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_—____JATURAS : BS ‘+ 0 Armamentismo @ © Brasil: A Guerra Deles — Ricardo Amt (org.) «= Carajés — Desatio Politico, Ecologia e Desenvolvimento ~ Diversos Autores ‘A“"Coneliagao” © Outras Estratégias — Michel M. Debrun 0 Estado Nuclear no Brasil — Carlos A. Girotti Exterminismo © Guerra Fria ~ Diversos Autores + 0 Extremo Oeste — Sérgio Buerque de Holanda + Guerra em Surdina — Hist6ria do Brasil na Segunda Grande Guerra — Boris Schoaiderman + 0 Ocidente Diante da Revolucso Soviética — Marc Ferro * Sociedade @ Estado na Filosofia Politica Moderna — Norberto Bobbio/Michelangelo Bovero Colegio Primeiros Passos # Oque ¢ Diteito Internacional — José Monserrat Fiho © O que & Geografia — Ruy Moreira 1 O que ¢ Ideologia — Marilena’Chaui © © que 6 Imperalismo — Afranio Mendes Catan’ "+ O que ¢ Poder — Gérard Lebrun + O quo é Politica — Wolfgang Leo Moar #0 quo 6 Propaganda Ideolégica — Nelson Jahr Garcia Marlene Suano O QUEE MUSEU 44342 ) 994101 tan 37585 =|brasiliense Coxiyright © Marlene Suano Copa: Carlos Matuck Reviséo: Carlos T. Kurata C.M. dos Santos Esteves 01228 — Séo Paulo — SP Fone (011) 231-1422 = Introducao ...... = Origens da Instituigéo = 0 Museu como Instit = As primeiras transformagées do Museu Pa- blico: museu, pesquisa e educagZo no século XIX... c = As transformagées do século XX =A situagao atual dos Museus: caréncia e pers: pectivas .. = Indicagées para leitura . . INTRODUGAO Sempre houve preocupacio, por parte dos segmentos mais variados de nossa sociedade, com 2 compreensio de nosso passado © sua preservagdo. No se deve confundir ‘essa “/preservaco do passado" com a manutencio de ‘caracteristicas de uma época, Trata-se de manter e preservar ‘estemunhos materials dessa época que nos sirvam como pontos constantes de partida para reflexdo ¢ andlise. E reservar tais testemunhos do passado 6, substancialmente, dar-lhes condicées de continuarem a’ ser utilizados no presente om toda sua potencialidade. Contudo, a vida moderna — ou, melhor dizendo, 3 tecnologia moderna — vem tornando cbsoletos, inoperantes fu economicamente invidvel uma variedade muito grande de tais testemunhos, De pequenos objetos a edificios Inteiros, pasando por:-méquinas das mais diversas, nosso. Universo se renova com espantosa velocidade e tudo é trocado em nome da “rentabilidade”, da “facilidade”, da “implicidada’. Esses testemunhos passam, entJo, por fase de completo abandono, quando sfo esquecidos, escondidos ‘ou simplesmente destrufdos, fase a qual se segue, quase sempre, perfodo de “revalorizaglo": A soviedade ~ isto 6, Seus 6rgéos preservacionistes — emprega, entéo, grande esforgo para svar aquilo que abandonara pouco tempo atrds. Nem sempre, porém, sous objetivos sf0 alcancados. A degeneresoéncia, tanto orgénica quanto de uso, uma vez instalade,€ de dificil recuperacdo. ‘Assim tem inicio © movimento preservacionista, que representa um enorme esforco visando despertaro interesse © obter verbas junto &s autoridades piiblicas. Os edificios ue se conseguern"salvar” devem, entZo, fazer jus a tanto esforgo e assumir toda sua “importancia": viram “marcos”, “monumentos", © passam a abrigar ou museus ou minis: rios, secretaries’ de estado, escolas de arte ou alguma ativi- dade considerada “nobre", raramente voltando a servi &s funedes 3s quais se prestava antes de ser considerado “patriménio cultural <6 a trajetério dos objetos tradicionais, quando revalori- zados, 6 bem mais simples: eles so entronizados em algum museu, ou passam a fazer parte de alguma das indmeras ColegSes privadas do pais. [No caso do objeto, sua aparicSo como "pega de museu” the confere, quase sempre, uma aura de importancia e um estatuto de “valor cultural” que ele antes no possuta Em alguns casos, isso gera um mecanismo que fomenta @ alimenta © mercado privedo de antiguidades, contribuindo para que pecas sejam retiradas de seu contexto original e ‘wazidas para as vitrinas dos antiquérios. Seria ilusério, contudo, acreditar que tal movimento possa ser impedido ou revertido, [6 que a circulacko de bens entre os diferentes segmentos da sociedade ¢ prética que responde a osclacBes inerentes& vida socal. Os museus deveriam, portanto, conhecer os diferentes perceigos que objetos enfrentam até chegar ao museu e amealhar amostras consistentes de material que dissesse Tespeito as suas disciplines. A maior parte dos musous, @ontudo, esté voltada para recuperar o passado e 0s Gnicos museus cue se preocupam em coletar o presente so os milseus de histbria naturale os de artes plasticas. Os museus tmnciclopédicos © os histéricos e teonolégicos, entre nés, ‘eontinuam voltedos para um passado cheio de lacunas que tentam preencher, continuam vendo o presente passar 80 largo, como se nfo Ihes dissesse respeito e, dentro de ‘algumas ‘déosdas, coletaro sequiosamente alguns restos dos dias de hoje, que nio thes sero suficientes para enter er 0 universo formal de nosso per odo, A interrupcéo desse circulo vicioso nfo 6 tarefa fécil & fem pode ser realizada solitariamente, Alguns pastos Mareantes, contudo, tim sido dados, A propria definigfo ‘ficial de “museu” do Conselho Internacional de Museus da UNESCO (Organizagdo das Nacées Unidas para a Educagio, Giincia e Cultura}, que o tinha como"... um estabele: felmento permanente, sem fins lucrativos, com vistas a ‘eoletar, conservar, estudar, explorar de vérias maneiras e, bbasicamente, exibir para educacdo e lazer, objetos de ago foultural’, tom sofrido algumas alteragSes, 2 principal sendo 4 troca de “objetos de valor cultural” pela expresso “pro ‘dutos da ago cultural humana’, 0 que amplia considera Volmente o campo de atuacdo do museu. Esperamos, com este livro, contribuir para o debate, itando, de forma abrangente, 0 que é em nosse ‘sociedad, o fenomeno “*museu. 6 Museu u "dds do que serem contempladas pelo homem. Foi sequranca econémica da dinastia dos Ptolomeus, ‘ho Egito do sfailo il antes de Cristo, que permitiy 4 Aloxandria formar © seu grande mousefon, cuja principal preocupacio era o saber enciclopédico. Ou seja, buscava-se ‘icutir e ensinar todo © saber existente no tempo nos fempos de religido, mitologia, astronomia, Filosofia, medi ina, zoologia, geografa, etc: O mouseion de Alexandria Dossuio, além de estétuas © obras de arte, instrumentos irGrgicos e estrondmicos, eles de animals raros, presas de Ulefantes, pedras e minérios trazidos deterras dstantes, etc, |e dispunha de biblioteca, antiteatro, observatério,zalas de Irabalho, refeitéri, jardim botanico e zool6gico. & entre {96 grandes trabathos por ele abordado figuravam um dicio - nirio de mitos, um sumério do pensamento filosotico e Aim detathado ievantamento. sobre todo 0 conhecimento _wourdtico de entzo. ‘Assim, com 0 correr do tempo, a idéia de compilagso f#xaustiva, quase completa, sobre um tema ficou ligada 8 "pala “museu”, dispensando mesmo as instalagesfsicas, se), compilagSes sobre diversos temas eram publicados "Wom 9 nome de "musau”. Assim fo com o Museum Me lullicum, publicado por volta de 1600 pelo naturalista e | olecionedor Aldovrando de Bologna e do. qual so dizla fonter todo o conhecimento da epace sobre metas. No Mculo XVIM publicouse, em Frankfurt, Alemanha, © Museum Museorum (que era um elenco de especaris) e, my Londres, 0 Poetical Museum (coleténes de cangées 6 powmas). £0 Museum Britanicum, folhetinho publicad> 1781, nada mais ers que compilaedes sobre "assuntos leguntes para conversagio" “coisas curiosas,pitorescas © fara’, segundo sua prépriaapresentacdo. Pesquisadores que estudem 0 museu em nosta sociedade {iocuparamso, evidentemente, em estudar 0 fendmeno do ‘lecionismo © passaram a dividir as colegBes em categorias AS ORIGENS DA INSTITUICAO No nosso entender cotidiano, 0 termo “museu” se refere: ‘2 uma colepo de espécimes de qualquer tipo e esté, em, teoria, ligado com a educacio ou diversio de qualquer, pessoa que queira visité-a ‘Costuma:te dizer que a instituigo “museu'” teve origem na Grécia antiga, mas meu intuito & demonstrar como essa instituigdo, embora mantendo a unidade do nome, assumiu, ccaracter{sticas diversas ao longo do tempo. Na Grécia, 0 mousefon, ou casa das musas, era uma’ mistura de templo e instituicdo de pesquisa, voltado sobre- tudo para o saber filoséfico. As musas, na mitologia grea, ‘eram as filhas que Zeus gorara com Mnemosine, a divindad ‘da meméria, As musas, donas de meméria absoluta, imag} nnagdo criative © presciéncia, com suas dangas, mésicas e, narrativas, ajudavam os homens a esquecer a ansiedade e. a tristeza. O mouseion era entdo esse local privilegiado, | ‘onde @ mente repousava e onde 0 pensamento profundo e, criativo, liberto dos problemas e afliodes cotidianos, pod se dedicar as artes e ds ciéncias. As obras de arte expostas no mouseion existiam mais em funcdo de agradar as divin- do tipo “reserve;prestigio soci”, de. “valor _mégico” If lango dos corredores de edificios pablicos romans, como 10 ee ofertalos para pedir ou oferecergracas de deuses HB Tetras, os foruns, as basilica, ee. Joli Cosa doou suas (objeto. of an Panerse 60 sobronstutall,de “ialdade | Uoltgbes so templo de Vénus Genetrix vrios outros impe- de grupo” (necessidade de firmar raizes e origens culturais), Tidores seguiram seu exemplo. As colecSes dos templos de “curiosidade”e do "pesquisa". fram perfertarente Vsitévels pelo pUblico comum e alg: Heese ete Go colegees de objetos 6 provavelmente | Hs colecGes particulares eram abertas & visitaeéo, como as quae eee Saas quanta © homem e, contudo, sempre | Imperador Agripa, que conclamava outros romanos a Se are ce diversos Gependendo do contexto IM. O sentido de tis colegbes era demonstrar “inex, sere se nuora, Estudiosos do coleconismo créem que wlucarfo © bom gosto", sobretudo em relagdo a cultura a ae eae a Gojetor © "colaae” sala como recolher Hijfagn, Tanto assim que a partir do século Il, a.C. colecio cee jen unde que se quer eompreender e do qual ffiimo entre os romanso ricos se transformara em compe- Peas oe ar sunte ou entSo dominar: Por isso € que a [Uso que elevara tanto os prevos dor objetos (robretudo Rae feeet to ricaro tempo, a realdade ea historia Plnturas« escultras) que 0 proprio imperador Tibério fot de uma parte do mundo, onde foi formada, e, também, @ igado a intervir no mercado para normalizar os pregos. seco Parenou socedede que a coletoue transformou Gontxlo, na falta de objetos originals, o& romanos ricos fincomondavam cépias de obras famosas aos steliés de fem "colegio" 1a arqueologia nos revela a existéncia de extraordindrias faftistas areqos. Foram feitas, assim, cdpias em série de colepées de objetos em propriedade dos faraés e impera- |ugntenas das obras gregas mais famosas e pouqui Fee tio mundo antigo, Objetos em ouro, prata, metais MPENAM Os romenos capazes de distinguir ~ ou que faziam illos formavam colegées que funcionavam como verda- (Ua om distinguir — entre originale cépia Weee elias economices™ para os tempos de guerra e As coleqes romanas, no entanto, para além de simples serena paz, consistiom em marca indubitvel de poderio e |Iilemonstragdo de riqueza e “gosto”, tinham por fim titimo siesta social, A Iliada, de Homero, contém varias men- illvstrer 0 poderio @ forga dos inimigas conquistados por Press estas colegSertesouros, tanto em poder de privedos fJMloma. Néo raro tais riquezas faziam parte do “triunfo” se de tomplog E virios autores romanos, entre os quais fue era o desfile do vencedor de volta a Roma exibindo seu Flim tistovarrras pecas pertencentes 8s colecdes dos ricos (Mbotim. E de tal demonstrago muitas vezes fazia parte 0 reve ios, Foram os romans, alds, os grandes colecions- fpfbprio vencido, na pessoa do governante ou do principal ares, antiguidade, amoaihando em Roma objetos fiusiteiro. Assim foi com Vercingetorix, chefe dos gauleses, Seeds de botins de guerra no Oriente, na Briténia, no fiom Arsinot, irms de Prolomeu XIV’ e que pratendia o sea da Africa, enfim, de todo seu vastissimo império. [posto de Cledpatra, © mesmo Juba Il, da Mauriténia, que Temos, deseas colegBes, tanto as privadas quanto as dos linha cinco anos de idade quando fol exibido em um dos tempiog, listas detathadas dos autores cléssicos ¢ 0 teste- Melimorosos triunfos de César. tele’ da arguelogia: até mesmo anexos eram construi- I 90 colecionismo mudou de face durante a Idade Média Te junto aos templos para alojar essas colecdes. E a partir Mlshernos que o imperador Carlos Magno (742-814 de nossa Se aiio iil a.C., estatuas e pinturas eram colocadas a0 WBara) possuta fabvlosa colegio de pegas antigas da Ilia, 4 é Museu tesouros presenteados pelos embaixadores do califa Har alRachid, parte do tesouro dos hunos, ete. Nessa époc janismo pregava 0 despojamento pessoal, o desprek imento dos bens materiais supérfluos. A lareja passe a s a principal receptors de donee form asin verdadeirg tesouros, © principal tendo sido 0 “tesouro de So Pedro! Grande forca politica de entdo, a Igreja usava seus tesoure para lastreer aliangas, formalizar pactos politicos e financi Guerres contra os inimigos do Estado papal. E 36 no fir da Idade Média que a forca de alguns principes das cidades Fepiblicas italianas comeca a se fazer sentir pela formacd de tesouros privados. Datam, assim, do sfeulo XIV, as primeiras colegi principescas de que temos noticia e que chegaram até n6f Guer integrelmente — transformadas em museus — ai tesparsas, mas cujo contetdo esté presente em catélogos tlencos do perfodo, Dentre as primeiras as mais notéve foram as do doge de Veneza, as dos duques de Borgonht ha Franga, e as do duque de Berry, que enchia seus deze fete castelos com manuscritos, pedras preciosas, reliquls \érias, entre as quais um suposto anel de noivado de ‘José e um dente de leite da Virgem Mari 'Até 0 século XV 0 cerme dessas colegdes era constitu por manuscritos, livros, mapas, gemas, porcelanas, inst Tentos Sticos, astronémicos e musicals, moedas, ar tspectarias, poles. Nos séculos XV e XVI a divulgacio d Certos manuseritos gregos e romanos em poderio dg . Grabes ¢ a revelaco de estétuas e vesos romanos durat f escavactes fortuitas na Itdlia, despertaram a atengio P ? 2 Antiguidade, sobretudo sua arte, filosofia e literatura. Neste perfodo, bem a propésito chamado de Renasd mento, objetos das civlizagBes grega romana passaram Imerecer grande interesse por parte dos colecionadores fesburacava-se a esmo em busca desses tesouros do passad ‘pecs emontoadas em torno das uines arqueotdeteds que Jardim de um colecionador de antiguidades em Roma, com as despontavam ai mermo (Grovura de i Cock. 1581, hoje no Gabinete de Gravuras de Beri) 16 Agquela arte que nada tinha @ ver com a civilizagdo cris fascinou tanto of leigos quanto os principes da Igreja. Mas os séeulos XV e XVI foram também muito prolific na criaglo de obras de arte, sobretudo nos dominios day pintura, escultura o arquitetura (Os principes. das casas reinantes européias, felizmente nfo satisfeitos com os tesouros que obtinham de todas as] ppartes do mundo com que comerciavam e dos novos mun: dos que descobriam (6 a época dos descobrimentos. da terras de alémmar), ainda financiavam os artistas conte: pordneos (Botticelli, Leonardo da Vinci, Michelangel Rafael, Cellini, Palladio, Tintoretto, Fra Angelico, etcy ‘ete,) incorporavam boa parte dessa produgao em suas ji magnificas coleeSes. Dentre elas devemos destacar as col ‘Bes Aldovrandi/Cospi, de Bolonha; a5 colecées Borghes Farnese ¢ Doria, de Foma;a coleedo dos duques de Este, da} Médena; dos Gonzaga, de Mantua; dos duques de Urbino 2, a mais espetacular de todas, a colecdo dos Médicis, de Florenga, da qual faz parte até mesmo um rar(ssimo manta} de plumas dos Tupinambs, do Brasil, levado para a Europi ainda no século XVI. Estas colegGes eram simbolo vivo do poderio econdmiea das familias principescas e serviam como verdadeiro termd} ‘metro das rivalidades entre el ‘Se a Itélia foi, sem duvida, onde se reuniram as maiores| colacées do Renascimento, 2s demais casas européias nia Ihe ficaram muito atrds. As colegies reais de Francisco | d Franga (1494-1547) enchiam alas e galerias dos palécio franceses. As inglesas eram também riquissimas ¢ nem disperséo das colegSes de Carlos |, vendidas pelo governg Tevoluciondrio de Cromuvell apés @ decapitacdo do rel e 1649, afetou_ sua importancia. Allés, a maior parte dai colecées de Carlos | foi comprada por colecionadores i Franga e na Austria, como a Inglaterra compraria, ump sfeulo mais tarde, as colegses dos Gonzaga. 70 RXTE stg RES begcs es 38 Be e828 Seek Hig aiake rag SEES ag ay ie E are pres Wla também riquissimas coleces formadas por estu- {da natureza quer para seu proprio deleite quer para lusadas em suas aulas nas universidades européias, @olegSes primavam pela quantidade de espécimes ia clareza da organizacdo. ira geral, sd0 essas grandes coleetes principescas ldo Renascimento que vo dar origem a instituiggo Wu" que conhecemos hoje. A ampliacg0 do acesso a Wpoleces — normalmente restrito apenas as familias gos do colecionador ~ foi lentissima e mot I Virias, como voremos a seguir da por a

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