Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da (...) Vara Cvel da Comarca da
Capital SP (...), por seus procuradores (documento 1), com escritrio na (...), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelncia, propor em face de (...), a presente Ao de cobrana de comisso de corretagem o que faz com supedneo nos argumentos de fato e de direito que passa a aduzir: I Fatos Na qualidade de corretor de imveis, devidamente autorizado pelo ru, consoante autorizao de venda anexa (documento 2), o autor, com grande dispndio de tempo e de dinheiro (publicidade, combustvel etc.), logrou angariar comprador idneo. Sendo assim, vendedor e comprador firmaram a competente escritura pblica de compra e venda, ttulo esse que foi levado a registro. No ato da outorga da escritura, o vendedor, ora ru, recebeu integralmente o preo ajustado, de R$ (...). No entanto, a par da efetiva participao do autor que mediou o negcio entre as partes, o ru se nega a cumprir a sua obrigao de pagar a comisso ajustada, no montante de 6% (seis por cento) sobre o valor da operao, ou seja, R$ (...). Sendo assim, baldos os esforos para receber amigavelmente o valor devido, no restou alternativa ao autor seno a propositura da vertente ao. II Direito Determina o Cdigo Civil:
Art. 725. A remunerao devida ao corretor uma vez que tenha
conseguido o resultado previsto no contrato de mediao, ou ainda que este no se efetive em virtude de arrependimento das partes.
Sendo assim, o ru dever ser condenado a pagar a comisso a que o
autor faz jus em razo da mediao til, acrescida de custas, despesas e honorrios, isso mesmo no havendo contrato escrito, como atesta remansosa jurisprudncia. Como no se trata de contrato solene, a jurisprudncia remansosa admite a prova do contrato atravs da ordem de venda anexa (documento 2) e at mesmo por testemunhas:
Segundo Tribunal de Alada Civil de So Paulo. Mediao comisso de
corretagem cobrana prova exclusivamente testemunhal validade. (...) (Apel. c/ Rev. n 516.255, 4 Cm., rel. Juiz Mariano Siqueira, 02.06.98. Referncias: REsp. n 8.216, MG, 4 Turma, rel. Min. Barros Monteiro, 27.08.91; REsp. n 13.508, SP, 3 Turma, rel. Min. Cludio Santos, 14.12.92; Apel. Cv. n 216.876-2, rel. Accioli Freire, SP, 03.02.94; AC n 134.467-2, Birigui, rel. Camargo Viana, 19.09.88; RT 535/230, 476/235; RTJ 121/1.189; RE n 106.442, PR, 25.895, 102.747, 70.563; REsp. n 11.553. No mesmo sentido: Apel. n 520.977, 12 Cm., rel. Juiz Gama Pellegrini, 27.08.98; Apel. n 553.226, 12 Cm., rel. Juiz Gama Pellegrini, 19.11.98; Apel. n 521.845, 1 Cm., rel. Juiz Vieira de Moraes, 09.11.98). Segundo Tribunal de Alada Civil de So Paulo. Mediao comisso de corretagem cobrana prova existncia percentual de 6% sobre o valor da transao cabimento. Se a prova documental e oral confirma a intermediao da transao, devida a comisso cobrada, de 6% sobre o valor real da venda, comprovada nos autos, Sentena mantida. Agravo retido e recurso de apelao improvidos (Apel. n 516.936, 2 Cm., rel. Juiz Felipe Ferreira, 27.04.98. No mesmo sentido: Apel. n 516.646, 3 Cm., rel. Juiz Ribeiro Pinto, j. em 11.08.98).
III Demonstrao do dbito
Valor da operao: R$ (...) Comisso de corretagem: 6% = (...) IV Pedido Ex positis, requer o autor que, ao final, digne-se Vossa Excelncia de julgar procedente a presente ao, condenando o ru a pagar o principal, no valor de R$ (...), acrescido de juros legais desde a citao, correo monetria desde a data do negcio, despesas, custas e honorrios advocatcios que Vossa Excelncia houver por bem arbitrar. V Citao Requer-se que a citao do ru seja efetuada pelo correio, nos termos dos arts. 246, I; 247 e 248 do Cdigo de Processo Civil, para responder no prazo de 15 (quinze) dias (art. 335 do Cdigo de Processo Civil), sob pena de serem tidos por verdadeiros todos os fatos aqui alegados (art. 344 do Cdigo de Processo Civil), devendo o respectivo mandado conter as finalidades da citao, as respectivas determinaes e cominaes, bem como a cpia do despacho do(a) MM. Juiz(a), comunicando, ainda, o prazo para resposta, o juzo e o cartrio, com o respectivo endereo. Ou: Nos termos do art. 246, II, do Cdigo de Processo Civil (justificar o motivo, posto que a citao por Oficial de Justia subsidiria), requer-se a citao do ru por intermdio do Sr. Oficial de Justia para, querendo, responder no prazo de 15 (quinze) dias (art. 335 do Cdigo de Processo Civil), sob pena de serem tidos por verdadeiros todos os fatos aqui alegados (art. 344 do Cdigo de Processo Civil), devendo o respectivo mandado conter as finalidades da citao, as respectivas determinaes e cominaes, bem como a cpia do despacho do(a) MM. Juiz(a), comunicando, ainda, o prazo para resposta, o juzo e o cartrio, com o respectivo endereo, facultando-se ao Sr. Oficial de Justia encarregado da diligncia proceder nos dias e horrios de exceo (CPC, art. 212, 2). VI Audincia de Conciliao Nos termos do art. 334, 5, do Cdigo de Processo Civil, o autor desde j manifesta, pela natureza do litgio, desinteresse em autocomposio. Ou: Tendo em vista a natureza do direito e demonstrando esprito conciliador, a par das inmeras tentativas de resolver amigavelmente a questo, o autor desde j, nos termos do art. 334 do Cdigo de Processo Civil, manifesta interesse em autocomposio, aguardando a designao de audincia de conciliao. VII Provas Requer-se provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, incluindo percia, produo de prova documental, testemunhal, inspeo judicial, depoimento pessoal sob pena de confisso caso o ru (ou seu representante) no comparea, ou, comparecendo, se negue a depor (art. 385, 1, do Cdigo de Processo Civil). VIII Valor da causa D-se causa o valor de R$ (...). Termos em que, pede deferimento. Data Advogado (OAB/SP)
Ação anulatória de execução de imóvel extrajudicial - anulação de procedimento cartorial para retomada de imóvel de acordo com a lei de alienação fiduciária.docx