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DIREITO PROCESSUAL CIVIL. VIOLNCIA DOMSTICA CONTRA A MULHER.

MEDIDAS PROTETIVAS
DA LEI N. 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA). INCIDNCIA NO MBITO CVEL. NATUREZA
JURDICA. DESNECESSIDADE DE INQURITO POLICIAL, PROCESSO PENAL OU CIVIL EM CURSO. 1.
As medidas protetivas previstas na Lei n. 11.340/2006, observados os requisitos especficos para
a concesso de cada uma, podem ser pleiteadas de forma autnoma para fins de cessao ou
de acautelamento de violncia domstica contra a mulher, independentemente da existncia,
presente ou potencial, de processo-crime ou ao principal contra o suposto agressor. 2. Nessa
hiptese, as medidas de urgncia pleiteadas tero natureza de cautelar cvel satisfativa, no se
exigindo instrumentalidade a outro processo cvel ou criminal, haja vista que no se busca
necessariamente garantir a eficcia prtica da tutela principal. "O fim das medidas protetivas
proteger direitos fundamentais, evitando a continuidade da violncia e das situaes que a
favorecem. No so, necessariamente, preparatrias de qualquer ao judicial. No visam
processos, mas pessoas" (DIAS. Maria Berenice. A Lei Maria da Penha na justia. 3 ed. So Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2012). 3. Recurso especial no provido.

(STJ - REsp: 1419421 GO 2013/0355585-8, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMO, Data de
Julgamento: 11/02/2014, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicao: DJe 07/04/2014)

AGRAVO INSTRUMENTO. Medida protetiva. Deferimento. Ato desafiado mediante agravo de


instrumento. Falta de previso legal. Defeito, ademais, de representao do advogado, no
sanado. Conhecimento como habeas corpus. Confronto de prova. Inviabilidade. Denegao. I
Cuidando-se de medida protetiva firmada a partir de notcia da prtica de crime de ameaa no
mbito da relao domstica e familiar e, assim, de cunho penal, incabvel a interposio de
Agravo de Instrumento, no previsto no Cdigo de Processo Penal, mxime se subscrita a inicial
por advogado destitudo de instrumento procuratrio. II No existindo previso de recurso
para desafiar a deciso que defere medida protetiva mulher vtima de violncia domstica,
possvel a discusso da legalidade do ato pela via do habeas corpus, desde que no haja
necessidade de aprofundado exame de material ftico-probatrio. (TJPB - ACRDO/DECISO
do Processo N 20143369320148150000, Cmara Especializada Criminal, Relator DES JOAS DE
BRITO PEREIRA FILHO , j. em 13-10-2015)

(TJ-PB - AGR: 20143369320148150000 2014336-93.2014.815.0000, Relator: DES JOAS DE BRITO


PEREIRA FILHO, Data de Julgamento: 13/10/2015, CRIMINAL)

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