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Prezada Ana,
Embora phrasal verbs representem uma característica forte da língua inglesa e locuções
idiomáticas sejam de alta ocorrência na linguagem diária, não acredito que o estudo isolado
desses elementos possa produzir uma diferença decisiva na proficiência do aprendiz. Na
minha opinião, esses elementos da língua, como muitos outros, são naturalmente
assimilados na medida em que o aprendiz desenvolve familiaridade com a língua em
situações reais. Entretanto, um esforço especificamente voltado a algumas das mais
freqüentes locuções idiomáticas, bem como aos mais freqüentes phrasal verbs, pode ser útil
se ocorrer como complemento paralelo à exposição do aprendiz à língua em situações reais.
Especialmente no ambiente artificial de uma sala de aula, atividades voltadas a idioms e
phrasal verbs são de muito maior utilidade do que atividades voltadas a pontos gramaticais.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Prezado Luciano,
Sabe-se que é difícil para quem ainda não fala a língua estrangeira, avaliar a qualidade do
que lhe é oferecido. É comum o aluno levar dois anos ou mais para se dar conta de que o
método não deu resultado. É só o tempo que revela a ineficácia e, muitas vezes, o aluno
frustrado, num ato de humildade, prefere até imaginar que possa haver uma deficiência
consigo próprio. Quer dizer, além do tempo e do dinheiro, acaba perdendo até um pouco de
sua auto-estima. Para ilustrar o que estamos dizendo, veja a mensagem que recebemos há
uns tempos atrás de Mauro H Bonella de Caxias do Sul:
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Dear sirs,
Sometimes ago I could make any tests in the few schools
to know what`s the better course to learn english faster
and better, then I decided choose the W....d school because
it methods was most interesting, today I finished the book
five and they promisses was that I`ll have a good fluency
in the english, but I`m not sure about it.
So, I`m writing for you because I would like to continue my
english learning but, I need to choose other school to get
faster the fluency. I live in the Caxias do Sul-RS, please
if you know any one that could help me, send me the titles.
Thanks,
Mauro H. Bonella
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É certo que não conhecemos o desempenho oral do Sr. Bonella, mas podemos facilmente
imaginar, a julgar pelo texto acima, que fica longe do que ele esperava alcançar em 2 anos e
meio, e muito longe do que havia sido a ele prometido.
Portanto, permita-me aqui questionar a felicidade de sua escolha como tema de pesquisa.
Analisar o consumidor de curso de línguas, seja quanto à sua dedicação, quanto ao seu
desenvolvimento ou quanto à sua opinião pessoal, não lhe proporcionará conclusões
importantes. Ainda mais quando você vai analisar consumidores de apenas um curso, que
utiliza uma mesma receita didática para todos.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q#540: Adquirindo proficiência no exterior
Amado Mestre Ricardo.
Quero que saiba que sou seu discípulo e detentor da bandeira do EMB-SK na minha cidade
Natal/RN e gostaria de que fosse arrancada da minha cabeça uma dúvida inquietante. Um
dos meus professores do curso de “LETRAS” daqui de Natal disse que a proficiência era
relativa, e citou dois casos que aconteceram com ele, quando ele foi a Londres
recentemente pegou um taxista com um sotaque horrível, e perguntou de onde ele era, e ele
disse: EGITO e tornou a perguntar: Quantos anos vc está morando aqui? E o cara
respondeu: 20 anos. Depois chegou ao hotel e um indiano pegou sua mala com outro
sotaque pior ainda, e ele fez a mesma pergunta, e esse outro tinha 15 anos morando naquele
país.
- A minha pergunta é: O que está errado com a proficiência no caso acima? Afinal de
contas ter um contato diário com a língua não tornaria sua proficiência boa afinal de contas
só em estar vivendo o “American or British way of life” já contaria não é?
Li o livro the Jeremy Harmer (The Practice of English Language Teaching e muitos outros)
acredito no método de Krashen e Chomsky e tento me aprofundar em tópicos obscuros do
aprendizado cada vez mais, só que infelizmente não nasci em berço esplêndido para fazer
viagens periódicas para o exterior, mas tento me virar com um gato ao invés do cão.
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Um grande abraço, Alexandre Emerson (Natal/RN) <alexandre_emerson*hotmail.com>
Abr 5, 04
Prezado Alexandre,
Os fatores determinantes não são propriamente o exterior, muito menos qualquer curso que
tenha sido feito no exterior, mas sim o convívio humano em ambientes da cultura
estrangeira e as situações reais de interação que dele decorrem.
Pouco adiantaria, por exemplo, a pessoa embarcar com uma turma de brasileiros para fazer
um determinado curso de inglês no exterior. Todos teriam apenas um agradável convívio
num ambiente marcado pela língua e pela cultura brasileira.
Prezada Bernadete,
Assim como não se aprende a nadar sem ter contato com a água, não se aprende a falar
línguas estrangeiras sem ter contato com elas. Não se esqueça que línguas são
fundamentalmente fenômenos orais e que portanto é com os ouvidos e não com os olhos
que as aprendemos.
CERTIFICADOS
Quanto ao suposto reconhecimento de tais "certificados", saiba que cursos de línguas são
classificados como "cursos livres" pelo Ministério da Educação, não estando sujeitos a
qualquer tipo de controle nem de reconhecimento. Tampouco as secretarias estaduais
regulamentam cursos livres. Você pode ensinar inglês assim como pode ensinar informática
ou karatê. Por um lado, isso pode parecer ruim, pois permite a proliferação dos cursinhos
mercantilistas que estão por aí. Por outro lado, qualquer tipo de regulamentação acabaria
entrando no tráfico de influências e servindo apenas para beneficiar os interesses dos mais
fortes em detrimento dos competentes. Portanto, talvez devamos dar graças a Deus por tudo
estar como está e confiar no discernimento do público na hora de escolher um curso de
inglês.
Em segundo lugar, mesmo que cursos de línguas fossem reconhecidos pelo Ministério, a
julgar pela ineficácia do ensino de inglês no ensino médio e pela deficiente formação de
professores de línguas nos cursos de letras, responsabilidades estas de secretarias e
ministério, eu até preferiria não ter tal reconhecimento. Em outras palavras: quem é o
Ministério de Educação brasileiro para reconhecer competência no ensino de línguas
estrangeiras se nem ele é competente nisso?
Finalmente, vamos imaginar que o Ministério realmente tivesse competência para avaliar e
reconhecer a qualidade de escolas de línguas, esse reconhecimento, para ser sério, teria que
levar em consideração (com peso máximo) o único elemento importante: a qualificação
(proficiência) do professor; qualificação esta que é da pessoa, intransferível ao nome do
curso.
Prezado Fonseca,
Monotransitive, ditransitive, e complex transitive são subclassificações dos transitive verbs.
Monotransitive are transitive verbs that take only one object. Ex: He studied the lesson.
Ditransitive are transitive verbs that take two objects. Ex: Give a cat a funny name.
Complex transitive are transitive verbs that take an object and a complement. Ex: Paint
the wall white.
Embora não sirva para você, mas apenas para ilustrar, um exemplo perfeito de ambiente de
língua e cultura estrangeira no Brasil são as escolas internacionais de ensino fundamental e
médio. Nessas escolas o corpo docente é composto de professores estrangeiros e brasileiros
e a grade curricular atende os requisitos da política educacional brasileira bem como da
estrangeira, normalmente norte-americana ou britânica. O inglês se constitui não em objeto
de estudo, mas sim em instrumento de comunicação e estudo, diariamente. Inglês ou
português são usado em sala de aula dependendo do professor da matéria. A participação de
uma porcentagem significativa de professores, bem como de alunos falantes nativos de
inglês, garante um perfeito ambiente de convívio bicultural. A coexistência paralela das
duas línguas e das duas culturas desenvolve na criança, além de plena proficiência em
ambas, a difícil habilidade de equacionar os contrastes lingüísticos e os diferentes valores
culturais.
Infelizmente as escolas internacionais têm um custo muito elevado. As mais baratas custam
de US$4.800 a US$7.400 por ano, além de uma dotação inicial de US$2.000 por aluno. O
custo anual das mais caras varia de US$12.800 a US$16.700, com uma contribuição inicial
de US$5.000 por aluno.
Em São Paulo existe mais um exemplo curioso de ambiente de língua e cultura estrangeira:
o English Club Brazil - um grupo de pessoas falantes nativas de inglês e brasileiros também
falantes de inglês que reúnem-se informalmente no Finnegan's Pub, um bar em Pinheiros,
na cidade de São Paulo. Também agora em Porto Alegre, tem um bar nos mesmos moldes,
chamado Start Talk Café, localizado na Rua Maryland 1587 (fone 3388-4535 - email
cafe*starttalkingcafe.com) e outro chamado Music Hall, na Vasco da Gama, 651 (fone
3333-3411).
Prezada Junia,
Sem dúvida, aulas (ou ambientes de assimilação natural) devem ser dadas na língua-alvo.
Isto porque a função do professor (ou facilitador) não é transmitir conhecimento ou
informações, mas sim criar o ambiente e construir um relacionamento com cada aluno,
explorando o plano psicológico destes relacionamentos.
Prezada Leilane,
O que vc está fazendo é perfeitamente válido. O fator principal de seu êxito, entretanto, não
é o método, mas sim sua motivação. Você deve continuar, mas não se esqueça de que
línguas são fundamentalmente fenômenos orais, pouco dependem de conhecimento, e sim
de habilidades desenvolvidas em situações reais de convívio humano em ambientes de
cultura estrangeira autênticos. É isso que vc deve procurar daqui para a frente.