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| 4 Hal Foster - O Artista Enquanto Etnografo Disciptina: histéria da arte iplina/historia-da-arte) 573 materiais «44.840 seguidores © VISUALIZAR ARQUIVO COMPLETO Envi 1 8 Barbara Kk KK 6avaiccs OOS 28 pie. login) PRE-VISUALIZAGAO 11 PAGINAS lataforma de estudos do Brasil Entrar (/logi Criar perfil gratis (/login Crie seu perfil para ver o material completo Junte-sé a 10 mithoes de estudantes. artistico do ramente para ai na nova-antr = os estudos culturegseym > rigger 42.700 Muitas vezes + sobre o objeto despanestudosse outrseniral.auee uo étambémre :magem ideal do antropslogo, ertco ou historiador. | vara a antropologia: alguns autores classicos desta = "E rapido, gratis e seguro. discipina ap Se pie, © coletives de artistas ou aslé enquanto padres estéticos de préticas simbélicas (Pattern of Culture de Ruth Benedict FALPPRRKs um Google exemplo}. Mas pelo menos, 2 velha antropologiaprojetava akweamantsicetahala Us TeAHiGie uso (/termos-de-uso) ¢ idade (iprivacidade persiste nestas projecdes, mas as considera fundamentaisferiticase até cesconstruivas Obviamente, a nova antropologia entende a cultura de forma diferente, enqyaRuAfeSastro? Entrar (/login| © que significa dizer que esta projecio sobre outras culturas é tdo textual quanto estética. 0 modelo textual supostamente desafia a “autoridade etnogréfica” através de “paradigmas discursivos do didlogo e da polifonia”xavi. Contudo, hd muito tempo atrés, em Outline of a ‘Theory of Practice (1972), Pierre Bourdieu questionou a verso estruturalista deste modelo textual porque este reduzia “relagbes sociais em relagdes comunicativas e mais precisamente em operacées decodificadoras” e portanto, tornava oleitor etnografico mais e no menos autoritério.xxvil De fato, esta “ideologia do texto”, esta recodificagao da prética enquanto discurso, persiste na nova antropologia assim como na arte “quasi-antropolégica”, da mesma forma que nos estudos culturais e no novo historicismo, apesar das ambicSes contextualistas que também direcionam estes métodos xviii Recentemente a antiga inveja do artista entre os antropélogos inverteu-se: uma nova inveja do etnégrafo assola muitos artistas e criticos. Se os antropélogos desejavam utilizar 0 modelo textual na interpretagao da cultura, estes artistas e criticos aspiravam a um trabalho de campo onde teoria e pratica parecam se reconcilia, Muitas vezes, eles esbocam indiretamente os principios bésicos da tradicdo do observador/participante, na qual Clifford aponta um foco crftico sobre uma instituigdo particular e um tempo narrativo que privilegta “o presente etnogréfico."xxix Contudo, estas apropriagées sio somente sinais do direcionamento etnogréfico em arte contemporanea e critica, O que impulsiona este desvio? Existern muitas instncias de enderecamento do outro na arte do século XX, muitas ddas quais primitivistas, com estretas ligagSes com a politica da alteridade: no surrealismo, onde o outro é representado principalmente em termos do inconsciente; na art brut de Jean Dubuffet, onde o outro representa um recurso redentor anti-ciilzacional; no expression’smo abstrato, onde o outro se coloca como exemplar primério de todos os artistas; ede forma variével na arte das décadas de 60 € 70 (2 alusdo & arte pré-histérica em alguns trabalhos de site-specfic/earthworks, em alguns tipos de arte conceitual earte critica institucional o mundo da arte visto como um sitio antropoldgico, a invencSo de sitios arqueolégicos e civilizages antropol6gicas por Anne e Patrick Poirier, Charles Simonds e muitos outros xxx ‘Assim, 0 que caracteriza este direcionamento atual, além de sua relativa auto-consciéncia sobre 0 método etnogréfico? Primeiro, como haviamos visto, a antropologia é pensada como a ciéncia da alteridade; e neste sentido é, conjuntamente com a psicanalse, a lingua franca da pratica artistica e do discurso critico. Segundo, a antropologia é a disciplina que considera a cultura como seu objeto e este campo expandido de referéncias & 0 dominio de teoria e da pratica pés-moderna (portanto também a atracdo por estudos culturais e em um grau menor, 0 novo historicismo). Terceiro, a etnografia é considerada contextual, uma demanda muitas, vveres automdtica que artistas ecriticos atuais divide com outros praticantes, muitos dos quais almejam desenvolver um trabalho de campo no dia-a-dia. Quarto, a antropologia é pensada como reguladora da interdisciplinaridade, outro caminho habitual na arte contempordnea ena eritica, Quinto, a recente auto-critica da antropologia a torna atrativa, pois promete uma reflexividade do etndgrafo no centro, preservando um romantismo do outro nas margens. Por todas estas razdes, investigagées marginais da antropologia, como criticas queer da psicanalise, possuem um status de vanguard é como se, 20 longo dessaslinhas que o artojo critico corta de modo mais incisivo. Mas, a virada etnogréfica foi confirmada por outro fator, que inclui a dupla heranca da antropologia. Em Culture and Practical Reason (1976), Marshall Sahlins argumenta que duas epistemologias tém por muito tempo dividido a disciplina: uma enfatiza a légica simbélica, _onde 0 social é entendido principalmente em termas de um sistema de trocas; a outra Crie seu perfil para visualizar este e milhares de outros materiais de estudo! CADASTRAR privilegia a razio pratica, onde o social 6 entendido principalmente em termos de cultura ENTRAR ‘material oxi Neste aspecto, a antropologia jé participa de dois modelos contraditérios que dominam a arte contemporanea e a critica: por um lado, na antiga ideologia do texto, 0 direcionamento lingiistico na década de 1960 que reconfigurouo social enquanto ordem simbélica e/ou sistema cultural e antecipou “a desintegragio do homem’, “ a morte do autor” eetc...€ por outro lado, no desejo recente pelo referente, o direcionamento para o contexto e para a identidade que se ope aos velhos paradigmas textuais eas criticas do sujeito. Como direcionamento para este discurso dividide da antropologta, artistas ecriticos podem um semisiogo da cultura e de um pesquisador de campo contextual, eles podem perpetuar e condenar a teoria citica, eles podem relativizare recentralizar 0 sujito, tudo a0 mesmo ‘tempo. No nosso estado corrente de ambivaléncias artistico-teéricas e de impasses politico- culturais, a antropologia €o discurso comprometido de escolha.xxxi Novamente, esta inveja do etnégrafo é compartilhada por muitos criticos, especialmente em estudos culturais eno novo historicismo, que assumem o papel do etndgrafo geralmente de uma forma mascarada: o etnégrafo dos estudos culturais vestido pobremente como um colega aficionado (por razées de solidariedade politica, mas com grande ansiedade social); o novo etnégrafo historicista vestido como um mestre arquivista (por razdes de respeitabilidade académica, mas com muita arrogancia profissional) Primeiramente, alguns antropélogos adaptaram métodos textuais da critica literdria de modo a reformulara cultura enquanto texto; entio alguns crticos literérios adaptaram métodos etnogréficos de modo a de reformular textos como cultura forgada a apequenarse. E estas ‘trocas foram responséveis por grande parte dos trabalhos interdisciplinares em um passado recente xoli Mas existem dois problemas neste teatro de projecdes e reflexos, o primeiro metodolégico; 0 segundo, ético. Se tanto os direcionamentos textuais quanto os etnogréficos dependiam de um dnico discurso, quio realmente interdisciplinares poderdo ser os resultados? Se os estudos culturais e o novo historicismo freqiientemente trapaceiam um modelo etnografico (quando no um modelo sociol6gico), poderia haver “uma ideologia tedrica comum que silenciasamente habita a ‘consciéncia’ de todos estes especialistas.... oscilando entre um vago espirtualismo e um positivisme tecnocratico? oxtiv 0 segundo problema, ‘mencionado acima é mais sério. Quando 0 outro é admirado enquanto divertido na representacio, subversive no género e assim por diante, L(/login) 2 (Jlogin) 3(/login) 4 5 (/login) ... (/logi ‘Rubens Estevio (/perfil/6548286) fez um comentério hh segundos gostei fe Aprovar+ 0 aprovagées Carregar mais (/login)

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