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Maria Helena Duarte Marques Iniciacao a Semantica quarta edi¢do NA/o4 [2001 Jorge Zahar Editor Rio de Janciro NII3? Copyright © 1990, Maria Helena DuarteMarques Todos os direitos reservados. A reprodugio nao-autorizada desta publicagao, no todo ‘ou em parte, constitui violagao do copyright. (Lei 5.988) 1999 Direitos para esta edigdo contratados com: Jorge Zahar Editor Ltda. rua México 31 sobreloja 20031-144 Rio de Janeiro, RJ tel.: (021) 240-0226 / fax: (021) 262-5123 Capa: Joao da Franga Edigées anteriores: 1990, 1995, 1996 CIP-Brasil. Catalogagao-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ. M319i Marques, Maria Helena Duarte 4.ed. Iniciagdo a semantica / Maria Helena Duarte Marques: — 4.ed. — Rio de Janciro: Jorge Zahar Ed., 1999 (Colegio Letras) Inclui bibliografia ISBN: 85-7110-086-1 1. SemAntica. I. Titulo. II. Série. cpp — 412 98-1985 Cpu — 801.54 iniciagéo & semantica 70 ue limitam oS estudos semanticos a visio de aspectos l6gicu-formais ¢ é teristicas universais dos sistemas lingiisticos. caracl Enquanto a lingiistica tratar a lingua como produto de relagdes apstrato-conceituais e examind-las em sentengas ¢ seus Constituintes, em isolamento, apenas no plano formal eon ae a gama de ques. tes semanticas que podera explicar é muito re Sean! em face da mul. tiplicidade de aspectos do significado naturalmente intuidos pelos falantes ¢ deixados sem explicagao. A partir do estr leva-se em conta um uturalismo, cuida-se de uma lingua homogénea, falante/ouvinte ideal, estuda-se 0 significado em plano de completa abstra¢ao. Nem a teoria nem a pratica ‘razem con- tribuigdes significativas para as questes € processos que se identificam com a veiculagao simbélica de conteddos semanticos, uma vez que nado interessam as manifestagdes concretas da lingua, em seu emprego nor- mal, no viver cotidiano. Nao é dificil entender, nesse contexto, 0 apclo dos trabalhos vol- tados para.a interpretagao de fatos semanticos palpaveis, examinados em seus aspectos histéricos, socioculturais e psicolégicos, em sua iden- tificago com o simbolismo das manifestagdes da mente humana, indi- vidual e individualizada, através da linguagem. O apelo da ciéncia, que leva, no estruturalismo e estudos poste- riores, a visdo de lingua em sua estrutura abstrata, desvinculada de sua natureza historica, fora de sua condi¢ao inerentemente cultural, ndo tem sido suficiente para superar 0 apelo da visdo historicista e contex- tualizada dos estudos do significado em linguagem. b. Componentes seménticos O tratamento do significado em termos de componentes semAnticos ou tracos minimos de significacdo ser4 apresentado como um exemplo de uma das formas de estudo vocabular desenvolvida no estruturalismo. ___ A fim de ilustrar esse tipo de procedimento na andlise semantica, utilizaremos trabalhos de Pottier, (1972, 1978), na Europa, e de Ben- dix (1966), nos Estados Unidos. — ‘Ambos desenvolvem a hipotese de que o significado das formas ea alana é decomponivel em tracos minimos, & semelhanga dos tra- ‘ivos minimos que identificam fe ano syaniaiical! ‘onemas e morfemas, no Pp: uma oe concebe o signo lingiiistico, na linha saussuriana, como ‘ ca jac : Psiquica e conceitual, em que se estabelece relagdo de . Tecipro~a entre um significante (segmento fonico) € um signi-

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