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2 Que mecanismos reproduzem a


desigualdade?
Para alm da Histria e do Direito, muitas so as prticas sociais que
mantm no quotidiano as assimetrias entre as mulheres e os homens,
impedindo a partilha igual de todos os direitos, de todos os poderes e de
todas as responsabilidades.
Neste contexto se analisam as prticas organizacionais na actividade
profissional, na vida familiar e nos processos de tomada de deciso.
Igualmente se aprecia o modo como a escola ou no veiculo para a
igualdade de gnero, no s atravs das oportunidades que oferece,
mas tambm nos modelos que prope.
Evidencia-se tambm a importncia da linguagem no reforo da fico
que constitui o masculino neutro e no reconhecimento do igual valor do
gnero.
Por ltimo, sublinha-se como a persistncia da violncia em funo do
sexo, sendo uma manifestao da assimetria de poder entre as
mulheres e os homens, radica essencialmente na convico de que h
papis sociais especficos para umas e outros, e assim, para alm de
atentar directamente contra os direitos humanos, um fortssimo meio
de reproduo da desigualdade.
2.2.1 Prticas organizacionais no trabalho e no
emprego: o paradigma masculino na organizao
do mundo laboral as
Conforme referido no captulo I, a insero das mulheres no sistema de
emprego atinge uma expresso numrica significativa, mas concretiza-se
em condies de desigualdade, que se traduz em discriminao, embora
se possam configurar casos pontuais de discriminao contra homens no
mercado de trabalho.
Com efeito, o mercado de trabalho rege-se ainda por um padro
marcadamente masculino, pressupondo uma disponibilidade integral dos
homens para a vida profissional, a que corresponderia a disponibilidade
integral das mulheres para as tarefas inerentes aos cuidados da famlia e
do espao domstico.

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