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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE CINCIAS SOCIAIS E HUMANAS

BACHARELADO EM CINCIAS SOCIAIS

Aluno: William Schultz

Disciplina: Histria Econmica, Poltica e Social Geral

Professor: Pedro Telles da Silveira

Resumo/Ficha de Leitura da obra Linhagens do Estado Absolutista, de


Perry Anderson

A obra Linhagens do Estado Absolutista, de Perry Anderson, possui como


objetivo compreender a natureza social do Absolutismo. E comparando os Estados do
Ocidente e do Oriente europeus, o autor facilita a compreenso da passagem
do feudalismo para o capitalismo no continente e dos sistemas polticos do mesmo.

Anderson analisa que durante os sculos XIV e XV, um perodo de crise no


modo de produo feudal causou a ruptura com a soberania atual, que viria a facilitar o
surgimento do Estado absolutista no Ocidente. As monarquias introduziram os exrcitos
regulares, uma burocracia permanente, o sistema tributrio nacional, a codificao do
direito e os primrdios de um mercado unificado. Na realidade, a nobreza no
absolutismo no foi desalojada do seu poder poltico, ou seja, o absolutismo era um
aparelho de dominao feudal recolocado e reforado, destinado a sujeitar as massas
camponesas sua posio social tradicional. Sendo assim, o Estado possuiu
caractersticas capitalistas, mas a autoridade poltica permaneceu a mesma do antigo
sistema feudal e no mudou do seu domnio poltico.

Perry Anderson considerado atualmente como um dos mais importantes


historiadores marxistas, preocupado em discutir as questes do neoliberalismo. Nasceu
em 1938 em Londres, sendo que ingressou em 1956 na Universidade de Oxford. Desde
seu ingresso na faculdade passou a militar em grupos de esquerda e, em 1961, foi
colaborador da Revista New Left Review, inserindo-se no movimento britnico contra
os armamentos nucleares. Aps a derrocada desses movimentos e da crise instaurada na
revista tornou-se editor da mesma, cargo que ocupou por duas dcadas seguidas,
assumindo novamente a direo em 2000. A partir de seu interesse por movimentos de
esquerda, reestruturou o corpo editorial da revista tornando-o extremamente marxista.

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