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Brasit Florestal - N° 74 - Setembro de 2002 Avaiacao Ecotocica RAripa DA HERPETOFAUNA Nas Reservas EXTRATIVISTAS DE PEDRAS NEGRAS © Curratinuo, Costa Marques, RO Reuber Albuquerque Brandao' RESUMO Répteis e anfibios foram utilizados como organismos bio-indicadores para avaliar 0 grau de conservagao dos habitats encontrados nas Reservas Extrativistas (RESEX) de Pedras Negras e Curralinho, onde se pretende explorar o turismo ecolégico. Fo- ram medidas a riqueza, a abundancia relativa e a diversidade em 19 transectos, representando mata de tetra firme, mata de igapd, baia, campina e praia. Foram listadas preliminarmente 50 espécies da herpetofauna para a regido. O habitat mais rico e diverso foi a bala, qué representa menos de 30% da paisagem. A regiaio pode ser considerada um ecdtono entre Amazénia e Cerrado, devide & presenga de ani- mais tipicos da Floresta e de areas abertas da América do Sul, A educagao ambiental sobre herpetofauna na regido é essencial para o aperfeigoamento dos guias locais, Palavras-chave: anfibios, répteis, bio-indicadores, avaliaco ecoldgica rdpida, Rondénia e turismo ecolégico. Rap Econocican AssEssMENT OF THE HERPETOFAUNA IN PEpRAs NEGRAS AND CuRRALINHO EXTRACTIVE RESERVES, Costa Marques, RO ABSTRACT Reptiles and amphibians were used as environmental indicators for the assessment of the conservation status of the habitats in the Extractive Reserves (RESEX) of Pe- dras Negras and Curralinho, Costa Marques, Rondonia State, Along 19 trails, the numbers of the species, abundance and diversity index were measured. These trails represent the natural habifats in the area. Fifty species were found. The most speciose and diverse habitat was the bay, which represents less than 30% of the region. Due to. the presence of species from forest and open biomes, the area could be an ecotone between Amazonia and Cerrado. An environmental education pragram on amphibians and reptiles is essential for improving the knowledge of the local guides. Key words: amphibians, reptiles, environmental indicators, rapid ecological assessment, Rondénia State, ecological tourism. * Bidlogo, Doutor em Ecolagia, Departamento de Ecologia, Universidade de Brasilia, CEP 7010-900 - Brasilia-DF. e-mail: reubar@unb.br a Reuber Albuquerque Brando INTRODUGAO Devido @ diversidade da Amazonia, sua extens&o territorial e ao pequeno niimero de pesquisadores, as colegdes existentes ainda nao fornecem um qua- dro claro sobre a fauna do bioma (OVERAL & MASCARENHAS, 1993). A diversidade de anfibios na regiao Neotropical é ainda subestimada (GLAW & KOHLER, 1999). Na ultima década, 600 novas espécies foram descritas em todo 9 munde, sendo que a maioria foi encontrada nos Neotrépicos. O estudo dos anfibios brasileiros ainda esta na sua primeira infancia, j4 que estudos basicos, ‘como levantamentos de espécies, nao existem para grande parte do pais (HADDAD & SAZIMA, 1992). O Estado de Rondénia néo 6 uma excegao (HEYER, 1988). Desde o primeiro grande inventario da herpetofauna de Rondénia (VANZOLINI, 1986), alguns trabalhos com os répteis do Estado tém sido pu- blicados nos ultimos anos, onde se des- tacam estudos sobre a auté-ecologia de algumas espécies, principalmente de lagartos (TERAN et al, 1995; VITT & CALDWELL, 1993; VITT ef al., 1997; VITT, 1990; VITT, 1993; VITT et al., 1998; VITT & CALDWELL, 1994). versos autores tém destacado a pre- senga de espécies novas de lagartos em Rondénia, frisando a necessidade de mais estudos, visto a répida ocupa- 940 humana do Estado (VANZOLINI, 1986; VITT, 1993). Os anfibios sao sensiveis a modifi- cagées do habitat, a poluentes e a mo- dificagées climaticas globais (PHILLIPS, 1990; ALFORD & RICHARDS, 1999). Desta forma, sao considerados excelentes bio-indicado- tes (VITT. et al., 1990) e possuem gran- de importancia em avaliagdes ecoldgi- cas (HEYER ef al., 1994) ez Provavelmente, os répteis e anfibios 880 08 vertebrados menos conhecidos pela populagio humana. Cercados de crengas € mitos, os antibios e répteis sao animais extremamente interessantes. A grande diversidade de formatos de cor- po, estratégias de vida e colorido desses animais nao séo observades em nenhum ‘outro grupo de vertebrado terrestre (LAMAR, 1897; DUELLMAN & TRUEB, 1986). Diversos lagartos, serpentes ¢ anfibios sao apreciados como animais.de estimagao em muitos paises. Anfibios possuem substéncias bioativas, como aminas, alcaldides, esterdides ¢ peptidias (SEBBEN et al., 1993), sendo por isso muito valiosos para a industria farmacéu- tica. O mesmo vale para serpentes pegonhentas. Isso tem contribuide para um crescente trafico de animais. Tartarugas e jacarés fomecem came, ‘ovos e couro. A sobré-exploragao destes animais causou declinios nas populagdes nativas de diversas localidades, o que le- vou & incluséo de algumas espécies na lista de animais ameagados de extincao. Serpentes possuem interesse médi- co, devide a gravidade dos envenena- mentos. No entanto, sao cercadas de mitos, © desconhecimento popular leva ao medo e diversas serpentes inofensi- vas, @ até Uteis, s40 mortas. Além disso, um eventual acidente pode ser agravar do por ndo serem tomadas medidas mé- dicas adequadas. Como é previsto o tu- rismo na regiéo, uma educagao ambiental em ofidismo ganha mais importancia. © objetivo de uma AvaliagZo Ecolé- gica Rapida é buscar, através de orga- nismos bio-indicadores, a caracterizagao de aspectos ecolégices, tais como rique- za, abundancia, diversidade das espéci- @s, em um curto espago de tempo. Essa caracterizagao permite atestar o grau de conservagao dos habitats naturais e pla- nejar estratégias. Neste trabalho, os rép- teis @ antibios foram os bio-indicadores utilizados para caracterizar esses aspec- tos e sugerir medidas para a conserva- (¢40 de uma rica herpetofauna em duas Reservas Extrativistas, onde se preten- de implementar o turismo ecolégico. MATERIAIS E METODOS: Area de estudo As reservas exirativistas de Curralinho Pedras Negras localizam-se no extremo este de Rondénia, as margens do rio Guaporé, divisa oom a Bolivia. Essa regiao 6 prioritaria para inventarios de anfibios ¢ para a conservacao de crocodilianos na Amazénia (AZEVEDO-RAMOS & GALATTI, 2001; VOGT et al, 2001). A re- ‘serva de Curralinho localiza-se aproxima- damente a 64°15'O e 12°28'S. Possui aproximadamente dois mil hectares € sua principal atividade 6 a extrac de latex da seringueira (Hevea brasiliensis). A reser- va de Pedras Negras localiza-se a aproxi- madamente 62°52'O e 12°50'S. Possui aproximadamente 90 mil ha e sua princi- pal atividade econdmica é a exploragdo da castanha-do-para (Bertholetia excelsa). Essas duas reservas foram estudadas no periodo de 5 a 20 de novembro de 2001. Na regiao ocorrem cinco habitats principais: mata de igapo, praias de areia do rio Guaporé, baias, mata de terra fir- me e campina. As matas de igapé per- manecem alagadas a maior parte do ano. (cerca de oito meses). Durante os traba- lhos, as matas de igapé mais altas esta- vam secas. O solo estava coberto por folhas mortas e as drvores eram relati- vamente finas, atingindo de 15 a 20 metros de altura, mas existem arvores com mais de 30 metros. Uma arvore que merece destaque nesses igapés ¢ a se- tingueira (Hevea brasiliensis). Nas praias de areia, 0 solo é expos- to, composto de areia branca e fina. Nas praias, S40 comuns pequenos aclimulos: de agua e a vegetacdo 6 composta prin- Brasil Florestal - N* 74 - Setembro de 2002 cipalmente por arbustos invasores, das familias Leguminosae, Poaceae e Cyperaceae. As baias (ou lagos de varzea) pos- suem aguas escuras, com pouca ou ne- nhuma correnteza. As baias foram deli- mitadas por igapés e apresentavam uma abundante vegetacao aquatica flutuante. As plantas dominantes pertenciam as familias Poaceae, Araceae, Nymphaceae e Pontederiaceae, com destaque para os aguapés (Eichornia spp.). Algumas baias parecem ser meandros abandonados do rio Guaporé. Nas matas de terra firme, as arvores atingiam os maiores portes e 0 sub-bos- que era menos denso que na mata de igapé. Uma arvore de destaque é a cas- tanheira-do-pard (Bertholetia excelsa).Um interessante aspecto das maias de terra firme da drea é a presenga de cupinzeiros ede pequenos afloramentos de rocha cris- talina. Devido ao uso antigo dessas are- aas (inclusive por indigenas), essas matas apresentam sinais de fogo, caga, antigas rogas € corte seletivo de drvores. Acampina é um habitat interessante devido ao aspecto “savanico” da sua pai- sagem. Este habitat 6 chamado por ou- tros nomes, como campo de inundacao © varjao. A vegetacao 6 composta por plantas herbaceas e arbustivas das fa- milias Poaceae, Araceae, Cyperaceae, Malvaceae e Musaceae, com desiaque para Heliconia spp. A altura do extrato arbustive atinge 1,5 metro e existem al- gumas drvores isoladas. O solo ¢ encharcada e a profundidade da aqua, em alguns pontos, ultrapassa 1,8 metro. Metodologia Foram escolhidos 20 transectos re- Presentativos dos habitats presentes, de acordo com 0 tipo de habitat, o grau de conservagao, a facilidade de acesso 6 o uso - turismo, extrativismo vegetal, extrativismo animal (Tabela 1). Rauber Albuquerque Brandao Para o senso das espécies, foram utilizados dois métodos de amostragem. ‘Ao longo de transectos nos igapés, na terra firme e nas baias, foi realizada a contagem do numero de individuos por espécies, por tempo de amostragem, seguindo o protocolo de LIPS et al. (2001). A contagem por tempo foi utiliza- da em todos os transectos, exceto.os T3, T4 e T19. Foram instaladas armadilhas de queda (pitfall traps) em seis transectos (73, T4, T7, T11, T13 e T16). Essas ar madilhas capturam lagartos e anfibios que caminham sobre o solo. Essas metodologias so comuns em estudos com herpetofauna (CECHIN & MARTINS, 2000; HEYER efal., 1994). A extensao dos transectos variou de 2 km a6 km. Foramrealizades sete transectos nas matas de igapé, trés em praias, qua- tro nas baias, trés em mata de terra fir- me € um na campina. O estorge de amostragem foi padronizado pelo tempo. Os habitats foram comparados com cure vas de coletor é de rarefacdo. Para a listagem regional de répteis, foram acrescentados os registros de es- pécies depositadas em uma pequena colegao, mantida pelo IBAMA de Costa Marques. Todos os espécimes ld depo- sitados so provenientes do municipio de Costa Marques € S40 de provavel ocor- réncia nas duas Reservas Extrativistas. Para as tartarugas foi ainda utilizada a listagem das espécies apresentadas por TERAN et ai. (1995), que estudaram es- pécies capturadas nos rios Guaporé, Sa0 Domingos e Séo Miguel, em Costa Mar- ques. Nao foram levadas em considera- do as informagdes de moradores, devi- do ao grande desconhecimente popular sobre os répteis e anfibios. Alguns regis- tros de anfibios foram comparados com 0 trabalho de DE LA RIVA et al. (2000). Para cada transecto (exceto o 19) foi determinada a riqueza de espécies, a Tabela 1 - Nome ¢ habitat de cada transecto amostrado Transecto Habitat Nome TA Igapd ‘Curralinho- T2 Igapé ‘Capoeira, Curralinho 3 Praia Praia ilha Curralinho T4 Praia Praia varjao Pedras Negras (PN) 5 Baia Baia Capivara, Pedras Negras 16 Igap6 Igap6 Baia da Capivara, PN iva Terra Firme Trilha da Castanha, PN Ts Praia Praia Pedras Negras T9 Igapé Pantano de Maraja, PN 110 Terra Firme Trilha da Maloca, PN T11 Campina ‘Campo dos Amigos, PN 12 Baia Baia do Meio, PN 113 Igapé Igapé Baia do Meio, PN m14 Terra Firme Terra Firme Isolada, PN Ta" Igapo lgapé da Terra Isolada, PN m15 Bi Baia Rica, PN TH6 Igapé Igapé Campestre, PN 118 Baia Bala de Curralinho T19 Rio Guaporé ‘Observagdes ao longo do rio abundancia relativa total e por espécie e a diversidade (Shannon-Wiener), calcu- lada pela expressao: H’ = - ¥ pi logpi onde: pi 6 a proporgdo da abundancia da espécie i sobre a abundancia total da Comunidade: pi = ni/N (BROWER & ZAR, 1977). A similaridade na composigao de es- pécies entre pares de habitat foi caloula- da pelo indice de Sérensen (BROWER & ZAR, 1977), dado pela formula: IS = 2C/S1 + S2 ‘onde: C & 0 numero de espécies comuns aambas as comunidades; S1 ¢0 nimero de espécies da comunidade 1 e S2 60 ntimero de espécies da comunidade 2. indice varia de 0 (maxima dissimilaridade) a (maxima similaridade), Diferengas na riqueza, abundancia e diversidade entre os habitats foram verificadas com o teste de Kruskal-Wallis. RESULTADOS Foram registradas 27 espécies de antibios, distribuidas nas familias Bufonidae (duas_— especies), Dendrobatidae (uma espécie), Hylidae (15 espécies), Leptodactylidae (cinco), Microhylidae (duas), Pipidae (uma) é Pseudidae (uma), conforme Tabela 2. A familia dominante foi Hylidae, compos- ta por espécies em sua maioria arboricolas, com forte associagao a di- mensao vertical do ambiente. Esta é uma impertante diferenca entre a area estudada com o Cerrado, onde a maio- ria das espécies de anfibios é terrestre (BRANDAO & ARAUJC, 2001; BRANDAO & PERES JR, 2001). Foram registradas 13 espécies de Basil Floreslal - N° 74 - Setembro de 2002 lagarios (subordem Lacertilia), distribuf- das nas familias Hoplocercidae (uma espécie), Gekkonidae (duas espécies), Teiidae (cinca), Tropiduridae (duas), Iguanidae (uma), Gymnophtalmidae (uma) @ Scincidae (uma), como mostra a Tabela 2. Também foi registrada uma espécie de cobra-de-duas-cabecas (subordem Amphisbaenia), depositada na colegao do IBAMA (Tabela 2). Onze espécies de serpentes (subordem Ophidia) foram listadas para @regiao, distribuidas nas familias Boiidae (trés espécies), Colubridae (sete espéci- €8) Leptotyphlopidae (uma), relaciona- das na Tabela 2. Serpentes possuem camuflagem extremamente eficiente, baixa densidade populacional e elevada riqueza regional (BRANDAO & ARAUJO, 2001; DUELLMAN, 1990). Dessa forma, inventarios de serpentes demandam muito esforgo de captura. Assim, a maioria das espécies listadas foi regis- trada apenas na colegao do IBAMA. Foram listadas nove espécies de tar- tarugas (ordem Testudinata) e registradas duas espécies de jacarés (or- dem Crocodilia), conforme Tabela 2. Dentre as tartarugas, cinco foram obser- vadas na coleGdo do IBAMA. Dessa for- ma, aherpetofauna observada conta com ‘50 espécies. Uma comparagao da abundancia total de cada espécie observada nos censos mostrou que poucas espécies $a9 muito numerosas, enquanto que a maior parte apresenta baixa abundan- cia (Figura 1) A tiqueza entre transectos variou entre 0 e 14 espécies e a abundancia oscilou entre 0 & 110 individuos. A di- versidade variou entre 0 @ 0,988 (Tabe- la 4). Esses valores s&o preliminares, devido a curta duragao da campanha de campo. Os habitats estudades podem center um numero muito maior de es- pécies, come é sugerido pela curva de 65 Reuber Albuquerque Brando Tabela 2 - Herpetofauna obsorvada nas Reservas Extrativistas de Pedras Negras e Curralinho, por diferentes tipos de habitat TAKA HABITAT TAXA HABITAT ‘ANPHIBIA TROPIDURIDAE BUFONIDAE Tropidunus aff. oreadious an Bufo sohnekien Bi an Pica urnbra ig fi ‘Bufo typhonivs ig, fi, an IGUANIDAE DENDROBATIDAE Iguana iguana ig, ba ‘Cofosthetus sp. ig, GYMNOPHTALMIDAE HYLIDAE Prionodactylus eigenmanni fi Hyle punctate SCINCIDAE 1. raniceps Mabuya nigropunctata, ig fl H. 8p. 4 (ar. niicracephala) ‘AMPHISBAENIA H. sp, 2 (ar. microcephale) ~__AMPHISBAENIDAE 1H. sp. 3 (gr. nricrocephala) Amphisbaena alba iH. aff. nana fi OPHIDIA H. leucophyliata ig. ba BOIDAE Hi. calcarata ba ‘Boa constrictor A wavrin! fir, an Corallus horfulanus ig. ba Pryomedusa veilant ig Eunectes rmuriruis* Phrynohyas venulosa ig. fi ba, an,pr__ COLUBRIDAE ‘Sphaenorhyncus sp. ba Helicops angulatus ig ‘Osteacephatus cf. tauninus ig, fi, ba Hidrops ef. marti ig ‘Scinax nebulosa ig.ba Chironius sp. ig ‘5. fuscavaria an Philodiyas ors” LEPTODACTYLIDAE Cxyrhopus metanogenis® ‘Adenomera andreas Spilotes pullatus Leptouactyius leptodaciyloides Hydrodynastes gigas" L. podicipinus ig. an, pr LEPTOTYPHLOPIDAE i tuseus an “Leptatyphiops sp." aff. ocellatus ca,ba,an, pr CROCODILIA MIGROHYLIDAE ‘ALIGATORIDAE Elachistociets sp. ig, ba, an, pr Caiman yacare ba, ig Chiasmosieis 5p. ig Gaiman (Melanasuchus} niger ba PIPIDAE TESTUDINATA Pipa pipa ig. ba (GHELIDAE PSEUDIDAE Chelus fmbriatus ‘Lysapsus limellus ba ‘Phrynops geoffroanus P.raniceps L REPTILIA, Platemys pletyoephala * LACERTILIA KINOSTERNIDAE HOPLOCERCIDAE Kinostemon scorpicides™ Hopiocercus spinosus fi PELOMEDUSIDAE GEKKONIDAE Podoenemis axpansa ig. ba, pr Gonatodes humeralis ig fi # sextubercufata * Hemidactylus mabouia unis ig. ba, pr TENDAE TESTUDINIDAE ‘Ameiva ameiva ig. fi pr ant ‘Geochelone denticulala ig fl Kenthropyx ealcarata igs fi, ca Kenthropyx sp. a Tupinambis merianae ig fi prea T teguixin ig Legenda: mata de igapé tig): mata de terra firme if), campina (ca), batas (ba), area antrépica (an) @ praias (pr). (") Espécies observadas na colegao do IBAMA e registradas com base na literatura (L), 66 Brasil Florestat - N° 74 - Setembro de 2002 120 100 20 o LIOeoneoa pee abedefghijimnopqretuvxzABCDEFGHIJLMNOPQRSTU Legenda: a- H. raniceps, b - L. limellus, cH. sp2 (microcaphala}, d - Leptodactylus sp, e-K. calearata, f-Aameiva, g - H. leucophyliata, h - Colosthetus sp., i - 8. typhonius, j - L. podicipinus, | - C. yacare, m + Sphaenorhynchus sp.,n- A andreae, 0 8, rostralus, p -P. venulosa, q -H. punetata, r- G. humeral s- L. aff. Ocellatus, t - M. nigropunetata, u - C. horlulanus, v- M. niger, x - H. sp.1 (micracaphala), z - B. paracnomis, A - Elachistocleis sp., B - H. calcaraia, C ~ H. spinosus, D - L. fusous, E - P. pipa, F- S, fuscovarius, G - T. merianas, H - G. denticulata, I - H. wavrini, J - Kenthropyx sp., L - Osteocephalus, M - P. vaillanti, N - Prionodactylus sp., O - T. aff. Oreadicus, P - Chitonius sp., Q - H. aff. nana, R= H angulatus, S - H. sp.3 (microcaphala), T - I. iguana, U - T. teguixin Figura 1 - Abundéincia relativa das espécies observadas da herpetofauna ‘Tabela 4 - Sumério dos valores de riquoza, abundancia ¢ civersidade observada nos transectas por habitat Habitat gape Praia Baia Fitme | Campo Repetigdes 7 3 4 3 1 Riqueza média WW 36 10 68 a (amplitude) (2-11) (2.6) (7-14) (0-11) ‘Abundancia média 21 a 63,5 15 e (amplitude) (3-39) (3-18) (27-110) (0-23) Diversidade média 0,738 0,487 0,795 0,618 0,474 (amplitude) (0,276-0,988) (0,292-0,716) (0,684-0,932) (0 -0.973) coletor (Figura 2). Devido a representatividade e disponibilidade, al- guns habitats (praias e campina) foram menos amostrados que outros. As curvas de rarefagdo para cada fabitat (Figura 8) indicam que a baia eo igapé sao os habitats com maior abun- dancia de elementos da herpetofauna, sendo que nos igapés existe uma maior expectativa de riqueza em relagaoao in- + a6 8 je 2 4 16 a 20 2 cremento de individuos registrados. Isso deve ocorrer devido aos grandes coros ate rare Figura 2 - Curva do coletor para os habitats amastrados Fees Anorgas o 0 100 10 200 ture Figura 2 - Curva de rarefagdo para os habitats amostrados monoespectficos de antibics observados nas baias. OT14 foi feito em uma mata de terra firme muito modificada. Foi o unico transecte onde nenhum animal foi visto apds uma hora/homem de caminhada atenta na mata, influenciando na rique- za, abundancia e diversidade médias do habitat mata de terra firme (Tabela 3). O habitat que apresentou os maiores valo- res de riqueza, diversidade & abundan- cia foi a baia. Embora 0 tempo amosiral e o nume- ro empregado de armadilhas de queda tenham sido pequenos, essas armadilhas capturaram espécies nao observadas nas amostragens por tempo de procura, como Plica umbra, Prionodactylus eigenmannie Kenthropyx sp. Nao foi observada diferenca signifi- cativa na riqueza de espécies (Uj. 4,74; p= 0,315), nem na diversidade en- tre habitats (Uys = 3,76; p = 0,440). No entanto, existiu diferenga significativa na abundancia entre os habitats (U1 = 9,39: p = 0,05), com o maior valor abso- luto de abundancia observado para o habitat baia. DISCUSSAO Alistagem da herpetofauna apresen- tada ainda é preliminar. Comunidades da 68 ‘Tabela 3 - Tipo de habitat, iqueza, abundancia, civersidade (indice de Shannon) e es- forgo de Goleta com armatilha de que- a ou pittall traps (armadithasidia) ‘em procura ativa (horas/homem) de cada transect Abundancia wolel~lolalalelrla z § 2 12 3 12 10 F i 23 25 uo ST 2411 12, B 10 48 12 13 7 37 20 11,5 14 FF 0 0 oO 2 14 1 11 320,906 " 18 B 7 27 0736 14 6 1 9 47 «0885 20 12 16 B 8 63 0,684 13.5 ; P- praia; B - bala; F - matade terra firme e € - campo herpetofauna em localidades bem amostradas da Amazénia possuem en- tre 44.2 93 espécies de anfibios; 16 a 30, de lagartos e, de 31 a 60, de serpentes (DUELLMAN, 1990). Dessa forma, espe- ra-se que a listagem ora apresentada seja ampliada em eventuais amostragens. futuras. Em um estudo de dois meses no municipio de Costa Marques, foram en- contradas 54 espécies de anfibios (AZE- Brasil Florestal - N° 74 - Setembro de 2002 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ALFORD, R. A. & RICHARDS, S. J. 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O Estado de Rondénia foi coberto por florestas em um passado bem recente, 0 que contribui para a presenga (talvez relictual) dessas. espécies (VITT & CALDWELL, 1993). Anfibios 840 conhecides come ex- celentes bio-indicadores da qualidade dos ambientes (ALFORD & RICHARDS, 1999; VITT ef a/., 1990). Nas praias do Guaporé, foram obser- vadas espécies oportunistas e generalistas no uso de habitat, utilizan- do um ambiente efémero, como Bufo schneider’, Leptodactylus podicipinus, Leptodactyius cf. ocellatus @ Phrynohyas venulosa. Essas espécies colonizam clareiras em matas de gale- ria do Cerrado (BRANDAO & ARAUJO, 2001). Dentre os lagartos, Ameiva ameiva é uma especie extremamente oportunista, que é beneficiada com a abertura de clareiras. Os teius (Tupinambis spp.) procuram as praias em busca de ovos de tartaruga. Brasil Florestal - N? 74 - Setembro de 2002 A abertura de clareiras e a constru- 40 de casas criaram ambiente para es- pécies invasoras, associadas ao homem, como a perereca rapa cuia (Scinax fuscovaria) e a lagartixa de parede (Hemidactylus maboula), Essas espécies colonizam areas abertas, mas est&o au- sentes dos ambientes naturais. As mes- mas espécies de antibios que utilizam as praias est&o presentes também no po- voado de Pedras Negras, invadindo in- clusive as casas, como Phrynohyas venulosa e Leptodactylus pogicipinus. Nos pomares e areas mais sombreadas, so observadas espécies que usam cla- reiras de mata, como Hyla wavrini, Ameiva ameiva e Gonatodes humeralis. A similandade na comunidade de an- fibios dos habitats (Tabela 5) indica que as praias possuem uma maior semelhan- gacom os ambientes alterados. Isso ocor- re porque as espécies de anfibios presen- tes nas praias sao espécies oportunistas: e pouco exigentes em qualidade de habitat. Dessa forma S40. em grande par- te, as mesmas espécies que colonizam as &reas antropicas. Os menores valores: de similaridade para o campo em relacéo aos habitats florestades indicam, prelimi- narmente, que esse habitat possui uma fauna caracteristica, composta em sua maior parte por espécies de ambientes aberios. Essa previsdo, no entanto, ne- cessita de esiudes posteriores para sua comprovagao. Nesse campo foi registra- da a presenca de uma espécie possivel- mente nova de Kenthropyx. A qualidade das baias pode ser ates- tada pela grande abundancia e riqueza de anfibies. A estrutura espacial da ve- getacao das baias contribui para a co- exisiéncia de grande numero de diferen- tes espécies € géneros, como Pipa pipa, ‘Sphaenorhynchus sp, Lysapsus limellus, varias espécies de Hyla, além de serpen- tes (notadamente Corals hortulanus) jacarés (Melanosuchus niger e Caiman es Rleuber Albuquerque Brando yacare). As baias so os melhores locais para a observacao notuma de répteis e antibios e devem ser priorizadas em vi- sitas com turistas. E recomendavel evi- far o stress de captura dos jacarés du- rante observagdes noturnas, para que observacdes posteriores nfo sejam pre- judicadas (RON ef al., 1998). CONCLUSOES Aherpetofauna encontrada na regiao soma 50 espécies. Esta riqueza tende a aumentar com estudos posteriores, como € sugerido pelas curvas de coletor. A ri- quéza regional da herpetotauna pode ul- trapassar 120 espécies no total (DUELLMAN, 1990). Embora a regiao seja tipicamente amazonica, algumas espécies de am- bientes abertos, como 0 Cerrado eo Pan- tanal, esto presentes. Isso justifica con- ‘siderar a regiao come um ecdtono entre ‘estes biomas abertos e a Amazdnia. © habitat mais rico em espécies, com maior abundancia de individuos e com maiores valores de diversidade é a bata. ‘Como corresponde a menos de 30% da superficie total das reservas, esse am- biente deve ser priorizado para a conser- vacao € para visitas notumas com turis- tas. A mata de terra firme também é mui- to interessante, com exceeao da mata isolada, que est muito descaracterizada 2 com a fauna depauperada. As matas de igapé esto em bem estado de con- servacao e diversas espécies apresen- tam adaptagées para a vida em um am- biente sazonalmente inundavel. Trabalhos de educagado ambiental em herpetofauna s&o necessérios para a populagao local e guias turisticos, bem como estudos para a implementac&o de criatorios de jacarés e/ou quelénios, vi- sando n&o apenas 0 turismo, mas tam- bém criar uma outra fonte de renda e ali- mento. Essas acdes também diminuem @ pressao de caga sobre as populacdes naturais de tartarugas @ jacarés. A implementagéo desses criatorios deve ser avaliada com cautela. Criadores de jacarés em cativeiro no Brasil née foram bem sucedidos, A criagdo de quelonias é interessante, desde que a coleta de ovos é filhotes seja precedida por pes- quisas basicas. A tecnologia para a cria- Go e manejo de quelénios em cativeiro existe no IBAMA de Costa Marques. AGRADECIMENTOS Ao Programa Pré-Esotur, MMA e & Secretaria de Turismo de Rondénia (SETUR), pelo financiamente dos estu- dos; @ Tangara Consultoria Lida, pela oportunidade de trabalhar no rio Guaporé; ao IBAMA de Costa Marques, pelo acesso a seu acervo; a Alexandre F. Bamberg Araujo e a um revisor anéni- ma, pela leitura critica do manuserito e valiosas sugest6es; a William Quatman, pela revisao do abstract, a Dante Buzzetti, Julio Dalponte, Tabita Amorim € 40 guia Celio, pela ajuda nos trabalhos de campo; aos amigos Dante, George, Julio, Ménica, Silvana e a tripulagao do Palheta Dourada pela agradavel convi- véncia no periodo de estudo. Tabela 5 - Valoves de similar- paneer IGAPO | FIRME [BAIA [PRAIA| CAMPO | ANTRO fauna entre os cite. _IGAPO | rentes habiais’ = FIRME | 0.45 Bala 047 018 “Asmaiores similaridadesesiae PRAIA | 029 0.15 0,38 em negrite ¢ as maiores CAMPO| 0 0 0.24 00 dissimilaridades estao em italico. ANTRO 0,35. 040 026 0,57 0,30 70 Reuber Abuquerque Brandéo GLAW, F. & KOHLER, J. Amphibian species diversity exceeds that of mammals. Herpetological Review, Cincinnati, v. 29, n. 1, p.11-12. 1999. HADDAD, C. F. B. & SAZIMA, |. Antibios anuros da Serra do Japi. In: Morellato, P. (Org.). 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