy) 6.4 mm de emery 6.4 on de diimetto Gap. 1 Introducdo-0 Gonoetto de Tensao 13. PROBLEMA RESOLVIDO 1.1 [No suporte mostrado na figura, a parte superior do membro ABC tem 9,5, mm de espessura e as partes inferiores tm 6,4 mm de espessura cada uma. E usada resina ep6xi para unir as partes superior ¢ inferior em B. 0 ppino em A tem 9,5 mm de didmetro e o pino usado em C tem 6, mm de ddifmetro. Determine (a) a tensto de cisalhamento no pino A, (b) a tenso de cizalhamento no pino C, (c) @ maior tence normal no membro ABC, (@) a tensto de cisalhamento média nas superficies coladas em B, (e) a ten- sfio de esmagamento no membro em C. Corpo Livre: Todo o Suporte. Como membro ABC 6 uma barr si ples, a reacio em A é vertical; a reagto em D 6 representada por seus com- pponentes D, ¢ D,. Esereveros 45 EMy (2200 N}(380 mm) Fyc{250 mm) = 0 yom (3044N Fac 3344N trap 4, Tensio de Cisalhamento no Pino A. Como este pino tem 9,5 mm de difmetro e esté sob cisalhamento simples, escrevemos 3348 770.5 my ‘h Tensio de Cisalhamento no Pino C. Como este é um pino de 64mm de diet ¢ esté sob cisalhamento dupo, eserevemos Hc ___1672N 4” Frm) Fac A ™ 4 = 47.2 MPa 4 = 520MPa ¢, Malor Tensiio Normal no membro ABC. A maior tensto é encon- trada onde a rea 6 menor; isso ocorre na segio transversal A onde esti lo- calizado o furo de 9.5 mm. Temos Fac 3344 3344.N 7 Ag (9.5 mmn)(30 mm — 95mm) — 194,75 mm a4 = 172MPa 4, Tensio de Cisathamento Média em B. Notamos que existe ligago ‘em ambos os Iados da parte superior do membro ABC e que a forga de cisalha- ‘mento em cada Indo € F, = (3344 NV2 = 1672 N. A tensto de cisalhamento :média em cada superficie € entio es te 124MPa 74 ~ GO mmy45 mm) «¢. Tensio de Esmagamento no Membro ABC em C. Para cada parte o vinculo, F; = 1672 N e a frea de contato nominal & (64 mm) (64 mm) = 40,96 ma, Fi __1672N a3 0, = 408 MPa A 90,96 mm sie 14 pesisténca dos Maerias PROBLEMA RESOLVIDO 1.2 A barra de ligagio de ago mostrada na figura deve suportar uma forga de trago de intensidacle P = 120 KN quando & rebitada entre suportes du- plos em Ae B. A barra seré feita a partir de uma chapa de 20 mm de es- pessura, Para a classe do ago a ser usado, as tenses méximas admissfveis sto: ¢ = 175 MPa, 7 = 100 MPa, o, = 350 MPa. Projete a barra deter: ores necessfirios de (a) 0 diimetro d! do parafuso, (b) a di ida extremidade da barra, (c) a dimensao ht da barra. SOLUGAO a. Didmet do Parafuso. Como 0 parafuso esté sob cisalhamento LP = GOKN. 60 kN 100 MPa 27,6 mm Useremos d= 28 mm Neste ponto verificamos a t mum de espessura ¢ o parafu jo de esmagamento entre a chapa de 20 ‘com 28 mm de diametro. PB 120 kN 3 = 214MPa <350MPa OK ». Dimensiio b em Cada Extremidade da Barra, Vamos considerar uma das partes extremas da barra, Lembrando que a espessura da chapa de ago € ¢ = 20 mm e que a tenso de tragdo média ndo deve exceder 175 MPa, escrevemos 60 kN v- 175 MPa @ = 17,4mm ta (0,02 ma + 2a = 28 mm + 2(17,14 mm) b= 623mm < wensfio ht da Barra, Lembrando que a espessura da chapa de ago € 1 = 20 mm, temos ont VON k= 343 mm th (0.020 mh Usaremos fi = 35mm PROBLEMAS 1.1. Duss barras cilindricas cheias AB e BC sfo soldadas uma & outra em B & submetidas a um cartegamento conforme mostra a figura. Sabendo que dj, 50 mm e cs = 30 mm, caleule a tensio normal no ponto médio da (a) barra AB, (b) harra BC 4.2. Duas barres citindricas cheias AB e BC sfo soldadas uma 2 outra em Be suubmetidas @ um carregamento conforme mostra a figura. Sabendo que a tensio nor- 140 MPa em nenhutna das barras, determine os menores valores admissiveis de d ¢ smal média no pode ex 4.8. Duas barras cilindricas cheias AB e BC slo soldadas uma & outra em B e Submetidas « um carregamento conforme mostra a figura. Determine a tenséo nor- ‘mal média no ponto médio da (a) barra AB, (b) barra BC. Ban 0mm LOWY i TaniN q sr a pear 1.4 No Problema 1.3, determine a intensidade da forga P para a quel a ten- so de tragdo na barra AB tem @ mesma intensidade da tensio de compressfo na barra BC, 1.5 Duas chapas de ago precisam ser unidas por meio de parafusos de ago de alta resisténcia de 16 mm de didmetro que se encaixam dentro de espagadores cilin- dricos de lato, Sabendo que a fenstio normal média no deve exceder 200 MPa nos Parafusos ¢ 130 MPa nos espagadores, determine o didmetro externo dos espacadores {que Fesulte no projeto mais econBmico e seguro. 1.6 Um medidor de deformagto locatizado em C na superficie do osso AB in- dca que'a tensao normal média no osso 6 3,80 MPa, quando 0 0380 est submetido « duas forgas de 1.200 N como mostra a figura. Supondo que a sepdo transversal do oso em C seja anular ¢ sabendo que seu dimetro extemo 6 25 mm, determine o dlifmetro interno da segdo transversal do osso em C. 1.7 Sabendo que a porgio central da barra BD tem uma érea de segao trans- versal uniforme de 800 mm?, determine a intensidade da carga P para a qual a ten- ‘sto normal naquela parte de BD 6 50 MPa, 135 wm 509m 120 mn ‘Cap. 1 Introdugo ~ 0 Conceito de Tensto 15, 300 om 250 mm Fig. Pt.t © P12 1.200 c a 2.200 Fig. P16 1.8 A barra AC tem un de espessura ¢ 25,4 mm de largurs. Determine a tensfio normal na parte central da barra AC 1.9 Cada uma das qué lar uniforme de 8 X 36 mm Determine o valor méximo da tensto normal média nos vinculos que conectam (a) b) 0s pontos Ce E, o transversal retangular uniforme com 3,2 mm tro barras verticais tem uma segio transversal retangu sada um dos quatro pinos tem um difimetro de 16 mm. 1s pontos Be D, Fig. P19 1.40 Duas forgas horizontals de 22 KN sfo aplicadas ao pino B do conjunto do na figura. Sabendo que € usado um pino de 20 mm de dimetro em cada flor méximo da tenso normal média (a) na barra AB, (b) na conexio, determine barra BC ] 4.11 A barra rigida EFG € suportada pelo sistema de treliga mostrado na figura. Sabendo que @ componente CG é uma haste circular s6lida de 19,0 mm de em CG didmetro, determin: 1.42. A barra rigida EFG € suporiada pelo sistema de weliga mos figura, Determine a érea da segdo transversal do componente AE para a qual a ten- normal na componente € 103 MPa. 1.13 Sao usados dois cilindros hidréulicos para controlar a posigo do brago robotico ABC. Sabendo que as barras de controle ligadas em A e D tém cada uma 20 mm de difmetro © esto paralelas na posigio mostrada na figura, determine a ten so normal média na (a) componente AB, (b) componente DG. =" Fig. Pi.t1¢ P1.12 ‘ao i_ Fig. P1.13 1.14 0 conjugado M de intensidade 1.500 IN m & aplicado & manivela de um I motor, Para a posigo mostrada, determine (a) « forga P necesséria para manter o sis. brio, (B) a tens normal média na biela BC, que te 50 ma Qn tema do motor em eq Fig. Pita ransversal uniforme de 1.15 Quando a forga P aleangou 8 KN, o compo'de prova de madeira mostrado na Figura falhou Sob eisalhamento ao longo da superficie indicada pela linha tracejada. De- de cisalhamento média ao longo daquela superficie no instante a fala. 1.16 As componentes de madeira A e B devem ser unidas por cobrejuntas de ‘nauleira compensada que serdo totalmente coladas &s superficies em contato. Como parte do projeto da. junglo, e sabendo que a folga entre as extremidades das compo- nentes deve ser 64 mm, determine 0 comprimento L minimo permitido para que a ten- ‘to de cisalhamento média na cola nfo exceda 0,8 MPa. Fig. P1.16 1.17 Uma carga P ¢ aplicada a uma barra de ago suportada por umna chapa de aluminio na qual foi feito um furo de 15 mm conforme mostra a figura, Sabendo sjue a tensto de cisalhameuto ud deve eaceder 120 MPa na haste de ago ¢ 70 MPa na chapa de aluminio, determine a méxima carga P que pode ser aplicada & barra. 1.18 _Duas pranchas de madeira, cada uma com 12 mim de espessura ¢ 225 mm «de lanzura so unidas pela junta de encaixe mostrada na figura. Sabendo que a madeira llizacs rompe por cisathamento ao longo das fibras quando a tensio de cisalhamento média aleanga 8 MPs, determine a intensidade de P da carga axial que romper a junta 160m, Fig. P1.18 1.19 A forga axial na coluna que suporta a viga de madeira mostrada na figura P= 75 KN, Determine o menor comprimento L admissfvel para a chapa de con- {ato para que a tensio de contato na madeira nao exceda 3,0 MPa, 1.20 Uma carga axial de 40 KN é aplicada a uma coluna curta de madeira Suportaca por uma base de concreto em solo estével. Determine (a) a tensio de conta- to méxima na base de conereto, (b) 0 tamanho da base para 0 qual a tensAo de con- tato média no solo seja de 145 kPa. (Cap. 1 ntodvego 0 Concsito do Tensio 17 San. Fig. PLAS, fics) 10mm bh fh 8 mT Fig. PL.I7 7 4.21 Uma carga axial P é su tada por uma coluna curta W200 x 59 com Ho transversal de fea A = mm e distribuida a uma fundago de concreto 9 uma placa quadrada como mostra a figura, Sabendo que a tensdo normal m na coluna ndo pode exceder 200 MPa ¢ que a tensio de esmagamento a fun 10 MPa, determine poreionars o projeto mais econémico e seguro 1.22 Tr érie de parafusos para da parafuso € 12 mm eo didmetro inter € 16 uum, win pouco maior do que o dlametro dos Turos nas ina, O difimetro di ada ausuel Determine 0 menor difmetro externo d permitido para as aruelas sabendo que a slo normal média nos parafusos 34 MPa e que a tensfo de esmagamento xceder 8 MPa Fig, P12 1.23 Uma barra de ago AB de 0,12 mm de didmeto est4 enceixada em um ondo préximo & extremidade C de uma componente de madeira CD. Para 0 mento mostrado, determine (a) te normal média méxima na madeira, (5) a distincia b para @ qual a tensio de cisalhamento média 6 67 indicadas pelas linbas pontthadas e (c) a tenstio de esmagame 1.24 0 cilindro hidréulico CF, que contiola parcialmente a p a. A barra BD fuso com d DE, foi bloqueado na posigio mostrada na fig m 16,0 mm metro de 9,5 mm. al por um pa Determine (a) a tensio de cisalhamento média no parafuso, (b) a tensflo de esm barra BD. 1.25 Um pino com didmetro de 6 mm 6 usado na ca na figura. Sabendo que P = 500N, smento nominal no pedal em C, (¢) a tensio magamento nominal em cada lado do suporte em C. Fig. P1250 P1.26 1.26 Sabendo que uma forga P de intensidade 750 N é aplicada ao pedal mos figura, determine (a) o didmetro do pino C para o qual a tensfio de cisalha mento média no pino € 40 MPa, (b) a tensto de esmagemento eorrespondente no pedal so de esmagamento correspondente em cada lado do suporte em C 1.27 Para a montagem ¢ carregamento do Problema 1.9, determine (a) a te: sifo de cisalhamento média no pino B, (6) a tensa mBno componente BD, (c) a tensio de esmagamento média em B no componente ABC, sabendo que essa componente tem uma seglo transversal retangy indo 10% SO arn 128 F sto de cisalhamento m de esmagamento média e a montagem e cartegamento do Problema 1.10, determine (a) a ten- C,O)a ragamento média em C no ponente BC, (c) a ensio de esmagamento média em B no componente BC a no pin tensto de e ‘Cap.1 Introdugo - © Conceito de Tensso 19) 1.11. TENSAO EM UM PLANO OBLIQUO SOB CARREGAMENTO AXIAL Nas segies anteriores, vimos que forgas axiais aplicadas em um elemento de barra (Fig. 1.282) provocavam tensdes normais naquele componente (Fig. |.280), enquanto forgas teansversais agindo sobre parafusos e pinos (Fig. 1.29a) provocavam tensbes de cisalhamento naquelas conexdes (Fig. 1.296). A razio pela qual se observou uma relagto entre forgas axiais e tenses normais, por um lado, forcas transversais ¢ tensGes de cisalhamenta, por outro lado, era porque as fensdes estavam sendo determinadas apenas em planos perpendiculares ao cixo do componente ou conexio. Conforme ser visto nesta sega, forgas axis provo- «cam tensbes normais ¢ tensées de cisalhamento em planos que no sfo perpen- diculares a0 eixo do componente. Da mesma forma, forgas transversais agindo sobre um parafuso ou um pino provocam tenses normais e tensbes de cisalha- mento em planes que no sto perpendiculares ao eixo do parafuso ou pino. hb la Fig. 1.29 Considere a barra da Fig. 1.28, que esta submetido as forgas axiais P e P' Se cortarmos barra por um plano formando um Angulo 9 com um plano nor- ‘nal (Fig. 1.30a) e desenharmos 0 diagrama de corpo livre da parte do compo- nnente localizada A esquerda daquela seco (Fig. 1.30), encontramos pelas ccondigdes de equiltorio do corpo livre que as forgas distribuidas agindo na seco devem ser equivalentes & forga P.° Decompondo P nas suas componentes F e V, respectivamente normal ¢ tan- gencial a seedo (Fig. 1.30c), temos P=Posd V=Psend (1.12) A forga P representa a resultante das forgaS.normais distibufdas sobre a seo, © orga V, a resultante das forgas tangenciais (Fig. 1.30d). Os valores médios das tenses normal e de cisalhamento correspondentes si obtidos dividindo-se, respectivamente, Fe V pela drea Ay da segtio: o a \ oe ay co Substituindo Fe ¥ de (1.12) em (1.13), e observando da Fig. 130c que ¥ . Ay = Ay 608 8, OU Ay = Ag/c0s 8, onde Ay indica a frea de uma segdo perpendi- @ ‘cular a0 eixo do componente, obtemos Fig. 1.0 Pcos 0 _ Psend ‘Agfoos 6 7 Ales 6 ou P 1 = sen 80086 1.14) Aon ems (14) Notamos da primeira das Equagdes (1.14) que a tens normal o € maxima quando f= 0, ou seja, quando o plano da seco & perpendicular ao eixo do com- onente, e que ela se aproxima de zero & mestida ficamos que o valor de c quanto @ = 0é 20 resistencia dos Materia Fig.1.31 Fig. 1.32 mo j& vimos anteriormente na Segio 1.3. que a tensio de cisalhamento 7 6 zero para 8 ela alcanga seu Valor méximo nda das Equages (1.14) mostra (0c0 = 90", e que para 0 ~ 45° = 45° cos 45° F son 5° cos (116) 2A A primeira das EquagGes (1.14) indica que, quando @ = 45°, a tenso normal tambéun € igual 2 F/2Ag P a! = cost 45" 40 2A (a7) Os resultados obtidos nas Equagées (1.15), (1.16) e (1.17) sto mostrados grafic ig. 1.31. Notamos que a mesma carga pode produzir uma ten- so normal ¢,, = P/Aa e nenhuma tensfo de cisathamento (Fig, 1.36), ou uma tensio normal e de cisalhamento da mesma intensidade 0" P/2Ao (Fig. 1:31 ce d), dependendo da orientagto da segéo. 1.12, TENSOES SOB CONDICOES GERAIS DE CARREGAMENTO; COMPONENTES DE TENSOES Os exemplos das segie Fegamento axial e conexdes sob carregamento transversal. Muitos componentes estruturais e de méquinas esto sob condigdes de carregamento mais complexas, Considere um corpo sujeito a varias cargas P,, P, etc. (Fig, 1.32). Para en: tendermos a condig&o de tensdo criada por essas cargas em algum ponto Q in- terno ao corpo, vamos primeiro passar um corte através de Q, usando um plano paralelo ao plano yz. A parte do corpo & esquerda do corte esta sujeita a algu: mas das cargas originais, e &s forgas normais e cortantes distribuidas na seedo. ‘Vamos indicar por AF e AV" respectivamente, as forgas normal ¢ de cisalha- mento agindo sobre uma pequena fren AA que circunda 0 ponto Q (Fig. 1.334) anteriores ostavam limitados a eomponcntes sob car a Fig. 1.33 Note que € usado o indice superior x para indicar que as forgas AF* e AV" m sobre uma superficie perpendicular ao eixo x. Enquanto a forga normal AF tom uma diregio bem definida, a forga cortante AV" pode ter qualquer di- rego no plano da sego. Decompomos ento AV* nas duas componentes de forga, AV} € AVS, em diregdes paralelas aos eixos y e z, respectivamente (Fig, 1.33), Dividindo agora a intensidade de cada forga pela érea AA, e fazendo AA sproaimatse de zero, defnimos we consponecin' to modes mre ar Os hb BA 1.18) : ae (1.18) BTA Notamos que 0 primeirn indice em oy, Figs @ 7 6 uoado para indiear que as tur soes em consideragio sio aplicados em wma superficie perpendicular ao eixo x. O segundo indice em 7, € 7. identifica a diregdo da componente. A tensto nor- imal 0, € positiva, se o sentido do vetor corespondente aponta para a diregdo Positiva de x, isto 6, se o corpo esté sendo tracionado, e negativa em caso con- trio. Analogamente, as componentes da tensio de cisalhamento Ty € 7, S40 Positivas, se 0s sentides dos vetores correspondentes apontam, respectivamente, nas dtesdes postivas de ye 2 ‘A andlise acima também pode ser fita considerando-se a parte do corpo lo- calizada & direta do plano vertical através de Q (Fig. 1.35), As mesma intensi- ddades, mas com diregSes opostas, sfo obtidas para as forgas normal e de cisa- thamento AF", AV, © AV. Portanto, 0s mesmos valores sio também obtidos Para as componentes de tensdo correspondentes; mas, como a seglo na Fig, 1.35 agora esti voltada para o lado negativo do eixo x; win sinal positivo para o,in- sicard que 0 sentido do vetor correspondente aponta na diego negativa de x. Analogamente, sinais portivos para ry ¢ rr. indicario que vs seutidus dos ve~ tores correspondentes apontam, respectivamente, nas diregdes negativas de y e z, como mostra a Fig. 1.3. Passando um corte através de @ parulelo ao plano zt, definimos da mesma maneira as Componentes da tenslo ¢',7,x,€ 7. Finalmente, uma segdo através de @ paralela wo plano xy resulta nas componentes ory € 7. Para favilitar a visualizagdo do estado de tenséio no ponto Q, consideraremos tum pequeno cubo de lado a centrado em Q e as tensBes que atuam em cada uma «as ses faces do cubo (Fig, 1.36). As componentes de tensio mostradas na figura 1 GT & 0 ue representam as tensBes normais nas faces perpendiculares, ‘espectivamente, 0s eixos.x, ez € as seis componentes de tensfo de cisalhamento To: Tas €t€. Recordamos que, de acordo com a definigBo das componentes de ten- so de cisalhamento, 7, representa a componente y da tensfo de cisalhamento que atu na face perpendictlar ao eixo x, enquanto ry, representa a componente x da io de cislhamento que atua na face perpendicular ao eixo y. Note que somente tts faces do enho sto realmente visiveie na Fig. 1.36, ¢ que componentes Je tet $0 iguais e opostas atuam nas faces ocultas, Embora a8 tensées que atuam nas faces do cubo diferem ligeiramente das tensdes em Q, 0 erro envolvido & pequeno « desaparece & medida em que o lado « do eubo tende a zero, ‘Vamos sleduzir agora relagdes importantes entre as componentes de tenso de cisalhamento, Consideremos o diagrama de corpo livre do pequeno cubo cen- tratlo no ponto O (Fig. 1.37). As forgas normal e de cisalhamento que atuam nas virias faces do eubo sto obtidas multiplicando-se as componentes de tensio correspondentes pela ‘rea AA de cada face. Primeiro escreveremos as trés cequagies de equilibrio a seguir: ZR=0 35, 3h=0 (1.19) Como hé forgas iguais e opostas as forgas mostradas na Fig. 1.37 que atuem nas faces ocultas do cubo, esti claro que as Equagées (1.19) ficam satisfeitas. Con- siderando agora os momentos das forgas em relagio aos eixos Qr; Oy, ¢ Or" de- senhados a partir de Q em diregdes, respectivamente, paralelas aos eixos x, y€ z, esotevemos as trés equagdes adicionais a seguir EMy=0 = -SMy=0 EM, (1.20) a Cap, 1 Introdugdo ~© Conosito de Testo 21 Fig. 1.34 Fig. 1.35, y 88 pa na nya ya aA aa a4 waa Fig 1.37

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