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N.Cham. 720.47 B62Su 2004 sneourt, Leonardo. ddas cartas solares : diretr iiiniin ‘202260711 ‘UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS Conseto Eatrkt ape: MoeosSpnsst Retr ‘Sea Diab Moi (Preside) Prot prio Bon Yescenclas ‘na Dg Recen Dires Gero ries de Olvera Carvaho Mercier Maria do Score Ager de Olvera Covent nica de Bers Lbo Filho Raters Sarena Lima EE. Direora de Baal Iris Made Mowe Lina AEANTE Pas ‘Sela Diab Mal Paulo onder ero BIBLIOTECA UNIVERSITARIA Lindenberg Meares de Arango " Fn ena See o3/10/.4007 dntni de Pata Covers ‘Maria Bemadete Camara Shower 2822607~11 CCuaogogt aa fone Universidade Feder de Ategows Be, 430884 ae Be? Bitencout, Leona sodas cara soles eres para aritetos Lenard Biteocour ~ el. re. © seep, ~ Maceiés EDUAL, 2008 1p. ‘ibigratiarp. 79-80, Agee S11 1. Arteta Cts sacs 2, Artes ~ Radi sla. Ho or eco any Earenes = 8 cou m5s152 SEIS SRE ISBN: $5.17-0546, Ef - Etna da Universidade Federal de Alngos = Campus A.C. Sines, BR 108, Km, 97,6 FosefFax: (2) 2041111 * Teonlea do Mains CEP, $7 072-970~ Maceo» Alagoas E-mal wor edule afl br lee IoTeca” PREFACIO A QUARTA EDICAO Treze anos se passatam desde primeira ’édicio deste livso. Foi com agradavel surpresa que vimos a primeira edicio se esgotar, apesat de se tratar de publicasio oriunda de uma universidade pequena, e sem tradicio na area editorial. Comeco a acreditar que a professora Liicia Leimbeck tinha razio quando insistiu para que adaptissemos este trabalho, que inicialmeate tinha sido pensado apenas como uma apostila, a fim de transformé-lo em livro, com a inclusio de mais ilustragdes e a revisio do texto inicial Durante esses treze anos recebemos mnitas sugestdes, Principalmente dos colegas professores. Algumas relativas & inclusio de novos contetidos ¢ outtas relativas & expansio de capitulos existentes. Nesta quarta edi¢io, no entanto, limitamo-nos a revisar um grande niimero de pequenos erros de impressio e revisio, enquanto amadurecemos as sugestdes de modificagdes mais substanciais, Também foram atvalizados os Mapas Magnéticos do Apéndice 2, possibilitando uma estimativa mais acurada da declinagio magnética em relago ano norte verdadciro. A maior alteragio consiste na incluso de um novo capitulo contendo um software de computacio gréfica, de autoria de Clatissa Marques e Thales Vieira, sob orientagio do Prof. Hilitio Alencar. Este tem como objetivo auxiliar os leitores na compreensio da geomettia solar, bem como se constituir em instrumento didatico para os colegas professores, Gostatia de reiterar os agradecimentos aos colegas, professores cestudantes, que se dispuserem a gastar um ponce de seu precioso tempo nos eserevendo com sugestdes para 6 aprimoramento frturo desta publicagio. Maceié, janeito de 2003 Prof. Leonardo Bittencourt Universidade Federal de Alagoas Centro de Tecnologia - Departamento de Arquitetura ¢ Urbanismo Campus A.C. Simdes, Tabuleiro do Martins ‘CEP 57072-970 ,Maceié ~ AL E-mail: Isb@ctec.ufal.br 4 INTRODUGAO Ao me propor a escrever este pequého trabalho tinha a intengio de preencher uma lacuna que verificava, constantemente, nas publicacdes que tratavam do controle solar: 0 leitor nio conseguia utilizar as cartas solares, exclusivamente apoiando nos textos das publicagées ¢ ilustragdes existentes. Fui procurado muitas vezes pata esclatecer e “decifrar” o que significavam alguns destes textos. Isso se mostrava grave pelo fato de'vivermos numa regiio quente © com altos indices de insolacio e pelo assunto nio ser considerado importante em grande parte das disciplinas dos cursos de Arquitetura. Dai o interesse em procurar elaborar um texto diditico, com © objetivo de atender primordialmente 20 estudante de Arquitetura que deseje trabalhar levando em conta os aspects selativos a insolacgio em seus projetos de Arquitetura e de desenho urbano. O contetido esta dividido em quatro capitulos. O primero, fornece informagdes basicas sobre as caracteristicas principais das radiagdes solares e alguns antecedentes histéricos do uso do sol na Azquitetura. segundo capitulo procura dar uma ripida visio do. balango ‘energético entre o Sol ¢ a Terra ¢ dos movimentos de translacio rotagio da Terra. © terceiro capitulo trata da confeccio dos diagramas solares, da relagio entre 0 tempo solar € o tempo legal e da declinagao magnética da terra. (© quarto capitulo procura fornecer as orientagdes necessirias 20 uso dos gréficos solares, bem como orientar quanto a escolha dos protetores solares mais adequados para ‘cada caso espectlico, © quinto e iltimo capitulo, se apresenta como um capitulo adicional dessa 4" edigio. Contém um software de computagio grifica, de autoria de Clarissa Marques ¢ Thales Vieira, sob orientagao do Prof, Hilfrio Alencar. O CD do progeama esté no contra-capa do livro € tem como objetivo auxiliax os leitores na compreensio da geometria solar, bem como se constitair em instrumento diditico que os colegas professores podem utilizar em suas aulas sobre o tema. No final do trabalho serdo encontrados alguns apéndices contendo as cartas solares para varias latitudes brasileiras; um cileulo pormenorizado da diferenca entre 0 tempo solar e o tempo legal, incluindo um grafico com os valores da equacio do tempo para o ano inteico; ¢ as cartas magnéticas para o Brasil SUMARIO: 1, SOL. x 1.1. A natureza das tadiagdes solares e sua importincia biologica para ohomem "1 LLL. Natuteza das radiagbes i 1.1.2. Raios infraveemelhos 2 1.1.3, Lazvisivel 1 vue 12 14. Rais ultravioletas cnn : svneanmine 12 1.1, Problems causados pelo Sol nn cemsennnnnnns AM 1.1.6, Solevideo ak . 4 1.1.7. Conclusio ete a erltedeeretectetetad] 15 12. OSoleas edifcagdes senna 1S 12.1. OSoleas edificagdes ao longo da HistSra.. = 15 1.2.2, Aarquitetaraistimica umnnsnn snmesnnnion 16 1.23. OPUEIOS enn : see 16 T.2A, Vite 90 ; et v7 1.25. Antecedentesbrasleiros.. : 18 1.2.6. A arquitetura Modem. CI vennmcenns 20 2. O SOLE A TERRA. 241. O balango energético da Tere wun vnnananae 2B, 2.2. Os movimentos de rotagioe translagio da Teta B 3. CARTA SOLAR, DIAGRAMA SOLAR OU GRAFICO SOLAR. 31. 3.2. A confeceio das cartas solares 33, 34, 35, 4. 4 4.2. Algumas utilizagdes no desenho urbano ... 43. 44. A mascara de sombra.... 49. (Osmovimentos aparentes do Sol inna 3.1.1, Altura solar eazimute 3.24, O grifico de Maceié. . Medidores de ingulos vertcaisehoxizontais “Tempo solar e tempo legal Norte verdadeiro e norte Magnético © USO DOS DIAGRAMAS SOLARES. Localizagio de alturas solares €27MUtes nsonnnnennnenn © uso de grificos na orientacio dos edificios.. 44.1. Determinacio da miseara desombra 44.2. Determinagio das obstrugdes causadas por obsticulos Os virios tipos de protetores solares 45.1, Protetosés verticaisfixos... im 7 4.52, Protetores horizontais fixos 45.3. Protetores mistos 4.54, Protetores méveis. 435.7. Venezianas a a ar 28 32 33 35, 36 39 4 43 4 46 33 53 54 54 3 56. 56 57 4.5.8. Toldos ee 4.6. Os Vitios Tipos de protetores solares.. 4.6.41, Protetores verticals uunnnne 4.6.2, Protetores horizontais, 4.6.3, Protetores mistos AGA, Protetores EVES nnn 4.6.5. Elementos vazados 4.1. Alocalizagio de coletores solares 4.8, Roteito para o projeto de protetores solares. 4.9, Observagées finas.. 3. SOFTWARE: INTRODUGAO AS CARTAS SOLARES 5.1. Tntrodugio ao programa : 5.2, Instalg30 von ee 5.3. TER NICH nssnennnnnnninin 5.4, Tatoxial ~ 5.5, Modelo 3D... = 5.6, Rettamenta de criacio de carta solar... 5.7. Desinstalagio 6. BIBLIOGRAFIA. 7. APENDICES...... RaCSesssay O Sol 1-0 SOL, 11 - A Natureza das Radiagoes solares ¢ sua Importincia Biolégica para o Homem. Fregiientemente ouvimos de pais e avés que é importante para as criangas 0 sol da manha, Ao se indagar 0 motivo pelo qual o sol matinal € saudével, uma metade nao saberd a razo e a outra metade responderi que é por causa dos raios ultravioletas. Uma boa parte desta dltima metade, entretanto, esclarecers que é porque s6 existem raios ultravioletas pela manhal Quis dar esse exemplo para ilustrar nossa ignorineia com relacio a0 astro que regula grande parte dos acontecimentos metodologicos e da vida biolégica na terra. Veremos a seguir a natureza das radiagdes solares como forma de compreender onde e quando elas deve ser evitadas ou desejadas. 1.1.1 Natureza das Radiagses. © sol emite radiagdes cletromagnéticas. As tadiagdes eletromagnéticas sio aquelas constituidas de campos elétricos e magnéticos oscilantes, e se propagam com uma velocidade constante no vacuo. As radiagdes solares vio do infravermelho passado pela luz visual até o ultravioleta. ‘Mas como todo corpo tadiante, o espectro de sua radiagio varia ‘em funcio de sua temperatura. No caso do sol esta temperatura & de 6.000°C e sua emissio mais intensa se di com frequéncia de onda da ordem de 5.000A°, que € a parte do aspecto constituida pela luz visivel (4.000 2 7.800A°) (Ver figura 1), 1.1.2 - Raios Infravermelhos. Segundo Vicente Cicardo', os raios infravermelhos produzem um. aquecimento superficial dos tecidos, sendo que 95% desta radiacio absorvida & 2mm ¢ 99% dentro dos 3mm de profundidade da epiderme. ‘A natureza destas radiagdes & calotifera e ptoduz dilatacio dos vasos aumentando 0 fluso sangiifneo. O aquecimento aumenta a fagocitose e a atividade metabélica local, o que pode resultar em reagio favorivel dos tecidos com processos infecciosos. 1.13 - Luz Visivel. Os raios visiveis atuam por sua acio foroquimica produzindo fendmenos de oxidacio. F, de fundamental importincia nos processos vegetais onde 2 fotossintese desempenba papel vial através da absorcio da luz solar. Este trecho de espectro solar é responsivel também pela luminosidade natural que irradia sobre 0 solo tertestre. 1.14 - Raios Ultravioletas. Ainda segundo Cicardo, os raios ultravioletas manifestam sobre os scres vivos agées fisico-quimicas que diferem em grau de atividade, em relagio As suas longitudes de onda. ARDO, Biofisiga, 1974, pp. 481-485. ‘ano 0 nh (a) Rost Esrecrto pa RIDIAGHO SOLAR FONTE: MARZIA, 1879 nw VW i % g Hi Sh ha i As tadiagdes que produzem mais reacdes quimicas, com efeito ‘mais intenso, sio as compreendidas entre 2.500 ¢ 3.1008"* ‘A penetracio destas radiagdes através da pele e das mucosas nunca excedde a2 mm; ou seja, algo inferior 20s taios infravermelhos, Os antigens ¢ anticorpos sio também inativados pelos raios ulteavioletas, existindo grandes variagBes na capacidade de resistencia as radiagdes. Finser havia demonstrado, segundo Cicardo (1974), que “os raios vultravioletas cram muito mais eficazes para destniic as bactérias que a luz visivel”, e que “taios de mais de 3.000A° sio relativamente ineficazes, anmentando progressivamente a agio bactericida até 2.600A°, onde aleanga uuin maximo © dectesce outra vez aos 2.300A°, elevando-se novamente por debaixo de 2.200A, Afirnta ainda que “em geral, os esporos so 15 a 20 vezes mais resistentes que as formas vegetativas das bactérias”. © efeito curative dos raios ulttavioletas sobre as feridas é atribuido & ago germicida © 2 uma acio diteta sobre os tecidos, As células impregnadas pela radingio liberariam substincias que estimulariam 0 crescimento, a respiragio ¢ a glicélise de outras células. As pesquisas citadas por Cicardo (1974) demonstraram que 28 radiagdes de até 2.850A° tém acto quimica e esterilizante sobre a pele; 2,850 a 3.150A°, eritematgena (geradora de eritema) e estimulante; e de 3.150 2 4.000A°, pigmentégena. Os raios inftavermelhos se caracterizam por sua capacidade penetzaate e calérica 1 Angstron (A®) = 10" m. 13 1.15 - Problemas Causados pelo Sol. Sio conhecidas numerosas afecgdes da pele causadas pelos raios solares, especialmente os ultravioletas. Certos eczemas, usticiiias € acnes se produzem por acio do sol. Também o céncer da pele pode estar relacionado com a intensidade dos raios solares recebidos pela pele. Segundo Roggo, apud (CICARDO, 1974) as radiagdes produziciam acumulagio de colestexol na parte irtitada, a qual se intensificaria ¢ desidrogenaria, transformando-se em substincias cancerigenas. As radiagdes seriam suscetiveis de produzir cincer € simultaneamente climinagio, com a urina, de substincias estrogénicas, ‘Além de problemas da pele, podem existir também problemas na visio ocasionados pelo excesso de luz. Entre eles esta a fotooftalmia que @ uma inflamacio da eérnea causada pelas radiagdes de menos de 3.200A° e determinads, provavelmente, por uma alteragio das proteinas células das cémneas. (Ver fig, 2) 11.6 - Sol e Video. Outro dado importante relative 4 natureza das tadiagdes solares, € 0 seu comportamento junto aos videos comuns Segundo Koenigsberger este tipo de vidro transmite grande parte de toda a sadiaco compreendida em 3.000A°, sendo opaco as demais radiages FIG.2.- OBICESIO Pe rol. CAUSA PeORUEHRG AO HOHE 1.1.7- Conclusio. Podemos concluir, portanto, que o sols uma fonte de vida 1 fundamental ¢ muito potente, ¢ que, como tal, deve sex usado dentzo de certos limites, respeitando-se rigorosamente suas caracteristicas ¢ propriedades bioldgicas € fisico-quimicas 12- O Sole as Edificagoes. 1.2.4- O Sol ¢ as Edificagdes ao Longo da Histéria. A utilizacio inteligente do sol nas edificagdes jé data de tnilhares de anos. Alan Guyot e Jean-Louis Izard (1980) mostram que desde os habitantes trogloditas © uso da enengia solar, através das propriedades de inércia térmica’, se encontea presente. (Ver Fig. 3) FiG.3 -OHOWGK TiRA PARTIDO TO 40. PABA COTE SaaeeeeS ARNO? MAIS CONFORTAVE!D > Indrein Tésmica - propriedade das pacedes e coberturas dos edificios seferente 20 satraso e amortecimento do Fluxo'de Calor que passa pela envolvente das edifieagBes Is 1.2.2 - A Arquitetura Iskimica. A azquitetura Islimica demonstra grande conhecimento das formas de controlar os tigores do clima quenté e séco™ existentes no Norte da Africa. As edificagSes dotadas de patios, paredes espessas, com poucas aberturas ¢ pintadas de branco demonsttam uma forma exemplar de controle do sol em climas deste tipo. Da mesma forma, as aglomeracées uurbanas, quase que um amontoado de construgées com circulagoes estrcitas € muitas vezes sombteadas, expressam a preocupagao de reduzir a exposigio das patedes das edificagdes aos maios solazes durante o dia, e sedurit as perdas, para a abdbada celeste, do calor acumulado no perfodo diueno. (Ver fig. 4) 1.2.3 - Os Pueblos. No atual sudoeste dos Estados Unidos desenvolveu-se, desde 0 século VI, uma civilizagio india, conhecida por Pueblos, distribuida pelos atuais estados do Novo México, Arizona e Colorado, Estes povos desenvolveram uma maneira de morar onde a adaptacio ao clima se constitufa em ponto de destaque. Situados em clima quente e seco, com grandes vatiagdes de temperatura entre 0 dia €a noite, os Pueblos foram contituidos pot aglomeracées que lembram = Nos dlimas quentes e secos, a temperanasas atingem valores altos durante o dia crem significativamente ducante a noite 16 FIA -AAOMERACIO URBINA EM cARBAsl,aReELIA Foxe: HEARD © cover, 1800. formiguciros gigantes. Dentre eles, destacam-se 9 Taos Pueblo, ainda existente ¢ explorando tutisticamente pelos préprios indios, ¢ o Pueblo Bonito. Taos Pueblo é constituido de eélula justapostas e que, 20s pontos, mais altos, chegam a ter mais de cinco pavimentos. Segundo depoimento dos atuais moradores, apesar de pequena quantidade de aberturas, 0 ar nao fica viciado; e a forma, os matetizis, construtivos e orientagio do conjunto em relacko ao sol, propiciam uum razoével conforto quando a temperatura cai durante noite. Pueblo Bonito se destaca pela sua forma semicircular escalonada, voltada para o sul, orientacdo que naquela latitude € hemisfério recebe o sol de inverno, favorecendo 20 maximo a insolagio das unidades habitacionais nesta época. A implantagio junto a uma encosta, pelo lado Norte, faz com que seja reduzida, em grande parte, a incidéncia da insolagio de verio e dos ventos de inverno vindos do Norte (Ver fig, 5). A espessura das paredes e tetos, ¢ os materiais ai utilizados favorecem © aproveitamento da defasagem térmica interior/ exterior proporcionada pela inércia térmica das envolventes arquiteténicas. 1.2.4 - Vitrivio (Século 1), A prcocupagio desde atquiteto (engenheiro militar) com o clima 6.5 -0f PUEBLO» Ent CoxprITUWOY ROR CONST : pe nectonn € 4 orientagio dos edificios resultou em um dos excritos mais antigos Fowe? iZaar © corer, 98. sobre o assunto (data do século 1), 7 Para Viteivio’ a orientagio adequada proporciona melhores condicées de habilidade do edificio e da cidade. Mas, além disso, podetia ser utilizada com efeito plastico e até mesmo mistico (Cap. V do livro IV), Sobre a adequacio dos edificios 20s sitios onde serio construides, dedicou © primeiro capitulo do livro VI. No final deste capitulo, afirma: “Ora, se é verdade que a diversidade de regides, depende do aspecto do céu, € produz efeitos diferentes sobre as pessoas que af nascem, que siio de um tipo diferente, tanto no que concerne A estrutura do corpo como na forma do espitito, esté fora de chivida que é uma escolha de grande importincia a adequacio dos edificios & natureza e ao lima de cada regio, o que néo é dificil, posto que a natureza nos ensina a maneira que devemos seguir”. 1.2.5 - Antecedentes Brasileiros. A maioria das aldeias indigenas brasileiras sfo circulares ¢, aparentemente, demonstram pouca preocupacio com a orientagio, em relagio 20 sol, das unidades habitacionais Isto pode ser explicado, era parte, pelo fato daqueles individuos passarem a maior parte do seu tempo a0 ar Hvre’ou a sombea de “puxadas” existentes nas casas de algumas aldeias. Portanto, o grande objetivo da construgio é o abrigo noturno. No livto, As Habitagdes Indigenas', aparece a citacio de Giaccaria ¢ Heide segando a qual a “construsio tradicional possibilita ‘um isolamento térmico notivel atenuando assim, no interior, o efeito Tes’ dix lives d'Architoctare, 1979. pp. 133,188. Habitacdes Indigenas, 1983, pp. 41 FG. 6 ALDES DE PESCAPOREY NO LINOWAL NOREEN FIG.7- AG VARANDM: FUNCIONAM con UM GTIKE: PupTete SIAR das perigosas e freqitentes quedas de temperatura”, Isso se deveria & boa cexaustio do ar quente através da camada de palhg.e a0 bom isolamento térmico proporcionado por esta mesma camada que constituia os fechamentos, especialmente a cobertura. Esse isolamento atenuaria o calor proveniente do sol durante © dia, e conservaria 0 calor produzido no interior durante a noite Vale lembrar que nos locais onde se encontram as aldeias indigenas, mesmo em regides quentes e timidas, a temperatura cai o suficiente para provocar a sensagio de frio, e que as “vestimentas” usadas pelos indios nio actescentam qualquer protegio térmica aos seus Outro exemplo interessante aparece nas aldeias de pescadores do litoral nosdestino onde a implantagio e disteibuigko das unidades protegem as habitagdes da intensa insolagio sem prejuizo da preciosa ventilacio, tio necessiria nestas regides. (Ver fig.6). A arguitetura portuguesa, quando da construgio das casas dos senhores de engenhos nordestinos, também apresentou, de imediato, uma adaptacio 20 clima ensolarado: as varandas. Estas desempenhavam excelente papel de espaco de transicio entre o interior € o exterior das edificacSes. Além disso, eliminavam, quase que totalmente, a insolagio das paredes exteriores que limitavam os ambientes internos da sesidéncia, (Ver fig7). 19 Mi 1.2.6 - A Axquitetura Moderna A Arquitetura Moderna retoma, através de Le Corbusier, a Pteocupagao relativa a insolacao nos edificios. Aparecem os “btises-soleils”, ou quebra-séis, elementos utilizados para barrar os raios solaes sem impedir a visio ¢ a ventilagio, teduzindo o excesso de luminosidade, dos ambientes (Ver fig8). A arquitetura desta época realizada oa India, na Africa, na Australia e América do Sul apresenta exemplares magnificos de utilizagao destes quebra-séis. No Brasil, as primeizas utilizagdes de grande importincia do quebra-sol se deram nos edificios do ABI e do Ministério da Educagio, ambos no Rio de Janeiro. No mesmo periodo, comesa a ser usado no Nordeste por Luis Nunes, os conhecidos cobogés, que nada mais sio do que micro-quebra-séis (Ver fig.9), Segundo o engenheito Antonio Ageu, citado por Evelyn Lima, a obra de Lafs Nunes estava “acompanhada, por um lado 0 movimento renovador de arquitetura em todo o mundo....e por outro lado, adaptando 05 edificios publicos as suas fungdes especificas © As caracteristicas do clima ¢ do ambiente regionsl”™ Neste petiodo, o sentimento de nacionalidade, de pais tropical com caractetisticas préprias, levou a arquitetura (¢ as outras artes) # STEIN, Semeando a Bos Semente, 1987, pM. in Revista AU. o? 14 20 FIG.3- © DEOGC, OY MICID QuEEAA 10% | | | | FIG10- 0 VIDED PROVOCA O EFEITO BSTUFK ‘tesBn LAs raDRNe as EAC © VIDED TEBNOCA "SeyscasetS Has PaSLNREED i Abo Sie) © 40 re GORTiy GEbU2. BOASTICAMCAITE 6 Kiker De UMINAGAD BO ANBIEATES, Feito excesso DE VIDIO Pope. PrOUOCAR. MOLE Nap RELATIVOS & HOKINAGED NATURAL procurar nie apenas a adequagio fisica da consteugio ao elima. Buscava- se, também, uma identidade cultural: uma expressio plistica peéptia. Aos poucos essa preocupagio vai se diluindo, e a arquitetura tendendo a se incorporar 20 rol do “Internacional Style”, com fachadas, totalmente envidracadas, Por incrivel que paresa, essa aberragio bioclimitica, se alastrou do Norte a0 Sul do tertitério brasileito, e conquistou muitos adeptos. Mais recentemente, a crise energética, surgida durante 0s anos 70, exigiu a revisio destés valores internacionais, gue exibiam um consumo energético violentissimo pata o pleno fancionamento dos edificios. As fachadas envidracadas formam o conhecido “efeito estufa”, sobrecarregando, assim o sistema de ar condicionado (Ver fig.10). A colocacio de cortinas (para evitar a forte insolagio tropical nos ambientes) reduzia a luminosidade natural e climinava a maior vantagem do video: a visibilidade para o exterior. ‘A auséncia total de protegio (cortinas, persianas, etc), em locais de grande profundidade, on sem o seu uso de forma cerrada, também aumentava o consumo de energia para a obtencio de uma iluminacio adequada. No caso do uso de um tipo de protegio certada, esse aumento se dari devido & reducio dristica do nivel de luz natural. Jé a auséncia de protecio acarretari um forte contraste provocado pelo altissimo nivel de iluminincia das Areas préximas As aberturas em relagio as fireas mais afastadas destas mesmas aberturas, requerendo iluminacio adicional a fim de reduzir esses contrastes 4 niveis visualmente confortiveis. (Ver fig.11) a o sole a terra 2-0 SOL E A TERRA. 2.1 - O balango energético da Terra. © fluxo de energia solar esté permanentemente atingindo o globo tervestre e sua atmosfera. Aatmosfera atua como um filtro solar. Antes de chegar 4 superficie da terra as radiagdes emitidas pelo sol atravessam uma camada gasosa de aptoximadamente 8 Km, que difunde, tefrata, difrata ¢ absorve parte destas radiagdes. (Ver fig, 12) Segundo Bardou e Arzonmaniam (1981), a cor azul do céu é dada pela difusio que se produz nos comprimentos de onda maior que as dimensées das moléculas que esbarram na radiacio. A absorcao e teflexio da radiagio solar depende dos componentes que estejam em suspensio na atmosfera (pocita, poluigio, gases naturais, como ozénio, por exemple, etc). Por esse motivo, quanto, maior for a espessura do filtro, maior ser a reducio do fluxo enetgético que atingiri a terra (Wer fig, 13). As diferengas existentes entre a intensidade do sol matinal ¢ aquele do meio-dia, sio explicadas por esse motivo € pelo fato das radiagées das primeitas horas do dia incidirem de forma inclinada ao plano do observador, enquanto que a0 meio-dia, a direcio das radiagies € perpendicular, ocasionando uma maior concentragio energética por area de superficie (Ver fig. 14). 23 irate re cao 2m Rhee Rs ies—————— 2 sera ates Reiner recombi bits Beh Fri 2-INEWENCIA 9020. soe A TESA FONTE::Koemicstencee 4977, A a Ea aa-k . 1G Area C > Brea \ Tnfensidade C < Intensidade B. Tz Tx coo fore | FIG.15.- PEPENDERDO DA HORA JO DIA 0 $01 ATRAVEY6A MaDe ly FIG. 1-DIFERENCAS ENTRE. A DENSIDADE Do FLUXO Go MOGR erhameh weve noting EAEGETED rata ce Ferenc) Datei NO Rado LETS Ba eet eae, eLon (a) On anche a on ease aynapuicko pe ont Lansn 20% bieyaroanzio. cJconveegho, TOTAL DAG FERDAS_ 50% 20% Toye Fig, 45- BALAN Go ENEREETICO ENTRE ORL EATERA. FONTE: KOE BNIFBERBER, 1277. Batzetanto, a tetra além de ganhar calor através de radiagdes solares, climina-o na mesma proporgio que recebe, ocagionando 0 chamado Balanco Energético da Terra (Ver fig, 15). 2.2.- Os Movimentos de Rotagio e Translagao da Terra. O centro de gravidade da terra gira em torno do sol formando um plano eliptico. A excentricidade da clipse acarreta uma variacio no fluxo da cnergia solar recebida pela terra, entre um maximo situado no solsticio" de vetiio € um minimo no solsticio de inverno; e mais dois momentos de equilibrio entre esses extcemos (Ver fig. 16), 08 equindcios”. A direcio do eixo de rotagao da terra, que passa pelos pélos, permanece constante 20 longo de todo 0 ano, e forma um Angulo de 23° 27° em relagio 4 normal ao plano que contém a trajetdria eliptica da terra. E esta inclinacio, a responsavel pelas diferencas estacionais ao longo do ano (Ver fig, 17). Além disso, a terra possui um movimento em tomo do seu cixo polar, responsével pela variacio que proporciona as noites ¢ os dias. * Solsticio - época do ano na qual o eixo de sorscio da terra se ache no plano perpendicular 20 plano da eliptica passando pelo ceateo do sol isto se dé em 22 de dezembeo ¢ em 22 de junho. Termo solstici € de origem latina e significa “sol parada” ** Equinécio - Palavra de origem latina que sipnifica “dias igusi”. Corresponde a0 perlodo do ano em que os dias sid da mesina dorasio que as noites,¢ coincide com os dias 21 de maeco e 24 de setembro, 25 hewn roRMavo Peto ito oe Pog c veta PesPentacu UK AO RAD A urea ato @t roRNS DO paseme EIKO extoenp|cuiad 40 PLANO sao bo Bouse 2Egio Sen SOL Fig te TRAJETSBA -E POFIGOES OA TERRA KO REDO. BO sol Fon! BARDED E AEROUMANIAY, 1984 26 zamek —nysus nage 21BEZ. VISTA FRONTAL Dh THERA A HEME FO SC. IO LONGO BO ANE FlGAT-PEREURIO PATEREA EH IDEN TO SOL AG LONBORD AMO 3 as cartas solares 3- CARTA SOLAR, DIAGRAMA SOLAR OU GRAFICO SOLAR. Sto representagdes griticas do percusso do'¥ol na abébada celeste da terra, nos diferentes periodos do dia e do ano. Em geral, sio representadas por projecdes do percurso solar, em um plano. 3.1 - Os Movimentos Aparentes do Sol Como ja se sabe, € a terra que se movimenta em torno do sol, © no © sol que giea em torno da terra, como acteditavam os povos primitivos. No entanto, para efeito didatico, vamos de agora em diante, zsaciocinar sempre como se fosse 0 sol que percorresse a trajetotia didria na abdbada celeste, vatiando de caminho em fangio da época do ano. Desses movimentos resultam os solsticios e os equindcios de acordo com © que jé foi visto no item 2.2, 3.11 - Altura Solar ¢ Azimute. A altura solae & definida como sendo o angulo formado pelo sol e pelo plano horizontal do observados, enquanto azimute é 0 Angulo formado pela projecéo horizontal do raio solar com uma dit estabelecida (geralmente o Norte geogrifico). Esses dois angulos sio as coordenadas angulates que localizam qualquer posicio do sol na abdbada celeste (Ver fig 18) Como podemos observar pela figura 18, as alruras solares sio mais baixas a0 nascer e a0 por do sol, e sto mais altas em torno do meio-dia. A altura solar € 0 azimute de um local em determinado dia e 7 hora, poderio ser obtidos com o auxilio das cartas solares, como seri visto no item 4.1 deste trabalho. 3.2 - A Confecgao das Cartas Solares. A claboracio das cartas ou diagramas solares se da através de ptojegio do percurso do sol, 20 longo do ano, e nas diversas horas do dia, sum plano horizontal. As projecdes mais usadas sio as ortogonais € 48 estereograficas. AA latitude de um local é determinads pela distincia do mesmo 20 Equador medida em angulos. A medida que qualquer ponto vai se afastando do Equador sua latitude, por definigio, aumenta. Assim, as maiores latitudes estatio sempre proximas aos pélos e as menores as Equador (Ver fig:19). ‘Como ja tivemos oportunidade de ver no item 2.2, a trajet6ria do sol na abébada celeste vai variar em fengio da épaca do ano e, principalmente, da latitude que teré o local no qual nos encontramos. No Equador (Latitude 0°}, por exemplo, o percurso do sol a0 longo do ano seri simétrico em relagio & directo Leste-Ocste. Em locais mais afastados do Equador (latitudes maiores) 0 grifico poderd ter formas completamente assimétricas. © que determina a feigio destes grificos @ a latitude do local para onde se construiré a carta solar 28 FlGAB- AZINUTE, E ALTURA SOLAR rese-petiven ex enacto so eourooe Carmine) De PO ony tata CBOSS FlG.21-WsTA Be TEeO TM FIGURAZD A PAETIR. 1 OESTE. 510,252 VISTA 96 TORO BA FIGDEA 20 A MATIR PO Su 29 ‘Vejamos agora como se elabora um diagrama solar. Comecaremos pelo Equador (latitude 0°) ¢ a seguir confeccionaremos a carta de Maceié, a titulo de exemplo. E muito importante que esses geaficos fiquem, fixados em nossas mentes como representagio do percurso real do sol, « ado apenas como um diagrama imagindrio. Na figura 20, temos uma petspectiva isométrica do percutso do sol para o Equador ao longo do ano. Na figura 22, temos 2 projegio horizontal do percurso do sol, no plano do Equador. A figura 23 mostea uma vista de tépo a partir do sul, enquanto a figura 21 mostra uma vista de topo a partir do oeste. A figura 24 apresentam o grafico solar para o Equador, obtido através da projecio ontogonal, da trajet6ria solar na ab6bada celeste. As linhas traceiadas sepresentam as horas solares, que diferem do horisio legal, como veremos no item 3.4 Para Maceié, latitude 9°40’, tomemos a figura 21 ¢ desloquemos © plano do Equador 9° e 40°, no sentido horirio, obtendo assim um novo plano situado a 9°40 de latitude sul. (Ver fig.25). A projecio ortogonal do pereurso do sol na novo plano nos dard um gréfico semelhante 20 da figura 24, porém assimétrico em telacio 20 eixo Leste-Oeste (Wer fig.27) csamiler oe Eeccts de Arcuninien 2 UE Mc BLOT Cs _ Hem -ceirKo setae nits 0 EOUREOR UNTUDE CY ORO. imuavts o8 PABLO ONOGoN FIG 25-Tonwsro-se 0 aeahen BaF. 24,€ GtADO-6 0 RAND WeougeE sup. CoTetny © Nove Ra oe. Pediegsas teatonse cae) 6.2601 Como ja foi dito antetiormente, as projecdes usadas podem ser de virios tipos. A mais usada, no entanto, é a estereogrifica (*). Por este motivo, passaremos a adori-la a seguit: Usamos nos exemplos anteriores a projesio ortogonal por ser mais facil de se visualizar. No entanto, construitemos © diagrama solar para Maceié j4 usando a projecio estereogrifica 3.2.1 - O Grifico de Maceié. A latitude de Maceié (9°40) est muito prdxima de 10°, motivo pelo qual trabalharemos com este tltimo Angulo, como forma de redwzit 0 ptoviveis ertos gréficos decorrentes da constragio do diagrama local. No capitulo 5 seré apresentada a forma de se obter cartas solares para qualquer latitude, com precisio. Posto isso, tomemos agora a parte superior ao plano de Maceié agora considerado como 10°) e projetemos estereograficamente 0 percnrso do sol nesse plano. (Ver fig.26a,) A figura 26b mostra o resultado dessa p-ojegio. Acrescentando linhas concéntricas que representam as varias alturas fia abdbada celeste, veremos a figura 26d. Essas linhas sio fruto da ptojecio esteriogrifica representada na figura 266 (©) - A projesio estereogrifia € aquela onde todos 0s pontes sto projetados um plano, com as linhas de projecto convergida para umm ponto 32 He 28 0 8p Fimo F Br PEO GO EO BA LNA ® i Ei i F1.20 Ee Se ers oso Relate cium marcas, reoumi cans escauo 3.3 - Medidores de Angulos Verticais e Horizontai No apéndice ao final desta publicaclo, encontrim-se os Medidores de Angulos Horizontais e Verticais (tanto feontais céimo laterais) dos riios solares. Eles foram elaborados a partir do mesmo tipo de projecio usada nas cartas solares. As linhas que medem os Angulos verticais frontais sio 0 resultado da projecio das bordas de planos semi-circulares, que giram em torno de uma linha de base localizada rio plano horizontal a intervals de 10° ¢, que comegam com o prdprio plano constituido pelo semi-circulo do horizonte (0°) até atingir a posigio perpendicular em relagio a este mesmo plano horizontal. (Ver fig28, 29 ¢ 32). As linhas usadas para medir os Angulos verticais laterais so 0 resultado da projecio de planos constituidos por um quarto de circulo girando em toro de um eixo perpendicular & linha de base, também em intervalos 10°, de maneira idéntica ao processo anterior. (Ver fig.31 © 32). Os fingulos horizontais sto medidos por intermédio de um transferidor cujo angulo é nulo no ponto de coincidéncia com a perpendicular & linha de base e crescem 4 medida que se afastam da mesma, até atingie 90°, onde coincidem com a linha base. (ver fig.34). 3 Ho.s2-nen.cer ot HouLoe wancas Urea cerinoy seua rbttecanhct Wy eater SO ASE 8 PES, 4 Feseies eee eer S 3 Fie St- meio: Ruayins veEneay Rowan & tarEaNs 190 FELA SUPERPOSIREO Tov Geibicor oxy fie 30 € fade. uepicoees ne huey VEETAHS (mov LATER) Fe aS ea RoaONeNS A reuniéo destes trés em um tinico grifico da como resultado 0 Medidor de Angulos Horizontais e Verticais (laterais e frontais) dos Raios Solares. (Ver fig-38) 3.4 Tempo Solar e Tempo Legal. Cotno jé foi dito, as linhas correspondentes As diversas horas do dia, existentes nos grificos solares, refetem-se as horas solares A diferenga entre 2 hora solar ¢ a hora legal, varia 20 longo do ano, ¢ considerando 0 horério de Brasilia, é dada pela expressio: TSV = TL-ET-A + 3 horas onde: TSV - tempo solar verdadeizo, TL - tempo legal (hora oficial) ET'- Equagio do tempo (varia em fungio da época do ano ¢ pode ser encontrada no final do Apéndice 1, figura 76). 1.- Cortegio de longitude (considerado cada 15° de longitude como uma hora ¢ cada grau como 4 minutos, positivo A leste e negativo & oeste do Metidiano Greenwich. +3 horas - diferenca de fuso horétio em relagio A Greenwich. Para Maceid. Por exemplo, podemos usar a expressio que se segue, onde o A jé esti substituido por 2h 23min, correspondentes & cortecio da longitude de 35°42’ da capital alagoana 35

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