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Hélio

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Héli
o
Hidrogénio ← Hélio → Lítio

↑ 2He
He

Ne
Tabela completa • Tabela estendida
Informações gerais
Nome, símbolo,
Hélio, He, 2
número
Série química gases nobres
Grupo, período,
18 (8A), 1, s
bloco
Densidade, dureza 0,1785 kg/m3, não apresenta
Aparência incolor

Propriedade atómicas
Massa atômica 4,002602(2) u

Raio covalente 32 pm
Raio de Van der
140 pm
Waals
Configuração
1s2
electrónica
Elétrons (por nível de 2
energia)

Estrutura cristalina Hexagonal


Propriedades físicas
Estado da matéria gasoso
Ponto de fusão 0,95 K
Ponto de ebulição 4,22 K
Entalpia de fusão 5,23 kJ/mol
Entalpia de
0,0845 kJ/mol
vaporização

Volume molar 21,0 ×10-6 m3/mol

Velocidade do som 972 m/s a 20 °C


Diversos
Eletronegatividade sem dados
(Pauling)
Calor específico 5193 J/(kg·K)

Condutividade
0,152 W/(m·K)
térmica
1º Potencial de
2372,3 kJ/mol
ionização
2º Potencial de
5250,5 kJ/mol
ionização
3º Potencial de {{{potencial_ionização3}}}
ionização kJ/mol
4º Potencial de {{{potencial_ionização4}}}
ionização kJ/mol
5º Potencial de {{{potencial_ionização5}}}
ionização kJ/mol
6º Potencial de {{{potencial_ionização6}}}
ionização kJ/mol
7º Potencial de {{{potencial_ionização7}}}
ionização kJ/mol
8º Potencial de {{{potencial_ionização8}}}
ionização kJ/mol
9º Potencial de {{{potencial_ionização9}}}
ionização kJ/mol
10º Potencial de {{{potencial_ionização10}}}
ionização kJ/mol
Isótopos mais estáveis
iso AN Meia-vida MD Ed PD
MeV
3 estável (com 1
He 0.000137%
neutrão)
4 estável (com 2
He 99.999863%
neutrões)
6
He sintético 806,7 ms ß- 3,508 6Li
Unidades do SI & CNTP, salvo indicação contrária.

O hélio (do grego Ήλιος, helios, "Sol") é um elemento químico de símbolo He e que
possui massa atómica igual a 4 u, apresentando número atômico 2 ( 2 prótons e 2
elétrons ). À temperatura ambiente, o hélio encontra-se no estado gasoso. Apesar da sua
configuração eletrônica ser 1s2, o hélio não figura na tabela periódica dos elementos
junto com o hidrogênio no bloco s, está colocado no grupo 18 ( 8A ou 0 ) do bloco p, já
que apresenta nível de energia completo, apresentando as propriedades de um gás
nobre, ou seja, é inerte (não reage) como os demais elementos.

É um gás monoatômico, incolor e inodoro. O hélio tem o menor ponto de evaporação de


todos os elementos químicos, e só pode ser solidificado sob pressões muito grandes. É o
segundo elemento químico em abundância no universo, atrás do hidrogênio, mas na
atmosfera terrestre encontram-se apenas traços, provenientes da desintegração de alguns
elementos. Em alguns depósitos naturais de gas é encontrado em quantidade suficiente
para a sua exploração; usado para o enchimento de balões e dirigíveis, como líquido
refrigerante de materiais supercondutores criogênicos e como gás engarrafado utilizado
em mergulhos de grande profundidade.

Índice
[esconder]

• 1 Características principais
• 2 Aplicações
• 3 História
• 4 Abundância e obtenção
• 5 Compostos
• 6 Isótopos
• 7 Formas
• 8 Precauções

• 9 Ligações externas

[editar] Características principais


Nas Condições Normais de Temperatura e Pressão o hélio é um gás monoatômico,
tornando-se líquido somente em condições extremas (de alta pressão e baixa
temperatura).

Tem o ponto de solidificação mais baixo de todos os elementos químicos, sendo o único
líquido que não pode solidificar-se baixando a temperatura, já que permanece no estado
líquido no zero absoluto à pressão normal. De resto, sua temperatura crítica é de apenas
5,19 K. Os isótopos 3He e 4He são os únicos em que é possível, aumentando a pressão,
reduzir o volume mais de 30%. O calor específico do gás hélio é muito elevado, de
vapor muito denso, expandindo-se rapidamente quando é aquecido a temperatura
ambiente.

O hélio sólido só existe a pressões da ordem de 100 MPa a 15 K (-248,15 °C).


Aproximadamente a essa temperatura, o hélio sofre uma transformação cristalina, de
estrutura cúbica a estrutura hexagonal compacta; em condições mais extremas, ocorre
uma nova mudança, empacotando os átomos numa estrutura cúbica centrada. Todos
estes empacotamentos tem energias e densidades semelhantes, debitando-se as
mudanças à maneira como os átomos interagem.

[editar] Aplicações

O gás hélio é usado nos dirigíveis.

O hélio é mais leve que o ar, isto é, a densidade do hélio é menor que a densidade do ar,
diferenciando-se do hidrogênio por não ser inflamável, entretanto, apresenta poder
ascensional 8% menor. Por este motivo, e por ser um gás inerte, é utilizado em
dirigíveis e balões com fins recreativos, publicitários, reconhecimento de terrenos,
filmagens aéreas e para investigações das condições atmosféricas. As maiores reservas
de Hélio encontram-se nos Estados Unidos. Estas reservas são estratégicas e controladas
pelo governo norte-americano. Não estão disponíveis para venda em grande
quantidades.

Além das citadas o hélio tem outras aplicações, como:

• A mistura hélio-oxigênio é usada para mergulhos a grande profundidade, já que


é inerte e menos solúvel no sangue que o nitrogênio e se difunde 2,5 vezes mais
depressa, reduzindo o tempo necessário para a descompressão, apesar de iniciar-
se em maior profundidade elimina o risco de narcose por nitrogênio (embriaguez
de profundidades).
• Devido ao seu baixo ponto de liquefação e evaporação pode ser usado como
refrigerante a temperaturas extremadamente baixas em imãs supercondutores e
na investigação criogênica a temperaturas próximas do zero absoluto.
• Em cromatografia de gases é usado como gás transportador inerte.
• A atmosfera inerte de hélio é empregada na soldadura por arco e na fabricação
de cristais de silício e germânio, assim como para pressurizar combustíveis
líquidos de foguetes.
• Em túneis de vento supersônicos.
• Como agente refrigerante em reatores nucleares.
• O hélio líquido encontra cada vez maior uso em aplicações médicas de imagem
por ressonância magnética (RMI).
• Em circuitos frigoríficos e ou tubulações em geral normalmente a uma pressão
de 6 bar, se emprega como um gás para revelar micros vazamentos que possam
ocorrer na montagem de um circuito ou tubulações em geral.

Com o auxilio de espectrômetro de massa, aproxima-se no pontos de solda ou conexões,


revelando assim vazamentos de até a equivalência de 2 gramas/ano, assegurando uma
vida util maior para os produtos a serem testados.

[editar] História
O hélio foi descoberto de forma independente pelo francês Pierre Janssen e pelo inglês
Norman Lockyer, em 1868 ao analisarem o espectro da luz solar durante um eclipse
solar ocorrido naquele ano, encontrando uma linha de emissão de um elemento
desconhecido. Eduard Frankland confirmou os resultados de Janssen e propôs o nome
helium para o novo elemento, em honra ao deus grego do sol (helios) com o sufixo -ium
, já que se esperava que o novo elemento fosse metálico.

Em 1895 Sir William Ramsay isolou o hélio descobrindo que não era metálico,
entretanto o nome original foi conservado. Os químicos suecos Abraham Langlet e Per
Teodor Cleve conseguiram também, na mesma época, isolar o elemento.

Em 1907 Ernest Rutherford e Thomas Royds demonstraram que as partículas alfa são
núcleos de hélio.

Em 1908 o físico alemão Heike Kamerlingh Onnes produziu hélio líquido esfriando o
gás até 0,9 K, o que lhe rendeu um prêmio Nobel. Em 1926 seu discípulo Willem
Hendrik Keesom conseguiu pela primeira vez solidificar o hélio.

[editar] Abundância e obtenção


O hélio é o segundo elemento mais abundante do universo atrás apenas do hidrogênio e
constitui em torno de 20% da matéria das estrelas, em cujo processo de fusão nuclear
desempenha um importante papel. A abundância do hélio não pode ser explicada pela
formação das estrelas, ainda que é consistente com o modelo do Big bang, acredita-se
que a maior parte do hélio existente se formou nos três primeiros minutos do universo.

Na atmosfera terrestre existe na ordem de 5 ppm e encontrado também como produto de


desintegração em diversos minerais radioativos de urânio e tório. Alem disso, está
presente em algumas águas minerais, em gases vulcânicos, principalmente nos vulcões
de lama e em certas acumulações comerciais de gás natural como nos Estados Unidos,
Rússia e Argélia de onde provém a maioria do hélio comercial, associado ao gás
metano.

Pode-se sintetizar o hélio bombardeando núcleos de lítio ou boro com prótons a alta
velocidade.

Pode-se obter hélio, mas em baixíssimas concentrações em gases intestinais e


ruminantes, mas não é um modo viável comercialmente.
[editar] Compostos
Dado que o hélio é um gás nobre, na prática não participa das reações químicas, ainda
que sob a influência de descargas elétricas ou bombardeado com elétrons forma
compostos com o wolfrâmio, iodo, flúor e fósforo.

[editar] Isótopos

Isótopo estável He-4.

O isótopo mais comum do hélio é o 4He, cujo núcleo está constituído por dois prótons e
dois nêutrons. Sua excepcional estabilidade nuclear se deve ao fato de que tem um
número mágico de núcleons, isto é , uma quantidade que se distribui em níveis
completos ( de modo análogo como se distribuem os elétrons nos orbitais ). Numerosos
núcleos pesados se desintegram emitindo um núcleo de 4He; este processo, que se
denomina desintegração alfa - por isso o núcleo emitido se chama partícula alfa - é a
origem da maioria do hélio terrestre.

O hélio tem um segundo isótopo, o 3He, além de outros mais pesados que são
radioativos. O hélio-3 é praticamente inexistente na terra, dado que a desintegração alfa
produz exclusivamente núcleos de hélio-4 e tanto estes como o hélio atmosférico
escapam ao espaço em períodos geológicos relativamente curtos. O hélio-3 pode ocorrer
associado com depósitos de hidrocarbonetos (gás natural, petróleo) cuja origem é
oriunda do manto da terra.

Ambos isótopos foram produzidos durante o Big bang em quantidades significativas, e


continuam sendo produzidos mediante a fusão do hidrogênio nas estrelas.

[editar] Formas
O hélio líquido (hélio-4) se encontra em duas formas distintas: hélio-4 I e hélio-4 II,
entre os quais ocorre uma brusca transição a 2.1768 K (ponto lambda). O He-I, acima
dessa temperatura é um líquido normal, porém o He-II abaixo dessa temperatura, não se
parece a nenhuma outra substância, converte-se num superfluido cujas características
incomuns se devem a efeitos quânticos, um dos primeiros casos que se tem observado
em escala macroscópica.
O hélio-II tem uma viscosidade nula, fluindo com facilidade através de finíssimos
capilares através dos quais o hélio-I não consegue fluir, e tem, além disso, uma
condutibilidade térmica muito maior que qualquer outra substância.

[editar] Precauções
Os depósitos de gás hélio de 5 a 10 K deve ser armazenado como líquido devido ao
grande incremento de pressão que se produz ao aquecer o gás a temperatura ambiente.

Quando aspirado, o hélio distorce a voz(343m/s). Deve-se tomar cuidado ao fazer isso,
o gás hélio pode provocar sufocamento por supressão de oxigênio.

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