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A vocedade Fema, conte © diced Como se iranforma ostgnfesds de tana Inti de ‘pire Forma ¢ expertnla scl A pra encantada Nott piso Capitulo 5 — A PoRDA 8 4 DescOREATA Dy REALIDADE A ete «ao mame Ascher, SENS A REE SH DADS DA ATS THD EAN REe KeNteR Ae RT: CURm Rm Woon | 2202, 16 2a Introdugao ANToxIo CALLADO Hk xo Memorial de Aires uma pégina com a data ¢ hora de “14 de malo, mela-ncite”, Oto é 0 de 1888, 0 Conse Tero esid contando que foi & reuniso do Aguiar, “A slept dos donos da casa ers vive, a tal posto que nfo a atzbuf Someste 20 fato dos amigos juntos, mas também a0 grande ‘contecimento do dia, Avsim o disse, por esta nica pales, ‘que me pareceu expressiva, dita a braieieos: — Feticto-os. = 16 sabia? perguntacam ambos. fo entendi, nfo achel que responder. Que era que eu potia saber j& para os flicitar, se 250 era 0 fata piblico?” ‘Acontece que a alegria stinante nada tinha a ver com ‘9 decreto da Regente, que enchia de carros ¢ flmulas 2 mua 0 Ouvidor. E Aires coments: “Compresndl, Eis af como, 10 meio do prazer gera, pode aparecer um particular, ¢ doming- Io, Néo me enfadel com 180} 20 contrrio, ache-hes razio, © fostel de os ver sinceres. Por fim, estimel que a carte do filho portico viesse apés anos de siléncio pagarhes a tristeza que deixou”. ‘Nas pégiaas anteriores 0 Conseheiro mencions mais de uma vez a Aboliclo, Querendo-a. Envergonhado de ainda ter- mos eferaves, Estava no exterior quando Lincoln lberara os Dretos americanoe, "Mais de tm jornal fer alstSo aominal 40 Brasil", E havia plor. A vergonha do Brasil schreviveria até fem paginas de poeus imortas, como uma de Heine em que © poeta fala no capt negreiro que delxou tezentos escravos no Rio, "Embora queimemos todis a leis, detetos ¢ avieos, 8 A MECESHDIOR OF ATE ‘pio poderemos acabar com os aos particulates, eseituras inventérios, nem apagar a isstituiglo da Histéra, ow até de oes ‘Assim, os amigos de Aires se alegravam devido a uma carta particular © nfo devido A carta de slfortin dos csctavos € © Aires se alegrava porque finsimente o Brasil dave ua rovazinhs de eivlizagdo a0 mundo, Quando 4 gente se lembea fe que o eriador do Aires era Machado de-Astis, ust cndlatoy faa mancica de apresentar a Abolieio dé una laéia de enqul, ofrenia, B a “alienaglo” do artista chegando As raiaa da ales ‘egdo mental, “Nao me enfadei com isso; 20 contririo™, Machado llustra esse trecho © leitmoti do. admitével lio de Ernst Fischer que vio ler. A medida que a vida €o hhomem se torna mais complexa e mécanizade, mais dvidida fem Interesses classes, mals “independents” da vida dos outros hhomens © portanto esquesida do espirto eoleti~o que completa ss homens nos outros, a fungdo da arte € refundir ese homer, fomé-lo de novo so incité-lo A permanente escalads de ai ‘mesmo. Todas as grandes fates de evoluglo da sccledade tive, tam aquele momento de pujanca em que sem esforgo o arista, Integrado no processo, fez do homem do seu tempo win relate mortal, Até hoje — distante vai a imagem —€ com um on gsulho nostélgico que ros contemplamor no espelho gue ersve: am os pintores da Renascenga ou os misicos do sécvlo XVUIL Quando o molde de wma nova forms de sociedade so val apers tendo © entijesendo, imobilzando homem, vedando-the o ho. Tizonte, ¢afinal, para manter um simulicro de vide, estancando as fortes da liberdade, entdo se produzem monsirinhs como o nosso Conselhero Aires, ov, numa violenta tentativa de recap furar a perdida magia do homem primitive, moustron febulosoe como 0 Finnegan de James Joyce, © Aires, bras tpiee, quer ingugurar a nova Histésla do Brasil rasgando os documen fos do ttético de escravos. (© que alide foi em parte feo, dizem que por aquele outro Coaseiheire, Rui Barbose: qucin: mos pilhes de tepstros de entradas de escravon, 0 qul molto difculta hoje em dia o conhecimeato das rapas negras que com {ribuiram para a formagio do homem brasileiro). Finnegan ‘Wlaadés snarquists, exia-se de toda Hist voltendo com os rmosucio ° bolsos cheios de bombss ao ventte msterno do incoaseiente coletvo © problema principal da arte do sox tempo, em gue stata por todas at juntas a armadurs Go captalsmo, & ett tuna poute nova entre povo eo artista —"e por povo eaten isso todo 0 mundo, todor os néo-arnan, O omposement 2 camponts Nikita Kruschev ¢ do Priscips Philp da Inge. terra em exposgoes de pintura moderna € exstamente 0 met rio: ambos perguntam, para fazer espicto, se os quedros no tstfo de eatega para batxo, E ques principle 0 captalsmo, forsando o artiste para fore do movenato, dstihe taubem Ut grande momedio Hsiao de Yvre eragfo, mas acahow. por flo numa iberde to gan 6 compa que 0 arta chegou em muitos estos 20 estigio absurdo de ctisr para os ontron arate, © pio, come obvervou Bermatd Shaw? € que quem detesta m pinturg toderns nfo agents iois a patra feta &'mode andga. NEO se pode maginar hoje uma velia 20 grande romance do século XIX. Mas quem Jé por preer, moma Yagem de feria, Nathale Serrute © RobbeGrlet? Qie mle Sogusts,reduedo w escolhcr um 86 dco, eplasa pelo de mi Sica dodecaténes?| Nowi no lero do Ficher dust estenhas omnes: a dos ome de Sie 6 Tro, Nat cltneas de Stars 20 longo de toda a soa obra Merdra © fosotica Sate tem ido como povsor ao fundo do problena do arta ga ocedade ‘modern. Quanto 8 Troy, a0 seu Litera © Revolugdo, de-1924, j€ cabogava muito dos temas que Theher orquestre imagirnimente, Inclusive, lembrava Trotsky que "a Revologlo burguesa peoeurou, com éxito, perpeuar 0 domino da boree- sin enguanto & Revolsio prletria tem como faalidade @ auideedo do protetaisdo como class 0 mais depteca postive!” Gow into queria lembrac, quando mal tints 1 Revolug, ue a nove literatura, espeo do homem novo hermosos ae cocanmo devla prods, nfo hvia de tc sobre a pro. digto de parasos ou do ferro gia, Um pelo do esespro © do absurdo como Samuel Beckett sr4 sempre um Beni mes. ‘mo quando chegarmos & Uberagio e a alegia de Um tando Iaito mais jesto do que o suas Eacs covties da toe abo. 10 A secHeSOH Oar lids, plantados sem qualquer esperenca diante do mistétio de si memos, nfo estéo apenas refletindo a agonia do capitalismo. Represeatim uma angistis permasente, Um dot males da 30: ciedade aiusl € que propria angistia da condigio humana 56 pode ser veatida (ia quase dizer saboreada) por uns povcos Ese tipo de angistia € hoje em dia um prviléio dos que dis- lem de dcio, Precisa ser estendido a todos, © ivro de Emst Fischer, colosal painel que acompsnha as artes da pré-istria propriamente dita 8 pré-istrla em que vivemos, ¢ marxista, entre otras razSes, porque sem Marx € tilfel compreender qualquer problema bisérso, mae nada fem de sectério, B um livro de posta, de eslets, de grande critica, f sobretudo, de quem se volta cheio de compaitio © de espe. Tanga para 0 esforgo do homem que s© constr através dos tempos. E um estranko livro de Histéria, pols, spesar da $a 1), communica ‘86 Goethe & ainvenglo de um espléndide simbol, SISTEMA DE BIBLIOTECAS carrrco 1 A Fungaio da Arte “A rorsia £ INDISPENSAVEL, Se eu a0 menos soubesse para qué..." Com este encantador e paradoral epigrama, Jean Coctess resumiy ao mesmo tempo a necessidade da arte © 0 sou dinoutivel papel 20 atual mundo. burguts. © ator Mondrian, por sn vex, fou do possvel “desa- parecimento” da are. A realidade, sepundo le aereditava, ira ‘ada vez mals deslocando a obra’ de arte, que essencalmente no parsaria de uma compensacto para o'equilibrio deficente 4a realidade stun, "A arte dessperecers na medida em que a ide adguiri mais equllitro™. ‘A arte concebida como “substituto da vida, a atte con sebida coma o meio de colecar 9 homem em estado de equl- Tiprio com 9 meio circundante — tata-ie de uma idéia que comtém o reconhecimenta parcial da natatera da arte © da sua hecessidade. Desde que um permanente equitio entte 0 ho- ‘mem eo mundo que 0 citcunda nlo pode ser previsto nem pra a mals desenvolvida das sociedadss, tratese de uma idéia ‘que Fugere, também, que a arte nfo +6 é necessia e tem sido recessdria, mas iguaimente que a arte continuaré seado sempre ecersira, No entanto, seri a arte apenas um substitute? Nio ex- pressard ela também uma relaclo uals profunda entre o homer 2 | wecesto gare © © mundo? B, naturalmente, poderé 4 fungio da arte ser re fumids om uma dolce {6rute? No satstars la divers © Vavinds necesidades? Ese, observindo eigen du ate chegaros a conhecer 2 su8 fong80 iii no" verfieremes também que essa fungao iia se modiiony e que noves fas ses passer a exe? ate lio representa une tentative para responder a ques toes camo estas, com base na convgto Ge que a ane Won Sido, € seed sempce nectsdra Como primero puso, 6 precio advertic que tendemos & conser satura (2 sie conn a) um enemas prcendent, By de tito, referimo-nos a algo supteendente: mi Ihses de pessoa item livros, ouvem anise, ie no tate ens cinema, For qui? Dizer que procuram drag, divermen's, 8 Felaxago, é nfo resolver 0 problema, Por que distal diverts ¢ reloxa 0 mergulhar nos problema © aa vida dos cutton, © faemiiarse com uma pinire ou mice, o ienificaese com pos de um romance, de uma peer ou de ui fle? Por ‘he feagimos em face dese “realoades" como te cles fostew 4 realdadeintensifcade? Que esranho, mistrose dvertimen, to 6 css? E, ae algoém nes tesponde que smejanes eerpar e uma existtcia nathan Para tanh cisteaia ma hen através de uma experiénela sem ris eno ume ove pee gnta 6 apresenta: por gle nosa prépra exislncia nfo os ‘bntr Por que esse deseo €e completar a neste vida income pista através de oulras flgtas © ours formes? Por gue, da Benue ‘do auto, famos o moto olhar admis’ cn tim palco ominado, onée sconce ago que € cto © sete completamente absorve a nossa atenclo? * B claro que homem quer ser mals do que apenas cle mesmo, Quer set um homem fot, No Ie bests a0 un i duo separado; além dia parcaidage da sya vids fulidea ania uma “plenitdo” que renee tenia sleancars wma pon tude dovida que ‘he 6 Trawada pla Inaviduadade fas a suns linitagoes; uma plenitode na dtegzo da quel se orenta quando busca um mundo ane compreestve © sels jt, un mundo que len slnlcapo, Rebar cotta oer ore come Sir no qundro da sua vide peso, dent day possbiidades frome on sere 3B ‘wansitias © limitadas da sua exclsiva personalidede. Que: rlacionar-se a alguma coisa mais do que o'"Eu", alguma cosa qu, sendo exterior a le mesmo, nfo deixe de seine exsencs (© fomem snvein por sbsorver o mundo eizeundante, integrélo 4 si; ansela por estender pela ciéacia e pela tecnologia 0 $00 "Eu" curioso e faminio de mundo até as mals remotas cons. telagdes © até os mals. profundos segredos do stomo; ansels por unit na arte o seu “Eu" Iimiiado com ume existéncin hi mana coletiva e por tormar soclal a sua individeslidede Se foste da natureza do homem 0 ao set ele mais do que um individ, tal desejo seria absurdo © incomprecasivl, por {que entio como Inéividuo ele jé seria um todo pleno, j6 seria tudo © que era capaz do ser. O desejo do homem de 26 dese volver e completa indica que ele é mais do que um individu Sente que s6 pode atingir a plenitude se se apoderat des expe riéneias afhelss que potencialmente the conctrnem, que pode- ‘am ser dele, E'o que um homem sente como poienclaliente seu Inclui tudo agulo de que a humanidade, como um todo, @ capaz. A arte €0 molo indispenstvel para essa unio do ln Gividuo como o todo; reflete a infnita ctpacidade humans para 2 astoclagao, para a crculagio Ge experiéncas « ides. Essa defingfo da arte como o meio de tomate um com © todo da reslidade, como o camiaho do individuo paca’ ple- nitude, para 9 mondo em geral, como a expressio. do detsjo do individvo 0 sentido de re identfcar com aquilo que ele ‘fo é, essa definigfo no reré talver demasiado romtatien? fo seré temerdrio coneluin, com base no nosso préprio senso Ge idemtiicagto quase-hisérico como o her6i de um flme ou de um romance, que seja esta a funedo universal © original da ars? Nio comterd a arte, também, 0 contrélo dessa peda “dionisfca” de si mesmo? Nio contend a arte igualmente 0 clemento "apolineo” de divermento e satisfagso que consiste previsimente no fato d= que 9 observador ndo se identifica com O que exté tendo representado ¢ até se ditancia do que eth endo represeatado, eseapa 20 poder diteto com que a reali- ade 0 subjuge, através a representagio do real, e lberta-se za arte do esmagamenio cm que se acha Sob 0 cotidiano? A 4 A steessnton 94 are ie de — eum do, «soon naan eee Stes Sasa ame * sr. ane 6c Saal pepo mn es 2mm Nem a coo ob Teena i emi re Siem oe a mae Se, oo © Binds Sud Tone oe fom a song a te a le eo a age mes lana ene rela eae em ena pee tes adie Se ee eye me a, ation et he fhe al Se Tors pens Sse penny es acy Sen cian oe eee ee ce tui ear « ate ae Se te ra 0 pow SAE elu, sve de inacie «iar fpteus saber que Promiea fi ibertade, mos anton pene ee Harnavse como praset lteter Nowe yulee nei oe 4 set m0 teatro toda a stitueso en slurie xocinesndes nee lnvenor pelo desetrior, Yodo tanto Wide pete abe a ronio ose 1s Brecht observa que, numa sie sida pela ute de closes, sft Simotiio™ on obra de are regueién pela er thea dn cass dominate é-0efeto Ge tapintr ts Beregas tecide externa ot pain candoy ums, engin 8 poe ‘i senda encenadn uma ccletide “anversaimcete humana {info dvds em cates. or ovto ado, a feng do drama “ptoansotcico™ que rech pesconises era preamente de cise plata, para o que The esmapria remover 0 conto titre ov ietinenon'e a ole, etude pelo musde cope ‘sis Teno o seatineno como 2 tanto se corrompram ma épaca em { epprodutivg « ruléfico um com 0 out. 'A acento ‘Ge om ova clase, orem, e'a apo daqules que itn yori lgtn sot imal de enorgo&e rococo nore tale pn nox No mondo alienado em que vivemes, a realidade socal isa" ser mostrida ‘m9. seu mecanizme de, aprisenament, Dosa sob uma iuz que devasie'a ‘allesgio™ 0 toma e Got Personagert. A obra. de arte deve apoderarse latin no ‘raves a identeagio.pasiva, mas através do um apelo 3 Faz que requcira agio e decslo. At normar que fam at relagdes etre os homens hio de ser tatndar no drama como “rempordrias imperflas, de manira cue o eapectador se} Jevado algo malt produtiva do gue tera cbservapto, see levado a pensar no curto da peca © inctado a formulas umn julgament, ana, quan'o 20 qe vies "No era stim que devia fers B esttaho, qosse iacredtivel, Pra deixar de set as Sim”. Deste mode, 0 eapectador — no cto, um homem Ou fume muller que vivem do trabalho — vi ao testa pasa iverirae ssitindo As suns peépiasatebuigSs, bs duezes do trabalno de gus depends a run sotutensia bem como pare otee ot Inmactor dor mae Tncenantestraclrrseten Ags le poderd oro: Sizrse at memo ta manele tals Ely pols modo om tel Se sinéncie @ cantameate 8 ate © nunea permaneee iniirameate a ‘mesma. A fungio da ane, numa tocledate cu peeameae 8 {sts asus, cre, em multos aspects, dn loses ty 5 ate. No entanto, a ‘despcio das stuns toca ae ‘ slzuma cosa na ‘ite que expreses ina verdad eee Fes coiss que nos pov — nos, que shen ae Sian Coeminatmates om at try estes ® epopéia como a forma artistica tig orca ae ies de uma toclodds inde iio desenvolvida; ¢, em seguida, acrescentou: aa A resposta dada por Marx fol a seguinte aga E08 2 ian du humanidade, 2 tneincin qual a humans cece se a tu dca oll dae sal eatadan clangar reece Near oven is ange parafilm dln podemor ts divides quanto a se, aGH0 com outros povns, os ghey i mais". Sabemos, naturalmente, © Enge's mesmo chamsram aca ‘méticos do mundo grego, com seu sua degrodagio das mulheres, com ‘as para as cortests ¢ 0s rapazinhos. Desde entio, muito mals velo a ser descoberlo. acerca das cledirizes existenies do. cute Tado, da belera, da serenidade © da harmonia gregss. Nossat uals idias a respelto do mundo antiga #6 parcialmente coine idem com as de Winckelmane, Goethe © Hegel A Arqueslogin, 8 Etmologia ¢ a investigagdo.histrico-nltyrtl nfo mais nos permitem accitar a arte grega como pertencente A nossa "inte ia". Ao contcirio, vemos nel slgo de relatvamente bem ama durecigo e tardio: na pereicdo da époce de Pérs'es, loalizx- ‘mos indicios de decadencia ¢ declinio, Numerasosteabalhos dos discipulos do grande Fidias — herds, seas, arremessar flores de disco e condutores de carros ~~ que jé foram louvades como, “clissicos", hoje nos. parecom vatios ¢ insignfisntes, ‘quando comparados com reaizagoes de. Mlcsnas e do. Eg Mas um aprofundimen'o no exame dessa questio not sfataria do problema enfocado por Mare e ds rolugto que cle procurod ‘arse (© que imparta ¢ que Marx enxergou que, sa arte histo- ricamente condieonada por vm tstggis socal no desenvolvido, perdurava um momento de humenidede, © nisso Marx reconhe: eeu 0 poder da arte de se sobrepor 2a momenta histérica © fexeroer um fascin‘ permanente, ‘Podemos coleca? a questia’ da seguinte mancira: toda arte € condicionads pelo seu tempo e representa x humaaiade em fonionincia con ab idéiae e sepiragdes, as nectstidades © a fsperangas e uma situagao histories partieulat. Mas, a0 mee= ‘mo tempo, 2 arte supera essa limilagio e, de dentro do mo- mento histrico, cia também um momento de hutnanidade que fromete conrtancia no desenvolvimento, Jamas deveros subee= timar © grav de continuldads que persise em meio Be Tutat de classes, apesar dos perfodos de madanga volenta e de rovolagto Social. ‘Como acontece com a evolugto do. préprio minds, & Fistéria da humanidade nao 6 apenas uma contradtscin descon- tinuldade, mat tembém uma continvidade. Coles anti, api entemente hd multo eroucidas, slo preservidas dentro de nos fontisuam a agir dentro de née — freqlentements sem que a2 perecbamos —e de repente vém a superficie e comegam 8 20s falar, tal como falaram a Ulises no Hadst at sombras que ole slimentava com o seu sangue. Em diferentes perlodos, depen- \ 18 + mcommion endo sto soil ds nectssidad «as nscessitdes das dases em a Senso ou em deli, evry cons gus peenanesan te ‘eo cram das como ped ao aber her do ac csertam pa Una novt va, E, im come nao fl poe scat gue Leting Heider, revatade cnt tps fee as Soe tom como coe fade ence pls {boi enexandroydescobsiam Shakspest pr ote es timbémnlo po aciso que hole hhumnismo e no earater feichinada das Seas insttuigden a Bu. ropa ccidental recarta aos fetiches da pré-histéria e procure ullzélos ma construgdo de faluoe mits, Waa tlle on me co ta , Visaado esconder seus As ierents clases sistemas 5. volvendo suas respectivas consciéncias ‘morals, coatelplram Beet a fomasio de uma consti mos men’ aera, Conesio de iterdade,apeaar de vit sorespondendo Sempte 4s conics aos objets de ua etsminada clue on de ‘im deemed stem sos ende sonido a se devant ne dlvsto de ume iin ibs! na, Bo eamo mod, tages Sonstns do sr humana inns msn are Mar inte condionada, Enguanto se limatem a ele sk con Gigs rdimentre de umn solsdade biseada na ereidte Homers, Etqulo e Sétoce sfo marco envehecdas poten: cei so pasado, Todavn, na medida tm ue no Incor de Sel etd, Ascot» grandee do bom, cet fo ‘ma artistica 20s seus conflitos ¢ && suas paikdes e exprimiram polencilidadesilmadss, permanccerae sempre Saderacs brent tad foe pur ev, Ulcrvaens per aa meio. a ml sveny, Tin tm fs Fentnda o eu dein, sho cigs gue ment part née 8 or oan qu tvetam. © soto detain naa pelo direito de honrar um parente através de um funeral con Glave — pode ser conierado arcico e pode caret de oe Iemtisios istrics peru set devidamente tienda, mass figure de Antigone, em si memo, continen a ser to somovente ino ete fe slo; enantocnitvem sr Mumaot elmundo cs se cero em ty pers Gel: "Me a €a'de me lgr por amor © alo po Gui Oueste 19 mais chegemos « conbecer trabalhos de arte hi mito esquecl- {dor © petdides, tanto mats claramente enxergamos, apesir da ‘theuale deter, seus elementos continues e comuns. So frag Tentos gue se serescentam a outros feagmentos prs iem com ppondo humanidade Pademos concuie que, com evidéncia cada ver aioe, arte tarsus onigem fol maga, fol'wm auxtio magico ® domi- tasio"de um mundo ral Incxplorado. A religio, a cifncia 8 mee Combinadss, fdas, em uma foxms eimitva. de Mignon qual exitiam em esado Tatene, em germe. Fse asl dpi da arte foi progressiamente cedendo Togar 40 ramet a ehauficagto das relagies soci, 20 papel de dum: rare eee homens em aeclodades que fe Tornavam opAcs, 20 Rest) de ajudnr © homer a recoohecee © teansformae a reali RIES soeisl‘Uma sotedadealtamente complenificaa, com suas Sees Jee Sineadigges socials mullpiadas, Jt n80 pode Set Teneteneeca a mancica dos mites, Em somethante soiedade Ter tage tevoahecimonta. precio e consignia global diver~ Mada ese obrigade a. romper com as. formes rigdas dos Teeee ptimiivos em gue 0 elemento miégico ainda operava Sefegebea formas aber, 8 berate formal, digames, do 5 gheaes® 2 Jesdomindnela de wm dor dois elementos da ate Tatum momento. paricslar depende do etéplo aleangado pela Seutdndds aigumas veues predominsr4 a supestio lea, Oo seeaeeetiomallade, © exlarecimento; algomas. ves redo- Sina sintigdo, © son, ones o detjo de agua 8 per sarees. “pordon, quer embslando, quer despertando, jogend Se Gapras Oe tazendo lias, arte mais € uma mera des SOtae inten do tal. Soa fongdo concerne sempre 40 Homem SEE? Guta 9 "Eu" a Mentitarse com a vida Se outros, i a iovorporar @ rh aqullo que cle 080 6, mas tem (fatidads de ser Mesmo um grande artista didi, como Benen se serve apenas da raat e da argumentcEo: sere- Brecht 280 do aentmento eds nugestio, Ns so timika « colo- Si.MNer pabsico em face da obra de arte; peomiteshe Sgual ‘late Sturar™ alas © proprio Brecht sabia disso ¢ prevenia Tee nto Idnva com cot problema de contrases absolos. © SUS Goin organ gue so tanaformavam. "Dere modo, 8 supe 20 wees to afeiva ov a persvasi Dersuasio pucamente racial podem pregom nar como meios de comunkagion ane ean gETH QUE 8 fo ssencal dare para ua case desinada a achormer9 mado 80.6 2 fuer mice ¢ recer einctar @ agdo: mas & igualmonte verdad ‘ate um residuo magico na ate nao pode set intitmente i minado, de vez que sem este residuo provindo de sua natu: fee orignal’ atte dea de ser ene Ein todet at sioe formas de. desenvoh date ena comicisde, na pernasfo © mn sagerto, ws ago fiagio © no absurdo, na fantasia e nn taldade. @ te tom sempre um pve vr om u mg . “ ate € necetra pars que © homem se torne capaz de couhecer e mudar o mundo, Mas 1 are também € necesrii fem viride da magia gue The €inerete * carrroto 2 As Origens da Arte A ante ¢ ouase Tho ANTIGA quanto o homem, & ume forma de trebslho, ¢ 0 trabalho 6 uma atividade caracterstics Go'homem. Mare detiaiao tsbalho nos seguintes termos: asta dn ins asa sot diy, tomas * 3 maine (© nomem se apodera da natureza trensformando-a. 0 trabalho ¢ a trensformagio da natutezs. © homem também Soake com uft trabalho. mégico que tcensforme ® natuteza, fons com a capacidade de mudar os objetos © der-ther nova forma por meioe magicos. Tratase de um equivalente na ima- finagac Aguile gue o trabalho sigaifica na realidade, © bomem por principio, um migic. Ferramentas (© homem tornou-se homem através da utlizagio de fer- ramentas, Ble se fee, s© produzu a si mesmo, fazendo © pro- 2 dnd feranena. neato guano ao qe teria exiido tcaémica, Noo hi feromenta sem o homer, now hacer see © fermmenta: os dols pattaram’ a exis Snllanemente fempre se acharam indbsluveimenteligedos'um s0 ute, Unt Bratiine ivo eavamnte mally deseo tome ‘dos pelo Uabatho humano, Eater objelin neta torasean se ferramentas, Aqui, temos outta definigSo de Marx: ™ un 2numento do table € uma cis oa wm complso de cas Fewecdeyectlcan fcan' unin ao mice pts (0 Cepia © sr predmane gue se desenilven¢ s toro 6 foi capar de tal detenvolvimeato porque postula umm Srgue 2 alto olde de ao slo fio ao quer der que tena sido mo ssl gs {Gre tone cua (partment of ‘amie smth cinpfcages, sents einai de nuns tot Um asc de song {Sesir i nove guoade “ein sere do ee Seto idyll tc 'O acne “asin Ses eposnat free oe toon ge favoresam 9 afrtgoenme de eke oe Sky ss once 04 sre 23 do sentido do olfato; o encothimento do focinho, faelitando ‘Sma mudangs na disposigdo dos olhos; a emerginels em que s© Vin cosa lature (entdo eqoipada com um senso de visdo mai Gpudos mais preciso) de olhar em todas as dirgdes, como ‘imbéon a postora ereta condicionada por tal stuagdo; a iber~ Italo dos membres disoteizos © 0 ctesclmento do eérebro, de Udon Sportura creta do corpo; ae mudangas na alimentasio € Uiwerses outees cheunstinetas, em coojunto, contribuiram para 'eaiaglo' das condigdes necessarias para que o homsm se tor~ teste homem. Parém, o 6fgf0 diretamente decisivo foi mo. Ja'S: Tomas de Aquino estava lente dessa sigifcagso tnica da ino, este organuam organonam (67g dos érgios) © expressoa- Sina sua delinigfo do homem: Haber homo reiionen: ef man {0 homem possvi raz80 € mio). Fé verdade que fol a mio (que Hiberiou a rezi0 humana e produziu a consciénela prépria 0 homer. Gordon Childe arsinala-na sua The Story of Toots (os homens poem fabricar ferumentes porave sont plas dn tern obtaanead ates, poraue emo. mstne. cbs cot ames ae erates aqalst Sr datnar com ula cxaio, bom come Sorte aeteadiaimo. stems nerovo« connicada treba peta oe eudo vendo com smb ox cos, Mas os homens $35 BE #8, Si io gat foaerfeeomentas © Sola pre "Shor nsender sttmds de expettaia, nav Go enssio © 60 tT ‘Um sistem de relagbes inteiamente novas entre ume de~ terminade espécie 0 resto do mundo vem a ser estabelecido do uso dee feramentas, No. processo de trabalho invertem- paige rslagbes naturais de caust ¢ efit, tls como elas exist Sv fey — antecipado, previsto, transformado em “props: Sia panes @ aero legistador do processo de trabalho. Aque- Je yelaclbnamento. entre. aconiecimentos que, como probléms dda sfinallgade”, Ga "causa final", conduzit muitos fisofos & Giaicaguo, aquele relacionamento £6 desenvolveu como uma e& rcterstica especifiamente humana. Contudo, qual 6 exatamen wee roblemm? Ainda: uma ver, permitam-me recorrer & ums Gas claros defnigbes de Marx 4 snes Devers considers 8 ete iment face tt habe Som got 2, desde @ iio, dsingue'o mais neta den rac nee Ss econo nar, O fact We eng dye ee be aie deste 0 pinto tunis ma inneasto as wae Sapo," slisio ae propésion humans cor ees a ene puss indteidetemene do home Ear lt sea ee Eula sete tronaton on propos que exatelecan nee Soe 30s Goh event subordinanse oe wet dye da os forma final do trabatho, iso 6, antes de se cheger b fadura humanizasio do ser pré-humano. A agio determinada mente, um mamifero, mas cols lie, harmamos de vinstinto” animal. O organismo que se deseaveng ara a coasscusio de um propéslto mimeno, Todo orgeninny, Sipe estan, Fe son ¢ Fexo sempre dirctamente, sem intermedisrios. S60 tra, © gue sgn somes 04 sar 2s ‘tho human é um metcbolirmo media ado. Os meloe prose derim 0 propésio; © propésito te revelon plo wo dos meios 3 éxgios biolégicos aio sto passvels de substituigto. Na realdade, foemaram-ie como resullado da adaptagio 25 eondi- g6es do mundo exterior; mas, 80 animal, cumpre servirse dos Grates que tem © procurar tfar o melhor proveito dees, nada mals J4 0 instrumento de trabalho que o bomem uiliza, ex- terior ao organism, pode ser substide, © um instramento Primitive pode ser trocado por outro mais ficients. Com um ‘gio natural, ao nos defrontamos com A questio da eficéa- ‘is: © depio al como ¢} os animals vivem dentro do que Thet permitem seus Segios © se adaptam ao mundo na medida fem que sour Srgdos se adaptam, Um sex que usa objetos ao- forginicos como instruments, entretanio, no depende desses Insirumentos para dar stendinento as suts proprias exigeneias pelo contriro, pode adaplar os instromentos as exigencas. A (quetsn da eficigecia 36 pode aparceer depois que essa possi Dilidace fot congustade |A descobesta humana de gue slguns instrementor s80 de melhor ufo que outros e de que o% instumentos podem ser fubwtituldos une pelos outros leva inevitavelmente & descoberta Ge que um instrumente imperfeltamente uti pode ser tornado mais eficente Isto ¢, 4 descaberta de que 0 instrumento nfo Precsava sor" dirstamente fomado’& natvrezs, mas podia ser Producido. A descoberta da menor oa maior aficincia impliewa tina especial observagdo da natureza, Os animals também Dbservam a natureza, © as causas e efeitos naturals também se fefletem on se reproduzem em seus eéiebros, Para o animal, Contudo, a natoreen & um fato dado, que nfo pode ser modifi ndo par qualquer esforga, por deseo algom, tl como seu pro prio organismo. 86 0 uso de meios nororginicos, pasivels de Substtuglo transformagto, powibiita A observaeio da. na- furern ovituarse can um nova contex’, porsibltahe © prover e-antecipar ocorréncias, o agit no propésito de obté-ts, HG um feuto a s#r colhide de wma éevore, O animal pré- hhumano procura aleanc-lo, mas seu brago muito cuto © ele rio 0 contepve; depos de repetidas tentativas frustradas, sua 26 | steessoi08 04 sare tengo ¢ compelida a desvie-e para outras coisas, Pore se © animal se serve de uma Yara 0 seu brago se estende! ese ‘vara ainds for cura, ele ainda pode ulllzar uma segunde © uma terecira, até enconttar uma capaz de fazé-io colbero frat, Qual 0 novo elemento que apareceu agul? Ba descoberia da diversidade das possbilidades a habilidade de comparar die versos Dbjetos, avalia-hes a eficitncia e escolher um delet. Com utilizagio de instrumentos, em principio, nada. mais & 4efiitivamente impossfvel. Basta encontrar o instromento ade~ ‘quado para conseguir aquilo que anteriormente nfo. pod. set conseguido. Conqulstou-se uma nova forga sobre a natureze © fsta nova forse & potenciaimente ilimiada. Nessa descoberts, precisemente, et4 uma das rafzes da mégica , por copseguin. fe, da are, No cérebro de um mamifero desenvolvido, wma interagto hhereditirla se estabeleceu entre 0 centro que assinala a fome — a neceisiade que © organismo tem de alimentos — eo centro que ¢ excitado pela imagem ov pelo cheico de um de- terminado alimento (digamos, uma fruta), A reagao de um dos e2ntros emvelve a do outro; © mecanismo & deicademente sine tonizado: quando o animal estd com fom, procura o alimento, fa feuts, Pela intexposiggo da vara — o lastrumento para fazet sai 0 fruto da érvore — um novo contato entre diferentes cen ‘os cerebrais se acha ettabelecido, E este novo proceso ce- febral vem 2 ser fortalecido através das indimeras repetigse, A prinefpio, © processo se reallza apenas em tim sentde: 0 ‘extimulo Go’ complexe sentir fome e ver @ jruta estende-se. 18 fncluir 0 centro que reage pela ligagto com a vara. O animal fenxerge a fruta que Ihe apetece e procers a vara que jf eso iow & operacio de colher a trata. Isso ainda nig pode pro- prlamente ser chamado de penser: o elemento do propésio, ‘aracteistioo do processo de trabalho — que ¢ 0 eriador do ppensamento — sinds est ausemte. A vara sada nto far surgle © propésito da obtengto do fruto; & apenas o insitumenta fas. tativamente buseado para fazé-lo cair. O-processo unilateral, © trabalho interdependente dos centros cettbras, veinse tet nando pels repetisio treqlente e seu mecstismo pode ser in- ss ononee 94 48 7 vettio, Em outras palavens, pode ter © seguinte movimento: lagu etd. varay onde. estard'a fia que’ posso apanhar com cnn vara? Desse modo, a vara — o intrumento — torna-se 0 posto de partis do proceso; o melo terve 20 fin, que € colber 4 frag, A vara jk nfo € uma mer vara: algo’ de tov0 The fol Imavicamente adiionado; uma, fangio. A fungi tornase. 0 Tate een vam, Assim, 0 meiramento comers teade fez ile digir 0 Ineressy 0 iosirmento passa serosa Tedovem fonefo da sua tulor ou menor eflncia 20 servi tm dcerminsdo proposto e aparece a queso de ae ce ao pode ser melhorado, moriteads, pare tornarse mais Wl, mals Elsa A expernentaglo espontines 0 “pensar om at Imlor" -— que precede todo pensamento como tay comeya set ttn comin opie, an Frrerio no proceso cerebral € agollo que chaniamos trsbalho, Ser concent, fazer coniiete,antecipagto de resllados pela Sve cea © pesomento io psn de in formk do Srperimentagdo abreviada que fe tassfow das mos pura © ish, de modo que os revados dat experimentabet pect. Gentes dizam de ot “memeria” © pasnm sor “experi Um exemplo diferente pode dustrar melhor est ida, Es- reve Gordon Childe em The Story of Tao's qoacea ghana maces {rate com is aver mor beta do ian {cam Ge aotiqr torma,aaronizads poem ter wervigo a vrndor mie enone ene oe vow Scrgem ov imorementor padvontndos, Exn mio & grande math, pee a om eae eee {Sante rpstnn permanency man, con saps elo Pe 28 a see 220 Ea aan ever eounbonee temvans Sorartte tends oe ‘Bar um medelo'comuim,reconheide came adn un? S a Seite muna Soe se cia es & es dhpots de ter prenchdo sou funglo’momentiacs_ Os me i geoeeceet epee pana {um devin ser expurientnon tm Colne part spieaas Spat pas pies meaner ir cil mesmo. protétipo, um ‘protétipa quo c= repeie sempre, em fa fungéo, em sba forma, em sua uilidade para o homem, Ha ‘mulls machados de pedrs lascada e, no entanto, ha um 36 ‘machado de pedta lascada. O homem pode recorrer a qualquer as imitegses do machado-modelo porque todas servein 10 mes ss noes oe sare ” smo propio deste, produzem oF mesmos sfeits © si iateas tn dimers so foselonamento. sempre a feraments de que 8 omen) se serve uma forramenta determined, iadepen- SEntmente da emosrs, do exemplar, du cepa sing'ar do ma SEisotmodelo que the eal as mos Assim, a primeira absra- Gfo. s primeira forma conceptual, fol Torneciéa pelos propos SStromgstoro.homen pfemetcn “aba dos! mus ‘BiStaow inaeigues a qualidade comom & todos eles, que era imlgnde de set machado, de tal modo qe, 90 fazi,for- fhat'g sconcelio" de mochado. Nao sabia que o estava farendo: no dbstant,exttva eando um cones Semethanca ‘Ao fabricar um segundo instromento semelnante 0 prim +o, o nomen predusit um novo fstument, igalnente st Clio. "Awin, pela semelhangs, pelo ormar semethante, © frome sdguiia'o' poder sobre or bjetos. Uma pedra que 20- {Cormente nao ere il adgulia tilda e era reratads pa (Soe do Rommem ap ce transformer em um isiromen'o, Hi Saige cosa Ge magico ners tomar semelhone, Bum ope See gue proporcona dominagdo sobre a naurez. Outat ex: ‘Gilder Confimam a esttanna decobera, Fazendo-e seme Tite's un animal, imitaadosthe a apaeacia, 5008, © Bo- them conseguia atalo,apronimar-e dle e abatélo com maior TReltdade, Aindhaeyil portato, semelhanga era oma arms, Tettorge migca, Os intntow primlvos das espécis acres tlotam, pr sua vz, malorforga b descoberta, Com bate nests ‘Steno fasion, as espécet desconflam dos animals singul- Revgos, petenceado a elas, desviam-se a nommaligae, 0 Sas of "alleen de todo Hot Ho ointment ARee ma sebeldes cm oporgto A bo, dever sex mottos weStastndon de ealetiidade natural, Dat que similitude tena Sin diguficado universal to homem pre-hsérico — que adgal- Tis Wutice no comparan,evcaler © copar insremoston — sae ein aur soore importncia « toda semelangs ‘Avangando de uma semelhangs a outa, © homem che gos ‘uma rigueca exesceate de abstrapées, Comegox 8 dar umn nome 38 | wocess0h08 09 re 4 grupos inteiros de objetos conexos. Era da naturera abstragbes que cles frequeotemente (se bem que nio sempre) exprimlssom uma conens0 ou relagio real, Todos 08 Instrumentos das diversas especies particularee —~ convém lem brar — provinham de um determinade instramento do. qual tram e6piss. O mesmo & verdadeito para diversas outs abs foes: 0 lobe, a maca, ele, A natureza se reflete na dotcoserta {de novas conexdes. © eérebro jé nie seflelo mais cada inet mento como qualquer coisa nica, ja nfo reflete cada. conch ‘oladamente, de ver que vm tigno 2 derenvolvey © sbarea to os os instrumentos, todat as cOnchas, todos os objetos © seres vivos da mesma espéci, Este processo de concentrago © elae- Sifeagio na Tinguagem toraa,possivel_ uma comunicasso mit livre © mais eficiente no que concerne 50 mondo exterior, que in homem partiha com os demals, Isso que se passe com 9 procesto da linguagem é verda- ero também —' cobretudo — para o proceso socal do t= batho. A colstvidade humana emergent repetia © mesmo pro- cso mlilas centenas do vesce, Gradvalmente, enconlou umn Signe, um meio de express, para esa sua athidace coleva, Podemos sdmitir que ete sano desivow do prdprio provesso de trabalho como cero tipo de rflexo da regulon cede rea le indicava uma stividade cspecifien © estava tho ciretamente lgado a cla que o Seu som ou vsko provocavam imedita excl tapso em tados os centrorsarebais nos qusi a tvidade este Fegistrda. Tals signos ahem uma imensa inportinee para 0 hemem primitive: tinham ‘ums fanglo ce vigsnizaglo. no int rior do grupo ou colewvidade, porque signiieavam a mesma lia pars fodor ot membros que a integravan Um proceiso coletivo de trabalho requer a caordenagio de um ritmo de trabalho e este ritmo cootdenador € apoindo por cangées mals ou menos artiuladas entosdas em conjunto, Semelhanter cangdes — eejam else a inglesa "Heave-o-ho!", 6 slemi “Horuck", ou a russa “E-uchoayem” — so essonclals 8 realizaglo sitmica do trabalho, No refrdo delas, reftio que fexerce certo efeto migico na vinculags0 dos individvos 20 gra 0, © individuo preserva o sentido do coletwo mesmo se esté ss oman re 5 batbado fora dele, George Thomson (com cujs eplndl SeIAMG inane Greve Solan: the Proistore depts SF temas qunéo eee tale sava presen re ange ole qe abn pono retry de pestagem) tua ce agn canon de (bao como combina dre te do‘em conunt) © da improv fda. Ble ee trum cant fecrdado plo misiontio ss0 Jef" in sureto thong cbr padets pare seus paoes ‘BrSpas Sagem de wobe eseda aca, cane: rrwo mathofi, ehé! oo hi leh Bes duro om ase Bevo seu en eh Eada io para 00s eh) 1 prlmeicaspalarassigos para © process de tbo stes"entaos proprctonsnéo' um Timo unifome pack 3 wae eta eelan provavcnente, 40 mesmo tempo, sis sense facta. E aed coetea, (a mesma forma. qt Sea ge miverténcin prover oma rsgio rflext meta 2 eS cep a de dabanénds). avi, ssi, via rr reer can ade tno Lingo de expresso, ums (O78 tino sabre © hommem como sobre «Rear. do tomes pri no se tstava apenas de ums eens do tomem sed dl ers esa eprom Lc SEE do uo de ee cet elevate rae oro ata console sobre a reali, A 1S- Sansa. Stew eootemtan da side Poe feng to Pein ago oo posbon eerie eas ae ra a atin da etna do ‘aba, at a Ase urn aindvgalznlo ou ob" FOE cae setter parclaren arancando-o 99 00089 ar aes epondo-o soyconoe do bone 50 Bt ie Sdernads tre au Dorn, ages “0 A wecessoaDe DA re sth sob mew domicio; posto mandar alti ic 6 e der vote que marge, ® ual ser recoohecka pel sina fhe he imprimt, Um nome dado a um objeto tem ef Shame: o cbjeto flea moread, estabeloceso una dstingio entre ‘dros demas objet, ce € caregue fe mies do homen. No SE Sesh ane quetrade de Geeenvotvimento core a fei de TMaumeoton eo morcer estes isiramentos, 0 apoderar-se dees Centnndo-oy ios, por um sal pox ome ke, 8 See'o por am omament primi) ‘6, por consequite, © Tihstuiies um nome gue, Mies sive come sentiaglo sate tndos os membros So EPUPO. geome pra tne ita SLTSRRLES at ote Pe Cee. oS Se a ee ne te el aa cam fee fa a cr ogee Vea aa ee cee es lee pe es (Ategrome de que ninguém sabe Goe'S men nome € Rempel) ‘um meio de expressio — vm geste, uma imagem, um sim, uma palavra Fora to Tasirumento ‘como um machado Senne faca, Era spenns outro modo de esabelecer 0 poder do fpomem sobre a Aare. Foi dessa mantir, portato, ave, ateaves da wtizagto de insramentos © nieve Jo proceso clio. de abel, sereriaa tora ‘natarean Este ser — 0 home — foo ss onoens oy ane a primeiro a chegar a st detrontar com o conjunte da natoreza como um sujelfo ative, Mas, antes do homem st fer tornado sufeto pera si mesmo, a nalureza se havia tornado um ob/0 para elz, Ume coisa na natureza 36 10 tora objeto a0 2 tor har objeto ou Instrumento do trabalho, Uma rslagio. seito- objeto 56 osoree através da trabalho, [A separacto gradual do homens em relasf0 a natureza (da ‘qual ele continua a ser uma eristur, ainda quando se detroate feada vez mais com ela como um criados) dew origem a vm dos problemas mais profendos da existinla humana. E peril famente razodvel falar da "dupla natureza” do homer. Con quanto nfo deixando de pertencer 2 antoresa, ele eriou uma “contranatureza” ou “supranstureza”. Por intermédio do seu ‘trabalho, dev origem a um novo ‘ipo de realidade: uma real dade que € 20 mesmo tempo sensorial ¢ supraensoral, ‘A realidade nonca é um sesmvlo de unidades sepsredss, existeies umas ao lado das outras, sem conenio entre elas ‘Todo “algo material € conexo 1 outros “slgos™ materiaiss ne tee os objetos hi uma vasta variedade de rolagdes, Tals reli {8e8 $50 Ho reals como os abjetos c & #6 pr (8 objetos constituem efeliva realidad mais complexas se tornam estas relagies, tanto mais rica © mals complexa é a aatureza de realidade, Obvervemos um objeto produzido pelo trabalho. O que 6 ele? Em termor do realdade ‘meclnies, no passa de uma “massa” que mantém laces com ‘utras “asses” (seado que 0 terma massa” ji € um termo de relacionamento). Em termos de realidade fisco-qulmice, € tum fragmento de imatéria concrcia composta de. determinsdo modo por determicades dtomos © molésiles © sujcita a certas leis peculisres a essas particulas, Em termos de renidade so cial & humana, contudo, € um insrumento, um objeto que Pos ‘ui um valor de uso e, $e tocado, possui um valor de toca, AS fovas rclagées estabelecidar pelo homem com os demi’ No- mens penetraram messe fragmento de matéria e deramihe om ‘ovo conteddo e uma qualidade que n80 tinha antes. E, deste ‘mado, o homem, o ser que tabslhs, veio reslidhde, ume supranstutea ‘meio dels gu ‘Quanto. mais rieas ‘ajo produto mals extesordinério “a | scess0Abe 96 sar 6 a mente humane, © ser que trabatha se eleva pelo trabalho 4 um ser que pensa. © peasemeato — iso é, a mente que pen fa 6. tewitado nescesirio do metabolisme mediatizado. que 1 selagio do homem com a natureza Por seu trabalho, o homem transforma © mando como wm smdgico: um pedago de madeira, um o:s0, uma pederncia, #i0 tiabalhadores de mancira a astemelhacem-se a om modelo, om sto, sio transformados naquele modelo. Objetos materials So transformados em signos, em nomes, em conceitos. O pro [prio homom ¢ traneformado de asimal em heme. Essa magia encontrada na propria raiz da existéncla hue mans, erigndo simultaneamente um senso de fraqueza © uma conseigneia de forea, om medo da natureza © uma habiidade para controléls, essa magia € a verdadeira esidncin de toda nts. O primciro fezer Um isscymento, dando nova forma ‘2 uma pedra para fazt-la servir ao homem, fol © primeito ar- fists © primeiwo a dar um nome a um objeto, a iadividualiog- Jo em meio A vartidfo indiferenciada da natotera, a mateslo ‘com tn signo e, pela criagSo ingles, & inventar am novo Instromento de poder para os outros homens, fol também um grande artists, © primeiro a organirar uma sincromiaagio para © processo de trabalho por meio de um canto rtmice e 2 30 imentar, assim, a forga eolativa do homem, fei um profeta na tne, © prime cagador a re dsfarcar, asumindo a. sparéncla ‘de um dull para eumentar & efiefeia da tonics da caps, © ppimeiro homem da dade da pedra que assinslou um insiro- mento ou ame arma com uma mafea oy vm orpamento, 0 pr hnelre a cobrir um tronco de érvore ou wma pedra grande com ‘na pele de ental pasa atrair outros animals da mesma espe cle —~ todoe exter forem o& plonticas, os pals da arte, © poder da magia ‘A estimulante descoberta de que os objetos naturals po- iam tet tansformados em instrumentos capazes de agit sobre ‘9 munéo exterior ¢ altelo levou a meni do homem primi tivo, sempre tsteondo experimentalmente © desperiendo so ‘poucos para o pensamento, a outta idéia: a léia de que o im- 9 eae on se a ose também poderta ser concpuo com festrumenioe mie Bos, iso iba de gus a natuteeapoderia ser magcomes: fe transformada sem 0 eatorgo do trabalho. Desai ns ‘mnie tmportineia da semaanga e da itech, ne dedecls se, deade que tolas an colar femelhantey cfm Menieaes oder sobre a naturza gue Ihe poda er properoneas ele tomar semelhanto” podria ser linia, O'poterecrntmeets adulrlgo de inividuazar © domionr cbjcn, de deren uma stividade social e de dar eonta de acontecimentos por meio ic sigaoe imagens c paaves,condusico 4 sivene he der migio da linguagem fore infinite, Fasciaaso pola tance dx deliberato, da vontade da proposto capes ae? emcaees soles, de fazer com que cok eens come ltins an aee wesc tr txtnla mera ele fo! evado na ima forga avateladora, sem limits, que exisla nor ate de manifesto da vontade. A maglea do fazer lnstmentoy es You inevtavelmente a tetativa de extnder » magia ao In Nolo de Ruth Benet, Patras of Ceure (Roles 1935), hi um bom exemplo da cenga segundo © gusts iekee fits tect pe for 9 nd. Um eciro nail de Dob quer que na doen fata tba Mea fei oer a ttl aba Xo cr da cerininia de encintaments, © tei Smite por ‘otecptslo s agooa' do eal fm da doves ot ea Torcese! to chlo arqusla tp conus, Sosa wine ne fa repro de Ser eteton que 'oemeamto produ ot fenindot Lemos mais adiante: Os scatman so gots to eles que Se ge scoot 7G Sine eae SS eat SENG phan oe a Be dl 9hone Oe “Disa? WS ‘eativa); ‘nee 1g a atone fowna rae ‘tse et Boca, ‘esse finico elemento, de maneira exclusiva, Tada nova qualid corer pees Sama be chelos fortes, se expléndidas pels, pilos © plamagens do 5 oucens ba ane s forgo © liga o individuo 20 grupo, a0 social, Toda perturbagio de limo € desagradivel porque interfere no procemso da vida do trabalho; com 0 que encontramos 0 ritmo talmilado sas ses como repetisio de uma constincia, como proporgae eat metra, Um elemento esstcial nas artes, finmentes€'8 caper cldede da rte de inspirar medo, fazerse reverencian, a saa tees {ente capacidade de conferir poder sobre um inimigo, A hose $40 decsiva da arte nos seus primbidios fo, inequivocament, 8 de conferir poder: poder sobre a aatureza, poder sobre OF Tok, tmigos, poder sobre o parcsiro de selagdes toxins, oder none 8 realidade, poder exercido no sentido de um fortslecimeat® da soletividede humana. Nos alvores da homanidade, a arte pouen tinh a ver com a “Beleza” naa tinha a ver com & conten fo estétca, com o desire estéico: ern um lexttumento, ms 40, uma arma da coletividade humana em sa Ives pols sobres viveacia Seria muito etrado sorrir em t4ce das superstigdes do ho- ‘em primitivo © em face de suas tentaivas pare dosnt o {oreza pels imitacio, pela identficagfo, pela forge das imagess 24 lingvascm, pela feitiaria, pelo. movimento. cltaice, oe ‘Porter apenas comegado a observar as leis de natureen por te apenas comesado descobrir causalidade, cousinue: wee ‘undo consciente de signos socal, de palaves:, concer s conn veagdes, foi naturalmente lovado inumerivels conclonbes fat. S88, attasiado pela analogis, formou mites idcas fundamen talmente erradas (muitas das quas, de ume ov de eutre forma, ainda estfo preservadas na nosta linguagem ha Hotta flosa? fis). No entanto, ciando a arte, enconttos para al un modo zeal de aumentar o seu poder e de enriquecer's sua vide, As fgitadas anges wibais que precediam uma cacada realmente Sumentevam 0 sentido do poterlo da tribo; a platurs gates £98 gritos de guerra realmente tomavam o combstente male retolalo e mais apto para atemorizar 0 inimigo. Av piaturte de animals nas cavernas realmente ajudavam a dar so casador wn ‘aldo de seguranga e superioridade sobre a prota. AS coring sis religosas, com suts conveng6cs estas, realmente aed ‘vem & instil » experiéncia social em cada’ membro a tibo 46 sa eacestmion on ante ino pnd corp ete, 0 tone, fguela fraca rlatura que se derootevy com uma nalurezn pee Figose e Sacompretasivelmente atetedora, era maltisimo aj dda em seu desenvolvimento pela mazis, ‘A. mapa orginal vio a se diferncar sradualmente ein sini, rligito« arte. A fvngio dos gosto fol rondo inpercep tyeimentealerados da limitagio com 0 abjetvo de rat Po- fore migcos, shegoarie h sobatugdo dos tacriicossangten: ton por ceimboiefepresentades. A ato do picrpau aha a: Bobs que trnsrel hi pouso winds € part magia pve, Suando verter thor aborghes surlianer, nace prepaarse aa uma vnghogastngenta ede Talo, exo procranio fe Shar ts boat yar dot mots por meio da enemeeo, J Hot fxcontramos dante de via amigo pero ema © pea ‘hen de ane. Outro exemplo: er Segre diag corando mt ‘rors. Chamam a sore de emt do homer em ojo pedago sera ests plontada. Represeatam ov preparation Ga der ‘he como prepares pico canna fa No wlope- sho ete ele, cane el aan ae mana mf (a stanga que wah embora), isha tome ier Sowa‘ do com sem oe arse Co, mine bie Epos dn queda da tovore, 0 dono do pedo de tera onde stave platadn expandee em lamentagbo: Voces rosborem {© minba ima Agu € tach taniebo a magi para a ‘A‘trvore ¢ es cryusini vivo, Dertsbendonn, x mesbror {ito preparan.o atu nove nascimesio, do mesmo modo que ncaram a morte de um indviguo comb o tev novo assay {2 fora. do" coro maternal da coltidade, ©. procedineato {heros cate a seiedno ceria tunica © = enna. ‘Sho artista; 0 pronto simalado do rm Gs Avore tens consi Bo exo de antgor temorereinprecagbes magicns, Bom A ‘eimonal que fo peservado no ame, ‘A Sdeotdade magica do homem oom a ter estava tam bbém ‘ne ralz do antigifisimo costume de sacrfcar 0 te 0 satus de rel se oviginou — como fol provedo por Frazee — antes de todo © prielpulmente da ferlldads mégice. Na Nigé- fia, os reis ecam 8 princlpio apenas maridos das rainhas, At ‘rinhas tnham de conceber para que a terra também desse fue tos. Depois que 0 homem —~ visto come reprercatante erao do deustua — cumptia a sua torets de mech, et cscangulo, o pelas mulheres. Os hitasexpalhavam o sangue do el sees sinado pels campos © sua earne era comida por donstig 5 scompanhartes da rainha — que vsavam mévcatar de etde- Jas, de Equas © de pores. Com 2 pastagem do matiseado a0 patincado, o cel fl assumindo of poderes ds eaithe, Veena Toupas de muler © equipido com telot postigos ee pastou 2 Fepresentar a caine. Em seu logit, patsou a se? asraindo @ interes 6 sfinal, 0 propio Intete otsubattatda pot ronal A reslidade virow mito, a eerimGnin migicn veow tnevnagio te, lpia, a mapa cedev Iugsr 4 ate A atte no era uma prodgfo individual © sim coletiva, bem que ab primeirss caraterisicas da individualidade tease somecado a tentar maifestar-se nos felieirs. A soiedade pie nitive implicava uma forma denea e fechada decoction, [Nada era mais tesfvel do que ser exclildo da colatndads ¢ he car sotinho. A separacio do individuo em relago ae trope oo & tribo sigiticava morte: o coletive significa vida e ¢ com, ‘eido da vids, A arte, em fodss as eva formas —'allngsigcon 4 donga, os cantor ritmicos, as ceriménise mégicas —- era a Videde social por excellence, comm a todos clevand todos os homens acima da naturezs, do mundo animal A arte nonce erdou inteiramente esse carder eoetve, mesmo mule. depos ds quebra du comonidede prmitva © da sue sbsttuie sor ‘ma ocldade Guida tm ase ms A arte € a socledade de classes Extimolador pelas descobertes de Bachofen ¢ Morgso, Marx Engels descreveram o processo de desintepagfo da to. siedade tribal cominitiria, o creseimento gradual day forge rodutiva, « progressive divsso do trabalho, © apmesinesto 4 inteedimbio comercial, a tansgio para as norman pati sas € info da propriedade privada, das classes socias ¢ do Estado, Numerosos pesqlsadores ataliaramn pormenosiode, “ | weceeion BA ARTE mente, dese eatio, ese proceso, documentando-o abundant iment. O Engulo ¢ Atenas 08 Extudor sobre a Andiga Cult Im Grega de Gooege Thomson, neste campo, sto de imenss in- portdacia, No antiga Grécia 0 sumento da produthidade do Bathe levou s uma situaggo na qual os tabathadores — os d= ‘mlurgt, "ageles que trabaTham para a comonidade” — ram Acetes como intgrontes de wine comenidede que coasiia no hete, nos mais vethos © nor cultvadores da tetra. O chete ‘l= Sha © poder de dspor de qualquer excedente na produgio agi Gol, Ge chefs rescbiam tibuto regular, A troce de beas veio te devenvalver inpereepivelmente. junto. com a6 relages Smistonts etre a¢ trbor, Dédivas e reubuigoes sssumiram © fariter de itercimbo, Os chefes © of trabalhadores foram 05 frimeicos a romper os lagos do ll: 0s prmeiros tornaramse DPropritétios de teras, ov sgundos orgpoizaram som grémio. Reta tribal transformounse em cidade-Estado, sob a diesio dos propriettios de tetas, Foi este © comego da socledade de clases, ‘Tal como & magia corresponds 20 sentido da vnidade do Ihomets com 8 aatrezs, a0 semido da identidade de rado 0 que xin —~ idenidade impliata no cif —, assim a acte se tome tna expres dor primscdios da allensgao, © eli ftémico so preteutave una tofalidade, © totem era 0 sinibolo do prépcio Ur imoval, da cloena comunidades da quel of indivduos emer fam ea qual acabavam por fetorar. A estrutura socal wifor- fom modelo" do mundo eeundan:e. A ordem do mut~ ‘Algomas ragas hamam a unidads social primtiva de womb (Gier, vente fem). 0 cletvo € uma Unifo dos vives com os mortos. O pa fre van Wing esreve om Bnudes Bakongo: ‘A. ter pence, ints, 8 tbo 1 south ter ote coi ann ao ee, {odo indie: © tte todo € r4ido pelon Batata , Stsilow eterveu 0 reguate sabre as trlbos eranda © lors da Acstla central soma be ane ° alse com wn dete Ge ge si oe ost ae in ‘ors rape po ae ea) ee ws he A porfita unidade enzo homem, animal, plata, pede, fonte, enie vida e more, eau coleiva ¢ individual, ¢ ume premissa para qualquer ceriménis msgce, 1a medida em que os homens s¢ vio separando cade vez ra rtrd aide leno ‘aduaimente desuuia pln divido do tsbsho * pel pope. dhe priv, equa exe o individu e 9 mundo exer vet acho iver mn peril, Af Je harman com © mundo exterior codon hist 08 trans, aoe aston de foucara A posts coacestca das inate ‘ou bacmy = © corpo argueado,e cabesa jopada para rds € a pours cs a da histeria, Nunta cata ettita pro, ean 15 de fee £0 de 1932, o grande maria alana Antonio Grane flava ‘she © mio palin, eendendo en ome 0 po ia set fecandamentesplean Agee grupo de pessoa que ‘Titeratra romain deccreven como > “* FO fe i contain eh ‘a meuernt tpt Bae pane de Poder ‘Tuma cemproensio aes oatadgoe'¢ bape fem Iolite eae se ant te vonaae a ren ie 4 tempos de rite em que ot contrasies ene o presente ‘© 0 nosso passedo assumem formas extremar, A teanigto di comunidad social prmitiva para a “idade de ferro” da soci 6 divide em classes, com une tedusida categoria de iigen- 50 1 weeeson08 Bt ante tes € com Gras massos de “humilhador ¢ ofendidor, foi uma dois épocas de erie A condigfo do “ica fora de si mesmo”, ito 6, da hstta, 6 a de um encrpico csforgo de recrisgto do colsiv, da unde” edo mundo. Com © progrs:o da diferensigGo sos, cco ‘am, por um lado, periodos de possessio demoniaca da colei- Vided® c, por outro, surgiram inividvos (Creglentemente os ltulos‘Gon lat) cuja fungzo toca era 4 Se sevem posseldos ‘ou “ingpirades". A tatefa desk individuoe “possuidos",profe- tas, siils ecancoresera‘vesturar a unidade perdida © 4 perc 4s ‘harmoni como mundo extetioe Podemor let no Ton de Patio imepwapo © podem acon nek eee anit rooms oe Sen, abn ete pa do cm sion and an, tm ‘amor gies te psd coma ace as seaa BS Devs fala através dos possessor, dase Plato, E Deus é um nome para a comunidede, O contesdo da powessio demonface faa eprodusto violanta do eoletivo no iaeroe do indivtauo, tums espéce de quitesséocia do coletve. Numa socledade dif Feuclads, » atte Se detenvolveu fora da magia previsamente eat Sesorrtncin da diferenciaggo © como tesliado da slentglo. a tue conduzia sss diferencacto. ‘Numa sociedado divdiga em classes, as clases procoram reeratar @ arte — a poderosa vor da coletvidade — 1 tervig 4 seus propésios particularss. As erupgoes verbais da pitoni- sa tm éxiase cram euidadosa © mato conssintemente “oompi- ladas™ pelos sacerdoes arstocrtiooe Fora da coro da clei videde desenvolveuse 0 eorfem Os binos soprados toraaram-se hinos de Touver 20s diigenss, © totem do cll se subdvidia nos deuses en arsoeracia, E, Saalmente, 0 corey, com et dons de improviso © invensSo, evolu a ponto de tansformar- fe gm um bard, apo pare cantar sm taro nes conte ema ford, em pragapablien De um la, encontamos s posicnny apolites do poder © do sanur gu, dos re, don pee See familias arstcritiss © dn ordom social extabcieede ver refletindo-her a vido ideoléles"de'manelea @ fes-he nee Per imagem da‘ordem univer, De cate lad, his we ‘elt donistacs & baizo para cima, & vor de ate sna desrida que se reugiva tm soiedader« whos en Protetando contra a velagio. « tagmentaso ds, settee ates a hubris da propriedadeprivadk & costs ¢ metas sles domiasnie,preconizanéo © tomo wor velkee Wenge 05 vethos deuses, bem como sotnciande vind te wer aes de ouro de bem comum e sins Elementen conieaisicy freqientemente se eombiasvam en un mesmo sre eee, tudo nagueles periods em got o malig Tease de caine sin nao s tina tornado ta remota coninusta © eas sonscicia do pow, Mesmo of avstnsapoliacos,avasoy de fovens clases drigets, nao se revelavem inteltotate ie fos dese elemento dionistao de proteso © de nove are to 0 wtha comonidad, oe © feitistro ns primitva sociedad taba era, no mais pro- fando sentido, um representante, um rervidor do coleivy 8 ea oder mégico acaretava 6 reco de levilo A morte Ne eas de fepttidos fracasios em corsesponder is expecongat de comnts dtde, Na Sociedade reesm-cvidida tm clases © papel oe tae elo era repaid ere 0 do artita¢o do sacerdote aoe quis fe scrtcentaram depois © médico, 0 cintnta © 6 fldsohe 0 fotimo vinculo entre a arte 0 culto x6 greduaincate velo see rompido, Mas, mesmo depois deste rompimemt, 0 arnt sone tinaow a ser 'representane e porter da sovsdade, Dele oto f espera que impoctune 0 publieo com sua vidn privy sees ssuntos particulars; sun personalidade lnvlevente eee ¢ iilgado apenas por sua habildade em fazerse 0 cco'® & ste 30 da experiacin comum, dos grandes eventos ¢idsis do aot ovo, da soa classe © do Seu tempo, Tel fungdo social cee son Derativa incineutve), da mesme forma gue nhs S60 a de foe Vieiro anteriormeate. A tarefa do artista era expor a0 seu pi blco a significagio.profunda dos acontecimentos, fazendo0 compreender claramente a neeesidade e as relagacs exenciae ‘entre o homem ea natufesa e entre © homem e 3 socedade, ‘svendand-te 0 enigma deseor elagdee, Cabia-ne clear © ‘seatdo de autoprotegso do ovo da sua cidide, da sva cass, ‘da sua macio: enbiae ibrar da ineguranga de vida das anglstias de uma indlviduaidade ambigun tragmentada.o§ Ihomens que tinham ‘iergido da sila. conmonidade pimitiva para o mundo da divisto do trabalho e dos eoufltos de clase, fabiashe conduzira vida indvidoal de vella 8 existncin cle ta vale 0 pessoal 20 universal; eabin-Ine reitarar @ unidade ‘numona poi Na ealidade, © homem pagou um prego colotal_por soa clevagso. a formas de mat” complexidade -¢-muior produtividade social. Em conseqigncia “da dierencisio de habiidades, da dvisio do wabalho e da separscao das closes, fle st alicnow. 30 x6. dn natureza come. desi mesmo, (© padrso eomplexo da soviedade representon uma disolueZo 4s relagies inter humanss: © crescent enriguecinento social fepresomiou, cm muitos aspecios, um crescent empobresimen- Yo homano. A. individuatizaeio foi seereamente seatida como tma culpa idgiea, a nortan de uma unidade perdi era inex linguivel e o sonho de uma “idade de ouro”, de umn “paraiso ‘de inocénca, Tzia de um passado ditemte © perdido na ob curidade, Iso no quer dizer que um retermo 4 utopia enka ‘Sido 0 conteudo nico ow estencal da possia no cir do de fcnvolvimento das socledades de clases, O motivo oposto — de afirmapio das novas condigSee sociis, do lowvor wos "novos deuies” — também estava poderorameate presente, Na Oréstia ‘de Esquilo, por exemplo, este 0 elemento. decitivo, Todos ‘0s problemas’ e confi Socials se refitiom na literatura ysval- mente, na forma de alguma “sllcnagio” mitolégca e com uma Enfase enganadora, O+ gloredorer do pasado como "dade ‘de ouro" cram comumente os oprimidot © deverdados. entre 5 poetas. Mais tarde, no perfodo de decadéncia do mondo 30- tig, o fema tambem servie a poctas de estegoras privilegiadas | | | | 1s ovcane bn 33 (Vinge, Horéio, Ovidio) c, aa Germinia de ct, fo use do como argumento contra 26 foreas da decaéncia, Mas 0 sen- timenta que estava presente desde'o principio que sempre Te tormivs no corto ao proceso de diferenciacto « de divsoo a Stciedade em classes oo medo da hubris, a evenga de que © fhomem havie perdio completamente o equilforio © = medida & fque o-sparccimento da individvalldage levart-o 8 eulpa tage, Jnevitavelmente A indviduainagio dos sees Homanos, por suas cone- aac, linha de se etender i ree Fao antes quan Soi rove dans voi, o dos ovegadover comercine, saga ta htc: uma cos que tanto fang ver coc HONGO 3 perumatidade fmands Os lfundisior da asocroia =~ Sie covers da vem coletviade thal —ntamy tambo SScenide nlgnasperonaldades, mar © slemento natal etn enone ere a pera, aveture © 0 he- fotmo, Um Aeuies ov ten User 6 podiam ser concthios ange do slo pr; om cas, cles no cram teri neiuai, rem mers rprenianies de sss noes fens eneaaapoes do temo medco de utenti, clos imped longa or fem des sem ance © Gov‘seus herdevon. © anvegador Comessine cra igo bem dere: wm vaelemade man dey reno de do acstumsto = andrear tidy boron Tio i raina contervadora do planio eda colbela de tora, tmos 2 nsnsincis © mutabdede do- mar, qe tao pon Slevélo como feo Jo amfiaar. Todo depends syn habl fade ncvwly da sun detctinagao, moles, eld fone: Mac’ decoys ainda ern ts pref. '© lafndis- oa term sho cram etanon um 20 outer achvase eo Imtinamenteligdor ua extnsto do aifeodio cr mals oo tmenors pia extn Cs peso do to propre, Tao “Gabe da fers e olay feta: Aa apes et @ comer {ee as sus proprzdsdce en muito otras, O comercants © ‘jeatona cam lena un ento o oat: t auras de propriate ue ot aio Hesse tas 08 Jovten propetiis © extn contaniomente sono roca ‘io é send tmalnade Nomce'a stn do indo aa ‘A fe eecarava como desonicer ts incurs 80 dinbe#o 32 conomia naturel — @ valor de toca preponderow sobre 9 v Jor de uso das coisas de modo tS0 completo como no mind ea pllalista. No entonta, ae qualdades concrstas do objeto trode quer se tratasse de metal, iho ou especiriae — passa ‘desde Togo ser secundarias para 0 mereador; © a qualidade absiata das formas de proprledade, que €-0 dint, torn Tumse a coisa esencins. E, justamente porque 0. produlo passou @ ser algo independents dele, algo que se alienava dele, (© meteador pode assum em relagio as mercadorine unt ai. tude de soberana individvalidade, A despersonaizagio da pro- priedade ew the a iberdade necessiria porn tormarse le mes ‘no uma personelidade. Nos eeatros comercnis costeioe do ‘mundo antigo, sempre caconirimos grandes principer mercado tes, “tranos” ipdividuais, que enfentam as Camilos sitocr- ticss © desainm os privigios da tradi, amparados em seus novos direitos como’ personaidades fortes © ficientes. Em sua forma monctiri, x rkquera no respeita vineulos tradicional ‘fo te importa com a nobreza c a lealdade; inclina-e. pelos mas sudacioos © mat afortanedos, \ A invasio do mondo feudal conservador pelo dinero © pelo comércio tewe 9 efeito de desumanizar ae seagSes socal desagregar ainda mais a esrutra da sociedade, © "Eu" que 58 dependia de si mesmo © 6 costign meno devia eootar pas Sou a ocupar o primelro plano da vida, No Egito, pals onde Uuabslho era mais rexpettado e orde 0 trablhador nia era die, ‘criminado como na Grecia, uma pocsia profane Bieta aoe des Tinos individvais comegou a se desenvolter, desde cedo, ado 3 Indo com's poesia sacra e com 3 Herat da coletividade, Pas amor a tanscrever nats dar mulls cangoes de amor do 40 0 Eto: Mex corto se apodera de vot, men bem, (Qeondo echo eno sna boc ere Achegenme bem voc parn enter 30 émir Fees mal me oa pow ela omplarse id wtermidades senna 04 ae 3 eee oe iat Sao esate de i Em outs pass da anighidade, fl 0 comércio que ru se a eibplviatio pars 2 Herne. A experenls naidoa Tnaur-se tuo importante que jt podia tr expressio prope, fo Tada da eronie tal, du pea erica, dos cunts sgradon Sans cangoes de guerra, O Cinta dos Ciatinn, sible pela Fenn 20 Rei Slo, cr a expresso de uma nova épocs. No IRunio rego. um’mundo de comercines navegaores — Sufo esctevev ums pecia chin de pointes individ, lame tudo su destino peoal © suns Wisersspatclare. Mls t= de Euripides reolcionow 0 tnagiific aroma coletvo qve sees dccesores brvim evade, watando sore Indias he Tranos cov lugar de mactras coletivas, O mito. reflexo de Siw cotvdade ma qual 0 indiviuo nfo passva de particle Sdnimapedosiowte tomouse urna fgSo fowl a ex enna iedhidual © novo indvidualsma, enetanto, sida se contin den- tuo don limites de-um mpl srmagio’ coletva, A persona fe cto prodoto de moves condigies soins 0 indidaaiagso Mo rae sone entpinmete com ome fu com siz powcor homens, mas um desenvolvimento ge SS separa ene muitos se formava comniavel, de ver qe tog comuniagio pressupoc um Tater comm, Se eine em {od © mundo om Unico “Ea”, onsciene des) mesmo, erga fo ante a coletvdade, era bind fenarcomnica esa con Aigdo Gniea, Sato ni0 poder ter caiodo 0 rev destino s&h fosse exlsivameate dla: a despito da sajetviasao intents, ‘ln'tiaha daar alg que nio for dito apes, mas que se pl ava ao eso de outs petsons. Ela expresnva ma experiacia ‘SStmum a mites a expeigncia de solidi, dt personalidade ferda ec seetada — uma Singuogem comum a todos os EROS Sao steve um moto fein arco: sn epe Enc subjeave tase tornado objiva, de mantra & poder Sor acity como tm exporgncia ualversoimeste hema, E mais: © femovo poema a Afroite 6, por sua eaters, uma ora 530 — vim meio magico de influenciat os dewses, of de see ‘°F certo poder sobre a felidade —~e'€ um sto migice,eaeee, mental. © propéito ou Tuncso de vemethantes, pcm ¢ 6 ae afetar tanto os deuies como os homes; nao simpleamente Je leserever uma condigio, mat ode na realidad muda le Poe isso, poeta subjetivo submetia- & uisciplina da metios ete fomis, 9 cerimdnin misica e 1 comvenci tcligioss © fat de que win ser humane 150 se Timiasse Capri um protests oe forme contra a dor da paixso de seu destino individ, ss de Hiberadamente‘abedecesse 4 discipina da Tingvapem ¢ 4s pornos 4a tadigio, parece inexphcavelat¢ que nos dopohamios come Preender a arte como um meio indivi de retorno 40 colt © novo “Eu" emergin da antigo “Nés" A. vor individual estacarase do coro. Mas vin con daqucle coro ainda evden, va em cada personaldade. O elemento socal ou toetve se na subjetivizndo no “Ex”, mas o contig tssenial ds perses ‘ada continua e continva sida hop 4 ser nash Orne, Ag. mais subjetiva dos sentimentos, & tambéen 0. mia spied os insntos, o istinto da propagagso di eopécie As formas e expresses especifens do amor em qualquer época refletem a5 condigées rocsis que permitem i tenualdade, descmeterse fm relagdes mais rea, ‘mais complenae © mats sti Refleton quer a atmosfera de uma sociedade bascada na eserevso, quer a atmosfera de uma sociedad feudal ou de um sociedene burgues E reetem, também, o grau de igueldade ou Sesocal ‘dtde das mutheres em relagSo 208 homens, esrutora do goers ‘mento, a idsia cortente de fami, aide no que te tefere a bropricdode, etc. Um artista s6 pore exprimic a experiencia ‘aquilo que'seu tempo e suas condigsessociis t€m pare Ofer ext. Por esa rario, a subjelividide te um artiste abo comic fem que a sun expergacia soja fundamentalmente dverea de dos vires homens de sou tempo e de sua classe, mat conse gue la sejn mats forte, mais conciente-e mls concealed, xperigncin do artista precisa spreender as moves relagace so; ciais de mancia a fezse que outros tambéan venham tense ‘conscigncia dlss; ela precisa dizer hic tut res wplur: Metro ‘mais subjtivo des arstas trabsthn em favor de sociedade, Pe to simples fata de detcreverseakimenton, reaps © condgoes teen havin so Getolce sraclorment de canalgeot our "EA aparentemente lado param “Nivy © et Noe" pode ser Teconhcio até'na subptviade tasbordante pena i ae, a pce a Siem scorn preva cleaned pander so contra fepresenia um impulinaaiteelo de uma nova comnade ‘Nein ierngane temic, a quel er nial no se re uma ris unssovanca” Eon todo suéntico abana Je Sho, a dvso de relldnde humana cm inlviden © coco, Sm iigulre valve ¢ inertompid, porem € maida come {itor ner incorpo em ms unitade tering Seer oe nee Tr reaidede com's Je plasmas O Motte de Migel A petteanara a mecearanaes Usnalmente, 0 arstareconbecia ume dapla missio soci: agucla que Ihe era distamente importa pola cidade, pela cor- poracde ou pelo grupo social © aguela que Ihe vinha indicts Iente do experiencia cotetiva por cle asumida, isto é, aguela fue The vinha de sua propria conscléneia socal, Ax dass misses ‘Mio coincidiam nectssaramente c, quando passavam a se cho- s | weer ea car com domasada freqiiicia, ito cfa_ wm inal de crescents Soiagonismoy no interior da sociedad. Fim goral, porém, 0s tetas que pertenceram a socicdades oerentes © 9 clases sina nao eoastquidas cm impedimentos ao progresso nao senticam Como perda da iberdode artstiea a presericao que Tics era ek fa pela socedade de esr tipo de temas. Muito earamente tas temas foram impostos por espriches de patedes Individuals; ust iments, eran impostos pot tendéeciat e tadigbes profunda- Inn ewvaizadas no pave Dido tema, um aftsta pedi, por nig do mesmo, eapressat sun indiviuaade ao mesmo tempo, yerstar novos prozssos que s© reali am no inferior de sociedade. Sua habiidade para exptar 0s Tragon esscneiis do seu tempo © para desvendar as nova teal tad era a medida de sua grondera como artista "Tem sido quase sempre wma eatacteristiea dos grandcs pe- riogos da are G2 que. a idsias da clase domisante ov 3s ficas de uma classe evelusionats em arcensbo coineidam com O deremvinvento da forgas produtivas e com 35 necessindes \ ers da sociedade, Ea tos periodos de equiloro, uma nova ‘Charmoniosa unidide tem parecido haver sido quaséaleangada, ‘os intrceses de tna dtouminads olsre particular ten pare fio coro intoresse comm. © ait, vivenloe teabalhand em tim estado de iesso magica, prefigaava o nascimento de uma Comunidade que todo abarcria, Porem, aa medida em que 0 arse Mus6ro des expectalva se tornow claro, na medida ‘Sm que # aparente unidade se deritegow © voltou 8 explodir conflito entre as classes, © na medida em que as coniradigoes © fnjatigns da nova situagdo se foraram mais gud, a sit {80 da arte © dos artistas tornow-se mals diel © mals probl métca. "Numa sociedade em decadéacia, a arts, para see verdedcl- ra, precisa cefletir também a decadéacia. Mas, a menos que ela ‘qoera ser inflel& sua fnglo social, mare prossa mona 0 undo como parsvel de ser mudado. E sjudar a madéto

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