Você está na página 1de 8

Q#543: Spelling mistakes by native speakers and spelling bee

Why do Americans make so many spelling mistakes regardless of educational background?


I see managers and directors of major companies misspelling words and even an American
president (Clinton) who misspelled something. Do people from Canada, Great Britain, and
Australia also misspell or are they any different?
How bad is misspelling anyway?
Would you please comment on that? F.A. Jun 10, 04
Dear F.A.
One reason for the spelling difficulties and frequent mistakes in English is its low
correlation between pronunciation and spelling. Of all the languages known, English is
probably the one with the worst spelling-to-sound correlation. Mazurkiewicz offers an
interesting comment on the subject:
"Comparing languages on their grapheme-phoneme correspondences, Spanish, Finnish and Italian are found
to be almost wholly phonetic (good correlation between spelling and pronunciation), whereas German is 90
percent phonetic and Russian 94 percent phonetic. Italian, for example, has 27 phonemes and 28 letters or
combination of letters used to represent them. By dividing 27 by 28, Italian is seen to be 96 percent phonetic.
But what of English? The tables of common English spellings found in many unabridged dictionaries show
that as many as 340 to 360 spellings are listed for the 44 phonemes these dictionaries typically use; the result
suggests that English is 12 to 13 percent phonetic."
(MAZURKIEWICZ, Albert J. Teaching About Phonics. New York: St. Martin's, 1976. Page 21)
As a result, not only is the pronunciation of English difficult for foreign students of ESL,
but also the English spelling becomes a real problem for all the English native speakers,
especially for the young people attending Elementary School. The spelling bee, a popular
competition in which two sides contest in accuracy of spelling, well demonstrates the
problem. These contests are part of the culture only in English-speaking countries, where
they reach national coverage and attention.
See here more about English spelling and pronunciation.
Ricardo - EMB
Ricardo,
Thanks a lot for the wonderful explanation. I myself have recently watched with pure
amazement a spelling bee competition which was widely broadcast on one of the ESPN
channels.
F.A.

Q#542: Importância de phrasal verbs e idioms


Olá!
Meu nome é Ana Claudia dos Santos e sou professora de inglês.
Gostaria que me esclarecessem uma dúvida crucial: O conhecimento vasto em Phrasal
Verbs é importante para alunos que procuram fluência para viajar, trabalhar? Até que ponto
é válido aulas sobre Idioms?
Grata pela atenção. Ana <language*ig.com.br> Jun 2, 04

Prezada Ana,
Embora phrasal verbs representem uma característica forte da língua inglesa e locuções
idiomáticas sejam de alta ocorrência na linguagem diária, não acredito que o estudo isolado
desses elementos possa produzir uma diferença decisiva na proficiência do aprendiz. Na
minha opinião, esses elementos da língua, como muitos outros, são naturalmente
assimilados na medida em que o aprendiz desenvolve familiaridade com a língua em
situações reais. Entretanto, um esforço especificamente voltado a algumas das mais
freqüentes locuções idiomáticas, bem como aos mais freqüentes phrasal verbs, pode ser útil
se ocorrer como complemento paralelo à exposição do aprendiz à língua em situações reais.
Especialmente no ambiente artificial de uma sala de aula, atividades voltadas a idioms e
phrasal verbs são de muito maior utilidade do que atividades voltadas a pontos gramaticais.
Atenciosamente, Ricardo - EMB

Q#541: Pesquisa de satisfação junto a alunos de curso de inglês


Olá, me chamo Luciano e sou aluno de Administação de Empresas da UESC (Univ.
Estadual de Santa Cruz), em Ilhéus, sul da Bahia. Estou produzindo meu relatório de
conclusão de curso, realizando uma pesquisa sobre o comportamento do consumidor no
curso CCAA em minha cidade Itabuna.
Gostaria de contar com a valiosa colaboração dos amigos pesquisadores no sentido de
fornecer-me alguma informação ou dicas de onde posso encontrar técnicas sobre o referido
tema, ou sobre pesquisa de mercado no setor de curso de línguas estrangeiras, como
questionários ou formulários utilizados.
Obrigado antecipadamente.
Luciano Nicácio <lusanic*hotmail.com> May 21, 04

Prezado Luciano,
Sabe-se que é difícil para quem ainda não fala a língua estrangeira, avaliar a qualidade do
que lhe é oferecido. É comum o aluno levar dois anos ou mais para se dar conta de que o
método não deu resultado. É só o tempo que revela a ineficácia e, muitas vezes, o aluno
frustrado, num ato de humildade, prefere até imaginar que possa haver uma deficiência
consigo próprio. Quer dizer, além do tempo e do dinheiro, acaba perdendo até um pouco de
sua auto-estima. Para ilustrar o que estamos dizendo, veja a mensagem que recebemos há
uns tempos atrás de Mauro H Bonella de Caxias do Sul:

--------------------------------------------------------------------------
Dear sirs,
Sometimes ago I could make any tests in the few schools
to know what`s the better course to learn english faster
and better, then I decided choose the W....d school because
it methods was most interesting, today I finished the book
five and they promisses was that I`ll have a good fluency
in the english, but I`m not sure about it.
So, I`m writing for you because I would like to continue my
english learning but, I need to choose other school to get
faster the fluency. I live in the Caxias do Sul-RS, please
if you know any one that could help me, send me the titles.
Thanks,
Mauro H. Bonella
---------------------------------------------------------------------------
É certo que não conhecemos o desempenho oral do Sr. Bonella, mas podemos facilmente
imaginar, a julgar pelo texto acima, que fica longe do que ele esperava alcançar em 2 anos e
meio, e muito longe do que havia sido a ele prometido.

Portanto, permita-me aqui questionar a felicidade de sua escolha como tema de pesquisa.
Analisar o consumidor de curso de línguas, seja quanto à sua dedicação, quanto ao seu
desenvolvimento ou quanto à sua opinião pessoal, não lhe proporcionará conclusões
importantes. Ainda mais quando você vai analisar consumidores de apenas um curso, que
utiliza uma mesma receita didática para todos.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q#540: Adquirindo proficiência no exterior
Amado Mestre Ricardo.
Quero que saiba que sou seu discípulo e detentor da bandeira do EMB-SK na minha cidade
Natal/RN e gostaria de que fosse arrancada da minha cabeça uma dúvida inquietante. Um
dos meus professores do curso de “LETRAS” daqui de Natal disse que a proficiência era
relativa, e citou dois casos que aconteceram com ele, quando ele foi a Londres
recentemente pegou um taxista com um sotaque horrível, e perguntou de onde ele era, e ele
disse: EGITO e tornou a perguntar: Quantos anos vc está morando aqui? E o cara
respondeu: 20 anos. Depois chegou ao hotel e um indiano pegou sua mala com outro
sotaque pior ainda, e ele fez a mesma pergunta, e esse outro tinha 15 anos morando naquele
país.
- A minha pergunta é: O que está errado com a proficiência no caso acima? Afinal de
contas ter um contato diário com a língua não tornaria sua proficiência boa afinal de contas
só em estar vivendo o “American or British way of life” já contaria não é?
Li o livro the Jeremy Harmer (The Practice of English Language Teaching e muitos outros)
acredito no método de Krashen e Chomsky e tento me aprofundar em tópicos obscuros do
aprendizado cada vez mais, só que infelizmente não nasci em berço esplêndido para fazer
viagens periódicas para o exterior, mas tento me virar com um gato ao invés do cão.
Keep the awesome work here! This web site rocks!
Um grande abraço, Alexandre Emerson (Natal/RN) <alexandre_emerson*hotmail.com>
Abr 5, 04

Prezado Alexandre,
Os fatores determinantes não são propriamente o exterior, muito menos qualquer curso que
tenha sido feito no exterior, mas sim o convívio humano em ambientes da cultura
estrangeira e as situações reais de interação que dele decorrem.

Pouco adiantaria, por exemplo, a pessoa embarcar com uma turma de brasileiros para fazer
um determinado curso de inglês no exterior. Todos teriam apenas um agradável convívio
num ambiente marcado pela língua e pela cultura brasileira.

Também comprometeria o resultado a pessoa viajar na companhia do melhor amigo, do


namorado ou do cônjuge. Estariam transferindo seu microambiente (com a
impermeabilidade que lhe é característica) de língua e valores culturais, onde um oferece
apoio ao outro na percepção e análise naturalmente tendenciosa dos novos valores
observados, aumentando a rejeição e diminuindo a assimilação. Acabaria assim seriamente
comprometido o principal motivo da viagem: a assimilação da língua e da cultura
estrangeira.

É sabido também que em famílias de imigrantes nos EUA e na Inglaterra, sempre há


aqueles que não se identificam com a cultura e que preferem o convívio junto de seus
familiares. Normalmente são os membros mais idosos da família, os quais desenvolvem a
proficiência mínima necessária e podem continuar tendo dificuldade com inglês mesmo
depois de vários anos.

Atenciosamente, Ricardo - EMB


Q#539: Professores sem proficiência e certificados
Parabés pelo site. É maravilhoso!
Sempre que eu leio, aqui no site, sobre como aprender inglês vejo que sua opinião é que só
se aprende a falar inglês quando o instrutor tem proficiência ou convivendo com nativos.
Então quais são as chances de quem mora no interior, onde dificilmente um professor de
inglês fala fluentemente e a possibilidade de conviver com nativos é algo impossível. Isso
me preocupa, pois estou estudando inglês, não tenho como viajar para o exterior e meu
professor não tem proficiência, tenho alguma chance?
Mais uma dúvida: no interior as pessoas dão muito importância para o certificado, se é
reconhecido pelo MEC ou não. Pelo que eu sei nenhum curso livre é reconhecido pelo
MEC. Aqui na minha cidade fala-se que a única escola que tem reconhecimento do MEC é
a FISK, é verdade? O que você tem a me dizer a respeito disso?
Muito grata,
Bernadete <bernadete*terra.com.br> Abr 4, 2004

Prezada Bernadete,
Assim como não se aprende a nadar sem ter contato com a água, não se aprende a falar
línguas estrangeiras sem ter contato com elas. Não se esqueça que línguas são
fundamentalmente fenômenos orais e que portanto é com os ouvidos e não com os olhos
que as aprendemos.

CERTIFICADOS

Quanto a certificados, permita-me lembrar-lhe, em primeiro lugar, que a importância dada a


um certificado é proveniente do velho culto ao documento como instrumento de
comprovação e não passa de um vício da nossa cultura brasileira, herdado da aristocracia
cartorial colonialista. Não se deixe influenciar muito por isso. O que vale mesmo, no caso
de línguas, é a habilidade adquirida e demonstrada. Ninguém vai fazer questão de ver seu
certificado.

Quanto ao suposto reconhecimento de tais "certificados", saiba que cursos de línguas são
classificados como "cursos livres" pelo Ministério da Educação, não estando sujeitos a
qualquer tipo de controle nem de reconhecimento. Tampouco as secretarias estaduais
regulamentam cursos livres. Você pode ensinar inglês assim como pode ensinar informática
ou karatê. Por um lado, isso pode parecer ruim, pois permite a proliferação dos cursinhos
mercantilistas que estão por aí. Por outro lado, qualquer tipo de regulamentação acabaria
entrando no tráfico de influências e servindo apenas para beneficiar os interesses dos mais
fortes em detrimento dos competentes. Portanto, talvez devamos dar graças a Deus por tudo
estar como está e confiar no discernimento do público na hora de escolher um curso de
inglês.

Em segundo lugar, mesmo que cursos de línguas fossem reconhecidos pelo Ministério, a
julgar pela ineficácia do ensino de inglês no ensino médio e pela deficiente formação de
professores de línguas nos cursos de letras, responsabilidades estas de secretarias e
ministério, eu até preferiria não ter tal reconhecimento. Em outras palavras: quem é o
Ministério de Educação brasileiro para reconhecer competência no ensino de línguas
estrangeiras se nem ele é competente nisso?

Finalmente, vamos imaginar que o Ministério realmente tivesse competência para avaliar e
reconhecer a qualidade de escolas de línguas, esse reconhecimento, para ser sério, teria que
levar em consideração (com peso máximo) o único elemento importante: a qualificação
(proficiência) do professor; qualificação esta que é da pessoa, intransferível ao nome do
curso.

Atenciosamente, Ricardo - EMB


Q#538: Monotransitive, ditransitive, e complex transitive verbs
Prezados Senhores,
A seguinte questão faz parte de um concurso público da cidade de Niterói-RJ:
"Classify the verb in the following sentence : The news made me happy."
a) complex transitive b) linking c) monotransitive d) ditransitive e) intransitive.
Segundo o gabarito a correta é letra A.
Gostaria de saber o que vem a ser um verbo complex transitive e monotransitive.
Obrigado, Fonseca <fonseca30*netscape.net> Mar 23, 04

Prezado Fonseca,
Monotransitive, ditransitive, e complex transitive são subclassificações dos transitive verbs.
Monotransitive are transitive verbs that take only one object. Ex: He studied the lesson.
Ditransitive are transitive verbs that take two objects. Ex: Give a cat a funny name.
Complex transitive are transitive verbs that take an object and a complement. Ex: Paint
the wall white.

Na minha opinião, trata-se de um conhecimento inútil e revela despreparo dos responsáveis


pela elaboração do concurso.

Atenciosamente, Ricardo - EMB


Q#537: Será tarde demais para reaprender o inglês?
O site "English Made in Brazil" foi o melhor que eu já conheci em termos de orientação
sobre o aprendizado de idiomas, especificamente o inglês. Ao lê-lo, percebo que o meu
aprendizado de inglês foi conduzido de maneira errada. Principalmente, quando refletimos
sobre os métodos construtivista e naturalista.
Ao ler os artigos deste site, principalmente, aqueles que nos orientam sobre como escolher
o curso ou o instrutor de inglês, cheguei à conclusão de que não estou capacitada para ser
uma boa professora de inglês. Estou formada desde 1987 e somente agora estou exercendo
a profissão, após ter trabalhado como secretária e tradutora. Nunca tive condições de
estudar no exterior e o inglês que aprendi provém de conhecimentos adquiridos no curso de
Letras e de cursos de inglês cujos métodos são diferentes dos citados acima e onde nem
sempre fala-se inglês na sala de aula. Embora eu goste muito do idioma e de lecionar, penso
mudar de área. Estudar no exterior, agora com a minha idade, creio que não haja mais
tempo, principalmente, por questões de subsistência.
A minha pergunta é a seguinte: é possível criar um ambiente de aprendizagem nos moldes
propostos por Piaget, Chomsky e Krashen aqui mesmo no Brasil? Vocês têm conhecimento
de instituições onde esses modelos de aprendizagem são aplicados?
Muito obrigada.
Maria Helena <helena.bensabat*uol.com.br> Fev 2, 04

Prezada Maria Helena,


Infelizmente são poucas as opções no Brasil de programas que ofereçam ambientes
autênticos de língua e cultura estrangeira onde pudesse ser implementada a abordagem
proposta por Krashen. Isso deve-se a dois fatores:

• Falta de visão de nossas lideranças acadêmicas responsáveis pelos cursos de Letras


(veja mais sobre isso em http://www.sk.com.br/sk-perg15.html#385).
• Falta de visão de nossas autoridades burocráticas que dificultam a vinda de
estrangeiros ao país (veja mais sobre isso em http://www.sk.com.br/sk-gover.html).

Embora não sirva para você, mas apenas para ilustrar, um exemplo perfeito de ambiente de
língua e cultura estrangeira no Brasil são as escolas internacionais de ensino fundamental e
médio. Nessas escolas o corpo docente é composto de professores estrangeiros e brasileiros
e a grade curricular atende os requisitos da política educacional brasileira bem como da
estrangeira, normalmente norte-americana ou britânica. O inglês se constitui não em objeto
de estudo, mas sim em instrumento de comunicação e estudo, diariamente. Inglês ou
português são usado em sala de aula dependendo do professor da matéria. A participação de
uma porcentagem significativa de professores, bem como de alunos falantes nativos de
inglês, garante um perfeito ambiente de convívio bicultural. A coexistência paralela das
duas línguas e das duas culturas desenvolve na criança, além de plena proficiência em
ambas, a difícil habilidade de equacionar os contrastes lingüísticos e os diferentes valores
culturais.

Infelizmente as escolas internacionais têm um custo muito elevado. As mais baratas custam
de US$4.800 a US$7.400 por ano, além de uma dotação inicial de US$2.000 por aluno. O
custo anual das mais caras varia de US$12.800 a US$16.700, com uma contribuição inicial
de US$5.000 por aluno.

Outro exemplo de ambiente de língua e cultura estrangeira no Brasil é a escola


patrocinadora deste site.

Em São Paulo existe mais um exemplo curioso de ambiente de língua e cultura estrangeira:
o English Club Brazil - um grupo de pessoas falantes nativas de inglês e brasileiros também
falantes de inglês que reúnem-se informalmente no Finnegan's Pub, um bar em Pinheiros,
na cidade de São Paulo. Também agora em Porto Alegre, tem um bar nos mesmos moldes,
chamado Start Talk Café, localizado na Rua Maryland 1587 (fone 3388-4535 - email
cafe*starttalkingcafe.com) e outro chamado Music Hall, na Vasco da Gama, 651 (fone
3333-3411).

Atenciosamente, Ricardo - EMB


Q#536: Language acquisition com alunos iniciantes
Trabalho em escolas públicas como professora de inglês há 6 anos, e completei meu
primeiro semestre como professora em uma escola de idiomas. Nessa escola eu tive
oportunidade de conhecer uma professora considerada muito boa tanto pela proprietária da
escola quanto pelos alunos, e foi ela quem me falou desse site.
Achei muito interessante o conceito de language acquisition, que é novo para mim.
Também li sua resposta sobre como implementar language acquisition no Ensino Médio.
Porém, fiquei com uma enorme dúvida que gostaria que respondessem: como "criar um
ambiente de situações reais na língua estudada" com alunos que não sabem mais do que
"The book is on the table" e "I love you"? Quero dizer, como criar essas situações reais
com alunos iniciantes? Eles não teriam que ter uma "base" consolidada antes? Como dar
uma aula totalmente em inglês, mesmo em pequenos grupos, para alunos que não
conhecem a língua? Ou estou equivocada no conceito de acquisition? Pelo que entendi,
seria muito melhor se as aulas fossem todas em inglês.
Junia, Jan 12, 04

Prezada Junia,
Sem dúvida, aulas (ou ambientes de assimilação natural) devem ser dadas na língua-alvo.
Isto porque a função do professor (ou facilitador) não é transmitir conhecimento ou
informações, mas sim criar o ambiente e construir um relacionamento com cada aluno,
explorando o plano psicológico destes relacionamentos.

A assimilação ocorre de forma semelhante ao caso tão conhecido de adolescentes ou jovens


adultos que vão a um país estrangeiro sem noções do idioma e que, como resultado dessa
imersão no ambiente de língua e cultura estrangeira, na absoluta ausência de sua língua
materna, acabam por assimilar a língua e a cultura do país como fruto do convívio humano.

Por isso a importância do facilitador ser um representante autêntico da língua e da cultura


estrangeira, dos grupos serem pequenos para que a língua nativa dos aprendizes não
prevaleça, e serem homogêneos em aspectos psicológicos como idade, interesses e
personalidades.

Atenciosamente, Ricardo - EMB


Q#535: Autodidata motivada
Oi, meu nome é Leilane, tenho 15 anos. Eu sou autodidata, e há algum tempo tento
aprender inglês. Gosto muito de línguas, principalmente inglês. Quando terminei a oitava
série do ensino fundamental, resolvi fazer todos os exercícios de meus livros antigos e, com
isso, aprendi o conteúdo básico de gramática. Pra aprender a pronunciar corretamente eu,
ao mesmo tempo, acompanhava séries de TV legendadas e escutava músicas (como
continuo fazendo), além de ler livros infantis (para ler textos pequenos primeiro, e ir
gradativamente aumentando o nível). Geralmente, procuro conversar com amigas minhas
em inglês (que se utilizam do mesmo método para aprender) e consigo pensar em inglês,
portanto, acho que aprendi muito com essa iniciativa. Quando tentei entrar em um curso de
inglês (Fisk), fiz um teste e pulei o nível básico (mesmo nunca tendo feito curso). Entrei no
nível intermediário, mas pecebi que meus colegas de classe não entendiam quase nada do
que a professora dizia e eu conseguia entender a maior parte. Por isso, abandonei o curso e
continuo com meu método próprio. Comprei uma gramática de nível intermediário e estudo
por ela, pelos livros do 2º grau e escuto músicas em inglês, sempre preferindo programação
legendada na TV para aprender a pronúncia correta. Com meu conhecimento da língua,
consegui resolver toda a prova de vestibular da UFPE, onde predominavam textos, o que
me animou muito, pois não errei nenhuma questão!
Gostaria de saber se meu método é válido e se o senhor acha viável que eu continue a
aprender dessa forma.
Obs.: Gostaria também de lhes agradecer pela iniciativa de colocar o site na Internet.
Assim, pessoas interessadas podem acessar um conteúdo de qualidade. Me ajudou muito.
Um grande abraço, Leilane Cruz <rayolaser3*hotmail.com> Jan 10, 04

Prezada Leilane,
O que vc está fazendo é perfeitamente válido. O fator principal de seu êxito, entretanto, não
é o método, mas sim sua motivação. Você deve continuar, mas não se esqueça de que
línguas são fundamentalmente fenômenos orais, pouco dependem de conhecimento, e sim
de habilidades desenvolvidas em situações reais de convívio humano em ambientes de
cultura estrangeira autênticos. É isso que vc deve procurar daqui para a frente.

Atenciosamente, Ricardo – BEM

Você também pode gostar